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Pela fé Abrão... v8 Pela fé até a própria Sara...

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Olharemos dois exemplo de fé que são considerados os principais na questão da fé e


esperança. Para isso devemos ler dos versos 8 até o 16

O escritor de Hebreus põe agora no palco o próprio Abraão, o principal pai da


Igreja de Deus sobre a terra, e em cujo nome os judeus se gloriavam, como se
fossem separados da ordem comum dos homens, só pela gloria de serem eles a
santa semente de Abraão.

O autor portanto, demonstra que eles deviam levar em consideração a principal


razão de serem considerados os fi lhos de Abraão. E qual seria essa razão senão a
fé dele. Por isso ele chama sua atenção para a fé, visto que Abraão, em si e por
si, não possuía qualquer excelência que não fosse oriunda da fé.

Ele começa dizendo que essa fé foi a razão por que Abraão imediatamente
obedeceu a Deus, assim que recebeu a ordem de emigrar-se de sua terra; e
então, em virtude desta mesma fé, marchou avante rumo à concreti zação de sua
vocação, até o fi m.

I-Abraão e uma fé triunfante (v8-10)

1-O chamado de Abraão

A fé de Abraão está ligado a princípio ao fato de que Ele recebeu de Deus um


chamado

1.1-Ele obedeceu

É valido ressaltar que ele fez isso não sem um comando, ele não deixou todas as
suas sati sfações presentes, ele não se colocou em inúmeros perigos para o futuro,
apenas por sua própria vontade.

a-Pronti dão em obedecer e perseverança. A fé que Abraão possuía foi claramente


confi rmada por esta dupla evidência: sua pronti dão em obedecer, e sua
perseverança em agir.

b-veja que o relato bíblico comprova esse ti po de fé, por isso e inicia dizendo
que “Abraão, sendo chamado, obedeceu...”

2-O que era esse chamado de Abraão ?

a-O teor do chamado era que ele deveria parti r, muitas vezes seguir a voz de
Deus é romper com certas coisas do mundo. E muitas vezes perdemos, para
ganhar. Portanto o seu chamado implicava em uma perda do convívio familiar e
uma separação, ele deveria sair de sua casa e de sua terra.

Abraão não agiu por emoção, Veja a frase: “Abraão sendo chamado...” isto é,
Deus chamou Abraão.
isso não diz algo para mim e para você, Não devemos dar sequer um passo, a
menos que a Palavra de Deus nos indique o caminho, e alumie adiante de nós
como uma lâmpada” - no dizer de Davi [SI 119.105]. Temos que aprender que isto
é precisamente o que devemos observar ao longo de toda nossa vida: não
intentar nada, a não ser que Deus nos chame.

O chamado de Abraão é um padrão do chamado da igreja, Salmos 45:10; 2


Corínti os 6: 17,18. A igreja dos crentes consiste naqueles que são chamados para
fora do mundo

O chamado de Abraão tem a ver com a instrução que o nosso Salvador dá aqui,
em Mateus 10: 37,38, 16:24, 25, equivale a isto: “Se você pretende ter a fé de
Abraão, com os frutos e bênçãos presentes, você deve estabelecer a fundação em
abnegação e renunciar a todas as coisas, se assim for chamado.”

2.1-O que fez ele obedecer?

a-O que fez ele de fato obedecer foi a promessa, essa era que ele iria parti r,
mas iria encontrar algo que estava além da sua visão e entendimento, ele iria
perder a família, mas iria ganhar uma terra como herança e seria Pai de uma
multi dão

Abraão sabia que bens materiais eram temporários; ele sempre manteve seus
olhos da fé na “cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e
edifi cador”. pois é fi rmada por toda a eternidade, e no mundo não há nada que
não seja transitória e superfi cial, pela fé embora morando em tendas via uma
cidade permanente.

Tal visão também precisa ser de todo aquele que segue o mesmo Deus de Abraão.
O cristão precisa ter essa visão, jamais iremos prevalecer sem ela, iremos
sucumbir, esmorecer e desanimar, se esperamos apenas o bem estar nessa vida,
sua vida não deve ser direcionada por aquilo que é temporal, as coisas temporais
tem o seu valor, mas é efêmero e superfi cial, e quando colocamos nosso coração
em tais coisas assim como ela nos tornamos, todo crente deve viver e colocar sua
força mais aquilo que é celesti al.

c-A confi ança de Abrão não estava em sua família, e posses, ou em sua anti ga
cidade, ou em si mesmo, pois isso foi demonstrado quando ele saiu e abandonou
todas essas coisas que para a maior parte das pessoas traz fé e confi ança e
salvação. Quantas pessoas dariam a vida por tais coisas, enquanto Abraão as
abandona para seguir os planos de Deus

d-Sua esperança estava em Deus, e na cidade que ele construiu, o desejo por
Deus é superior a tudo ao ponto de Abraão obedecer, essa fé é o que faz Abraão
andar por anos sem saber para onde ia mas confi ante somente em Deus que o
guiava.

