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História Geral I e II
A conexão entre estes dois gêneros não deve formar um pressuposto da existência de duas histórias.
Há, sim, dois campos distintos, cada qual com seu escopo e cada qual servindo a um determinado fim: mas
um e outro completam-se, harmonizam-se. O historiador não deve desprezar evidência alguma, venha de
onde vier, para não tornar-se parcial. Nenhum historiador desprezará um fato simplesmente porque ele se
encontra registrado na Bíblia. Isso pertenceu aos tempos da ignorância.
IV - O HOMEM E O MUNDO
O mundo foi criado para o homem e só ele poderá ser entendido. É o seu cenário de atividades. As
ciências correlatas estão, aos poucos, carreando subsídios para que o nosso campo se alargue e o
conhecimento se expanda. A Paleontologia, ciência relativamente nova, vai nos dizendo como era o homem
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primitivo, quais eram os contornos cranianos, qual era a sua ocupação. A Antropologia, com os seus estudos
dos fósseis, das medidas cranianas, toráxicas e outras, vai nos dizendo se o homem era mesmo como a
Bíblia e a religião ensinam, ou se era um misto de homem e macaco. Os chamados fósseis, de que tanto se
têm ocupado os cientistas e por meio dos quais se pretendia estabelecer um elo entre os símios e os
antropóides, vão pertencendo a uma era passada e morta.
Com as mais recentes técnicas de estudo, fica claro o campo de observação do homem e de seu
mundo, e nós nos conscientizamos de que, quaisquer que fossem as condições do homem primitivo: se
moraram numa caverna ou numa palhoça fluvial, era um ser como a Bíblia no-lo apresenta. Os fósseis, pois,
foram obrigados a revelar a sua identidade, e a conclusão a que estas ciências chegaram é que há uma
profunda analogia entre os ensinos da Bíblia e os da Ciência.
A idéia de Deus é parte do homem. Nasceu com ele. Ao longo dos milênios, o homem procurou na
religião respostas para muitos enigmas do UNIVERSO e para as dúvidas do seu mundo interior. Mesmo
transitando da vida errante e nômade, ao moderno deslumbramento científico, ele não repudiou a divindade.
Ainda quando a razão tenha proposto soluções científicas e filosóficas para enigmas e dúvidas, o apelo da fé
continua a ressoar nos corações, apontando para uma realidade posta além das conquistas racionais.
Alegavam os sábios que Moisés não teria escrito tais coisas, porque no seu tempo nem a escrita tinha sido
inventada e que, portanto, a Bíblia com a sua cosmogonia não merecia maior atenção. Hoje, sabe-se que
Moisés sabia escrever e até se afirma que foi ele o inventor do alfabeto, o que por tantos anos foi creditado
aos fenícios. Podemos afirmar que os fenícios receberam o alfabeto dos midianitas, onde Moisés morou por
40 anos, e que os primeiros traços do alfabeto encontram-se nas ruínas do templo de Serabite, no monte
Sinai. Os que se apressaram a desfazer ou desacreditar toda a história de Gênesis, foram obrigados a rever
as suas conclusões, e hoje, graças aos estudos da Arqueologia, o que era julgado impossível tornou-se
realidade. As cosmogonias caldaica, chinesa, egípcia, assíria, grega, etc. têm a mesma natural origem da
cosmogonia mosaica, com a diferença de que Moisés recebeu a sua doutrina de uma fonte pura, enquanto os
escritores pré-históricos a receberam tradicionalmente e por vias indiretas. Assim mesmo, qualquer estudante
poderá averiguar que as semelhanças são tão flagrantes que não podem deixar de denunciar uma origem
comum. Deus criou o mundo e os primitivos habitantes da Terra souberam disso, e, a despeito de tudo o que
ocorreu nos dias primitivos, esta história não se perdeu.
V -A CONTAGEM DO TEMPO
Quando estudamos um acontecimento histórico, devemos saber onde e em que época o fato
aconteceu. Portanto, é importante saber contar o tempo para compreender melhor os fatos históricos. Os
cristãos contam o tempo de acordo com o nascimento de Cristo. Isto quer dizer que para nós existem os
acontecimentos históricos que ocorreram antes de Cristo nascer, e os que aconteceram depois de seu
nascimento. Entretanto, existem outros calendários além do nosso (cristão). Há o calendário dos judeus, dos
árabes e outros. Quer dizer que há povos que não são cristãos e contam o tempo de maneira diferente da
nossa, de acordo com um fato histórico que eles consideram importante.
São todos os conhecimentos que o homem pode mencionar, referentes ao Universo, e principalmente
sobre sua própria existência: passada, presente e futura.
DO UNIVERSO: Porque nele houve uma ordenação de tal modo que condicionou a existência de seres
vivos e dentre estes o clímax da criação: O HOMEM.
DA EXISTÊNCIA HUMANA: Porque entre os seres vivos, foi o homem feito com o propósito de: adorar e
servir ao seu Criador.
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Assim sendo, vamos encontrar esse homem para o efeito de estudos seculares no primeiro campo: o
biológico, no qual encontramos a vida.
O que é a VIDA? Existem muitas respostas a esta pergunta, mas o homem ainda busca a explicação
definitiva ou completa. Entretanto, todos os seres vivos possuem algumas características básicas, comuns a
todos.
Existem processos que se verificam tanto em animais como em plantas e pode-se distinguir uma
forma viva de uma não-viva, após pesquisa científica. Os processos mais conhecidos são: o crescimento, o
metabolismo, a reprodução, a irritabilidade, a alimentação, a respiração e a excreção.
Para um perfeito funcionamento, todos esses processos devem ser desempenhados pelos seres
vivos. A matéria básica de todos os organismos vivos é o Protoplasma.
O PROTOPLASMA é o conteúdo celular vivo, formado principalmente pelo citoplasma e o núcleo.
