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Judaismo

Masorti significa tradição e deriva da palavra hebraica L’Masor (transmitir).


O nosso objectivo é receber do passado, permanecer no presente e transmitir
ao futuro.

Reivindicamos que um compromisso autêntico com o Judaísmo só é possível


quando há um empenho com a observância, estudo e vida judaica, mas também
quando há uma aceitação de verdades filosóficas, sociais e científicas. A
nossa meta é tornarmo-nos a denominação de escolha para o judeu tradicional
português rejeitando por completo o fundamentalismo.
INTRODUÇÃO
Judaísmo é o nome dado à religião do povo judeu, e é a mais antiga das
religiões monoteístas.
Surgido da religião mosaica, o judaísmo, apesar de suas ramificações, defende
um conjunto de doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença
monoteísta em HaShem como Criador e D’us e a eleição de Israel como povo
escolhido para receber a revelação da Torá que seriam os mandamentos deste
D’us. Dentro da visão judaica do mundo, D’us é um Criador activo no universo
e que influencia a sociedade humana, na qual o judeu é aquele que pertence à
uma linhagem com um pacto eterno com este D’us.
Há diversas tradições e doutrinas dentro do judaísmo, criadas e desenvolvidas
conforme o tempo e os eventos históricos sobre a comunidade judaica, os quais
são seguidos em maior ou em menor grau pelas diversas ramificações judaicas
conforme sua interpretação do judaísmo. Entre as mais conhecidas encontra-se
o uso de objectos religiosos como a kipá (solidéu), costumes alimentares e
culturais como cashrut (leis alimentares), brit milá (circuncisão) ou o uso
do hebraico como língua litúrgica.
Ao contrário do que possa parecer, um judeu não precisa seguir
necessariamente o judaísmo ainda que o judaísmo só possa ser necessariamente
praticado por judeus. Hoje o judaísmo é praticado por cerca de quinze milhões
de pessoas em todo o mundo (2006). Da mesma forma, o judaísmo não é uma
religião que pratique o proselitismo, efectivamente respeita a pluralidade
religiosa desde que tal não venha a ferir os mandamentos do judaísmo. Alguns
ramos do judaísmo defendem que no período messiânico todos os povos
reconhecerão HaShem como único D’us e submeter-se-ão às leis da Torá.
DOUTRINA
Surgiram variadas formulações das crenças judaicas, a maioria das quais com
muito em comum entre si, mas divergentes em vários aspectos. Uma comparação
entre várias dessas formulações mostra um elevado grau de tolerância pelas
diferentes perspectivas teológicas. O que se segue é um sumário das crenças
judaicas.
Monoteísmo - O princípio básico do judaísmo é a unicidade absoluta de HaShem
como D’us e Criador, Omnipotente, Omnisciente, Omnipresente, que influencia
todo o universo, mas que não pode ser limitado de forma alguma, o que
caracteriza em idolatria, o pecado mais mortal de acordo com a Torá. A
afirmação da crença no monoteísmo manifesta-se na profissão de fé judaica
conhecida como Shemá. Assim qualquer tentativa de politeísmo é fortemente
rechaçada pelo judaísmo, assim como é proibido seguir ou oferecer prece a
outro que não seja HaShem.
Judaismo

