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UMA BREVE OBSERVAÇÃO SOBRE

METODOLOGIAS UTILIZADAS NO ENSINO


DE BOTÂNICA EM UMA ESCOLA PÚBLICA
DE MARABÁ/PA
LUCAS DE SOUSA COSTA
Prof. MARCELA BATISTA ANTUNES PEREIRA
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Ciências Biológicas (BID0224)
27/06/2015

RESUMO

De modo geral, são muitas as dificuldades encontradas pelos professores em encontrar mecanismos que
possibilite um processo de aprendizagem significativo. O ensino de Botânica também se inclui nessa
situação, e são muitas as discussões sobre isso, pois o estudo dos vegetais muitas é restringido somente
em sala de aula, sendo que há outras possibilidades de atividades mais atrativas para aprendizagem
sobre as plantas. Este trabalho buscou analisar através do Estágio Supervisionado III, a utilização de
métodos no ensino de Botânica em uma escola pública de ensino médio na cidade de Marabá/PA.

Palavras-chave: Ensino de Botânica. Métodos de Ensino. Escola Pública.

1 INTRODUÇÃO

Área de concentração: Métodos de ensino e aprendizagem de ciências.


Tema: Uma breve observação sobre metodologias utilizadas no ensino de Botânica em
uma escola pública de Marabá/PA
Para que haja eficiência na prática docente é necessário que o professor não só
domine os conteúdos de sua área de atuação como também esteja apto a executar
procedimentos, técnicas e estratégias para alcançar os objetivos que se deseja. Para tanto
é necessário utilizar-se de métodos de ensino que são indispensáveis na construção de
uma didática significativa nos processos de ensino e aprendizagem. Neste sentido
pretende-se observar e identificar os métodos de ensino utilizado durante aulas de
Botânica em uma escola de Marabá/PA buscando saber o porquê da utilização ou não
desses métodos e dessa forma proporcionar ao acadêmico uma reflexão sobre ensino de
botânica e métodos de ensino.

2 OBJETIVO DA PESQUISA
- Observação de metodologias de ensino em Botânica.

- Proporcionar ao acadêmico uma reflexão sobre métodos no ensino de botânica.

3 METODOS DE ENSINO

Os métodos de ensino são ferramentas importantes para o processo de


assimilação de conteúdo pelo aluno. Fazem parte do papel de direção do processo de
ensino por parte do professor tendo em vista a aprendizagem, através da mediação
escolar com a finalidade de ativar as forças mentais dos alunos para a assimilação da
matéria (LIBANÊO, 2013, p.176-177).
Libanêo (2013) classifica os métodos de ensino da seguinte forma: Método de
exposição pelo professor; método de trabalho independente; método de elaboração
conjunta; método de trabalho em grupo e método de atividades especiais. Veremos a
seguir cada um deles mais detalhadamente.
Método de exposição pelo professor: é mais comum, utilizado com frequência
nas escolas brasileiras, nesse método as atividades são receptivas, embora não
necessariamente passiva. É criticado pelo fato de ser na maior parte das vezes uma ação
onde o professor explica e os alunos são apenas receptores, mas se essa limitação for
superada, é um importante meio de obter conhecimentos. A exposição lógica da matéria
ainda é necessária, é importante que essa atividade não se torne algo puramente
tecnicista, pautado na memorização de conceitos sem uma reflexão sobre os conteúdos,
é importante que o professor busque combinar com outros métodos, como o trabalho
independente, conversação e trabalho em grupo (LIBANÊO, 2013, p.178).
Método de trabalho independente: Este método consiste em tarefas dirigidas e
orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente
independente e criador (LIBANÊO, 2013, p.179).
Método de elaboração conjunta: que se configura em conversação didática, este
método possui grande valor didático ao desenvolver nos alunos habilidades de expressar
suas opiniões fundamentadas, e verbalizar sua própria experiência, discutir, argumentar
e questionar opiniões alheias, interpretar etc. além de, evidentemente, proporcionar a
aquisição de novos conhecimentos (LIBANÊO, 2013, p.185). A conversação didática
segundo Libanêo (2013, p.185) configura-se como um excelente procedimento para
promover a assimilação ativa dos conteúdos, suscitando a atividade mental dos alunos e
não simplesmente a atitude receptiva.
Método de trabalho em grupo: o método de trabalho em grupos ou aprendizagem
em grupo consiste basicamente em distribuir temas de estudos iguais ou diferentes a
grupos fixos ou variáveis, composto de três a cinco alunos. A finalidade principal do
trabalho em grupo é obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma tarefa.
Para que cada membro do grupo possa contribuir na aprendizagem comum, é necessário
que todos estejam familiarizados com o tema em estudo (LIBANÊO, 2013, p.187).
Atividades especiais: são as atividades que complementam os métodos de ensino
e que concorrem com assimilação ativa dos conteúdos. São por exemplo, o estudo do
meio, o jornal escolar, a assembleia de alunos, o museu escolar, o teatro escolar, a
biblioteca escolar etc. (LIBANÊO, 2013, p.187).