Quando se considera o número de indivíduos de qualquer tipo particular de vida animal ou vegetal,
encontram-se quantidades realmente estonteantes. Por exemplo: uma única fêmea de salmão põe cerca de
vinte e oito milhões de ovos numa só estação. Evidentemente, nem todos eles sobrevivem. Só uma pequena
fração deles é que dará lugar a uma longa vida. Existe um equilíbrio na própria natureza.
Mesmo dentro dos pontos-de-vista sustentados a respeito da origem do homem em que a história
secular determina a evolução mediante seleção natural, e a história teológica determina uma criação
separada das demais, ninguém questionará (a não ser sem um estudo detalhado) de que o homem é um
animal.
Portanto, ele compartilha a faculdade de mover-se, de comer, de dormir, de crescer e reproduzir-se.
As mais simples comparações colocarão em relevo flagrantes semelhanças no crânio, nos membros, nos
sentidos, no cérebro e na disposição geral dos órgãos internos. Com efeito é possível situar o homem numa
das principais subdivisões do reino animal: uma classe de vertebrados conhecida pela denominação de
mamíferos!
Os mamíferos são animais de sangue quente, caracterizado por seus métodos de parição, por sua
faculdade de amamentar seus filhos, pela posse de pêlos e de dois jogos de dentes, sendo um de leite e
outro permanente.
O corpo humano ainda é um mistério para muita gente. Os próprios biólogos, fisiologistas, clínicos e
cirurgiões ainda não conseguiram compreender totalmente nosso organismo e suas funções. Exemplo: o
nosso cérebro.
De um ponto-de-vista puramente natural, o homem é o mais inadequado dos seres vivos existentes
em nosso planeta. Por outro lado, é o mais poderoso de todos os animais.
A lhama nasce com uma grossa proteção que lhe permite adequar-se ao frio dos Andes, seu
ambiente natural; o homem, de pele fina e delicada, teve de aprender a tirar o pêlo de outros animais para
proteger-se do frio, o que lhe permite habitar em todas as regiões da Terra. Depois aprendeu a se vestir em
tecidos de fibras naturais e até artificiais, eliminando a aparente vantagem dos mais bem-dotados.
Ratos e toupeiras são instintivamente levados a cavar a terra em busca de calor e proteção, graças
as suas patas e focinhos criados especialmente para isso. O homem, em vez de escavar a terra com suas
mãos, utiliza-se de instrumentos como a enxada, a pá ou mais recentemente as máquinas modernas, com as
quais constrói abrigos mais quentes e mais bem protegidos do que os outros animais.
Garoupas devoram outros peixes enquanto nadam; os felinos têm garras com as quais dilaceram
suas vítimas; as aves de rapina capturam suas presas com garras e bicos, especialmente projetados para o
ataque. Já o homem, frágil e sem habilidade natural, criou as armas e armadilhas com as quais derrota o
adversário e providencia o futuro alimento à distância, sem perigos e confrontos pessoais onde poderia dar-se
mal.
Os animais herdam, individualmente, suas capacidades; cada rato nasce sabendo roer; cada lhama
nasce com seu casaco de pele natural; cada peixe nasce e começa a procurar seu alimento.
Nenhum homem nasce sabendo construir casa, fabricar armas ou utilizar o pêlo de outro animal. Só
através do exemplo dos mais velhos, ou seja, por meio da aprendizagem, é que chega a receber sua
herança. Por isso especialistas costumam dizer que, na história humana, roupas, ferramentas, armas e
tradições tomam o lugar de pêlos, garras, presas e instintos, na busca de alimentos e abrigos.
Essa diferença não é apenas quantitativa, mas também qualitativa, já que estabelece uma distinção,
um momento de ruptura entre a história natural e a social, entre a história construída pela natureza e aquela
em que os seres humanos além de pacientes são também agentes.
materiais e teóricos, cada vez mais sofisticados, garante-lhe uma boa qualidade de vida? E mesmo entre
aqueles que possuem batedeiras e televisores e moram em apartamentos com piscina e guarita, vive-se uma
vida de tensões e competitividade, plena paz, compreensão e solidariedade? Não, pretendemos condenar
nossos avanços tecnológicos, mas será que nada temos para aprender dos “pré-civilizados”?
IX - AGRICULTORES E CRIADORES
Já na agricultura, a coisa mudava de figura. Mesmo quando transumante, o grupo agrícola tinha de
se fixar num local o tempo suficiente, para que sua produção produzisse ao menos uma vez.
A área plantada ficava bem próxima ao acampamento, propiciando trabalho com menos locomoção
por parte das mulheres. De resto, crianças relativamente pequenas eram utilizadas pelo grupo de maneira a
se constituírem em força de trabalho. Locomovendo-se menos, usando as crianças para a agricultura e não
tendo limites tão rígidos no suprimento alimentar, os homens passaram a se reproduzir mais, causando um
crescimento demográfico notável. Com o advento da agricultura, os grupos podem ser maiores, desde que
dentro de limites estabelecidos pela fertilidade do solo, quantidade de terra disponível e estrutura
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organizacional da tribo. Quando o crescimento do grupo entrava em contradição com qualquer um desses
fatores, ocorria uma cissiparidade, procurando a tribo derivada, e às vezes até a de origem, outro local. Este
processo intenso de subdivisões e deslocamentos iria provocar uma onda de difusão da agricultura e da
atividade pastoril.
Não se deve pensar que a passagem da atividade coletora para a agrícola tenha-se dado de uma
maneira brusca ou através de um toque de mágica. Deu-se, antes, através de um longo processo que inclui
cuidadosa percepção dos fenômenos naturais, elaboração da teoria causa/efeito e doses de acidentalidade.
Que essa transformação foi lenta não se dúvida.
