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Cosmogonia

(Judaico-Crista)

IFPE

Daniel Oliveira, Gustavo Pedro, Ítalo Cardoso, Júlio Mendes, Luan Miranda, Miguel

1° TI Tarde

01- O que é Cosmogonia?


Desde os tempos mais remotos, o ser humano tenta entender a origem de tudo:
de onde viemos? Para onde vamos? Como surgiu o universo? Muito antes de a
ciência entrar em campo, cada povo acreditava e perpetuava histórias que davam
sentido à nossa existência. Assim, surgiram as cosmogonias!
O termo tem origem de duas palavras gregas: cosmos, que quer dizer universo,
e gignomai, que remete a nascimento. Trata-se de um relato que explica a criação e
a ordem do mundo e, ao mesmo tempo, o surgimento dos seres humanos. As
cosmogonias refletem a cultura e o momento histórico. Muito além de resolver
questões existenciais, elas estabelecem ordens de poder e códigos de conduta, sendo
parte da identidade e da coesão social de um grupo.

02- Cosmogonia na Filosofia.


A cosmogonia é importante para a história da filosofia ocidental porque diz
respeito ao momento anterior ao surgimento do pensamento filosófico. Ou seja,
antes do século VI a.C., na Grécia, ainda não havia surgido filósofos, e o que
imperava era o pensamento mítico ou cosmogônico. Assim, a cosmogonia explicava
o universo em termos de uma criação de alguma entidade divina. Desse modo, o
sentido da existência humana também era pautado nos mitos de geração. Esse
pensamento cosmogônico foi perdendo seu lugar a partir do crescimento da
filosofia, que se propunha mais racional e não recorrer a seres divinos. No século VI
a.C., o primeiro filósofo grego seria o Tales de Mileto, que pensou sobre o universo
não mais a partir das cosmogonias.

03- O Mito Judaico-Cristão.


Na cultura Judaico-Cristã, o mito de origem do universo está baseado nos
escritos de Gênesis, da Bíblia. Conforme a narrativa, há um Deus criador e supremo
que decidiu gerar o universo, a terra e os seres que há habitam. Assim sua obra teria
durado sete dias. Nessa cosmogonia o Deus é transcendente e sua existência
independe de sua própria criação, ou seja, ele mesmo não foi criado.

04- A Bíblia e o Torá.


A Torá compõe os 5 primeiros livros do livro sagrado da religião judaica e tem
origem no termo hebraico Yará, que significa ensinamento, instrução ou lei.
É considerada um guia para os judeus, com 613 mandamentos que ensinam como
devem ou não agir, seja nas relações sociais, familiares, religiosas, por exemplo. A
Torá conta desde a história da criação do mundo por Deus, até a chegada do povo
judeu em Israel e a morte de Moisés no monte Nobe. É composta por cinco livros e
são equivalentes ao pentateuco, os cinco primeiros livros da bíblia cristã.
A Bíblia é um dos livros sagrados da Humanidade, a interpretação religiosa da
jornada humana pela Terra, do ponto de vista do povo judeu, narrada pelo próprio
Homem, mas segundo a Igreja inspirada diretamente por Deus. Esta obra é
considerada pelos estudiosos como uma fonte de alto valor literário. Ela deriva do
grego Bíblos ou bíblion, significando ‘rolo’ ou ‘livro’. No latim da Idade Média,
Bíblion alude a uma coleção de livros. A primeira pessoa a se referir à totalidade dos
livros contidos no Antigo Testamento e no Novo Testamento com uma expressão
única foi São Jerônimo, tradutor do Livro Sagrado, elaborado por volta do século
IV, para o Latim – a Vulgata Latina -, batizando-a de ‘Biblioteca Divina’. A palavra
‘Bíblia’ foi adotada pelo Cristianismo a partir do ano 200 d.C. Segundo as diversas
religiões cristãs, ela foi escrita por vários escribas, sacerdotes, reis, profetas e
poetas, mais ou menos em mil e seiscentos anos.

5- A Criação do Mundo.
A Bíblia se abre com duas narrativas da Criação (Gên 1 e 2), escritas em dois
períodos diferentes. A primeira é a mais recente (século VI a.C), a segunda data do
século Xa.C. Esses primeiros capítulos da Bíblia formam um grande poema a glória
do Deus criador. Eles não pretendem explicar como o mundo foi feito nem como o
homem apareceu na terra. Cabe à ciência procurar essas respostas. A Bíblia, na sua
linguagem poética, lembra que tudo que existe foi dado por Deus aos homens para a
felicidade deles.
A primeira narrativa bíblica pegou vários elementos de uma lenda babilônica do
século XII a.C. Nos dois casos, a criação é uma vitória da terra sobre as águas, a
separação das trevas e da luz, alto e baixo, terra e mar, mas as diferenças entre eles
são enormes. No poema babilônico, há vários deuses brigando; sol e lua são
divindades; o homem é criado para ser escravo dos deuses. No poema bíblico, Deus
é único e bom; sol e lua são apenas luminárias; o homem é criado gratuitamente, por
sua bondade.

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