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"Altamente recomendado."
- CHOICE MAGAZINE SOBRE O GUIA MANGÁ BANCOS DE DADOS
"A arte é charmosa e o humor, encantador. Uma lição divertida e agradável sobre o que muitos
consideram um assunto pouco empolgante."
- SCHOOL LIBRARY JOURNAL SOBRE O GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA
"Essa é a forma que um bom livro de matemática deve ter. Diferentemente da maioria dos
livros que tratam de assuntos como estatística, esta obra não apresenta o material simples-
mente como uma série de fórmulas aparentemente sem propósito. Pelo contrário, o tópico é
apresentado como algo divertido e esclarecedor."
- GOOD MATH, BAD MATH SOBRE O GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA
"O GUIA MANGÁ BANCOS DE DADOS foi o livro técnico mais agra-
dável que já li."
- RIKKI KITE, LINUX PRO MAGAZINE
"O GUIA MANGÁ ELETRICIDADE torna acessível um assunto muito intimidante, permitindo que o
leitor se divirta, ao mesmo tempo que aprende o necessário."
- GEEKDAD BLOG, WIRED.COM
"A melhor forma de apresentar um assunto pelo qual crianças normalmente não se interessa-
riam é com uma narrativa interessante e uma boa história em quadrinhos."
- MAKE SOBRE O GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA
"Este livro faz exatamente o que deve ser feito: oferece uma forma divertida e interessante de
aprendermos conceitos de cálculo que seriam, do contrário, algo extremamente cansativo de
se memorizar."
- DAILY TECH SOBRE O GUIA MANGÁ CÁLCULO
"Permite que mesmo uma criança de 10 anos desenvolva conhecimentos práticos acerca de
um assunto que assusta muitos universitários."
- SKEPTICBLOG SOBRE O GUIA MANGÁ BIOLOGIA MOLECULAR
"Este é, de longe, o melhor livro que já li sobre o tópico. Além de considerá-lo incrível, também
o recomendo a qualquer pessoa que esteja trabalhando, ou simplesmente interessada, com
bancos de dados."
- GEEK AT LARGE SOBRE O GUIA MANGÁ BANCOS DE DADOS
"É muito mais provável que crianças peguem este livro e se descubram interessadas por esta-
tística do que se tiverem de ler um livro teórico tradicional."
- GEEK BOOK SOBRE O GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA
"0 GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA oferece uma apresentação do tópico que não pode ser encontrada
em um mero livro didático."
- ANIME 3000
"Uma ótima apresentação para leitores de qualquer idade, e um exemplo perfeito de comuni-
cação técnica."
- LINUX USERS OF VICTORIA SOBRE O
GUIA MANGÁ ELETRICIDADE
GUIA MANGÁ UNIVERSO
GUIA MANGÁ
UNivego
KENJI 15HIKAWA,
KIYOSHI KAWABATA,
VERTE CORP.
14.)
no starch
Ohmsha press
novatec
The Manga Guide to the Universe is a translation of the Japanese original, Manga de wakaru uchu, published by
Ohmsha, Ltd. of Tokyo, Japan, 2008 by Kenji Ishikawa, Kiyoshi Kawabata, and Verte Corp. The English edition is co-
published by No Starch Press, Inc. and Ohmsha, Ltd. Portuguese-language rights arranged with Ohmsha, Ltd. and No
Starch Press, Inc. for Guia Mangá Universo ISBN 978-85-7522-282-9, published by Novatec Editora Ltda.
Edição original em japonês Manga de wakaru uchu, publicado pela Ohmsha, Ltd. de Tóquio, Japão, (l) 2008 por Kenji
Ishikawa, Kiyoshi Kawabata e Verte Corp. Edição em inglês The Manga Guide to the Universe, copublicação da No
Starch Press, Inc. e Ohmsha, Ltd. Direitos para a edição em português acordados com a Ohmsha, Ltd. e No Starch
Press, Inc. para Guia Mangá Universo ISBN 978-85-7522-282-9, publicado pela Novatec Editora Ltda.
ISBN: 978-85-7522-282-9
Histórico de impressões:
Fevereiro/2015 Primeira reimpressão
Março/2012 Primeira edição
11-09887 CDD-523.1
Índices para catálogo sistemático:
1. Cosmologia : Histórias em quadrinhos
523.1
2. Universo : Histórias em quadrinhos
523.1
IG20150122
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO xi
PREFÁCIO xiii
PRÓLOGO
UM CONTO Que COMEÇA NA LUA 1
A história de Kaguya-Hime 10
Mitos cósmicos 18
Visão do Universo da Índia Antiga 18
Visão do Universo do Egito Antigo 18
Visão do Universo da Babilônia Antiga 19
Na China, onde a Astronomia se desenvolveu primeiro 19
Na Grécia Antiga, onde o tamanho da Terra foi calculado 20
Método de cálculo de Eratóstenes 20
Se a Terra é redonda, a Lua também deve ser 21
1
SERIA A TERRA O CENTRO DO UNIVERSO? 23
3
O UNIVERSO NASCEU COM UM sie BANO 129
VIII SUMÁRIO
A grande descoberta de Hubble 142
As origens do Universo: "A grande descoberta de Hubble — Primeiro ato" 143
Voltando à peça: "A grande descoberta de Hubble — Segundo ato" 146
Se o Universo está se expandindo.. 151
Tudo teve início com o Big Bang 161
A teoria de Hubble para a expansão do Universo estava imperfeita 162
Três provas que evidenciam a teoria do Big Bang 166
Existem alienígenas? 180
Calculando o número de civilizações extraterrestres 180
A possibilidade da vida extraterrestre e um físico de renome mundial 181
O surgimento da vida é um fenômeno frequente? 182
Qual o sistema estelar mais próximo que poderia conter vida extraterrestre? 183
Seríamos capazes de contatar uma civilização extraterrestre? 184
Tardígrados (ou ursos d'água) são os astronautas mais durões 185
Um terceiro método de medição do tamanho do Universo: se você conhece
as propriedades de uma estrela, pode descobrir quão longe ela está? 186
Estrelas que apresentam variações de brilho são os "faróis do Universo" 188
Métodos de medição de distâncias ainda maiores 189
4
COMO é O LIMITE DO UNIVERSO? 191
5
NO550 UNIVER50 5M CON5TANT5 EXPANSÃO 213
SUMÁRIO IX
INTRODUÇÃO
Foi um grande prazer auxiliar Kenji Ishiwata na elaboração deste livro. Fiquei muito grato
pela ajuda que recebi quando escrevi meu próprio livro, A Distant 14.6 Billion Light Pear
Journey, e senti que devia retribuir o favor. Seja como for, verifiquei o texto com grande
cuidado e procurei ser o mais preciso possível, sempre solicitando correções ou revisões,
independentemente do trabalho que dariam ao autor ou à editora.
Pesquisas relacionadas ao Universo avançam continuamente, e mesmo os pesquisado-
res têm dificuldade em compreender os limites de suas áreas de conhecimento. Além disso,
é praticamente impossível que alguém alcance um conhecimento completo do Universo.
Dessa perspectiva, quando li este livro pela primeira vez, fiquei surpreso com o fato de que
ele discute grandes resultados observacionais e teóricos, partindo de uma visão do sistema
solar até tópicos de cosmologia. Também gostei de encontrar explicações minuciosas sobre
o básico de astrofísica e astronomia. Este livro, caracterizado com o cuidado e entusiasmo
extraordinário do autor para solucionar os mistérios do Universo, representa um manual
dinâmico, único e completo.
Além disso, o poder do mangá como meio de comunicação é enorme, sendo desne-
cessário dizer que é muito mais eficiente do que um mero texto com palavras. Se novas
perspectivas do Universo puderem ser obtidas com este livro, um novo interesse gerado, ou
se leitores puderem ser encorajados a buscar um melhor entendimento dos mistérios do
Universo, isso será um prazer especial para mim, que trabalho com cosmologia há muitos
anos.
KIYOSHI KAVVABATA
EDITOR PE SUPERVISÃO,
NOVEMBRO I7E Z008
PREFÁCIO
Enquanto eu estava escrevendo o cenário para este livro, um cinegrafista (com o qual estava
trabalhando em um projeto completamente diferente) inesperadamente me disse: "Há
pouco tempo, comecei a pensar sobre o Universo."
Eu não tinha ideia de por que ele trouxe à tona o assunto — que simplesmente surgiu
em meio a uma conversa habitual. Quando lhe perguntei por que havia falado sobre isso, o
cinegrafista me disse: "Bem, imaginar o que ocorre no Universo usa meu cérebro de forma
completamente diferente da que ocorre em meu trabalho, por isso é revigorante pensar nisso".
É claro! Em nossos trabalhos estamos constantemente preocupados com detalhes
aleatórios, sempre buscando evitar a ocorrência de erros. Nossas mentes se cansam, da
mesma forma que certos músculos doem se repetimos uma tarefa por muito tempo. Assim
também, da mesma forma como podemos aliviar esse cansaço com exercícios leves, é
sempre bom fazer uma pausa no trabalho para pensar em algo diferente por um instante.
Um tópico como "O que está acontecendo no Universo?" é perfeito para isso. Como também
gosto de refletir sobre o Universo, dividi teorias e dúvidas com o cinegrafista:
• "Uma vez que sabemos que o Universo como um todo está se expandindo, não há
como indicar um lugar específico utilizando coordenadas':
• "Parece que ainda não sabemos do que consiste a maioria da matéria e energia que
compõe o Universo':
• "Podem existir outros Universos além do nosso".
Ainda que esses pensamentos se pareçam mais com pistas de mistérios do que com
conhecimentos verdadeiros, o cinegrafista ficou intrigado, o que fez que conversássemos um
pouco. Foi apenas um breve diálogo, mas tenho recordações muito agradáveis da experiência.
Então, por que o Universo é tão interessante? Talvez porque não podemos encontrar as
respostas, não importa quanto pensemos sobre o assunto.
Evidentemente, a humanidade já reuniu muito conhecimento sobre o Universo. Temos,
como exemplo disso, a teoria do Big Bang, que ilumina os segredos da criação da matéria,
assim como o início do Universo, a descoberta da estrutura em larga escala do espaço e
outras descobertas que forneceram respostas valiosas em nossa busca por um panorama
completo do cosmos. Entretanto, sempre que alcançamos novos conhecimentos, aparente-
mente apenas descobrimos novos mistérios. A história da pesquisa do Universo é como o
escalar de uma montanha com o objetivo de se descobrir o que há do outro lado, apenas para
encontrar uma nova montanha, e depois outra, e outra ...
Por exemplo, considere a Lua. A questão da presença de água na Lua vem sendo discu-
tida há muito tempo. Se houver grande quantidade de água lá, oxigênio poderia ser criado por
sua decomposição e, uma vez que ela também poderia ser utilizada corno água potável, seria
possível construir um posto avançado na superfície dela. Esse é um tópico importante para a
humanidade, e muitas opiniões já foram emitidas sobre esse assunto.
Como a matéria que constitui a Lua é semelhante à da Terra, uma simples ponderação
nos faria crer que deve ter havido água lá em algum momento. Entretanto, a Lua pratica-
mente não tem atmosfera, parecendo-se mais com uma paisagem desértica — aquilo que
resta depois que toda a umidade evapora e se dispersa no espaço. Mas se soubéssemos da
presença de crateras situadas sempre em áreas de sombra próximas dos poios norte e sul,
então teríamos maior possibilidade de encontrar água retida em gelo nesses locais. Qual
seria o resultado?
Infelizmente, de acordo com relatórios do veículo espacial japonês Kaguya, a existência
de gelo próxima ao polo sul não pode ser confirmada. A conclusão mais recente é que, ainda
que possa haver água escondida no solo, seja na forma de líquido ou gelo, sua quantidade
seria extremamente pequena. Ainda assim, se pudéssemos explorar a superfície da Lua,
essa "resposta" poderia mudar novamente.
Como esse tipo de mistério ainda permanece sobre a Lua — mesmo ela sendo nosso
vizinho mais próximo no Universo! —, se voltarmos nosso olhar para o sistema solar, a Galá-
xia, um grupo de galáxias, e assim por diante, certamente seremos inundados por questões
que não compreendemos. Mesmo assim, qualquer experimento de imaginação que realize-
mos na tentativa de formular conjecturas, partindo do esforço de nossos predecessores que
devotaram atenção para se aproximar da verdade, não será apenas um exercício de raciocí-
nio, mas poderia nos conduzir a descobertas do grau de prêmios Nobel.
Kanna, Glória e Yamane, as três alunas do segundo grau que são as heroínas deste
livro, mostram, a princípio, um interesse despreocupado pelo Universo. Entretanto, à medida
que o conhecimento que possuem aumenta, elas se tomam cada vez mais fascinadas pelos
encantos desse assunto. Ao final da história, as garotas terão aprendido sobre os limites da
astronomia e da astrofísica.
Para encorajá-lo a aproveitar essa história, procurei evitar, da melhor forma possível,
discussões complicadas, tanto na história em quadrinhos quanto nos textos. Como sou uma
pessoa do tipo daquelas que arremessa para longe um livro de ciência assim que encontra
uma fórmula matemática, fiz o máximo para levar isso sempre em consideração.
O Universo está ao nosso redor, e somos meramente uma pequena parte dele. É
natural que ponderemos a posição de nosso planeta em seu contexto e sonhemos com a
exploração de seus limites mais distantes. "Há pouco tempo, comecei a pensar sobre o Uni-
verso." Ficarei muito feliz, como autor, se esse for seu pensamento depois de ler este livro.
KENJI ISHIKAWA
OUTUBRO PE 2008
XIV PREFÁCIO
PRóW&O
UM CONTO QUE
COMEÇA NA LUA
c
cs
:: ti ageg
t.
C.
7
C.
NÃO TEMOS
MUITO TEMPO ATÉ
O FE5TIVAL cie
ARTES...
BEM, é MELHOR
COMEÇARMOS A PENSAR
EM COMO FAREMOS
PARA ENCENAR A PEÇA
COM APENAS DUAS
PESSOAS.
UMA PEÇA
INTEIRA COM
APENAS DUAS
PESSOAS?
YAMANE: KANNA:
ENSINO ENSINO
MÉDIO MÉDIO
EU NÃO QUERO
FAZER UMA ACHO QUE
COMÉDIA. NÃO HÁ UM MUSICAI.
ROMANCE EM UMA ESTÁ FORA DE
COMÉDIA!
2
MeMOkIMMO*
TÃO SOZINHA
NO GANIU.
N.T.: Referência ú música Memory. do musical Cats. de Andrew
Lloyd Webber.
. erra
Pt*
1550 é HORRÍVEL!
TAL-VEZ UMA
EQUIPE DE
ESPORTES
FOSSE MAIS
ADEQUADA A
VOCá.
MAS PARECE
DE''HO
OJ%°N TO°
TTC:É-99
M
NENHUM INTERESSE
EM ATIVIDADES
CULTURAIS.
SE NÃO
CONSEGUIRMOS
REALIZAR UMA
APRESENTAÇÃO Nese
FESTIVAL DE ARTES...
O QUE FOI
1550?
• .11
BEM,
VENHA,
PUF!pUFI FVFI ENTREI
Temos UM
TRABALHO A
FAZER!
POR QUE
ALGUMAS PESSOAS ELA SABE LER
TÊM TANTA SORTE? JAPONÊS, Né?
Nem SEQUER
DECIDIMOS O QUE
FAREMOS PARA O
FESTIVAL, MAS N:40
VEJO coma..
E CONHECE MUITO
DE MANGÁ, ANIME E
LITERATURA ANTIGA.
MESMO A
MAIORIA DOS
APAIXONADOS PELO
JAPÃO NÃO CONHECE A
HISTÓRIA DO DEMôNIO
DOURADO!
QUE TAL. KAOUYA-
HIME, 120 CONTO
DO CORTADOR DE
BAMBU?
HA'?
KAGUYA-HIME PODE
e-sA HISTÓRIA SER UMA PRINCESA
NÃO é UM POUCO DE UMA TERRA
INFANTIL? DISTANTE!
NÃO SE
PREOCUPE. EU
VOU ADAPTÁ-LA!
VEJAMOS...
8 PRól.000
ISSO SIGNIFICA
QUE EU
INTERPRETAREI
KAGUYA-HIME?
MUITO
OBRIOADA1
STÁ BEM,
5T4 BEM!
BEM-VINDA AO
CLUBE DE TEATRO PARECE TER NASCIDO
DO COLéGIO KOUKI, UMA AMIZADE DURANTE
GLÓRIA! A ENCENAÇÃO DO
DEMÔNIO DOURADO,
COMO ELA
É UM CONTO DE
CRESCEU TÃO
FADAS, DM...
RÁPIDO?
f
E QUANDO DE ACORDO COM O CALENDÁRIO
SERIA LUA ANTIGO, SERIA NA 15.5 NOITE DO
CHEIA? 8° M. ATUALMENTE, e55A SERIA
A LUA CHEIA Que ACONTECE em
SETEMBRO — A LUA DA COLHEITA.
A HISTÓRIA PE KAGUYA-HIME 11
AGORA 5U
VEJO Que TIPO
PE HISTÓRIA é
555A!
é UM ROMANCE DE
FICÇÃO CIENTÍFICA
AMBIENTADO NA
ANTIGUIDADE!!
hIP%",enhalb2 1 nr-
1,1,111R.
MAS KAGUYA-HIME
é, DE FATO, UMA
ALIENÍGENA QUE VEIO
DA LUA - 1550 é
FICÇÃO CIENTÍFICA.
URGH, É
DESCONCERTANTE
SER "FAO ADMIRADA.
BEM, NÃO é
GOMO SE ELA
ESTIVESSE
ELOGIANDO
4 APRENDIDO
1550
t
%I LENDO
LENDO
MANGÁ!
, i
4 ( 84, 1h
ME INCOMODA
é UM FESTIVAL ORR4zRR OLHAR PARA
Em QUE VOCÊ NESSA
voc€ come FANTASIA.
BOLINHOS
DE ARROZ ATUALMENTE,
ENQUANTO OLHA QUALQUER PESSOA
PARA A LUA! POPE VOAR PARA
O ESPAÇO EM UM
FOGUETE.
ocÊ petxo KAGUYA-HIME VIR
DE FORA
TODO O PA LUA NÃO é MAIS
ROMANCE! FICÇÃO CIENTÍFICA!
A HISTÓRIA De KASUYA-HIMe 13
VIU o Que EU QUIS
DIZER? KASUYA-HIME VIR
DA LUA NÃO é MAIS TÃO
INTERESSANTE.