Afinal, entre o saber que os vegetais crescem, quando plantados, e conseguir organizar uma
plantação racional e rentável, existe uma longa distância que passa pela necessidade de alterações nos
padrões de comportamento já arraigados. A convivência da agricultura com a coleta, provavelmente foi o
fenômeno mais comum durante muito tempo. O fato é que a economia simples de produção de alimentos
provocaria grande transformação no grupo. Pela primeira vez haveria um excedente a ser armazenado. Isto
não decorreu da vontade manifesta dos membros do grupo ou de algum sentimento de usura, mas da própria
realidade ditada pela Natureza: os grãos produzidos ficam maduros de uma só vez numa certa época e não
ao longo do ano. Entretanto, deviam ser consumidos lentamente, em refeições distribuídas pelo ano todo.
Além disso parte da colheita devia servir de semente na próxima semeadura. O grupo precisa mudar de
atitude com relação ao alimento: começa a planejar e a poupar; começa também a construir silos, depósitos
adequados para armazenamento dos grãos.
A produção de um excedente agrícola, somada à atividade criadora, serviria para atender às
necessidades da comunidade em períodos mais duros, propiciando o crescimento da população e o
surgimento posterior de um comércio incipiente. De início, a comunidade é auto-suficiente, mas
independência econômica não pode ser confundida com isolamento. Contatos entre tribos neolíticas deviam
ser freqüentes e até amistosos. Encontros de pastores nos pastos e de agricultores nos oásis ocorreram
muito, sem contudo transformarem-se em integração política. Trocas eventuais de produtos excedentes não
alteram a estrutura do grupo.
Por isso mesmo, dificilmente poder-se-ia falar em uma cultura neolítica comum a todos os povos
daquele período. Cada grupo, a partir do número de seus membros, dividiu-se de acordo com as condições
geoclimáticas. Sua diversidade era tão grande quanto a variedade dos territórios ocupados.
Se na Europa Ocidental a agricultura nômade foi predominante, em Creta mesmo os aldeamentos
mais antigos parecem ter sido permanentes. Alguns grupos tinham na caça uma atividade central, outros na
criação, enquanto que para alguns a carne era desprezível como alimento. As mesmas diferenças se
estabeleciam no que se refere ao tipo de cereal predominante, à característica do artesanato, às práticas
rituais, etc. Assim, em vez da cultura neolítica, seria mais correto referir-se às culturas neolíticas (no plural).
A vida nas grandes cidades modernas estabelece uma distância enorme entre seus habitantes e a
Natureza. É comum as professoras darem às crianças da pré-escola uma grão de feijão deitado sobre uma
pedaço de algodão molhado para que elas tenham ao menos uma idéia sobre o ciclo da vida vegetal, pois,
de outra forma, poderiam pensar que os vegetais são fabricados em sacos plásticos ou caixas de cores
atraentes. O fato é que o habitante de uma cidade recebe sua formação em função do mundo que o espera, e
não de uma ligação com a natureza orgânica. Despreparado, está condenado à morte por inanição e perde-
se num bosque não muito distante de casa, pois não conhece árvores frutíferas e raízes que podem servir de
alimento; é incapaz de matar pequenos animais, improvisando armas; não sabe tecer com fibras de piteiras e
palmeiras uma proteção adequada e, sem instrumentos industriais, perde o senso de localização, e não
encontra o caminho de volta.
Há toda uma sabedoria desenvolvida ao longo de milênios, que nós, urbanos, jogamos fora pela
janela de nosso confortável apartamento. A Natureza foi dominada pelos humanos como grupo, e não
enquanto indivíduos isolados. O poder que sentimos enquanto reis dos animais nos dá a falsa sensação de
que cada um de nós é capaz de perpetrar as proezas que apenas alguns conseguem realizar.
Urbanos por excelência, somos é dependentes. Dependemos do agricultor que planta e do bóia-fria
que colhe; do engenheiro que projeta, do operário que fabrica e do comerciante que vende; dependemos da
prospecção de petróleo realizada em todo país. Nossas pernas são as rodas dos ônibus e dos trens, nossos
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olhos são o vídeo da televisão, nosso horizonte é o postal que amigos impingem após suas viagens
pasteurizadas. Por tudo isso, quando falamos de revolução urbana, não se pense em cidades como as
nossas nem em homens com valores semelhantes aos que nós desenvolvemos aqui.
XV - URBANIZAÇÃO E CIVILIZAÇÃO
Durante muito tempo, e por inspiração dos filósofos racionalistas do século XVIII, a palavra civilização
significou um conjunto de instituições capazes de instaurar a ordem, a paz e a felicidade, favorecendo o
progresso intelectual e moral da humanidade.
Uma civilização, via de regra, implica uma organização política formal com regras estabelecidas para
governantes e governados (mesmo os autoritários e injustos); implica projetos amplos que demandam
trabalho conjunto e administração centralizada (como canais de irrigação, grandes templos, pirâmides, portos,
etc.); implica a criação de um corpo de sustentação do poder (como a burocracia de funcionários públicos
ligada ao poder central, de militares, etc.); implica a incorporação das crenças por uma religião vinculada ao
poder central, direta ou indiretamente (os sacerdotes egípcios, o templo de Jerusalém, etc.); implica uma
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produção artística que tenha sobrevivido ao tempo e ainda nos encante (o passado não existe em si, senão
pelo fato de nós o reconstruirmos); implica a criação ou incorporação de um sistema de escrita (os incas não
preenchem esse quesito e nem por isso deixam de ser civilizados); implica, finalmente, mas não por último, a
criação de cidades.
De fato, sem cidades não há civilização. As cidades representam a segunda grande revolução da
humanidade. Elas permitem o trabalho organizado de um grande número de pessoas, sob uma liderança que
vai adquirindo tamanha legitimidade, a ponto de estabelecer sanções para os que se recusam a cumprir as
tarefas estabelecidas.
A roda, a metalúrgica, o carro de bois, o animal de tração, o barco de velas tiveram seu caráter
transformador por se integrarem a uma nova organização social propiciada pela urbanização.
Nas inúmeras aldeias espalhadas pelo crescente fértil não havia necessidade de levar os inventos e
as descobertas até a sua utilização máxima. Já no sul da Mesopotâmia e do Egito tudo foi utilizado para que
o homem pudesse enfrentar e dominar a Natureza.
