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TENDA
Curso
Escola de Líderes
Nível 3
Julho de 2006
Igreja Batista do Caminho - TENDA Escola de Líderes – nível 3
Índice
Prefácio.......................................................................................................................................... 3
Introdução...................................................................................................................................... 4
Lição 12 - Santificação................................................................................................................. 33
Bibliografia ................................................................................................................................... 36
Prefácio
Em dias que se tem dado muito mais ênfase em cultos espetaculares e programações para
arrebanhar multidões para Jesus, uma coisa tem sido negligenciada: o ensino da Bíblia Sagrada,
o ensino da palavra de Deus.
Que tipo de líderes temos formado em nossas igrejas? Que tipo de conhecedores das Es-
crituras temos preparado para consolidar, discipular e enviar novos discípulos? Onde foi parar a-
quelas classes de alunos da Bíblia, que tinham como prioridade fundamental conhecer profunda-
mente as verdades da Palavra de Deus?
Vivemos aqueles dias em que Paulo diz: "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutri-
na; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus pró-
prios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas" 2 Timóteo 4:3,4.
A Igreja Batista do Caminho - TENDA sempre teve muita preocupação com o ensino aos
seus discípulos e também aos seus missionários com suas igrejas no campo. Por isso, lançamos
esta apostila de Escola de Líderes que tem a finalidade de preparar líderes de células de evange-
lismo e discipulado, capazes de ensinar a Bíblia aos novos convertidos a Cristo.
Minha oração é que todos os alunos das Escolas de Líderes de todo o Brasil, possam pre-
parar-se para a conquista da nação, e isso, muito bem equipados com a Espada do Espírito San-
to.
Introdução
A Tenda é uma igreja missionária que usa a célula como estratégia para crescimento. Toda cé-
lula possui um líder: é aqui que você entra amado aluno! A Escola de Líderes forma líderes de células.
Mesmo que você não queira assumir uma célula, que você diga: "quero apenas ser o braço direito de
alguém e ajudar", é importante concluir este curso porque a Escola de Líderes é o coração da visão.
Ou seja, a parte principal da visão. Um líder de excelência é capaz de ganhar, consolidar, discipular e
enviar (a escada do sucesso). Um líder tratado é uma bomba atômica no inferno! Vamos saquear o
inferno! Você é um líder de excelência. Receba!
O Encontro é tremendo, mas é apenas o início da visão. O começo, onde você foi curado (corpo
e alma) e onde você se livrou de todas as maldições e teve a memória sarada.
Comparamos esse processo a um escultor de madeira. Primeiro ele escolhe o toco, depois co-
meça a tirar a casca, retirar a madeira podre e suja, desbastar a madeira desnecessária, passar um
produto para matar o cupim (esse é o Encontro!). Depois disso, o escultor vai começar a fazer o esbo-
ço da escultura e começar a esculpir (essa é a Escola de Líderes). Mas o escultor não acabou a peça
ainda, falta concluir a escultura, lixar, polir, envernizar, e assim por diante (esse é o Reencontro e o que
Deus mandar por aí...).
São vários os procedimentos, mas nunca estaremos bons o suficiente. Nunca ficaremos bons
se não formos tratados. Portanto, devemos trabalhar. O tratamento vem pelo trabalho. Quem evangeli-
za é tratado. Esquece seus problemas e ajuda nos problemas dos outros. Deixa de olhar para o umbi-
go e olha para os outros. Ao trabalhar somos tratados. Quem não trabalha dá trabalho!
Dizemos que o objetivo da Escola de Líderes é tratamento de caráter. Você será avaliado pe-
lo seu caráter transformado. Se é escola, tem lição. Se tem lição, tem prova! Portanto você deverá:
a) Avisar seu professor se faltar;
b) Dar uma justificativa verdadeira ao professor quando faltar (não mentir);
c) Ser submisso ao professor;
d) Honrar seu professor diante de seu líder;
e) Honrar seu líder diante do professor;
f) Ler a Bíblia e orar diariamente;
g) Estudar a apostila, consultar os textos, ler os livros, etc;
h) Ser transparente com o professor (abrir-se com ele, caso seja conveniente: homem x mulher!);
A Escola de Líderes está organizada em três níveis, com 12 lições cada. São três meses por ní-
vel, totalizando nove meses de curso:
• nível 1 - a base da nossa doutrina;
• nível 2 - vida cristã em ação;
• nível 3 - liderança e formação de líderes.
No final desta apostila incluí alguns livros de leitura recomendada. É muito importante o lí-
der ler muitos livros (além da Bíblia, é claro). Adicionei também a bibliografia, lista de alguns livros
e materiais que usei para confeccionar a apostila.
Temos certeza que Deus honrará seu esforço e dedicação. Ele derramará bênçãos sem li-
mites sobre sua vida.
Gilson de Moura
Setembro de 2005
Lição 01 - Tributos
Dinheiro é um assunto muito importante na Bíblia. Foi um dos principais temas abordados por
Jesus. Jesus tinha até tesoureiro entre seus discípulos. Jesus pagava imposto e, sendo judeu e irre-
preensível, dava o dízimo e ofertas ao Templo. Este estudo está baseado em textos citados na Biblio-
grafia 7, 8, 9, 10 e 11
Vamos aprender um pouco sobre Dízimos, Primícias e Ofertas em geral:
Dízimos
Dízimo é a décima parte de algo. É a tradução da palavra hebraica ma‘aser que significa décima
parte.
O dízimo existia antes da Lei de Moisés: Gênesis 14:20: E bendito seja o Deus Altíssimo, que en-
tregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo (com Abraão que o deu para
Melquisedeque). Gênesis 28:22: então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de
tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo (com Jacó que o deu a pessoa não informada pela
Bíblia).
O dízimo foi regulamentado na Lei: Levíticos 27:30 - Também todos os dízimos da terra, quer dos
cereais, quer do fruto das árvores, pertencem ao senhor; santos são ao Senhor. Deveria ser trazido até o
Tabernáculo para o sacerdote cuidar, veja Números 18:21 - Eis que aos filhos de Levi tenho dado to-
dos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, o serviço da tenda da revelação. O dízimo
era do sacerdote. Quem não houvesse entregado os dízimos no tempo certo deveria entregar um
acréscimo de 20%, leia Levíticos 27:31 - Se alguém quiser remir uma parte dos seus dízimos, acrescen-
tar-lhe-á a quinta parte.
O dízimo existia no período da Monarquia, leia 2Crônicas 31:5: Logo que esta ordem se divul-
gou, os filhos de Israel trouxeram em abundância as primícias de trigo, mosto, azeite, mel e todo produto do
campo; também trouxeram em abundância o dízimo de tudo.
O dízimo continuou existindo após o exílio babilônico, leia Neemias 12:44: No mesmo dia foram
nomeados homens sobre as câmaras do tesouro para as ofertas alçadas, as primícias e os dízimos, para ne-
las recolherem, dos campos, das cidades, os quinhões designados pela lei para os sacerdotes e para os levi-
tas; pois Judá se alegrava por estarem os sacerdotes e os levitas no seu posto.
Não devolver o dízimo é roubar ao Senhor, leia Malaquias 3:8: Roubará o homem a Deus? Toda-
via vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
Jesus confirmou o dízimo no Novo Testamento ao criticar os fariseus por darem o dízimo de tu-
do, mas não ter o coração sincero. Observe o final do versículo de Mateus 23:23 o que Jesus disse: Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes
omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém,
devíeis fazer, sem omitir aquelas. Observe: estas coisas, porém, devíeis fazer (dar o dízimo) sem omitir a-
quelas (a justiça, a misericórdia e a fé).