BEM, E SE ELA
vteee DE UM
LUGAR MUITO MAIS
DISTANTE?
SIM!
ESSA é UMA
ÓTIMA IDEIA!!
SERÁ UM
ROMANCE DO
ESPAÇO SIDERAL!!
É SÉRIO? VOCÊ
REALMENTE GOSTOU
DE MINHA IDEIA? HÁ
MUITO TEMPO EU
PENSEI em me TORNAR NÃO 55 PREOCUPE!
UM ROTEIRISTA... YAMANA PODE
ESCREVER UM som
ENTENDI,
ROTEIRO! ENTENDI!
NÃO VEJO A SOU APENAS
PROFESSOR,
.o HORA! VELHO e
CÓCEGAS pAgemcv
AI, AL.
HA • COM
5e0i
HA
CÓCEGAS
HA
SEM PROBLEMA!
HA HA HA HAI
CONFIE em
MIM!!
VOCÊ é MUITO
INSEOURA!
ONDE F5TÁ 5UA
AUTOCONFIANÇA?
A HISTÓRIA DE KAOLJYA-HIME 15
SOBRE O QUE
VOCÊ-5 ESTÃO
CONVERSANDO? NÃO é
JUSTO APENAS VOCÊ-5
DUAS ENTENDEREM!
NÃO 9e
PREOCUPE...
VOCÊ VERÁ em
BREVE!
VAMO5 1.41
A HISTÓRIA PE KAGINA-HIME 17
MITOS Có5MIC05
Como as pessoas do Japão antigo sabiam que a Lua era um corpo celestial como a Terra?
O Conto do Cortador de Bambu é um conto de fadas japonês conhecido por praticamente
todos no Japão. O Conto de Genji, escrito aproximadamente há mil anos, menciona que o pri-
meiro conto de fadas falava da história de um cortador de bambu. Entretanto, não deixa de
ser surpreendente que os japoneses antigos acreditassem na existência de uma cidade na Lua,
onde viviam pessoas.
Por muito tempo, a humanidade acreditou que o Universo era um pequeno espaço que
envolvia o mundo em que vivemos. Mapas de tempos antigos mostram corpos celestiais, como
o Sol, a Lua e as estrelas, na forma de pequenas entidades presas à superfície de uma concha
envolvendo a Terra. Mas, em um Universo como esse, a história de Kaguya-Hime não faria
sentido. As pessoas que criaram sua história tinham uma visão diferente do Universo, uma em
que a Lua era outro mundo no qual pessoas viviam. Veja a seguir algumas outras visões do
Universo em tempos antigos.
Alexandria
VI>
4
..) Trópico de Câncer
Equador
Trópico de Capricórnio
Assuão
Os trópicos e o Equador
Eratóstenes também utilizou suas observações para tentar medir o tamanho da Terra. Pri-
meiro, ele mediu a extensão da sombra do bastão. Com isso, calculou que, em Alexandria, ao
mesmo tempo e no mesmo dia, os raios do Sol chegavam de uma direção deslocada na vertical
por 7,2 graus.
Na sequência, ele fez um homem andar de Alexandria a Assuão e determinou, por seus
passos, que a distância entre as cidades era de 5 mil estádios (uma unidade antiga de medida),
3600
925 km x — 46.250 km
7,2°
Ainda que agora saibamos que a circunferência da Terra tem 40 mil quilômetros, o cálculo
de Eratóstenes chegou incrivelmente perto desse valor.
Perpendicular à
superfície da Terra
Alexand
Assuão
l
ria
Outra versão da história diz que Eratóstenes teve a ideia desse experimento depois de ver
os raios do Sol atingindo o fundo de um poço, e não ao observar a sombra de um bastão.
Independentemente desse fato, é aceito que ele calculou a circunferência da Terra como sendo
de cerca de 40 mil quilômetros, o que é um valor aproximado.
O Que
QUE EI
IMAGINA
QUE
os ELA esrk.,L,
110 e, CARREGANDO::
A BAGAGEM?
• Vb‘" EM LUM--"
RIQUIXÁ'?! '
,I
; 1r
SERÁ QUE ELA
PENSA QUE A CASA
DE KANNA 'é UMA
..., laMelea ..k\
CASA NORMAL?
TÁ BOM...
*Nota: meio de transporte de tração humana em que uma pessoa puxa uma carroça de
duas rodas, que pode acomodar uma ou duas pessoas.
BEM, ALGUM QUE
GOSTA DO JAPÃO
COMO A GLÓRIA ME LEMBREI.
PROVAVELMENTE SOBRE O Que
ADORARÁ, MAS... EXATAMENTE VOCÊS
DUAS ESTAVAM
CONVERSANDO
ANTES?
voct ve
EM BRE\ 1
VOCÊ DESCOBRIRA
QUANDO El!
CHEGARMOS À
CASA DELA.
VOCÊS
ESPERARAM
POR MIM!
CU 00 DEVERIA TER
SIDO TÃO RUDE COM
VOCÊ!
EU JURO QUE
VI UM!
VOCÊ TEM
CERTEZA DE QUE
NÃO ERA A LUA?
OVNI SIGNIFICA
OBJETO VOADOR PE JEITO NENHUM!
NÃO IDEN7IFICADO,
A LUA E5TÁ A LESTE!
CONTATOS IMEDIATOS 27
...•.•.•.•.•.•.
•••
4fiigt
*AL. élkelSrg
1'4
• "
SERÁ QUE
KITARO, O
POR I9W
QUERÍAMOS CHEGAR
ESPÍRITO-
MONSTRO,
IP
AQUI ANTES DE ESTÁ AQUI?
ESCURECER. MA5
AGORA...
CONTATOS IMEDIATOS Zq
VÁ EMBORA,
VÁ EMBORA!
O QUÉ.-...?
/
BEM, eu SABIA
QUE VOCÊ IA
CHEGAR TARDE,
POR ISSO FIQUEI
ACORDADO!
EVIDÊNCIA, EVIDÊNCIA!
Ê Só NISSO QUE BEM, EVIDÊNCIAS
VOCÊ SABE FALAR. 5-Ão esseNGIAIS
ISSO é TÃO EM INvesmeAções
IRRITANTE! CIENTÍFICAS.
CONTATOS IMEDIATOS 31
SOU O IRMÃO
MAIS VELHO
VOCÊ é O IRMÃO DELA. é QUE sou
MAIS NOVO DA MAIS BAIXO.
KANNA?
-------.
1
-,,
,
CLARO! AJUDAREI
O MÁXIMO QUE
PUDER.
MA5 NÃO HÁ
NÃO TENHO
ROMANCE GUANDO TEMPO PARA
VOCÊ ESTÁ ESTUDANDO ROMANCE PORQUE
ASTRONOMIA NA ESTOU SEMPRE NÃO PARECE,
FACULDADE. ESTUDANDO! MA5 ELES
SÃO MUITO
AMIGOS... O RELACIONAMENTO
DE IRMÃOS NA
CULTURA JAPONESA
É COMPLICADO.
TÁ BOM! ISSO é-
eXATAMeNTe O QUE
EU QUERO!
CONTATOS IMEDIATOS 33
SERÁ QUE O 501- GIRA AO REDOR DA TERRA?
ENTÃO A SENHORITA
KANNA ACREDITA Que
A LUZ QUE VIU NO CéU
A OESTE, NA NOITE
PA55APA, FOI UM
OVNI, CORRETO?
/1
COM CERTEZA 1715C05
FOI UM OVNI! VOADORES
NÃO EXISTEM!
VAMOS TENTAR
ENTENDER O QUE
. ''''...,..:::::...................2:i.:-.
ACONTECEU.
:,....:,../..'.....,/.......:•:./..:•/..: • •:"..:;,/......,....
A AFIRMAÇÃO A é UMA
OBSERVAÇÃO, e g é
UMA INFERÊNCIA COM
BASE NELA.
TALVEZ ESSA
INFERÊNCIA ESTEJA
CORRETA, MAS TAMBÉM VAMOS TENTAR
PODE ESTAR ERRADA. VERIFICÁ-LA,
ENTÃO!
PRIMeIRO,
SENHORITA
KANNA...
PODERIA
DESENHAR UM
DIAGRAMA MOSTRANDO
COMO O 501., A
TERRA E A LUA ESTÃO
RELACIONADOS?
PIU, PIU
Que PATETA...
E sei QUE NÃO
P0550 CONFIRMAR
EU ME-5MA E55A
TEORIA.
MA5 Só P0550
ACREDITAR NAQUILO
QUE VEJO COM
MEUS PRÓPRIOS
OLHOS.
TERRA
LUA
36 CAPÍTULO 1
você só ESTÁ
DIZENDO 15SO PORQUE
NÃO TEM A5 HABIL-M2E5
NECESSÁRIAS PARA
VERIFICAR VOCÊ
mesmAi
NA vegvApe, EU
TAMBÉM VEJO A
ME5MA COISA!
O SOL E A LUA
PARECEM GIRAR
AO REDOR DA
TERRA.
cr7
•
lj
NÃO ACREDITO
QUE ESTOU
TENDO AULAS
COM VOCÊ!
SE CONSIDERARMOS
QUE ESTAMOS NO
CENTRO PE TUDO, ENTÃO COMO RESULTADO,
PARECERÁ QUE O 501- E POVOS ANTIGOS
A LUA GIRAM AO NO550 IMAGINAVAM O
REDOR. JÚPITER
UNIVERSO DESTA
FORMA... SOL
t. A SATURNO
MERCORIO MARTE
TERRA
CONSIDERÁSSEMOS
APENAS O MOVIMENTO DOS
CORPOS CELESTES VISÍVEIS
VIU!ESTOU
CERTA! MAS se 1550 ESTÁ
A OLHO NU, ESSE DIAGRAMA
CERTO, ENTÃO POR
EXPLICARIA O UNIVERSO.
QUE O MODELO
GEOCÊNTRICO FOI
DESACREDITADO?
KANNA, FIQUE
QUIETA!
COPéRNICO (1473-1543)
ASTRÔNOMO NASCIDO NA
POLÔNIA, QUE TAMBÉM
FOI PADRE E MÉDICO.
HÃ?
FALOU
COMO UM
VERDADEIRO
ASTRÔNOMO...
OH!
1 rs
• f"
ARISTARCO
(CERCA DE 310 A.C. - Z30 A.C.)
ASTRÔNOMO E MATEMÁTICO DA '.¡R4P •
GRÉCIA ANTIGA.
ELE NOWA.'
A LUA GOMO
E MINGUANTE
ÂNGULO PA
Tit If‘
~ltI
OBRIGADA!
5OU MUITO BOA EM
MATEMÁTICA.
( ARISTARCO TEVE
n
A MESMA IDEIA E
DETERMINOU QUE ESTE
ÂNGULO SERIA 67°.
NA VERDADE, ELE
9 5
TEM E3q,85°, MA5
ELE FEZ O P0551VEL
COM A TECNOLOGIA
:1135ERVACIONAL- DE 511A
ÉPOCA.
co
QUÃO DIFERENTES
EM TAMANHO
... COM os PARECEM O 501- e
MODELOS A LUA?
GEOCÊNTRICO OU
HELIOCÊNTRICO?
Isso mesmo. DE
NOSSA PERSPECTIVA,
ELES PARECEM AMBOS PARECEM TER COM BASE NISSO,
TER O mesmo APROXIMADAMENTE O VAMOS MELHORAR
TAMANHO. MESMO TAMANHO. NO550 DIAGRAMA.
CONSIGO ESCONDER
CADA UM DELES COM
APENAS UM DEDO.
o "R"..1a/ /5C4
E AQUI
TEMOS A LUA.
AS LINHAS CONTINUAM
PRATICAMENTE
PARALELAS!
\11
TERRA
LUA
YAMANel
MAIS PAPEL!
4 4p,
? it ldÀ
ENCONTREI UMA
ESCADA NO CAMINHO, MA5 VOCÊ pope
POR 1550 NÃO você UTILIZAR FUNÇÕES
CHEGUEI ATE O 501— REALMENTE 9e TRIGONOMÉTRICAS
MI55ÃO ABORTADA,
SENHOR. ESFORÇOU... PARA OBTER A RAZÃO
DO COMPRIMENTO DOS
LADOS DO TRIÂNGULO
EM vez DE DESENHAR
UM DIAGRAMA
ENORME.
( 7'N
MACHUCOU
A
CABEÇA?
BOM, AGORA VOCÊ
DEVERIA LIMPAR O
MARCADOR QUE
DESENHOU EM
TOPO LUGAR.
APROXIMADAMENTE
3q0 VEZES A DISTÂNCIA
QUANDO UTILIZAMOS ENTRE A LUA E A TERRA. ,
A MEDIDA DE 8q,85°,
A DISTÂNCIA é
APROXIMADAMENTE 3q0
VEZES MAIOR.
PARECE MAIS UMA
LINHA RETA DO Guie
UM TRIÂNGULO!
* A FUNÇÃO TANGENTE DESCREVE A RAZÃO ENTRE 05 GAMOS, OPOSTO E ADJACENTE, DE UM TRIÂNGULO RETÂNGULO (tan87° = 19).
ACHO QUE
A GLÓRIA JÁ
PERCEBEU 1550... mA5 Tem MAIS UMA
COISA QUE EU SEL..
BESTA! (-\
POR QUE NÃO
ME FALOU
DAS FUNÇÕES
TRIGONOM€TRICAS
ANTES?
SEUS TAMANHOS---""SÃO
COMPLETAMENTE MESMO COM O CÁLCULO FALHO DE
DIFERENTES. ARISTARCO, O DIÂMETRO DO SOL
DEVE SER 1c4 vezes MAIOR DO Que
0 DA LUA. NA REALIDADE, HÁ UMA
DIFERENÇA MUITO MAIOR.
ARISTARCO TAMBÉM NOTOU
QUE UM ECLIPSE LUNAR ERA
PROVOCADO PELA ENTRADA
DA LUA NA SOMBRA DA
TERRA.
COMO RESULTADO,
sAaemos QUE O
DIÂMETRO 20 501. é
MAIS DE seis vezes O
DA TERRA.
::1:?EVEM0.5:ELEVAR:0 RAIO
A0"'CUB.0,'WÇO.:FAZEMOS NA VERDADE,
QUANDO QueiZEMOS
//OBTER O VOLUME... 21 6
ELE É 330.00Q
VEZES MAIS
x
PESADO! TERRA x 330,00
ENTÃO, ELE é
CERCA DE zoo
VEZES MAI5 GnIie FOSSENAPENAS
PESADO? PESADOTESSA \JÁ SERIA UM;
GRANDE DIFERENÇA, NÃO é\mesmo?
5E A TEORIA
GEOCÊNTRICA mA5 POR QUE A5
esTivesse CORRETA PESSOAS CONTINUARAM
SERIA ESTRANHO/UM A DEFENDER A TEORIA
501. TÃO GRANDE :DAR GEOCÊNTRICA, MESMO
UMA VOLTA COMPLETA SABENDO QUE O 50L ERA
AO REDOR DA TERR TÃO GRANDE?
TODOS OS
g
PODE
ATÉ 5ER
imp055NEL!
ARISTARCO auesTiOhi
O MODELC).•:::
GEOCÊNTRICO; M
PROVAVELMENTE
NÃO CRIOU UM:MODEL
ELE 00
COSMOLóGICO:
CONSEGUIU
HELIOCÊNTRICO PA
QUE TODOS
SUBSTITUr-LO.
CONCORDASSEM
COM O mesmo
MODELO.
ISSO PORQUE
PARECIA ÓBVIO PARA
TOPOS QUE O SOL
E A LUA GIRAVAM AO
REDOR PA TERRA. NÃO FOI FÁCIL
DERRUBAR ESSE
CONCEITO.
HA
HA HA
lkk HA HA
\ HA
HA
BEM...
ELES PROFESSOR
5'.40 TÃO SANUKli
DIZAMÁTIC051
A \\
ACONTECEU
ALGUMA COISA...
KANNA, VOCÊ
AINDA NÃO PARECE
SATISFEITA. ELA APENAS NÃO
SABE QUANDO
ADMITIR A
DERROTA...
ame
i r
BEM, 9E0 QUE
e I! VOCÊ CONSEGUE
ARREMESSAR ALOuém
QUE PESA 330.000
VEZES MAIS DO QUE
VOCÊ?
PONHA-ME
NO CHÃO!
111JOHi
MESMO QUE O SOL
SEJA GRANDE, ELE
AINDA é CAPAZ DE
GIRAR, NÃO é mesmo?
ODEIO ESTAR
IMPO551VEL. VOCÊ
ACHA? ERRADA!
SIM, E A TEORIA
GEOCÊNTRICA TINHA
OUTRO ERRO FATAL
VOCÊ é MEU
VÁ em
DEIXAREI KANTA MELHOR FRENTE! E5TÁ BEM,
EXPLICAR DAQUI ALUNO! ESTÁ BEM!
EM DIANTE. VOCÊ
CONSEGUE.
AHÃ!
ME DÁ UM KI
ME DÁ UM A! TA BOM, TA BOM,
JÁ CHEGA.
ME PÁ UM nn SENTEM-SE!
PA TEORIA GEOCÊNTRICA PARA A TEORIA HELIOCÊNTRICA
/
O comportamento misterioso dos planetas intriga as pessoas há muito tempo.
Uma evidência disso é o fato de que, etimologicamente, a palavra planeta
vem da palavra em grego para estrela errante. As pessoas acreditavam que os
planetas vagavam e mudavam de posição, enquanto as outras estrelas — ou
seja, as estrelas fixas* — giravam mantendo sempre posição relativa na esfera
celeste.
r
É verdade, ouvi
essa explicação É mesmo, aposto que o nome
uma vez no pla- planetário vem da palavra planeta.
netário.
4
Você sabe
É por que eu estudei nos
muitas coisas,
Estados Unidos.
não é mesmo?
-- Hum...
UPITeR
VâNU5 SATURNO
7--UUA
(como
MARTE,
Ir;
TER
Ideia inteligente,
não é?
[Qual o problema?
\
.4Esse modelo é totalmente Fico pensando... Até
falso! Aposto que não acho esse modelo bem
enganou ninguém. construído, mas...
Boa ideia! O modelo de Ptolomeu foi aceito por quase 1.400 anos.
Copérnico finalmente o desafiou em 1.543 com sua teoria heliocêntrica,
apresentada no livro Da Revolução das Esferas Celestes. Para mais deta-
lhes, leia a seção "Quão revolucionário Copérnico realmente foi?" na
página 71..
