Você está na página 1de 33

LIVRO 

DO GÊNESIS
Gênesis é o primeiro livro da Bíblia, o qual
narra tanto o princípio do mundo e da
humanidade quanto a pré‐história de Israel.

Gênesis é, de fato, o livro de “começos” que


prepara o terreno para toda a história entre
Deus e sua criação que segue.
O nome que nós usamos para este livro vem
da versão grega do Antigo Testamento, a chamada
Septuaginta, que diz em Gênesis 2.4: “este é o
livro do gênesis do céu e da terra”.
O livro é nomeado pelos judeus de Bereshit,
isto é, “no princípio,” que são as primeiras
palavras do livro.
Gênesis é o primeiro dos cinco “livros de
Moisés,” os quais compõem o Pentateuco ou
primeira divisão da Bíblia.
O Pentateuco relata a história das origens
da nação israelita e de suas instituições,
especialmente a Torá ou Lei que Javé, o Deus
de Israel, revelou ao seu povo escolhido.

Dentro do Pentateuco, o livro de Gênesis


funciona como a introdução ao êxodo do Egito,
o grande evento salvífico do Antigo Testamento
que deu início à nação israelita.
Caraterísticas Literárias de Gênesis

Gênesis claramente possui duas divisões


principais:

(1) A história primeira nos capítulos 1–11, e

(2) a história dos patriarcas nos capítulos 12–50.


Em comparação com a história primeira, a
história dos patriarcas é mais definida geográfica
e historicamente, vinculando‐se diretamente à
cultura do antigo oriente médio e tratando
explicitamente dos antepassados de Israel.

Esta divisão é obviamente composta de três


blocos de material:
Esta divisão é obviamente composta de três
blocos de material:

(a) a história de Abraão e Sara (Gn 11.27–25.18),


(b) a história de Isaque e Jacó (Gn 25.19–36.43),
(c) a história de José e seus irmãos (Gn 37‐50).
Gênesis ocupa um lugar importante entre todos os
livros do Primeiro Testamento, pois dele emerge uma
doutrina sobre Deus, o homem e a história da
salvação.
A imagem que emerge de Deus nesse livro é de
um Deus único, criador, transcendente, que traz tudo à
existência com sua palavra, um Deus de todos os
homens, dos patriarcas e do povo de Israel.
A história da salvação descrita em Gênesis gira em
torno de alguns temas importantes: a bênção; a
promessa; a aliança; e eleição divina.
O registro de Gênesis cobre pelo menos dois mil
anos. Não é inteiramente história; é uma
interpretação espiritual da História.
Muitas origens são registradas nos 11 primeiros
capítulos: o Universo natural, a vida humana, o
pecado, a morte, a redenção, a civilização, as nações e
as línguas.
O restante do livro, a partir do capítulo 12, trata
do começo da raça hebraica, primeiro sua formação
por meio de Abraão, depois seu desenvolvimento
subsequente e sua história mediante as figuras
importantes de Isaque, Jacó e José.
O conteúdo do Gênesis, antes de serem
escritas, foram narradas e ensinadas de forma oral
de geração em geração.

Apesar de conter muitos elementos históricos,


o Gênesis é uma obra essencialmente teológica
que procurava responder aos problemas
angustiantes colocados pelo acontecimento do
Exílio (séc. VI): no meio das trevas, Deus é a luz do
seu povo; no desespero do cativeiro, Deus há de
renovar a Aliança feita depois da saída do Egito.
Vale aqui lembrar que os livros bíblicos foram
escritos em um período remoto, onde não se tinha
quase nenhum conhecimento técnico científico
como nós temos hoje…
Fontes e Gêneros literários

O povo hebreu vivia numa região onde se


cruzavam muitos povos e civilizações, com isso
houve um grande intercâmbio cultural entre eles,
principalmente os impérios que dominaram a
Mesopotâmia e o Egito, assim como as civilizações
da Fenícia e de Canaã.
Alguns autores afirmam que podemos
encontrar diversos elementos culturais destas
culturas nos 11 primeiros capítulos.