O dízimo continuará até a volta de Jesus. Jesus é sacerdote segundo a ordem de Melquisede-
que, veja Hebreus 6:20 - onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, se-
gundo a ordem de Melquisedeque. Melquisedeque recebeu dízimo de Abraão, o pai da fé. Levi, por ser
bisneto de Abraão, recebeu os dízimos de seus irmãos e pagou os dízimos a Melquisedeque, confor-
me lemos em Hebreus 7:9 e 10 - E, para assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou
dízimos. Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai, quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro. Levi pagou
o dízimo a Melquisedeque através de seu bisavô Abraão. Nós que somos filhos de Abraão pela fé (Gá-
latas 3:7 - Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão) também devemos dar dízimo a Jesus, a
Seu corpo aqui na Terra, ou seja, a Igreja.
Primícias
Em Malaquias 3:8 lemos: Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te rou-
bamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Ofertas alçadas é a tradução da palavra hebraica truwmah que
significa uma oferta, uma contribuição que pode ser cereal ou em dinheiro. Na Vulgata, Jerônimo usa a
palavra latina primitivis, ou seja, as primícias.
O que significa uma oferta de primícia?
Em Gênesis 4:3 lemos: E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao
SENHOR. A palavra oferta é a tradução de minchah, que traduzida significa oferta voluntária. Na oferta
de Abel, no versículo seguinte, é usada a palavra bekorah, que significa primogênito, os primeiros: E
Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e
para a sua oferta.
Observe que Deus aceitou a oferta de Abel porque ela era retirada das primícias do rebanho, o
primeiro filhote de cada fêmea. Observe que esteve envolvida nesta oferta a fé, conforme lemos em
Hebreus 11:4 - Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de
que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala. Abel teve fé em
não esperar novas crias, mas sim entregar a primeira que nasceu.
Oferta voluntária é algo dado de boa vontade graciosamente a Deus. Primícia é uma oferta es-
pecial, pois se deve ter o cuidado de preparar e reservar a oferta. Primiciar é dar a oferta dos primeiros
frutos ou os primogênitos ao Senhor.
A maioria das denominações usa a palavra primícia para mostrar que a primeira coisa que de-
vemos tirar dos nossos recebimentos é o dízimo. Usam a palavra primícia não como um tipo de oferta,
mas sim como uma maneira de dizimar, ou seja, devolver o dízimo primeiro, gastar/aplicar o restante
depois. Esta visão é equivocada, conforme vimos nos exemplos de ofertas de Caim (voluntária) e de
abel (primeiros filhotes).
Voltando ao texto de Malaquias, ali são citados dízimos e ofertas. Já vimos o dízimo, mas, de
qual oferta o texto faz referência? Por quê Jerônimo traduziu oferta por primícia? A resposta é simples.
Observe que não podemos roubar a Deus por não dar uma oferta voluntária. Se for voluntária, não é
obrigatória. Por outro lado, se a oferta for do tipo primícia, podemos roubar a Deus. Não dar os primei-
ros frutos é roubo.
Primiciar é honrar ao Senhor, conforme lemos em Provérbios 3:9 - Honra ao Senhor com os teus
bens, e com as primícias de toda a tua renda. Primícias aqui é a tradução da palavra hebraica re'shiyth, que
significa primeiro, princípio.
Em Deuteronômio 26:2 lemos que a oferta era trazida para o lugar onde habitava o nome de
Deus: tomarás das primícias de todos os frutos do solo que trouxeres da terra que o senhor teu Deus te dá, e as
porás num cesto, e irás ao lugar que o Senhor teu Deus escolher para ali fazer habitar o seu nome. Ou seja, as
primícias eram levadas ao Tabernáculo ou ao Templo. Em Neemias 10:37 mostra que eram trazidas
para o sacerdote: e que as primícias da nossa massa, e as nossas ofertas alçadas, e o fruto de toda árvore, e o
mosto, e o azeite traríamos aos sacerdotes, às câmaras da Casa do nosso Deus; e os dízimos da nossa terra aos
levitas; e que os levitas pagariam os dízimos em todas as cidades da nossa lavoura. É para uso do sacerdote,
conforme vemos acima e no texto de Deuteronômio 18:2,3 - Este, pois, será o direito dos sacerdotes, a re-
ceber do povo, dos que sacrificarem sacrifício, seja boi ou gado miúdo: que darão ao sacerdote a espádua, e as
queixadas, e o bucho. Dar-lhe-ás as primícias do teu cereal, do teu mosto e do teu azeite e as primícias da tosquia
das tuas ovelhas.
Os sacerdotes recebem a primícia para que se dediquem à Lei do Senhor, leia 2Crônicas 31:4,5
- Além disso ordenou ao povo que morava em Jerusalém que desse a porção pertencente aos sacerdotes e aos
levitas, para que eles se dedicassem à lei do Senhor. Logo que esta ordem se divulgou, os filhos de Israel trouxe-
ram em abundância as primícias de trigo, mosto, azeite, mel e todo produto do campo; também trouxeram em
abundância o dízimo de tudo. A primícia entregue no Templo era para o sustento do sacerdote e da sua
família, isto está confirmado em Números 18:12-15: Tudo o que do azeite há de melhor, e tudo o que do
mosto e do grão há de melhor, as primícias destes que eles derem ao Senhor, a ti as tenho dado. Os primei-
ros frutos de tudo o que houver na sua terra, que trouxerem ao Senhor, serão teus. Todo o que na tua casa
estiver limpo comerá deles.Toda coisa consagrada em Israel será tua. Todo primogênito de toda a carne,
que oferecerem ao Senhor, tanto de homens como de animais, será teu; contudo os primogênitos dos homens
certamente remirás; também os primogênitos dos animais imundos remirás. Quem é o nosso sacerdote? O
Pastor da igreja.
Qual a promessa de Deus para nós ao entregarmos a primícia ao sacerdote? Leia Ezequiel
44:30 - Igualmente as primícias de todos os primeiros frutos de tudo, e toda oblação de tudo, de todas as
vossas oblações, serão para os sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote,
para fazer repousar uma bênção sobre a vossa casa. Resposta: O repouso da bênção em nossas casas.
Ofertas
Ofertar é bíblico. Para as pessoas contrárias às ofertas na igreja vamos dar referência bíblica
suficiente para tirar todas as dúvidas. E para aqueles que não aceitam o Velho Testamento, vamos
usar somente o Novo Testamento. Veja estes exemplos de oferta na igreja de Corinto através das car-
tas que ela recebia de Paulo. Vamos aprender alguns pontos importantes sobre as ofertas:
1 Coríntios 16:1,2
- vers. 1 - Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da
Galácia (várias igrejas recolhiam essa oferta).
- vers. 2 - No primeiro dia da semana (a cada domingo), cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar
(esforço concentrado para levantar o valor), conforme a sua prosperidade (não importa o valor, os que
podem mais dão mais, os que podem menos, dão menos), para que se não façam as coletas quando eu
chegar (para que a correria não atrapalhe os ensinamentos).
2 Coríntios 8:1-5
- vers. 1 - Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus (quando ofertamos fazemos parte da
graça de Deus) que foi dada às igrejas da Macedônia;
- vers. 2 - como, em muita prova de tribulação, a abundância do seu gozo e sua profunda pobreza abundaram
em riquezas da sua generosidade (embora os irmãos fossem pobres e passando por tribulações, ofertaram
generosamente).