(---- ---I
" ÊNUS LUA
jCjI2"%,
[
11\ ) SATURNO Tão simples,
., TERRA não é?
RIO mAR-re
MERCÚ
SOL
f
Pessoalmente, acho
brilhante a forma
como Ptolomeu
tentou explicar o
movimento planetário
segundo a teoria
geocêntrica, mas...
Kanta... Por que você está defendendo tanto a teoria geocêntrica? Vendo este
modelo, fica evidente que a teoria heliocêntrica está correta, não fica?
Sim! É o conceito que diz que "se duas ou mais teorias podem explicar o
mesmo fenômeno, então a mais simples provavelmente está correta". Certo?
1
O TELESCÓPIO FOI
INVENTADO PERTO DO
FIM DA VIDA DE 6NA-eu. 41/
05 CORPOS ceLesres
PODIAM SER OBSERVADOS
MAIS PRECISAMENTE COM UM
TELESCÓPIO. RAPIDAMENTE
FORAM DESCOBERTOS
FATOS QUE PARECIAM
INCONSISTENTES COM A
TEORIA GEOCÊNTRICA.
QUANDO FOI
POSSÍVEL EXPLICAR
O MOVIMENTO DOS
CORPOS CELESTES
DE ACORDO COM A5
LEIS DA FÍSICA, TODOS
PASSARAM A ACREDITAR
NISSO, CERTO?
AS LEIS De KEPLER
SERVIRAM De BASE PARA A
MECÂNICA NEWTONIANA E,
DESSA FORMA, AJUDARAM
A PRODUZIR UM CORPO DE
CONHECIMENTO APLICÁVEL A
MUITOS CAMPOS
DE ESTUDO.
/-1
.'.•.•.•.•
MAS pizoFe9az
SANUKI!
*:*:*:*:'•••••••••
VAMOS PENSAR
NISSO MAIS TARDE,
ENQUANTO ESTIVERMOS
CAMINHANDO ATÉ
A LUA.
NHÉG!
COLOCANDO
A5 COISAS EM
PeR5PeCTIVA KANTA...
VOCÊ SABE O
TAMANHO DE
UM CAMPO DE
Be1551301.?
DEIXE-ME'
SOZINHO.
ENTÃO, UM CAMPO
NO EQUADOR, é DE BEISEBOL TEM
PC 12.756 KM! APROXIMADAMENTE UM \%\\\\\\\\\
CENTÉSIMO MILÉSIMO PO
TAMANHO PA TERRA.
1 / 100.000 -,
1550
ME5M01 12.796 KM
12.756 KM 120 M
5E A TERRA TIVESSE
O TAMANHO DE UM
CAMPO cie BEISEBOL,
A QUE DISTÂNCIA A
LUA ESTARIA?
Que TAL se
CAMINHARMOS essA
DISTÂNCIA?
MUI fl
PROFESSOR
P.:1111TO,
SANUKI...
MAIS
TARDE...
FALTA Só MAIS
UM POUCO.
" - 3-
A MI55ÃO APOLLO
FOI INCRÍVEL, NÃO
FOI? ENTÃO QUAL O
TAMANHO DA
LUA?
O DIÂMETRO DO EQUADOR
DA LUA é DE 3.479 KM. EM
NOSSA ESCALA REDUZIDA, O
DIÂMETRO DA LUA SERIA DE
APROXIMADAMENTE 35 M.
PRATICAMENTE
O TAMANHO DA
PARTE INTERNA DO
CAMPO.
KANNA, CUIDADO!
1550 é
PER1005011i
MU,
MERCÚRIO,/ METRODE APROXIMADAMENTE 5.0 M,
MERCÚRIO: DIÂMETRO
LOCALIZADO1PRÓXIMOAPONTA DA PENÍNSULA DE
éSUMI, EM KAeOSHIMA.
•
50L SOL: DIÂMETRO Re APROXIMADAMENTE 14 KM,
LOCALIZADO NO meio DA ILHA PRINCIPAL DE OKINAWA,
SE ADICIONÁSSEMOS
JÚPITER,-ELE FICARIA NO
HAVAÍ, COM UM DIÂMETRO URANO OU NETUNO, QUE
veIA KM. ESTÃO AINDA MAIS LONee,
NEM APARECERIAM NESTE
MAPA DO MUNDO.
MAS SE VOCÊ
SEMPRE ACHEI QUE' PRETENDE ESTUDAR
O SISTEMA SOLAR O SISTEMA SOLAR,
ERA MUITO MENOR. É IMPORTANTE
COMPREENDER SEU
TAMANHO E A DISTÂNCIA
ENTRE 05 PLANETAS.
5115PIRGC:.
SE VOCÊ NÃO
COMPREENDE esses
DADOS BÁSICOS SOBRE
O SISTEMA SOLAR, O
MOVIMENTO DE VÊNUS, alie,
ÀS VEZES, ESTÁ visível.. NO
MUITAS PESSOAS CéU A OESTE, FICA
DIFÍCIL DE EXPLICAR.
PENSAM O MESMO, UMA
VEZ QUE OS DESENHOS
DOS LIVROS QUASE
NUNCA SÃO FEITOS EM
ESCALA.
_det.doomill110111k,
(r+h)2 =r 2 +L 2
Portanto,
L= (r + h)2
= J2rh+ h2
Como o raio da Terra (r) é de aproximadamente 6.378 km, se presumirmos que a altura
média dos olhos de uma pessoa (h) é de 0,0015km (ou 1,5 m), então podemos calcular L
como, aproximadamente, 4.4km. Em outras palavras, se olharmos o oceano a partir da praia,
poderemos ver sua superfície até uma distância de praticamente 4.4 km.
Da mesma forma, mesmo quando olhamos o horizonte a partir da janela de um avião que
se encontra a 10 km de altura, a distância até o horizonte é de aproximadamente 360 km.
Não mais que a distância entre a cidade de Nova York e Washington, DC, percebemos que não
podemos enxergar muito longe, mesmo estando a uma altura elevada.
Este é o horizonte
ESPELHOS PE CANTO DE
CUBO
Somos capazes de realizar medições
tão precisas graças às missões espaciais
Apollo, lançadas a partir de 1969. As
missões Apollo 11, 14 e 15 posiciona-
ram espelhos especiais na superfície da
Lua para refletir a luz de lasers emiti-
dos da Terra. Esses espelhos, diferentes
daqueles que temos em casa, são cha-
mados espelhos de canto de cubo, ou
refletores de canto. A superfície de um
espelho de canto de cubo é construída Um espelho para medir distâncias,
de modo que qualquer luz que a atinja colocado na superfície da Lua
seja refletida precisamente de volta à
fonte, percorrendo um caminho paralelo, independentemente de sua direção de origem.
Cientistas podem utilizar esse tipo de espelho para medir distâncias com precisão, atingindo
o espelho com uma luz e registrando o tempo que leva até que seu reflexo retorne. Como a
velocidade da luz é sempre constante, de 299.792.458 metros por segundo, é perfeita para
medir distâncias.
Deixa o prisma
no mesmo ângulo
Primeira lei: A órbita de todo planeta é uma elipse com o Sol em um de seus focos.
Segunda lei: Uma linha que une um planeta e o Sol percorre áreas iguais em intervalos
iguais de tempo.
Órbita do planeta
Órbita de um planeta de acordo com a Primeira Lei de Kepler
Ainda que a órbita da Terra seja praticamente circular, a órbita dos outros planetas, como
Marte, é mais elíptica. Como resultado, a teoria de Copérnico de que todo planeta se move em
uma órbita circular não pode explicar adequadamente resultados observacionais para Marte. É
por isso que Kepler introduziu esta lei primeiro.
O grau de elipticidade é indicado pela excentricidade. Utilizando o diagrama aqui, podemos
definir a excentricidade desta forma:
O eixo maior, que é o eixo mais extenso da elipse, é a linha que conecta o periélio e o afélio
no diagrama. O semieixo maior tem metade desse comprimento e também representa a dis-
tância média do planeta ao Sol.
Um círculo verdadeiro tem apenas um foco (localizado em seu centro), por isso sua excen-
tricidade é O. Quanto maior a excentricidade da órbita de um planeta, mais elíptico será seu
formato. A tabela a seguir mostra a excentricidade orbital de todos os planetas do sistema
solar.
Perielio Afélio
Sol Planeta
Órbita de um planeta de acordo com a Segunda Lei de Kepler
Entretanto, um planeta não se move em movimento linear, uma vez que é afetado pela gra-
vidade do Sol no ponto 5. Ainda que o planeta seja continuamente puxado em direção ao Sol e
se mova em um movimento circular, para facilitar nossa explicação aqui, partiremos do princí-
pio de que a gravidade puxa o planeta continuamente em direção ao Sol quando ele se move
de P2 para P3. O movimento do planeta será puxado para a esquerda pela força de gravidade f,
até atingir a posição P3' (composição da força de gravidade f e da força que tenta dar continui-
dade ao movimento linear uniforme). Como o momento não se altera, o comprimento de P2P3
é o mesmo de P2P3'.
Agora, se compararmos os triângulos formados, uma vez que P1P2 = P2P3 em razão do
movimento linear uniforme, .6.5191P2 e ASP2P3 serão triângulos com lados e alturas iguais, por
isso apresentarão a mesma área.
Além disso, como ASP2P3 e ASP2P3' compartilham a base SP2 e têm a mesma altura
(como f é a força da gravidade em P2, a seta utilizada na composição das forças também será
paralela a SP2 ), suas áreas serão iguais. Em outras palavras, podemos dizer o seguinte:
ASP2P3 = ASP2P3'
Como essa relação é válida independentemente das posições do Sol e do planeta, uma linha
unindo um planeta ao Sol varre áreas iguais em intervalos iguais de tempo.
a3
- = 1
p2
Se calcularmos essa razão para qualquer planeta no sistema solar, teremos os resultados da
tabela a seguir, que confirmam a Terceira Lei de Kepler.
KAGUYA-HIME,
DE ONDE VOCÊ
VEIO?
CERTAMENTE NÃO
LOGO TEREI DE PODE SER DA LUA!
RETORNAR AO
MEU LOCAL DE
NASCIMENTO.
MEU LOCAL DE
NASCIMENTO
é MUITO MAIS
DISTANTE...
A HUMANIDADE JÁ
CHEGOU À LUA
COM A5 MI55E5E5
APOLLO.
ESPEREM
UM POUCO!
EU 56
PRECI50 DE
MAIS ALGUNS
DIAS!
HUM...
VOCÊ ESTÁ
FALANDO
1550 HÁ UMA
íJ-I id. SEMANA!
11111111111111111111111111111 M111111111111111111111111111111111111 11111
"O GUIA DE
ASTRONOMIA
PARA O IDIOTA
COMPLETO' "A TEMPERATURA
******** DA SUPERFÍCIE
DE VéNUS é DE
FGIP, 4owc."
FLIP
VAMOS VER...
VAMOS VER...
KA&UYA-Hime MARTE TEM LitAA AH!
VIRARIA CARVÃO FINA ATMOSFERA
EM VÉNUS. DE DIÓXIDO 12E
CARBONO E TAMBÉM A TEMPERATURA PA
APRESENTA TRAÇOS SUPERFÍCIE PE MARTE
PE oxietNio." PODE ATINGIR -63°C.
Que TAL
MARTE? 1550 PARIA
CERTO, NÃO?
Satélites Nenhum.
Distância média do Sol A distância média da Terra ao Sol é chamada de uma unidade
astronômica, ou 1 UA. A distância média de Mercúrio ao Sol é de 0,39 UA.
Período orbital (quanto tempo leva para que ele complete uma volta ao redor do Sol)
Aproximadamente 88 dias.
Período de rotação (quanto tempo o planeta leva para dar uma volta completa em
seu próprio eixo) Aproximadamente 59 dias.
Como a órbita de Mercúrio é a mais próxima do Sol dentre todos os planetas do sistema solar,
a quantidade de energia que ele recebe do Sol é intensa — aproximadamente 6,7 vezes a rece-
bida pela Terra, por área de unidade. Certamente Kaguya-Hime teria de se proteger dos raios
ultravioleta em Mercúrio, mas, na prática, ela acabaria se queimando antes disso — a tempera-
tura máxima da superfície é de 427°C.
Em razão de sua baixa gravidade, Mercúrio quase não tem atmosfera, por isso o ambiente é
praticamente vácuo. A menos que Kaguya-Hime utilizasse um traje espacial com uma unidade
de refrigeração poderosa, ela seria queimada pelo Sol instantaneamente. Acredita-se que a
região polar do norte do planeta contém gelo, e é muito provável que lá a temperatura caia a
aproximadamente -180°C.
Se não fosse pelo ambiente extremamente quente e inóspito de Mercúrio, Kaguya-Hime
poderia se sentir em casa, pois a superfície do planeta é formada de desertos e crateras muito
semelhantes aos da Lua.
Satélites Nenhum.
Vênus é o planeta mais próximo da Terra, e os dois planetas têm muitas características em
comum. A gravidade em Vênus é praticamente a mesma da Terra. Vênus tem uma atmosfera
e também atividade vulcânica que expele sulfeto de hidrogênio, nitrogênio e ácido sulfuroso na
forma de gás.
Como Vênus é coberto por espessas nuvens de ácido sulfúrico concentrado e o principal
componente de sua atmosfera (aproximadamente 96%) é o dióxido de carbono, a temperatura
de sua superfície atinge de 400 a 500°C, em razão do intenso efeito estufa. Da mesma forma,
a pressão atmosférica da superfície do planeta é aproximadamente 92 vezes a da superfície da
Terra.
Ainda que pouco relevante, a direção da rotação de Vênus é oposta à da Terra, por isso, em
Vênus, o Sol nasce no Oeste e se põe no Leste.
A superfície de Marte é inteiramente deserta, exceto por duas calotas polares de gelo. O
planeta tem uma fina atmosfera de dióxido de carbono. A existência de água em Marte foi
confirmada e, entre os planetas do sistema solar, sua atmosfera é a mais próxima da que
temos na Terra. A temperatura mais elevada de sua atmosfera é de aproximadamente 20°C, e
Kaguya-Hime poderia facilmente viver lá desde que estivesse vestindo um traje espacial como
aquele das missões Apollo.
A composição geológica de Marte também é semelhante da que temos na Terra, e como a dura-
ção de um dia em Marte também é a mesma de um dia em nosso planeta, os hábitos de vida de
uma pessoa não seriam afetados. Entretanto, como um de seus satélites. Fobos, gira ao redor de
Marte mais rápido do que a rotação do planeta, ele nasce e se põe duas vezes a cada noite.
Em Marte encontramos o Monte Olimpo, considerado a maior montanha do sistema solar.
Sua altura é de aproximadamente 25.000 m, cerca de três vezes a altura do Monte Everest!
Marte também tem o maior cânion do sistema solar e seu terreno inclui muitas planícies.
Ventos com a força de tornados costumam varrer a superfície de Marte. Um desses foi foto-
grafado pela espaçonave Mars Pathfinder, lançada pelos Estados Unidos em 1996. Em 2004,
dois veículos robóticos da Nasa, chamados Opportunity e Spirit, pousaram em Marte e fizeram
muitas descobertas importantes sobre o planeta, enviando mais de 133 mil imagens de sua
superfície*.
* Quer ver essas fotografias e aprender mais sobre esses veículos? Visite: http://marsroversjpl.nasa.gov/.
Enquanto Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, compostos de rochas e metais, são chamados pla-
netas telúricos, ou rochosos, Júpiter e Saturno, cujos principais componentes são gases, são
chamados de planetas jovianos (ou de gigantes gasosos). A densidade de Júpiter é apenas 1./4
da encontrada na Terra e como é composto principalmente de hidrogênio e hélio gasosos, o
planeta não tem uma "superfície" como a de nosso planeta. Como seu centro (aproximada-
mente 1/11 do raio) é um núcleo rochoso e o restante, apenas um agrupamento de materiais
gasosos e líquidos, Júpiter se difere da imagem que costumamos fazer de um planeta. Estar em
Júpiter seria como estar no meio de uma nuvem.
Júpiter tem uma massa mais de 300 vezes maior que a da Terra e sua gravidade é mais de
duas vezes a de nosso planeta. Se morasse em Júpiter, Kaguya-Hime sentiria como se esti-
vesse sempre carregando duas vezes o próprio peso.
A característica mais notável de Júpiter é a Grande Mancha Vermelha — uma enorme tem-
pestade contínua em sua superfície. Ela foi descoberta pelo astrônomo Robert Hooke em 1664
com um dos primeiros telescópios. A Grande Mancha Vermelha tem um diâmetro maior que o
da Terra! Cientistas ainda não sabem exatamente porque ela tem essa cor.
Alguns cientistas acreditam que Europa, uma das luas de Júpiter, seja um dos locais mais
prováveis em que possa haver vida extraterrestre em nosso sistema solar, em razão das forças
geradoras de calor presentes nos oceanos de água líquida que acreditam existir sob a superfície
gelada desse satélite. As condições dos oceanos da subsuperfície de Europa podem ser seme-
lhantes àquelas presentes no início da vida no planeta Terra. Cientistas esperam observar Europa
e outros satélites de Júpiter mais de perto com missões espaciais que serão lançadas em 2020.
Ainda que, por seu tamanho e localização. Urano antes fosse classificado como um planeta
joviano, hoje sabemos que é composto principalmente de água, metano e amônia congelados.
Assim, podemos classificá-lo mais corretamente como um gigante de gelo. Urano apresenta
uma cor azulada que parece translúcida e sua superfície pode ser muito semelhante áquela
que encontramos no Polo Sul da Terra. Entretanto. Urano é um planeta extremamente gelado,
com temperaturas inferiores a -200°C.
Urano tem anéis mais finos que os de Saturno. Além disso, apresenta 27 satélites, o que
deve fazer com que seu céu noturno seja muito agitado.
A característica mais curiosa de Urano é que seu eixo de rotação é praticamente paralelo à
eclíptica (ou seja, ao plano das órbitas no sistema solar), enquanto outros planetas têm um eixo
de rotação perpendicular à eclíptica. Na verdade, o eixo de Urano chega a ficar abaixo da eclíp-
tica. Dessa forma, dependendo da estação, os Poios Norte e Sul podem apontar praticamente
diretamente ao Sol, apresentando um dia eterno, enquanto o outro polo se encontra em total
escuridão.
Satélites Ao menos 3.
