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O nome "Gênesis" foi dado pela tradução dos Setenta justamente para expressar o
conteúdo do livro que se preocupa principalmente com os fundamentos do povo de Deus. Não
muito diferente do correspondente hebraico que significa "no princípio".
1. Aspecto Literário-narrativo
O livro do Gênesis tem 50 capítulos; 1534 versículo; 85 páginas (na BHS). O livro do
Gênesis começa com a criação do mundo e termina com a morte de Jacó e de José. Com a
ocupando com a origem, em segundo com a história de Abraão, terceira com a história de
e de José e seus filhos. Por outro lado, o livro Gênesis forma um todo completo: é a história
dos antepassados.
mas sim vários gêneros literários, por causa das diferentes fontes de informação. O Povo de
Deus esteve cercado por diversos impérios que os dominaram e influíram também na escrita e
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no pensamento da transmissão das ideias. Muitos elementos vieram da cultura da
Mesopotâmia, outros elementos vieram do Egito, bem como também de civilizações menores
2. Aspecto Histórico-mítico
Analisando o aspecto histórico-mítico do Livro de Gênesis, podemos destacar a
linguagem mítica como uma ferramenta essencial para compreender certas passagens. A
experiência de contemplar o céu estrelado é descrita como uma experiência mítica, onde o ser
humano se sente conectado ao universo de uma forma transcendental. A linguagem mítica,
caracterizada por símbolos e alegorias, permite que a mente humana busque decifrar os
enigmas da realidade em que está imersa.
O texto explora a relação entre mito e religião, destacando que o mito é uma linguagem
natural do ser humano para compreender o divino. Ao analisar passagens do Gênesis, o texto
ressalta a importância da linguagem mítica para uma leitura mais profunda e significativa.
Além disso, são apresentadas características das sagas e mitos presentes no Livro de
Gênesis, como a criação, a queda e o dilúvio. A análise mostra como esses elementos míticos
se relacionam com narrativas de outros povos da antiguidade, evidenciando a riqueza cultural
e religiosa presente nos textos bíblicos.
Como vimos no texto anterior, o livro do Gênesis é repleto de aspectos históricos e
míticos fascinantes. Um dos aspectos mais proeminentes é a narrativa da criação do mundo,
que é ao mesmo tempo uma explicação cosmológica e um relato mitológico sobre a origem da
humanidade. Gn 1,1-25
A história de Adão e Eva é um exemplo clássico de como o livro do Gênesis combina
elementos históricos com mitologia. Enquanto alguns estudiosos interpretam essa narrativa
como uma explicação simbólica da relação entre Deus e a humanidade, outros a veem como
uma história literal sobre os primeiros seres humanos.Gn 1,26-27
Outro aspecto interessante é a história de Noé e o dilúvio. Essa história tem sido objeto
de debate entre estudiosos, com alguns sugerindo que pode ter raízes em eventos históricos
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reais, como grandes inundações na antiguidade, enquanto outros a interpretam como uma
lenda mitológica destinada a transmitir lições morais e religiosas.
3. Aspecto Teológico
3. Aspecto Patriarcal-familiar
O aspecto patriarcal une a preocupação pelo território e pela descendência,
entrelaçando terra e família. O objetivo de traçar uma descendência pode ser obviamente
definir uma linhagem, estabelecendo assim, a pertença e identidade de um povo, situando-o
no mundo: História da definição de Israel.
Essa segunda e a terceira parte são o núcleo do Livro do Gênesis, parte mais extensa e
importante, dedica-se aqui a história dos patriarcas, o fundamento da fé, conta-se como Deus
ao longo da história interveio para garantir sua promessa. Aqui o núcleo é a aliança, que
possui como contrato, da parte Deus: a promessa de posse da terra, e da parte do povo: o
compromisso de cumprir os mandamentos divinos.
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No Livro do Gênesis não temos os mandamentos da lei codificados, o que não era
necessário, pois a aliança se dava de forma direta entre Deus e os Patriarcas, sem
interventores, seja lei, seja profetas, etc.
As reviravoltas da intervenção de Deus evidenciam a procura do homem em
corresponder aos planos divinos, onde caberia ao homem a confiança e a fidelidade.
REFERÊNCIAS:
AIRES, J. V. . A linguagem mítica no Gênesis. Estudos Bíblicos, São Paulo, v. 20, n. 75, p.
52–60, 2022. Disponível em: https://revista.abib.org.br/EB/article/view/820. Acesso em: 4
mar. 2024.
KLEINE, M. Aliança com Abraão. Estudos Bíblicos, São Paulo, v. 24, n. 90, p. 20–26, 2022.
Disponível em: https://revista.abib.org.br/EB/article/view/651. Acesso em: 2 mar. 2024.
SKA, Jean Louis. Introdução à leitura do Pentateuco: Chaves para a interpretação dos