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GUIA MANGÁ

BIOQUÍMICA
MA5AHARIJ TAKEMURA =Je
KIKIJYARO
oFFIce 5AWA
ELOGIO PARA A 5éRIE GUIA MANGÁ

"Altamente recomendado."
DE DADOS
-CHOICE #46AZINE SOBRE O 61I1,4 Ilikv6,4" BANCO
"Estímulo para a próxima geração de cientistas."
GUIA MANGÁ BIOLOGIA MOLECULAR
—SCIENTIFIC COMPUTING SOBRE O

"Uma ótima pedida, tanto em forma quanto em conteúdo."


GUIA MANGA FÍSICA MECÂNICA CLÁSSICA
—OTAKU USA MAGAZINE SOBRE O

"A arte é charmosa e o humor encantador. Uma lição divertida e agradável sobre o que muitos con-
sideram um assunto pouco empolgante."
—SCHOOL LIBRARY JOURNAL SOBRE O GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA

"Esta é a forma que um bom livro de matemática deve ter. Diferentemente da maioria dos livros
que tratam de assuntos como estatística, esta obra não apresenta o material como uma série de
fórmulas aparentemente sem propósito. Pelo contrário, o tópico é apresentado como algo divertido
e esclarecedor."
GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA
—GOOD MATH, BAD MATH SOBRE O

"Achei a abordagem deste livro tão atrativa, e sua história tão


amável que recomendo seu uso a todo professor de introdução à
física, tanto de segundo grau, quanto de nível universitário."
GUIA MANGÁ FÍSICA MECÂNICA
— AMERICAN JOURNAL OF PHYSICS SOBRE O
CLÁSSICA

"A série é de qualidade inegável. Uma ótima forma de apresentar


crianças aos mistérios e à vastidão do cosmo."
—DISCOVERY.COM SOBRE O GUIA MANGÁ UNIVERSO

"Qualquer graduado de bioquímica de trinta e poucos anos que


certa-
venha a ter contato com o Guia Mangá Biologia Molecular
mente vai lamentar com tristeza: 'Por que este livro não foi escrito
enquanto eu ainda estava na faculdade?"
—THE SAN FRANCISCO EXAMINER

"Um livro cientificamente completo... e muito entretenedor."


SOBRE O
—CHAD ORZEL, AUTOR DE How TO TEACH PHYSICS TO YOUR DOG
GUIA MANGA RELATIVIDADE

"Uma leitura muito divertida. A interação entre os personagens é


descontraída; e a ambientação como um todo tem um estilo que
fará você continuar lendó pelo simples prazer da leitura."
—HACK A DAY SOBRE O GUIA MANGA ELETRICIDADE

foi o livro técnico mais agradável


"O Guia Mangá Banco de Dados
que já li."
KITE, LINUX PR0 MAGAZINE

"A série Guia Mangá tem lugar reservado em minha estante."


—"SURPRISING SCIENCE" DO SMITHSONIAN
"Indicado para pais que estão tentando oferecer a seus filhos algo a mais, ou simplesmente para
crianças curiosas sobre eletrônica. O Guia Mangá Eletricidade
deve definitivamente estar pre-
sente em sua estante."
—SACRAMENTO ROOK REVIEW

"Este é um livro completo e eu gostaria que houvesse outros como ele no mundo da TI."
-SLASHDOT SOBRE O GUIA MANGÁ BANCO DE DADOS

"O Guia Mangá Eletricidade


torna acessível um assunto que assusta muita gente, permitindo que o
leitor se divirta ao mesmo tempo que aprende o necessário."
-BLOG GEEKDAD, WIRED.COM

"A melhor forma de apresentar um assunto pelo qual crianças normalmente não se interessariam é
com uma narrativa interessante e uma boa história em quadrinhos."
-MAKE SOBRE O GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA

"Uma mistura genial que torna a relatividade muito mais fácil de ser compreendida — mesmo que
você não seja nenhum Einstein."
-STARDATE, UNIVERSIDADE DO TEXAS, SOBRE O
GUIA MANGÁ RELATIVIDADE

"Este livro faz exatamente o qúe deve ser feito: oferece uma forma divertida e engajante de apren-
dermos conceitos de cálculo, ao que seria, do contrário, algo extremamente cansativo de seu
memorizar."
-DAILY TECH SOBRE O
GUIA MANGÁ CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL

"A arte é fantástica, e o método de ensino tanto divertido, quanto educacional."


-ACTIVE ANIME SOBRE O GUIA MANGÁ FÍSICA MECÂNICA CLÁSSICA

Uma leitura divertida e altamente educacional."


-FRAZZLEDDAD SOBRE O
GUIA MANGÁ DE FÍSICA MECÂNICA CLÁSSICA

"Permite que mesmo uma criança de 10 anos desenvolva conhecimentos práticos acerca de um
tópico que assusta muitos universitários."
-SKEPTICBLOG SOBRE O
GUIA MANGÁ BIOLOGIA MOLECULAR

"Este é, de longe, o melhor livro que já li sobre o tópico. Além de considerar este material incrível,
também recomendo sua leitura a qualquer pessoa que trabalhe na área ou que esteja simplesmente
interessada em bancos de dados."
-GEEK AT LARGE SOBRE O GUIA MANGA BANCO DE DADOS

"O livro se afasta intencionalmente de materiais didáticos tradicionais,


-DRA. MARINA MILNER- obtendo ótimos resultados."
BOLOTIN, DA UNIVERSIDADE RYERSON, SOBRE O GUIA
MANGÁ FÍSICA MECÂNICA CLÁSSICA

"Acredito que seja muito mais provável que crianças leiam este livro e
se interessem por estatística,
do que se tiverem de ler um livro teórico tradicional."
-GEEK BOOK SOBRE O GUIA MANGÁ ESTATÍSTICA
GUIA MANGÁ BIOQUÍMICA
GUIA MANGÁ

BIOQUÍMICA

MA5AHARU TAKEMURA,
KIKUYARO E
OFFICE EAWA

= CIC
no starch
Ohmsha press

novatec
The Manga Guide to Biochemistry is a translation of the Japanese original, Manga de wakaru seikagaku, published by
Ohmsha, Ltd. of Tokyo, Japan, 2009 by Masaharu Takemura and Office Sawa. The English edition is co-published by
No Starch Press, Inc. and Ohmsha, Ltd. Portuguese-language rights arranged with Ohmsha, Ltd. and No Starch Press,
Inc. for Guia Mangá Bioquímica ISBN 978-85-7522-287-4, published by Novatec Editora Ltda.

Edição original em japonês Manga de wakaru seikagaku, publicado pela Ohmsha, Ltd. de Tóquio, Japão, © 2009 por
Masaharu Takemura e Office Sawa. Edição em inglês The Manga Guide to Biochemistry, copublicação da No Starch
Press, Inc. e Ohmsha, Ltd. Direitos para a edição em português acordados com a Ohmsha, Ltd. e No Starch Press, Inc.
para Guia Mangá Bioquímica ISBN 978-85-7522-287-4, publicado pela Novatec Editora Ltda.

Copyright © 201.2 da Novatec Editora Ltda.

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19/02/1998.


É proibida a reprodução desta obra, mesmo parcial, por qualquer processo, sem prévia autorização, por escrito, do
autor e da editora.

Editor: Rubens Prates


Ilustração: Kikuyaro
Tradução: Rafael Zanolli
Revisão gramatical: Patrizia Zagni
Editoração eletrônica: Carolina Kuwabata

ISBN: 978-85-7522-287-4

Histórico de impressões:
Janeiro/2021 Terceira reimpressão
Agosto/2016 Segunda reimpressão
Fevereiro/2014 Primeira reimpressão
Fevereiro/2012 Primeira edição

NOVATEC EDITORA LTDA.


Rua Luís Antônio dos Santos 110
02460-000 - São Paulo, SP - Brasil
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Facebook: facebook.com/novatec Takemura, Masaharu
Guia mangá bioquímica / Masaharu Takemura,
Linkedln: linkedin.com/in/novatec Kikuyaro e Office Sawa ; [tradução Rafael
Zanolli]. -- São Paulo : Novatec Editora ; San
Franscisco, CA : Tokyo : Ohmsha : No Starch
Press, 2012.

Título original: The maga guide to


biochemistry
ISBN 978-85-7522-287-4 (Novatec Editora)

1. Ciências de vida 2. Bioquímica - Estudo e


ensino 3. História em quadrinhos I. Kikuyaro.
II. Office Sawa. III. Titulo.

12-01142 CDD-572
Índices para catálogo sistemático:
1. Bioquímica ensino em históra em quadrinhos
572
GRA20210128
SUMÁRIO
PREFÁCIO XI

PRóL000 1

O QUE ACONTECE DENTRO PE SEU CORPO? 13


1. Estrutura celular 14
Quais são os componentes de uma célula? 16
2. O que acontece dentro de uma célula? 18
Síntese de proteínas 19
Metabolismo 20
Produção de energia 22
Fotossíntese 24
3. Uma célula é o local de muitas reações químicas 26
Bioquímica da síntese de proteínas 27
Bioquímica do metabolismo 29
Bioquímica da produção de energia 30
Bioquímica da fotossíntese 32
4. Conhecimentos fundamentais de bioquímica 36
Carbono 36
Ligações químicas 36
Biopolímeros 36
Enzimas 37
Oxidação-redução 37
Respiração 37
Metabolismo 38

2
FOT055NITE5E E RE5PIRAÇÁO 3c,

1. Ecossistemas e ciclos 40
Ecossistemas e o ciclo biogeoquímico 40
O que é o ciclo biogeoquímico? 43
Ciclo do carbono 45
2. Sobre a fotossíntese 48
A importância das plantas 48
Estrutura do cloroplasto 49
Fotossíntese - A reação de fotofosforilação 50
Fotossíntese - Fixação do dióxido de carbono 57
3. Respiração 60
O que é um carboidrato? 60
Sacarídeos e o sufixo "-ose" 63
Por que monossacarídeos assumem estrutura cíclica? 63
Por que temos de respirar? 64
Respiração é a reação que quebra a glicose para criar energia 66
Estágio 1: decomposição da glicose pela glicólise 68
Estágio 2: ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs ou ciclo TCA) 71
Estágio 3: produção em massa de energia pela cadeia de transporte de elétrons 74
Conclusão 79
4. ATP - A moeda da energia 82
5. Tipos de monossacarídeos 83
Aldoses e cetoses 83
Piranose e furanose 83
Tipos D e L 84
6. 0 que é CoA? 85

3
BIOQUÍMICA PE NO550 PIA A PIA 87
1. Lipídeos e colesterol 88
O que são lipídeos 88
Ácidos graxos 95
Colesterol é um tipo de esteroide 97
Função do colesterol 98
Lipoproteínas: além do bem e do mal 100
O que é arteriosclerose? 103
Mistério 1: o colesterol realmente faz mal? 105
2. Bioquímica da obesidade - Por que armazenamos gordura? 106
Energia ingerida e energia gasta 106
Animais guardam gordura 108
Sacarídeos em excesso se tornam gordura! 111
Quando a gordura é utilizada como fonte de energia 118
Mistério 2: por que engordamos se comemos demais? 123
3. O que é tipo sanguíneo? 124
Tipo sanguíneo 124
Como determinamos o tipo sanguíneo 125
Mistério 3: o que é tipo sanguíneo? 129
4. Por que as frutas ficam mais doces à medida que amadurecem? 130
Que tipos de açúcar existem nas frutas? 130
Monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos 131
Como as frutas se tornam doces 133
Mistério 4: por que as frutas se tornam doces? 135
5. Por que os bolinhos de arroz mochi são tão elásticos? 136
Diferenças entre o arroz normal e o arroz mochi 136
A diferença entre amilose e amilopectina 138
O que significam os números em a(1--4) e a(1--6)? 140
Mistério 5: por que os bolinhos de arroz mochi são tão elásticos? 145

VIII SUMÁRIO
4
ENZIMAS SÃO A5 CHAVES PARA A5 REAÇÕES QUÍMICAS 14q
1. Enzimas e proteínas 150
Funções das proteínas 151
O que é uma enzima? 153
Proteínas são formadas por aminoácidos 154
Estrutura primária de uma proteína 158
Estrutura secundária de uma proteína 159
Estrutura terciária de uma proteína 160
Estrutura quaternária de uma proteína e subunidades 161
2. Função de uma enzima 162
Substratos e enzimas 162
Enzima rigorosa? Enzima descontraída? 164
Classificação das enzimas 166
Transferases 168
A glicosiltransferase determina o tipo sanguíneo 169
H idrolases 172
3. Uso de gráficos para compreender as enzimas 174
Por que as enzimas são importantes para as reações químicas? 175
O que é energia de ativação? 176
Enzimas derrubam esse "muro" 177
Taxa máxima de reação 178
Equação de Michaelis-Menten e constante de Michaelis 180
Vamos calcular Vmáx e Km! 182
Por que utilizamos números recíprocos? 186
4. Enzimas e inibidores 193
Enzimas alostéricas 196

5
BIOLOGIA MOL5CULAR e A BIOQUÍMICA 1705 ÁCIDOS NucLeicos
1. O que é um ácido nucleico? 202
O básico sobre ácidos nucleicos 202
A descoberta da nucleína 204
Ácido nucleico e nucleotídeos 205
Complementaridade das bases e estrutura do DNA 209
Replicação do DNA e a enzima DNA polimerase 212
Estrutura do RNA 214
2. Ácido nucleico e genes 218
O DNA é a linguagem dos genes 218
O RNA tem várias funções 220
mRNA 222
rRNA e tRNA 223
Ribozimas 226

SUMÁRIO IX
3. Bioquímica e biologia molecular 228
O trabalho sujo de um bioquímico 228
O início da bioquímica e da biologia molecular 229
Desenvolvimento de técnicas de DNA recombinante 229
Retornando à bioquímica 230
A origem da célula 231
4. Realização de experimentos bioquímicos 232
Cromatografia em coluna 232
Eletroforese e um western blot 233
Blotting de lectina 234
Centrifugação 235
Medição da reação de enzimas 236

EPÍLOGO Z3q

ÍNDICE- gemisivo 24q

X SUMARIO
PrZeFÁCIO
Este livro apresenta o mundo da bioquímica no formato acessível de uma história em
quadrinhos.
A bioquímica é a síntese da biologia e da química, que, juntas, procuram elucidar os pro-
cessos da vida em seu nível mais básico. Trata-se do estudo das moléculas que constituem
nossos corpos e os corpos de outras criaturas vivas, assim como do estudo das reações que
ocorrem dentro das células. Em anos recentes, o campo da bioquímica tem crescido a uma
taxa sem precedentes. A partir do fim do século XIX e início do XX, cientistas têm realizado
pesquisas acerca dos fenômenos dos campos da medicina, nutrição, agricultura, biologia e
muitos outros assuntos. Essas pesquisas conduziram a algumas descobertas incríveis.
Analisando apenas a diversidade dos campos que listamos, a bioquímica pode parecer
um agrupamento embaralhado de outros campos científicos. Ainda assim, mesmo que os
objetivos sejam diferentes, os conceitos fundamentais de cada uma dessas áreas são os
mesmos — a elucidação do fenômeno da vida. Justamente por isso, os fundamentos da bio-
química devem ser aprendidos por alguém que pretende participar de qualquer campo que
lida com o corpo humano ou com o fenômeno da vida em algum ramo do conhecimento,
como as áreas da medicina, odontologia, farmacologia, agricultura, ciência da nutrição e
cuidados médicos.
Este livro apresenta os pontos mais importantes da bioquímica em um formato fácil
de ser compreendido. Ele pode ser utilizado como referência ou leitura complementar para
um curso de bioquímica, ciências médicas ou nutrição. Além disso, você também pode uti-
lizar este livro como um guia de consulta rápida para compreender esta ciência fascinante.
Mesmo um estudante de segundo grau será capaz de entender o material sem dificuldades.
A organização deste livro difere da forma habitual de outras obras de bioquímica. Por
exemplo, é comum que os principais componentes químicos (substâncias presentes em
todos os organismos vivos, como sacarídeos, lipídeos, ácidos nucleicos e proteínas) sejam
descritos primeiro em um livro de bioquímica. Em nosso caso, incorporamos de modo orgâ-
nico discussões complementares acerca de cada um desses tópicos. Escolhi essa abordagem
pois acredito que a apresentação dessas substâncias de modo contextualizado facilita sua
compreensão e memorização.
Além disso, no capítulo 3 há informações sobre o papel da bioquímica em nosso
cotidiano, destacando sua importância e mostrando como se aplica a assuntos que todos
conhecemos.
A protagonista deste livro é uma aluna de segundo grau, Kumi, muito preocupada em
fazer dietas. Escolhi esse cenário, pois se relaciona às minhas próprias experiências como
membro de uma dirisão de ciência nutricional em um departamento de agronomia. Atu-
almente, quando as pessoas falam de bioquímica, a discussão costuma se concentrar nos
tópicos de nutrição e saúde. Muitas pessoas se preocupam com os fenômenos que formam
nossa síndrome metabólica, nome genérico que damos aos fatores de risco de um grupo
cada vez mais comum de distúrbios, como diabetes tipo 2, doenças coronárias e derrames.
Durante a elaboração deste livro, submeti todo o manuscrito e os textos iniciais à
revisão dos professores Yukio Furuichi (professor emérito da Universidade de Mie, que atu-
almente leciona na Nagoya Women's University), cuja especialidade é bioquímica de lipídeos,
e Shonen Yoshida (professor emérito da Universidade de Nagoya e consultor, no. Cancer
lmmunotherapy Center, do Hospital Nagoya Kyoritsu), cuja especialidade é bioquímica e
biologia molecular. Professor Furuichi foi meu orientador de graduação, enquanto professor
Yoshida orientou minha tese de PhD. Gostaria de aproveitar esta chance para expressar
minha profunda gratidão a ambos, que, mesmo em suas rotinas ocupadas, se dispuseram a
ler este manuscrito.
Também gostaria de aproveitar essa oportunidade e agradecer a professor Kazuo
Kamemura, meu mentor de gradução, e a seu aluno de pós-graduação, Mitsutaka Ogawa,
ambos do Nagahama Institute of Bio-Science and Technology. Mais especificamente, gosta-
ria de agradecê-los pelos dados oferecidos a respeito da técnica de blotting de lectina que
veremos no livro. Também gostaria de agradecer a todos no Ohmsha Development Bureau
pelo auxílio fornecido em meu trabalho anterior, o Guia Mangá de Biologia Molecular: agra-
deço também a Sawako Sawada, da Office Sawa, ao artista Kikuyaro, que elaborou toda a
arte deste livro, e acima de tudo a você, por escolher ler esta obra.

