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FORMIGA
Resumo
Muito apreciado pelas crianças atualmente, o gênero fábula em sua gênese não tinha este
público como alvo, e sim os adultos pertencentes a burguesia nos períodos históricos em que
circulava inicialmente. De origem incerta, atribui-se a Esopo, um escravo da Grécia Antiga, as
primeiras produções do gênero. Esse servo recolheu da oralidade e pôs no papel as produções.
Depois dele outros fabulistas seguiram o mesmo exemplo, entre eles o francês La Fontaine,
França. Considerado o modernizador do gênero, ele publicou de forma versificada as fábulas,
isso facilitou memorização e sua reprodução nas cortes francesas da época. Desde sua origem
a fábula se utilizou de animais para representar ações humanas, e como as pessoas mudam ao
longo dos tempos o gênero precisou se atualizar, isso explica a sua manutenção e, mesmo
depois de tantos anos de seu surgimento, escritores como Monteiro Lobato e, mais
recentemente, Glória Kirinus, ainda utilizaram esse gênero em suas produções literárias,
porém atualizadas de acordo com os respectivos contextos sócio históricos. Mesmo sendo
considerado um gênero voltado às crianças, a fábula apresenta reflexões importantes também
ao público adulto. Neste artigo, a evolução do gênero fábula é examinada por meio de um
procedimento de leituras em contraponto de quatro versões diferentes da fábula A cigarra e a
formiga, ou seja, as primeiras versões dessa história são comparadas com produções mais
recentes. Analisa-se também as concepções humanas representadas nas fábulas com o passar
dos anos a partir do recorte escolhido. Esse estudo conta com teorias que envolvem
concepções pós modernas da sociedade.
Introdução
Este estudo tem como objetivo revisitar a narrativa clássica A cigarra e a formiga.
Esse procedimento de resgate dos textos antigos é uma prática comum na literatura infantil
brasileira, principalmente depois de Monteiro Lobato. Este, já no início da década de XX no
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Graduado em Letras Português pela PUC-PR. Especialista em Literatura brasileira e história nacional e
professor na rede particular de ensino. E-mail: parisalexandre80@gmail.com
ISSN 2176-1396
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Brasil, fazia uma atualização dos personagens clássicos, veja-se, por exemplo, a sua primeira
obra escrita para crianças Reinações de Narizinho, na qual é dita que as histórias estão
“emboloradas” e que é necessário compor outras. Foi o que fez o escritor. De lá para cá, esse
método foi adotado pela maioria dos escritores que direcionam a sua produção literária ao
público infantil. Este é um procedimento pós-moderno de criação, o qual não é novo, ocorre
desde os mais antigos escritores que recolheram da tradição oral as versões de suas histórias,
exemplo disso são os irmãos Grimm, La Fontaine, entre outros.
Neste artigo, o gênero selecionado foi a fábula, desse conjunto de textos A cigarra e
formiga é a narrativa escolhida. Sabe-se que este gênero foi bem aceito pela sociedade desde
sua gênese. O corpus selecionado para estudo está na obra de Esopo, La Fontaine, Monteiro
Lobato e Glória Kirinus. Pretende-se responder ao seguinte questionamento: A fábula A
cigarra e a formiga tem eco na sociedade atual, mesmo tendo sido criada há tantos anos? A
hipótese é de que sim, porém ela sofreu ajustes ao longo dos anos, para ser adaptada a
realidade de cada contexto sócio histórico no qual foi inserida. Esta proposição será testada
por meio de um contraponto entre as produções de séculos anteriores e atual a luz da teoria do
pós-modernismo e da obra Leituras em contraponto: Novos jeitos de ler, da estudiosa Sueli
Cagneti.
Da Grécia ao Brasil
Alguns estudos indicam que o gênero fábula surgiu inicialmente entre os sumérios,
isso porque foram identificados textos que datam do século XVIII a. C., nos quais animais
antropomorfizados, parecidos com o que se vê nas fábulas gregas e indianas, foram
identificados. De qualquer maneira, a fábula segue uma necessidade histórica do homem de
contar a sua história por meio da narrativa, o que muitas vezes se dá através de símbolos e
imagens. Nesse sentido, o gênero fabular consegue atender àquela necessidade.
A maioria dos estudos aponta para Grécia como berço da fábula com Esopo. A
literatura especializada no assunto define o gênero como uma narrativa breve e alegórica, na
qual os personagens são animais dotados de capacidade de pensar e agem como seres
humanos. Como a maioria das narrativas antigas, ela surgiu inicialmente na oralidade, até ser
escrita e tornar-se popular na sociedade grega.