- vers. 3 - Porque, dou-lhes testemunho de que, segundo as suas posses (contribuíram conforme a prosperida-
de), e ainda acima das suas posses (contribuíram acima da prosperidade – uma oferta especial), deram
voluntariamente (com o coração alegre),
- vers. 4 - pedindo-nos, com muito encarecimento (rogaram por ofertar), o privilégio (ofertar é privilégio) de
participarem deste serviço a favor dos santos (o dinheiro arrecadado é para os santos – o serviço da igreja
e seus pastores);
- vers. 5 - e não somente fizeram como nós esperávamos, mas primeiramente a si mesmos se deram ao Senhor
(este é o objetivo do coração doador – dar-se primeiro a Deus), e a nós pela vontade de Deus (dar-se –
dinheiro e mãos – também aos pastores para o serviço da igreja);
2 Coríntios 9
- vers. 1 - Pois quanto à ministração que se faz a favor dos santos (ofertar é uma ministração, ou serviço a
favor dos crentes), não necessito escrever-vos (Paulo já havia dado a orientação na primeira carta);
- vers. 2 - porque bem sei a vossa prontidão (os coríntios estavam dispostos a ofertar), pela qual me glorio
de vós perante os macedônios (Paulo deu o exemplo dos coríntios para as outras igrejas), dizendo que a
Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muitos (ofertar é um bom exemplo).
- vers. 3 - Mas enviei estes irmãos, a fim de que neste particular não se torne vão o nosso louvor a vosso respeito
(apesar do bom coração dos coríntios, Paulo encaminhou alguns discípulos para ajudarem na organi-
zação das ofertas); para que, como eu dizia, estejais preparados (organização é muito importante),
- vers. 4 - a fim de, se acaso alguns macedônios forem comigo, e vos acharem desaparecidos, não sermos nós
envergonhados (para não dizermos vós) nesta confiança (para não envergonhar a igreja).
- vers. 5 - Portanto, julguei necessário exortar estes irmãos que fossem adiante ter convosco, e preparassem de
antemão a vossa beneficência, já há tempos prometida (esses discípulos de Paulo iam ajudar na organiza-
ção das ofertas), para que a mesma esteja pronta como beneficência e não como por extorsão (a organização
nos leva a ofertar com alegria e não com tristeza).
- vers. 6 - Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância,
em abundância também ceifará, (esta é a lei da semeadura e colheita, é valida para dinheiro e atitudes).
- vers. 7 - Cada um contribua segundo propôs no seu coração (não é o fato de contribuir ou não que vem do
coração, mas sim o valor da oferta. No nosso coração Jesus se faz presente, somos templo do Espírito
Santo, portanto, não há argumento do tipo “não estou sentindo de contribuir”); não com tristeza, nem por
constrangimento (caso a pessoa sinta-se constrangida com freqüência quando oferta, deve analisar sua
vida e verificar a motivação do coração); porque Deus ama ao que dá com alegria (Deus ama a todos, mas
dispensa um amor maior a estes pela graça dEle).
- vers. 8 - E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça (Deus pode e quer derramar graça), a
fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência (este é o conceito bíblico de prosperidade – não é ser
rico, mas sim ter suficiência), abundeis em toda boa obra (abundante para com as boas obras);
- vers. 9 - conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre.
- vers. 10 - Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer (quando ofertamos damos ali-
mento, roupas, moradia e demais itens aos pastores e missionários), também dará e multiplicará a vossa
sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça (à medida que contribuímos, Deus nos abençoará. Deus
transforma as ofertas em bênçãos).
- vers. 11 - enquanto em tudo enriqueceis para toda a liberalidade, a qual por nós reverte em ações de graças a
Deus (quando ofertamos, glorificamos a Deus).
- vers. 12 - Porque a ministração deste serviço não só supre as necessidades dos santos (ofertas servem para
satisfazer as necessidades da igreja e dos pastores), mas também transborda em muitas ações de graças a
Deus (ofertas também servem para glorificar a Deus);
- vers. 13 - visto como, na prova desta ministração (ofertar é uma ministração, um serviço do crente na
Terra), eles glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade
da vossa contribuição para eles, e para todos (ofertar é ser submisso a Deus e aos pastores);
- vers. 14 - enquanto eles, pela oração por vós, demonstram o ardente afeto que vos têm, por causa da supera-
bundante graça de Deus que há em vós (ofertamos aos pastores e à igreja e somos agraciados com ora-
ções intercessórias).
- vers. 15 - Graças a Deus pelo seu dom inefável (a graça de Deus é um dom – presente – maravilhoso de
Deus para nós. As ofertas derramam ainda mais graça sobre nós).
O espírito de Jezabel
Deus quer Seu altar restaurado nos líderes. O espírito de Jezabel é um dos possíveis
espíritos malignos que podem atingir a liderança. Vamos acompanhar nesta lição a influência,
ação desse espírito e como derrotá-lo. Esta lição é uma adaptação dos sermões dos pastores
Hugo Takashi Konno e José Maria Savazzi realizados em 2005 na TENDA2.
Observe a explanação do texto de Apocalipse 2:18–29:
vs. 18 – Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Estas coisas diz o Filho de Deus, que tem os olhos como
chama de fogo (vê, observa, nada pode estar oculto) e os pés semelhantes ao bronze polido:
vs. 19 – Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas
obras, mais numerosas do que as primeiras. (há o desejo de trabalhar, existe trabalho sendo realizado,
porém, há erros);
vs. 20 – Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara
profetisa,não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem
coisas sacrificadas aos ídolos (não usa a Palavra de Deus, mas sim, a sua própria palavra, além
disso, ensina, seduz, leva à prostituição e a idolatria);
vs. 21 – Dei–lhe tempo para que se arrependesse: ela,todavia, não quer arrepender–se da sua prostituição.
vs. 22 – Eis que a prostro de cama (tirar a vida), bem como em grande tribulação os que com ela
adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.
vs. 23 – Matarei os seu filhos, e todas as igrejas conhecerão que Eu Sou aquele que sonda mentes e
corações e vos darei a cada um segundo a vossas obras.
vs. 24 – Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não
conheceram,como eles dizem,as coisas profundas de satanás (que é o espírito de Jezabel): outra carga
não jogarei sobre vós;
vs. 25 – tão somente conservai (o espírito de Jezabel tira a perseverança) o que tendes, até que Eu
venha.
vs. 26 – Ao vencedor, que guardar até o fim as minhas obras, Eu lhe darei autoridade sobre as nações.
vs. 27 – E com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro;
vs. 28 – assim como também Eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã.
vs. 29 – Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as igrejas. (nem todos gostam de ouvir isso).
como o espírito de Jezabel. Assim como as roupas, também é o modo de viver. Viver sem a
influência dos espíritos imundos.
vs. 4 – Porque o Senhor se agrada do seu povo; e da salvação adorna os humildes; (Quando O louvamos,
Ele se agrada de nós. Observe Ct. 2.14 (Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto
das ladeiras, mostra-me o teu semblante faze-me ouvir a tua voz; porque a tua voz é doce, e o teu semblante
formoso.) e também Ne. 8.10 (...a alegria do Senhor é a vossa força.).
vs. 5 – Exultem de glória os santos, nos seus leitos cantem de júbilo. (Louvor a Deus em nossos lares
também, nos nossos quartos).
vs. 6 – Nos seus lábios estejam os altos louvores de Deus, nas suas mãos espada de dois gumes: (na boca o
louvor, nas mãos a Palavra de Deus);
vs. 7 – Para exercer vingança entre as nações, e castigo sobre os povos;
vs. 8 – Para meter os seus reis em cadeias, e os seus nobres em grilhões de ferro;
vs. 9 – Para executar contra eles a sentença escrita: o que será honra para todos os seus santos. Aleluia!