MASAHARL) TAKEMIJRA
JANEIRO, 200ci

XII PREFACIO
) AMARGI
NÃO CONSEGUI OBJETIVO:
) fitIAGIZ&Cfg
PERDER 2,5 QUILOS!

NAPAI ABAIXO 05 QUIL05!

/
HUM-.
OLÁ?

RE5OLVI FAZER UMA


VISITA APENAS PARA LHE
OFERECER UMA FRUTA DE
MEU JARDIM, MA5 -

NEMOTO? PE ove
VOCÊ APARECEU?!

rwaillw
uTra
ulil
• • • • • •
• • • • •
• • • • •
• • • •
• • • • e

BEM...
. • . • .....• ..... • . ' . .
.'.•.•.•.•.". .'.
. ' . • . ' . ' . • . ". .

E5TE MELÃO MA5 EU ESTOU


ESTÁ UMA DE REGIME E TALVEZ MINHA
DEVCIA! NÃO DEVERIA FEIA NÃO TENHA
COMER FRUTAS 5120 TÃO BOA...

00 HÁ POR MESMO QUE VOCÊ


comesse TUDO ATé PARECE!
QUE 5e SENTIR
DE QUE GOSTA, MEU CORPO INTEIRO
DESSE JEITO,
CONTINUARIA 5ENDO... PROVAVELMENTE é FEITO
KUMI. HUM... LINDA. 17E PIZZA E BOLO!

(PRATOS FAVORITOS
DE KIM)

JÁ CHEGA! eU me RECUSO
FICAREI PE A PERMANECER
JEJUM ATé ACIMA DO PESO,
ATINGIR MEU Nem (Rue 5EJA POR
OBJETIVO! MAIS UM 56 DIA!
BEM...
VOCÊ JÁ
VOCÊ ENTENDEU é MUITO
TUDO eRRADOI ATRAENTE, E...
HUM...

EM PRIMEIRO
LUGAR,

VOCÊ NÃO
I\ rTr ESTÁ ACIMA DO
peso, e...

ALIÁS,
QUERO ESTOU FAZENDO UMA
PARECE Que você PESQUISA SOBRE
NÃO ENTENDE E-se ASSUNTO EM
COMO FUNCIONA MINHA UNIVERSIDADE.
O CORPO
HUMANO!

AHÁr.

INTROPU ÃO À BioaurmicA.

PAIZ?G? ALGO MUITO


COMPLICADO... ACHO
Gila NÃO CONSEGUIRIA ENTÃO
eNTeNDER. VAMOS COMEÇAR
COM ALSO QUE
VOCÊ JÁ
coNHece.
CALORIAS, GORDURA E
CARBOIDRATOS... P015
CLARO Que SIM! ONTIO,
AFINAL, ESTOU DE VEJA 5,c>7
REGIME.

ISSO VOCÊ
CONHECE,
CERTO?

t22

é SéRIO,
UMA OLHADA.

eNTÃO, A GORDURA
é UM exempto DE
NUTRIENTE 1:2E ALTA
CALORIA, CERTO?
DIZER QUE CARBOIDRATO5 TÊM
MUITAS CALORIAS é UM POUCO
DIFERENTE, MA5 A5 PESSOAS
COSTUMAM DIZER Que VOCÊ
FICARÁ 0R120 5E COMER
MUITOS CARESOIDRATOS.
sedg
. . . ....... . . .
.'." ". • ." .• . .".".".' .".". • •
BEM, NÃO 5E1
AUMENTAR O TEOR ••••••• POR QUÊ... MA5
DE GORDURA EM SEU AS REVISTAS NÃO
CORPO, CERTO? POR QUE VOCÊ ACHA MENTEM, tslé?
QUE ENGORDARÁ
5E COMER MUITOS
CARBOIDRATOS?

PRÓLOGO 9
VOCÊ ESTUDAR
BIOQUÍMICA ENTENDERÁ ......... • • •
POR QUE ISSO OCORRE!

A BIOQUÍMICA é- 0 ESTUDO
DOS PROCESSOS QUÍMICOS
QUE OCORREM DENTRO DOS
CORPOS PE ORGANISMOS
VIVOS. em OUTRAS PALAVRAS,
é A QUÍMICA DE NOSSOS
CORPOS!

ófl

43P5—
PARECE INTERESSANTE... ALÉM DISSO, NA VERDADE,
MAS eu NÃO SOU BOA ÀS vezes OS A MINHA
EM QUÍMICA. PROFESSORES SÃO PROFESSORA é
ASSUSTADORES. MUITO SIMPÁTICA.
EU JURO.

PROFESSORA
ADJUNTA
CHOKO
KUROSAIGA...

CONFIE EM MIK ELA


é FANTÁSTICA!

* 60F3Ige"TORA
6 PRÓLOGO
E-55A
PROFESSORA TÃO BONITA!!!
É...

QUÍMICA NÃO
Ê TÃO DIFÍCIL
QUANTO VOCÊ
IMAGINA, KUMI.

POR EXEMPLO, QUANDO ENTÃO, REAÇÕES


VOCÊ JANTA E DIGERE A SUA QUÍMICAS DEVEM
COMIDA, REAÇÕES QUÍMICAS OCORRER O TEMPO
ESTÃO OCORRENDO EM seu TODO EM N05505
CORPO. CORPOS, CERTO?

O QUE?
NÃO ACREDITO!

lo FIQUEI TÃO
MESMO! PROTEÍNAS PREOCUPADA
PENSANDO EM MEU
N05505 CORPOS CE DE PESO como UM
OUTRAS CRIATURAS VIVAS) NÚMERO...
SÃO FORMADOS
POR MUITOS TIPOS
DE SUBSTÂNCIAS Que NÃO PENSEI
EM MEU CORPO DO
QUÍMICAS.
PONTO DE VISTA
QUÍMICO.

A GORDURA e 05
CARBOIDRATO5 DE
QUE FALAMOS TAMBÉM
SÃO SUB5TÂNCIAS
QUÍMICAS, Né?
•.•.•.:.•.•.••••••••••••••••••••.:.: •:•:•:•:•:•:•:•:•:•:•::::::•:•:•:•:•:-
••••••.•• .. .. . ..'.• • " • •
. . .•.• • ' • ••• •
. .....*.•.•

EXATAMENTE!
PARA RESUMIR: ••••••:•:•:•:

A BIOQUÍMICA é O ESTUDO
DO QUE OCORRE DENTRO
DE NOSSOS CORPOS (e .. DANDO UMA
DOS CORPOS DE OUTROS ATENÇÃO ESPECAI,
ORGANISMOS A ESSE "PONTO DE
VISTA QUÍMICO."

ESTOU FAZENDO UMA


PESQUISA SOBRE OS
PROCESSOS QUíMICOS DE
NOSSOS CORPOS PARA
‘') MINHA UNIVERSIDADE.
o SE VOCÊ QUISER, PODE
ME AJUDAR A REALIZAR UM
EXPERIMENTO NO LABORATÓRIO.

A
SE eu PARTICIPAR
EXPERIMENTO, NO DIA 9ae1JiN-re -
PODEREI
CONHECER AQUELA
PROFESSORA!

ESTÁ BEM! Loeo, L000 TEREI


CONTE CORPO PE UMA
COMIGO! t5UPERMOPELO!
Wi
* LABORATÓRIOS KURO5AKA

ELA é AINDA MAI5


DESLUMBRANTE
EM PESSOA!!!

HUM... QUERIA MUITO


LHE PERGUNTAR...

PRÓLOGO q
05TUPAR
BIOQUIMICA, FICAR/
TÃO LINDA QUANTO
VOCÊ?

QUANDO VI SUA
FOTO, FIQUEI
COMPLETAMENTE
IMPRESSIONADA.

ENCANTADA

BEM, A 1310CRUNIICA
E NO55A APARâNCIA
FÍSICA 00 ESTÃO
RELACIONADAS
DIRETAMENTE...
MA5 A BIOQUÍMICA
CERTAMENTE PODE
AUMENTAR O QUE
SABEMOS SOBRE A FORMA
COMO NO5505 CORPOS
INTERAGEM COM 05
ALIMENTOS.
PODEMOS ESTUDAR A FORMA
COMO NOSSOS CORPOS SE REALMENTE
PROCESSAM QUIMICAMENTE COMPREENDER
AQUILO QUE COMEMOS E COMO COMO SEU CORPO
FUNCIONA...
TRANSFORMAM ESSES ALIMENTOS
EM NUTRIENTES UTILIZADOS
POR NOSSO CORPO PARA 5E
REABASTECER.

ESSE CONHECIMENTO
TAMBÉM PODE NOS AJUDAR
A CURAR DOENÇAS...

E A PROMOVER NOSSA
SAÚDE COMO UM TOPO.

PODEREI ME TORNAR
TÃO BELA QUANTO A
PROFESSORA!

E SEREI CAPAZ DE
DESCOBRIR 05
SEGREDOS DE UMA
BOA SALIDEE

esTÁ SEM...

PRIMEIRO VOCÊ
TEM DE BEBER ESTA
XÍCARA DE ÁGUA.
NÓS O
UTILIZAREMOS
PARA ESTUDAR O
ELA CONTÉM UM ROBÔ INTERIOR DE seu
TÃO PEQUENINO QUE CORPO.
NÃO PODEMOS VÊ-LO
A OLHO NU.

APELIDO DO ROBÔ MASCOTE:


ROB0eATO, DESENVOLVIDO
peLos LABORATÓRIOS
KUROSAKA.

QUE
_LeeAL!

QUE O ESTUDO DA BIOQUÍMICA 9e INICIE!

f44~4444444
,A1•1~4~1~~1.
O QUE ACONTECE- ['ENTRO
PE 5EU CORPO?
, • •

.ffie

nelk
1.4.41.10.11.111: 110111114
1. Estrutura celular
o
tQ
VENHAM, SENTEM-5E.
E5TA é A SALA DE
PROJsçAo.

UAI)!

IMAGENS
PO ROBOGATO
QUE VOCÊ
INGERIU SERÃO
PROJETADAS AQUI.

NÃO ADIANTA SER BONITA A INTELIGÊNCIA é


POR FORA, SE VOCÊ NÃO MAIS IMPORTANTE
SABE O QUE ACONTECE DO QUE A
QUE LEGAL! A55IM EU APARÊNCIA FÍSICA!
DENTRO DE SEU CORPO.
PODEREI REALMENTE
VER O QUE ESTÁ
ACONTECENDO DENTRO
DE MEU CORPO?

14 CAKTULO 1
SIM!
VOC'È APRENDEU AMEBAS, BACTÉRIAS e
SOBRE CÉLULAS OUTROS ORGANISMOS AMEBA
EM SUAS AULAS PEQUENINOS s'Ac. "MICRO-
DE BIOLOGIA, ORGANISMOS UNICELULARES",
CERTO? O QUE SIGNIFICA Que SÃO
FORMADOS POR UMA
ÚNICA CÉLULA.

BACTÉRIA

ORGANISMOS VIVOS
VISÍVEIS A OLHO NU -
AS CÉLULAS SÃO COMO SERES HUMANOS,
CACHORROS OU PLANTAS
COMO PEQUENAS - SÃO "ORGANISMOS
BOLSAS QUE FORMAM PLURICELURARES", FORMADOS
NOSSO CORPO. POR MUITAS CÉLULAS!

ISSO MESMO! APOSTO Que ATÉ


POR EXEMPLO, UM AS CÉLULAS DA
ONICO CORPO HUMANO PROFESSORA SÃO
LINDAS!
É FORMADO POR UMA
QUANTIDADE INACREDITÁVEL
De CÉLULAS... ENTRE 60 e
100 TRILHÕES. HE HE

A CÉLULA É A MENOR UNIDADE DE


NOSSOS CORPOS Que PODE SER
CLASSIFICADA COMO "VIVA".

TECLA
VAMOS TENTAR
DAR UM ZOOM EM
UMA ÚNICA CÉLULA.
QUAIS SÃO 05 COMPONENTES PE
UMA CÉLULA?

CÉLULAS SÃO PREENCHIDAS POR


UM LÍQUIDO VISCOSO CHAMADO
O CITOSOL CONTÊM VÁRIAS CIT0501.- AS SUBUNIDADES DE UMA
PROTEÍNAS, 5ACARÍDEOS ..
CÉLULA SÃO AS OIZGANffiA5, QUE
E OUTROS COMPONENTES FLUTUAM NO CITOSOL.
CELULARES. é NELE
QUE OCORREM MUITOS A MAIOR ORGANELA
PROCE5505 COMO A ,.....__L,C___)CALIZADA NO meio DA
SINALIZAÇÃO CELULAR, O CéLULA é O Ntia-E0.
TRÁFEGO DE PROTEÍNAS E A
DIVISÃO CELULAR. NÚCLEO RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
E RIBOSSOMO
COMPLEXO DE GoLei

MITOCÓNDRIA

1.150550M°

CITOPLASMA é- UM TERMO GENÉRICO QUE UTILIZAMOS PARA


NOS REFERIR A TODO O LÍQUIDO DENTRO DA MEMBRANA
CELL/1-Alz, INCLUINDO A5 ORGANELAS. A MEMBRANA CELULAR
É UM TIPO 2e CAMADA DUPLA GIPIDICA,

A MEMBRANA CELULAR
DESEMPENHA MUITOS PAPÉIS
IMPORTANTES, COMO A
FOSFOLIKDEO
COMUNICAÇÃO ENTRE AS
CÉLULAS, A ABSORÇÃO DE
NUTRIENTES E A EXPULSÃO DE
HIDROFíLICO
DEJETOS. GRUPO
FOSFATO -)P CATRArD0 PELA
ÁGUA)

ÁCIDO HIDROFÕBICO
eRAX0 (REPELIDO
PELA ÁGUA)
FO5FOLIPIPEO5 FORMAM UMA CAMADA
DUPLA COM SUAS EXTREMIDADES
HIDROFÓBICAS VOLTADAS PARA DENTRO
E A5 HIDROFÍLICAS, PARA FORA.
O NÚCLEO CONTÉM O ÁCIDO
DE5DXIKKBONLICLEICO, OU
DNA, QUE CODIFICA 05 GENES
E QUE CHAMAMOS ÀS VEZES DE
"MAPA" DA VIDA.

PODEMOS DIZER QUE O


NÚCLEO é O "CENTRO cie
CONTROLE" DA CÉLULA.

MITOCÓNDRIA RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO I


5 RIBOSSOMO

PRODUÇÃO DE ENERGIA SÍNTESE DE PROTEÍNAS

COMPLEXO DE GOLel LISOSSOMO CLOROPLASTO


I

PROCESSAMENTO
SECREÇÃO DE PROTEÍNAS FOTOSSiNTESE
DE DEJETOS

CLOROPLA5T05 5Ã0
ENCONTRADOS APENAS
EM PLANTAS e ALGUNS
MICRÓBIOS.
2. O que acontece dentro de uma célula?
t 1 J88 *Zeie *CeeCO*98e9**4!••••9 ****************** • *******

CÉLULAS CRIAM PROTEÍNAS PARA CONHECER


E GERAM A ENERGIA NECESSÁRIA A QUÍMICA DE UMA
PARA QUE UM ORGANISMO CRIATURA VIVA...
soegevIvA.
eus sÃo os BLOCOS FUNDAMENTAIS
alie ATUAM AO LADO ve OUTRAS
CÉLULAS PARA CONSTRUIR OS CORPOS
DAS CRIATURAS VIVAS.

VOCÊ pave, PRIMEIRO


DESCOBRIR O QUE.
OCORRE DENTRO ve
SUAS CÉLULAS.