Devido ao seu caráter de intervenção social, as histórias de Esopo sempre
apresentavam uma moral no final, pois devia mostrar, por meio do bestiário, a maneira ideal
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que a sociedade devia se comportar. Passados alguns anos o francês Jean de La Fontaine faz
uma revisitação do clássico grego e recompôs as fábulas, porém agora na forma de versos e
sem finalizar com a moral explicitamente expressa. Considerado o pai da fábula moderna, ele
é o responsável por dar uma aparência mais literária ao gênero.
No Brasil a fábula chegou com Monteiro Lobato na segunda década do século XX.
Sabe-se que o país passava por um período de consolidação (ou descoberta?) de sua
identidade cultural, que o diga os responsáveis pela Semana de Arte Moderna. Nesse
contexto, a fábula se encaixou perfeitamente, pois o autor se preocupou em adaptar as
histórias clássicas e conhecidas à realidade sócio histórica nacional e ao (novo) público leitor,
as crianças.
Com esta atitude, Lobato reforça a importância do gênero fábula para vida do homem
e essa importância se mantém até os dias atuais. É o que se pretende mostrar neste estudo,
tomando como base a narrativa clássica de Esopo, La Fontaine e Lobato A cigarra e a
formiga, fazendo um contraponto com a obra Formigarra Cigamiga, de Glória Kirinus.
Diferente dos anteriores, na história da escritora peruana os dois seres, tão diferentes,
aparecem juntos, fundem a sua personalidade, dando uma visão pós-moderna ao texto
clássico.
Revisão teórica
dos povos do passado e a literatura “embarca” nessa viagem, pois os escritores colocam em
suas páginas o homem de seu tempo e sua história.
Representando a humanidade em seus escritos os autores contribuem com a formação
da identidade do povo. E se a fábula é uma representação alegórica do homem, mostrando seu
comportamento nas ações de animais, como foi visto antes; é preciso reconhecer que sua
mudança ao longo dos anos (Esopo, La Fontaine, Monteiro Lobato e Glória Kirinus) passa
pela transformação do homem e de sua identidade. Nesse sentido, a contribuição teórica de
Stuart Hall (2002) será esclarecedora. Em sua obra A identidade cultural na pós-modernidade
o estudioso apresenta as mudanças pelas quais a identidade humana passou ao longo dos anos.
Ele propõe três visões de identidade: sujeito do Iluminismo, sujeito sociológico e sujeito pós-
moderno (cf. p. 10).
O sujeito do Iluminismo era centrado em si mesmo e não se modificava com o passar
dos tempos, ou seja, era imutável, estático e por consequência também não evoluía. Esse
sujeito é representado, conforme se observará mais a frente neste estudo, nas fábulas de Esopo
e La Fontaine. Já o sujeito sociológico é formado levando em consideração as outras pessoas
ao seu redor, dessa forma “a identidade é formada na ‘interação’ entre o eu e a sociedade”
(HALL, p.11). A produção fabular de Monteiro Lobato, no exemplo selecionado para este
estudo, representa esse sujeito proposto por Hall.
A última proposição de sujeito feita pelo professor inglês é o sujeito pós-moderno,
esse é fragmentado e não tem uma identidade constante, inflexível. Ao contrário, é instável e
se transforma sempre, “o sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos...”
(HALL, p. 13). Essa instabilidade toda é vista na obra de Glória Kirinus escolhida para este
estudo. Ela representa, como já foi dito, o contexto sócio histórico pelo qual o mundo passava
na década de 1990 e passa na atualidade, período de mudanças e inconstâncias.
Essas concepções propostas por Hall servirão de referência para este estudo no sentido
de tentar explicar as mudanças ocorridas nas fábulas ao longo dos anos, acredita-se que isso
ocorra devido às mudanças das identidades dos sujeitos, uma vez que eles são representados
pelos fabulistas nas histórias. É possível perceber esse processo por meio de uma análise em
contraponto, que será feita em seguida.
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2
NAIDOO, Berverley. Fábulas de Esopo. São Paulo: Edições SM, 2011, p. 50.
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LA FONTAINE, Jean de. Fábulas. São Paulo: Martin Claret, 2005., p. 43-44.
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Esta por sua vez, jura pagar direitinho e estabelece uma data para isso. Já “a formiga nunca
empresta,/ Nunca dá; por isso, junta.”.
É possível perceber nas duas versões que para ter sucesso nesta sociedade não basta
cumprir o seu ofício, suas obrigações, deve-se poupar, juntar, economizar, é uma lei de
sobrevivência. Em La Fontaine vive-se, um período em que o valor monetário dos objetos já
toma conta da sociedade, pois a cigarra barganha com as vizinhas.
Essas conclusões não são infundadas, afinal, de acordo com a biografia dos autores, La
Fontaine estudou Direito e Teologia e trabalhou no ministério das finanças na Paris de 1652.
Já Esopo era um escravo, tão sábio que deixou esta função para tornar-se conselheiro do rei.
