OS DESAFIOS DO

VAREJO
UMA ANÁLISE DE ESPECIALISTAS DO SETOR
 A análise apresentada neste documento faz parte do
Projeto de Estruturação do Laboratório de Inovação
do Varejo.

A PESQUISA
Trata-se de um projeto da ABDI (Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial) e do MDIC (Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços) para criar um
Laboratório de Inovação para o Varejo e apoiar o setor
varejista no desenvolvimento de inovações e na
melhoria da produtividade e da eficiência no
atendimento do novo perfil de consumidor.

O objetivo é estabelecer um ambiente de conexão, de

experimentação e de inovação dedicado para
convergir iniciativas de governo, entidades setoriais,
empresas varejistas, fornecedores e startups que
buscam desenvolver soluções inovadoras para o setor
varejista.

O Laboratório contará com equipe própria, espaço

físico dedicado e realizará gratuitamente mais de 100
atividades nos próximos dois anos. Dentre elas
destacam-se: hackathons, startup weekends, meetups,
bootcamps, mentorias, coaching, workshops,
capacitações, demonstrações de tecnologias, oficinas
de prototipagem, teste com clientes.

Como parte do processo de definições estratégicas do

projeto, foram ouvidos especialistas do setor para
coletar suas percepções, opiniões e visões sobre os
desafios do setor varejista, o papel da inovação e do
Laboratório, entre outros temas.

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 PERCEPÇÕES SOBRE O SETOR

Principais desafios e dificuldades apontados para o

setor: 

Qualificação da mão de obra

Capacitação dos empresários e funcionários
Resistências culturais para adoção de tecnologias
Acesso a crédito para inovação
Desafios tributários, trabalhistas e logísticos

Comércio Eletrônico e Vendas Diretas

Ainda existem conflitos entre vendas físicas e digitais

No entanto, há cada vez mais um entendimento da
importância da presença multicanal
A adoção de uma estratégia digital, porém, ainda é um
desafio tanto tecnológico, quanto financeiro

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CARACTERÍSTICAS
DOS VAREJISTAS
POR PORTE
MÉDIOS  PEQUENOS
Os varejistas  de porte médio são os mais impactados
pelos desafios do setor, pois não têm a vantagem do
pequeno varejo de bairro de oferecer maior
comodidade para o consumidor e nem têm a vantagem,
marca e condições de competir com os grandes.
A pressão da competição e da complexidade do dia a dia
faz com que não tenham tempo ou recursos para
inovação, tornando-os resistentes às novas tecnologias.
São considerados mais desconfiados e resistentes  à
colaboração.
GRANDES 
Os varejistas de grande porte representam uma parcela
menor do setor e são os que mais têm investido em
inovações e iniciativas multicanais.
Possuem facilidade em desenvolver e adotar inovações,
pois estão mais sensíveis e preparados.
São resistentes à contratação de pequenos fornecedores
para o desenvolvimento de novas tecnologias, por
entenderem que os grandes provedores trazem menor
riscos ao negócio.
 
Representam a maioria absoluta do varejo e compõem um
perfil de negócio familiar, sem o preparo necessário de
gestão de negócios. É o perfil mais carente em termos de
conhecimento, conexão e acesso às tecnologias e canais
digitais.
Destacam-se pela comodidade e têm diferencial competitivo
por estarem próximos aos consumidores.
Possuem pouco recurso financeiro e fôlego para
desenvolvimento de soluções inovadoras, mas se tiverem o
apoio adequado, podem ser tão inovadores quanto os
grandes.
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INOVAÇÃO NO VAREJO

A inovação tecnológica no varejo está voltada para o aumento da competitividade com redução de custos, aumento da produtividade e
melhoria da experiência do consumidor
Espera-se que a inovação tecnológica no varejo seja estimulada pelo desenvolvimento da indústria 4.0, pelas mudanças no
comportamento do consumidor e pela transformação digital
A inovação será o diferencial na sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo, onde as startups possuem papel relevante
por trazerem de forma rápida novas tecnologias para o setor
Os entrevistados percebem oportunidades de inovação em 3 diferentes dimensões: a inovação no processo de compra, a inovação de
processo e a inovação colaborativa na cadeia de valor