Isso significa grande número de pessoas atuando de forma organizada, através da incorporação de
conhecimentos sociais e sob uma liderança legitimada. Há aí uma relação dialética: invenções e descobertas
são pré-condições para uma organização social do tipo urbano, que, por seu lado, provoca novas
descobertas, através do processo de exploração e adequação ao meio ambiente.
VI - CIDADE E PODER
Ricos, no que se refere à fertilidade das terras, os mesopotâmios e os egípcios eram muito pobres em
matérias-primas, algumas delas essenciais. O Vale do Nilo não tinha madeira para construção, nem pedras
ou minérios. A Suméria não estava em situação melhor. Com as obras hidráulicas, os egípcios e os sumérios
desenvolveram um comércio destinado a suprir suas terras das matérias-primas fundamentais. Forma-se um
grupo de comerciantes, de trabalhadores em transporte e de artesãos para trabalhar a matéria-prima, todos
eles alimentados pelo resto da sociedade que continuava a produzir alimentos.
Depois surgiram os soldados para proteger os comboios, escribas para registrar os negócios e toda
uma gama de funcionários do Estado para conciliar interesses opostos. Apareceram também funcionários
religiosos e templos e uma série de cortesãos inúteis, familiares e amigos do rei.
O arqueólogo nota uma substancial diferença entre os objetos encontrados datados de 5 mil e dos de
6 mil anos. Os mais antigos sãos instrumentos de agricultura e caça e um e outro objeto de uso doméstico,
denotando uma comunidade de agricultores simples. Já os de 5 mil anos constituem mobiliário dos templos,
armas, jarros e outros objetos feitos em série. Encontramos ainda templos, túmulos imensos (como as
pirâmides) e palácios. A mudança no material arqueológico denota alterações na economia das sociedades
que produziram o material. Denota também uma maior complexidade nos papéis sociais, uma verdadeira
divisão de trabalho em vez de simples divisão de tarefa e a instituição do poder político que busca perpetuar-
se. Ao contrário da liderança nas aldeias, provisória e sujeita a permanentes contestações, aqui o rei esquece
as razões que o levaram a liderar (o consenso do grupo social com vistas ao bem-comum) e através de sua
origem divina (no caso do Egito) ou legitimação divina (no caso da Mesopotâmia e, mais tarde, entre os reis
de Israel e Judá), passa a justificar suas atitudes autoritárias, seu luxo acintoso e sua vida desligada da dos
produtores diretos.
As cidades tornam-se populosas. Concentrações entre 10 mil e 35 mil habitantes eram comuns,
segundo os especialistas. Há lugares predeterminados para as casas e oficinas, mas os palácios e templos
ocupam os locais de destaque. A solidariedade que justificava sua construção se esvai; o camponês, produtor
direto de alimentos, é marginalizado pela sociedade que ele ajudara a construir e que continua a alimentar.
Nas suas investigações, a História recorre ao auxílio de outras ciências na interpretação dos
acontecimentos históricos. Algumas são independentes, isto é, têm vida própria. Outras dependem da
HISTÓRIA.
1. Ciências Independentes:
Economia: Estuda os meios de produção, distribuição, consumo, circulação e riqueza;
Sociologia: Estuda o homem em sociedade;
Geografia: Estuda a superfície da terra no seu aspecto físico e humano;
Antropologia: Estuda o homem no aspecto biológico e cultural;
Arqueologia: estuda as culturas extintas;
Paleontologia: Estuda os fósseis;
Filosofia: É a ciência geral dos seres, dos princípios e das causas;
Fitologia: Estuda a língua e a literatura como instrumentos de manifestações culturais.
2. Ciências Dependentes:
Cronologia: Estuda a localização dos fatos no tempo;
Paleografia: Estuda os escritos em materiais leves;
Epigrafia: Estuda os escritos em materiais pesados;
Heráldica: Estuda os brasões de nobreza, os escudos e as insígnias;
Sigilografia: Estuda os selos;
Genealogia: Estuda a origem e o desdobramento das famílias;
Diplomática: Estuda os documentos oficiais;
Numismática: Estuda as moedas;
Lingüística: É o estudo histórico e comparativo das palavras.
Egito, nome dado à terra do Nilo, no Nordeste da África, desde o tempo de Homero. É constituído,
geograficamente, em duas partes:
1) a do Norte, isto é, o Delta;
2) a do Sul, chamada Egito Superior, entre o Cairo e a primeira catarata.
Os hebreus chamavam-no de Mizraim (terra de Cão) e Raabe. Os egípcios pertenciam à raça branca
e a sua origem ainda é assunto de discussão. A primitiva língua egípcia era a CÓPTICA, remotamente
relacionada com a linguagem semítica. A civilização do Egito alcança a antigüidade remota. Os reinos do
Norte e Sul foram unidos por Menés, o fundador da primeira dinastia histórica dos reis egípcios. As seis
primeiras dinastias duraram 1478 anos, chamado império antigo, que teve sua capital em Mênfis, ao sul do
Cairo (o Mofe ou Nofe do VT), sendo nome nativo MENOFER, o lugar bom. As pirâmides foram os sepulcros
dos monarcas do império antigo, os de Gizé, na quarta dinastia.
Depois da queda do império antigo, sucedeu um período de declínio e obscuridade, onde surge o
império médio, onde a dinastia mais poderosa foi a 12 a. O FAIUM, região do Egito Médio, foi reclamado para a
agricultura pelos reis e em frente do deus solar em Om ou Heliópolis (perto de Cairo), foram erguidos dois
obeliscos, um dos quais ainda existe. A capital do império médio foi Tebas, no Egito Superior. O império médio
foi destruído pelos hicsos (chefes beduínos ou príncipes pastores) da Ásia, cujas três dinastias reinaram no
Egito Setentrional por alguns séculos. Zoã ou Tanis, no nordeste do Delta, era a capital. Nesta época
entraram no Egito: Abraão, Jacó e José. A libertação nacional egípcia do domínio HICSO foi dirigida
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pela aristocracia tebana. Os hícsos estabeleceram-se ao norte do Egito. Para se prevenir de novas invasões,
estenderam suas fronteiras pela Ásia, criando um império asiático.