Nesse sentido, é possível pensar que a vida de cada um teve influência em sua produção
fabular.
É possível perceber nessas duas versões da fábula A cigarra e a formiga que não há
espaço para a mudança e evolução do ser. Espera-se da cigarra e da formiga sempre o mesmo
tipo de comportamento, não cabe uma mistura ou uma troca de papéis. Portanto, nesse perfil
humano proposto, na alegoria de Esopo e La Fontaine é representado o sujeito do Iluminismo
sugerido por de Stuar Hall.
Essas mudanças ocorridas ao longo dos séculos nas versões da fábula selecionada
chegaram ao Brasil por meio de Monteiro Lobato. Este, seguindo o mesmo procedimento de
La Fontaine e outros escritores ao longo dos séculos, resgatou e adaptou as histórias clássicas
à realidade sócio histórica de seu país e as fábulas continuam cumprindo a sua função, colocar
os seres humanos, de maneira alegórica, diante das suas mazelas.
Monteiro Lobato
Diferente de Esopo e La Fontaine, Monteiro Lobato propõe duas versões para a fábula
A cigarra e a formiga. A primeira delas recebe o subtítulo de “A formiga boa”, nessa versão,
igual às antigas, a cigarra passa o verão todo cantando e não se previne para o inverno, como
as formigas. Doente, a cigarra pede abrigo às vizinhas que aceitam de forma bastante
hospitaleira e reconhecem o ofício de artista, ou seja, a cigarra não é vista como alguém que
atrapalhou o trabalho no formigueiro durante o verão, mas como alguém importante, pois nas
palavras da formiga “aquele chiado nos distraia e aliviava o trabalho” (LOBATO, p.12).
É possível perceber nessa versão da fábula que cada animal cumpre uma função no
mundo, e o fato de não estar economizando para o inverno não significa que a cigarra não
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Glória Kirinus
preocupação de juntar provimentos, ou seja, não pensa no futuro como a formiga. Monteiro
Lobato mostra que é possível manter as duas funções, mas sem que a cigarra pereça, ela ajuda
a formiga em seu trabalho cantando e distraindo a trabalhadora, porém é possível perceber
que, da mesma forma que seus antecessores, cada uma cumpre um papel, não cabe a formiga
sair cantando, nem à cigarra começar a trabalhar e juntar suas provisões para o inverno. Será
que essas duas personalidades podem conviver num mesmo ser? Em Formigarra Cigamiga 4
de Gloria Kirinus percebe-se que sim.
A cigarra, aquela que vive no ócio, “só cantadeira/ só seresteira/ só sonhadeira”, ao
tornar-se amiga da formiga e virar a Cigamiga não vive mais na “eira” “(...) do vento/ do
verde/ do arco/ da íris” agora ela “é também pipoqueira/ é também livreira/ é também
engenheira”. Já “a formiga cigarra/ a Formigarra” antes de juntar-se a cigarra “era uma
formiga/ só trabalhadeira/ de sol a soleira/ era uma formiga/ só carrancuda/ só enfiladeira/
era uma formiga/ sempre na beira” que não resistiu a esta vida tão tensa e acabou morrendo
“(...) de enfarte/ formigante/ Agora/ A formiga amiga da garra/ da cigarra/ A formigarra/ é
também feirante/ é também fogueteiraa/ é também/ dórémifásolásieira”.
Nessa união feita pela autora, pode-se perceber que trabalho e lazer podem andar
juntos. Em outra obra, Criança e poesia na pedagogia Freinet (1998), Kirinus afirma que os
momentos de ócio “(...) são tão necessários a índole humana como o são o alimento, o
conhecimento e o trabalho” (KIRINUS, p.45). É o que acontece com a formiga em
Formigarra Cigamiga. Ao deixar de ser apenas “(...) trabalhadeira/ de sol a soleira” ela não
abre mão do trabalho, ao contrário, agora, além disso, ela “é também feirante/ é também
fogueteira/ é também/ dórémifásolásieira”, ou seja, a sua personalidade de trabalhadora uniu-
se a personalidade artística da cigarra, que por seu lado também sofre a mesma metamorfose,
porém ao contrario, já que ela é “(...) só cantadeira/ só seresteira/ só sonhadeira” e acabou
morrendo balançando numa cadeira; e ao ressurgir ela não é mais “só artista”, agora, além de
cantar, tocar e sonhar, ela “é também pipoqueira/ é também livreira/ é também engenheira”.
Tem-se, portanto uma fábula do mundo moderno, no qual o trabalho do artista uniu-se
ao labor do engenheiro ou do pipoqueiro. Porém “os momentos de prazer, de lazer, de recreio
são duramente julgados pela sociedade do progresso que interiorizou em nós a postura da
formiga” (KIRINUS, p. 46). Para Gloria Kirinus, essas duas forças trabalho (=formiga) e ócio
(= Cigarra) podem se misturar, criando uma atmosfera favorável à criação artística.
