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CULTURA
RELIGIOSA
www.iames.edu.br
Professor: Msc Valdemir Monteiro
Bacharel Em Teologia FBTA/1996)
Graduação Teológica (FAERPI/2017)
Pós-Graduado Em Docência No Ensino Superior (São Luis/2018)
Mestrado Em Teologia (STBA/2020)
Licenciado Em História (FAM/2020)
Graduando Em Letras Literatura e Língua Portuguesa (Unifacvest)
Pós graduando Em Ensino Religioso (São Luis)
Dimensão Transcendental,
Manifestações, Implicações,
Fenômeno Religioso,
Conhecimentos, Elementos,
formação, Sociedade, Dimensão
Ética.
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THIELICKE, Helmuth. Recomendações aos Jovens Téologos e Pastores. Recife: SETE e S. Paulo: SEPAL, 1990,
p.58
CONHECENDO DEUS
(2) A singularidade do homem, como "imagem e semelhança de
Deus", com capacidade de se relacionar com ele. O homem é singular. Ele
é, de toda a criação, o único que pode olhar para fora de si, de sua
existência, com pensamentos abstratos. Diz Eclesiastes 3.11 que Deus
"pôs na mente do homem a idéia da eternidade". Ele é o único que pode
fazer metafísica (pensar além das coisas físicas), que pode "teologar".
Sendo inteligente, racional e tendo capacidade de entender, o homem pode
fazer teologia.
CONHECENDO DEUS
(3) A revelação. Cremos que Deus existe e que se revelou. Isto é
dito de maneira bem clara em Hebreus 1.1-2. Ele se revelou na natureza
(Sl 19.1 e Rm 1.19-20), na história (nos atos redentores a favor de Israel),
pelos profetas e, por fim, em Jesus Cristo. A estas expressões de sua
revelação, todas objetivas, há uma ainda, de caráter subjetivo: ele se
revelou na consciência humana. "O espírito do homem é a lâmpada do
Senhor" (Pv 20.27). Esta revelação na consciência pode ser entendida por
esta expressão de Billy Graham: "Em sua Crítica da Razão Pura, Emanuel
Kant dizia que apenas duas coisa lhe causavam assombro - os
CONHECENDO DEUS
céus estrelados e a consciência do homem". 3. Podemos chamar ao
conjunto de revelação na natureza e revelação na consciência de
"revelação geral", isto é, elas pertencem a todos os homens. Não
dependem de algo sobrenatural. Qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha
ouvido falar de Deus nem sequer visto uma Bíblia, tem em volta de si um
mundo criado. Este mundo deve ser uma chamada à consciência: “quem
fez isto? De onde surgiu isto?”. Se Deus não tivesse se revelado, nada
poderíamos saber dele Mas como se revelou, podemos saber (João 3.27
esclarece este ponto). É possível, portanto, estudar sobre Deus.
CONHECENDO DEUS
4. A revelação de Deus - Os tempos em que vivemos são tempos de
negação de um Deus pessoal. Temos hoje a volta do paganismo do passado e
nos mostra Deus como sendo uma energia ou como uma força cósmica. É até
intrigante que uma geração tão avançada tecnologicamente seja tão atrasada em
matéria de conceitos espirituais. Em termos espirituais, voltamos ao passado
pagão. O paganismo do passado se caracteriza pelo seu panteísmo. Este é o
nome que se dá à doutrina de que Deus está em todas as coisas e todas as coisas
são Deus. E uma das características do panteísmo, a ideia era levar as pessoas a
acreditarem que existem duendes, que as pirâmides e os cristais têm energias,
etc. Vemos isso até mesmo nos desenhos animados. E em todo tipo de
entretenimento, desde o filme "Guerra nas Estrelas", com a expressão "Que a
Força esteja com você".
IMANÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA
Os termos imanência e transcendência são opostos e designam,
respectivamente, aquilo que se encerra em si mesmo e aquilo que tem
uma causa maior e exterior a si mesmo.
O filosofo Platão foi o primeiro a reconhecer o lugar da imanência e
da transcendência na História da Filosofia.
Platão foi o primeiro a reconhecer a diferença entre uma realidade
imanente e uma transcendente em sua Filosofia, pois ele estabeleceu a
distinção entre duas realidades: uma realidade material e sensível e
outra realidade imaterial e suprassensível.
C O N C E I TO S D E T R A N S C E N D Ê N C I A E
IMANÊNCIA
"Em geral, a imanência refere-se a algo que tem em si próprio o seu princípio e seu fim. A
transcendência, por sua vez, faz referência a algo que possui um fim externo e superior a si
mesmo. A imanência está ligada à realidade material, apreendida imediatamente pelos sentidos do
corpo, e a transcendência está ligada à realidade imaterial, de uma natureza metafísica e puramente
teórica e racional.