Ainda que, depois de ter sido descoberto por Clyde Tombaugh em 1930, Plutão tenha sido
considerado o nono planeta do sistema solar, concluiu-se no encontro da União Astronômica
Internacional (UAI) de 2006 que ele não atende à definição de planeta. Hoje, chamamos Plutão
de planeta-anão. Como tem uma órbita elíptica completamente diferente daquela dos outros
planetas e difere de Urano e Netuno em tamanho e estrutura, muitos astrônomos consideram
que essa decisão tardou a ser tomada.
Fotografias feitas pelo telescópio Hubble sugerem que a atmosfera do planeta em si sofre
rápidas alterações provocadas pela sublimação, processo pelo qual um sólido rapidamente se
torna vapor sem passar pelo estado líquido. Em razão de suas temperaturas intensamente frias
(-280°C), Plutão não apresenta muita atmosfera e não há dúvidas de que seja um ambiente
inóspito para presença de vida tal como a conhecemos.
Satélites 1.
Nosso planeta é muitas vezes chamado de Mãe Terra, mas há 4,6 bilhões de anos, quando foi
formado, não era o tipo de ambiente em que criaturas vivas poderiam prosperar. Sua superfície
estava coberta por rochas derretidas, conhecidas como magma, e a água existia apenas em sua
forma gasosa (como vapor). Da mesma forma, a pressão atmosférica era aproximadamente
300 vezes maior do que a atual. Marte, hoje, é um ambiente muito mais propício à vida do que
a Terra era então.
0 ambiente da Terra tornou-se suficientemente moderado e capaz de aceitar o surgimento
de vida como conhecemos há aproximadamente 550 milhões de anos. Isso ocorreu próximo
do início da Era Paleozoica, quando o número de espécies passou a aumentar rapidamente. Da
perspectiva da história da Terra, esse é um passado recente.
Tamanho Aproximadamente 0,27 vez o tamanho da Terra (raio equatorial de 1.738 km).
A Terra e seu satélite, a Lua, parecem ter um relacionamento de mãe e filha — a Lua é com-
posta de materiais praticamente idênticos àqueles do manto da Terra. Como resultado, uma
hipótese apresentada por astrônomos no passado era de que a força centrífuga da rotação da
Terra teria feito que um pedaço do planeta se quebrasse durante sua formação. Esse pedaço
teria formado a Lua, e o buraco deixado em seu lugar seria, hoje, o oceano Pacífico.
Essa hipótese tem certo grau de poder persuasivo, mas também apresenta muitos proble-
mas. A velocidade de rotação da Terra hoje não é rápida o suficiente para produzir uma força
centrífuga dessa magnitude — é impossível que a quantidade de material que formou a Lua
tenha se separado repentinamente enquanto a Terra girava lentamente sem perder sua atmos-
fera (ar). Também não há evidência de que a rotação da Terra tenha desacelerado depois de o
pedaço do planeta ter se separado.
Se analisarmos essa teoria uni pouco mais profundamente, veremos que sua maior falha
é que a Lua é grande demais. O diâmetro da Lua (falaremos sempre no diâmetro equatorial
em nossas discussões) é de aproximadamente 3.474 km, o que representa cerca de 1/4 do
diâmetro da Terra. Esse é um tamanho desproporcionalmente grande para um satélite, por isso
alguns astrônomos dizem que a Lua deveria ser considerada um planeta duplo, acompanhado
da Terra, e não uni satélite dela.
TALVEZ ELE-5 SEJAM 112~05? OU 5EIZÁ QUE NÃO TêM NENHUMA KEI.A4ÃO?
A hipótese que considera a Lua irmã da Terra defende que nosso planeta adquiriu seu tamanho
atual pela colisão e união de pequenas partículas de poeira e gás que existiam quando o sis-
tema solar se formou. De acordo com esse raciocínio, a Lua foi criada praticamente ao mesmo
tempo da Terra e se tornou um satélite por acaso. Infelizmente, a Terra e a Lua têm densidade
e composição suficientemente diferentes para colocar essa hipótese em dúvida. Se tivessem
sido criadas ao mesmo tempo, na mesma área e do mesmo material, é muito improvável que
Terra e Lua terminassem com densidades e composições diferentes.
A hipótese da captura poderia facilmente resolver o problema da hipótese de irmã. De
acordo com ela, a Lua se aproximou da Terra por acaso e foi capturada pela gravidade de nosso
planeta. Há dois contra-argumentos a essa teoria. O primeiro é que a Lua é grande demais,
quando comparada à Terra, para ter sido capturada pela gravidade terrestre. O segundo diz que
ainda que a Terra e a Lua tenham diferenças significativas de composição e densidade, ainda
são muito semelhantes para terem sido formadas de forma independente. Essas semelhanças
no material da Terra e da Lua têm sido provadas por evidências coletadas nas missões Apollo,
assim como em muitos outros projetos de exploração espacial.
O IMPACTO GIGANTE
Por fim, temos a hipótese do impacto gigante, a mais popular atualmente. Ela propõe que um
enorme corpo celeste bateu na Terra pouco depois de nosso planeta ter sido formado, aproxi-
madamente há 4,6 bilhões de anos. Supondo a quantidade de energia envolvida, esse corpo
celeste deveria ter o tamanho de Marte (com um diâmetro de cerca da metade do da Terra).
Cientistas chamam esse planeta teórico de Theia. Essa colisão deve ter sido um evento enorme!
Se um corpo desse tamanho realmente colidisse com a Terra, uma grande quantidade de
materiais de nosso planeta naturalmente voaria para o espaço e o corpo se desintegraria. O
raciocínio dessa hipótese diz que depois de esse material ter se desprendido da Terra, ele teria,
com o tempo, se agrupado e formado a Lua.
Essa hipótese é capaz de explicar por que os materiais que compõem a Lua e a Terra são
semelhantes, por que a Lua como um satélite é "grande demais" com relação ao tamanho da
Terra e por que a Lua passou a girar ao redor de nosso planeta.
Da mesma forma, elementos voláteis como água, dióxido de carbono, monóxido de carbono
e outros não existem na Lua, e uma explicação para isso seria a de que foram perdidos quando
a colisão ocorreu.
Por esses motivos, a hipótese do impacto gigante é atualmente a teoria dominante, mas
ainda faltam evidências conclusivas que a comprovem.
Vamos colocar de lado a questão da ocorrência ou não de um impacto gigante até que tenha-
mos mais dados de explorações lunares futuras. Em vez disso, vamos nos concentrar nos
efeitos que o tamanho da Lua tem sobre a Terra.
Primeiramente, o fato de podermos apreciar a beleza graciosa da Lua em uma festa
Otsukimi certamente está relacionado ao seu tamanho. Todos os outros satélites do sistema
solar, incluindo Ganimedes, quando vistos de seus planetas respectivos, não aparentam a ter a
metade do tamanho de nossa Lua.
O dramático fenômeno natural da alteração do fluxo e refluxo das marés também ocorre
em razão de a Terra ter um satélite tão grande. A distância entre a Terra e a Lua é de cerca de
380.000 km, o que é aproximadamente 30 vezes o diâmetro da Terra (veja uma representação
a seguir).
As marés são provocadas principalmente pelo efeito da gravidade da Lua. Muitos padrões
cíclicos da vida de criaturas marinhas evoluíram em razão das marés e a humanidade sempre
aproveitou tais ciclos no desenvolvimento de técnicas de pesca. A coleta de marisco na maré
baixa é um exemplo.
O fluxo e o refluxo das marés provocam alterações no cenário natural que consideramos de
grande beleza. Se esse foi realmente o resultado de um impacto gigante, devemos ser gratos
por sua ocorrência, não é mesmo?
O Sol que brilha no céu é o corpo celeste cuja presença sentimos mais forte. Mas qual seu
tamanho de verdade?
Primeiramente, sua massa corresponde a 99,9% da massa de todo o sistema solar. Em
outras palavras, planetas como a Terra e Júpiter, os satélites que giram ao seus redores e todos
os vários pequenos corpos do sistema solar existem praticamente como algo secundário, cons-
tituindo uma massa combinada de apenas 1/1.000 daquela do Sol.
O Sol está a aproximadamente 150.000.000 km da Terra. Como a velocidade máxima de
um ônibus espacial é de cerca de 28.000 km por hora, seriam necessários praticamente 7,5
meses para que chegássemos ao Sol à velocidade máxima. Um avião de passageiros normal
demoraria cerca de 20 anos para chegar ao Sol (ainda que, evidentemente, um avião desses
não possa voar no espaço).
Entretanto, seria terrível para nós se o Sol não estivesse a essa distância. A temperatura
diurna de Mercúrio, que está a menos de 1/4 da distância do Sol para a Terra, é de mais de
400°C. A energia que atinge a Terra vinda do Sol é equivalente à gerada por 200 milhões de
usinas nucleares (supondo que estas produzam 100 megawatts em média).
Antes, mencionamos o diâmetro do Sol, mas o Sol difere de planetas como a Terra por não
apresentar uma superfície sólida. Trata-se de uma estrela com período de rotação de aproxi-
madamente 25 dias no Equador e de 36 dias próximo dos poios. O Sol, assim como a maioria
das outras estrelas no Universo, é composto de materiais em estado de plasma. Isso significa
que o gás que forma o Sol, retido pela imensa gravidade do astro, é ionizado (com a perda de
um elétron ou o ganho de um elétron extra) e altamente energético.
A formação de uma estrela como o Sol tem início quando uma nuvem de gás, plasma e poeira
começa a se reunir no vazio do espaço. Esse tipo de nuvem molecular é agrupado em uni
estado chamado de equilíbrio hidrostático, no qual a força gravitacional do volume de gás é
equilibrada pela força "externa" da pressão. Quando a força gravitacional da nuvem se torna
maior, em razão da colisão com outra nuvem molecular ou de um aumento de pressão pro-
vocado pela explosão de uma estrela próxima, a nuvem passa por um colapso gravitacional.
Corno a nuvem molecular desmorona, ela começa a formar uma esfera giratória de gás. O
enorme aumento da temperatura e pressão do gás provocado pelo colapso gravitacional resulta
em uma reação de fusão nuclear — reação altamente energética na qual dois ou mais núcleos
se juntam para formar um núcleo mais pesado. A fusão do hidrogênio dentro do núcleo da
estrela produz formas mais pesadas de hidrogênio, que, por sua vez, podem se fundir e pro-
duzir isótopos de hélio. Essas reações de fusão criam energia e a luz que vemos todos os dias
vinda do Sol.
Como o hidrogênio e o hélio são os elementos mais básicos e abundantes no Universo,
podemos deduzir que as estrelas também sejam formadas por essas duas substâncias. Entre-
tanto, análises espectrais do Sol também mostram a presença de elementos pesados como
ferro, ouro e urânio. Como isso é possível?
Durante toda a vida, uma estrela luta contra a gravidade. Forças gravitacionais, criadas por
sua massa, tentam fazer com que ela colapse, criando uma pressão que provoca as reações de
fusão que acabamos de descrever. Isso, por sua vez, cria uma pressão de radiação que equilibra a
força gravitacional, mantém a estrela em equilíbrio hidrostático e impede seu colapso. À medida
que o combustível de hidrogênio em seu núcleo começa a se esgotar, a estrela passa a queimar
hélio para manter a pressão interna. Por toda a vida, estrelas com massas semelhantes à de
nosso Sol queimarão apenas hidrogênio, gradualmente dispersando suas atmosferas até que
reste apenas o núcleo. Quando seu combustível se esgota, uma estrela lentamente se resfria e
apaga. Entretanto, estrelas maiores que o Sol podem continuar fundindo elementos cada vez
mais pesados para manter o equilíbrio. Podemos dizer que uma enorme estrela é como uma
cebola, tendo em sua camada externa o hidrogênio e, na camada mais interna, o ferro.
A fusão do ferro consome mais energia do que pode criar, por isso, logo o equilíbrio é rompido
e a gravidade vence, provocando o colapso do núcleo da estrela e criando uma explosão estelar
altamente energética chamada de supernova. Uma supernova pode irradiar a mesma quantidade
de energia, se não mais, do que aquela que o Sol é capaz de produzir durante toda a vida, e
muitas vezes ofusca a galáxia em que ocorre. A explosão que cria uma supernova também cria
elementos mais pesados que o ferro, expelindo-os, junto da atmosfera da estrela, no espaço ao
seu redor e alimentando outras nuvens moleculares com esses elementos pesados.
Acredita-se que o Sol tenha sido criado a partir da matéria interestelar de apenas uma
explosão — os restos de uma estrela mais antiga. Isso explicaria por que elementos mais pesa-
dos (como ouro, urânio, entre outros) podem ser encontrados em nossa estrela. Na verdade,
todos os elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio encontrados em qualquer local
do Universo, inclusive em nossos corpos, foram criados dentro de uma estrela ou pela morte
explosiva de uma estrela. Assim, não apenas o Sol é uma estrela "reciclada", como nós mesmo
somos feitos de poeira estelar reciclada.
EU NÃO QUERO
SER UM DEMÔNIO!
FALANDO NA VIA
LÁCTEA, POR Que
SERÁ QUE ELA Tem
ESSE FORMATO?
é O QUARTO EM
eu O Que você QUE MORAREI PC
GRAÇA ENQUANTO
5-5TÁ FAZENDO ESTIVER AQUI.
AQUI?
O QUE TEM DE
ABSURDO NA
MINHA IDEIA?!
............
..........
100 CAPÍTULO 2
O AGRUPAMENTO DE
eSTRELA5 CONHECIDO
COMO VIA LÁCTEA
TAMBÉM é CHAMADO DE
GALÁXIA PA VIA LÁCTEA,
NOSSO SISTEMA
SOLAR ESTÁ DENTRO
DESSA GALÁXIA, QUE
TEM FORMA DE DISCO.
ASSIM, AS ESTRELAS NA
PARTE DO DISCO PARECEM
MAIS DENSAS PARA NÓS,
POIS ESTAMOS DENTRO
ELAS.
MU
PÃO!
.".
. . . . .
. . . . .
. . . .'.'.'.'. . . . .. . . . .
. .
".".".".".'.".".".'.".".•.'.'.'. . . .°.'.'.".'.'.".'.'.".".".".".".".
'.".'.'.'.".".".".".".".".".".".".".".".'.'.'.'.'.'.'.'.".'.'.".".'.".".". .".
DESISTO!
5LJA
IDIOTA!
HUMM, FAZ
TEMPO
Que NÃO
E-5GOI-HO
ELA PASSOU NO TESTE Só BEM, ERA UM
CHUTANDO AS RESPOSTAS! TESTE 2e MÚLTIPLA
ESCOLHA!
Hee
C>i;? Hee
VOCÊ 1
TERRÍVEL!
11111111111
EXPLICAR UM
POUCO MELHOR
SOBRE A GALÁXIA
PARA VOCÊ.
100.000
ANOS-LUZ?
COMO EU DISSE ANTE-5, A GALÁXIA O QUE DIABOS
PA VIA LÁCTEA é UM CONJUNTO DE VOCÊ ESTÁ
ESTRELAS EM FORMA DE DISCO, FALANDO?!
MAIS VOLUMOSO NO CENTRO.
é A DISTÂNCIA QUE
0 DIÂMETRO DA PARTE EM DISCO A LUZ VIAJA EM
DE 100.000 ANOS-LUZ. 100.000 ANOS!
PIN&I
E DAÍ?! eu CONTINUO 1 ANO-LUZ é ENTÃO, 1 ANO-LUZ é
SEM ENTENDER O q,460730q725808 X APROXIMADAMENTE
QUE ISSO SIGNIFICA. 1015 METROS = q,46 10 TRILHÕES DE
TRILHÕES PE KM = QUILÔMenzos.
APROXIMADAMENTE,
ME FALE EM 63240 UNIDADES
METROS, PASSOS,
ASTRONÔMICAS CUAM
NÃO ATÉ CENTÍMETROS!!
PRECISA
0
CUSPIR.
MESMO EM
\ QUILÔMETROS
NÃO CONSIGO
IMAGINAR esse
TAMANHO.
ME Recuso A
RESPONDER A
esse MONTE DE
PERGUNTAS.
COMO O SISTEMA
SOLAR TEM UMA (
EXTENSÃO PE
3,2 ANOS-LUZ E A
GALÁXIA, PE 100.000
ANOS-LUZ... Que TAL ESSA? ENTÃO VOCÊ
AGORA VOCÊ DEFINIU UMA
SABE O TAMANHO eSCALA... e DAL?
DA GALÁXIA!
.. A GALÁXIA é
APROXIMADAMENTE
30.000 VEZES
MAIOR!
KANNA!
•.........
GRR
-I(
EM QUE PARTE
DA GALÁXIA AINDA QUE se DIGA
ESTÁ O 9I9TMA QUE O NÚMERO DE
SOLAR? ESTRELAS EM NOSSA
GALÁXIA ESTEJA ENTRE zoo
E 400 BILHÕES, APENAS
CERCA DE 3.000 PODEM
SER VISTAS A OLHO NU.
TENHO QUE
HUM... BEM, COMO TOMAR UM
AR.
ESTAMOS A CERCA
DE 30.000 ANOS-LUZ
I20 CENTRO, ESTAMOS
BEM PERTO PA PARTE
MAIS EXTERNA.
106 CAPÍTULO Z
MESMO QUE A
CIÊNCIA TENHA FEITO
DESCOBERTAS INCRÍVEIS,
AINDA NÃO SABEMOS
MUITO, NÃO é MESMO?
HÁ MUITOS
MISTÉRIOS SOBRE
O UNIVERSO...
CONTINUAMOS A DESCOBRIR
NOVOS MISTÉRIOS PORQUE
NOSSAS TECNOLOGIAS
DE OBSERVAÇÃO SEGUEM
EVOLUINDO.
DE QUALQUER MODO,
QUANTO MAIS PESQUISAS
FAZEMOS, MAIS MISTÉRIOS
ENCONTRAMOS. ESSA é A
BELEZA DA ASTRONOMIA -
E TAMBÉM O QUE A TORNA
TÃO FASCINANTE.
Galáxias elípticas
Tipos de galáxias
O QUE HÁ NO CENTRO?
Nosso sistema solar é um agregado de corpos celestes gravitacionalmente regidos pela estrela
que chamamos de Sol. Mas, então, o que há no centro da galáxia, o ponto que reuniu toda
essa matéria? A resposta ainda não é conhecida definitivamente. A enorme massa da galáxia,
que é 300 bilhões e 3 trilhões de vezes a massa do Sol, não pode ser explicada apenas com
estrelas normais, por isso a galáxia deve conter algum tipo de corpo celeste extremamente
pesado, mas pequeno, em seu centro. Atualmente, a única solução plausível é um buraco
negro.