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KIRINUS, Gloria. Formigarra Cigamiga; ilustrações Guilherme Zamoer. Curitiba: Braga, 1993.
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Nesse preceito, sabe-se que na antiguidade o trabalho era algo destinado somente aos
escravos, que eram vistos como inferiores. Na atual sociedade, porém, trabalhar é sinônimo
de dignidade; e quem não o faz (por opção) é excluído do convívio social. Assim, existe uma
imposição para que o homem escolha se quer viver como um vadio e ser excluído –
marginalizado – ou como um trabalhador padrão, que acorda cedo, pega vários ônibus para ir
ao trabalho, ganha seu salário, paga suas contas e impostos em dia, porém com pouco ou
nenhum momento de lazer. Ou seja, o cidadão deve escolher entre um ou outro e não um “e”
outro como propõe a escritora Gloria Kirinus, através das personagens que fazem um
amálgama das duas características: trabalhadoras e vadias, levando no nome os traços de uma
e de outra.
A escritora peruana segue um procedimento pós-moderno, pois nesta visão não existe
mais espaço para o maniqueísmo de Esopo e La Fontaine, o qual começa a ser quebrado por
Lobato. Agora, o que existe é uma junção, cada um carrega em si a personalidade da formiga
e da cigarra. Decidir o momento de libertá-las é uma tarefa individual. Nas palavras de Sueli
Cagneti: “No contexto pós-moderno, os símbolos e os mitos aparecem de forma superficial e
passageira devido à efemeridade das atuais construções narrativas que revelam o próprio
ritmo que o tempo impõe à vida cotidiana”. A vida das pessoas está cada vez mais repleta de
obrigações, e estas cada vez mais urgentes, mesmo o artista acaba tendo que se submeter à
velocidade das mudanças e aos prazos. As obras refletem cada vez mais esta pressa do mundo
contemporâneo.
Nota-se que, diferente de seus antecessores, a escritora peruana concebe nesta obra um
sujeito pós-moderno. Nesse sujeito há espaço para as duas personalidades, a de cigarra e a de
formiga, pois o homem não é mesmo todos os dias, há uma série de influências e estímulos
vindos da sociedade que moldam o comportamento das pessoas. Isso, associado a história de
vida de cada um, faz com que o sujeito seja fragmentado, um pouco de tudo, trata-se de uma
exigência dos tempos atuais, pois a sociedade atual “.. está constantemente sendo
‘descentrada’ ou deslocada por forças fora de si mesma” (HALL, p.17). A depender da
situação é preciso ser mais formiga ou mais cigarra, ou ainda, como propõe Glória Kirinus,
amalgamar as duas personalidades.
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Considerações Finais
Ao longo desse estudo foi possível perceber que, apesar de sua origem tão remota
historicamente, o gênero fábula continua atualizado e cumprindo a mesma função
desempenhada outrora, representar de forma alegórica o comportamento humano. Porém,
devido às mudanças identitárias e sociais pelas quais o homem passa ao longo do tempo, as
histórias fabulares também precisaram ser adaptadas, seguindo a evolução humana.
Para perceber essas transformações uma leitura em contraponto de quatro autores
localizados em diferentes períodos sócio históricos foi bastante esclarecedora. O objeto de
estudo foi a fábula a Cigarra e a formiga, na qual diferentes concepções de identidade
proposta por Stuar Hall puderam ser verificadas atestando o caráter plástico da sociedade e do
gênero fábula ao longo dos anos. Confirma-se dessa forma a hipótese proposta no início deste
artigo, a de que essa fábula ainda representa de forma coerente a humanidade atual.
No entanto, este estudo não esgota a discussão ao contrário, vem como uma
contribuição para que outras investigações sejam feitas, utilizando-se de outras histórias,
outros autores, outros períodos históricos. Afinal, a humanidade está em constante
transformação, devido a sua grande capacidade de inventar e se reinventar; e nesse processo
os escritores de literatura estão inseridos, para representar da forma mais verossímil possível o
mundo ao seu redor.
REFERÊNCIAS
KIRINUS, Gloria. Criança e poesia na pedagogia Freinet. São Paulo: Paulinas, 1998.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. Ilustrações de Alcy Linares. 3 ed. São Paulo: Editora Globo,
2012.
SILVA, Ana Paula Santos. Amoras sem espinhos: a recepção de Fábulas (1922), de
Monteiro Lobato, por crianças do ensino fundamental. 2011. 273f. Dissertação (Mestrado) –
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2011. Disponível em: <
http://www.ple.uem.br/defesas/pdf/apssilva.pdf>. Acesso em 30 maio. 2013.