O QUE SERÁ QUE


MINHAS CÉLULAS MUITO BEM,
ESTÃO FAZENDO KUMI, PRESTE
AGORA? ATENÇÃO!

HUM... É
MeLHOR
NÃO PeN5AR
N1550.

VEJA O QUE ACONTECE DENTRO


UMA CÉLULA!
HÁ OUTROS veTALNes SOBRE
OS QUAIS AINDA FALAREMOS.
POR ENQUANTO, VAMOS NOS
CONCENTRAR Nesses QUATRO
PROCESSOS PRINCIPAIS:

SÍNTESE DE PROTEÍNAS

0 METABOLI5M0

0 PRODUÇÃO DE ENERGIA

FOT055iNTE5E (ern PLANTA5, ALGAS e


ALGUMAS BACTéRIA5)
(JAU,
SÍNTESE DE PROTENIA5 AS PROTEÍNAS SÃO
TÃO DELICIOSAS,
QUER DIZER,
QUANDO FALAMOS
------- IMPORTANTES
EM "PROTEÍNA", VOCÊ ASSIM?
PROVAVELMENTE PENSA
NOS NUTRIENTES QUE
ENCONTRAMOS em
ALIMENTOS, MAS...
PARA CRIATURAS VIVAS
COMO NÓS, AS PROTEÍNAS
SÃO SUBSTÂNCIAS e55eNCIAI5,
RESPONSÁVEIS, EM GRANDE
PARTE, PELO FUNCIONAMENTO
DE NOSSO CORPO.

COM CERTEZA! VOCÊ SE LEMBRA DE QUANDO


NO5505 CORPOS O ROBOOATO ANALISOU O
5Ã0 MANTIDOS DNA DENTRO DO NÚCLEO?
POR PROTEÍNAS
DIFERENTES, CADA UMA GENE (MAPA DA
COM SUA FUNÇÃO. PROTEÍNA)

R1130550M0
RNA jor
* MANUTENÇÃO DA
ESTRUTURA CELULAR
* DIGESTÃO -41--(2-1111 AMINOÁCIDO
* CRIAÇÃO DE MÚSCULOS
* PROTEÇÃO CONTRA
INFECÇÕES POR VÍRUS,
FUNGOS E PARASITAS

NÚCLEO

O "MAPA" PARA A CRIAÇÃO


DE PROTEÍNAS, OU
PROTEÍNAS 5'40 CODIFICADO NO DNA, DENTRO
FABRICADAS DO NÚCLEO.
CONTINUAMENTE POR DE ACORDO COM E55E MAPA, PROTEÍNAS
TODAS AS CÉLULAS DE SÃO CRIADAS POR K150550M(25,
NO550 CORPO. ENCONTRADOS NO CITOPLASMA.

05 RIB0550MOS SÃO
COMO ci-ieFs DE COZINHA
Que SEGUEM UMA RECEITA
PARA PREPARAR UMA
REFEIÇÃO!
METABOLISMO . CATALISAR A QUEBRA DE
ALIMENTOS E MEDICAMENTOS
QUE. ENTRAM EM NO550
ASSIM QUE A5 PROTEÍNAS CORPOS E TRANSFORMÁ-LOS EM
5A0 CRIADAS, ELAS SERÃO SUBSTÂNCIAS CITEIS.
RESPONSÁVEIS POR FUNÇÕES
IMPORTANTES NO INTERIOR E E QUEBRAR SUBSTÂNCIAS
EXTERIOR DAS CÉLULAS. yeeNecesemziAs OU PREJUDICIAIS,
TRANSFORMANDO-AS EM ALGO
UMA DESSAS QUE POSSA SER EXPELIDO
FUNÇÕES é... MAIS FACILMENTE.

ESSA QUEBRA
DE SUBSTÂNCIAS
é CHAMADO 2e
META1301.15M0.

A5 PROTEÍNAS TÊM
PAPEL ESSENCIAL
NO CONTROLE DO
METABOLISMO.

TRANSFORMAR ALIMENTOS POR EXEMPLO, COMO O REMÉDIO QUE VOCÊ TOMA


EM NUTRIENTES, ABSORVER O ÁLCOOL é ALTAMENTE QUANDO ESTÁ DOENTE TAMBéM
ESSES NUTRIENTES E TÓXICO PARA O CORPO, TEM DE SER PROCESSADO.
TRANSFORMÁ-LOS EM é PROCESSADO POR AS PROTEÍNAS DO FieADO
SUBSTÂNCIAS QUE SEU CéLULAS DO FÍGADO e AJUDAM SEU CORPO A
TRANSFORMADO EM UMA SIMPLIFICAR eese REMÉDIO,
CORPO POSSA UTILIZAR... TRANSFORMANDO-0 EM
ESSAS SÃO TODAS SUBSTANCIA NÃO TÓXICA.
SUBSTÂNCIAS QUE PRODUZEM O
FUNÇÕES DE PROTEÍNAS ESSA TAMBéM é A EFEITO DESEJADO DE CURA NO
ESPECIALIZADAS! FUNÇÃO DE UMA PROTEÍNA LOCAL CORRETO.
ESPECIALIZADA!
CPROTSNA5, &OR121.1RA5, CARB0117RAT05, VITAMINAS, 5A15 MINERAIS
E A55IM POR DIANTE)
MATERIAIS QUE PODEM SER
.< UTILIZADOS PELO CORPO
NUTRIENTES
CRIAÇÃO DE ENERGIA

DESINTOXICADO
ÁLCOOL

05 ALIMENTOS QUE VOCÊ ENTENDI...


COME E 05 L1Q1111205 QUE
BEBE TÃO METABOLIZA1205
12E55A FORMA.

POR EXEMPLO, VEJA O QUE


ACONTECE vep019 QUE EU
BEBO UMA DELICIOSA TAÇA
DE VINHO.
DESINTOXICAÇÃO
000
o. METABOLISMO
000
000 A A A DlóXIDO DE CARBONO
,SWM:Ifflen44:. CK,:zç
0,METABOLISMO ÁGUA
O FÍGADO
O ÁLCOOL. PASSA DD 0 METABOLIZA O A PROFESSORA
PELO SANGUE E ÁLCOOL. PARECE ACOSTUMADA
CHEGA AO FÍGADO. AOS EFEITOS DA
BEBIDA...

O METABOLISMO é
REALIZADO POR PROTEÍNAS
NOSSA! AS PROTEÍNAS
NÃO PARAM De TRABALHAR CARAMBA,
'-..-7NA MEMBRANA CELULAR, NO CITOPLASMA, NO DENTRO DE MEU CORPO.
NOCLE0e EM TODAS AS OUTRAS ORGANELAS, MESMO QUANDO ESTOU MINHAS CÉLULA5
AS FUNÇÕES SÃO DIVIDIDAS ENTRE MUITAS JANTANDO OU REPOUSANDO TRABALHAM MAIS
PROTEÍNAS, PARA QUE O METABOLISMO SEJA POR CAUSA De UM QUE EU...
REALIZADO CONSTANTEMENTE. RESFRIADO...

0O0
METABOLISMO METABOLISMO

iAk ÁA. ie2S•


- 000
i. TFf
METABOLISMO METABOLISMO

UD U AAA
O QUE ACONTECE DENTRO DE SEU CORPO? 21
PRODUÇÃO DE ENERGIA

VOCÊ 17I55e QUE


ESTAVA COM
POUCO DINHEIRO
FALANDO NISSO, ESTE MÊS, NÃO
NEMOTO... vise?

HE HE O BEM, PARA SER


HE QUÊ?! HONESTO, ACHO
QUE ESTOU
NÃO, NÃO UM POUCO
2199e! QUER APERTADO.

NA SOCIEDADE
MODERNA, O
TENI4 dá/
DINHEIRO é CONTAR MEUS PROBLEMAS
ESSENCIAL FINANCEIROS PARA 05
PARA PROFESSORE ...
PRATICAMENTE
QUALQUER
ATIVIDADE, CERTO?

DA MESMA FORMA, A5
CÉLULAS TAMBÉM TÊM
ALGO ESSENCIAL PARA
SUAS ATIVIDADES.

UMA SUBSTÂNCIA
COMO O DINHEIRO,
MAS UTILIZADA NA5
REAÇÕES QUÍMICAS DE Ê A SUBSTÂNCIA
NOSSAS CéLULAS. QUE CHAMAMOS DE
APENO5INA TIVFO5FATO
OU ATP.

HUM... QUE TAL


A CHAMARMOS
APENAS DE ATP?

ZZ CAPÍTULO 1
O A777 E f550NCIAL
PARA MIJITA5
ATIVIPA17051

• eiNTE5E DE PROTEÍNAS
•ENERGIA PARA REAÇÕES QUÍMICAS
•REALIZAÇÃO PA FOTOeerNTESE

AT? COMO VOCÊ PODE VER, O ATP é


esENICIAI, PARA AS CÉLULAS e
O METABOLISMO, A55IM COMO O
DINHEIRO é E55ENCIAL PARA Nc55.
SERÁ QUE meus
VOCÊ NÃO POPE FAZER PROBLEMAS
NADA se NÃO TIVER FIZERAM-NA
PINHEIRO... ISSO é TÃO CHORAR?
DEPRIMENTE. INCRÍVEL!

PARA 5U5TENTAR OS TENHO QUE O ATP é


PROCE5505 CELULARES E FAZER MAIS ATP! CRIADO POR
METABóLIC05 eeeNCIA15, AS MITOCôNI71ZIA5
CÉLULAS TÊM DE PRODUZIR E PROTEÍNA5
UM SUPRIMENTO CON5TANTE ENCONTRADA5 NO
DE ATP. PARA 1550, PRECI5AM CITOSOL.
DE CONTEÚDO DE AÇÚCAR
(OU SEJA, 5ACARVE05*) E
OXIGÊNIO.

NÃO é EXAGERO DIZER QUE


COMEMOS e RESPIRAMOS
PARA CRIAR ATP, O QUAL SERÁ
UTILIZADO NA SUSTENTAÇÃO
DA ATIVIDADE DAS PROTEÍNAS.

Ê COMO LEMBRE-SE: O
TRABALHAR e ATP é A "MOEDA"
RECEBER UM ENERGÉTICA
OUTRO PIA, MAIS
SALÁRIO, NÃO?
UM TROCADO! UTILIZADA PELAS
* E-55e5 SACARVEOB TAMBÉM S'id, CHAMADOS PB CARBOVRATOB.
PROTEÍNAS PARA NO5
MANTER VIVOS.
Farossiwrese

O ÚLTIMO ASSUNTO Que


VEREM05 HOJE é A
FOT0551;VTE.

APRENDEMOS SOBRE 1550


ELA NA ESCOLA. mesmo!
A SÍNTESE DE PROTEÍNAS E A
PLANTAS VERDES PRODUÇÃO DE ENERGIA OCORREM
REALIZAM NA5 CÉLULAS DE TODOS OS
FOT055iNTESE, ORGANI5M05...
NÃO é?

D .. MAS A FOT055rNTESE 5(5


CPODE OCORRER NAS CÉLULAS
e
E PLANTAS, ALGAS ALGUMAS
BACTÉRIAS.

LUZ 20 50L

VEJAMes
DIAGRAMA:

11
24 CAPÍTULO 1
- &"()
..)
j,r7 SACARíPE05 sÃo
Nece55Ági09 PARA CRIAR
/ rr ATP, CERTO?
corA1-0

A FOT055rNTE5E é UMA
REAÇÃO QUE UTILIZA A
LUZ DO 50L. e PIÓXII70 E O OXIGÊNIO é CRIADO
PE CARBONO PARA
SINTETIZAR SACARVE05.
COMO UM SUBPRODUTO DA
FOTOSSiNTESE.

AGORA VOCÊ ENTENDE AH!


PORQUE AS PLANTAS SA".0
TM, IMPORTANTES PARA
CRIATURAS VIVAS COMO E AMBOS 5-,6t0--
N65? PRODUZIDOS PELA
FOTOSSiNTESE

5ACAROE05 E OXIGÊNIO
SÃO NECESSÁRIOS PARA ENTENDI
CRIAR ATP, ENERGIA PERFEITAMENTE!
ESSENCIAL PARA NOSSO
CORPO...

e AS PLANTAS NÃO
REALIZASSEM FOTOSSiNTESE, (
A VIDA SERIA TÃO CRUEL. MAIS UMA COISA QUE VOCÊS
NÃO cevem ESQUECER: A
FOTOSSiNTESE OCORRE NOS
CLOROPLA5T05, ORGANELAS
ESPECIAIS ENCONTRADAS EM
CÉLULAS DE PLANTAS.

*N.T.: "A MENINA DOS FÓSFOROS" é UM CONTO 120 POETA E AUTOR


DINAMARQUÊS HANS CHRISTIAN ANDERSEN QUE TRATA DOS SONHOS
E ESPERANÇAS DE UMA GAROTINHA PRESTES A MORRER. SUA O QUE ACONTECE DENTRO PE SEU CORPO? Z5
PRIMEIRA PUBLICAÇÃO É DE 1645 (FONTE: WIKIPéDIA).
3. Uma célula é o local de muitas reações químicas

ESTUDEI BASTANTE HOJE!


ACHO Que JÁ ESTOU MAIS
PERTO DE DOMINAR OS
SEGREDOS ma BIOQUÍMICA!
Ort.C5e 9? PROI.CISP.,

,15NA0
0PROD130,0
1001
57C Ct1Vg.ONIX

-050nCe
f..01

APRENDI BASTANTE SOBRE 05


PROCE5505 METABÓLICOS QUE
OCORREM NAS CÉLULAS, MAS NÃO
APRENDI NADA SOBRE BIOQUíMICAI

• . • • . • • • • • • • • • • • • • . • • ••• • • • • • ••••••. ••••••••• ..


••••••••••••••••••••••••••••••••••••.••••• •••••••
•••••.•• •• • .•.•.•.•.•.•
.•.•. . .•.•. . .
... ...
COMO ASSIM? .••

....
...•.•. ..'.'.•.•.•.•
.....
.•.•.•.•.•.•.•.•.•.•.'.•
..•..•..•.•..•..•..•..•..:.•
.•.'.•.•.•.•.'.•.'.

NÃO
MAS VOCÊ ESTUDOU ACREDITA em
BIOQUÍMICA! MIM?
C) SÍNTESE DE PROTEÍNAS

C) METABOLISMO

O pizovuçÃo DE ENERGIA

FOTOSSÍNTESE
TODOS 05
PROCESSOS QUE
VOCÊ APRENDEU
SÃO, DE FATO,
FENÔMENOS
1310GOMIC05.1

26 C.APITULO 1
5QUIC
BIOQUÍMICA DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS

o Que VOCÊ ACHA QUE


ACONTECE QUANDO
PROTEÍNAS SÃO
SINTETIZADAS? PARA
CRIAR LIMA
AMINOÁCIDOS PROTBNA!
E DEPOIS
O El SÃO- AGRUPADOS
--->
DOBRADOS

Ih.C2e)
NA VERDADE, UMA PROTEÍNA
É FORMADA POR MUITAS
MOLÉCULAS MENORES, OS
AMINOÁCIDOS.

HÁ 20 TIPOS COMUNS PROTEÍNAS ELES SÃO COMO COLARES


DE AMINOÁCIDOS Á DE DOCES? QUE BONITINHO!
USADOS PARA CRIAR CONTRAÇÃO MUSCULAR\ APOSTO Que VÃO UMA
PROTEÍNAS. CACTINA E MIOSINA)
eNZIMA5
\7 • ANTICORPOS
-E23-1111-4\--D-L. CABELO CQUERATINA)
o C2D
VTL -y —> PELE ccouseeNa
k
AMINOÁCIDOS E55E5 20 TIP05 PODEM SER
( COMBINADOS SM NÚMERO e ORDEM
DIFERENTES, CRIANDO VÁRIOS TIP05
DE PROTEÍNAS.

A SÍNTESE DE PROTEÍNAS é
REALIZADA PELOS goosomos,
Que FLUTUAM NO CITOPLASMA,
OU ESTÃO PRESOS AO RETÍCULO
ENDOPLASMÁTICO.

EMBORA ELES PAREÇAM GRÃOS


DE ARROZ, SE AUMENTARMOS SEU
TAMANHO, VEREMOS ave ELES TM
UM FORMATO ESTRANHO.

NA VERDADE, SE
SIMPLIFICARMOS UM
POUCO, UM RIBOSSOMO 5e
PARECE COM UM BONECO
DE Neve.
DE QUE FORMA
O RIE30550M0 O Riaosomo é O AH, ENTENDI! é NELE
FABRICA LOCAL em QUE 05 QUE 05 DOCES
PROTEÍNAS? AMINOÁCIDOS SÃO SÃO PRESOS PARA
REUNIDOS. FORMAR O COLAR.

NA VERDADE, UM RIBOSSOMO se
PARECE MAIS COM UM BONECO DE
NEVE DE CABEÇA PARA BAIXO.