COMO 9
ASSIM?
EU ESTAVA
DESEJANDO QUE
QUANDO KAeLJYA-HIME
Fose PARA 0 ESPAÇO,
Putré5am05 VIAJAR
COM ELA ATÉ O CENTRO
DO UNIVERSO.
AGORA IMAGINO
QUE SERIA MAIS COMO
UM LUGAR ONDE
fgA 1-4
ENCONTRARÍAMOS
O DEMÔNIO.
PRESTA55E;MAIS. >:<
MAS peixe-me
REPETIR: O CENTRO
DA GALÁXIA NÃO
É O CENTRO DO
UNIVERSO!
ESPERE, ENTÃO HÁ
MAIS NO UNIVERSO
DO QUE NOSSA
GALÁXIA?
MUITOS GRUPOS DE
ESTRELAS ESTÃO
REUNIDOS EM
GALÁXIAS, AS QUAIS
FORMAM GRUPOS
DE GALÁXIAS, QUE,
POR SUA vez, ESTÃO
REUNIDOS em
AGLOMERADOS e
suPeRAGLOMeRAPOS
DE GALÁXIAS.
QUEM é O INIMIGO
FINAL? TRAGA-0
AQUI!
PAREM DE BRINCAR!
PRESTEM ATENÇÃO!
ENQUANTO 1550,
VOCÊ 56 QUER se
MOSTRAR!
Ne%e RITMO
PARECE QUE NUNCA VAMOS
CHOMP
CHOMP
EOZRINDO
ESTOU PENSANDO _ DOCEMENTE
NO ROTEIRO AGORA, SERÁ QUE voc€5
ESTÁ BEM? Porem FAZER MINHA NOSSA!
MENOS BARULHO? ELA SORRIU!
DÁ ME5MO!
DÁ MEDO QUANDO
YAMANE FICA BRAVA! QUANDO YAMANe
TEM BLOQUEIO
CRIATIVO, NINGUéM
ESTÁ A SALVO!
IRMÃOZINHO
QUERIDO?
HUM... aem, o
UNIVERSO é
ESTRUTURADO COMO
UM TIPO DE REDE. MA5 1550 é
PRATICAMENTE TUDO
QUE 5E1. -regemo
Que FALAR COM
MEU PROFE55OR
NOVAMENTE.
vocÊ
GLÓRIA? QUER DIZER
PROFE55OR
você 5ANIJKI?
RECEBEU UMA
MEN5A0eM?
é SANUKI e
NÃO TANUKli
QUE LEGAI.!
EU 50U ÓTIMA EM FUTEBOL!
MAS... ALOUéM
VAI TER Que
JÁ FUI CONHECIDA COMO
1NTerzrzomPeR
O RONALDINHO CAUCHO DA dimeemew
YAMANE1
ESCOLA KOUKI!
"`°~"
"fflonall 016
- Leeler~
AI!
DEU CABRA!
Via Láctea
Modelo falho da estrutura da Via Láctea tendo como base apenas aquilo que vemos da Terra
• Como a Terra e o sistema solar estão girando, talvez o Universo também esteja.
• Se a matéria se espalha ao girar, é provável que o Universo adquira a forma de um
disco.
Bojo
Espessura de aproximadamente
15.000 anos-luz
AJ
Na prática, como partes do céu ocultas por nuvens de poeira não puderam ser verificadas
a olho nu, o formato descoberto por Herschel foi um tanto esquisito. Ele acabou por estimar
que o tamanho da galáxia era pequeno — menos de 1/10 do tamanho da galáxia atual —, mas
concluiu que a galáxia tinha a forma de um disco. Seus resultados certamente contribuíram
significativamente para o desenvolvimento da cosmologia.
* Entretanto. não devemos nos esquecer de que Kant expandiu ideias já encontradas no livro An Original Theory or New
Hypothesis of the Universe (1750), de Thomas Wright Em seu trabalho, que precede a hipótese de Kant Wright propõe
que estamos imersos em uma "camada achatada de estrelas".
Ocular
Lente objetiva
Tipo de Galileu
»- Ocular
Lente objetiva
Tipo de Kepler
Entretanto, independentemente do tipo de telescópio, uma vez que uma lente muito grande
não poderia ser criada com a tecnologia da época, a resolução dos instrumentos era limitada.
A resolução, que é a capacidade do telescópio de distinguir dois pontos, é uma das caracterís-
ticas de desempenho mais importantes em um telescópio astronômico. A resolução pode ser
aumentada, ampliando-se a abertura do telescópio, ou seja, aumentando-se o diâmetro da
abertura de sua lente objetiva (aquela que recebe a luz incidente), permitindo que ela receba
mais luz. Entretanto, a menos que a lente seja criada com especificações extremamente pre-
cisas, é inútil ampliar a abertura de um telescópio. Isso ocorre porque lentes, especialmente
aquelas muito grossas, separam cores como um prisma. Na tentativa de evitar esse efeito,
astrônomos dos séculos XVII e XVIII desenvolveram telescópios extremamente longos, alguns
com até 60 metros, que demandavam estruturas enormes de sustentação.
Dessa forma, um espelho é uma boa alternativa em lugar de uma lente. Telescópios que
utilizam uni espelho para coletar a luz, em vez de uma grande lente objetiva, são conhecidos
como telescópios newtonianos. O primeiro telescópio newtoniano foi inventado em 1688, e
ainda que muitas melhorias tenham sido feitas a partir disso, seu conceito básico continua
sendo utilizado hoje em telescópios astronômicos (ópticos).
Telescópio newtoniano
rei-e9cóm09 FAM0505
A seguir, listamos alguns telescópios famosos que ajudaram cientistas em importantes desco-
bertas sobre o Universo.
Quando um espelho tem esse tamanho, geralmente acaba distorcido por seu próprio peso.
Entretanto, a tecnologia para correção dessa distorção foi aprimorada pela Mitsubishi Electric
Corporation, permitindo que este telescópio se tornasse totalmente funcional. O telescópio
Subaru continua a produzir resultados magníficos, como a descoberta de um aglomerado de
galáxias extremamente distante, a quase 12,88 bilhões de anos-luz da Terra.
Lua
Estrela
Paralaxe anual
MOSTRA PRA
eLes, KANNA!
}, FUGA
NUNCA O VI TÃO
EMPOLGADO
COM esPORTe5... POR QUE ESTOU
FILMANDO UMA PARTIDA )
NTR A eauipe PE FUTEBC
EE
130 CAPÍTULO 3
DA NO55A UNIVERSIDADE E
05 AMI005 DA KANNA?
GLÓRIA!
TUMP
14)
BOA CARAMBA!
JOGADA! DEMO5 UMA
GLÓRIA!!
CHANCE
PORQUE ELAS
55,0 GAROTAS.
Que FOI
1550?
O TIME VENCEDOR
APRENDE UMA LiçÃo
PROFE550Ri )
VOCÊ A5515TIU
ESTAMOS AO NO550
INDO PARA O
VESTIÁRIO! J000?
A5515T1 51M! E
PUDE COLETAR
ÓTIMOS DADOS
GRAÇAS A
VOCÊS DUAS.
r - ESTE DIAGRAMA
MOSTRA O
MOVIMENTO 1205
JOGADORES 'COMO você' ESTÁ com
NA PARTIDA DE A BOLA, OS JOGADORES
FUTEBOL. DO TIME ADVERSÁRIO
ESTÃO SE REUNINDO À
SUA VOLTA.
KANNA
MUITO BEM,
VAMOS
ACOMPANHAR A
MOVIMENTAÇÃO
DE GLÓRIA.
-40
VOCÊ AINDA
ESTÁ FALANDO
EM FUTEBOL!
VOCÊ CONTINUA
COM BLOQUEIO
CRIATIVO, Né?
ESTRELAS E
OUTROS CORPOS
CELESTIAIS NÃO
ESTÃO DISTRIBUÍDOS
UNIFORMEMENTE PELO
UNIVERSO.
TEMOS DE MUITOS
BILI-IbES A DEZENAS DE
BILHães DE ESTREIAS
CORPOS INTERaSTeLAR?S
REUNIDOS CRIANDO
GALÁXIAS.
„eMffrnfn"
: '
POR ACASO O
GALÁXIAS FORMATO DE UMA
DIFERENTES TAMBÉM GALÁXIA ESTÁ
TÊM FORMATOS RELACIONADO À
DIFERENTES, NÃO é? FORMA COMO ELA
NASCEU?
CADA UM Passes
AGLOMERADOS é
COMO UMA GALÁXIA,
Né?
GOMO Temos
MUITAS ESCOLAS E CLUBES
ESPORTIVOS EM NOSSA ReaÃo,
TEMOS MUITOS CAMPOS DE
FUTEBOL. ASSIM, AGLOMERADOS
PE JOGADORES ESTÃO se
AGRUPANDO EM
TOPA A NOSSA VIZINHANÇA.
DA MESMA FORMA,
MUITAS GALÁXIAS se
REÚNEM PARA CRIAR
GRUPOS, AGLOMERADOS
E SUPERAGLOMERADOS.
ISSO TAMBÉM
VALE PARA
OALÁXIAS, NÃO
é?
o
E5EE FATO &TÁ NASCIMENTO...
MUITO RELACIONADO
AO NASCIMENTO DO
UNiverzsoi
... 00
UNIVERSO!
PE UM JEITO OU
ve OUTRO, ste MEU UNIVERSO
TEM QUE TER C PARECE e9TAR
NA5Cl2O, Né? iN ENCOLHENDO...
COM
CERTEZA!
13q
)j
QUAL A ESTRUTURA em LARGA ESCALA DO COSMOS?
O filósofo Kant, assim corno muitos outros, afirmou que deveria haver uma estrutura hierár-
quica em maior escala no Universo, assim como os grupos hierárquicos do mundo em que
vivemos — ou seja, da mesma forma que casas formam vizinhanças, vizinhanças formam
cidades, muitas cidades formam estados, e estados, um país, assim também os corpos celes-
tes deveriam estar agrupados em padrões. No entanto, isso realmente ficou claro quando a
existência de galáxias fora de nossa própria galáxia foi verificada. Observações e pesquisas pos-
teriores também tornaram evidente que muitas galáxias se reúnem para criar um grupo, e que
estes, por sua vez, formam agregações em níveis ainda maiores de hierarquia cósmica.
515TEMA PLANETÁRIO
Um sistema planetário é um sistema como o nosso sistema solar, no qual planetas, asteroides,
satélites, cometas e outras matérias formam um sistema único orbitando ao redor de uma
estrela.
GALÁXIA
Uma galáxia é um corpo celeste formado pela atração gravitacional de muitas dezenas de
bilhões a até várias centenas de bilhões de estrelas e matéria interestelar (incluindo a matéria
escura). Uma vez que galáxias existem no espaço como ilhas no mar, elas costumavam ser
chamadas de Universos-ilhas. A galáxia da qual faz parte nosso sistema solar é chamada de
galáxia da Via Láctea.
A frase "Universo-ilha" caiu em desuso quando astrônomos perceberam que havia muitos
"Universos-ilhas" (ou seja, galáxias), além da Via Láctea.
1
Galáxias formam paredes galácticas
Ia
VOCÊ SABE
QUEM FOI el2WIN
HUE3I3LE?
É CLARO QUE
evwiN Hume ELE TAMBÉM
NASCEU NOS ESTUDAVA MUITO!
ESTADOS UNIDOS
EM 188q E Teve
UM HISTÓRICO UM Nane FORMOU-SE em
TANTO INCOMUM MATEMÁTICA e ASTRONOMIA NA
\
\\ \UNIVERSIDADE DE CHICAGO, ALÉM
COMO ALUNO. DE ESTUDAR JURISPRUDÊNCIA
e OBTER UM MESTRADO em
DIREITO NA UNIVERSIDADE ve
OXFORD.
0134-RVATÓRIO
MONTE WIL50N
--'
AGHI
'UFf O OBSERVATÓRIO MONTE WILSON (MOUNT WILSON
OBSERVATORY, OU MWO), LOCALIZADO NO CONDADO OS LOS
ANGELES, NA CALIFÓRNIA, ESTÁ SITUADO NO MONTE WILSON,
UMA ELEVAÇÃO 25 1.742 METROS. DIZ-SE QUE O MONTE
WILSON é UM 1705 PONTOS DE ATMOSFERA MAIS ESTÁVEL DA
AMÉRICA. O OBSERVATÓRIO FOI CONSTRUÍDO EM 1q02.
ORIGENS 120
UNIVERSO: GRANDE
DESCOBERTA DE HUBBLE
- PRIMEIRO ATO"
1923
OBSERVATÓRIO
MONTE WIL5ON
COLEGA HUBBÉE
800.000
ANOS-
LUZ?!
QUAL é es#e,
DISTÂNCIA?
NESSA ÉPOCA,
ACREDITAVA-Se Que
ANDRôMEDA ESTAVA
j7.----ENTÃO AINDA se
DENTRO De NOSSA
PENSAVA QUE
GALÁXIA. A VIA LÁCTEA
NA VERDADE, REPRESENTAVA
ACREDITAVA-SE QUE TOPO O UNIVERSO.
TOP05 05 CORPOS
oasegvÁveis
ESTAVAM DENTRO DE
NOSSA GALÁXIA.
(
* O "Grande Debate" foi um debate ocorrido em 1920 entre dois astrônomos norte-americanos, Heber Doust Curtis e
144 CAPÍTULO 3 Har(ow Shapley, a respeito da localização da Nebulosa de Andrômeda fora de nossa galáxia. Nessa época, pensava-se
que o diâmetro da galáxia da Via Láctea era de aproximadamente 150.000 anos-luz.
MESMO COM O AVANÇO DAS
PESQUISAS E DAS MUDANÇAS
EM NOSSA VISÃO 170 SISTEMA
SOLAR, DA GALÁXIA E DO
UNIVERSO, AINDA QUERÍAMOS
PENSAR QUE A TERRA ESTAVA
NO CENTRO DO UNIVERSO. DEVE 5ER PARTE DA
NATUREZA HUMANA,
ACREDITAR EM ALGO
COMO A TEORIA
GEOCÊNTRICA, QUE NOS
COLOCA NO CENTRO DO
UNIVERSO.
POR QUE
ANDRÔMEDA ERA
CHAMADA PE ATÉ CERCA DE 100 ANOS
ATRÁS, PENSAVA-SE QUE
NEBULOSA? ELA NÃO ANDRÔMEDA ERA UMA
é UMA GALÁXIA? A/13111.05A, UMA NUVEM
INTERE5TELAR DE MATÉRIA
NA QUAL 5e FORMAM
E5TRELA5.
é POR 1550
QUE ELA ERA
CHAMADA DE
NEBULOSA DE
ANDRÔMEDA.
O QUE
VOCÊ ESTÁ
INVESTIGANDO CACHIMBO PE BOLHINHAS
AGORA?
... FICA EVIDENTE QUE
O COMPRIMENTO
DE ONDA DE LUZ Se
DESLOCOU NA DIREÇÃO
DO VERMELHO.
DESCULPA...
o I
esee é
O eFITO COMO O 50M é UMA ONDA,
POP171-Egi wg.
QUANDO SUA FoN.TA...,..e..... o>04A,
O COMPRIMENTOIDANDk0i0
.•
MAIS
AFA ''''
;TORNA MAIS GRA\
AMARELO
VERDE
AZUL
QUANDO UMA FONTE DE LUZ 5?
APROXIMA, A LUZ QUE DELA Se
ORIGINA SE DESLOCA PARA O
AZUL, E QUANDO A FONTE DE LUZ
SE AFASTA, A LUZ SE DESLOCA
PARA O VERMELHO.
O DESLOCAMENTO PARA O
VERMELHO OCORRE PARA UM
OBJETO •211? ESTÁ se AFASTANDO.
rit
VOCÊ 1:7I55E QUE
05 ESPECTROS PAS
OUTRAS GALÁXIAS
ESTÃO DESLOCADOS
PARA O VERMELHO?
BEM, ISSO
SIGNIFICA QUE AS
eALÁXIA5 ESTÃO SE
AFASTANDO DE NÓS
MUITO RAPIDAMENTE'
TAMBÉM EXAMINEI
OS ESPECTROS DAS
GALÁXIAS E TENTEI
CALCULAR UMA
CORRELAÇÃO ENTRE
it
A DISTÂNCIA E O
DESLOCAMENTO.
AO FAZE-LO, DESCOBRI
QUE QUANTO MAIS DISTANTE
A GALÁXIA, MAIOR é O
DESLOCAMENTO DO
ESPECTRO PARA O VERMELHO.
... PORTANTO?
UNIVERSO ESTÁ se
EXPANDINDO mesmo
ENQUANTO FALAMOS!
REALMENTE!
11" O UNIVERSO AINDA ESTÁ se COMO
EXPANDINDO?!
A551M7I
Deixe-me
explicar-lhes isso
um pouco mais
detalhadamente.
5AL é COBRE É
AMARELO AZUL-ESVERDEADO
Sim e não. Uma vez que a maioria das estrelas é formada de substâncias
muito semelhantes*. podemos supor que devem emitir espectros igual-
mente semelhantes. Estrelas são compostas principalmente de hidrogênio
e hélio, além de pequenas quantidades de alguns elementos mais pesados.
Entretanto, estrelas distintas emitem espectros muito diferentes, e isso
ocorre porque apresentam variações de temperatura.
*A composição química das estrelas em termos da razão de sua massa é predominantemente hidrogênio:
hélio = 3:1., com um percentual muito pequeno de outros elementos mais pesados, geralmente menos de 2%. 151
Essa razão pouco difere de estrela para estrela.
Estrelas muito quentes emitem espectros com linhas proeminentes indicati-
vas da presença de hélio e elementos pesados ionizados (ou seja, átomos que
ganharam ou perderam um ou mais elétrons). Por outro lado, estrelas muito
frias emitem espectros sem linhas visíveis de hélio, mas com linhas indicando
átomos neutros e moléculas. De qualquer forma, se diferenças de tempe-
ratura provocam diferenças nos espectros, então estrelas semelhantes (ou
seja, aquelas com massa e temperatura semelhantes) deveriam praticamente
apresentar espectros idênticos. Porém, Slipher (ver página 146) descobriu que
um deslocamento para o vermelho ocorria nos comprimentos das ondas.
Bom, então Slipher, que forneceu os dados para Hubble, parece ser a pes-
soa que notou que o Universo estava se expandindo - e não Hubble, certo?
