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Volume 05
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Conteúdo licenciado para Jose Jales de Figueiredo Junior -
Formação em Teologia
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Ainda tendo em mente o Pentateuco, vemos que o povo está saindo do Egito,
e não só isso, estava saindo de um festival de deuses, mitos e cosmogonias. Junto
disso, o Senhor estava ministrando sabedoria ao povo, para verem que a diferença
entre “o que se crê” e “o que se entende” cria distorção e divisão, compromete a
identidade e afeta os relacionamentos, tanto entre pessoas, como com Deus. O
Pentateuco é um espelho que mostra o estado em que Israel se encontra, também
aponta o mal que originou seu problema e o remédio para tal, e a raiz do seu pecado
é uma cosmogonia que cria uma cosmovisão que os desvia de um estilo de vida
aprovado pelo Senhor.
O Pentateuco mostra que a fé é protegida pelo coração, e o coração é
protegido pela mente (conhecimento - cosmovisão), isto é, a vida é protegida pela
maneira como vemos e entendemos o mundo e a existência (Cosmovisão) a partir
da fonte (Cosmogonia) que aceitamos. Foi assim no deserto com Israel, é assim no
deserto conosco. O agora é como foi no passado, outrora o Pentateuco forneceu ao
povo de Deus uma cosmogonia/cosmovisão que o tornou íntegro e pleno, dando-
lhe solidez e direção, e não precisariam mais ficar quebrados e perdidos. O Senhor
pode fazer o mesmo por nós, assim como o fez com Abraão, Isaque, Jacó, José e
Israel, dirigindo-os e conduzindo-nos, para poder morar em terras enganosas e
idólatras, mas vibrantes e férteis se habitadas debaixo de um relacionamento com
o Deus Pai, trazendo cura à terra, prosperidade à vida e saúde ao nosso interior.
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Mênfis - foi a grande capital nos períodos antigo e médio da história, sua divindade
principal era Ptah, e a criação acontecia a partir da palavra e do sexo.
Essa cosmogonia apresenta um elemento familiar, como um eco da história
de Gênesis, mostrando a criação como uma atividade artística e feita com beleza.
Talvez seja uma das poucas narrativas egípcias que exibem essa característica. A
relação de um artesão com sua obra-prima, a natureza. A maioria das cosmogonias
é violenta e dramática.
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Neste ponto há uma fusão entre um ser humano real, chamado Sargom,
identificado na Bíblia como rebelde (Ninrode), e uma narrativa mitológica, de forma
que fica impossível saber a fronteira entre o homem e o mito. Ninrode é
fundamental para entendermos os cinco primeiros livros da Bíblia, e esse pano de
fundo é o ponto de partida para entendermos a forma de ler o Pentateuco.
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IX O objetivo da criação
A bondade de Deus - Deus não criou o mundo por alguma necessidade ou para
receber alguma coisa, mas para dar e comunicar-Se. A razão para a criação é a
Sua bondade e amor, não para consigo mesmo, mas para com os seres humanos.
A glória de Deus - O objetivo final de toda a criação é a glória de Deus. Toda obra
das mãos de Deus está diretamente ligada à Sua glória, pois não existe nada mais
nobre e mais excelente, nada mais puro e mais digno.
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O mundo foi feito por esta razão, para que pudéssemos nascer. E nascemos
para poder conhecer o criador do mundo e nosso Deus. E “Nós o conhecemos para
que pudéssemos adorá-Lo.” ¹
X Cosmovisão e criação
Devemos entender que, assim como as cosmogonias egípcias afetaram a
forma do povo de Deus se perceber e se relacionar com o Senhor, a cosmovisão
cristã equilibra o modo como lidamos com tudo ao redor. O cristianismo superou o
desprezo pela natureza, que torna o ser humano em um predador cruel, que destrói
e desfaz o meio ambiente e toda criação em geral. Na rota oposta, o cristianismo
superou a deificação da criação, que torna qualquer elemento da natureza,
inclusive o próprio ser humano, em um alvo de adoração. O homem que transforma
a natureza num deus se torna refém de todo tipo de idolatria e superstição.
XI Hermenêutica do Pentateuco
De volta à hermenêutica, encontramos, de um lado, a matriz do pensamento
religioso babilônico, e do outro, o darwinismo do pensamento evolucionista. Usar
as “lentes” de Darwin para interferir na leitura do Pentateuco é um problema grave
e, infelizmente, cada vez mais comum. Ler o Pentateuco de acordo com a ótica
evolucionista faz pouco sentido e traz muita confusão.
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O que precisa ser esclarecido é que o darwinismo junta fatos biológicos com
filosofia monista. O Monismo estabelece que uma potência pura (átomos, caos ou
células) é o mesmo que nada, e a partir disso, do “nada”, tudo pode se desenvolver.
Não cabe ao estudo atual usar contra-argumentos científicos, mas explicitar:
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Caos aquático separando os céus da terra Uma condição sem forma e vazia
(IV. 137-140) (Gen 1:1-2)
A luz é pre-existente na criação do sol, lua e A luz foi criada antes dos luminares
estrelas (I. 102;V.I-12) (Gen 1:3-5)
O homem foi criado do barro misturado com O Homem foi feito do pó da terra
sangue (VI. 33) (Gen 2: 7)
É dado ao homem cuidar da terra (no lugar O homem foi designado para cuidar
dos deuses menores) (VI 8.34) do jardim (Gen 2:15)
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Notas
1 Bavnick
2 Enuma Elish, Tabletes I-V. Cos I:390-402
Bibliografia Sugerida
BAVNICK, Herman. Dogmática Reformada - Deus e a Criação vol 2. (Traduzido por
Vagner Barbosa, São Paulo: Cultura Cristã,2012)
PRICE, Randall. Manual de arqueologia bíblica Thomas Nelson/ Randall Price e H Wayne
House. (Tradução de Wilson Ferraz de Almeida- Rio de Janeiro: Thomas Nelson. 2020)
Manual bíblico vida nova. Editor geral: David S. Dockery (Tradução: Lucy Yamakami.
Hans Udo Fuchs, Robinson Malkomes. - São Paulo: Edições Vida Nova,2001.)
JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. (Tradução de Vicente Pedroso. Rio de Janeiro.
CPAD, 1990)
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MESQUITA, Antônio Neves de. Povos e Nações do Mundo Antigo (Editora: HAGNOS)
PHILLIPS, John. Explorando as Escrituras: uma visão geral de todos os Livros da Bíblia.
(2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005)
DOUGLAS, J. O Novo Dicionário da Bíblia (São Paulo: Edições Vida Nova, 1986)
RAWLINSON, George. The Historical Evidence of the Truth of the Scripture Records
(1892)
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