QUANDO ESSES
AMINOÁCIDOS SÃO
"REUNIDOS", OCORRE UMA
REAÇÃO QUÍMICA, CERTO? REUNIDOS!
I

SEPARADOS
oII op
HiK1--Ç2- -N C 00 H
A/4 ‘-‘2"\\\
C 00 fi H H
ISSO MESMO! ESSA REAÇÃO REÚNE
DOIS AMINOÁCIDOS DIFERENTES.
Hz1\1 Coo h
DEPOIS, REAÇÕES ADICIONAIS OCORREM
AGRUPANDO AINDA MAIS AMINOÁCIDOS.
UM AMINOÁCIDO LOGO, LOGO você TERÁ UMA PROTEÍNA!

ISSO 6
NÃO SE ESQUEÇA, KUMI,
DE Que A BIOQUÍMICA EXATAMENTE O AMINOÁCIDOS SÃO
QUE NeMOTO COMBINADOS POR
é O ESTUDO 1205
DISSE QUANDO
PROCESSOS QUÍMICOS
,.,
REAÇÕES QUÍMICAS,
ESTÁVAMOS EM
Guie OCORREM DANDO ORIGEM A
MINHA CASA!
DENTRO DOS CORPOS PROTEÍNAS...
1205 ORGANISMOS
ASSIM, PODEMOS
DIZER QUE A SÍNTESE
......)
PE PROTEÍNAS é
E3/0Q/ M/GA!

28 CAPÍTULO 1
BIOQUÍMICA PO METABOLISMO

\/4:SCÊ SE LEMBRA PE QUANDO EU


DISSE QUE A TRANSFORMAÇÃO
PE UMA SUBSTÂNCIA EM OUTRA é
CHAMADA DE METABOLISMO? AHÃ

SUBSTÂNCIA A > SUBSTÂNCIA B

BEM, O METABOLISMO
TAMBÉM é UMA

• = UM ÁTOMO DE
REAÇÃO QUÍMICA!
Tr,
CARBONO

ÁCIDO
PIROVICO GLICOSE ÉÉÉ
5ACAfZiDEO GORDURA
(GORDURA NEUTRA)
POR EXEMPLO, A el..ICONFOGÊNE55, A LIPOGÊNE5E é A
QUE é REALIZADA PELAS CÉLULAS DO REAÇÃO QUÍMICA QUE
FÍGADO OU 205 RINS, é UMA REAÇÃO TRANSFORMA SACARiPEOS
QUÍMICA QUE TRANSFORMA ÁC//20 EM GORDURA QUANDO
PIRIVICO EM UM SACARÍDEO QUE SACARÍDEOS DEMAIS SÃO
CHAMAMOS PE Gi../COSE. ABSORVIDOS EM SEU CORPO. I

TAMBÉM NÃO
DEVEMOS ESQUECER
AROGeGO! A DESINTOXICAÇÃO PO
ÁLCOOL!
QUE NOJO! E-55A
REAÇÃO QUÍMICA
É TOTALMENTE
NOJENTA. ENTENDE AGORA,
KUMI?

SE VOCÊ ESTÁ
ESTUDANDO O
METABOLISMO,
E57:4
ESTUDANDO
1310671/MICA!

O QUE ACONTECE DENTRO DE SEU CORPO? Zci


BIOQUÍMICA DA PRODUÇÃO cie ENERGIA
GLICOSE ÁCIDO
A PRODUÇÃO DE PIROVICO
ENERGIA TAMBÉM

Õ --->
É UM TIPO DE
MeTABOLI5M0.

/)\‘
5UB5TANCIA A ----> SUBSTÂNCIA B
PARA PRODUZIR ENERGIA,
A GLICOSE É PRIMEIRO
TRANSFORMADA em ÁCIDO
P/RaV/C0 NO CIT050L.

HUM? JÁ NÃO FALAMOS


EM GLICOSE e ÁCIDO
PIRCNICO ANTES?

5IM! E5TA é A
VERSÃO INVERSA DA
eLicoNeoeâNese
CHAMADA GLIC.c51.15E.
GLIC61.15? alcoNeoeâNese

GLICOSE
ÁCIDO ÁCIDO GLICOSE
PIROVICO PIROVICO

A GLIC(.5L-15E
REFERE À QUEBRA
DE ACARiVE051

QUeE3RA TUDO,
Bem, ELA pope PARECER FÁCIL
A PRINCÍPIO, MAS O PROCESSO
Ê, NA VERDADE, UM POUCO MAIS
COMPLICADO QUE 1950.

[AT P] 4' C-0 2_ + Hzo


ÁCIDO ENERGIA
GLICOSE PIROWICO
CITOPLASMA I MITOCOSDRIAS
ISSO MESMO,
A QUEBRA DA GLICOSE é
NOSSA! QUANTAS MAIS COMPLEXA DO QUE
REAÇÕES QUíMICA5... VOCÊ TINHA IMAGINADO,
NÃO é MESMO?

AS 4117-0C(5 NPIzIA5 OXIGÊNIO A5 MITOCôNPRIA5


UTILIZAM ÁCIDO COE) 5ÃO OGUPAPINHAS,
PIRLIVICO E OXIGÊNIO ÁCIDO Né?
PARA CRIAR ENERGIA PIRÚVICO
(ATP).

Wid es,c, PRODUÇÃO DE ENERGIA é UM


PROCESSO COMPLEXO FORMADO
POR MUITAS REAÇÕES QUÍMICAS QUE
OCORREM SIMULTANEAMENTE em
VÁRIOS LOCAIS.

‘11111*
((/
BIOQUÍMICA DA FOTO55iNTE5E

POR FIM, VAMOS


ANALISAR A
FOTO55iNTE5E DAS
PLANTA5.

UMA REAÇÃO QUÍMICA


COMPLEXA OCORRE
QUANDO A LUZ ATINGE
O
05 CWROPLA5T05 2A5
CéLULA5 DE UMA PLANTA.

O DIÓXIDO De CARBONO é UTILIZADO


COMO MATÉRIA-PRIMA PARA CRIAÇÃO
DE 5ACARíDE05, COMO A GLICOSE...

LUZ

ENTÃO, KUMI, O QUE VOCÊ


NOTOU EM TODOS E55E5
PROCE5505 CELULARES?
POR ACASO TÊM ALGO em
CLOROPLASTO5 COMUM?

ELES SÃO
TODOS
REAÇ'õe5
QUÍMICA5?

32 CAKTULO 1
HÁ UMA C015A Que
você DEVE APRENDER
COM A AULA DE HOJE...

QUE TOPOS 00
PROCE0000 QUE
OCORREM EM
NOA CÉGULA0 0.0
IZEAÇõE0 QUIMICA0,1
fi/E5TE EXATO INSTANTE,
INCONTÁVEIS IZEAQõE0
QUÍMICAS ESTÃO
OCORRENDO ~O
PE VOCÊ/

Va ‘Cilè'f

<-

e NÃO só 1550, É INCRÍVEL


ELAS TAMBÉM ESTÃO ESTAR VIVA...
OCORRENDO A UMA E O FATO DE QUE TUDO
VELOCIDADE INcRivet. — 1550 ESTÁ OCORRENDO
NUM PISCAR DE OLH05! DENTRO DE CÉLULAS
TÃO PEGUENINA5... é
FANTÁSTICO!
A BIOQUÍMICA
é REALMENTE MUITO BEM!
INTERES5ANTEi
VAMOS
TERMINAR A
LIÇÃO PE HOJE
POR AQUI!

A REGULAÇÃO RIGORO5A
['esses PROCE5505
GARANTE QUE TUDO
OCORRA NA ORDEM
CORRETA, O QUE é
E55ENCIAL PARA A VIDA
ceLuLAR.
BEM, TIVEMOS UM
DIA BEM CANSATIVO.
voct DEVE ESTAR
EXAUSTA.

COM CERTEZA,
MA5 FOI MUITO
PAP05 PO INTERE55ANTEI
ROB0eATO. MUITO OBRIGADA!

...NEMOTO?

• •• • • • •
APERTA

VOCÊ TEM CERTEZA PE


QUE seu wregesse é
PELA BIOQUíMICA...

34 CAPITULO 1
O QUÊ?
DE JEITO NENHUM! EU Só isms EU ACHO
QUERO QUE A5 PESSOAS VOCÊ é
QUEM 5ABE... QUE HÁ UMA
>- SE INTERESSEM POR "QUÍMICA" ENTRE
BIOQUÍMICA, É Só ISSO! VOCÊS DOIS.

ISSO é UM ABSURDO! ESTÁ BEM,


SOU APENAS UM NEMOTO. NÃO
CIENTISTA INOCENTE! DIGA MAIS
EU JAMAIS - NADA. ENTENDO
PERFEITAMENTE.
o

FAZ ANOS QUE


NÃO VEJO UM PODE ME CHAMAR...
GAROTO TÃO DE PROFESSORA
APAIXONADO. DO AMOR! .r

HÁ APENAS
UMA COI5A
UE P0550 Nr,
FAZER!
Á. Conhecimentos fundamentais de bioquímica
e • ••• a • • • 411 • • • ********** ••• .• • • • * o • • • olo

Nesta seção, explicaremos alguns termos técnicos que você deve conhecer para estudar
bioquímica.

CARBONO
Vamos iniciar examinando um elemento químico extremamente importante na bioquímica
— o carbono.
O carbono é o elemento identificado pelo símbolo químico C e que possui número atô-
mico 6 e peso atômico 12,0107. Ele é o componente fundamental de toda vida conhecida,
e por este motivo as pessoas se referem aos organismos da Terra como "vida baseada em
carbono". O carbono é a base de todos os compostos orgânicos, e os corpos dos organismos
vivos são formados quase que apenas por esses componentes. O carbono é ideal como base
de moléculas orgânicas complexas, como biopolímeros, pois forma quatro ligações estáveis,
o que é um número surpreendentemente alto para um elemento. Proteínas, lipídeos, saca-
rídeos, ácidos nucleicos e vitaminas são todas substâncias construídas a partir do carbono.
Ainda que o carbono seja comum na Terra — na biosfera, litosfera, atmosfera e hidros-
fera — há uma quantidade finita dele, por isso devemos reciclá-lo e reutilizá-lo. Ao longo do
tempo, um átomo de carbono passa pelo ar, pelo solo, pelas roçhas e pelas criaturas vivas
por meio de ciclos biogeoquímicos. O carbono de seu corpo hoje pode um dia ter sido parte
do corpo de um dinossauro!

LIGAÇõe5 QUÍMICAS
Quando o carbono se combina a outros elementos, como oxigênio, hidrogênio ou nitrogênio,
são produzidos compostos químicos diferentes. Exceto para certos gases, como hélio e argô-
nio, praticamente todas as substâncias químicas são compostas de moléculas, dois ou mais
átomos presos por uma ligação química. Por exemplo, uma molécula de água (I-120) é criada
quando dois átomos de hidrogênio (H) e uni de oxigênio (0) são reunidos.
Há vários tipos de ligações químicas. Alguns exemplos incluem ligações covalentes, nas
quais os elétrons são compartilhados por um par de átomos, ligações iônicas, nas quais
átomos de cargas opostas são atraídos uns pelos outros, e ligações metálicas, nas quais um
grupo de elétrons gira ao redor de vários átomos de metal.
As quatro ligações estáveis que o carbono forma são todas ligações covalentes.

BIOPOLÍMER05
Biopolímeros são moléculas extremamente importantes no estudo da bioquímica.
Biopolímero é um termo genérico que usamos para indicar moléculas orgânicas modu-
lares de tamanho grande. Modular significa "formadas por unidades repetidas", como as
contas de um colar. Proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos e polissacarídeos são todos biopo-
límeros. Como tendem a ser moléculas consideravelmente grandes, biopolímeros podem
formar estruturas complexas, o que faz com que sejam de grande utilidade em sistemas
avançados como células.
Biopolímeros são capazes de formar essas cadeias complexas, pois são mais do que
simples contas de um colar. Vamos pensar nas proteínas, por exemplo. Imagine uma pro-

36 CAPÍTULO 1
teína corno um colar formado por vários blocos LEGO que podem ser todos conectados
uns aos outros. Como você pode facilmente torcer o colar, não importa se os blocos estão
próximos ou distantes. Ainda assim as propriedades de cada bloco fazem com que alguns
se conectem mais facilmente que outros. Se esse colar tivesse 1,5 km de comprimento;
imagine quantas combinações estranhas e complexas você poderia criar. Não é exatamente
assim que proteínas funcionam, mas você pode ter uma ideia.

ENZIMAS
Como a bioquímica explica a vida do ponto de vista químico, é vital compreender corno as
reações químicas ocorrem, e as enzimas são essenciais para essas reações. Enzimas são
proteínas que atuam como catalisadores, ou seja, aceleram a taxa das reações químicas.
Enzimas catalisam praticamente todas as reações que ocorrem dentro de um organismo.
Em uma reação química catalisada por uma enzima, a substância sobre a qual a
enzima atua é chamada de substrato. A nova substância formada durante a reação é cha-
mada de produto. A atividade da enzima é afetada pelo ambiente dentro do organismo
(temperatura, pH e outros fatores), pela disponibilidade do substrato e, em alguns casos,
pela concentração do produto.
Ainda que a maioria das enzimas sejam proteínas, descobriu-se recentemente que um
tipo especial de ácido ribonucleico (RNA) pode atuar como catalisador em certas reações
químicas. A isso chamamos de enzima RNA, ou ribozima.

OXIDAÇÃO-REDUÇÃO
Enzimas podem ser classificadas em seis tipos, os quais apresentaremos em detalhes no capí-
tulo 4. A oxidação-redução é uma das reações mais importantes nas quais as enzimas podem
atuar e ocorre quando elétrons são trocados entre duas substâncias. Se a substância perde
elétrons, dizemos que foi oxidada. Se ela ganha, foi reduzida. Normalmente, quando uma
substância é oxidada, outra é reduzida, por isso se diz que a oxidação e a redução ocorrem
simultaneamente.
O movimento de íons de hidrogênio (H+, ou prótons) muitas vezes acompanha a troca
de elétrons em um organismo, enquanto os compostos NADPH, NADH e semelhantes (que
discutiremos no capítulo 2) funcionam como agentes redutores em outras substâncias.

RESPIRAÇÃO
No capítulo 2, analisaremos a respiração. Em seu sentido mais amplo, a respiração é o pro-
cesso de obtenção de energia pela quebra de compostos maiores. Entretanto, essa definição
serve apenas para fornecer uma vaga noção de seu significado.
Mais especificamente, quando a respiração ocorre, uma substância orgânica (por
exemplo, os carboidratos que formam o espaguete) é quebrada em componentes inorgâni-
cos mais simples, como dióxido de carbono(CO2) e água (H20). Energia é produzida quando
elétrons são transferidos entre moléculas (oxidação-redução), em um tipo de linha de
produção, até que cheguem ao oxigênio (02). Esse processo é conhecido como respiração
interna ou respiração celular.
O oxigênio que mencionamos anteriormente é muito importante na respiração. Ele
vem do ar que respiramos, e o dióxido de carbono é produzido como resíduo da resultado
da respiração celular. Quando utilizamos os pulmões para inalar oxigênio e exalar dióxido de
carbono, ocorre o que chamamos de respiração externa.

O QUE ACONTECE DENTRO DE 5EU CORPO? 37


MeTABOLI5M0
Os processos que alteram as substâncias químicas de um organismo são chamados de
metabolismo. Em termos gerais, o metabolismo pode ser dividido em metabolismo de
substâncias e metabolismo de energia. Ainda assim, como esses dois tipos ocorrem juntos
durante o metabolismo, a distinção entre eles não é muito clara. Neste livro, quando nos
referirmos a metabolismo, você deve entender que estamos falando do metabolismo de
substâncias.
Metabolismo de substâncias Refere-se às alterações em substâncias que ocorrem
em um organismo, incluindo as reações químicas catalisadas por enzimas. Mais
especificamente, uma reação que quebra uma substância complexa em substâncias
mais simples é chamada de catabolismo; enquanto uma reação que sintetiza uma
substância mais complexa é chamada de anabolismo.

Metabolismo de energia Refere-se à energia obtida ou perdida em processos


anabólicos e catabólicos dentro de um organismo, incluindo reações nas quais a
energia criada via respiração ou fotossíntese é armazenada como ATP ou como outros
intermediários energéticos.

38 CAPÍTULO 1
FOTO9iNTe5E e RePIRAÇÃO

i********** 11•41k
1. Ecossistemas e ciclos
1••••• ***** 41.111, 666666666666 ••••• •••(

ecos9i5TemA E O CICLO ElOeEOQUÍMICO

A COMIDA egrÁ
UMA DELÍCIA,
e esTe PARQUE é
TA-0 LINDO!

A COMIDA FEITA PELA ALMOÇAR ENTRE


PROFE550RA KIJIZOSAKA ÁRVORES E 50B UM
DeLIG105Ai CU CLARO COMO
eU TROUXE O ve HOJE é MUITO
BA5TANTE, POR AGIZARÁVEL...
1550 COMAM À
o VONTADE.
o

é JUSTAMENTE
POR 1550 Que
PfZECI5AMO5
5EMPRe
PROTEGER O
MEIO AMBIENTE
01,0f3AL-

/j/
CERTEZA!
FAREI MINHA
EM VEZ 21550, COMEREI
PARTE DEIXANDO APENAS SORVETE. /
II
ve UTILIZAR 0 AR QUANDO O DIA ESTIVER
C,,of.):
. •101CIONADO!
._ MUITO QUENTE.

