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1 – INTRODUÇÃO
2 - O MITO EGÍPCIO
No caso particular dos mitos egípcios eles visavam ser para os seus leitores
portadores e reveladores de suas divindades. Essas deidades eram os
criadores do mundo, do homem, do bem e do mal. Por excelência suas
expressões cúlticas e rituais eram vinculadas a fecundidade. Esse fato
impregnava toda a religiosidade com uma grande carga de antropomorfismos.
Muito desses elementos foram fulcro de criticas fulminantes dos Israelitas a
essa religiosidade, pois ofendiam a crença no Deus vivo e verdadeiro. A bem
da verdade, esses elementos podem ter, também, influído na formação da
consciência cultural dos Israelitas, uma vez que entre eles houve um estreito
contato.
Embora não tenhamos certeza absoluta, é plausível que Setos I que iniciou a
restauração de Avaris, foi o faraó que Deu início a opressão de Israel, e que
RamasésII foi o faraó em cujo o reinado deu-se o êxodo[5]
Esta vertente do mito da criação Egípcio assegura que o mundo foi criado por
um ato sexual de um deus. Dessa relação originou-se a eneiade─ assembleia
dos nove deuses ─, onde cada divindade representava um elemento
constitutivo do cosmo.
3 - O MITO CANANEU
Para falar sobre os mitos ou sobre a religião Cananéia é forçoso dizer algo de
Urgarit. Segundo Fohrer as escavações arqueológicas nessa região são
instrumentos corroboradores de muitas especulações sobre a religiosidade do
canaanitas. Essa cidade situava-se ao Norte da Síria. Seu auge e destruição
radicam-se, respectivamente, nos séculos XV e XII a.C. Além dos documentos
civis encontram-se nesse lugar monumentos e templos religiosos; listas de
deuses,orações, sacrifícios; por fim, vestígios da literatura religiosa[13].
Conforme já havia sido comentado o mito não faz menção explicita a formação
do mundo. Antes ele alude que o mundo foi criado por El e estava sob os
cuidados de Baal. Esse ato de Baal pode ser interpretado como força geradora
que faz com que os elementos da terra (árvores, pessoas, aves etc) sejam
criados. Assim, pois, a criação dos deuses e do macrocosmo é uma ação de
El, mas é Baal que faz com que o microcosmo seja vivificado. Um outro ponto,
significativo é que a morte de Baal pode ser associada ao processo agrícola,
onde as plantações brotam, são ceifadas, e tornam a brotar[17].
Elencado os dados sobre o Mito cananeu, cabe agora desvelar um último mito
que se julga importante para compreensão efetiva de nossa pesquisa. Tal mito
é fruto da cultura Babilônica.
4 - O MITO BABILÔNICO
A Babilônia, com toda a sua mitologia, tem importância capital para elaboração
de muitos textos bíblicos, dentre eles, só para citar alguns: Gn 1,1─2,4a e Gn
6. A relação entre os Israelitas e os Babilônicos é passível de comprovação.
Esse fato dá-se tanto pela Bíblia como pelo viés histórico, sobretudo no período
do exílio.(587─537 a.C.)
Sob a ótica bíblica há uma gama de livros que remontam ao Exílio. Embora
hoje ela seja fortemente discutida, tanto exegetas como historiadores
concordam que a literatura denominada sacerdotal (P), substrato do
Pentateuco, foi elaborada nesse período[18]. Na mesma linha todos os
adendos e releituras deuteronomistas são aplicados aos textos bíblicos na
mesma época[19]. Contudo para fazer uma alusão mais explicita do contato
bíblico entre Israelitas e Babilônicos dois textos são significativos. O primeiro
situado no livro dos Reis. Ele relata o processo de destruição de Jerusalém e a
deportação dos primeiros Israelitas (cf. 2Rs 24─25). Outra menção ao mesmo
fato esta alocada no livro das Crônicas (cf. 2Cr 36,5ss)Há ainda o texto de
Esdras (Esd 2, 1─9)e de Crônicas (2Cr 36,22–23) que narram o retorno dos
Israelitas para sua terra pelo decreto do Rei Ciro.