O espírito de Absalão
E. Denunciam–se pelas palavras (vs. 4 - Dizia mais Absalão: Ah, quem me dera ser constituído
juiz na terra! para que viesse ter comigo todo homem que tivesse demanda ou questão, e eu lhe
faria justiça);
F. São falsas (vs. 5 - Sucedia também que, quando alguém se chegava a ele para lhe fazer
reverência, ele estendia a mão e, pegando nele o beijava);
G. Furtam o coração das pessoas (vs. 6 - Assim fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei
para juízo; desse modo Absalão furtava o coração dos homens de Israel)
Conseqüências
As pessoas que têm o espírito de Absalão:
A. Recebem conselhos falsos (2 Sm. 17:14 - Então Absalão e todos os homens e Israel
disseram: Melhor é o conselho de Husai, o arquita, do que o conselho de Aitofel: Porque assim o
Senhor o ordenara, para aniquilar o bom conselho de Aitofel, a fim de trazer o mal sobre
Absalão);
B. São laçadas pelo maligno (2Sm. 18:9 - Por acaso Absalão se encontrou com os servos de
Davi; e Absalão ia montado num mulo e, entrando o mulo debaixo dos espessos ramos de um
grande carvalho, pegou-se a cabeça de Absalão no carvalho, e ele ficou pendurado entre o céu e
a terra; e o mulo que estava debaixo dele passou adiante);
C. São mortas (2Sm. 18:15 - E o cercaram dez mancebos, que levavam as armas de Joabe; e
feriram a Absalão, e o mataram);
O poder da língua
Temos que reconhecer que a morte e a vida estão no poder da língua (Pv. 18.21 - A morte e
a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto). Que a natureza humana gosta
de falar, falar, falar... (Pv. 18. 20 - O homem se fartará do fruto da sua boca; dos renovos dos seus lábios
se fartará). Muitas vezes, é melhor fechar a boca do que falar asneiras (Pv. 21.23 - O que guarda a
sua boca e a sua língua, guarda das angústias a sua alma). O espírito de Absalão faz com que nossa
maneira de falar seja dura como uma ponta de espada. Temos que mudar esta maneira, quebrar
este espírito, para que possamos ter uma língua sábia e derramar saúde sobre as coisas e
pessoas (Pv. 12.18 e 19 - Há palrador cujas palavras ferem como espada; porém a língua dos sábios traz
saúde. O lábio veraz permanece para sempre; mas a língua mentirosa dura só um momento).
O espírito de Corá
O espírito de Corá3 traz rebelião e insubmissão. Um líder não pode ser influenciado por este
espírito, abrindo a boca para se rebelar contra a própria liderança. Para isso, vamos analisar o
texto de Números 16:1-14, que traz a história de Corá, Datã e Abirão.
O contexto
Moisés estava com o povo de Israel no deserto. Miriã e Arão se rebelaram contra Moisés e
foram punidos (Nm.12). Moisés envia 12 espias para verificar a terra (Nm.13). Dez espias dão
relatório infame que contamina o povo, Deus rejeita aquela geração anunciando que somente
Josué e Calebe e as pessoas com menos de vinte anos entrariam na terra prometida (Nm. 14). O
capítulo 16 narra a história da rebelião comandada por Corá (um levita – da tribo de Levi), Datã e
Abirão (rubenitas – da tribo de Ruben). Leia todo o capítulo para entender a história.
H. São rebeldes. Moisés chamou Datã e Abirão e estes não obedeceram (vs.12 - Então
Moisés mandou chamar a Datã e a Abirão, filhos de Eliabe; eles porém responderam: Não
subiremos).
Conseqüências
A. São mortos (vs.31 - E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que
estava debaixo deles se fendeu);
B. A própria família também é atacada (vs.32 - e a terra abriu a boca e os tragou com as suas
famílias, como também a todos os homens que pertenciam a Corá, e a toda a sua fazenda);
C. Mesmo sendo rebeldes estão envolvidos com as coisas santas. Envolvidos, mas, não
comprometidos. Após sofrerem o dano pela mão do Senhor, as coisas santas
sobreviverão (vs.36-40 - Então disse o Senhor a Moisés: Dize a Eleazar, filho de Arão, o
sacerdote, que tire os incensários do meio do incêndio; e espalha tu o fogo longe; porque se
tornaram santos os incensários daqueles que pecaram contra as suas almas; deles se façam
chapas, de obra batida, para cobertura do altar; porquanto os trouxeram perante o Senhor, por
isso se tornaram santos; e serão por sinal aos filhos de Israel.). Compare com Mateus 7:21-23
- Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não
profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não
fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim,
vós que praticais a iniqüidade. .
Lição 03 – Evangelismo I
As Quatro Leis Espirituais é uma publicação da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo,
criada em 1956 pelo Dr. Willian R. Bright ou Bill Bright (1921-2003). É uma das principais ferramentas
evangelísticas de que dispomos. Simples, prática, objetiva e barata, contudo, ao mesmo tempo, é
tremendamente útil na obra missionária. Foi traduzida para mais de 200 línguas e estima-se que já
passou pelas mãos de 2,5 bilhões de pessoas.
Aproveite a aula para treinar com seus irmãos como abordar alguém com o livreto das Quatro
Leis.
Células de Aliança5
As Células de Aliança foram desenvolvidas pelo pastor Luiz Carlos Rocha de Oliveira da Igre-
ja do Nazareno de Brasília há poucos anos atrás. A estratégia das células de aliança está descrita
em dois livros escritos pelo pr. Luiz Carlos: “Células de Aliança” e “Discipulado de Batalha Espiritual”.
As células de aliança são apenas uma estratégia. Uma estratégia maravilhosa, pois desenvol-
ve um vínculo maravilhoso entre as pessoas envolvidas, o aliançador e o aliançado.
Aproveite a aula para treinar com seus irmãos como abordar alguém com o livreto das Quatro
Leis e como aliançá-la.
Células "Diferentes"6
Precisamos entender o que é célula. Se necessário, reveja a primeira aula da apostila do nível
1, onde vimos as bases bíblicas da visão celular.
Há dois tipos de Células: a de Evangelismo e a de Discipulado. O próprio nome da célula indi-
ca a sua função. Evidentemente, há uma certa troca das funções, dependendo da ocasião. Se hou-
ver visitantes, é célula de evangelismo, se não, a célula é de discipulado.
Como já vimos, célula é local de Amar; Adorar; Evangelizar; Testemunhar; Chorar; Ganhar;
Consolidar; Discipular; Enviar; Interceder; Alegrar-se; Aprender; Trabalhar; Contribuir; Prosperar;
Edificar; Exortar; Consolar; Abençoar; Ser abençoado; Crescer; Restauração; Santidade; Frutificar;
Relacionamento; Vitória; Refrigério; Transparência; Amizade; Multiplicar, Brincar, etc.
Uma célula não pode ter estrutura rígida. Deve ser completamente livre de manias ou de
mesmices, para tanto, uma célula “diferente” é muito importante tanto para evangelismo, como
para discipulado. Observe alguns exemplos: Célula do chocolate; Célula do Chá da tarde; Célula
do futebol; Célula do churrasco; Célula do cinema; Célula da Intercessão; Célula da Família, etc.
Aproveite a aula para trocar experiências sobre “células diferentes”.
Lição 04 – Evangelismo II
Satélites
Satélites são estratégias maravilhosas de Deus, verdadeiramente estão agregados vários valo-
res ao satélite. No satélite você:
1) Evangeliza, pois as pessoas são convidadas;
2) Discípula, pois vai até a casa da pessoa e envolve-se com ela e nas dificuldades e também
em nas vitórias dela;
3) Desenvolve seus dons e talentos, pois no satélite você pode cantar, dançar, pregar etc.
4) E muito mais.