TÃO eauviNHO,
QUE GOSTOSO!

NÃO FOI BEM


1550 QUE EU
QUI5 DIZER...

BEM, A EXPRE55ÃO
"meio AMBIENTE GLOBAL" é
UM POUCO AMBÍGUA... COMO
POSSO 5ABER EXATAMENTE O
Que VOCÊ QUIS DIZER?

SERÁ QUE VOCÊ ESTÁ


CONFUSA PORQUE E5TAMO5
FALANDO EM UMA ESCALA
MUITO GRANDE?

CLARO QUE 5IM! A IDEIA ve 5C0/TEMA ESTÁ MUITO


PRÓXIMA 20 QUE CHAMAMOS DE
VAMOS EXPLICAR À KUMI 0 MEIO AMBIENTE.
QUE FORMA O MEIO AMBIENTE
DO PLANETA TERRA. UM EC0S5I5TEMA se REFERE
COLETIVAMENTE A TODAS A5 PLANTAS,
ANIMAIS E ORGANISMOS QUE HABITAM UMA
ÁREA ESPECÍFICA, ALÉM DOS ELEMENTOS
NÃO VIVOS vesse MESMO AMBIENTE...

.5‘
•\1

UM ec09si9temA INDICA QUE


TODO5 Eses ELEMENTO
FAZEM PARTE ve UM TODO,
OU 515TEMA, ÚNICO.
COMO TODA A VIDA
DA TERRA ESTÁ NÃO é EXAGERO
INTERCONECTADA POR CONSIDERARMOS O MEIO
CICLOS NATURAIS... AMBIENTE GLOBAL COMO
seu PRÓPRIO ENORME
ecossisTemA.

MAS COMO UM ... EM NO550


ECOSSISTEMA TÃO GRANDE A50, TEMOS QUE
PoPe SER SUSTENTADO? CONSIDERAR GOMO UM
ECOSSISTEMA SE FORMA
QUIMICAMENTE.

A CADEIA ALIMENTAR é AFINAL,


IMPORTANTE — ELA INDICA ESTAMOS
QUAIS ORGANISMOS SE FALANDO DE
ALIMENTAM DE OUTR05, MAS_ BIOGIMICA1

TUDO ESTÁ CONECTADO


PELO CICLO
1310G00C214-411CO.

ESSE CICLO... SERIA


ALGO QUE GIRA sem
PARAR?
EXATAMENTE!

VAMOS ANALISAR
OS CICLOS
BIOGEOQUÍMICOS.

42 CAPÍTULO Z
410 O aue é O CICLO sioeeoauímico?

Os elementos do ecossistema global, incluindo a cadeia alimentar, a respiração


e a fotossintese, são todos parte de um ciclo global conhecido como ciclo
biogeoquímico.

CARBONO PO AMIDO DAS


BATATAS (C)
[Go.)

ALIMENTAÇÃO
• tco4
RESPIRAÇÃO

CARBONO UTILIZADO COMO


comau5TíveL e MATÉRIA-PRIMA
PARA O CORPO

Quando um organismo, como um urso, se alimenta de outro organismo, um


peixe, por exemplo, o material que formava o peixe torna-se parte do urso.
Uma substância muito importante nessa transferência é o carbono (C).

Analise o diagrama anterior. Se Kumi comer uma batata, o carbono da batata


passará para seu corpo.

E quando eu respirar, o carbono que estava dentro de meu corpo se tornará


dióxido de carbono (CO2), sendo expelido para a atmosfera.

Isso mesmo! Então, o carbono que deixou seu corpo será capturado pelas
plantas por meio da fotossintese e transformado no carbono que forma o
amido (que é um tipo de sacarideo).

Quando essa batata for comida pela Kumi (ou ainda por outro animal faminto,
como uma vaca), o carbono retornará novamente para o corpo de um animal.

FoTo55iNTe5e e RESPIRAÇÃO 43
Como a Kumi também se alimenta de carne, o carbono também pode passar
da vaca para a Kumi.

Hum... adoro una cheeseburguer saboroso!


Então o carbono se movimenta bastante, né? Por acaso esse é o processo
que chamamos de ciclo biogeoquírnico?

Sim! E saiba que a Terra inteira está executando esse ciclo em uma escala
gigantesca.

OUTRAS
ATIVIDADES
HUMANAS

Nossa! Então o arroz, as batatas e as maçãs que eu como estavam todos


originalmente relacionados ao dióxido de carbono que outra pessoa exalou.

E esse processo não vale apenas para o carbono. O hidrogênio (H), o oxigênio
(0), o nitrogênio (N) e o enxofre (5) também têm seus ciclos na Terra, indo
de organismo para organismo, sendo emitidos na atmosfera, dissolvidos no
oceano ou enterrados a grandes profundidades.
Quando esse ciclo funciona corretamente, o ecossistema e o meio
ambiente global estão saudáveis.

44 CAPÍTULO Z
n

Oh CICLO PO CARBONO

Agora explicarei o ciclo do carbono um pouco mais detalhadamente.

Hum, carbono? Sei que já falamos dele, mas ainda não sei exatamente o que
ele é.

Não se preocupe! Nemoto, será que você pode fazer uma revisão para a Kumi
de algumas informações básicas sobre o carbono?

Claro. O carbono é um dos elementos químicos mais importantes para


criaturas vivas como nós.
Ele ocupa o centro dos aminoácidos, blocos fundamentais das proteínas.
É o elemento que cria a estrutura dos sacarídeos e lipídeos, além de ser parte
essencial do DNA.

ELE ESTÁ AQUI.

H2N COOH

E TAMBÉM MUITAS
VEZES AQUI.
OH

AMINOÁCIDO GLICO5E-

VOCÊ ENCONTRARÁ
ALGUNS ATA MESMO
AQUI.
H COOH

ÁCIDO GRAXO

Viu só? O C é essencial para todas essas substâncias.

FOTOSSNTESE E RESPIRAÇÃO 45
É verdade. Parece que teríamos sérios problemas se não tivéssemos nenhum
C. Ele é realmente importante!

Quando o carbono deixa o corpo de um organismo, ele pode se ligar a dois


átomos de oxigênio para se tornar dióxido de carbono (CO2 ) ou a quatro átomos
de hidrogênio para se tornar metano (CH4).

O=C=O

Dióxido de carbono Metano

Da mesma forma, também pode se acumular a grandes profundidades e,


depois de um longo período de tempo, se tornar petróleo bruto, carvão e, em
alguns casos, até mesmo diamante.

Petróleo! Diamantes! Nossa, como o carbono é valioso!

É verdade, mas não se esqueça: não só as riquezas são importantes. A forma


como o carbono circula também é extremamente importante. Romper esse
equilíbrio poderia fazer com que a concentração de dióxido de carbono na Terra
aumentasse continuamente...

O que seria um problema sério, não é?

Caramba, isso seria muito chato...

Bem, pense da seguinte maneira: se você consegue compreender a Terra como


um sistema circulante, e também consegue pensar em seu corpo da mesma
forma, então fica fácil perceber a importância de um equilíbrio saudável e dos
perigos do rompimento desse equilíbrio. Esse conhecimento permite que você
avance na busca da saúde e da beleza!

46 CAPÍTULO Z
"Busca da saúde e da beleza"? Agora sim estou interessada!

(Uau, a professora Kurosaka realmente sabe motivar a Kumi...)

Vamos dar uma olhada novamente nesta figura:

FOTO551NTe5E LUZ RESPIRAÇÃO

CO.

01
1

i
ALIMENTAÇÃO

CARBONO DO AMIDO DA5 CARBONO UTILIZADO COMO


BATATAS COMBUSTÍVEL e MATÉRIA-PRIMA
PARA O CORPO

Veja a seção CO à esquerda. Ela representa o fluxo do carbono no qual as


plantas retiram dióxido de carbono da atmosfera durante a fotossíntese
e o utilizam como matéria-prima para criação de sacarídeos.
Agora, veja a seção OO à direita. Esse é o fluxo do carbono no qual os
sacarídeos de que falamos são utilizados por uma criatura viva, e por
meio desse processo, os carbonos se tornam novamente dióxido de
carbono e retornam para a atmosfera, graças à respiração.
Vamos falar um pouco mais sobre esses dois fluxos. Agora que
terminamos o almoço, podemos realmente devorar esse tópico!

Muito legal!

FOT0551NTB5E E RE5PIRAÇÃO 47
2. Sobre a fotossíntese
O** • • • •• • • • ***** • • •• • • • • O* • *************** a ***** • ************** • ****** 4

00 A IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS


Na base do ecossistema, plantas, algas e algumas bactérias fornecem alimento para todas
as criaturas vivas. A maioria desses organismos utiliza um processo que chamamos de
fotossíntese, no qual sacarídeos e oxigênio (02) são produzidos a partir do dióxido de car-
bono, pela quebra de átomos de égua, utilizando a energia do Sol. Sacarídeos também são
conhecidos como carboidratos e são essenciais para criaturas vivas como nós.

LUZ PO 50L emei0o. 5AGAR0505 =


CARBOIDRATOS

É por isso que as plantas são chamadas de produtoras. Por outro lado, nós, animais,
somos chamados de consumidores.
A fotossíntese é importante não apenas por criar sacarídeos. Ela também mantém uma
concentração equilibrada de dióxido de carbono na atmosfera e produz o oxigênio necessá-
rio é sobrevivência dos animais vivos.

Como você pode imaginar, o desmatamento feito pelos seres humanos reduz significa-
tivamente o número de "produtores", afetando o delicado equilíbrio do ciclo biogeoquímico e
potencialmente ameaçando seres "consumidores" (como nós!).
Agora, vamos analisar mais de perto a forma como as plantas utilizam a luz do Sol
para criar sacarídeos.

48 CAPÍTULO Z
41I ESTRUTURA DO CLOROPLA5TO
Esta imagem (cortesia do robogato) mostra organelas verdes chamadas cloroplastos que
existem dentro da célula de uma planta.
Dentro de um cloroplasto, temos estruturas com a forma de pequenos sacos, empi-
lhadas em várias camadas, formando estruturas peculiares. Cada um desses "sacos" é
chamado de tilacoide, enquanto urna pilha de tilacoides é chamada de grana.
MEMBRANA EXTERNA
(CAMADA DUPLA LIKDICA)
MEMBRANA INTERNA
CLOROPLASTO _)-----\(CAMADA DUPLA LIPOICA)

-MS»
4211k,
'NCEIlle
eado
GRANA
~110
caeowode~
calow~~
CIM

TILACOIDE

C5TRUTURA DE UM GLOROPLA5TO

A membrana tilacoide é uma camada dupla composta principalmente de fosfolipídeos,


assim como as membranas das células.
Agora, vamos analisar a superfície da membrana tilacoide.

AGLOMERADO DE
MOLéCULA5 DE
CLOROFILA

GRANA

TILAcove

ESTRUTURA DO TILACOIDE

Vê os grupos de pequenos grãos que parecem estar impregnados na superfície do tila-


coide? Cada um deles é um aglomerado de moléculas que chamamos de clorofila, assim
como de várias proteínas que auxiliam na fotossíntese.
Moléculas de clorofila absorvem a luz do Sol. Entretanto, não podem absorver o espectro
inteiro; elas refletem a luz verde da luz solar, fazendo que as plantas tenham a aparência de
cor verde para nós.

FOTOSSiNTESE E RESPIRAÇÃO 4q
FOT055iNTE5E - A REAÇÃO PE FOTOF05FORILAÇÃO

BEM, COMO
ENCONTRAMOS
UM LOCAL TÃO
AGRADÁVEL...

POR QUE NÃO


CONTINUAMOS
NO55A LIÇÃO
AQUI MESMO,
NO PARQUE?
HUM, VOCÊ TEM
CERTEZA DE QUE O
LABORATÓRIO NÃO é
MELHOR?

MA5 VAMOS FALAR DA


FOT055iNTESE!

VOCÊ NÃO ACHA Que UM AMBIENTE


PE ESTUDO A CÉU ABERTO É TALVEZ...
MELHOR DO QUE FICAR FECHADO
NO LABORATÓRIO?

EU JÁ APRENDI SOBRE A MAS SERÁ QUE VOCÊ SABE COMO


FOTO551NTESE! HUMANOS NÃO AS PLANTAS PRODUZEM OXIGÊNIO
PODEM FAZÊ-LA — APENAS AS E SACARVE05 A PARTIR DA LUZ DO
PLANTAS! 501.? VOCÊ SABE COMO FUNCIONA
O PROCESSO DA FOT0551NTESS?
ELAS UTILIZAM A LUZ DO 50L E
O DIÓXIDO DE CARBONO PARA
CRIAR OXIGÊNIO E SACARVE05,
CERTO?

FOT055iNTESE URG

SAGAROE0
GAR130112RATO

SIM, 1550
MESMO!
A FOTOF05FORILAÇÃO é A
AS DUAS REAÇÕES CRIAÇÃO PE ENERGIA USANDO
MAIS IMPORTANTES DA A LUZ DO 501-
FOTO5SiNTE5E SÃO A
FOTOF05FOR1440-0 e A A FIXAÇÃO 20 DIÓXIDO PC
FIXAO-0 PO 0/ÓXIDO DE CARBONO UTILIZA ESSA
CARBONO. ENERGIA PARA SINTETIZAR
SACARÍDE05.

LUZ DO SOL
NECESSÁRIA

PRIMEIRO,
ESTUDAREMOS A
FOTOFOSFOR ILAÇÃO.

VAMOS INVESTIGAR poremo5 UTILIZAR


O LOCAL EM QUE A O ROBOGATO
PARA MERGULHAR
FOTOFOSFORILAÇÃO é E EXPLORAR O
REALIZADA DENTRO DE INTERIOR DE UMA
UM CLOROPLASTO. PLANTA!

ESSA é A IMAGEM DE CADA UMA DELAS é


UM TILACOIDE DENTRO Vé ESSAS VÁRIAS UM AGLOMERADO
DE UM CLOROPLASTO. SALIÊNCIAS? DE MOLéCULAS DE
CLOROFILA E cie VÁRIAS
PROTEÍNAS.

DÚZIAS 12E MOLÉCULAS DE


CLOROFILA FAZEM PARTE DE
CADA GRUPO, E CAPA UMA DESSAS
MOLÉCULAS ABSORVE A LUZ DO
SOL COMO UMA PEQUENA ANTENA
PARABÓLICA.

FOTOSSiNTESE E RESPIRAÇÃO 51
VAMOS NO5
APROXIMAR DA
MEMBRANA TIL-Acare.

CLOROFILA e ..--,--,---,r-,,---', .-..,


" ffilee.
COMPLEXO DE S?S r",---,--, --,-,
FLUXO DE
,--,-, -, -,'"-N
,---,--,r-,---‘,---, ---9=20
. .m.
PROTEÍNA Ar" • --x->,_--,,,
,,-, ,R2(ArA‘ R, ELÉTRON
~11.
'- ,,_,_,...
,,
-,--,--,-,
,,,,,,,~ wm*,
,--, „ . ..9 9 944,9 9 9 9 9 9 94"
,---,-..--,r-,---u--,f-Nr-.r..r-w---N
r--,---,,--, r-,
1 1•

MEMBRANA
DUPLA DO
TILAcove

FOTOS5ISTEMA II COMPLEXO FOTO55ISTEMA I ATP SINTAS&


CITOCROMO Be-F
Shik
ESTE COMPLEXO DE REALMENTE! MAS e5PeRE...
CLOROFILA E PROTEÍNA O QUE SÃO e55A5 OUTRAS
PARECE ESTAR INSERIDO eSTRUTURA5 DE FORMATO
NO MEIO DA MEMBRANA ESTRANHO?
TI LACO
essAs...

ELAS SÃO PARTE DA CADEIA


DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS. AAAAI! PRIMEIRO ESTÁVAMOS FALANDO
CADA UMA veseAs ESTRUTURAS DA FOTOSSiNTESE NAS PÉ-ANTAS. DE
ve FORMATO ESTRANHO é UM REPENTE APARECEM TAMBÉM 05
COMPLEXO FORMADO POR ELéTRON5. ACHO Que MINHA CABEÇA
vivegske PROTEÍNAS. TODAS NÃO VAI AGUENTAR...
eeeemciAle
FOTO55íNTESE.

52 CAPÍTULO 2
BEM COMO vocÊ JÁ DEVE
SABER, TUDO AO NO550 REDOR
É FORMADO POR ÁTOMOS. TODO
ÁTOMO TEM UM CENTRO QUE
CHAMAMOS DE NÚCLEO... e UM GRUPO DE
ELÉTRONS QUE GIRA
AO SEU REDOR

DEIXE-ME
EXPLICAR MAIS
QUANDO A LUZ 170 501. DETALHADAMENTEM
ATINGE A CLOROFILA,
A MOLÉCULA é
"EXCITADA" PELA
__E
___NEROIA DA LUZ. X

bUZ
QUANDO 1550 OCORRE,
UM DO5 ELÉTRONS
DA MOLÉCULA ACABA
VOANDO PARA FORA DE
SUA ÓRBITA*.