No governo de Amenotepe II deu-se o êxodo dos HEBREUS em 1.440 a.C., e no governo de
Amenotepe IV os israelitas entraram na Palestina.
Ramsés II foi o último dos grandes faraós do novo império. Adota a política expansionista de Tutmés
III, e acaba entrando em choque com o império hitita, na Ásia. Em 1278 a.C., a guerra chega ao fim com um
TRATADO que estabelecia uma fronteira comum no rio Orontes e um condomínio dos dois impérios na Ásia.
Com a XIX dinastia começa a decadência do novo império, exaurido e debilitado pelas campanhas
militares. O enfraquecido império egípcio foi, a partir de então, sucessivamente invadido pelo “povo do mar”:
líbios, núbios, etíopes e, finalmente, conquistado pelos assírios, em 662 a.C.
Psacético I, fundador da XXVI dinastia, expulsou os assírios e restabelecendo a independência e a
unidade nacional, fixou a capital do império na cidade de Saís. Pela última vez, a civilização egípcia
recuperou momentaneamente seu antigo brilho e esplendor. Esta obra foi prosseguida pelo seu filho Necao.
Este faraó reconstruiu o canal que ligava o Nilo ao mar Vermelho. Em 525 a.C., sob o reinado de Psamético
III, o Egito foi invadido e conquistado por Cambises, imperador da Pérsia.
Em 323 a.C, após o domínio persa, o Egito foi incorporado ao império de Alexandre Magno. Com a
morte de Alexandre, seu império foi desmembrado, dando origem aos reinos helenísticos. O Egito foi, então,
governado pela dinastia Ptolomaica até a época de Cleópatra, quando, em 30 a.C, converteu-se em província
do Império Romano. Na Idade Média, o Egito é dominado, primeiramente, pelos bizantinos e em seguida
pelos muçulmanos. De l517 a 1805, o Egito constituiu-se em província do Império Otomano. Submetido à
ocupação inglesa desde 1882, obtém sua independência política com a Revolução Nacionalista de 1952 e
proclama a República em 18/06/1953.
Babilônia, nome antigo da Mesopotâmia meridional. Sumeriano ou acadiano é o nome dado à língua
da Babilônia. Julgam alguns que é de origem não-semítica, falada pelos primitivos habitantes, inventores do
sistema cuneiforme de escrever, pelos fundadores das suas grandes cidades e pelos fundadores de sua
cultura.
Babilônia estava dividida em dois distritos: Acade, no norte e Sumer (provavelmente Sinar do VT), no
sul. Entre as grandes cidades contam-se: Ur, Ereque, Babel (Gn 10.10), Larsa (Elasar de Gn 14.1), Nipur,
Sefarvaim (2 Rs 17.24), Eridu (a cidade boa) e Calné (Gn 10.10).
Dos primitivos reis da Babilônia, os mais famosos foram: Sargão, governante de Acade (2772-2717
a.C), e seu filho Naram-Sim, que conquistara uma grande parte da Ásia Ocidental, incluindo a Palestina. Uma
grande biblioteca foi fundada na Babilônia durante o reinado de Sargão. Subseqüentemente a Babilônia caiu
no domínio de Elão até quando Hamurabi (o Anrafel de Gn 14.1) expulsou os elamitas, venceu seu príncipe
Arioque e fundou uma monarquia unida. Aproximadamente no ano de 1726, foi conquistado pelos cassitas,
das montanhas do Elão, e assim uma dinastia cassita reinou por 576 anos. Nessa data Canaã passou às
mãos do Egito.
Em 729 a.C, Babilônia foi tomada pelo rei assírio Tiglate Pileser IV, mas por ocasião da morte de
Salmanazar V (723 a.C), apoderou-se dela o príncipe caldeu Merodaque Baladã (2 Rs 20.12-19), cujo
domínio continou até 709 a.C, quando foi expulso por Sargão II, sucessor de Salmanazar V. Babilônia se
revoltou contra Senaqueribe, o qual destruiu, em 689 a.C, sua capital (a cidade de Babilônia). Mais tarde é
reconstruída por Esar-Hadom, que fez dela uma de suas residências; para essa cidade foi levado Manassés
como prisioneiro (2 Cr 33.11).
Depois da morte de Esar-Hadom, Samas-sumukin, vice-rei da Babilônia, se revolta contra seu irmão,
rei da Assíria, mas a rebelião foi abafada, embora com dificuldade. Em 607 a.C, quando Nínive foi destruída,
Nabopolassar, vice-rei da Babilônia, tornou-se independente. Seu filho Nabucodonosor, depois de derrotar os
egípcios em Carquêmis, o sucedeu como rei em 605 a.C, e fundou o Império da Babilônia.
Nabucodonosor fortificou a cidade de Babilônia e a adorna com palácios. Evil Merodaque, filho de
Nabucodonor, que o sucedeu em 562 a C, foi morto depois de reinar doi anos. O última monarca do Império
Babilônico foi Nabonido (555-538 a C), cujo filho mais velho, Belsazar, é mencionado em diversas inscrições.
Em 538 a C, Babilônia foi conquistada por ciro e, apesar de se rebelar por mais de uma vez, jamais recobrou
sua independência. Dário, associado de ciro, ficou como governande de Babilônia. Dois anos mais tarde, em
536 a C, Dario morreu, e isso, junto com a dificuldade encontrada no Oriente, obrigou Ciro a voltar e tomar
conta do governo. Uma proclamação de Ciro declara que ele restaurara às suas próprias terras os exilados
que se achavam na Babilônia, juntamente com os seus deuses. Os judeus, que não possuíam imagens,
levaram os vasos sagrados do Templo.