•
•-•
AeolzA, oasegve
E5PAÇOS A-E3 E A-C
ATENTAMENTE.
ISSO é MAIS
121FíCIL DO QUE
PARECE.
À MEDIDA QUE O
BALÃO FICA MAIOR, A
DISTANCIA ENTRE DOIS
PONTOS AUMENTA
CONTINUAMENTE.
ENTRETANTO, 0
INTERVALO A-C AUMENTA
DE TAMANHO MAIS
RÁPIDO DO QUE A-B.
O QUE
VOCÊ QUER
DIZER?
BEM... SE SUPORMOS
Que O UNIVERSO ESTÁ
CONTINUAMENTE se
EXPANDINDO COMO UMA
BEXIGA...
À
( ENTÃO, 5E VOCÊ
RETROCEDER NO TEMPO,
NÃO HAVERÁ UM MOMENTO
EM QUE ELE TAMBéM DEVE
TER SIDO PEQUENO —
COMO O BALÃO VAZIO?
HUM, JÁ
ENTÃO, ACHO QUE SEGUIMOS PARA
FOI Só SORTE DE A PRÓXIMA
PRINCIPIANTE. OU EXPLICAÇÃO...
SERÁ QUE Tive
UM LAPSO 2e
OSNIALIDADE?
AFINAL, A
eeNIALIDADe é
UM MI5TéR10...
O eixo VERTICA
REPRESENTA O AVANÇO
DO TEMPO, INDO DA
BASE AO TOPO, vesve O
NASCIMENTO 20 UNIVERSO
ATÉ O PRESENTE.
O EIXO HORIZONTAL.
INDICA 0 TAMANHO
CRESCENTE DO
UNIVERSO À MEDIDA QUE
ELE SE EXPANDE.
ESPAÇO
O PRIMEIRO KANJI* NA
LíNGUA JAPONESA PARA
UNIVERSO SIGNIFICA LI ISSO UMA VEZ
ESPAÇO E O SEGUNDO, EM UMA HISTÓRIA...
TEMPO...
N.T.: Os kanji são caracteres da língua japonesa utilizados na escrita, assim como os caracteres silabários katakana e hiragana.
kwffier.-030:k.-
HUM...
YAMANE...? NÃO
ADIANTA...
ELA só se INTERESSA
QUANDO CONSEGUE
RELACIONAR NO55A
DISCUSSÃO COM
ALGO Que ELA JÁ
CONHEÇA.
1550 PARECE
TOTALMENTE
ABSURDO -
HUf3BLE ERA CÉTICO QUANTO A
COMO O MODELO ESSA TEORIA - mesmo SENDO
GEOCÊNTRICO! ELE mesmo SEU AUTOR.
NÃO 'é?
)ridgfililt
QUAL O
PROBLEMA?
DÁ PARA ENTENDER
POR QUÊ! DIZER QUE O
INÍCIO DO UNIVERSO FOI
COMO A EXPLOSÃO DE
FAL•EI ALGUMA
UMA BOMBA PARECE UM BESTEIRA?
POUCO EXAGERADO, Né?
E-55A é A
TEORIA P0
BIG BANO!
,
5E O UNIVERSO ESTÁ 5E EXPANDINDO... 15q
QUER VOCÊ
GOSTE 01.1 NÃO,
VERDADE.
05 INSTINTOS
175 KANNA SÃO
IMPORTANTES ELA
GERALMENTE 5A135 A
1Z55P05TA CERTA!
NÃO GOSTO DE
RECEBER ELOGIOS O RELACIONAMENTO
DE VOCÊ! DE IRMÃOS NA
CULTURA JAPONESA é
COMPLICADO, NÃO É?
Não tinha
localização?
4
parte da bexiga cheia corresponde à bexiga que tínhamos antes de
enchê-la?". O mesmo vale para o Universo.
.)
Os experimentos de Hubble indicaram que o Universo inteiro teria 2 bilhões de anos de idade...
mas isso não faz sentido, uma vez que cientistas conseguiram estimar que a própria Terra tem 4,6 bilhões de anos!
APROXIMADAMENTE q BILHÕES
DE ANOS DEPOIS DO &G BANO
Formação do sistema solar e da Terra
PERÍODO INCERTO
Formação das galáxias, aglomerados de
galáxias, superaglomerados de galáxias
e da Grande Muralha. APROXIMADAMENTE 1 BILHÃO
DE ANOS DEPOIS DO ale BANI&
Formação da galáxia da Via Láctea.
0 BIG BANO
Nasce o espaço
DO BIG BANG A 10-43 SEGUNDOS vepas DELE
Essa é conhecida como a era de Planck, estado no qual o tempo não pode ser definido.
Alguns estudiosos acreditam que, nessa fase, tudo, incluindo a gravidade e o tempo,
estava em estado de fluxo.
Cronologia do Universo
Então, o tempo
também nasceu?
Isso faz sentido para mim. Nossa, não imaginei que estudar o Universo levan-
taria esse tipo de problema filosófico!
BEM, PRIMEIRO
Tivemos UMA
ENORME EXPLOSÃO
E O UNIVERSO ENTÃO, DEPOIS DI550, A
NASCEU, CERTO? MATÉRIA QUE EXPLODIU
VOOU PELOS ARES EM
PEQUENOS PEDAÇOS?
05 FÓTON5
MAIS PRECISAMENTE, O SÃO UMA DAS
NÃO, NÃO FOI ISSO QUE EXPLODIU FORAM PARTÍCULAS
QUE ACONTECEU. AS PARTÍCULAS DE LUZ, ELEMENTARES?
CHAMADAS DE FÓTONS.
COMO SÃO INDESTRUTÍVEIS,
NÃO FORAM QUEBRADAS EM
PEDAÇOS.
QUANDO O UNIVER50
REPENTINAMENTE 5E
EXPANDIU EM RAZÃO DA
INFLAÇÃO, APENAS LUZ
FOI GERADA, e NÃO
MATARIA.
GLÓRIA!
\„,iiitoxxit
FUUSHI
.1. Aksik m
iNi
•49
• ta
MOLÉCULA
ISSO é UM POUCO DIFÍCIL. DE EXPLICAR.
PARTÍCULAS ELEMENTARES SÃO AS
MENORES UNIDADES INDIVISÍVEIS ÁTOMO
QUE CONSTITUEM A MATÉRIA. ANTES,
CIENTISTAS PENSAVAM QUE os ÁTOMOS
ERAM PARTÍCULAS ELEMENTARES, MAS
ATUALMENTE, QUARK5 OU LÉPTONS PARTÍCULA ELEMENTAR
RECEBEM essA HONRA.
ee EXISTE A MATÉRIA,
TAMBÉM DEVE EXISTIR ALGO
CHAMADO ANTIMATÉRIA.
ESTAMOS FALANDO EM UNIDADES
DE PARTíCULA5 ELEMENTARES,
ENTÃO PARA TODO TIPO DE
QUARK, DeVEM05 TER UM
ANTIQUARK, DE MESMA MA55A,
MAS COM UMA PROPRIEDADE
(COMO CARGA ELÉTRICA)
COMPLETAMENTE OPOSTA.
eu 50U UM EU 501) UM
GUAPO ANTIQUARK!
NÃO é TÃO DiFiciL
De ENTENDER, NÃO é
"OPOSTO" TALVEZ MESMO?
SEJA MELHOR alie QUANDO UM QUARK é
FANTASMA... UMA Vez CRIADO A PARTIR De UM
Que QUANDO UM FÓTON, UM ANTIQUARK
QUARK e UM ANTIQUARK TAMBÉM É CRIADO.
COLIDEM, ELES 5Ã0 1550 É CHAMADO De
COMPLETAMENTE PRODUÇÃO DE PARES
ANIQUILADOS. A DESTRUIÇÃO De UM
PAR é CHAMADA De
ANIGUI440-0.
HUM... MAS se UM
QUARK e UM ANTIQUARK O -
SÃO eeRADOS COMO MESMO!
UM PAR, ELES NÃO
DEVERIAM DESAPARECER
IMEDIATAMENTE POR ESTE,
e5Te, MINHA CARA, É
ESTAREM JUNTOS? O MISTÉRIO!
ATÉ O
PROFESSOR
ESTÁ-ATUANDO...
ME 1
ve5cuLpenm
HÁ MUITAS COISAS
QUE EU NÃO
ENTENDO*!
MA5 COMPREENDO
EM TERMOS GERAIS A
HISTÓRIA DO UNIVERSO
- A PARTIR DA CRIAÇÃO
_E55A FANTASIA DAS PARTÍCULAS
FICOU PERFEITA
NELE! ELEMENTARES.
*A pesquisa dos três ganhadores do Nobel de Física de 2008, Dr. Yoichiro Nambu, Dr. Makoto Kobayashi e Dr. Toshihide Masukawa,
certamente pode fornecer pistas para resolvermos esse quebra-cabeça. Se você estiver interessado, não deixe de conferi-Ia! 171
Aproximadamente três minutos depois do Big Bang, o espaço começou a
se expandir exponencialmente, mas com uma velocidade decrescente, e a
temperatura caiu para aproximadamente 900 milhões de graus Kelvin.
•
Bem, se pensarmos que antes a temperatura era de
150 bilhões de graus, essa é uma queda enorme!
•
Quer dizer um experimento que faremos em nossas
cabeças, utilizando apenas nossa imaginação?
Não, não. Também devemos considerar esse aspecto. Penso que quando
a matéria começou a se formar, quando o Universo era jovem, a força
gravitacional no espaço provavelmente não era a mesma em todos os
locais — certamente existiam variações. Assim, mais matéria pode ter se
acumulado em locais nos quais a gravidade era maior. Se esse fenômeno
ocorreu, não podemos esperar uma distribuição homogênea.
///
Ainda existem muitos mistérios, não é mesmo?
fO l
E eu AINDA NÃO
coNsieo PENSAR
EM NADA PARA A
PEÇA.
ELES PROVAVELMENTE
Nem se LEMBRAM DE
QUE NO550 CLUBE
SERÁ FECHADO SE NÃO QUÁ QUÁ
TIVERMOS UMA PEÇA
PARA APRESENTAR NO QUÁ QUÁ
FESTIVAL.
GOMO SABEMOS
QUE O UNIVERSO
ESTÁ SE
EXPANDINDO...
GOMO é O LIMITE
DO UNIVERSO? HUM... BEM, NA PRÁTICA, O
ESTADO REAL DO
UNIVERSO é Bem
DIFERENTE DE NOSSA
CONCEPÇÃO HABITUAL
DO ESPAÇO.
e95e é O FIM
DO UNIVERSO, NA
VERDADE...
ESPERE UM POUCO...
O QU€?►?i
L
//
SIM, SIM, é
CLARO!
PRECISAMOS COMEÇAR
A PRATICAR NOSSAS
FALAS.
VAMOS NOS PREPARAR
PARA O FESTIVAL. DE ARTES!
AGORA?/
exi5Tem ALIENiGENA5?
No capítulo 4, falaremos mais sobre os limites do Universo. Mas, primeiro, vamos pensar em
outra dúvida comum que costumamos ter: será que existem seres alienígenas?
Primeiro falaremos da conclusão. A maioria
dos cientistas que estuda o Universo acredita que
existem outros seres sencientes, como os seres
humanos, em algum lugar. Essa conclusão tem por
base o Princípio Cosmológico.
O Princípio Cosmológico é a hipótese de que o
Universo, em larga escala, é homogêneo (mesmo
tipo) e isotrópico (mesma forma e direção). Isso
significa que se você pegar um grande pedaço do
Universo e compará-lo a outro pedaço de mesmo
tamanho, eles não deverão apresentar muitas
diferenças. Isso não implica semelhanças de apa-
rência — ainda que ambas as amostras devam
apresentar algumas áreas com muitos aglome-
rados de galáxias, outras com apenas algumas
galáxias e mesmo áreas sem nenhuma galáxia. Na
verdade, isso significa que as mesmas leis físicas
devem ser aplicáveis a todos os pontos e ter o
mesmo comportamento, ainda que em locais diferentes. Em outras palavras, F = ma deve valer
para todo o Universo.
Como nós humanos, a princípio, tínhamos a impressão de que a Terra era um lugar único
no Universo, acreditava-se na teoria geocêntrica. Entretanto, à medida que os resultados das
observações do Universo começaram a ser explicados de forma mais lógica, desenvolvemos
uma teoria centrada no Sol e depois um modelo heliocêntrico.
Seguindo esse padrão, a teoria de que a vida foi criada apenas no planeta Terra começou a
ser questionada, De acordo com o Princípio Cosmológico, a Terra não pode ser, de modo algum,
um lugar especial. Assim, devem existir outros planetas no Universo com ambientes semelhan-
tes ao nosso, nos quais a vida pode ter se originado e começado a evoluir. Assim, de acordo
com esse argumento, alienígenas têm de existir!
Para utilizar essa equação, temos de decidir os valores de seus vários parâmetros (vari-
áveis). Entretanto, essa é uma tarefa muito difícil, uma vez que muitos desses fatores são
desconhecidos. Assim, se utilizarmos os números que Drake empregou em 1961, N será
consideravelmente maior que 1. Em outras palavras, ele concluiu que deveriam existir muitas
civilizações extraterrestres altamente avançadas na galáxia (possuidoras ao menos de tecnolo-
gias de comunicação).
Mesmo que essa equação possa parecer um truque mágico, muitos estudiosos, incluindo
Carl Sagan (1934-1996). aprovaram a ideia de Drake e aceitaram a intrigante probabilidade
de que extraterrestres possam se comunicar com o nosso planeta (entretanto, os vários valores
de N obtidos pelo cálculo variam de 10 a 1.000.000). Apesar dessas falhas e das variações que
podem ser geradas quando utilizamos parâmetros iniciais diferentes, os alienígenas podem
estar mais próximos do que imaginamos.
qual jorra água aquecida geotermicamente. Uma vez que a área ao redor ee Ea
me me
dessas fontes muitas vezes está repleta de substâncias venenosas, como o em me
me
a •a e mi •
sulfeto de hidrogênio, acreditava-se que nesses locais não encontraríamos e e E a
E E
a
criaturas vivas. Entretanto, vermes tubulares encontrados nesses locais têm E E EME
ME
uma relação simbiótica com bactérias quimiossintéticas que vivem em seus
corpos — as bactérias utilizam sulfeto de hidrogênio como fonte de energia A Mensagem de Arecibo foi uma
e produzem matéria orgânica que os vermes tubulares podem utilizar como tentativa de se transmitir infor-
mações de nossa civilização para
nutrição. Dessa forma, essas criaturas foram capazes de se desenvolver alienígenas. Enviada em 1973
mesmo nas profundezas do oceano. Além de vermes tubulares, muitas para o aglomerado Messier 13 (ou
criaturas, como peixes e crustáceos que vivem próximos de fontes hidroter- Grande Aglomerado Globular de
Hércules) e escrita pela próprio Dr.
mais, compõem ecossistemas independentes. Tais ecossistemas foram uma Drake, a mensagem incluía infor-
importantíssima descoberta. mações sobre elementos químicos
O estudo desses tipos de criaturas que habitam ambientes extremos e DNA. assim como as figuras de
um ser humano, de nosso sistema
continua a ser feito, e muitos estudiosos afirmam que pelo menos alguma
solar e do radiotelescópio de
forma de criatura viva exista em praticamente todos os lugares da Terra, Arecibo.
do topo das mais altas montanhas à profundeza dos oceanos e mesmo nos
subterrâneos. Diz-se até mesmo que 3,5 bilhões de anos atrás existiam
micróbios capazes de se alimentar de lava.
O fato de criaturas vivas poderem sobreviver em ambientes tão extremos
é certamente uma boa notícia para aqueles que acreditam na existência de
vida extraterrestre. Por exemplo, a superfície de Europa (uma das luas de
Júpiter) é coberta de gelo, mas como já foi possível verificar a ocorrência de
atividade vulcânica nesse satélite, há uma boa probabilidade de que existam
oceanos com fontes hidrotermais sob essa camada de gelo. Se isso for ver-
dade, é possível até mesmo haver criaturas vivas, como vermes tubulares,
nesses locais.
Vermes tubulares
Ganimedes
Contração de gás
interestelar
Estrelas IEstrelas do
pequenas tipo do Sol Estrelas
gigantes
G
1)
Contração lExpansão Expansão
1 'i
Anã Q Anã 0
branca 1 vermelha
Contração
Anã Anã
negra marrom
o
Anã
branca
Classificação de estrelas
Mesmo que estrelas como o Sol brilhem liberando energia em razão da reação de fusão
nuclear, o tipo de reação que ocorre é determinado pela massa da estrela (ou seja, por sua
Fonte de luz
Fonte de luz
Fonte de luz
Essas relações podem ser vistas lado a lado no diagrama Hertzsprung-Russell (diagrama
H-R). Esse diagrama, proposto de forma independente pelo astrônomo dinamarquês Ejnar
Hertzsprung e pelo astrônomo norte-americano Henry Norris Russell, é um diagrama de dis-
tribuição que utiliza o tipo espectral (cor = temperatura de superfície) de uma estrela como eixo
horizontal e a magnitude absoluta dela como eixo vertical.
NOTA A magnitude absoluta de uma estrela corresponde à sua magnitude aparente caso
ela estivesse a 10 parsecs de distância de nós.
f'
estrela não representará corretamente
sua magnitude absoluta e sua distância, 14
Anãs
e poderão ocorrer erros significativos. brancas
16
Justamente por isso, astrônomos utili-
zam certas medições e modelos em suas 18
Se considerarmos que corpos celestes mais distantes se afastam da Terra a uma taxa mais
elevada do que corpos mais próximos, então o deslocamento para o vermelho provocado pela
expansão cósmica aumenta proporcionalmente à elevação da distância. Assim, observando o
deslocamento no comprimento de onda das linhas espectrais de uma galáxia, a velocidade da
galáxia (e distância até a Terra) pode ser conhecida.
N.T.: Edward Charles Pickering (diretor do Observatório de Harvard de 1877 a 1919), frustrado com seus assistentes
homens, decidiu contratar mulheres como funcionárias especializadas para processar dados astronômicos. Essa equipe
ficou respeitosamente conhecida como os "Computadores de Harvard" (fonte: Wikipédia).
"`"•.:
.0.1111,
APENAS UM HOMEM
QUE SAIBA OS
SEGREDOS DO
UNIVERSO PODERÁ
se CASAR COM A
PRINCESA!
GOMO ELA
É LINDAI -
UAU! ' e A GLÓRIA!