Mapeamento Espiritual
Mapear espiritualmente um bairro é fazer uma análise das religiões envolvidas nele. Verificar a
quantidade de católicos, espíritas, macumbeiros, etc. Verificar a localização dos templos, terreiros, etc.
Essas informações servirão para direcionar as ações de evangelismo e as orações intercessó-
rias e de batalha espiritual. Precisamos abrir os céus de um bairro através da oração para então evan-
gelizar.
Os dados são coletados através da pesquisa religiosa.
Pesquisa Religiosa
A Pesquisa religiosa é um panfleto com questões básicas que têm vários objetivos:
1) Permitir um ponto de contato com a pessoa; 2) Manter um acesso com a pessoa (através de
pedidos de oração); 3) Coletar dados para a pesquisa religiosa; 4) Outros.
Existem vários tipos de questões. As questões podem variar, pois conforme o ritmo da con-
versa o pesquisador pode abandonar a pesquisa e apresentar as 4 leis aliançando a pessoa. O mo-
delo abaixo pode ser copiado e usado em seu bairro/satélite:
Pesquisa Religiosa
Nome _______________________________________________
Endereço _______________________ nº ____ bairro _____________________
Número de pessoas que moram com você _______ - adultos _______ - crianças ________
Onde nasceu? _____________________________________________________________
Você acredita em Deus? ( ) SIM ( ) NÃO Quem é Deus para você? ____________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Você tem Bíblia em casa? ( ) SIM ( ) NÃO / Você lê a Bíblia regularmente? ( ) SIM ( ) NÃO
Você ora/reza regularmente? ( ) SIM ( ) NÃO
Você freqüenta alguma igreja ou local religioso? ( ) SIM ( ) NÃO Onde? _______________________________
Você tem interesse em aprender assuntos da Bíblia? Por exemplo: cura, milagres, prosperidade, perdão, transformações
de vida, renovação da família, vida de Jesus, etc? ( ) SIM ( ) NÃO
Você tem algum pedido de oração? ( ) SIM ( ) NÃO Qual?_______________________________________________
Lição 05 - Liderança
Vamos aprender o que é liderança através de John Haggai em seu livro “Seja um líder de
verdade”, da Editora Betânia. A leitura do livro de Haggai deve ser prioridade para o aluno da Es-
cola de Líderes.
Observe que cada palavra foi cuidadosamente escolhida para formar esta definição de lide-
rança, observe:
• Esforço – indica que uma pessoa não nasce líder, ela torna-se um líder. Mesmo que al-
guém nasça com características de liderança (veja abaixo), ele deve esforçar-se para de-
senvolver a verdadeira capacidade de liderança;
• Conscientemente – indica uma dedicação, algum feito com cuidado e plenamente cônscio
das suas funções. Não é algo que ocorreu “no susto”;
• Influência – o líder influencia. Não tem voz passiva, mas sim, uma voz ativa sem ser dita-
dor;
• Equipe – esta palavra indica uma união mais firme das pessoas envolvidas do que a pala-
vra grupo;
• Levá-lo – confirma a influência, uma condução da equipe pela ação do líder;
• Metas – o líder deve estabelecer as metas a serem atingidas pela equipe. Metas muito al-
tas (que não podem ser atingidas) ou metas muito baixas (que são atingidas sem nenhum
esforço) geram frustração;
• Permanente – a equipe liderada deve obter frutos permanentes. Tais frutos devem durar
por muito tempo;
• Benefício – o benefício da equipe é o alvo, não o benefício do líder, mas sim, de todo a
equipe;
• Necessidades – o esforço da equipe no trabalho é pelas necessidades da equipe, não pelo
orgulho ou pela soberba de ninguém;
• Reais – o líder deve ter uma percepção das verdadeiras necessidades da equipe. Lutar por
algo que não seja prioritário também leva a frustração.
Um líder nasce líder ou ele torna-se líder? Esta pergunta é muito interessante, a resposta é,
provavelmente, sim e não. Evidentemente, alguns nascem com características de liderança (tais
características veremos adiante). Apesar de geneticamente uma pessoa nascer com característi-
cas de liderança, se ela não se esforçar em desenvolver suas aptidões, tornará uma pessoa com
características de não-líder. Evidentemente, estas pessoas serão melhores em utilizar sua capaci-
dade que outros.
Uma pessoa pode aprender a ser um líder? A resposta é sim. Através de um treinamento e
esforço, qualquer um pode desenvolver características de liderança, tornando-se mais eficiente
que o líder “nato”.
Objetivo: Tratamento de caráter - Importância: É o coração da visão 19
Igreja Batista do Caminho - TENDA Escola de Líderes – nível 3
O líder “nato” (nascido com características de liderança) possui uma aptidão recebida de
seus pais, por herança genética (mesmo que os pais não sejam líderes). Esta aptidão não pode
ser dispensada, contudo, uma pessoa pode vir a desenvolver através de esforço concentrado e
muito estudo a aptidão de uma pessoa que nasce líder pela herança genética.
Diante do que foi dito, podemos afirmar que ninguém nasce líder de verdade, conforme a
definição na introdução desta aula. A aptidão sozinha não faz da pessoa um líder. Podemos afir-
mar também que as diferenças de uma pessoa que lidera da pessoa que não lidera são: desejo e
atitude:
• Atitude da parte humana (a pessoa vai se esforçar) e da parte divina (Ele derramará
o poder dEle sobre a pessoa);
• Desejo da parte humana (a pessoa quer ser líder) e da parte divina (é da vontade
dEle que a pessoa se torne um líder).
O mundo vive uma crise de liderança. Vemos povos e nações desejando um líder. O cená-
rio está armado para a figura do Anticristo. Ele será o líder que o mundo deseja, vai preencher as
necessidades de liderança de bilhões de pessoas. O Anticristo não será um verdadeiro líder, pois
conduzirá as pessoas para a morte e destruição e não para um “permanente benefício”.
Todos devem sentir o desejo de serem líderes e tomar uma atitude de serem efetivamente
líderes. Todos os crentes devem ser líderes, devem possuir atitudes de liderança:
• Não desanimar;
• Manter-se firme;
• Ter energia física para os momentos de luta;
• Ter energia emocional para não se abalar;
• Ter persuasão vinda do alto para testemunhar;
• Etc.
1) O princípio da Visão1
A liderança começa com uma visão. Uma visão é uma imagem clara do que o líder vê sua equi-
pe ser ou fazer. Uma visão pode ser de saúde onde há doença, de conhecimento onde há ignorância,
de liberdade onde há opressão, ou de amor onde há ódio. O líder se sente inteiramente dedicado à sua
visão, o que implicará em mudanças benéficas para a sua equipe.
O líder está consciente da importância de sua visão e faz disso a força propulsora de sua lide-
rança. A atuação do líder para agir em função da visão é chamada de missão. Deve haver, também,
uma série de passos específicos e mensuráveis para realizar essa missão. Esses passos se chamam
metas. O líder deverá ter uma visão e uma missão, porém, muitas metas.
Qualquer visão valiosa vem de Deus, quer diga respeito às questões ditas espirituais ou não, e
quer aquele que tem a visão seja crente ou não, e perceba a origem da visão ou não. Para o crente
uma visão deve começar com um entendimento de Deus. Em segundo lugar, o líder deve entender-se
a si próprio e entender a real necessidade de outros.
A visão é importante porque é a base de toda verdadeira liderança. E não é somente o líder que
deve conhecê-la bem, mas os seguidores também. Portanto, uma das principais responsabilidades do
líder é comunicar sua visão para a equipe correta e eficientemente. Depois, tanto ele como os seguido-
res passam a atuar em função da visão, e a determinar um programa de metas para realizar a missão
e, assim, executar a visão. Nessa atuação deve estar incluída uma forte determinação de vencer difi-
culdades e eliminar obstáculos.