O corpo de Marduk era lindo; quando erguia seus olhos, luzes dele irradiavam,
seu passo era majestoso, ele foi um líder desde seu primeiro momento.
Quando Ea, seu pai, viu seu filho, ele se alegrou, ele ficou radiante e cheio de
felicidade, pois como era perfeito o menino! O grande artífice multiplicou os
dons divinos do menino, para ser o primeiro dentre os primeiros, dentre todos,
o de maior estatura[24].
Na luta contra Tiamat, Marduk leva todo o seu aparato bélico próprio da sua
divindade(Raios, ventos, tempestades etc). Ele encontra a Mãe de todos os
deuses enfurecida. Eles lutam corpo a corpo. Quando Tiamat abre sua boca
Com o fim de Tiamat, o rei de todos os deuses pega o seu corpo e o divide ao
meio. A parte superior ele faz o céu. Fixa nesse lugar os astros, deuses
menores, para marcar os dias, meses, anos e estações. Com a cabeça e os
seios edifica montanhas. Os olhos, ele os fura para fazer nascer os rios Tigre e
Eufrates. A parte inferior do corpo ele forma a terra. Nesse lugar ele cria seu
templo chamado babilônia ─ lar do deuses ─ que será ambiente de descanso
para todos as divindade bem como de onde ele reinará sobre todos as outras
deidades. Assim, é descrito pelos os babilônios as origens do mundo terrestre,
ou melhor, do microcosmo.
Sob a ótica mitológica egípcia pode-se averbar que há uma clara distinção
entre dois mundos(dos deuses e das coisas criadas). A priori há um “ambiente”
onde as divindades são gestadas, uma espécie de supra realidade.
Uma divindade, em particular, cria a si mesmo. A partir dessa deidade e por
causa dela todas as outras tem sua origem. Assim, o cosmo, tal como
é entendido, forma-se de divindades. Elementos como a Terra, a
Água(entenda-se também mar), céu etc., são aos olhos da mitologia egípcia,
deuses. Desse pressuposto pode-se dizer, de acordo com o raciocínio do mito
do Egito, que tanto a origem do mundo como os elementos que o compõe são
deuses(realidades antropomórficas) e mais ainda que o mundo é um lugar
divino, uma realidade panteísta.
Por fim, assegura-se que a noção mítica de criação das culturas abordadas
neste artigo são amplas. Elas visam dar cabo de uma pergunta que circunda
toda a humanidade - como surgiu o mundo? Cada uma dessas narrativas, à
sua maneira e na sua época, respondeu a essa questão. Elas, de modo
algum, seriam aceitas, hoje, como resposta suficiente para tal problema.
Todavia seu objetivo não é, em época alguma, se opor a história ou a
verdade, mas apenas visa revelar que o mundo, em ultima instância,
é obra da atuação dos deuses.
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http://www.angelfire.com/me /babiloniabrasil/enelish.html
Referências
[3]Cf MCKENZIE, Jonh L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulinas. p.729: (Em
hebraico.petom; egípcio: pr-itm, “casa de /o deus/Atum), uma das cidades do
Egito em que trabalharam os Israelitas(Ex 1,11). A cidade, muito
provavelmente, deve ser localizada no vale que liga o Nilo com o lago Tinsa no
istmo de Suez. Foi construída depois da ascensão de Seti I[Setos I]ao
trono(137 a.C).
[4]Cf MCKENZIE, Jonh L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulinas. p.772: (Em
hebraico: ra‟meses, ra‟ameses; “Rá o gerou”) Cidade do Egito em que os
Hebreus foram forçados a trabalhar (Ex 1,11) e de lá partiram para sua viagem
para Canaã. Não há dúvidas de que Ramasés é a “Casa/Egipcia/de Ramasés”
Fundada pelo célebre faraó Ramasés II que lhe deu o nome. Inscrições
Egipcias atestam a magnificência de sua construção. Não foi senão depois da
19ª dinastia que os faraós mudaram residência real de Tebas para o Delta.