3.1 METODOS DE ENSINO E O ENSINO DE BOTÂNICA

Sabemos que ensinar e aprender não são tarefas fáceis, e este grande desafio está
lançado sobre os professores. Pereira (2012, p.183) destaca que comumente os
professores se questionam sobre o que fazer e como fazer diante desse desafio, então
surge algumas perguntas, como, por exemplo: Como apresentarei os conteúdos
programados? Darei uma aula expositiva ou prática? O que mais motiva meus alunos?
Que recurso precisarei para desenvolver esta aula? Será que irei atingir os objetivos
propostos?
Para isso é importante que os professores utilizem os métodos de ensino, e assim
construam novas e variadas formas de ensino. Sabemos que as dificuldades encontradas
nas escolas públicas são muitas, é notável também a desvalorização dos professores, e
estes fatos colaboram para que o trabalho docente seja cada vez mais deficiente.
Pereira (2012, p.183) destaca: Infelizmente, observamos com muita frequência
professores com carga horária elevada e sem um tempo adequado que permita planejar e
organizar todas suas aulas.
Sobre os desafios no ensino de botânica Pereira descreve:
Atualmente, os maiores desafios de professores de Ciências e Biologia do
Ensino Fundamental e Médio são criar e despertar, em seus alunos, o
interesse pela Botânica. E não são tarefas fáceis, uma vez que os conteúdos
são muitos e o tempo reservado a esta área da Biologia é pequeno. Temos
ainda o fator da biodiversidade vegetal e capacidade do professor em
organizar suas aulas. Além de disputar a atenção dos estudantes com assuntos
extraclasses, plantas não são tão carismáticas quando comparadas, por
exemplo, aos animais, diante da capacidade de movimentação deste último
grupo (PEREIRA, 2012, p.183).
Mas essas dificuldades devem ser encaradas como desafios a serem superados, e
os professores juntamente com a comunidade devem organizar a luta de classe para que
possam requerer juntamente ao poder publico condições que favoreçam um ensino de
qualidade, com recursos humanos e materiais necessários, sem a necessidade de um
trabalho degradante.

4 UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS EM AULAS DE BOTÂNICA


EM UMA ESCOLA PUBLICA DA CIDADE DE MARABÁ
Foi entregue o seguinte formulário para a professora regente, e pedido que ela o
respondesse:
A respeito de suas auluas de Botânica, assinale com um “X” a frequência dos recursos
utilizados:

Metodologia Sempre As Nunca


Sempre vezes
Aulas práticas no laboratório ou sala de ula. x
Passeios em jardins. x
Organização de horta na escola. x
Livro didático. x
Cartazes. x
Outros instrumentos de ensino. x
Ex: vídeo aula, slides.

Podemos observar que o recurso didático mais utilizado ainda é o livro didático,
não que isto seja ruim, mais aulas práticas, por exemplo, que são mais atrativas nunca
acontece, passeio em jardins e horta na escola é trabalhada mais não frequentemente, a
utilização de cartazes também não é empregada e outros recursos são utilizados como
vídeo e slides.
Quando perguntada sobre as dificuldades encontradas em realizar atividades
mais atrativas no ensino de Botânica, a resposta foi a seguinte:
“Carga horaria de trabalho exaustiva e pouca disponibilidade de recurso para
inovação”
A situação mostrada a cima é bem representada pela citação a seguir:
Pereira (2012, p.183) destaca: Infelizmente, observamos com muita frequência
professores com carga horária elevada e sem um tempo adequado que permita planejar e
organizar todas suas aulas.
Sobre os desafios no ensino de botânica Pereira descreve:
Atualmente, os maiores desafios de professores de Ciências e Biologia do
Ensino Fundamental e Médio são criar e despertar, em seus alunos, o
interesse pela Botânica. E não são tarefas fáceis, uma vez que os conteúdos
são muitos e o tempo reservado a esta área da Biologia é pequeno. Temos
ainda o fator da biodiversidade vegetal e capacidade do professor em
organizar suas aulas. Além de disputar a atenção dos estudantes com assuntos
extraclasses, plantas não são tão carismáticas quando comparadas, por
exemplo, aos animais, diante da capacidade de movimentação deste último
grupo (PEREIRA, 2012, p.183).

Mas essas dificuldades devem ser encaradas como desafios a serem superados, e
os professores juntamente com a comunidade devem organizar a luta de classe para que
possam requerer juntamente ao poder publico condições que favoreçam um ensino de
qualidade, com recursos humanos e materiais necessários, sem a necessidade de um
trabalho degradante.

4 METODOLOGIA DO ESTÁGIO

As atividades foram desenvolvidas a partir das regências do estágio


supervisionado III, com objetivo também de obtenção de dados descritivos mediante o
contato direto e interativo com a situação e objeto de estudo, na escola E.E.E.M. Paulo
Freire, com alunos do 3° ano do ensino médio. A necessidade de se utilizar dessa
estratégia de estudo verifica-se pelo interesse em obter informações sobre metodologias
de ensino nas aulas de botânica. Através deste estudo e dos dados analisados busca-se,
compreender a situação observada na perspectiva de construir uma didática atrativa para
os alunos.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos observar que as metodologias tradicionais ainda perduram nas


escolas publicas, as escolas funcionam precariamente, e os professores possuem uma
longa jornada de trabalho, que acaba interferindo na realização de aulas mais atrativas.
É necessário não somente dedicação dos professores mais também c0ondições reais
para que o trabalho docente se efetive.

REFERÊNCIAS

PEREIRA, Roberta Andressa. Botânica I. 2° ed. Indaial: Uniasselvi, 2012.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2º ed. São Paulo: Cortez, 2013.

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