XX - CIVILIZAÇÃO ASSÍRIA
Assíria, nome greco-romano dado à parte superior da Mesopotâmia, conhecida no Velho Testamento
como Assur, pântano, a terra de Ninrode (Mq 5.6; Gn 10.11). A Assíria, de origem babilônia, tornou-se reino
independente em 1700 a C, e numa luta conquistou Babilônia, Damasco, Samaria e Fenícia e fez da Judéia,
Filistia e Iduméia estados súditos. Assur, a primeira capital, ficava à margem ocidental do Rio Tigre. Mais
tarde ela foi transferida para Nínive,à margem oriental desse mesmo rio; cerca de 1300 a C. Salmanazar I
fundou ao Sul de Nínive a cidade de Calá.
A seguir, houve invasões da Palestina, confirmada pelos monumentos. Da metade do 12º século em
diante, Israel e Judá virtualmente se tornaram vassalos da Assíria. Tiglate-Pileser I 9cerca de 1130 a C) e
Assurbanipal III (883-859 a C), o edificador do grande palácio situado no Noroeste de Calá, estenderam seu
domínio até o Mediterrâneo e o filho deste, Salmanazar III (858-824 a C) com seus aliados, um dos quais era
Acabe de Israel, derrotou na grande batalha de Carcar (854 a C), Hadade-Ezer (ou Bene Hadade) de
Damasco.
Pul, isto é, Tiglate-Pileser IV (745-728 a C) recebeu tributo de Rezim de Damasco e de Menaém de
Samaria (II Rs 15.19,20). Em retribuição ao reconhecimento de seu domínio, vai em auxílio de Acaz de Judá
(II Rs l6.7) contra Peca de Samaria e Rezim de Damasco (734-732 a C). Eliminando Rezim e abolindo seu
reino, também diminui o de Peca (II Rs 16.9; 15.29). Morto Peca, estabeleceu a Oséias como rei tributário
(729 a C).
Salmanazar V (727-723 a C), castigando a deserção de oséias, cerca Samaria, mas morre durante o
cerco (II 17.5; 18.10) e a vitória cabe a Sargão II (722-706 a C), que registra em seus anais a tomada de
Samaria como seu primeiro sucesso militar. Sargão então leva para o cativeiro 27.280 habitantes de Samaria
e deixa ali colonos orientais. Em seus anais Judá também é mencionada como tributária. Ele avança até as
fronteiras do Egito e toma Asdode (Is 20.1).
Sendo morto Sargão II (705 a C), o sucede seu filho Senaqueribe (705-682 a C), que em 701 a C,
comanda um exército a Palestina a fim de punir Ezequias, seu rebelde vassalo. Tiraca, rei do Egito, aliado de
Ezequias é derrotado em Elteque sendo destruídas as cidades e vilas de Judá e pessoas cativas, como
reféns, são enviadas para a Assíria. Senaqueribe prossegue contra Jerusalém, mas todo seu exército é
eliminado numa só noite (II Rs 19.35-37).
Esar-Hadom (681-669 a C), o segundo colonizador de Samaria (Ed 4.2), impõe que Judá e toda a
Palestina paguem tributo, como se verifica na lista de tributo onde se encontra o nome de Manassés. A
submissão de Judá continua apesar da revolta de Manassés (II Cr 33.11), sob o domínio de Assurbanipal
(668-626 a C), chamado Osnapar em Ed 4.10. somente no término do reinado de Assurbanipal, no declínio
geral do Império da Assíria que Judá recobra sua independência, entretanto, por pouco tempo, pois a perde,
primeiramente para o Egito sob Faraó Neco e depois para a Babilônia sob nabucodonozor. Em 607 a C,
Nínive é destruída e termina assim o Império da Assíria.
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O Planalto do Irã, a meio caminho da Mesopotâmia e do Rio Ganges, foi o berço do Império Persa.
Aí, no segundo milênio a C, medos e persas, arianos do ramos lingúistico indo-europeu, fixaram-se e
construíram uma civilização.
Os medos fixaram-se ao Norte, na região da Ecbátana, contígua à Assíria. Os persas instalaram-se
ao Sul, entre as montanhas do Elam e o Golfo Pérsico.
No século VIII a C, os assírios, no apogeu do seu militarismo, dominam os medos. As tribos, distintas
e vencidas, uniarm-se na luta contra o invasor. No século seguinte estava formado o Reino Medo, com a
capital em Ecbátana. Segundo a tradição Déjoces foi o primeiro rei medo. Ciáxares (625-585 a C), com um
exército bem armado e disciplinado, impôs o seu domínio aos persas e tentou aniquilar o poderio assírio.
Auxiliado pelos caldeus e citas, apoderou-se de Nínive, destruindo o Império Sargônida. Astíages (585-548 a
C) continuou a política expansionista de seu pai Ciáxares. Ciro, em 548 a C, destronou Astíages e,
estendendo seu domínio por todo o Planalto do Irã lançou os alicerces e fundamentos do Império Persa.
A ascensão e queda do Império Persa: coube a Ciro, a fundação; a Cambines, a expansão; e a Dario,
a consolidação do Império Persa.
Ciro, ao conquistar a Média, fundou o Império Persa, esbabelecendo sua capital em Pasárgada.
Em 538 a C, entrou vitorioso em Babilônia, onde foi auxiliado pelos aristocratas, sacerdotes e
mercadores babilônicos, que lhe abriram as portas da cidade e estendeu seu domínio pela Mesopotâmia.
Tratou bem os vencidos, respeitando sua religião e seus costumes. Enquanto todos os conquistadores
primavam pela submissão e destruição dos povos vencidos, desterrando para outras terras, como faziam os
assírios. Ciro mandava de volta à sua terra os povos antes conquistados, exigindo apenas obediência.
Ciro morreu em 529 a C. Cambises, seu filho, conquistou o Egito em 525 a C. e morreu em 523 a C.