Em um capítulo inteiro que fala de fé, a vida de Abraão nos ensina que fé é andar
tendo apenas a mão de Deus como guia, e é abandonar sua vontade para seguir
a vontade de Deus. Sendo que ninguém pode fazer a sua própria vontade
parti cular e mesmo assim agradar a Deus.

f-Quanto a isso é valido refl eti rmos que sempre temos que crer que as
promessas de Deus sã as melhores para nossa vida, e não se deixar levar pela
nossa vontade própria, não vemos Abraão orando para obter algo de Deus que
não seja aquilo que Deus em seu plano eterno já não tenha reservado para ele,
nem mesmo fi lhos Abraão pede a Deus, mas é o próprio Deus que Diz que ele
teria fi lhos. Veja era a vontade de Deus que Abraão ti vesse fi lhos

3-O que pensar sobre isso Deus prometeu algo a Abraão mas ele não recebeu em
vida, você sabia que a maioria das promessas de Deus são para a outra vida?

3.1-Abraão não fi ncou estacas nesse mundo terreno, pois sua terra era celesti al,
ele não estava preso a esse mundo pois vislumbrava a herança eterna

Ele peregrinou neste mundo “como numa terra estranha”. Ele não construiu
nenhuma casa, não comprou herança, mas apenas um lugar de sepultamento
para Sara, mas era como um estranho, e não como alguém que ti nha algo próprio
na terra. A maneira como ele esteve nesta terra foi que ele “morava em
tabernáculos”; “em tendas”.

a-Deus pediu que ele fosse a uma terra que Ele lhe mostraria e lhe daria como
herança. Dessa terra, Canaã, Abraão nunca foi dono de um metro quadrado de
terreno sequer, exceto o terreno de sepultura de sua esposa Sara (Gn 23.3-20;
Atos 7.5).

b-Abrão não herdou a terra, a não ser um sepulcro para enterrar sua esposa,
Abraão não viu uma numerosa nação que viria a parti r Dele, a não ser um fi lho e
mesmo assim quando isso ocorre já possuía cem anos de idade.

Mas mesmo assim Abraão viveu pela fé crendo nessas promessas

c-O pai da fé andou com Deus; “ele foi chamado amigo de Deus” (Tg 2.23). Pela fé
ele sabia que a cidade que Deus havia projetado e construído ti nha fundamentos
eternos (Ap 21.14,19).

d-Ele esperava a nova Jerusalém, “a cidade do Deus vivo” (Hb 12.22), onde todos
os crentes vão buscar guarida.

e-Abraão sabia que sua morada terrena não poderia ser comparada com a cidade
celesti al da qual Deus mesmo era o arquiteto e construtor.

f-A diferença estava no olhar de Abraão. Pela fé Abraão, embora vivendo em


tendas, olhava para uma cidade permanente.

Para ele essa cidade marcava o cumprimento das promessas que Deus havia feito.
Portanto, Abraão não olhava para o processo de salvação, mas para sua
conclusão.

As coisas talvez não estejam fazendo senti do para você, as coisas prometi das por
Deus não tem sido concreti zadas, a Vida de Abraão nos ensina a ter fé, mesmo
diante da falta de fé e esperança. Ele depositou sua confi ança no futuro eterno
de Deus em sua vida e assim viveu todos os seus dias seguro nesse futuro de que
um dia Deus lhe daria tudo o que havia prometi do.

II-Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, (V11)

Para que as mulheres soubessem que esta verdade se aplica a elas não menos
que aos homens, o após- tolo evoca o exemplo de Sara, a quem ele nomeia
preferencialmente a todos os demais, visto ser ela a mãe de todos os fi éis

1- Como Abraão era o pai dos crentes, ou da igreja, então ela era a
mãe disso, de modo que a distinta menção de sua fé era necessária.

1.1-Ela era a mulher livre de onde a igreja nasceu, Gálatas 4: 22,23. E


todas as mulheres crentes são suas fi lhas, 1 Pedro 3: 6. Veja Gênesis
17:16.

1.2- Seu trabalho e obediência são propostos à igreja como um


exemplo, e, portanto, sua fé pode ser justamente assim também, 1
Pedro 3: 5,6.