EU 50U
KAGUYA-Hlme.
GOMO VÃO voc'ès?
KAGUYA-Hlme
NASCEU EM
UM BOSQUE
DE BAMBUS E
TORNOU-SE
UMA MULHER
EXTREMAMENTE
SELA.
SERÁ QUE
NINGUÉM é CAPAZ
PE RESPONDER
À PERGUNTA DA
PRINCESA?!
MEDO PO
PAI-CO
15HIZUKA-SEN5E1 NÃO
SOBE em UM PALCO HÁ
MUITO TEMPO.
VOCÊ SUBIR em
UMA e5PAÇONAVe e
VIAJAR ATE 05 LIMITES
DO UNIVER50, O QUE
ENCONTRARÁ?
1q4 CAPÍTULO 4
O LIMITE DO
UNIVER50?1
EM OUTRAS PALAVRAS, A
PRINCESA QUER SABER,
"COMO é O LIMITE DO
UNIVERSO?" BEM, 5E
PUvés9emo9
3 VIAJAR ATÉ
É UMA
NTË . . Ê:(31 LIMITE
Nivegs.0,.:TAmBém URGH! SEU BURRO!
1 .çI0120 Quem VOCÊ PENSA
NÍVËfZ Que É, IKKYU-SAN?!
A PRINCESA QUER UM
HOMEM 5;6010, NÃO UM
BOBO DA CORTE!
5e:NA0P
CRUZÁF:::fr.etA .O.OA
17A PONT& CRUZÁREI
PELO Me! **••••••
Nota da tradução original: Ikkyu foi um sacerdote zen com grande talento para
trocadilhos. A palavra em japonês para ''ponte” ("hashil também pode significar ''borda". PARA ONDE ESTÁ INDO O UNIVERSO? 195
1550 NÃO é UM A UM, TODO5 05
HORA Pe PIAPA51 HOMENS TENTARAM, MA5
NENHUM CONSEGUIU
SAIA 170 Re9p0N2eg À QUESTÃO
FEITA POR ICAOUYA-HIME.
KANNA E seus
AMIGOS TERÃO QUE
IMPROVISAR ATé QUE
ELES cHeeuem...
SERÁ QUE
NINOUéM SABE A
RESPOSTA?!
\ LICENÇA...
O UNIVERSO
TEM LIMITE?
********** ***
•• 1110
_
EM OUTRAS PALAVRAS,
O QUE OCORRE
NOS PONTOS MAIS
DISTANTES DO ESPAÇO,
AQUELES QUE ESTÃO
SE EXPANDINDO?
A EXPANSÃO DO UNIVERSO é
UM FENÔMENO como NENHUM
OUTRO. NÃO HÁ "LIMITE" OU
"BORDA" NO SENTIDO EM QUE
VESTÃO PENSANDO.
O UNIVERSO NÃO
É COMO UMA
MASSA DE PÃO
Que poremos
AMASSAR COM
UM ROLO.
SIM, é mesmo.
ENTRETANTO, VERIFICAR
esse FATO COM
A5 FERRAMENTAS
CIENTÍFICAS ATUAIS é...
ISSO é MUITO
DIFÍCIL PC
IMAGINAR.
IMPOSSÍVEL.
SINTO MUITO.
EU 00 PA550
DE UM MERO
AJUDANTE...
VOCÊ é MUITO
BEM INFORMADO,
CAMPONÊS DE OLHAR
ESTRANHO!
ESTRANHO ..
NESSA VIAM,
PODEMOS PROCURAR
meu PLANETA NATAL?
( ,77
QUANDO CAÍ NA
TERRA, BATI A
CABEÇA, e MINHA
MEMÓRIA ESTÁ UM
POUCO CONFUSA...
202 CAPÍTULO 4
O PLANETA MAIS PRÓXIMO PARECIDO COM A TERRA
FALANDO NI550,
KAeUYA-Hlme
404NN
APRTM OS GINTO51
NÃO 50U eu
QUEM QUER
SABER A
RE5P05TA...
SÃO PE550A5
COMO VOCÊ QUE
QUEREM SABER,
00 é?
ACALMErSE1 J
UM LUGAR COM TRÊS
56IS SERIA TERRÍVEL!
TEMOS Que CONTINUAR
NÃO TERÍAMOS COMO N05 PROCURANDO!
PROTEGER DOS RAIOS
ULTRAVIOLETA!!!
ASSIM
NÃO
DÁ!
8A-VIJUIJIJUUM:
MAS QUE
ESTRANHO...
e VIAJARMOS ATé O
LIMITE DO uNiveg9o...
... ACABAREMOS
RETORNANDO AO
PONTO DE ONDE
PARTIMOS!
.......... : ........
A K,46/./YA-60, CUJO
DESTINO ERA O LIMITE VAMOS
DO umveRso, POR PERGUNTAR
ALGUM MOTIVO ACABOU AO CAMPONÊS
RETORNANDO À TERRA, POR Que isc?
LOCAL re ONDE HAVIA N OCORREU.
PARTIDO.
Se o foguete bidimensional tentar viajar ao limite do balão, retornará ao seu ponto de origem.
Da mesma forma, o espaço tridimensional em que vivemos poderia ser curvo em quatro
dimensões.
Como este foguete quadrimensional hipotético simplesmente passa para além do limite de
nosso Universo tridimensional, de seu ponto de vista (ou seja, se olharmos nosso Universo
tridimensional a partir de quatro dimensões), o "limite", ou a "borda", de nosso Universo está
em todos os lugares. Foi isso que quis dizer antes, quando disse: "O limite do Universo está
bem aqui".
KAGUYA-HIME NÃO
RETORNOU AO SEU
PLANETA NATAL, MAS
CONTINUOU A VIVER FELIZ
NA TERRA, TENDO MUITAS
CONVERSAS SOBRE O
UNIVERSO COM O
SÁBIO ALDEÃO.
nn
Li
I
VOCÊ TRABALHOU
MUITO BEM,
'P'iráki 20:m41i
///CLLU/1///
PROFESSOR!!!
O PAPEL
PRINCIPAL,
Ê CLARO!
VOCÊ JÁ ATUOU
ANTES?
9
NO9W UNIVER50 EM
CONSTANTE eXPAN9ÃO
1//
ESTOU TÃO FELIZ
POR NÃO FECHAREM
O CLUBE DE TEATRO!
LONGE 121550...
NA VERDADE, AGORA
TEM05 MUITAS
PE550A5 QUE QUEREM
FAZER PARTE
4
O QUE ESTÃO
AH... FAZENDO NO
Aí ESTÃO PRÉDIO PRINCIPAL BEM,
voCès! DO TEMPLO? VOCÊS TEM UM
VISITANTE.
Quem...?
TROUXE UM
SOLO.
éO
PROFESSOR!
O GRANDE
ALGUNS DE MEUS
ESPETÁCULO VOCÊ QUER COLEGAS VIAM
ENCENAR A PEÇA VER NO5SA PEÇA e
NA UNIVERSIDADE?! GOSTARAM MUITO DELA.
11&I N?!
AGORA auegem
P UMA ENCENAÇÃO NA
UNIVERSIDADE. NOS DIAS
cie Fiais, é MUITO DIFÍCIL
FAZER COM QUE OS
ALUNOS SE INTERESSEM
POR CItSCIA!
O "CONTO DO UM NOVO
CORTADOR TEMPO E
PE BAMBU" PARECE QUE ESPAÇO?
ORIGINAL? KAGUYA-HIME
FOI ENVIADA À
TERRA DEPOIS
DE COMETER UM
CRIME NA LUA...
5E VOCÊ O LER
NOVAMENTE, PODERÁ ISSO a...
FAZER NOVAS
DE5COBERTA5... ... E 5UA MEMÓRIA FOI
APAGADA PARA QUE ELA
SE e5QUECE55e DE 5UA
Lu VIDA PREORESSA ATE. QUE
FOSSE MAIS VELHA.
O
O
EM RESUMO, DIZEM
QUE A55IM QUE ELA
EMERGIU 20 CAULE
O DE BAMBU, UM NOVO
TEMPO E ESPAÇO
O NASCERAM COM ELA.
ESSA é CONHECIDA
NA VERDADE, HÁ UMA HIPÓTESE DE
COMO A TEORIA DO
QUE EXISTEM MUITOS UNIVERSOS E- MaTIVER5-0.
QUE O NO550 é APENAS UM DELES;;
HA, VOCÊ
QUER SER A ACHO QUE CONSIGO
ESCREVER AI-00 PROFESSOR, VOCÊ
PRINCESA? BEM INTERESSANTE PODE ME ENSINAR
BASEADO NISSO! MAIS DETALHES
SOBRE O UNIVERSO?
ATÉ
QUE
ELE
FICARIA
13e/t4„,
MAS é CLARO!
DESTA VEZ, EU INCLUIREI A
TEORIA DA RELATIVIDADE,
E MUITO MAIS...
O MULTIVER50 GONTáM VÁR105 UNIVeR505
A teoria do multiverso trabalha com a hipótese de que existem vários Universos além do nosso.
Algumas pessoas afirmam que o hiperespaço é um receptáculo para o Universo (ou seja, ele
mesmo um espaço) e acreditam que muitos Universos flutuam no hiperespaço. Há muitas teo-
rias diferentes sobre como se formaram esses chamados Universos paralelos e qual a relação
que eles têm com nosso próprio Universo. Como disse o professor, não há provas científicas
para nenhuma teoria do multiverso, por isso o tipo do relacionamento entre Universos dife-
rentes é desconhecido. Mas muitos cientistas consideram que o multiverso possa formar uma
estrutura maior do que o Universo observável.
O princípio cosmológico defende que se olharmos de uma distância suficiente, as proprieda-
des do Universo terão de ser as mesmas para todos os observadores. Isso significa que não há
um lugar especial no Universo, que o Universo deve ter a mesma aparência geral quando visto
de qualquer ponto e que as mesmas leis da física se aplicam em qualquer lugar. Se estender-
mos nossa interpretação desse princípio, parecerá lógico supor que possam existir incontáveis
outros Universos: nessa linha, a ideia de que nosso Universo é único seria, portanto, ilógica. Em
outras palavras, se houvesse um princípio supercosmológico, a noção do multiverso não seria
de todo absurda. Mas filosoficamente, não é uni pouco estranho acreditar que outros Universos
devam existir? Evidentemente, essa conjectura tem alguns críticos.
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1 2 3 4 5 x 3
Figura 5.1 - Um plano simples, que se expande em todas as Figura 5.2 - Um plano bidimensional (2D) visto de
direções — imagine que este modelo não tem bordas. uma perspectiva tridimensional (3D).
Figura 5.3 - Um cilindro resulta de Figura 5.4 - Uma esfera resulta de uma
uma curvatura positiva na direção x. curvatura positiva nas direções x e y
CURVATURA NeGATIVA
Entretanto, como dissemos antes, podemos ter três tipos de curvatura: zero, positiva e nega-
tiva. 0 que significa dizermos que o valor que representa a curvatura (ou seja, o grau no qual
uma linha ou face se dobra) é negativo? Primeiramente, lembre-se dos três diagramas de
modelos do Universo em duas dimensões que o professor Sanuki nos mostrou, na página
210. Foram eles: uma superfície esférica (curvatura positiva), um plano (curvatura zero) e uma
forma que parecia uma sela de montaria (curvatura negativa).
Da mesma forma que nosso plano bidimensional (de curvatura zero) não era exatamente
um retângulo com bordas definidas, podemos dizer que o Universo com curvatura negativa é
"parecido" com urna sela de cavalo, pois não tem borda definida, mas continua a se expandir
tanto vertical quanto horizontalmente.
Vamos desenhar triângulos nesses três modelos para mostrar os efeitos que os tipos distin-
tos de espaço curvo têm na geometria. No "plano" do modelo 2, a soma dos ângulos internos
do triângulo é 180°, como na geometria básica normal.
Mas o que ocorre quanto temos a esfera do modelo 1? Nela, a soma dos ângulos interiores
do triângulo é maior do que 180°. No modelo 3, em forma de sela, esse valor é menor que
180°.
A sorna dos ângulos internos A sorna dos ângulos internos A soma dos ângulos internos
é maior que 180°. é igual a 180°. é menor que 180°.
Considere um triângulo em que o vértice superior está no Polo Norte da Terra e cuja base
esteja no equador (como o triângulo do modelo 1, na figura 5.5). Nesse caso, os ângulos cria-
dos pela base (equador) e os lados que conectam o vértice à base (ou seja, os meridianos) são
ângulos retos (90°). Portanto, a soma dos dois ângulos criados pela base é 180°, e quando
somamos o ângulo interior do vértice, a soma dos ângulos ultrapassará 180°. Mesmo intuitiva-
mente, você pode notar que o oposto também é verdadeiro para um triângulo desenhado em
um plano com curvatura negativa, como o do modelo 3.
4, Galáxias
-(-
1
Expansão Expansão
Figura 5.6 - Os modelos de Friedmann do Universo — as formas em 5 de cada modelo representam as galáxias.
1. Curvatura é negativa
(Universo aberto)
Fator de esca la
2. Curvatura é zero
(Universo plano)
3. Curvatura é positiva
(Universo fechado)
Presente
Tempo
Figura 5.7 - Friedmann previu as alterações com o passar do tempo para os três modelos do Universo.
mostra a figura 5.7, um Universo fechado eventualmente sofrerá um colapso sobre si mesmo.
Um Universo com curvatura negativa é chamado de Universo aberto, enquanto um Universo
com curvatura zero é chamado de Universo plano. A figura 5.7 também demonstra a previsão
de Friedmann de que ainda que a velocidade de expansão de um Universo com curvatura zero
ou negativa diminua com o passar do tempo, ela continuará infinitamente.
Em resumo, há três formas nas quais o espaço pode se curvar: positiva, não em todos (cur-
vatura zero), ou negativamente. Esses três tipos de curvatura nos dão três tipos de Universo:
fechado, plano ou aberto. Por enquanto, isso é tudo que você deve recordar.
Você aprendeu que Hubble deduziu que o Universo está se expandindo depois de descobrir
o deslocamento para o vermelho dos corpos celestes, confirmando a teoria da expansão de
Friedmann apenas depois de sua morte. A pessoa que criou a motivação para a teoria de Frie-
dmann foi Albert Einstein (1879-1955). Mas Einstein acreditava que o Universo era estático e
imutável, e não que estava se expandindo. Como resultado, ele cometeu um grande erro.
A teoria geral da relatividade, publicada por Einstein em 1915, declarava que a atração gra-
vitacional é um fenômeno físico provocado pela distorção do espaço circundante produzida pelo
fato de a matéria ter massa. Assim, de acordo com a teoria de Einstein, a gravidade é conside-
rada um efeito do próprio espaço, e não o resultado da atração mútua da matéria postulada
pela física newtoniana.
Da perspectiva newtoniana, objetos com massa atraem uns aos outros mutuamente (Figura
5.8). Da perspectiva de Einstein, objetos com massa provocam deformações no espaço (repre-
sentadas pelo plano na figura 5.9).
Matéria Matéria
Entretanto, mesmo esse modo de pensar a gravidade não foi capaz de explicar por que o
Universo tem sua forma atual, já que se toda a gravidade fosse causada pela matéria, então o
Universo deveria estar se contraindo com o passar do tempo (mesmo que de início ele tivesse
sido estático).
Newton, ao contrário, presumiu que o Universo se estendia infinitamente e que não estava
se contraindo, já que muitos corpos celestes exerciam atração uns sobre os outros de pontos
consideravelmente distantes. Muitas pessoas duvidaram do fato de que o Universo poderia ser
mantido em um equilíbrio tão delicado. Cálculos simples mostraram que esse "equilíbrio" não
era tão estável e que se existisse um local em que a matéria (nesse caso, as estrelas) fosse um
pouco mais concentrada do que ao seu redor, toda a matéria acabaria se reunindo na direção
desse ponto, provocando colisões cada vez maiores.
Assim, Einstein presumiu que além de uma atração mútua entre a matéria, havia também
uma força repulsiva que provocava uma repulsão mútua (Figura 5.10). Ele também supôs que
o espaço era estático, pois a força atrativa da gravidade e a força repulsiva deveriam se equili-
brar. Essa foi sua conclusão perto de 1915.
Mas, então, cosmólogos começaram a perceber que o Universo estático de Einstein, assim
como o Universo considerado por Newton, teria que sustentar um equilíbrio incrivelmente ins-
tável. O Universo se tornaria dinâmico, ainda que ocorresse apenas uma pequena concentração
de densidade de matéria em algum ponto, e rapidamente passaria a se contrair ou expandir.
Isso nos conduziu à cosmologia que veremos a seguir.
A teoria da relatividade geral de Einstein diz que a massa é capaz de curvar o espaço ao seu
redor. Portanto, uma grande massa pode fazer com que a luz que viaja próxima dela altere seu
curso, efetivamente "dobrando" a luz. Astrônomos provaram esse fato em 1919, quando, ao
observarem estrelas próximas do Sol durante um eclipse solar total, perceberam que elas esta-
vam "fora de posição", uma vez que a luz estava sendo dobrada pela gravidade do Sol. Einstein
afirmou que a dobra da luz sobre um objeto astronômico poderia ser tão intensa que o obser-
vador chegaria a ver imagens múltiplas da mesma fonte de luz. Essas "lentes gravitacionais"
seriam capazes de dobrar a luz, da mesma forma que uma lente de vidro. Assim, fótons de luz
que, originalmente, não tinham como destino a Terra seriam redirecionados até nós, provocando
imagens múltiplas do objeto que os produziu. O astrônomo Fritz Zwicky teorizou que isso poderia
acontecer com aglomerados de galáxias, ideia confirmada em 1979, depois de sua morte.
Utilizando lentes gravitacionais, é possível calcular a massa de um aglomerado de galáxias e
a forma como essa massa está distribuída, uma vez que esses dados determinam a curvatura
da luz e a imagem que recebemos. Depois de realizar esse cálculo, astrônomos ficaram sur-
presos em descobrir que havia muito mais massa criando campos gravitacionais do que apenas
a massa dos gases e poeira que vemos nas galáxias. Além disso, a maioria dessa massa extra
não se encontrava no mesmo local das galáxias; em vez disso, ela estava entre as galáxias,
onde nenhum corpo celeste era aparente. Essa matéria misteriosa, que não emite nem absorve
luz, é invisível para nós e foi, por isso, chamada de matéria escura.