O judaísmo posterior ao exílio no entanto assumiu a existência de uma corte


espiritual na qual D‘us seria uma espécie de rei, o qual controlaria seres
para execução de sua vontade (anjos). Esta visão era aceite pelos fariseus e
passada para o posterior judaísmo rabínico, mas no entanto desprezada pelos
saduceus.
A Revelação - O judaísmo defende uma relação especial entre D’us e o povo
judeu, manifesta através de uma revelação contínua de geração à geração. O
judaísmo crê que a Torá é a revelação eterna dada por D’us aos judeus. Os
judeus também aceitam que homens através da história judaica foram inspirados
pela profecia, sendo que muitas das quais estão explícitas nos Neviim e nos
Kethuvim. O conjunto destas três partes formam as Escrituras Hebraicas
conhecidas como Tanakh.
A profecia dentro do judaísmo não tem o caráter exclusivamente adivinhatório
como assume em outras religiões, mas manifestava-se na mensagem da Divindade
para com seu povo e o mundo, que poderia assumir o sentido de advertência,
julgamento ou revelação quanto à Vontade da Divindade. Esta profecia tem um
lugar especial desde o príncipio do mosaismo, seguindo pelas diversas escolas
de profetas posteriores (que serviam como conselheiros dos reis) e tendo seu
auge com a época dos dois reinos. Oficialmente se reconhece que a época dos
profetas encerra-se na época do exílio babilônico e do retorno a Judá. No
entanto o judaísmo reconheceu diversos profetas durante a época do Segundo
Templo, e durante o posterior período rabínico.
Conceitos de vida e morte - O entendimento dos conceitos de corpo, alma e
espírito no judaísmo varia conforme as épocas. O Tanakh não faz uma distinção
teológica destes, usando o termo que geralmente é traduzido como alma
(néfesh) para se referir à vida e o termo geralmente traduzido como espírito
(ruach) para se referir a fôlego. Deste modo, as interpretações dos diversos
grupos são muitas vezes conflitantes, e muitos estudiosos preferem não
discorrer sobre o tema.
Ressurreição e a vida além-morte - O Tanakh, excetuando alguns pontos
poéticos e controversos, jamais faz referência à uma vida além da morte, nem
à um céu ou inferno, pelo que os saduceus posteriormente rejeitavam estas
doutrinas. Porém após o exílio na Babilônia, os judeus assimilaram as
doutrinas da imortalidade da alma, da ressurreição e do juízo final, e
constituíam em importante ensino por parte dos fariseus.
Nas actuais correntes do judaísmo, as afirmações sobre o que acontece após a
morte são postulados e não afirmações, e varia-se a interpretação dada ao que
ocorre na morte e se existe ou não ressurreição. A maioria das correntes crê
em uma ressurreição no mundo vindouro (Olam Habá), incluindo os caraítas,
enquanto outra parcela do judaísmo crê na reencarnação, e o sentido do que
seja ressurreição ou reencarnação varia de acordo com a ramificação.
Cabala - Cabalá é o nome dado ao conhecimento místico esotérico de algumas
correntes do judaísmo, que defende interpretação do universo, de D’us e das
escrituras através de suas naturezas divinas.
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CICLO DE VIDA
Brit milá - As boas-vindas dos bebés do sexo masculino à aliança através do
ritual da circuncisão.
Zeved habat - As boas-vindas dos bebés do sexo feminino na tradição sefaradí.
B’nai Mitzvá - A celebração da chegada de uma criança à maioridade (12 anos
nas meninas e 13 anos nos meninos), e por se tornar responsável, daí em
diante, por seguir uma vida judaica e por seguir a halakhá.
Casamento - União sagrada entre um homem e uma mulher que se celebra debaixo
da chupah (tenda que personaliza o lar judaico)
Shiv’á - O judaísmo tem práticas de luto em várias etapas. À primeira etapa
(observada durante uma semana) chama-se Shiv’á, à segunda (observada durante
um mês) chama-se sheloshim e, para aqueles que perderam um dos progenitores,
existe uma terceira etapa, a avelut yod bet chódesh, que é observada durante
um ano.
LITERATURA RABÍNICA
Literatura rabínica é o nome dado à literatura religiosa, desenvolvida após a
destruição do Segundo Templo . Obras proeminentes:
Mishná - principal e mais recente texto do judaísmo escrito em aramaico no
segundo século da Era comum cujo conteúdo foi extraído do Tanakh, ou seja é a
mais antiga compilação da Lei Oral que foi redigida em aramaico sob a
supervisão de Judá HaNasi por volta de 200 E.c. que se conhece.
Talmud - Compilação literária traduzida do hebraico que foi escrito num
dialeto sírio que data de 499 Ec. Trata-se de um compêndio constituído de
(sessenta e três) 63 tratados de assuntos legais e vários outros documentos
que tratam de leis e tradições judaicas, eméticos e históricos que haviam
sido escritos 4000 anos antes. O Judaísmo Ortodoxo e o Masorti/Conservador
baseiam suas leis geralmente nas decisões encontradas nessas traduções.
Toseftá - nome dado a uma segunda compilação da lei oral no período da
redação da Mishná
Midrash - forma narrativa criada por volta do século I AEc. na Palestina pelo
povo judeu. Esta forma narrativa desenvolveu-se através da tradição oral até
ter a sua primeira compilação apenas por volta do ano 500 Ec. no livro
Midrash Rabbah.
Mishné Torá - Código da lei judaica escrita pelo rabino Moshe ben Maimon,
também conhecido como Maimônides ou Rambam . Compilada entre 1170 e 1180
enquanto Maimônides vivia no Egipto é considerada a obra magna do escritor e
uma das mais importantes e completas codificações da Halachá. A obra é
escrita no hebraico mishnáico já que Maimônides relutava em escrever no
aramaico talmúdico. Ainda que tenha sofrido duras críticas na época de sua
composição, hoje a obra é utilizada para estudo por diversas ramificações
judaicas particularmente os do ramo Chabad que realizam um ciclo anual de
estudos da obra.
Shulchan Aruch - Código da lei judaica escrita pelo rabino Yosef Karo no Sec.
XVI.
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Responsa - A Responsa fornece respostas para perguntas sobre o judaísmo e a