NA VERDADE, OS ELÉTRONS SAEM DA ÓRBITA APENAS DA CLOROFILA DO CENTRO DE REAÇÃO CENTRAL. AS OUTRAS MOLÉCULAS DE CLOROFILA ATUAM
COMO AMPLIFICADORES QUE FORNECEM ENERGIA AO CENTRO DE REAÇÃO, PERMITINDO O DESPRENDIMENTO DOS ELÉTRONS.

O ELÉTRON LIVRE é ENTÃO AHÁ! AGORA EU ENTENDI!


ENTREGUE A OUTRO COMO 05 ELÉTRONS SÃO
COMPLEXO DE PROTEÍNAS TRANSMITIDOS PARA OUTRO
PRÓXIMO PA CLOROFILA. COMPLEXO, ESTA á A "CADEIA DE
TRANSPORTE DE ELÉTRONS!"
ESSE OUTRO COMPLEXO DE PROTEÍNAS
TAMBÉM ESTÁ INSERIDO NA MEMBRANA
TI LACOI ve.

VOCÊ SE LEMBRA DAS


VÁRIAS ESTRUTURAS PE
FORMATOS ESTRANHOS
QUE VIMOS ANTES?

AQUELE ELÉTRON é
REABASTECIDO PELA QUEBRA ENTÃO UMA
DE MOLÉCULAS DE ÁGUA, E O PLANTA NÃO
GÁS o,
É PRODUZIDO COMO PODE REALIZAR
RESULTADO. FOT0551NTE5E
5E NÃO TIVER
ÁGUA.
OS COMPLEXOS DE PROTEÍNAS
FAZEM MAIS DO QUE APENAS
TRANSPORTAR ELÉTRONS EM UMA
ORDEM PREDETERMINADA. VOCÊ FALOU em ATP ANTES,
MAS ACHO QUE ESSA é
UMA MOLÉCULA CHAMADA IVAPPH é PRIMEIRA vez QUE OUÇO FALAR
SINTETIZADA Nese PROCESSO, E A em NADPH...
ATP é CRIADA AO FINAL DA CADEIA.

o NADPH CONSISTE em UM
ELÉTRON E UM PRÓTON (iON DE
HIDROGÊNIO) ADERIDOS A UMA
MOLÉCULA QUE CHAMAMOS DE PRÓTON
ACEPTOR 12 HIDROGÊNIO. ELA
é CRIADA PELA NADPH REDUTASE.

?ove
POR AQUI O NADPH POPE 5ER IMAGINADO
DENTRO! COMO UM LOCAL PE ARMAZENAMENTO
TEMPORÁRIO PARA UM ELÉTRON E UM
PRÓTON, EXIGIDOS PELA REAÇÃO PE
XAÇÃO1701716X1170 DE CARBONO QUE
VIMOS ANTES*.
EM OUTRAS PALAVRAS, O NADP+ é "REDUZIDO" e O NADPF1, CRIADO (CONSULTE A PAGINA 37 PARA UMA EXPLICAÇÃO SOBRE REDUÇÃO),
A ENERGIA GERADA é APENAS UM "FLUXO PE AGORA, VAMOS
ELÉTRONS" QUE, NESSE SENTIDO, ATUA COMO A ANALISAR A FORMA
ELETRICIDADE QUE TEMOS EM NOSSA CASA. COMO O ATP é
CRIADO PELA
FOTOFOSFORILAÇÃO!

HORA DO CAFé
DA MANHÃ!_

FLIP

A CADEIA PE TRANSPORTE PE ELÉTRONS TAMBÉM CRIA UM


"FLUXO DE ELéTRONS". SUBSTÂNCIAS COMO O ATP SÃO
SINTETIZADAS POR ee FLUXO DE ELÉTRONS.

54 CAPÍTULO 2
PA550 1 CFOT05515TEMA II)
A LUZ 170 SOL ATINGE A
CLOROFILA.*

PA550 Z
A ENERGIA DA LUZ PROVOCA
UM ESTADO EXCITADO NA
CLOROFILA, FAZENDO QUE
UM ELÉTRON e- SEJA EMITIDO
E TRANSMITIDO. AO ME-5M0
/ Tempo, UM PRÓTON 11+ É
ACUMULADO NO LÚMEN DO
TILACOve.

NADPH
PA550 3 CFOT05515TEMA I)
O ELÉTRON Ce-) E UM
PRÓTON SÃO CAPTURADOS
PELO NAPP', E O NAPPH é
PRODUZIDO.

PA550 4
QUANDO 05 PRÓTONS ar)
055 TA QUE FORAM COLETADOS
NO LomeN DO TILAcoive
ESTÃO PRESTES A DEIXÁ-LO
EM RAZÃO DO GRADIENTE
DE CONCENTRAÇÃO,"
ELES PASSAM PARA A ATP
SINTASE. NESTE CASO, ATP é
SINTETIZADO A PARTIR DE APP.

** FORÇA QUE FAZ QUE UMA SUBSTÂNCIA


FLUA NATURALMENTE DE UM AMBIENTE
17E ALTA CONCENTRAÇÃO PARA UM OU-
TRO DE BAIXA CONCENTRAÇÃO.

O FOT05515TEMA I TAMBÉM TEM CLOROFILA. AQUI TAMBÉM H,4 AB5ORÇAO DE ENERGIA,


E 05 eLéTRON5 QUE FORAM TRAN5PORTA205 DO FOT05515TEMA II SÃO NOVAMENTE
EXCITADOS.

ENTENDI! VENDO O
PROCESSO EXPLICADO
DESSA FORMA, TUDO
FAZ MAIS SENTIDO!

GRAÇAS A ESSE
"FLUXO DE ELÉTRONS",
NAPPH e ATP SÃO
PRODUZIDOS!
O MAIS IMPORTANTE AQUI
É A REAÇÃO Que CRIA O ADP, COM DOIS GRUPOS
ESSE ATP CHAMADA DE FOSFATOS, SE TORNA ATP
FO5FOR1440-0. CADENOSINA TRIFOSFATO)
SB MAIS UM GRUPO
F05FORILAÇÃO? FOSFATO FOR ANEXADO.
QUE TIPO DE
REAÇÃO é E55A?

BEM, VEJA... AQUI TM0 A


ESTRUTURA 170 APP CADEN05INE
17IPHOSPHATE, OU ADEN105INA
17IFOSFATO).

ATP

A REAÇÃO Que
ANEXA E55E NOVO
GRUPO FOSFATO é A
FOSFORILAÇÃO1

AH, ENTÃO DEVE SER


DAÍ Que vem O NOME
"FOTOFOSFORILAÇÃO"!

LEMBRE-SE: O ATP TAMBÉM é A "MOEDA"


UTILIZADA EM OUTRAS REAÇÕES ALÉM DA
FOT0551NTESE, OU SEJA, TRATA-SE DE UMA
ENERGIA QUÍMICA MUITO IMPORTANTE!

DEIXE-ME RE-SUMIR A ENTÃO, O ATP é SINTETIZADO


FOTOFOSFORILAÇÃO PELO FLUXO DE ELÉTRONS
PARA VOCÊ! DISPARADO PELA LUZ 120

ENTENDI!
A ENERGIA
É UMA REAÇÃO LUMINOSA se
QUE UTILIZA TRANSFORMA
EM ENERGIA
QUÍMICA!
PARA CRIAR ATP A PARTIR 170 ADP
UTILIZANDO A FOSFORILAÇÃO.

56 CAPITULO Z
FOTO59iNT555 — FIXAÇÃO PO PlóXIPO P5 CARBONO

AGORA,
E5TU2AR5MOS
1550 é TUDO SOBRE
FOTOPOSFORILAÇÃO. A FIXAÇÃO PO
CARBONO.
NÃO E5aueçA: A LUZ
11 DO SOL é SEMPRE
NECESSÁRIA!

05 PA5505 FINAI5 DA NA VERDADE, NÃO.


ENTÃO A FIXAÇÃO DO ISSO 5IGNIFICA APENAS QUE A
FOTOFOSFORILAÇÃO, NOS QUAIS ATP E
NAPPH SÃO SINTETIZADOS, OCORRERÃO DlóXIDO DE CARBONO LUZ NÃO é NECESSÁRIA Neese
mesmo QUE A LUZ NÃO ESTEJA MAIS pope ACONTECER ESTÁGIO E5PECíFICO. A REAÇÃO
PRE5ENTE. POR 1550 DIZEMOS QUE E55 MESMO DURANTE A EM 51 OCORRE SEMPRE DURANTE O
REAÇÃO É INDEPENDENTE PA LUZ*. NOITE, OU em UM DIA DIA, P015 O NADPH é NECESSÁRIO
NUBLADO? E SABEMOS Que eLe NÃO É
FABRICADO DURANTE A NOITE.

E-55A REAÇÃO, INDEPENDENTE DA LUZ, TAMBÉM é CONHECIDA COMO CICLO PS CALVIN, OU CICLO RFOLITIVO DAS PFAITOSSS FOSFATO.

A FIXAÇÃO 120 1216)(1170 PE CARBONO


OCORRE NO TROMA, PARTE
CENTRAL- 120 CLOROPLA5T0, E NÃO NA
MEMBRANA TILAcorve. E5TROMA
rA FIXAÇÃO 120 CARBONO 'é UMA
REAÇÃO QUE UTILIZA ENERGIA
QUÍMICA, ARMAZENADA COMO
ATP, PARA CRIAR 5ACARVEOS,
UTILIZANDO O DIÓXIDO DE
CARBONO 20 AR COMO
MATÉRIA-PRIMA.

ATP AN NADPH NADP+

CO, 00. 5ACAROW05

ESSE é O 1216XIDO DE CARBONO


PRODUZIDO POR SERES HUMANOS
E OUTROS ANIMAIS, NÃO é?
FIXAÇÃO
C A REAÇÃO TAMBÉM NECESSITA DO
DA ENERGIA QUÍMICA CRIADA PELA CARBONO
FOTOFOSFORILAÇÃO.

PRIMEIRAMENTE, O CO, SE
LIGA A UMA SUBSTÂNCIA A ENERGIA QUÍMICA DO ATP E O
CHAMADA R1E311405E-1, PODER REDUTOR I70 NADPH SÃO E esse GLICERALI75170
5-5/FOSFATO PARA FORMAR UTILIZADOS PARA CRIAR DUAS 3-FOSFATO é UTILIZADO
DUAS MOLÉCULAS DE MOLÉCULAS DE GLICRA412E1720 PARA PRODUZIR GLICOSE,
3-FOSFDGLICERATD, O 3-F05FAT0 A PARTIR ',esse FRUTOSE e OUTROS
QUAL. TEM TRÊS ÁTOMOS DE SACARIDEOS
CARBONO CADA UM. 3-FOSFOOLICERATO.

\
COOH AOP \-C)-(:) NADP+ ?HO

O
HC-01-1 H C-OH HC-OH sAcAgoeos
CO2 ÷ H L_OH on èH2_-0-0 CH2.-0-0 èH2_-0-0
H 6-0H 0,
COOH ADP \C-0-e NADP+ ÇH0
6-1z-0-0
CRIBULOSE-1,
5-81FOSFATO)
1
HC-OH
1
H C-014
CH2.-0-0
HC- OH
ele SACARoaos

CGLICCRAL.DEÍDO
(3-FOSFOGLICERATO) 0,3-BIFOSFOGLICCRATO) 3-FOSFATO)
2

I LIGAÇÃO DO 121(5XIDO DE
CARBONO USO De ENERGIA QUÍMICA
ENTÃO O 171óXIDO DE
CARBONO É LIGADO
PRIMEIRO, e só DEPOIS
A ENERGIA QUÍMICA é
UTILIZADA.

58 CAPÍTULO 2
MAS e ESSA "GLICOSE"
PRODUZIDA NO FINAL... O A GLICOSE* é UM SACARÍDEO
Que ELA É EXATAMENTE? BÁSICO MUITO COMUM EM
ORGANISMOS VIVOS e em
ALIMENTOS RICOS EM AMIDO.

I.50 é 1-A0
CONFUSO!

\.\\
* MAI5 PRECISAMENTE, O SACARÍDEO CRIADO PELA
FOT055iNTESE é A GLICOSE 1-FOSFATO.

MINHA NOSSA!
ARROZ, MACARRÃO, BATATAS...
TODOS esses ALIMENTOS
SÃO CRIADOS POR ESse
PROCESSO INcgiveLi

SE AS PLANTAS NÃO
REALIZASSEM FOTOSSiNTESE,
EXATAMENTE! A5 PLANTAS TODOS ESSES ALIMENTOS CAgAMBA
COMBINAM VÁRIAS DESAPARECERIAM...
GLICOSES PARA FORMAR .. PERDERÍAMOS SEUS
RIENTES eseeNCIAIS. 1550
NUTRIENTES
O AMIDO OU CONVERTEM A SEM FALAR EM TODAS ESSAS
GLICOSE EM SACARVE05 COMIDAS SABOROSAS.
MAIS DOCES, COMO A
SACAROSE** e A FRUTOSE.
AGORA VOCÊ
COMPREENDE A
IMPORTÂNCIA DA
nfr FOTOSSiNTESE?

SIM! DE AGORA
EM DIANTE SEREI
GRATA POR CADA
GRÃO DE ARROZ
QUE eu COMER!
O MATERIAL. ARMAZENADO
SE TORNA A PARTE MAI5
DELICIOSA e NUTRITIVA DAS
PLANTAS, FORNECENDO PARA NA VERDADE, EU
NÓS ALIMENTOS COMO ARROZ, Bem QUE GOSTARIA
TRIGO, BATATAS E FRUTAS! DE UM POUCO De
ARROZ AGORA...
** PLANTAS SINTETIZAM SACAROSE A PARTIR DA GLIcose
PARA 5? TORNAREM MAI5 ATRATIVAS A05 ANIMAIS.
3. Respiração

O QUE é UM CARBOIDRATO? O QUE VOCê5


ACHAM DE UM CHÁ
AGORA?
NOSSA AULA AO
AR LIVRE FOI
MUITO DIVERTIDA!

ieeo me LEMBRA...
HÁ ALGO QUE eU
AINDA NÃO ENTENDO.

O AÇÚCAR é UM
SACARÍDEO, QUE ARE! é ISSO QUE EU NÃO
É O mesmo ove
UM CARBOIDRATO,
ENTENDO! 5e O ARROZ é UM
CERTO? CARBOIDRATO, é BASICAMENTE
FEITO DE AÇÚCAR. ENTÃO POR
7 QUE NÃO é DOGE?!

SACARÍDEO
CARBOIDRATO
AÇÚCAR

CERTO?!

SIM, CARBOIDRATOS
SAO SACARíDEOS e
TAMBÉM O AÇÚCAR
CONHECIDO COMO O QUE HÁ DE viFegewre
"AÇÚCAR DE MESA" OU
"AÇÚCAR NO SANGUE': NOS BOLOS QUE 05 TORNA
TÃO ['ocas E veLICI0505?

60 CAKTUI-0 Z
DÉs UMA OLHADA NISSO.
QUANDO DIZEMOS
"SACARÍDEOS", ESTAMOS
NOS REFERINDO A MUITOS
TIPOS PC AÇÚCARES
DIFERENTES.

AÇÚCAR DE MESA (SACAROSE)

FRUTOS&

LACTOSE

AH,
AMIDOS ENTENDI...

NOTE QUE CADA TIPO DE


SACARVE0 é DIFERENTE.
O Que ACHA DE ANA1-15Á-
L05 MAIS DE PERTO?

UM TIPO IMPORTANTE PC SACARVE0 ESSE DIAGRAMA REPRESENTA A a-P-GLICOSE.


É A &1.1C05. ELA PODE APARECER SE O GRUPO HIDROXILA MAIS À DIREITA E O
TANTO COMO UMA CADEIA ABERTA HIDROGÊNIO DA FORMA CÍCLICA TROCAREM
QUANTO COMO UMA CAPEIA CÍCLICA DE LUGAR NA LIGAÇÃO COM O CARBONO, ELA
OU ANEL. SERÁ CHAMADA DE (3-P-GGICO5E.

CHzOH
H O FORMA CÍCLICA
C — 0
(-I I
H
H-C-0H H
C
HO-C-H C
°H OH
H-C-0H HO
H-C--OH H OH

CH2_01-1 O ÁTOMO DO CARBONO DO


TOPO TEM A FORMA DE UM

VEJA A FORMA DE CADEIA ABERTA. GRUPO "11.17f00 ( H \ c'Cl )


SEIS ÁTOMOS DE CARBONO (c)
ESTÃO VERTICALMENTE ALINHADOS, ESSE é UM DOS
ENQUANTO UM HIDROGÊNIO (H) E UM COMPONENTES BÁSICOS DE UM
GRUPO HIDROXILA (OH OU HO) ESTÃO MONOSSACARVE0*.
ANEXADOS A CADA UM DOS CINCO
CARBONOS INFERIORES. VEJA A PAGINA 83 PARA MAIS INFORMAÇÕES
SOBRE moNossAcArzfl2E05.
O AÇÚCAR SE DISSOLVE
FACILMENTE, CERTO? ELe
pope PERCORRER O CORPO evverrremeNTE, A PRESENÇA
PELA CORRENTE SANGUÍNEA, OH é UM COMPONENTE IMPORTANTE
UMA vez QUE 05 GRUPOS DO AÇLICAR, MA5 TAMBéM TEMOS
HIDROXILA 5E MI5TURAM BEM DE SABER EM QUE PONTO 120
COM A ÁGUA. SACARÍDEO O OH
E5TÁ LOCALIZADO.