Como o isolamento é necessário para se ouvir a voz de Deus com mais clareza e se compreen-
der a visão dada por ele, o líder deve buscar ocasiões para isolar-se. Assim se preparará para as situ-
ações em que precisará agir prontamente, sem ter tido antes uma comunhão tranqüila com Deus.
A visão é a revelação da vontade de Deus; é o fundamento da liderança.
A visão é o fundamento de toda liderança. A visão do líder requer um compromisso com a ação,
o que é chamado de missão. Mas a visão e a missão são postas em prática através de uma série de
passos específicos e mensuráveis que têm por finalidade realizar a missão. Esses passos são chama-
dos metas. A visão e a missão permanecerão constantes, mas as metas deverão ser revisadas todo
mês, ou até em menor tempo. Nessa revisão deve-se verificar que metas foram atingidas, analisar as
que não foram concluídas. E determinar que medidas corretivas deveriam ser tomadas, e estabelecer
novas metas.
Um bom plano para o estabelecimento de metas é definir metas específicas, mensuráveis, atin-
gíveis, realísticas e tangíveis. Cada uma delas deve ser um passo específico e não um desejo vago. As
metas devem ser mensuráveis não somente em termos do que é para ser realizado, mas também
quando deve ser realizado. As metas devem ser elevadas, mas atingíveis, reconhecendo que o Espíri-
to Santo pode ajudar-nos a conseguir o “impossível”. Temos que avaliar os recursos disponíveis pára
que sejam realísticas. Para alcançarmos metas intangíveis temos que formular e realizar as tangíveis a
ela relacionadas.
Além de elaborar metas com essas características devemos fundamentá-las em nosso próprio
desempenho em vez de vinculá-las a um provável desempenho de outros. Devemos deixar nossa
mente voar alto. Não limitemos Deus. Precisamos escrever as metas, em detalhes, e fazer as metas
positivamente. Certifiquemos de que elas implicam em mudanças de comportamento, e são pessoais.
Na medida em que fazemos do estabelecimento de metas uma prática de vida, há vários problemas
específicos aos quais precisamos estar atentos. Haverá casos em que duas metas muito desejáveis
entrarão em conflito, uma com a outra. Aí temos que determinar a prioridade delas. Precisamos estar
conscientes com relação às metas não declaradas, bem como à influência que podem ter sobre nossa
eficiência e a de outros, tomando o lugar das declaradas. Temos que ser diligentes e modificar nossas
metas assim que as situações se modificarem.
O estabelecimento de metas traz muitos benefícios. Ter metas simplifica o processo de tomar
decisão, fortifica a saúde física e a mental. As metas geram respeito, constituem um sistema de aferi-
ção de modo a que podemos gozar a sensação de realização. As metas produzem resistência. E, a-
baixo de Deus, são as metas que impedem que o líder fique escravizado aos aplausos do povo.
Apesar dos muitos benefícios do estabelecimento de metas, muitas pessoas não o praticam. Al-
guns deixam de estabelecer metas porque é trabalhoso. Outros têm medo de criar metas imperfeitas
ou de ser derrotados ou ridicularizados – ou receiam que o estabelecimento de metas possa ser consi-
derado presunção. Todos esses temores podem impedir uma pessoa de estabelecer metas.
O estabelecimento de metas é uma disciplina contínua. Não se pode elaborá-las de uma vez
por todas, e pronto. A constante aceleração das mudanças em pessoas, lugares e coisas que se verifi-
ca hoje exigem que tenhamos um programa de metas claramente definido.
3) O princípio do Amor1
Assim como a visão distingue um líder de um gerente, o amor distingue o verdadeiro líder do
mero detentor do poder. Não pode haver verdadeira liderança sem amor. O verdadeiro amor não é
meramente uma emoção sentimental, mas, sim, um ato da vontade com a qual o líder cristão opera
visando ao bem dos outros.
A Escritura diz que temos de amar exclusivamente a Deus, “de todo o teu coração, de toda a tua
alma, e de todo o teu entendimento”. Devemos amar a nós mesmos com uma autoconfiança que pro-
vém do domínio do Espírito Santo que em nós habita. E devemos amar ao próximo, dando-nos libe-
ralmente aos outros na forma de benefício e ajuda.
O líder que imita a Cristo expressa amor porque o amor reveste sua liderança de permanente
benefício, o que atrai os outros a ele. A expressão do amor é encontrada em Gálatas 5:22, 23 (Mas o
fruto do Espírito é: o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansi-
dão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei). As qualidades aí catalogadas devem estar presen-
tes na vida do líder cristão que expressa o amor.
A alegria é a música do amor;
A paz é a harmonia do amor;
A longanimidade é a resistência do amor;
A benignidade é o serviço do amor;
A bondade é o comportamento do amor;
A fidelidade é a medida do amor;
A mansidão é a atitude do amor;
O domínio próprio é a vitória do amor.
A liderança exercida em amor funciona! É o líder se dando aos outros para levar-lhes benefi-
cência e ajuda. A liderança firmada sobre essa base nunca irá fracassar.
4) O princípio da Humildade1
5) O princípio do Autocontrole1
O autocontrole é um modo de vida no qual, pelo poder do Espírito Santo, o cristão é capaz de
ser equilibrado em tudo, pois não permite que seus desejos dominem sua vida. O autocontrole é visto
geralmente como uma restrição. E, no entanto, ninguém pode derrotar permanentemente o líder que
exerce autocontrole. O autocontrole é a vitória do amor.
O líder semelhante a Cristo sabe que o autocontrole é importante porque a ausência dele des-
trói a liderança. O líder precisa ser cuidadoso com a falta de autocontrole principalmente nas áreas on-
de é mais forte, tem a maior influência, e se sente mais seguro. É exatamente aí que o problema des-
ponta. O autocontrole nos dá coragem para nos posicionarmos sozinhos. Ajuda o líder a não se desviar
de sua visão, seguindo as opiniões e sutis pressões da sociedade. O autocontrole conquista seguido-
res para o líder. As pessoas desejam seguir aqueles que demonstram autocontrole.
Como todos os princípios da liderança, o autocontrole deve ser cuidadosamente desenvolvido e
cultivado. Consegue-se isso por meio da dependência de deus, de uma vida de disciplina, tomando
decisões antecipadamente, aceitando as adversidades com gratidão, dominando o gênio, controlando
os pensamentos e deixando que o espírito Santo habite em nós.
O autocontrole é tido, geralmente, como uma restrição, uma disciplina que resulta numa exis-
tência dura e infeliz. Na realidade, porém, a verdade é justamente o oposto. O autocontrole produz, em
qualquer pessoa, qualidades que farão dela um candidato à liderança. O autocontrole produz liberda-
de, confiança, alegria e estabilidade. Essas qualidades elevam quem as possui à posição de liderança.
6) O princípio da Comunicação1
a entrar em ação. Mas tentaremos ativar o grupo utilizando uma das outras metas: infor-
mando, comovendo, convencendo ou entretendo.
4. Romper a barreira da introversão. Temos que conquistar a atenção do auditório, ga-
nhar o direito de sermos ouvidos. Para romper a barreira da introversão temos que identi-
ficar os principais problemas que as pessoas do auditório estão enfrentando, prometer
uma solução para esses problemas e, depois, cumpri a promessa feita.
5. Fazer referência ao conhecido, à experiência do auditório. Só conseguiremos de-
senvolver a credibilidade do auditório fazendo referência às experiências dele. Para isso,
devemos adquirir um repertório de experiências vividas gerais, comuns à média das pes-
soas que lideramos. Um certo número de fatores torna essas experiências mais memora-
tivas: a intensidade delas, as vezes em que são repetidas e recordadas, e a proximidade
no tempo.