vida judaica. Diferente das resoluções, que são adoptadas por voto nas
convenções, responsa fornece um guia, e não governança. Como um grupo de
literatura, a responsa publicada revela um grande consenso em perguntas
importantes que o judaísmo contemporâneo encontra.
Literatura cabalistica - sistema religioso-filosófico que investiga a
natureza divina. Kabbalah é uma palavra de origem hebraica que significa
recepção. É a vertente mística do judaísmo.
RAMIFICAÇÕES DO JUDAÍSMO
Nos dois últimos séculos, a comunidade judaica dividiu-se numa série de
denominações; cada uma delas tem uma diferente visão sobre que princípios
deve um judeu seguir e como deve um judeu viver a sua vida. Apesar das
diferenças, existe uma certa unidade nas várias denominações.
O judaísmo rabínico, surgido do movimento dos fariseus após a destruição do
Segundo Templo, e que aceita a tradição oral além da Torá escrita, é o único
que hoje em dia é reconhecido como judaísmo, e é comummente dividido nos
seguintes movimentos:
Judaísmo Ortodoxo - considera que a Torá foi escrita por D’us que a ditou a
Moisés, sendo as suas leis imutáveis. Os judeus ortodoxos consideram o
Shulkhan Arukh (compilação das leis do Talmud do século XVI, pelo rabino
Joseph Caro) como a codificação definitiva da lei judaica. O judaísmo
ortodoxo exprime-se informalmente através de dois grupos, o judaísmo moderno
ortodoxo e o judaísmo haredi (ultra-ortodoxo).
Judaísmo Masorti (Conservador nos Estados Unidos) - Desenvolveu-se na Europa
e nos Estados Unidos no século XIX, em resultado das mudanças introduzidas
pelo Iluminismo e a Emancipação dos Judeus. Caracteriza-se por um compromisso
em seguir as leis e práticas do judaísmo tradicional, como o Shabat e o
Kashrut, uma atitude positiva em relação à cultura moderna e uma aceitação
dos métodos rabínicos tradicionais de estudo das escrituras, bem como o
recurso a modernas práticas de crítica textual. Considera que o judaísmo não
é uma fé estática, mas uma religião que se adapta a novas condições.
Judaísmo Reformista - formou-se na Alemanha em resposta ao Iluminismo.
Rejeita a visão de que a lei judaica deva ser seguida pelo indíviduo de forma
obrigatória, afirmando a soberania individual sobre o que observar. De início
este movimento rejeitou práticas como a circuncisão, dando ênfase aos
ensinamentos éticos dos profetas; as orações eram realizadas na língua
vernácula. Hoje em dia, algumas congregações reformistas voltaram a usar o
hebraico como língua das orações; a circuncisão é obrigatória e a cashrut,
estimulada.
Judaísmo Reconstrucionista - formou-se entre a década de vinte e quarenta do
século XX por Mordecai Kaplan, um rabino inicialmente conservador que mais
tarde deu ênfase à reinterpretação do judaísmo em termos contemporâneos. À
semelhança do judaísmo reformista não considera que a lei judaica deva ser
suprema, mas ao mesmo tempo considera que as práticas individuais devem ser
tomadas no contexto do consenso comunal.
Para além destes grupos existem os judeus não praticantes, ou laicos, judeus
que não acreditam em Deus mas ainda assim mantêm culturalmente costumes
judaicos; e o judaísmo humanístico, que valoriza mais a cultura e história
judaica.
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SÍMBOLOS
Tzitzit - é o nome dado à franjas do talit, que servem como meio de lembrança
dos mandamentos de Deus.
O mandamento de tzitzit encontra-se em duas passagens da Torá:
“Que façam para eles tzitzit (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas
suas gerações e porão sobre os tzitzit da borda um cordão azul celeste. E
será para vós por tzitzit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de Deus
e os cumprireis e não errareis indo atrás do vosso coração e atrás dos vossos
olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais
todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso Deus.”
(Números15:38-41)
“Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que
te cobrires.” (Deuteronômio 12:12)
A maioria dos judeus utilizam hoje apenas tzitzit brancas, já que crêem que
não seja possível obter a cor azul obrigatória do mandamento.
De acordo com algumas opiniões este azul não pode mais ser obtido pelo que
não é mais utilizado. Este azul era obtido de uma criatura marinha chamada
chilazon, cuja identificação é incerta. Alguns judeus no entanto crêem que
possa ser utilizado qualquer tipo de azul de modo que possuem esta cor no
tzitzit.
Talit - é um acessório religioso em forma de um xale feito de seda, lã (mais
caro e elegante que o de seda) ou linho, tendo em suas extremidades as
tsitsiot (franjas). Ele é usado como uma cobertura na hora das preces
judaicas, principalmente no momento da oração de Shacharit (primeiras orações
feitas pela manhã).
O talit (também conhecido como “talit gadol”) é usado, obrigatoriamente,
pelos homens no momento da oração na sinagoga e no momento da oração do
Shacharit. O talit isola o que esta orando do mundo a sua volta e facilita-o
na sua concentração durante a oração. Sobre o talit se interpreta que um dos
objectivos deste acessório é criar um ambiente de igualdade entre os que
estão orando na sinagoga, tendo então concordância com uma cobertura
homogénea que estaria sobre as roupas que as pessoas realmente estavam usando
– que mostram a qualidade e o estado económico do que ora.
Entre os asquenazim, o costume de se cobrir com o talit reserva-se aos homens
apenas após o casamento. De acordo com este costume, quando se está solteiro,
é permitido cobrir-se com talit só em ocasiões especiais, como no momento que
eles são chamados para serem “Olim” – (plural de “Olê” – denominação aos que
são chamados para ler a Torá nas sinagogas). Os judeus orientais (também
chamados de “mizrahiim”) têm o costume de se cobrir com o talit a partir da
idade de treze anos, quando o menino faz o Bar Mitzvah ou até mesmo antes
dessa cerimónia. Comunidades Masorti/Conservadoras e Reformistas permitem
também é às mulheres fazerem uso do talit. Apesar da lei Judaica tradicional
isentar as mulheres dessa obrigação, não há nenhuma lei que o proíba.
Há também um outro tipo de talit denominado “talit katan” (talit pequeno)
conhecido também só pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante o dia
inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, afim de cumprir este
mandamento durando todo o dia.
A bandeira do Estado de Israel é baseada em um talit (as duas faixas que a
compoem), tendo uma estrela de David ao centro dela.
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Tefilin - (com raiz na palavra tefilá, significando “prece”) é o nome dado a


duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira de couro de animal kosher
,dentro das quais está contido um pergaminho com os quatro trechos da Torá em
que se baseia o uso dos filactérios (Shemá Israel ,Vehaiá Im Shamoa ,Cadêsh
Li e Vehayá Ki Yeviachá ).
Também é conhecido em português como filactério, vindo do termo grego
fylaktérion, que significa basicamente “posto avançado”, “fortificação” ou
“protecção”, o que explica a utilização destes objectos como protecção ou
amuleto.
O judaísmo diz que além dos mandamentos da Torá, Moshê também recebeu através
da Torá Oral os procedimentos de como confeccionar os tefilin, que teriam
sido transmitidos de geração em geração até serem escritos na Mishná, no
Talmud e no Shulkhan Arukh.
Os rabinos defendem que os tefilin sejam colocados diariamente pelas manhãs
com a prece matinal ou pelo menos até o pôr-do-sol recitando-se o Shemá. Os
tefilin somente não são utilizados em Shabat, Yom Tov e Chol Hamoêd. A partir
dos 13 anos de idade, com o Bar mitsvá um menino passa a usar os tefilin.
Em seu método de utilização coloca-se uma caixinha no braço esquerdo para que
fique próxima do coração (shel yad) e enrola-se uma das tiras na mão
esquerda, e a outra caixinha na testa, entre os olhos, como frontal (shel
rosh).
A respeito da prática de usar tais caixinhas, ou filactérios, The Jewish
Encyclopedia (A Enciclopédia Judaica, 1976, Vol. X, página 21) observa:
“As leis que governavam o uso de filactérios foram tiradas pelos Rabinos de
quatro trechos bíblicos. Ao passo que esses trechos foram interpretados
literalmente pela maioria dos comentaristas, […] os Rabinos sustentavam que
somente a lei geral foi expressa na Bíblia, a sua aplicação e elaboração
sendo assuntos inteiramente da alçada da tradição e da dedução.”
De acordo com o Shulkhan Arukh, no momento de colocar tefilin é considerado
como se o judeu cumprisse toda a Torá. Talmud Rosh Hashaná 17a menciona que
aquele que nunca colocou tefilin comete uma falha muito grave. Os sábios
judeus consideram que ao usar tefilin, todos os povos temerão Israel. Esta
enfâse foi dada, por exemplo, pelo Rebe de Chabad em 1967 que pouco antes da
Guerra dos Seis Dias proclamou que Israel estava em grande perigo e
incentivou uma campanha pelo uso dos tefilins. A surpreendente e rápida
vitória de Israel nesta guerra foi atribuída pelo Rebe ao grande número de
pessoas que aderiram a campanha.
A recomendação é que tefilins sejam adquiridos apenas de pessoas confiáveis e
que sejam verificados de ano em ano por um sofêr.
Kipá (“cúpula, abóbada ou arco”) ou Yarmulke (em Yiddish, do polaco jarmulka,
que significa ‘boina’), é um pequeno chapéu em forma de circunferência,
utilizada no Judaísmo tanto como símbolo da religião como símbolo de “Temor a
Deus”. O Talmud enfatiza a necessidade de se ter sempre o temor a Deus sobre
nossas cabeças. A maioria dos judeus utiliza o kipá apenas em ocasiões
solenes e de devoção, enquanto alguns utilizam-no o dia inteiro, ilustrando a
necessidade de se temer a Deus em todos os momentos da vida.
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O surgimento do kipá e o sentido inicial do seu uso dentro do judaísmo até