512L-A5H á
SÉRIO?

ç
POR QUE?

6LIC055 GALACTO5E

H O H\C
\C
H-C-OH H-C-0H
HO-C-1-k HO-C -H
r t
H-C-OH HO- C-H
H-C-OH H - C-OH
CH.0 H CH2-01-1
BEM, SE O OH
ANEXADO AO eLe NÃO SERÁ MAIS UMA
QUARTO CARBONO GLICOSE, MAS SIM UM TIPO
ESTIVER DO LADO DIFERENTEP SACARVE0
esauegvo... CHAMADO GALACTC,50.

MONOSSACARVEOS, A GLICOSE é os
ENTÃO HÁ DIFERENÇA GUANDO DENTRO pe MAIS COMUMENTE
DEPENDENDO se ESTÁ ENCONTRADA ASSIM:
LIGADO À DIREITA OU UM CORPO, SÃO MAIS
À ESQUERDA... 1550 é FREQUENTEMENTE
TÃO ESTRANHO. ENCONTRADOS NA DO QUE ASSIM:
FORMA CÍCLICA 20
QUE NA ve CADEIA
ABERTA. COMO ELA FEZ
ESSES 0eseNHO5—
APARECEREM?

6Z CAPÍTULO 2
4110 5ACARVEOS E O SUFIXO "-05E"
Você provavelmente notou que a maioria dos sacarídeos que discutimos até aqui, como a
glicose e a galactose, terminam com o sufixo "-ose". Há regras padronizadas para nomear
sacarídeos, por isso os nomes deles terminam com "-cise".
Por exemplo, a glicose é o sacarídeo que serve de base para a produção de energia,
além de ser o açúcar a que nos referimos quando falamos do nível de açúcar no sangue
de uma pessoa. O açúcar de mesa comum é tecnicamente chamado de sacarose. O leite
contém um sacarídeo chamado açúcar do leite, conhecido como lactose, e o açúcar contido
nas frutas é chamado frutose. É importante lembrar que há vários tipos de sacarídeos no
mundo natural e que as estruturas da sacarose, lactose, glicose, galactose e frutose apre-
sentam algumas diferenças. Assim também o amido encontrado no arroz, nas batatas e em
outros alimentos ricos nessa substâncias é formado por amilose e amilopectina.
No capítulo 3, analisaremos detalhadamente a estrutura desses sacarídeos.

POR QUE MONOSSACARVEOS ASSUMEM ESTRUTURA GCLIGA?


Por que monossacarídeos assumem mais frequentemente uma estrutura cíclica do que uma
estrutura de cadeia aberta? O segredo é um OH ligado a um carbono da molécula.
O álcool é um bom exemplo disso: todos os tipos de álcoois podem ser representados
na forma R-OH (em que R é o grupo variável). Um álcool pode se ligar a um grupo aldeído,
ou a um grupo cetona, para criar uma substância chamada hemiacetal. Como o OH de um
monossacarídeo também tem essa propriedade, o monossacarídeo acaba reagindo com um
grupo aldeído ou cetona dentro da molécula, formando uma estrutura cíclica como resul-
tado.
R—O H
R,—
R OH C/H /C \

R' \ OH
ÁLCOOL ALDEVO
HEMIACETAL )

H \i
ALvevo
C '/ 6
C H2OH CH 20 H
12
5
H—C—OH C OH O
13 H / 1 H
HO —C —H 41/H / H
14 C C
H—C — OH OH
IS l \°H 2/11
HO OH
H O CI '
H—C — OH ALDEÍDO
6 1 20H H OH OH

O OH NA QUINTA PO5IÇÃO PO
.. PARA FORMAR UMA
MON055ACARMO REAGE. COM O ESTRUTURA CÍCLICA.
ALDEÍDO...

FOT0561NTESE e Re5PIRAÇ.A0 63
POR QUE TEMOS DE RESPIRAR?
... MAS VOCÊ SABE
COMO VOCÊ SABE, POR QUÊ?
SERES HUMANOS ESTÃO
CONSTANTEMENTE
RESPIRANDO...

4.4i FAZEMOS ic.PORQUE TEMOS


DE INALAR O OXIGÊNIO 120 AR E
EXPELIR O 1716)(120 DE CARBONO.

CORRETO. MAS MAIS HUM...


ESPECIFICAMENTE, NOSSAS CéLULAS
Ramagem OXIGÊNIO PARA CRIAR A ENTÃO, EM OUTRAS PALAVRAS, PRECISAMOS
ENERGIA QUE ELAS PRECISAM P R PE OXIGÊNIO PARA TRANSFORMAR NO550
NOS MANTER VIVOS. ALIMENTO EM ENERGIA!
FORTE E
QUE ENERGIA SAUDÁVEL
Fome... CRIADA

"TENHO QUE CRIAR MAIS


ATP HOJE! PRECISO PE
NUTRIENTES E OXIGÊNIO!"

O OXIGÊNIO é
ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO
PARA DECOMPOR A GLICOSE E
EXTRAIR SUA ENERGIA.

64 CAPÍTULO Z
QUANDO INSPIRAMOS
OXIGÊNIO E EXPELIMOS
DI6X1170 DE CARBONO,
CHAMAMOS ESSE PROCESSO
DE RE5PlIZAÇÃO.

ENTRETANTO, A REAÇÃO em QUE AS


CÉLULAS ABSORVEM OXIGÊNIO, QUEBRAM
A GLICOSE PARA CRIAR ENERGIA E
EMITEM DIÓXIDO DE CARBONO TAMBÉM é
CHAMADA DE RESPIRAÇÃO.
/VOCÊ QUER
ENERGIA?

QUERO MAIS OXIGáNIOI


QUERO MAIS GLICOSE!

ESPERE, AMBAS SÃO BEM, PARA DISTINGUI-LAS CHAMAREMOS O


CHAMADAS RESPIRAÇÃO? PROCESSO EM QUE INSPIRAMOS O AR DE
COM CERTEZA VOU RESPIRA0-0 EXTERNA E O PROCESSO
FAZER CONFUSÃO... QUE OCORRE DENTRO DAS CÉLULAS DE
RESPIRA. 0 INTERNA (OU CE1-111-AR).

RESPIRAÇÃO
L EXTERNA

EXATAMENTE. DE AGORA ENTÃO ESTUDAREMOS


EM DIANTE, GUANDO A REAÇÃO DENTRO DAS
DISSERMOS "RESPIRAÇÃO", CÉLULAS, E NÃO O TIPO DE
ESTAREMOS NOS REFERINDO RESPIRAÇÃO QUE EU e5TOU
À RESPIRAÇÃO INTERNA. FAZENDO AGORA.

INTERNA!
ENTENDEU?
RESPIRAÇÃO'é A REAÇÃO QUE QUEBRA
A GLICOSE PARA CRIAR ENERGIA
ORGANISMOS COMO NÓS
QUEBRAM O AMIDO EM
SACARíDEOS CRIADOS POR PLANTAS, eucose, A QUAL é UTILIZADA
POR MEIO DA FOTOSSiNTESE, SÃO PARA CRIAR ATP, COM O
ARMAZENADOS COMO AMIDO, O QUAL
05 ANIMAIS, INCLUSIVE 05 SERES AUXLIO DO OXIGÊNIO QUE
HUMANOS, UTILIZAM COMO ALIMENTO. RESPIRAMOS.

GLICOSE

ESSA é A RESPIRAÇÃO
INTERNA!

DEEM UMA OLHADA NISSO.


ESSA é A FÓRMULA GERAI-
PA IW5PIRA00.

ÁGUA DIóXIDO DE ÁGUA ENERGIA


GLICOSE OXIGÊNIO CARBONO

AH, AGORA FICOU


CLARO! GLICOSE
e OXIGÊNIO SÃO
CONSUMIDOS, ENQUANTO
DIóXIDD DE CARBONO,
ÁGUA E ENERGIA SÃO
PRODUZIDOS.

AGORA, VAMOS ANALISAR ESSA


AQUI ESTÃO ELES!
REAÇÃO MAIS DE PERTO.

você Pope PENSAR


NA RESPIRAÇÃO
COMO TENDO TRÊS GLicói-Ise
55TÁGIO9...

C) CICLO DO ÁCIDO GrTRIGO*

0 CADEIA De TRAN5PORTe
De eLéTRON5

* TAMBÉM CHAMADO pe CICGO PKRESS, OU CICLO TCA,


MITOCOSDRIA

CICLO DO I _k CADEIA DE
ÁCIDO TRANSPORTE
CÍTRICO 1 De ELéTR N
) \-/
(CITOPLASMA) (MITOCÔNDRIA)

C) A glicólise acontece no citoplasma. O O ciclo do ácido cítrico é realizado na matriz


mitocondrial e 3 a cadeia de transporte de elétrons está localizada dentro da membrana
interna da mitocOndria. Por meio desse processo, 38 moléculas de ATP são criadas a
partir de 1 molécula de glicose.

HUM...
ACHO Que é MUITA
QUE TAL, ENTÃO,
INFORMAÇÃO PARA Se EXPLICARMOS
MIM. ASSIM?

TA-174!
PIRUVATO NADH
FADH

1 LICÓL155, QUE
NÃO Nece9rrA
CICLO 20 ÁCIDO SUPeRCADelA
CÍTRICO, QUE NÃO DE TRANSPORTE
De OXIGÊNIO. PARA De GIRAR. DE eLéTRON5.

MA5 O QUE SÃO NADH e


FADHz? ESTA é A PRIMEIRA
VEZ QUE OUÇO FALAR
NELES. POR ACASO
ESTÃO RELACIONADOS AO
NADPH PRODUZIDO PELA
FOTOSSíNTESE?

•:•:•:•:-:
CALMA, NÃO VAMOS NOS
PRECIPITAR. O FLUXO vesAs
SUBSTANCIAS é EXTREMAMENTE
IMPORTANTE, POR ISSO VAMOS
DAR UM PASSO DE CADA VEZ!
7"ÁG /O 1: DECOMPOSIÇÃO DA GLICOSE PELA GLICÓLISE

NÓS Te ADORAMOS,
OLIGÓLIse!

PARA COMEÇAR, UMA CÉLULA


ABSORVE GLICOSE E FAZ
SUA QUEBRA NO CITOPLASMA,
LÍQUIDO VISCOSO Que ABRIGA AS
OROANELAS CELULARES.

UMA MOLÉCULA DE GLICOSE AH, ENTENDI. PARA


É DECOMPOSTA em DUAS TRANSFORMAR UMA MOLÉCULA
MOLÉCULAS DE PIRUVATO (OU DE GLICOSE EM PIRUVATO, ELA
LACTATO*). É DIVIDIDA EXATAMENTE em
DUAS. SIMPLES e PRÁTICO!

GLICÓLISE

GLICOSE PIRUVATO

A GLICOSE é FORMADA
POR SEIS ÁTOMOS DE
CARBONO, ENQUANTO O
PIRUVATO, POR TRÊS.
* O LACTATO é CRIADO A PARTIR DO PIRUVATO QUANDO 00 HÁ OXIGÊNIO I7I5PONiVEL.

68 CAPÍTULO Z
NA VERDADE, A eLicówse
BEM, NÃO NECESSITA DE 10 REAÇÕES
eXATAMeNTe. é UM POUCO MAIS C211411CA5 PARA TRANSFORMAR
COMPLICADO... UMA MOLÉCULA DE GLICOSE EM
DUAS MOLÉCULAS PE PIRUVATO.

PARA CRIAR O LACTATO,


UMA REAÇÃO ADICIONAL
é REALIZADA.

1)/4/

. ATP ATP

GLICOSE 6-FOSFATO •••••-.—P FRUTOS& 6-FOSFATO


&LAGOS&
.1111•104/
UMA MOLÉCULA FRUTOSE 1,6-131FOSFATO

41•111
1,3-51Fo9FoeLi-
Z-FOSFOeLICERATO 3-F°5FOOLICegATO 4- CERATO 3-FOSFATO
••• *IN FOSFATO
•••
1 ..:.:: ...
...

= UMA MOLÉCULA DE
FOSFOENOLPIRUVATO „., PIRINATO 1 --> LACTATO CARBONO
ii DUAS MOLÉCULAS
M
1

REALMENTE, é UM
OCÉ. Só PODE ESTAR PROCE9E0 LoNeo.
ve BRINCADEIRA! COMO QUATRO
ISSO PARECE MAIS UM MOLéCULA5 DE ATP
QUEBRA-CABEÇA Que SÃO 5INTETIZADA5 E
DEU eiZRADO!
DUA5 CONSUMIDAS...

PUAS MOLÉCULAS
PE ATI,' 5.40
CRIAPA5 NO
BALANÇO FINAL.
APeNA5 DUA5
MOLI✓GULAS PE ATP
c " SÃO FEITAS DEPOIS TALVEZ NÃO LOUCURA,
c MAS DEFINITIVAMENTE
De TOPO e55e POUCO EFICIENTE.
pROCe550? 1550
LOUCURA!

COMO é
QUE e"?1

BEM OBSERVADO.
A eLlcóLtse é 0 PROCE550
MAIS PRIMITIVO DE FRUT055. 6-FOSFATO
PRODUÇÃO DE ENERGIA QUE emMo
05 ORGANI5M05 PODEM FRUTOS& 1,6-BIFOSFATO
UTILIZAR.

1,3-BIFOSF
POR 1550 é TÃO ALDEÍDO ,»»»S,
INEFICIENTE! OSFATO
01:
UI. 17

FOSFOSNOL.PIRINATO PIRUVATO
PUAS MOL€CULAS

AINDA A55im, O FATO DE Que A eLiców5e ENTÃO DEVE HAVER UM


NÃO EXIGE NENHUM OXIGÊNIO é UMA MÉTODO DE PRODUÇÃO DE
CARACTERÍSTICA NOTÁVEL! MESMO NA ENERGIA MAIS EFICIENTE QUE
AUSÊNCIA DE OXIGÊNIO, PUAS MOLÉCULAS DE A &LIG.:51.15E, CERTO?
ATP AINDA PODEM SER SINTETIZADAS A PARTIR
DE UMA MOLÉCULA DE

OXIGÊNIO?
PARA
QUÊ? -~c
COM CERTEZA! AO
LONGO 120 TEMPO,
OS ORGANISMOS
DE5ENVOLVERAM OUTROS
D015 PROCE5505
CAPAZES DE CRIAR ATP,
DE M0170 MUITO MAIS
EFICIENTE, UTILIZANDO
ISSO FEZ COM Que OXIGÊNIO.
A GLIcóLise FOSSE UM IMPORTANTE
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ENERGIA ESTAMOS FALANDO
EM ORGANISMOS DE ERAS MAIS ANTIGAS, DO CICLO DO ÁCIDO
QUANDO HAVIA MENOS OXIGÊNIO NA CÍTRICO E DA CADEIA
ATMOSFERA. ELA TAMBÉM é UM PROCESSO DE TRANSPORTE DE
VITAL PARA ORGANISMOS ANAER6131COS* ELÉTRONS, DOS QUAIS
Que vivem AINDA HOJE. FALAREMOS AGORA!
UM ORGANISMO ANAERóBICO NÃO REQUER oxieásio
PARA SUA SOBREVIVÊNCIA.
557-Á010 Z: CICLO I20 ÁCIDO CÍTRICO
(CICLO DE KRE65 OU CICLO TCA)

v•

b
O SEGUNDO VOCÊ é O
MÁXIMO!
ESTÁGIO é 0
CICLO DO ÁCIDO
CÍTRICO!

VIVA!

O USO ATIVO DE OXIGÊNIO


PARA PRODUZIR ATP é UM
PAPEL IMPORTANTE DE UMA
ORGANELA MITOCONDRIAL
INDIVIDUAL.

CÉLULA

QUANDO O PIRUVATO, CRIADO


NO CITOPLASMA PELA QUEBRA "O REDEMOINHO DO
DA GLICOSE, FOR LEVADO ATA CICLO DO ÁCIDO
UMA MITOCe5NDRIA... CÍTRICO"?
ZONZO ZONZO

sor
151. (1\
111 c,

CICLO DO ÁCIDO
eLlcóLie CÍTRICO
ELE SERÁ SUGADO PARA
DENTRO DO REDEMOINHO DO
CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO.

FOTOSSNTESE e RESPIRAÇÃO 71
10(CIO

C Oz
PIRUVATO
[ ACETIL-CoA
NADH

$XALOACETATO r 11` CITRATO


[5 ••••
Ne*
NADH
MALATO C15-ACONITATO

mima r
FUMARATO I5OCITRATO

ADP
ATP
,NADH 4 '\ C O z ~NI
5UCCINATOC41(PYI
\CGDP a-CETOOLUTARATO
•••••
SUCCINIL-CoA CADA • REPRESENTA UMA ÚNICA MOLÉCULA.
~40 CO2 CARBONO. O CARBONO DA CoA NÃO é
i-1 MOSTRADO. CONSULTE A PÁGINA 85 PARA .
UMA DESCRIÇÃO COMPLETA DA Coo.