6. Comprovar nossas declarações. As idéias abstratas só por si não conquistam a aten-
ção das pessoas. As afirmações abstratas devem ser comprovadas e avivadas por meio
da acumulação, repetição ampliada, exposição, comparação, ilustração geral, exemplo
específico e testemunho.
7. Motivar a equipe à ação por meio do apelo aos anseios pessoais. O líder quer ação.
Quer efetuar mudanças. O modo mais eficiente de se conseguir isso é apelar aos ansei-
os dominantes do auditório particular. O líder deve apelar aos interesses do seu auditório,
que podem ser expressos em necessidades de auto-conservação, propriedade, poder,
reputação e afeição. Quem não conseguir induzir outros a agir, nunca chegará a ser lí-
der, e ninguém pode induzir outros a agir se não tocar nos anseios básicos dos ser hu-
mano.
A comunicação deve ser um estudo constante, um profundo interesse, uma disciplina para a vi-
da inteira. Através de uma comunicação eficiente poderemos superar outros que talvez sejam mais
inteligentes ou tenham melhor aparência, mas que não desenvolveram toda a sua capacidade de co-
municação.
7) O princípio do Investimento1
8) O princípio da Oportunidade1
9) O princípio da Energia1
A energia conquista a atenção dos outros; atrai seguidores. O líder que demonstra entusiasmo e energia
consegue a aceitação e confiança dos seus semelhantes. A energia comunica as idéias de autoridade, e entusi-
asmo, de sucesso e de objetividade na atuação. Pelo princípio da energia o verdadeiro líder deve transpirar e-
nergia, “o vigoroso exercício de poder” e “a capacidade de agir ou de ser ativo”.
A energia do líder é demonstrada por meio da vitalidade física. Mesmo que ele seja idoso ou tenha uma
desvantagem física, o líder deve irradiar boa saúde e objetividade em sua atuação. A energia do líder é demons-
trada também através da acuidade mental. Ele não precisa ser necessariamente um gigante intelectual, mas
deve usar a mente ao máximo para observar, fazer previsões, refletir e raciocinar bem. A energia do líder é de-
monstrada ainda através de muito trabalho. O trabalho é a mais comum expressão da energia humana, e o líder
deve ter prazer em trabalhar e procurar estar sempre trabalhando. A energia física, intelectual e emocional do
líder é demonstrada por meio de sua dedicação à tarefa e sua perseverança nela, na medida em que crê em
suas metas e se esforça para atingi-las, mesmo lutando contra todas as adversidades. A energia de um líder é
demonstrada através da atenção a pormenores porque será nas pequenas coisas que ele se firmará ou se des-
truirá.
É verdade que algumas pessoas, naturalmente, possuem mais energia que outras. Não obstante, é pos-
sível aumentarmos nosso nível de energia. Podemos maximizar nosso nível de energia alimentando-nos da ma-
neira certa, exercitando-nos fisicamente com regularidade, mantendo uma atitude mental correta, eliminando as
emoções negativas e vivendo em comunhão com Deus.
As dificuldades existem. Todo líder sofre pressões e problemas que podem levá-lo a desistir. Mas se
Deus nos deus uma visão e estabelecemos um programa de metas para executar a missão, precisamos do po-
der de persistência para superar essas dificuldades. Aplicando o princípio do poder de persistência, os proble-
mas e dificuldades podem ser superados, mas isso requer perseverança. O líder tem de ficar firme. Além do
mais, Deus nos manda oportunidades para exercitar o poder de persistência de modo que sejamos fortalecidos e
possamos superar, mais tarde, problemas e dificuldades maiores.
Charles Swindoll nos adverte contra as “quatro falhas espirituais” que mostram a necessidade de poder
de persistência na vida cristã: 1) “Como somos crentes, todos os nossos problemas estão resolvidos”. 2) “Todos
os problemas que temos são abordados na Bíblia” 3) “Se alguém está tendo problemas, é porque não é espiritu-
al”. 4) “receber a sã doutrina da Bíblia, resolve todos os problemas automaticamente”.
Para dominar esse princípio o líder não precisa de instrução, nem de encanto pessoal, nem de bons la-
ços de família, nem de amigos influentes, nem de uma equipe de auxiliares, nem de equipamento, nem de mate-
riais, nem de prestígio e nem de profundo conhecimento bíblico. Tudo de que ele precisa é determinação. Você
pode fazer isso hoje.
O poder de persistência é essencial para superarmos os problemas. Com o poder de persistência pode-
mos vencer enfermidades, desejos pessoais, limitações financeiras, os perigos da prosperidade, a oposição fami-
liar, traições e perseguições, a interpretação errônea dos eventos e inúmeras outras dificuldades.
Muitos líderes, em certas ocasiões, ficam em dúvida se deveriam ou não desistir. Quando esses momen-
tos ocorrem, eles podem fortalecer seu poder de persistência recordando sua visão, focalizando suas metas,
visualizando suas metas como se já tivessem sido atingidas, relaxando, lendo biografias e vivendo em comunhão
com Deus.
O poder de persistência garante o sucesso. O líder enfrentará problemas e desencorajamentos, mas po-
derá vencê-lo com o poder de persistência.
Objetivo: Tratamento de caráter - Importância: É o coração da visão 30
Igreja Batista do Caminho - TENDA Escola de Líderes – nível 3
A autoridade interior é o carisma, o amor próprio, a personalidade que leva uma pessoa a con-
quistar o respeito dos outros. É o elemento que caracteriza todos os líderes naturais. A autoridade exte-
rior, por outro lado, é resultante dos símbolos e manipulações vinculadas à posição de uma pessoa. O
principio de autoridade reconhece a distinção entre autoridade interior e exterior, e estabelece que o
líder deve desenvolver e realçar a interior.
A autoridade interior não tem nada a ver com as características físicas ou atos de uma pessoa,
nem com sua riqueza, sua posição social ou seu status. Nem, é decorrente do seu sucesso. A autori-
dade interior é, mais precisamente, a convicção de que podemos influenciar as pessoas de nossa e-
quipe para buscarem atingir as metas de permanente benefício. Quem possui autoridade interior é al-
guém com um forte senso de auto-estima.
A autoridade exterior deriva sua influência não da força e capacidade pessoal, como ocorre com
a interior, mas dos sinais, símbolos e manipulações externos. É uma autoridade que pode ser retirada
de quem a possui. Além disso, é imediatamente reconhecível para aqueles que sabem “identificar” os
sinais.
Todos nós possuímos, dentro de nós, autoridade interior. Quem pretende ser líder deve dar al-
guns passos para desenvolver essa autoridade, primeiro, contudo, é preciso que se diga que ninguém
deve exercer autoridade sobre outros enquanto não tiver aprendido primeiro a aceitar autoridade de
outrem. Cultivamos a autoridade interior pelo autodescobrimento, de modo que saibamos quem somos
e que nos sintamos satisfeitos com o que descobrimos. Podemos desenvolvê-la também adquirindo
autoconfiança, crendo na importância de nossa missão, enpenhando-nos na busca da excelência. De-
senvolvemos a autoridade interior crendo em nosso próprio sucesso.
Todos os princípios da liderança são importantes, mas nem todos são absolutamente essenci-
ais. Cultivar o princípio de autoridade o é. É essencial que o líder possua autoridade interior, demons-
tre-a aos outros e use em seu benefício os símbolos da autoridade exterior que acompanham sua po-
sição.
Estar consciente é a base da excelência. Isso se aplica a todas as áreas da atividade humana.