Também encontramos uma linguagem mítica


na composição do livro. Contudo sabemos que os
autores do Gênesis combateram os mitos.
Mas, para falar dos grandes problemas da
humanidade, não deixaram de utilizar a linguagem e
certos elementos mitológicos, como a criação do
homem a partir do barro (2,7), a árvore da Vida e a
árvore da ciência (2,9‐10; 3,1‐6), o mito da serpente
(cap. 3).
Todo este material foi colecionado muito
lentamente. Primeiro surgiram pequenos conjuntos à
volta de um santuário, de um acontecimento ou de
uma personagem; podemos chamar‐lhes tradições, e
foram transmitidas oralmente, ao longo de muitos
séculos.
Quando aparece a escrita, essas tradições são
fixadas em documentos. Com a queda do Reino do
Norte (Samaria), em 722, essas tradições são
trazidas para o Sul (Jerusalém).
Finalmente, no período do Exílio (587‐538), os
redatores da escola Sacerdotal reúnem todas as
grandes tradições e documentos existentes,
imprimindo‐lhes o seu próprio estilo e teologia.
Podemos dizer que o Gênesis contém material
recolhido entre os séculos XIII‐V a. C.
Criação

Gn 1, 1‐2,4ª  ‐ A obra dos seis dias (hexaémeron)

1ª Dia – LUZ E TREVAS 4ª Dia ‐ ASTROS

2ª Dia – ÀGUAS E FIRMAMENTO 5ª Dia – PEIXES E VOLÁTEIS 

3ª Dia – CONTINENTES, VEGETAÇÃO E MARES    6ª Dia – ANIMAIS    


TERRESTRES 
E HOMEM
7ª Dia – REPOUSO.
A grandiosidade do Homem é ser 
IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS.

Tudo foi feito para o ser humano, Deus cria


tudo de modo gradativo. O Homem é relação entre
corpo e alma.

O homem tem desejo do eterno, daquilo que


foi criado.
Somos a imagem de Deus não por causa do 
nosso corpo, mas por causa da nossa capacidade. 

Corpo – Alma – Mente “inteligência e razão”.


O livro do Gênese, segundo a Tradição da
Igreja, foi escrito por Moisés, e este reúne
tradições hebraicas, que à luz da exegese bíblica,
nos ajudam a compreender o relato da criação do
homem.
O relato bíblico: “Deus criou o homem à sua
imagem; criou‐o à imagem de Deus, criou o
homem e a mulher”. (Gn 1,27) É da fonte
Sacerdotal (P), remonta ao tempo do exílio da
Babilônia (586 – 538 a. C.)
Este relato – que não é um tratado científico –,
procura salientar a existência de um único Deus
criador, demonstrando a importância do homem e
da mulher no projeto de Deus, feitos “à imagem e
semelhança de Deus”.
O segundo relato: “O Senhor Deus formou,
pois, o homem do barro da terra, e inspirou‐lhe
nas narinas um sopro de vida e o homem se
tornou um ser vivente.” (Gn 2,7).
É da fonte Javista (J) remonta ao tempo do
Rei Salomão (século X a.C.), “usou a imagem do
Deus oleiro, que fez o homem da argila, porque o
oleiro era uma figura muito comum naquele
tempo”, dessa forma, o escritor sagrado
demonstra que o homem é criado, moldado por
Deus.
A palavra hebraica Adam (Adão), significa
homem, não é simplesmente um nome próprio,
mas designa o homem.
“Quando o autor Sagrado diz que Deus fez
Adam, ele quer dizer que Deus fez o homem, o ser
humano”.
O nome Eva, significa “mãe dos viventes” (cf.
Gn 3,20). “Seria falso dizer que Adão e Eva não
existiram, ou que são apenas fábula da Igreja. São
tão reais como a humanidade é real.”
PECADO ORIGINAL
A palavra hebraica Adam (Adão), significa
homem, não é simplesmente um nome próprio,
mas designa o homem.
“Quando o autor Sagrado diz que Deus fez
Adam, ele quer dizer que Deus fez o homem, o ser
humano”.
O nome Eva, significa “mãe dos viventes” (cf.
Gn 3,20). “Seria falso dizer que Adão e Eva não
existiram, ou que são apenas fábula da Igreja. São
tão reais como a humanidade é real.”

Você também pode gostar