Essa descoberta solucionou outro problema dos astrônomos no final da década de 1960, sur-
gido da observação da velocidade com que as estrelas orbitavam ao redor do centro das galáxias
espirais. Modelos físicos normais utilizando a massa da matéria visível em uma galáxia previam
que as estrelas mais distantes de seu centro deveriam orbitá-lo com velocidades menores do
que aquelas mais próximas. Entretanto, cálculos mostraram que, na verdade, todas as estrelas se
moviam a uma taxa praticamente uniforme ao redor da galáxia, independentemente da distância
em que se encontravam do centro da galáxia de que faziam parte. Isso implicava que deveria
haver mais dessa matéria invisível próxima dos limites externos das galáxias.
Alguns físicos de partículas acreditam que a matéria escura é um tipo de partícula que não é
formada das mesmas partículas subatômicas que compõem a matéria "normal". Chamamos essa
matéria normal de bariônica, a qual é formada pelos mesmos prótons e nêutrons presentes em
nossos corpos, na Terra, no Sol e nas estrelas. Cálculos mostram que a matéria de todos os tipos
constitui 28% do Universo, mas quando os astrônomos adicionaram a massa combinada de toda
a matéria bariônica, descobriram que ela representa apenas 4,6% do Universo. Isso significa que a
matéria escura é responsável pelos outros 23%. Teoriza-se que a matéria escura é uma partícula
não bariônica chamada WIMP, ou Weakly Interacting Massive Particle (particula de massa com
fraca interação). Tentativas estão sendo feitas por cientistas para detectar WIMPs e compreender
a verdadeira natureza dessa partícula. Até que isso seja possível, a matéria escura permanece um
dos maiores e mais importantes mistérios da astronomia.
Einstein ficou constrangido por não poder refutar a teoria da expansão cósmica, mas removeu
a constante cosmológica de suas equações de campo gravitacional.
Até 1990, o modelo-padrão que tínhamos do Universo determinava que ele havia sido
criado em um Big Bang e depois se expandido rapidamente. Pensava-se que o Universo con-
tinuaria a se expandir até que a gravidade diminuísse a velocidade da expansão e chegasse
finalmente a revertê-la, encolhendo o Universo até que ele entrasse em colapso como um
Então, o que faz com que o Universo se expanda cada vez mais rápido? Pode ser que a
ideia de Einstein da constante cosmológica esteja correta, o que significaria que alguma força
repulsiva constante estaria acelerando a expansão do Universo. Uma explicação para isso seria
a de que o próprio vácuo do espaço vazio tem algum tipo de energia que impulsiona essa ace-
leração. Astrônomos chamam essa energia desconhecida de energia escura. Essa energia pode
muito bem ser a constante cosmológica (denotada aqui com a letra grega lambda, A).
Analisando supernovas distantes, astrônomos foram capazes de observar o passado e des-
cobrir que o Universo está se comportando como nos modelos da figura 5.7. Em cada modelo,
a gravidade exercida pelas galáxias diminui a velocidade de expansão do Universo no início de
sua vida. Isso ocorre porque as galáxias estão próximas umas das outras, o que faz com que a
força gravitacional que exercem umas sobre as outras seja muito forte. Isso dificulta que elas se
afastem umas das outras, dessa forma desacelerando a expansão do Universo, Nesse estágio, a
força gravitacional entre as galáxias é tão forte que mesmo com a energia escura já existindo, e
tentando afastar as galáxias, ela não era capaz de superar a força da gravidade. Mas, ao final, as
galáxias se afastaram, e sua atração gravitacional diminuiu ao ponto em que o efeito da energia
escura passou a exceder aquele da força gravitacional. Nesse ponto, a energia escura começou a
afastar as galáxias cada vez mais, expandindo o Universo a uma taxa acelerada.
Q = Qm + QA
Uma vez mais, lembre-se de que Qm é a razão da densidade média de toda a matéria
(incluindo a matéria bariOnica, que forma estrelas e galáxias, mas também a matéria não
bariOnica, como a matéria escura) e da densidade crítica necessária para interromper a expan-
são do Universo de Friedmann. QA é a razão da densidade média da energia em relação à
densidade crítica. Q, contém a constante cosmolOgica A, representando a energia escura que
provoca a aceleração da expansão do Universo.
Qm e QA somados resultam em Q, que corresponde à constante de densidade do Uni-
verso. Essa é a verdadeira constante que determina a curvatura do espaço. Na figura 5.11
temos, do modelo a ao modelo d, representações dos efeitos de diferentes valores de Qm,
entretanto uma vez que esses modelos não incluem o efeito da energia escura, SIA se torna
zero e Qm é igual a Q. Porém, como a energia escura está afetando a expansão do Universo,
temos de considerá-la ao esboçar o modelo.
Tempo
0 modelo e na figura 5.11 mostra o efeito da energia escura. Temos um Universo aberto que
nasceu com o Big Bang, e que, depois de desacelerar em razão da gravidade, como nos Universos
de Friedmann, começou a acelerar sua expansão em razão da constante cosmológica. Ele conti-
nua a se expandir perpetuamente (veja a figura 5.12, para uma linha do tempo completa).
Astrônomos agora sabem que, para nosso Universo, Q = 1. Isso significa que nosso Uni-
verso é plano. Mas como podemos estar certos disso, e por que o modelo de nosso Universo
não se parece com o modelo b, aquele do Universo plano, e que apresenta uma taxa de expan-
são que diminui lentamente?
Era de expansão de
tipo Friedmann
Expansão acelerada
Comprimento de Planck
(10-3' cm) ) Tempo
Figura 5.13 - As diferentes manchas nas leituras da WMAP representam as variações de temperatura em
todo o Universo — as medições reais da WMAP são consistentes com um Universo plano.
NOTA Cientistas acreditam que caso a taxa de expansão continue a acelerar, eventualmente
chegaremos àquilo que chamamos de Universo de Sitter, no qual tudo está tão distante que a
matéria não existe no sentido em que a conhecemos. Não teremos mais planetas, estrelas, nem
mesmo partículas espalhadas. Apenas a constante cosmológica continuará existindo.
Z36 ÍNDICE
M justificativas para sua populari-
dade no passado. 69
Kaguya, satélite, 13 magma. 91
órbitas planetárias de acordo com
Kaguya-Go, jogo de tabuleiro, marés. 94
o, 70
206-207 Marius, Simon, 120
versus modelo heliocêntrico, 55
Kaguya-Hime, história de, 10-11 Marte
modelo heliocêntrico, 39-40
Kant, Immanuel, 119-120, 140 atmosfera, 81
diagrama, 54
KBOs (objetos do Cinturão de Kuiper), fatos, 85
e Copérnico, 53
127 nenhuma vida encontrada em,
e Galileu, 57, 72-73
Kepler, Johannes, 58, 72,121 183
elementos iniciais, 71
Kepler, veículo espacial, 184 no diagrama do sistema solar, 64
importância. 73
Kobayashi, Makoto, 171 partículas elementares. 167, 168
suporte pela invenção do telescó-
temperatura na superfície. 81
pio. 57
órbita de, 77
1 suporte pelas Leis de Kepler, 58,
Masukawa, Toshihide, 171
Laboratórios Bell, 166 72
matéria
Leavitt, Henrietta, 189 vs. modelo geocêntrico, 55
antimatéria, 169-171
lei de Hubble, 122 moléculas. 168
bariônica, 166, 226
Leis de Kepler, 58-72 Monte Fuji, 11
densidade média, 227-228
Primeira Lei, 72-75 Monte Olimpo, em Marte, 85
nascimento e distribuição,
Segunda Lei, 72, 75-76 movimento retrógrado, 52
172-175
Terceira Lei, 72, 77 multiverso, 217-219
escura, 109, 166, 226
Lemaitre, Georges, 227 mecânica newtoniana, 58
lentes de telescópios, 121 medição de distâncias
tentes gravitacionais, 226 com base em supernovas, 189 Nambu, Yoichiro, 171
léptons, 168 com base no deslocamento para o navalha de Occam, 55
Lua (da Terra) vermelho, 189 nebulosas, 120, 145
aparente rotação ao redor de pela comparação das proprieda- Netuno. 64, 77, 89
nosso planeta, 34-39 des das estrelas e do Sol, Newton, Isaac, 224
crescente e minguante, 40-41 186-189 núcleos, 163, 172
distância à Terra utilizando o relacionamento de Nut (deus egípcio do Sol), 18
cálculo utilizando espelhos de período e luminosidade. Nuvem de Oort, 127
canto de cubo, 67-69 188-189 Nuvens de Magalhães, Pequena e
cálculo utilizando triangulação, medições de satélites, 166 Grande. 120, 140
41-45 Mensagem de Arecibo, 182
como base para cálculo da Mercúrio
distância ao Sol, 125 fatos sobre, 83 O
comparação com um campo no diagrama do sistema solar, 64 ondas de rádio, 124, 184-185
de beisebol, 61-62 órbita de, 77 órbitas dos planetas
e as marés da Terra, 94 método científico, 58 de acordo com Galileu, 72
eclipse, 46 missões espaciais Apollo, 13, 67 de acordo com o modelo geocên-
espelhos na, 67-68 mitos sobre o Universo, 18-19 trico, 70
fatos sobre, 92 Mitsubishi Electric Corporation. 122 e a Terceira Lei de Kepler. 77
festival da Lua da Colheita, 11-12 modelo galático em forma de disco, elípticas, 71-76
formação, 92-93 117-119 Orbitas elípticas, 71-72
história de Kaguya-Rime, 10-11 modelo geocêntrico, 38-39 e a Primeira Lei de Kepler, 73-75
nenhuma vida encontrada. 183 contribuições de Ptolomeu ao, e a Segunda Lei de Kepler, 75-76
pouso dos Estados Unidos. 13 51-54 Original Theory or New Hypothesis of
raio da órbita, 62 e as posições da Lua e do Sol, the Universe, An (Wright), 120
satélite japonês. 13 42-46 Otsukimi, festivais, 12-13. 22
tamanho, 45-49, 62, 94 e o sistema Ticônico, 70-71
e o tamanho do Sol, 46-49
invalidado pelas descobertas de
Galileu, 57
Porca 237
P diagrama sobreposto ao mapa do visibilidade das estrelas, 118
paralaxe anual, 126, 186-188 Japão, 64 temperatura do Universo, 229
parsec, 126, 207 formação, 163 tempo, 165
partículas de gauge. 168 tamanho, 127 teorema de Pitágoras. 66
partículas elementares. 167-168 sistema ticônico, 70-71 teoria da inflação cósmica, 164-165
planetas. Consulte também modelo Slipher, Vesto, 146, 152 teoria geral da relatividade, 224-227
geocêntrico; modelo heliocên- Sol. Consulte também modelo helio- Terra
trico; nomes de planetas cêntrico; sistema solar aparente rotação do Sol e da Lua
específicos; órbitas dos planetas; aparente rotação ao redor da ao redor da, 34-39
sistema solar Terra, 34-39 descoberta como esfera, 20-22
distância entre. 64 atmosfera, 96 diâmetro da, 60
significado da palavra grega para, diâmetro, 64 distância à Lua
50 distância da Terra, 41-45, 64, 125 cálculo com triangulação.
movimento dos. 52, 58, 72 estrutura interna, 97 41-45
Plutão, 82. 90 fatos sobre, 95 como base para cálculo da
pressão de radiação. 97 formação, 96-97 distância ao Sol, 125
princípio cosmológico, 180, 219. 229 fotosfera, 96 comparação com um campo
produção em pares, 170 fronteira gravitacional, 127 de beisebol, 61-62
Proxima Centauri, 109 núcleo, 96 determinando com espelhos
Ptolomeu, Cláudio, 39, 51-54. 70 tamanho comparado à Lua e à de canto de cubo, 67-69
Terra, 45-49 distância ao Sol, 41-45, 64
sublimação, 90 e a formação da Lua, 92-93
Q Superaglomerado Local, 207 fatos sobre, 91
quarks. 163, 168, 170-171 superaglomerados de galáxias, 111, formação da, 163
141 marés, 94
fZ supernovas, 97, 189, 227 no diagrama do sistema solar, 64
supernovas tipo Ia, 189, 227 órbita da, 77
radiação cósmica de fundo, 227
Swift Gamma -Ray Burst Mission, raio da, 66
radiação de fundo de micro-ondas
233 tamanho
cósmicas (CMBR), 166, 229.
cálculo do, 20-21
231
comparado ao da Lua e do Sol,
radiotelescópio, 124 T
45-49
raios gama, 96, 232-233 tardígrados, 185-186
Theia (planeta teórico), 93
razão da densidade de massa. 228 Tau Ceti (sistema planetário), 184
Titã (satélite de Saturno), 93, 183
relacionamento entre período e lumi- telescópio de Galileu, 121
Tombaugh, Clyde, 90
nosidade, 188-189 telescópio kepleriano, 121
Tycho Brahe, 70-72
relatividade, teoria geral da, 224-227 Telescópio Espacial Hubble, 122-123,
triangulação
resolução de telescópios, 121 142
para calcular a distância à Lua. 68
Russell. Henry Nords, 187-188 Telescópio Espacial Spitzer, 106
para calcular a distância ao Sol,
Telescópio Hale, Observatório Monte 125
Palomar, 122 para calcular a distância até estre-
Telescópio Hooker, Observatório las além de nosso sistema
Sagan, Carl, 181
Monte Wilson, 122
Saturno solar, 126
Telescópio Subaru. Observatório do
fatos sobre, 87
Havaí, 122
no diagrama do sistema solar. 64 1.1
telescópios
órbita de, 77
abertura, 121 Universo. Consulte também Big Bang;
Titã, satélite de, 93, 183
antigos, 120-122 curvatura do espaço; galáxias
Search for Extra-Terrestrial Intelli-
espelhos, 121-122 aberto. 223, 228-230
gence (SETI), Instituto, 184
famosos 122-123 aceleração da. 227
Shapley, Harlow, 144, 188-189
lentes, 121 contínua, 226-227
sistema planetário. 140
radiotelescópio, 124 crenças antigas sobre o, 18-19
sistema solar. Consulte também
resolução, 121 descoberta de que a Via Láctea
modelo geocêntrico; modelo
suporte ao modelo heliocêntrico, não é o Universo inteiro,
heliocêntrico; planetas
57 144-145
Z38 fN17Ice
de Sitter, 232
deslocamento para o vermelho
Weakly Interacting Massive Particle
como prova da, 146-152
(WIMP), 226
dinâmico, 222-227
Wilkinson Microwave Anisotropy
estático, 224-225
Probe (WMAP), 166, 229-230
expansão, 116, 146-165 Wright, Thomas, 120
fechado, 222-223, 228, 230, 232
futuro do, 224-229
grande estrutura do, 140-141
idade, 232-233 zona habitável, 184
ilustração em cone, 156-158 Zwicky, Fritz, 226
modelo de Friedmann-Lemaitre-
Robertson-Walker (FLRW),
227-229
modelos de Friedmann, 222-223
plano, 220, 223, 228-232
Universos múltiplos, 217-219
velocidade da, 162
"borda" do, 177-178, 199-200,
209-210
Universos-ilhas, 120, 137, 140. Con-
sulte também galáxias
Universos paralelos. Consulte também
multiverso.
Urano, 64, 77, 88
ursos d'água, 185-186
V
Vênus
fases, 57
fatos sobre, 84
no diagrama do sistema solar, 64
órbita de, 77
temperatura na superfície, 81
visibilidade no céu do Oeste,
64-65
vermes tubulares, 182
Very Large Array (VLA), observatório,
124
viagens em espaçonaves, 185
vida extraterrestre. 180-186
com respeito ao paradoxo de
Fermi, 182
contatando, 184-185
e a variedade da vida na Terra,
182-183
e o Princípio Cosmológico, 180
número de civilizações possíveis,
180-181
sistema estelar mais próximo que
poderia ter, 183-184
ÍNDICE 23q
SOBRE O AUTOR
Nascido em Tóquio em 1958, Kenji Ishiwata é jornalista técnico e científico. Depois de se formar
na Faculdade de Ciências da Universidade de Tóquio, Kenji trabalhou como jornalista para uma
revista semanal e depois se tornou editor e escritor freelancer. Além de escrever livros e várias
colunas, nos últimos 20 anos, Kenji também foi o autor de comentários técnicos para muitas
pubicações e realizou diversas entrevistas com engenheiros e pesquisadores de ponta. Seus
trabalhos abordam áreas como eletricidade, mecânica, aviação, astronomia, dispositivos, mate-
riais, química, computadores, comunicação, robótica e energia.
SOBRE O
EDITOR DE SUPERVISÃO
Kiyoshi Kawabata, Ph.D., Sc.D., é professor emérito do Departamente de Física da Faculdade
de Ciências da Universidade de Tóquio. Nascido na província de Mie em 1940, Kawabata
formou-se na Escola de Ciências, Divisão de Física e Astronomia, da Universidade de Kyoto
em 1964. Enquanto trabalhava em seu doutorado, estudou nos Estados Unidos e recebeu
um Ph.D. na Universidade Penn State em 1973. Também recebeu um Sc.D. em astrofísica
da Universidade de Kyoto. Em 1981, Kiyoshi trabalhou como pesquisador na Universidade
da Columbia e, depois, oito anos no Instituto Goddard para Pesquisas Espacias da Nasa.
Em 1982 começou a dar aulas como professor assistente no Departamento de Física da
Faculdade de Ciências da Universidade de Tóquio, tornando-se professor titular em 1990.
Kawabata é especialista em astrofísica, especialmente cosmologia observacional e teoria de
transferência radiativa.
EQUIPE DE PRODUÇÃO
PARA A EDIÇÃO JAPONESA
Produção: Verte Corp., Satoshi Arai, e Kenji Kawasaki
Ilustração: Yutaka H i iragi
MAIS GUIAS MANGÁ
A série Guia Mangá é uma copublicação da No Starch Press e da Ohmsha, Ltd. de Tóquio,
Japão, uma das editoras científicas e técnicas mais antigas e respeitadas do Japão. Cada título
da série campeã de vendas é resultado do trabalho combinado de um ilustrador, um roteirista e
um cientista ou matemático especializado no assunto. Ao traduzirmos cada título, reescrevemos
e editamos o texto como necessário, além de enviá-lo à revisão de um especialista da área. O
resultado é a versão que você tem em mãos.
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http://www.novatec.com.br.
F146,14A BIOLOGIA
MOLECULAR
5-7•2%.„„ PZ:7"
RELATIVIDADE
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• http://apod.nasa.gov/
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• http://grin.hq.nasa.gov/
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solar, missões espaciais e galáxias vizinhas.
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