hoje não tem uma explicação satisfatória. No entanto, durante muito tempo seu
uso não foi obrigatório. Somente no século XIX, diante do perigo da
assimilação, os rabinos ortodoxos instituíram a obrigatoriedade do uso. De
acordo com a tradição, apenas homens devem usar o kipá
Menorá - (”lâmpada, candelabro”) era um objecto constituído de ouro batido,
maciço e puro. Foi feito por Moisés para ser colocado dentro do Santo Lugar –
átrio intermediário entre o Átrio Exterior do Santuário e o Santo dos Santos
– juntamente com o Altar de Incenso e a Mesa dos Pães da Proposição.
Este objecto existia tanto no Tabernáculo quanto no Primeiro e,
posteriormente, no Segundo Templo. Só no ano 69 dEC., com a invasão romana a
Jerusalém e a destruição do Templo, que a Menorá foi levada pelos invasores
para Roma, – facto este retractado em forma de relevo no Arco de Tito.
Actualmente, a Menorá constituiu-se num dos principais e mais difundidos
símbolos do Judaísmo e do Estado de Israel, sendo, por exemplo, um dos
símbolos oficiais do Estado judaico, juntamente com a Estrela de David.
Existe também a Chanukiá, um candelabro adaptado com nove braços,
diferentemente da Menorá, que tem sete braços). Ela foi “criada” afim de ser
um símbolo da Festa de Chanucá – chamada também de Festa das Luzes. Nesta
celebração, os judeus de todo o mundo comemoram a libertação do Templo de
Jerusalém do domínio dos Gregos no século II a.C. sob a liderança dos
Macabeus e do milagre do azeite que havia numa botija – que duraria um dia só
– no qual queimou no candelabro do Templo por oito dias. Este é o motivo dos
nove braços da Chanukiá, sendo o braço do meio mais proeminente, denominado
Shamash (servente), pois a vela que é colocada neste braço é usada para
acender as velas que são colocadas nos outros oito braços.
Mezuzá - (”umbral”) é o nome de um mandamento da Torá que ordena que seja
afixado no umbral das portas um pequeno rolo de pergaminho (klaf) que contém
as duas passagens da Torá que ordenam este mandamento, “Shemá” e “Vehaiá”
(Deuteronômio 6:4-9 e 11:13-21). A mezuzá deve ser afixado no umbral direito
de cada dependência do lar, sinagoga ou estabelecimento judaico como
lembrança do criador. Deve ser posto a sete palmos de altura do chão,
apontando para dentro do estabelecimento com a extremidade de cima. Os judeus
costumam beijar a mezuzá toda a vez que se passa pela porta, para lembrar das
rezas que estão contidas ali dentro e os princípios do judaísmo que elas
carregam.
Fonte: Wikipedia

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