1.3- Ao lado de um homem de fé havia também uma mulher de fé. Ela


estava igualmente preocupada com a revelação divina bem como o
chamado divino com Abraão, e era tão sensível a grandes difi culdades
em sua realização quanto Abraão, se não mais, por ser mulher

1.4- A bênção da Semente prometida foi confi nada e apropriada a


Sara não menos que a Abraão: Gênesis 17:16: “Eu a abençoarei; sim,
a abençoarei e ela será mãe de nações”. Veja Gênesis 17:19, 18:10.

1.5-Sara deve ser um exemplo para as mulheres e para toda a igreja

Aqui está um sinal de elogio da fé de Sara, mesmo naquele instante


em que ela foi abalada e falhou, embora tenha se recuperado depois.
na surpresa que se abateu sobre a promessa de um fi lho, sobre o qual
ela riu, embora houvesse uma mistura de incredulidade, como se
depreende da repreensão dada a ela: “Alguma coisa é muito difícil
para o SENHOR?”, Gênesis 18: 13,14. Mas sendo despertada por essa
repreensão, e recebendo uma evidência mais completa de que era o
Senhor que lhe falava, ela se recuperou e descansou pela fé em seu
poder e verdade.

Aplicação: A fé pode ser dolorosamente abalada e lançada com


difi culdades, em sua primeira aparição, no caminho da promessa, a
qual ainda por fi m vencerá.

Foi na própria Virgem Maria que, na promessa de sua concepção de


um fi lho, respondeu: “Como será” ou “Como será isto, pois não tenho
relação com homem algum?”, Lucas 1:34. Mas ela imediatamente se
recuperou e descansou no poder e fi delidade de Deus

É estranho que sua fé seja enaltecida aqui, quando ela foi


publicamente exposta Daqui deduzimos um exemplo de rico
ensinamento, a saber: que mesmo quando nossa fé vacila ou tropeça
um bocadinho, não deixamos de ser aprovados por Deus, contanto
que não demos vazão à nossa desconfi ança. A questão está no fato de
que o milagre que Deus realizou no nascimento de Isaque era produto
da fé de Abraão e de sua esposa, por meio da qual se apossaram do
poder de Deus.

Em nossa vida Surge a desconfi ança do evento das promessas ou sua


realização, por causa das difi culdades que estão no caminho. Assim
foi com Zacarias, o pai de João Batista; a quem em sua incredulidade
foi-lhe dado um sinal da verdade da promessa, Lucas 1: 18,20. Assim
foi com Sara nesta ocasião; pelo qual ela foi reprovada. Isto é negado
a Abraão, "Ele não vacilou na promessa de Deus por incredulidade",
Romanos 4:20. E isso às vezes é encontrado em todos nós. Quando há
por uma temporada uma prevalência real de incredulidade. Assim foi
com o apóstolo Pedro, quando ele negou seu Mestre; quem ainda foi
rapidamente recuperado.

2-vejamos algumas considerações praticas sobre a fé a partir do


exemplo de Sara

É afi rmado que a fé que Sara possuía consiste em que ela considerou que Deus
era verdadeiro, e verdadeiras suas promessas. Há nessa sentença duas cláusulas.
Primeiramente, aprendemos aqui que não existe fé sem a Palavra de Deus, já que
não podemos ser persuadidos de sua verdade até que ele haja falado, a fé
sempre vem quando ouvimos a palavra de Deus. Portanto, lemos que Sara
considerou que Deus era fi el, porquanto ele prometeu. Então, repito, fé genuína
é aquela que ouve a Palavra de Deus e descansa em sua promessa
2.1-Sempre devemos tomar cuidado com nossa fé para que não seja
esfriada, com isso devemos sempre valorizar a comunhão na igreja
pois como o próprio autor disse no capitulo anterior no capitulo 10.25,
é uma ferramenta para nos mantermos fi rmes na fé

Portanto, é nosso dever, Observar que nossa fé não seja surpreendida


ou abalada pelo aparecimento de difi culdades e oposições. Não
desanimar completamente em qualquer grau do seu fracasso. E por
fi m Devemos cuidar da fé uns dos outros exortando-nos mutuamente

2.2. A segunda coisa está nas palavras aqui atribuído à fé de Sara,


“Ela recebeu força para conceber a semente ou fi lho.”

O fato a considerar é que Ela “recebeu” isto é, Não era o que ela
tinha em si mesma; ela teve isso de uma forma de dom gratuito, onde
ela contribuiu com nada além de uma recepção passiva.

Aquilo que ela recebeu foi “força”, isto é, poder e habilidade para o
fi m especial visado: isto ela havia perdido com a idade. Não foi uma
mera geração milagrosa, mas que ela recebeu uma restauração geral
de sua natureza para uma capacidade de todas as suas operações
primitivas, que antes era decadente.