Dario I, o Grande (521-485 a C), filho de Histapes, conselheiro de Ciro, foi notável administrador e
guerreiro. Após a derrota de Dario na Batalha de Maratona, Xerxes, seu filho, desencadeia a 2ª Guerra
Médica, sendo derrotado pelos gregos na Batalha de Salamina, em 480 a C. Os persas foram definitivamente
derrotados pelos gregos na 3ª Guerra Médica, em 479 a C.
Os gregos antigos ou helenos dividiram-se em várias tribos: Jônios, Aqueus, Eóleos e Dórios.
O Período Homérico é baseado na interpretação das lendas contidas nos poemas épicos “A Ilíada” e
a “A Odisséia”, que a tradição atribui ao poeta grego Homero.
Na Grécia no século VI a C, o papel principal na economia e na vida cultural pertencia às colonias
gregas da Ásia menor: Mileto, Éfeso, Samos e Lesbos. Pelo final do século VI a C, o Reino Persa havia se
expandido enormemente.
Com a morte de Dario em 485 a C, seu filho Xerxes iniciou outra campanha em 480 a C, contra os
gregos.
No ano seguinte, os persas retomaram. A Ática foi conquistada e Atenas foi destruída. Esparta, à
frente dos outros Estados gregos, atacou os persas na Ática. Os persas foram derrotados em Platéia.
No século V a C, havia na Grécia duas grandes forças: a Confederação de Delos ou Liga Marítima
Ateniense e a Liga do Peloponeso, encabeçada por Esparta.
Em 431 a C, estourou a guerra entre Atenas e os Peloponésios. Essa guerra, conhecida como guerra
do Peloponeso, durou 28 anos. Terminou em 405 a C, com a derrota final dos atenienses pelos espartanos.
A Macedônia, país localizado a Nordeste da Grécia, em 338 A C, conquistou-a na Batalha de
Queronéia. Felipe da Macedônia conquistou a Grécia. Morto Filipe, seu filho Alexandre tinha 20 anos. O trono
vago logo atrai vários pretendentes que precisam ser rapidamente afastados. Alexandre sufoca algumas
revoltas e torna-se dono do poder e foi educado por Aristóteles, era grego de formação.
Em 334 a C, atravessa o Helesponto e trava a baalha de Granico; 333 a C, batalha de Isso; 332 a C,
tomada de Tiro, conquista do Egito (onde foi recebido como um deus) e fundação de Alexandria; 331 a C,
batalha de Gaumelas, conquista de Babilônia e Susa; 330 a C, conquista de persépolgis e Pasárgada; 329 a
C, atinge a fronteira da Índia (Rio Indo); 327 a C, cruza o Rio Indo e suas tropas pedem para voltar; 325 a C,
inicia a marcha de volta; 323 a C, morre na Babilônia com 33 anos, vítima de febre palustre.
Do mesmo modo que na Grécia, também na Itália o primeiro tipo de organização política foi a Cidade-
Estado. Roma surgiu às margens do rio Tigre, segundo a lenda no ano 753 a C. O calendário romano data a
partir desta época.
Costuma-se dividir a História Romana, tomando-se como critério divisor a evolução política em três
períodos: Monarquia, República e Império.
MONARQUIA
O período monárquico iniciou-se com a fundação de Roma e terminou em 509 a C.
REPÚBLICA
Em 509 a C, uma revolta da aristocracia depôs o último rei romano, de origem etrusca, Tarquínio “o
Soberbo e proclamou a República. No período republicano, a grande modificação deu-se nas instituições
políticas. A aristocracia colocou no lugar do rei dois magistrdos eleitos por 1 ano. Os Cônsules, com plena
autoridade sobre os assuntos civis, militares e religiosos. O Senado, do qual só participavam os patrícios e
assumiu uma maior importância política. A Assembléia Popular, também teve a sua importância política
aumentada.
Depois da conquista da Itália, os romanos entraram em choque com Cartago, vencendo-a depois de
um século em que se realizaram três guerras (guerras púnicas de 264-146 a C). A Espanha só foi dominada
integralmente por Roma em 133 a C.
Em sua expansão externa Roma conquistou a Macedônia em 197 a C; a Síria, em 189 a C; a Grécia
em 146 a C, Portugal em l40 a C, e Pérgamo que, por tetamento do rei, converteu-se em Província Romana
em 129 a C. O Egito caiu sob o domínio romano, definitivamente, em 30 a C, com Otávio Augusto.
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O Primeiro Triunvirato
Mais tarde o poder fica nas mãos de Pompeu. Este alia-se a Júlio Cesar e a Crasso, romano
de grande fortuna e forma-se o Primeiro Tritunvirato, que durou de 60 a 44 a C.
O SEGUNDO TRIUVIRATO
Em 42 a C, os três líderes cesarianos: Marco Antonio, Lépido e Otávio concluíram um acordo,
constituindo o Segundo Triuvirato. No Oriente, Marco Antonio governava autocraticamente, doando,
inclusive, províncias do Império Romano a Cleópatra, rainha do Egito.
IMPÉRIO
O Império se implanta de fato quando Otávio retorna do Egito com seu númeroso exército. O
Senado deu-lhe vários títulos que legalizaram seu poder absoluto: Cönsul, ditador, censor, Princeps
Senatus (primeiro entre os iguais) e, finalmente Augusto, título só dado aos deuses, que permite
Otávio escolher seus sucessores. Otávio adotou o nome Augusto, conservando durante o seu reinado
as aparências do regime republicano. O Império foi dividido em províncias senatoriais e imperiais. As
primeiras eram provincias já pacificadas, cuja administração ficava a cargo do senado e as segundas
eram provincias onde estavam aquarteladas tropas romanas, cuja administração estava subordinada
ao Imperador.
