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(1) Professor Mestre, Departamento de Engenharia Civil da UFPE, Consultor da Engedata, e-mail:
engedata@engedata.eng.br. Rua Caio Pereira, 331, Rosarinho – Recife – Pernambuco, Brasil.
Resumo
Para remediar o grande número de fundações afetadas por RAA ,descobertas na cidade do Recife, nos
últimos 5 anos, o maior desafio dos engenheiros estruturais foi analisar resultados de pesquisas em corpos
de prova individuais e provas de carga em elementos de estruturas, para entender o comportamento do
modelo biela-tirante sob ataque da reação química.
Essa palestra mostra as conclusões dessas análises e apresenta um caso de obra e as técnicas utilizadas
para preenchimento de fissuras, reforço com anel de concreto protendido, colocação de armadura de pele,
impermeabilização e uso de equipamentos de monitoramento no concreto e nas armaduras.
Abstract
A large number of concrete foundations affected by AAR were discovered in the city of Recife during the last
five years. The biggest challenges for structural engineers were to analyze research results on the behavior
of individual test specimens and load tests on structural elements to understand the behavior of strut and tie
models under attack from the chemical reaction.
This lecture shows the findings from that analysis and presents a case study showing the techniques used to
fill cracks, to dimensioning the external ring of prestressed concrete, the placement of a reinforcement cage
in the faces of the foundation providing waterproofing shell, and the use of monitoring equipment in the
concrete and in the reinforcement.
A abordagem dos problemas relacionados com as obras afetadas pela RAA pode ser
conduzida por dois principais aspectos:
A análise prévia da reatividade dos agregados já é um assunto bem resolvido nas obras
tipo barragem; no entanto, esse controle torna-se impraticável em obras de pontes e
edifícios, daí a necessidade de usar aditivos,geralmente com materiais pozolânicos, para
evitar danos futuros, mesmo se forem utilizados agregados reativos.
Essas adições já estão bem conhecidas atualmente e os novos projetos estruturais têm
obrigação de recomendá-las, principalmente após o aparecimento recente de diversos
casos de fundações na Região Metropolitana do Recife, tornando o problema de
conhecimento público, dando margem à cobrança de responsabilidades por qualquer
omissão, futuramente.
De repente, esses profissionais foram colocados frente a frente com situações concretas,
tendo que responder às seguintes questões:
Le Roux (1992)
C. Larive (1998)
Principais conclusões:
Trabalhos importantes:
Prova de carga em viga (Univ. Carolina do Norte – EUA) Shenfu Fan e John M. Hanson.
N – NORMAL R – REATIVO
Principais conclusões:
Apesar das grandes perdas em corpos de prova com expansão livre, as vigas de concreto
normal e reativo apresentam comportamentos de resistência mecânica semelhantes.
Principais conclusões:
A idéia básica do modelo de reforço mais usado é criar um dispositivo que possibilite a
presença de um apoio lateral, na parte inferior do bloco, para um possível espraiamento
da biela, em caso de enfraquecimento por fissuração longitudinal, conforme esquema a
seguir (Figura 7):
Trabalho importante:
Principal conclusão:
2.1.5- Por que não fazer encamisamento rígido ao redor de todo o bloco.
Estudando um período da vida do bloco com RAA e admitindo uma expansão horizontal
livre, da ordem de 3 mm/m, é possível estimar que, encamisando o bloco com uma
parede de 30 cm de espessura, desenvolvem-se tensões da ordem de 3 MPa contra a
parede, o que é exagerado para o seu dimensionamento (carga de 300 tf/m2)
Essa conclusão permite repor armadura de pele protegida por grauteamento, para
disciplinar a fissuração futura.
- Como existia uma laje de piso armada, elevada de 1m acima do terreno natural, foi
feita uma escavação por baixo da mesma e foram cravadas estacas-prancha metálicas,
macaqueadas contra a laje e escoradas horizontalmente contra a própria parede do poço
– foto 5.
3.5- Impermeabilização
AHMED, T.; BURLEY, E.; RIGDEN, S.. Effects of asr on bearing capacity of plain and
reinforced concrete (ACI – Structural Journal – Farnnington Hills, MI – vol. 96, 1999).
HANSON, JOHN M. AND FAN, SHENFU. Effect of ASR expansion and cracking on
Structural behavior of reinforced concrete beams. (ACI – Structural Journal – sep / oct
/ 98)
KAPITAN, JACOB G.; M. S. E.. Structural assessment of bridge piers with damage
similar to A.S.R. and/or delayed ettringite formation (The Univ. Of Texas-Austin,2006 –
Tese de Doutorado)
LE ROUX, A.; MASSIEU, E.; GODART, B.. Evolution under stress of a concrete
affected by AAR – Application to the feasibility of strengthening of a bridge by
prestressing (9th ICAAR – London, Great Britain p.599-606, 1992).