O princípio da consciência estabelece que o líder esteja consciente dos elementos que contribuem pa-
ra um desempenho excelente e meça constantemente seu próprio desempenho em comparação com
os padrões de excelência que ele mesmo se propõe. Estar consciente é a chave de abóbada do arco
da liderança. Se retirarmos essa pedra, o arco - os princípios da liderança - virá abaixo.
O líder deve estar cônscio do seu papel no exercício da liderança. Deve saber que está no co-
mando. Deve estar consciente do impacto e da influência que exerce na vida de outros. Ele goza dos
privilégios que acompanham a tarefa de dar diretriz ao futuro de um grupo e carrega suas tremendas
responsabilidades.
O líder deve estar consciente do significado da liderança. A liderança é o esforço de exercer
conscientemente uma influência especial dentro de um grupo e levá-lo a atingir metas de permanente
benefício que atendam às reais necessidades do grupo. O líder conhece cada componente daquele
significado e como os componentes se integram uns aos outros.
O líder deve estar consciente dos princípios da liderança.
1) O princípio da visão. Como a visão do líder é a base da sua liderança, ele deve estar constan-
temente consciente de sua visão, bem como deve verificar se está comunicando-a eficientemente aos
membros do grupo, e ainda se o grupo está atuando no sentido de realizá-la.
2) O princípio do estabelecimento de metas. Visto que as metas necessitam de constante revi-
são, o líder deve estar constantemente cônscio do processo do estabelecimento de metas. O estabele-
cimento de metas é uma atividade contínua.
3) O princípio do amor. O amor se interessa pelas necessidades reais das pessoas e, portanto,
o líder deve estar consciente delas.
4) O princípio da humildade. O líder não está consciente da sua própria humildade, porque a
humildade não tem consciência de si mesma. Mas ele deve estar vigilante quanto a atitudes e práticas
suas que possam violar esse princípio.
5) O princípio do autocontrole. A consciência é um ingrediente essencial ao autocontrole, pois
para se ter uma liderança vitoriosa é preciso autocontrole, embora o próprio sucesso torne difícil a prá-
tica do domínio próprio.
6) O princípio da comunicação. A comunicação é um processo que está sempre acontecendo.
Lição 12 - Santificação
Ef. 4:25 - Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos
membros uns dos outros;
m) Santidade é deixar a ira
Ef. 4:26 - Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira;
n) Santidade é não dar mais lugar ao diabo
Ef. 4:27 - Não deis lugar ao diabo;
o) Santidade é não furtar mais
Ef. 4:28 - Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, pa-
ra que tenha o que repartir com o que tiver necessidade;
p) Santidade é não falar palavras torpes
Ef. 4:29 - Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a e-
dificação, para que dê graça aos que a ouvem;
q) Santidade é não entristecer o Espírito Santo
Ef. 4:30 - E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da reden-
ção;
r) Santidade é abandonar a amargura, cólera, gritaria, blasfêmias, malícia
Ef. 4:31 - Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre
vós;
s) Santidade é abandonar a prostituição a impureza, a avareza (discípulos e lideres não dizimistas
e não ofertantes)
Ef. 5:3 - Mas a prostituição e toda impureza ou avareza nem ainda se nomeiem entre vós, como con-
vém a santos;
t) Santidade é não exagerar nas brincadeiras
Ef. 5:4 - nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas, antes, ações de gra-
ças;
u) Santidade é não ser idólatra (apego às coisas materiais, deixando o Senhor em segundo plano)
Ef. 5:15 - Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios;
v) Santidade é importante porque é a vontade de Deus
Hebreus.12:14 - Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor ;
x) Santidade é importante porque Deus é santo
1Pe. 1:15 - mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso
procedimento;
y) Santidade é ter sexualidade correta
Hebreus 13:4 (casados) - Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos
devassos e adúlteros, Deus os julgará;
2Timóteo 2:22 (solteiros) - Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor,
a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.
w) Santidade é ter a família unida com Cristo
Eclesiastes 4:12 - E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de
três dobras não se quebra tão depressa.
z) Santidade nos permitirá ver ao Senhor na glória
Hebreus.12:14 - Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor ;
Mateus 5:8 - Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
Literatura Recomendada
Os materiais indicados são de grande valia para o seu crescimento espiritual. Evidentemen-
te, apenas a Palavra de Deus é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça (2Tm. 3:16). Contudo, existem diversos livros que nos ajudam
a caminhar a carreira cristã:
Livros de referência:
1) Teologia Sistemática, Berkhof, Cultura Cristã;
2) Teologia Elementar, Bancroft, Vida;
2) Novo Dicionário da Bíblia, J. D. Douglas (coord.), Editora Vida Nova;
3) Ética Cristã, Norman L. Geisler, Editora Vida Nova;
4) Aconselhamento Cristão, Gary R. Collins, Editora Vida Nova, 1999.
Bíblias de Estudo:
1) Bíblia em cadeia temática de Thompson, Editora Vida;
2) Bíblia de Estudos Pentecostal, CPAD;
3) Bíblia de Aplicação Pessoal, CPAD.
Sites sugeridos:
1) Alfa e Ômega, http://www.alfaeomega.zip.net;
2) Igreja Batista do Caminho - TENDA, http://www.batistadocaminhotenda.com.br
Bibliografia
1) Seja um líder de Verdade, John Haggai, 1ª edição, Editora Betânia, 1990. Transcrevi o sumário de
cada capítulo, apenas trocando o termo “membro” por “discípulo” e “grupo” por “equipe”, além de outros
leves retoques, nada substancial. A leitura desse livro é obrigatória.
2) O espírito de Jezabel, Prs. Hugo Takashi Konno e José Maria Savazzi, sermões pregados no púlpito
da Igreja Batista do Caminho – TENDA em 12 e 19 de junho de 2005, respectivamente.
3) Corá, Datã e Abirão, sermão pregado no púlpito da Igreja Batista do Caminho – TENDA pela pra.
Odenir Vicente de Carvalho, em 22 de junho de 2005.
4) Quatro Leis Espirituais, Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo;
5) Células de Aliança, Luiz Carlos Rocha de Oliveira da Igreja do Nazareno de Brasília;
6) Visão Celular, estudo 3, do site Alfa e Ômega (www.alfaeomega.zip.net);
7) Dízimo – será doutrina neotestamentária?, do site Estudos Bíblicos (www.estudos-
biblicos.com/dizimocc.html);
8) Como destruir os gafanhotos – parte I e II, de Marcelo Martino, na Apostila 50 Estudos para Cé-
lulas, volume 2, da Igreja Batista do Caminho – TENDA;
9) Primícias, Dízimos e Ofertas – a bênção de Deus para minha vida, de Antonio Carlos Vieira Di-
as, estudo para as bases missionárias da Igreja Batista do Caminho;
10) Os dois senhores, J. Rubens, Shekinah Gráfica e Editora, 2003;
11) Prosperidade Bíblica, J. Rubens, anotações das palestras em congresso realizado em Ameri-
cana, SP, agosto de 2003;
12) Vida em Santidade – parte I, pr. José Maria Savazzi, adaptação do estudo extraído da Apostila
50 Estudos para Células, volume 1, da Igreja Batista do Caminho – TENDA;
13) Vida em Santidade – parte II, pra. Yaeko Savazzi, adaptação do estudo extraído da Apostila
50 Estudos para Células, volume 1, da Igreja Batista do Caminho – TENDA;
14) Guia do Professor da Escola de Líderes, Pr. Arão Amazonas, Coordenador Geral, Semente de
Vida Produções, 2003;
15) Encontro, Pr. César Castellanos, Palavra da Fé Produções, 2000.