Assim foi com Abraão depois, que depois disso, depois que seu corpo
estava morto, recebeu força para ter muitos fi lhos de Quetura.

III-Foi a fé de Abraão e de Sara os responsáveis pela nação de


Israel v12
1-O próprio Abraão já se encontrava como que meio morto, enquanto que Sara,
sua esposa, que fora estéril desde a fl or de sua idade, muito mais estéril era
agora em sua idade avançada.

2-Se os judeus, agora, se senti am orgulhosos de sua origem, então deviam


considerar sua causa. Tudo o que eram ou são se deve à fé que Abraão e Sara
ti veram. Segue-se desse fato que não podem reter ou defender a posição que
adquiriram, a não ser com base na fé .

3- Incontáveis descendentes de Abraão formaram a nação de Israel. E por


intermédio de Abraão todas as nações da terra foram abençoadas (Gn 12.3;
G13.8). Mas mais importante é que os descendentes de Abraão em últi ma análise
são todos os crentes (Rm 9.6-8; G13.7-9,16,29; 4.28). Todos os crentes em Cristo
chamam a Abraão de pai, pois na verdade, o Filho prometi do é Cristo e não
Isaque.

IV-Quais são as promessas de Deus o qual fez esses homens morrerem no exercício de sua
fé?

1-Portanto, essa promessa não é outra senão a da exposição real de Cristo na


carne, com todos os privilégios da igreja, que o autor ti nha insisti do tão
completamente, nos capítulos 7-10. Assim, em parti cular, Abraão, vendo as
promessas de longe, e abraçando-as, é interpretado por ele ver o dia de Cristo e
regozijar-se, João 8:56.

2-Essa foi a grande promessa fundamental da bênção da Semente feita a Abraão,


que prati camente incluía todas as outras promessas e bênçãos, temporais e
eternas.

3- É verdade, eles discerniram não disti ntamente e parti cularmente o todo do


que estava conti do nelas; mas eles as consideravam e diligentemente
investi gavam a mente de Deus nelas, 1 Pedro 1: 11,12. Eles olhavam para as
promessas, eles as viam como um mapa, onde foi elaborado todo o esquema da
sabedoria divina, bondade e graça, para sua libertação do estado de pecado e
miséria; mas a tal distância que eles não podiam discernir claramente as coisas
em si, mas apenas viram uma sombra delas.

4- Por causa da promessa eles declararam ser estrangeiros e peregrinos nessa


terra. O que é atribuído a esses crentes é que, em todas as ocasiões, declararam
abertamente que seu interesse não estava nem neste mundo; mas eles ti nham
uma porção tão sati sfatória nas promessas que abraçaram, quanto a que
publicamente renunciaram a um interesse no mundo como o de outros homens,
cuja porção está nesta vida.

5-Eles se professaram chamados fora do mundo, separados do mundo, como para


interesse, desígnio, descanso e recompensa; tendo colocado sua fé, esperança e
confi ança, como todas estas coisas, no céu acima e nas coisas boas que estão por
vir.

V-O cristão procura um pais celesti al v14,15,16


1-O fato é que neste mundo eles eram "estrangeiros e peregrinos" - pois eles
declararam claramente que procuravam um país: só isso é necessário para
qualquer um, quando são estrangeiros e peregrinos; só isso fará com que parem
de ser peregrinos.

2-Essa é a maior diferença do Cristão que busca um pais ele se sente como um
peixe fora d´agua

3-Logo os ímpios adam como se esse mundo fosse sua morada, e com isso com o
máximo empenho, é que eles sejam aqui supridos.

4-Os patriarcas assim expressaram seu desejo de um país, e diligentemente o


buscaram, assim deve ser cada um de nós, o quanto desejamos o céu, o quanto
desejamos o nosso pais celeste.

5- Abraão primeiro deixou com seu pai; Harã do outro lado do Eufrates, onde ele
morou primeiro. Deste país saíram; eles deixaram , eles parti ram sob o comando
de Deus. Isto é, Abraão e Sara o fi zeram; e Isaque com Jacó conti nuou a segui-los
o mesmo proposito em obediência ao mesmo chamado, E eles saíram
abandonando tudo não por falta de algo ou para aumentar suas riquezas, pois
Abraão possuía muitos bens; nem por que foram expulsos por reis ou perseguição
externa, mas em obediência ao chamado de Deus.

Portanto a fé deles fez com que não ti vessem nenhum desejo de retornar a sua
pátria anti ga. É da natureza da fé morti fi car não apenas as concupiscências
corruptas e pecaminosas, mas também nossas afeições naturais e suas
inclinações mais veementes. O fato é que eles almejavam uma pátria melhor. V16

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