OS DOZE CÉSARES
O principado após Augusto. O poder exercido pelos sucessores de Augusto foi meramente
pessoal e totalmente corrupto. Seus sucessores: Tibério (14-37 a D); Calígula (37-41 a D); Claudio
(41-54 a D); Nero (54-68 a D); Galba (68-69 a d); Otão (69 a D); Vitélio (69 a D); Vespariano (69-79 a
D); Tito (79-81 a D) e Domiciano (81-96 a D). Estes imperadores, incluindo César, que foi ditador e
Otávio Augusto, são chamados ”Os doze Césares”. Com os Antoninos, houve um período de
despotismo esclarecido em roma. Estes imperadores procuravam conciliar o poder do imperador com
o ideal estóico de servir a comunidade. São eles: Nerva (96-98 a D); Trajano (98-117 a D); Adriano
(117-138 a D); Antonino Pio (138-161 a D); Marco Aurélio (161-180 a D) e Cômodo (180-192 a D).
Diocelciano (284-305 a D), foi o primeiro imperador que, após longo tempo de anarquia
militar, impôs um poder despótico do tipo oriental. Dividiu o Império em quatro partes, dando as outras
três a seus amigos. Este novo sistema chamou-se de Tetrarquia.
Constantino transformou o trono em hereditário e conseguir que sua dinastia tivesse dois
grandes suportes: o exército e a religião. Segue em fase de divisão do Império até que chega ao
poder Teodósio (379-395 a D). Defendeu a fé cristã e conseguiu manter a unidade do Império. Ao
morrer, dividiu o Império, dando a cada um de seus filhos uma parte: O Império Romano do Ocidente,
com a capital em roma, foi entregue a Honório; o Império Romano do Oriente, com a capital em
Constantinopla, foi entregue a Arcádio.
Em 476 a D, somente a Itália constituía o Império romano do Ocidente e assim mesmo não por muito
tempo. O Imperador Júlio Nepos foi deposto por Orestes, chefe do seu exército, que colocou seu filho (6
anos) como imperador com o nome de Rômulo Augústulo.
Os hebreus foram um povo semita, originário da baixa Mesopotâmia. Segundo a Bíblia, seu livro
sagrado, o patriarca Abraão recebeu de Deus a missão de levar seu povo à Palestina, ou a Terra de Canaã.
Abraão obedeceu e os hebreus ali se fixaram. Seu território limitava-se ao Norte com a Fenícia e a Síria; ao
Sul ficava o Deserto de Sinai; à Leste, as terras dos Moabitas e Amonitas; a Oeste, o Mediterrâneo. A primeira
fase da história do povo hebreu correspondeu ao governo dos patriarcas. Seminômade, obedecia a seus
chefes mais velhos e prestigiados. Após o patriarcado, foi estabelecido o governo dos juízes e, mais tarde,, o
dos reis.
Jacó, que teve seu nome mudado para Israel, foi o pai de doze filhos homens que deram origem às
doze tribos de Israel. Várias vezes o povo de Israel teve de deixar sua terra e viver na aldeia. Nos dias de
Jacó emigrou para o Egito, para fugir a terrível fome que se abateu sobre a Palestina.
Moisés, nascido no Egito e educado na corte do Faraó, vivia em Midiã quando, comissionado por
Deus, foi ao Egito e conseguiu finalmente autorização para que seu povo regressasse à sua terra. Começa
então o Êxodo do povo, que leva 40 anos, vagando pelo deserto. Nessa ocasião Moisés recebe, no Monte
Sinai, as Tábuas da Lei.
O Reino Unido
Para unir e fortalecer a defesa, o povo pede um rei e Samuel resolve sagrar o primeiro rei:
Saul. Segue-se-lhe Davi, rei guerreiro, que estende as fronteiras dos país consquistando terras aos
vizinhos. Em seguida Salomão, sábio e pacífico, famoso pelo poder e riqueza. Salomão construiu o
templo de Jerusalém com o auxílio de operários fenícios. Aliou-se ao rei Hirão, de tito (Fenícia);
cobrou tributos das caravanas que atravessavam suas terras; comerciou com vizinhos e povos
distantes. Sua corte era faustosa e o monarca, ao fim de seus dias, caiu no desagrado do povo pelas
despesas excessivas de seu palácio e pelos altos impostos que cobrava. Além disso, permitiu que
deuses estranhos se misturassem ao culto monoteístta, que caracterizava a religião dos hebreus
desde a sua origem.
A Divisão da Monarquia
Após a morte de Salomão, os hebreus dividiram-se: dez tribos do Norte formaram o Reino de
Israel, liderados por Jeroboão; duas tribos do Sul formaram o Reino de Judá, liderados por Reoboão,
filho de Salomão (924 a C). a partir de então várias vezes estiveram em luta. O Reino de Israel,
desde o seu início, viveu na idolatria; isto fez com que a ira de Deus se manifestasse sobre ele,
permitindo que no ano de 722 a C, fosse conquistado por Sergão II, da Assíria, e seu povo fosse
levado para o cativeiro, sendo seu território habitado por outros povos, ali colocados por ordem do rei
da Assíria.
XVII - C O N C L U S Ã O
Custaria relativamente pouco ouvir as licóes da História. Nenhum povo tem podido sobreviver por
muito tempo. Como se fossem seres humanos, nascem, vivem e morrem.
Mas nós perguntamos: “Por que morrem os povos? Pelas mesmas causa que morrem os homens.
Desobediência a Deus.
Jerusalém teria sobrevivido se tivesse sido fiel, mas a sua infidelidade trouxe-lhe a ruína. Os judeus
tem sobrevivido e continuarão a sobreviver, até que Cristo retorne; mas isso só porque estão sob a
Dispensação de um concerto bilateral, em que Deus se comprometeu a poupá-lo apra sempre. A sua cidade e
a sua Nação morreram; mas eles sendo filhos de Abraão, continuarão a viver, a despeito dos ódios gentios e
das mais cruciantes perseguições.
Eis aí a lição da História: “A justiça exalta os povos, mas o pecado é o opróbrio da nações”.
BIBLIOGRAFIA