Inovação no processo de compra Inovação de processos Inovação na cadeia de valor

Foco na experiência do consumidor, na
resignação do processo de compra e nas
tecnologias que amplificam a experiência do
consumidor e a personalização da oferta
Integração dos canais físicos e digitais
Preocupação com novos meios de
pagamento e moedas virtuais
Melhoria de processos para ganho
de produtividade
Aplicação de  tecnologias já disponíveis de
apoio à gestão e melhoria da produtividade
Uso de Analytics e Big Data para geração de
valor e novos negócios
Desenvolvimento de soluções
transversais à cadeia de valor, envolvendo
Indústria-Varejo-Governo-Startups-
Consumidor
Cocriação de produtos,  serviços e
soluções inovadoras
Estímulo à formação de redes
compartilhadas de pequenos varejistas
para aumentar a competitividade

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 BARREIRAS PARA A INOVAÇÃO NO SETOR

Os entraves levantados pelos entrevistados foram agrupados em 4 grupos de diferentes naturezas:

CULTURA DESCONHECIMENTO
Resistência à mudança/medo de mudar Desconhecimento ou falta de habilidade em
Falta de interesse dos líderes da empresa pela lidar com a tecnologia
inovação Não saber por onde começar
Pressão do tempo e recursos pelas atividades Incerteza e insegurança quanto ao sucesso e
do dia a dia retorno da inovação
Visão de curto prazo/imediatismo sem
enxergar os retornos futuros de longo prazo
Falta de cultura de colaboração entre o setor

ASPECTOS FINANCEIROS
Custo da tecnologia é considerado alto
Falta de recursos financeiros, políticas
públicas e incentivos governamentais ou
linhas de crédito para inovar
Crise financeira que inibe a agenda da
inovação
ASPECTOS ESTRUTURAIS
Falta de infraestrutura de telecomunicações e
logística adequada 
Questões tributárias e regulatórias
Falta de maturidade do mercado consumidor
em adotar e pagar pelas inovações
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O ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO NO VAREJO
ENVOLVE DIVERSOS ATORES

academia
entidades e associações do setor

startups e aceleradoras

varejistas

imprensa fornecedores de tecnologia governo

fabricantes e empresas de logística

 centros de inovação, incubadoras e parques tecnológicos

consultores e especialistas
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 LABORATÓRIO DE INOVAÇÃO
DO VAREJO
Expectativas dos entrevistados
Instrumento de sensibilização do varejo
Ponto de experimentação, prática e proximidade
com a realidade do varejo
Aproximação do mundo digital com mudança de
cultura
Integração e coordenação dos diversos atores
necessários para inovação no setor, fomentando a
colaboração e a troca entre diferentes setores e elos
das cadeias
Espaço de experimentação de novas ideias onde não
haja medo de errar, que consiga chegar até o teste
real com o consumidor final em espaços de consumo
Balão de ensaio para replicação em diferentes
localidades e contextos e geração de políticas
públicas
Fonte de resultados para os negócios
Indicadores de Sucesso
O Laboratório de Inovação do Varejo, ao fim dos
dois anos, terá demonstrado sucesso se...
For aplicável, relevante e que aumente a eficiência
de forma que o varejo o utilize com regularidade
Der respostas rápidas e baratas
Demonstrar resultados concretos e perceptíveis
For um catalisador para a adoção de inovações,
conectando e engajando a cadeia como um todo
Mudar a cultura de gestão do varejista
Trouxer soluções replicáveis e escaláveis
Transformar a experiência de atendimento ao
consumidor
Conseguir engajar e trazer varejistas para os
eventos