Desde Platão, a Filosofia tenta lidar com a diferenciação dos dois conceitos, visto que são
antagônicos e que suscitam a discussão acerca da validade de cada um ou da superioridade de um
deles.
Durante a Idade Média, a discussão acerca da validade de cada um desses conceitos dividiu o
pensamento entre os filósofos neoplatônicos, como Agostinho, notadamente defensores da
superioridade inquestionável da transcendência, e os filósofos aristotélicos, como Tomás de
Aquino, que defendiam a validade da realidade imanente.
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/imanencia-transcendencia.htm
C O N T E X TO R E L I G I O S O
Essa discussão sobre a diferença entre os dois termos permeia a religião e pode ser
mais bem visualizada no contexto religioso. Podemos classificar as duas, em
relação ao pensamento religioso, da seguinte maneira:
Imanência: relaciona-se às religiões panteístas, como as religiões africanas e o
hinduísmo. Aqui, a concepção da ideia de Deus não se separa da matéria, sendo
parte integrante e indissociável dela. Deus está em tudo, permeia tudo e não é uma
entidade criadora, mas, sim, organizadora. Na Filosofia, o pensador holandês
Baruch de Spinoza propôs uma ideia de Deus imanente e panteísta, resumida na
máxima: Deus sive natura (“Deus, ou seja, a natureza”). Deus seria uma substância
presente em tudo e que participa de tudo;
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/imanencia-transcendencia.htm
Transcendência: a tradição judaico-cristã e islâmica está baseada na
noção de um Deus transcendente, ou seja, uma entidade primeira e
separada da matéria que foi responsável por criar a matéria. Para o
cristianismo, porém, a figura de Jesus Cristo é a personificação imanente
do Deus transcendente.
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/imanencia-transcendencia.htm
IMANÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA
A ética de Platão é transcendente. Seu fundamento não
se encontra na realidade empírica do mundo, das condutas ou das
relações humanas, mas no mundo inteligível. O filósofo reflete
sobre a ideia perfeita, justa e boa que
organiza a sociedade e orienta a conduta humana. A ideia suprema
é o bem, de onde derivam todas as outras. Para o filósofo, a sociedade
divide-se em três classes (filósofos, guerreiros e operários) e a justiça é
definida quando cada cidadão faz o que lhe compete, de acordo com suas
aptidões, gerando equilíbrio tanto do indivíduo quanto da própria
sociedade.
IMANÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA
Em Platão, só ao justo seria possível a felicidade. A
finalidade da pólis justa é permitir ao indivíduo praticar as suas
virtudes e as suas aptidões propiciando a felicidade de todos.
Transcendente é um adjetivo que demonstra algo que não é comum, que está além
dos limites convencionais ou que é considerado superior.
O transcendente é o que está além do conhecimento concreto e que não se baseia
somente em dados e conclusões metódicas.
São sinônimos da palavra: sobrenatural, nobre, divino, sublime, extraordinário,
superior, especial, celestial. Além destes, podem ser antônimos de transcendente:
comum, ordinário, simplório, concreto, mundano.
É muito comum que se use o termo transcendente para fazer referência à crenças
ou o que é considerado divino ou ligado a Deus.
Nesse caso transcendente está fora do mundo material.
https://www.significados.com.br/transcendente/
ATÉ A PRÓXIMA AULA!
SEU DESEMPENHO ACADÊMICO MÁXIM
DIVERSIDADE RELIGIOSA
EATRANSCENDÊNCIA
A imanência de Deus significa que ele não está banido da sua própria criação,
impedido de agir nela, mas que está presente e ativo nela. Ele não abandonou
o mundo que criou. Ele atua pela natureza e na história dos homens. Um
Deus absolutamente
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transcendente não nos seria de grande valia, porque seria apenas uma força
cósmica criadora, seria apenas uma energia impessoal. Poderia nos encher de
um sentimento numinoso, isto é, cheio de respeito e até de medo, mas nunca
nos encheria de esperança ou de significado. O próprio universo seria
desprovido de sentido. Isto de pouco nos serviria. Um Deus absolutamente
imanente poderia estar sujeito às mesmas fraquezas, inclusive morais, da
criação. Seria igual a nós. E isto também de pouco nos serviria. Logo,
transcendência e imanência são, como bem o disse Erickson, um par de
ênfases que devemos preservar.
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Uma boa compreensão da natureza de Deus exige que as entendamos e as
ajuntemos. Separá-las ou não compreender a relação entre as duas nos dará
um visão equívoca de Deus. As duas não são conflitantes, mas harmoniosas,
necessárias.
Autoria dos livros da Bíblia Hebraica
AULA 4