EU TENHO QUE
DECORAR TUDO
1550?

KUMI, SEUS
OLHOS PARECEM
REDEMOINHOS!

NÃO, ISSO NÃO é NECESSÁRIO. COMO VOCÊ PODE VER, DEPOIS QUE O
LEMBRE-SE APENAS r205 PASSOS PIRUVATO É TRANSFORMADO EM
MAIS IMPORTANTES:* ACETIL-CoA E, EM SEGUIDA, EM CITRATO,
ESTE se TRANSFORMA EM VÁRIAS
OO O PIRUVATO Se TORNA ACETIL-CoA; 5UBSTÂNCIA5 DENTRO DA MITOCOSDRIA,
OO O OXALOACETATO E A ACETIL-CoA ATÉ QUE VOLTE A SER CITRATO
SE CONDENSAM PARA FORMAR O NOVAMENTE.
CITRATO DE seis CARBONOS. DEPOIS,
3 DUAS MOLÉCULAS DE CO2 SÃO
LIBERADAS E ®UMA MOLÉCULA DE ATP
é PRODUZIDA, ()JUNTO PE QUATRO
MOLÉCULAS DE NADH E © UMA
MOLÉCULA DE FADHz.

PARAR
NÃO se PREOCUPE se
NÃO CONSEGUIR SE
LEMBRAR DA ORDEM
DAS PALAVRAS "-ATO". COMO AS REAÇÕES PERCORREM
SEMPRE esse CÍRCULO, DIZEMOS QUE
UFA se TRATA DE UM CICLO, ENTENDEU?
* CADA MOLÉCULA De GLICOSE é CONVERTIDA EM DUAS MOLéCULAS DE PIRUVATO; DESSA FORMA DUAS MOLÉCULAS De ATP,
OITO MOLÉCULAS PS NADPH E DUAS MOLéCULAS DE FADH2 SÃO CRIADAS NO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO.
AINDA QUE APENAS DUAS
MOLÉCULAS DE ATP
SEJAM CRIADAS Nesse
CICLO... COENZIMA5 NAPH E FAPHzI

OUTRAS 5UES5TÂNCIA5
IMPORTANTES TAMBÉM
5ÃO PRODUZIDA5.

FALANDO
NI550... ENQUANTO O NAPPli ENTENDI...
... NA RESPIRAÇÃO,
é UTILIZADO NA Temos APENAS O
FOTOSSiNTE5E... NAPH.

E55A5 COENZIMA5 CRIAM


UMA ENORME QUANTIDADE
DE ATP NA CAPEIA PE
TiZAN5POKTE 17E ELÉTRONS
QUE VEM A SEGUIR.

CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO CADEIA DE TRANSPORTE D8 ELÉTRONS

ENTÃO... A5 COENZIMA5 NADH


E FAI2112 SEGUEM PARA O
PRÓXIMO ESTÁGIO.

MA5 O QUE et-As FAZEM PARA


GERAR TANTO ATP?

it

oiXt
é 1550 QUE EXPLICAREI
Pk&
A SEGUIR!
ESTÁ/0 3: PRODUÇÃO EM MA55A DE ENERGIA il
PELA CADEIA DE TRAN5PORTe DE eLéTRON5

CU 50U O
FINALMENTE CHEGAMOS
MELHOR!
AO TERCEIRO ESTÁGIO: A
CA1:21A DE TRANSPORTE i-TIM05
Ut101. °
DE oarizoNoi FRIMCIR05. "w ///

A CADEIA DE
TRANSPORTE DE
El.éTRONS..

CONSISTE EM VÁRIOS COMPLEXOS


DE PROTEÍNA INSERIDOS COMO
ILHAS NA MEMBRANA INTERNA DAS
MITOCe5NPRIAS.
MEMBRANA INTERNA
ESPAÇO
INTERMEMBRANOSO
MATRIZ

MEMBRANA
EXTERNA

ESPAÇO'"
NTERMEMBRAN050

MEMBRANA
INTERNA I7A
INTeRNA
MITOCI5NDRIA
J
MATRIZ

PROTEÍNAS e COENZIMAS DA CADEIA


DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS

ESSA SEQUÊNCIA,
COMO UM T020, é UMA
CAPEIA DE TRANSPORTE
DE ELÉTRONS.
SIM, MAS 05 COMPLEXOS AINDA QUE O FLUXO DE ELÉTRONS
DE PROTEÍNA CONSTITUINTES SEJA O MESMO, CADA UMA DESSAS
LEMBREI! FOI NA SÃO DIFERENTES "ESTRUTURAS DE FORMATO
FOTOSSÍNTESE! A PARA A ESTRANHO" é DIFERENTE, E TODAS
CAPEIA PE TRANSPORTE FOTOSSÍNTESE. REALIZAM TAREFAS
PE ELÉTRONS TAMBÉM TAMBÉM DISTINTAS.
APARECE LÁ, NÃO?
REALMENTE, 0 FORMATO
DAS ESTRUTURAS PARECE
POP k.5 DP DIFERENTE!
f-Cfç,-•

AGORA VAMOS VOLTAR


AO NADH e AO FAPH2. OCO DO
ÁCIDO
PIRUVATO CÍTRICO
QUATRO MOLÉCULAS PE
NAPH E UMA DE FAPH,
SÃO CRIADAS A PARTIR
DE UMA MOLÉCULA PE PIRUVATO
PIRUVATO. FAD Hz

A PARTIR DE UMA MOLÉCULA PE


GLICOSE, OITO MOLÉCULAS DE NAPH
E DUAS DE FADH, SÃO CRIADAS PELO
J1
CICLO PO ÁCIDO CÍTRICO SOZINHO

05 PRÓTONS
NAPH E FADHz SÃO SINTETIZADOS NO CICLO ELÉTRONS
DO ÁCIDO CÍTRICO QUANDO ÁTOMOS PE DEPOSITADOS
HIDROGÊNIO SÃO ADICIONADOS A NAL,' E FAO. NO NA12 # E NO
COMO UM ÁTOMO PE HIDROGÉNIO CONSISTE FAD MOSTRARÃO
.".".
EM UM (MICO PRÓTON E UM ÚNICO ELÉTRON... TOPO 50l/ PODER
NA CAPEIA PE
... ISSO SIGNIFICA QUE UM PRÓTON E TRANSPORTE PE
UM ELÉTRON SERÃO DEPOSITADOS ELÉTRONS.
ÁTOMO PE EM "CU5Tc5PIA TEMPORÁRIA" NO NAD+
HIDROGÉNIO - OU NO FAD.*
PRÓTON + ELÉTRON
DEPÓSITO PARA
\ ARMAZENAMENTO

PRÓTON e

T
11 .N AN -r j FANA,
NA FOTOSSÍNTESE, UM
PRÓTON E UM ELÉTRON
FORAM DEPOSITADOS NO
NADP, FORMANDO NADPH.
.•.•.•.•.•.•.•.•.".
EM OUTRAS PALAVRAS, NAI7' OU FAD SÃO "REDUZIDOS'', E NADH OU FADH, SÃO CRIADOS.
(CONSULTE A PÁGINA 37 PARA UMA EXPLICAÇÃO SOBRE REDUÇÃO.)
FOTOSSÍNTESE E RESPIRAÇÃO 75
CADEIA DE TRANSPORTE
DE ELÉTRONS
PRÓTON

T NANÁ
-0 FADI-1

QUER SABER O QUE ACONTECE


AOS ELÉTRONS Ce-) e PRÓTONS (Hf)
"DEPOSITADOS" NO NAr+ e NO FAD?

VAMOS DAR UMA OLHADA!

INTERMEMBRANOSO
CI54di SINTASEÁ

UM ELÉTRON ENTRA DIRETAMENTE NA CADEIA DE


TRANSPORTE DE ELÉTRONS e, COMO VOCÊ PODE
IMAGINAR PELO NOME DA CADEIA, é TRANSPORTADO
POR DIVERSOS COMPLEXOS PROTEICOS.

PRÓTONS
COLETADOS
NO ESPAÇO
INTERMEM-
:, GRANOSO

INTERMEMBRANOSO
CÓMi?UXU-1

• ENQUANTO ESSE ELÉTRON Ce) É SUCESSIVAMENTE


TRANSFERIDO, AS PROTEÍNAS PASSAM POR DIVERSAS
ALTERAÇÕES. COMO RESULTADO, OS PRÓTONS CHI) SE
INTERESSANTE...

1( MOVEM DA MATRIZ MITOCONDRIAL PARA O ESPAÇO


INTERMEMBRANOSO (ENTRE AS MEMBRANAS INTERNAS E
EXTERNAS). TRÊS 130M13AS" EMPURRAM esees PRÓTONS
NESSE SENTIDO.
QUANDO 1550 OCORRE, UMA FORÇA
CHAMADA GR/1P/ENTE P5 CONCENTRAÇÃO (
O GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO
É GERADA, O QUE 5IGNIFICA QUE QUANDO É UMA FORÇA QUE FAZ Que UMA
A CONCENTRAÇÃO DO5 PRÓTONS (1-1') NO 5UB5TÂNCIA FLUA NATURALMENTE DE
ESPAÇO INTERMEMBRAN050 SE TORNAR UM AMBIENTE DE CONCENTRAÇÃO
MAIOR DO QUE NA MATRIZ, 05 PRÓTONS MAI5 ELEVADA PARA UM OUTRO DE
CONCENTRAÇÃO MAIS BAIXA.
TENTARÃO FLUIR EM DIREÇÃO À MATRIZ.

.Á:espAço:
INTERMEMBRANOE0
COMPLEXO;

.\
LIMA CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS,
EM CONDIÇÕES SATI5FATÓRIAS, APRESENTA
UM "PORTÃO" POR MEIO PO QUAL
ELÉTRONS PODEM ENTRAR NA MATRIZ.
PODEM PASSAR, PRÓTONS!

E55E PORTÃO é A ATP 5INTA55.


QUANDO UM PRÓTON PA55A POR ELA,
UMA MOLÉCULA DE ATP é PRODUZIDA.

DESSA FORMA, 30 MOLÉCULAS DE ATP SÃO CRIADAS A PARTIR DE 10 MOLÉCULAS DE


NADH (DO QUAL DUAS MOLéCULA5 SÃO PRODUZIDAS VIA GLICÓLISe) E QUATRO
MOLÉCULAS PE ATP SÃO CRIADAS A PARTIR DE DUAS MOLÉCULAS DE FADH2.
ATP j"
OBTEMOS esses NÚMEROS PORQUE 05 ELéTRON5 QUE 5E ORIGINAM DO NADH FAZEM COM
QUE A5 "BOMBAS DE PRÓTONS" FUNCIONEM NO5 TRÊS LOCAIS, ENQUANTO 05 ELéTRON5
DO FADH, FAZEM COM QUE ELAS FUNCIONEM APENAS EM DOIS LOCAIS.

PA
INTErgmemagANO5
comá.exó..
SINTÃS1

POR FIM, O ELÉTRON E O PRÓTON


UTILIZADOS SE LIGAM AO OXIGÊNIO
OVECE55.4",e/0 NESTE PROCESSO!) ENTENDEMOS!
PARA PRODUZIR ÁGUA.

I\
... CONCLUI MINHA
EXPLICAÇÃO DA
RESPIRAÇÃO.
VIVA!

LEMBRE-5E: 5E EXPRESSARMOS FAZ MUITO MAIS SENTIDO AGORA QUE


ESSE FENÔMENO COM UMA FÓRMULA APRENDEMOS TODOS OS DETALHES.
QUÍMICA, TEREMOS A REAÇÃO A PARECE QUE CONCLUÍMOS UMA LONGA
SEGUIR, Que VIMOS ANTES. JORNADA...

C6 Hp_06+ 6 Oz.+ 6 H20 1:4> 6COLt 2H2D 3gATP


DIÓXIDO 12e ENERGIA
GLICOSE OXIGÊNIO ÁGUA ÁGUA
CARBONO
FALANDO NISSO, SE SUBSTITUIRMOS AS
36 MOLÉCULAS DE ATP" POR "ENERGIA MU! é A POTOOONTE5E!
INCRÍVEL!
LUMINOSA" E INVERTERMOS A DIREÇÃO
DA REAÇÃO, QUAL SERÁ O RESULTADO..?

C6 H[2.06+ 6 O 2.+ 6 H2.0 6C02 -t- 2H2D +


GLICOSE OXIGÊNIO ÁGUA DlóXIDO DE ÁGUA
CARBONO

COM e-se PROCESSO,


A PARTIR DE UMA
MOLÉCULA DE GLICOSE...

CADEIA DE
GLICÓLISE TRANSPORTE
ELÉTRONS

UM TOTAL DE MOLÉCULAS DE ATP SÃO PRODUZIDAS A PARTIR DE UMA


GLICOSE.

GLICóLISE, O CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO, C A CADEIA DE TRANSPORTE


DE ELÉTRONS, COMBINADOS, CRIAM 38 MOLÉCULAS DE ATP' Que se
TORNAM A ENERGIA PARA A ATIVIDADE DE NOSSAS CÉLULAS*.

* O NADH PRODUZIDO DURANTE A eLICC51.-15E NÃO PODE ENTRAR POR SUA PRÓPRIA CONTA NA MITOCÓNPRIA. EM vez 21550,
PASSA SEUS ELÉTRONS PARA UM 'TRANSPORTADOR" CHAMADO GLICEROL. 3-FOSFATO. O 6LICEROL 3-FOSFATO PASSA SEUS
e- AO FAO' NA MEMBRANA MITOCONDRIAL, CRIANDO FAI7Hz. QUANDO O FADH, DEPOSITA seus e- NA CADEIA DE TRANSPORTE
DE ELÉTRONS, PULA-5E UM PASSO DA CADEIA, E FORMA-SE UM ATP A MENOS (DOIS A MENOS POR GLICOSE). POR 1550, A
QUANTIDADE Da ATP PRODUZIDO, NESSE CASO é DE 36 MOLÉCULAS.
CONCLUSÃO

ovemos RESUMIR A
',
INTER-RELAÇÃO ENTRE A
FOTOSSíNTESE e A RESPIRAÇÃO
PA SEGUINTE MANEIRA:

CO2_
10
\'È..11Z

NADPH
CADEIA DE
H2.0
CICLO DO
FIXAÇÃO PS TRANSPORTE
FOTOFOS- GLIC61.15E ACIDO
DIÓXIDO DE DE
FORILAÇÃO CÍTRICO
CARBONO ELÉTRONS

SACARVE0
SACARVE0

FOTOSSNITESE RESPIRAÇÃO
SACARÍDEOS E OXIGÊNIO SÃO
DlóXIDO Da CARBONO 'é UTILIZADO UTILIZADOS PELA RESPIRAÇÃO, e O
PELA FOT055iNTB5E PARA CRIAR DIÓXIDO DE CARBONO 'é CRIADO
SACAROB05 E OXIGÊNIO. COMO UM SUBPRODUTO.

ENTÃO, SE ANALISARMOS UM
MANTENDO O EQUILÍBRIO GLOBAL DESMATAMENTO PO PONTO
DE VISTA BIOQUíMICO, FICA O eQUIVBRIO
DESSES PROCESSOS, TEMOS UM FÁcit. PERCEBER POR Que GLOBAL PODERIA
COE'J'9TMA SUSTENTÁVEL. é TÃO SER ARRUINADO...
PERIGOSO!

E 05 FAZENDEIROS
NÃO PODERIAM
MAIS CULTIVAR
AQUELES ALIMENTO5
DELICI0505.

AH,
VERDADE.
MINHA NO55A, FICAMO5
TÃO ENVOLVIDOS
e5TUDANDO Que NEM
PERCEBEMOS O DIA
PA55AIZ!

..... ... ....... 5.z•

é PERIGOSO
PARA UMA GAROTA NEMOTO, é MELHOR
ANDAR SOZINHA VOCÊ ACOMPANHÁ-LA ATé
PUIZANTE A NOITE... A CASA PELA! CERTO?
CERTO! ENTÃO ESTÁ
COMBINADO!

HUM... ESTÁ Bem!


1550 Me5m0! EU A NÃO, NÃO 5e MEU PAI POPE VIR
ACOMPANHO ATÉ SUA PREOCUPE! ME BUSCAR.
CASA! 'AIR SOZINHA À e5TÁ TUDO
NOITE É peR10050. EU Bem ME5M0!
5ó VOU ACOMPANHÁ-LA
ATÉ A PORTA...
Z/Voc-5.NT.

C*
n

80 CAPÍTULO 2
,11,1,11,
11q1117fil

POR POUCO! QUE


Nemaro, TRAGÉDIA...
VOCÊ QUER UMA CARONA?

KUMI, DeVeRrAMO5 TROCAR


TENHO QUE NO5505 NÚMEROS PE TELEFONE,
De5COBRIR UMA CASO EU TENHA Que FALAR COM
FORMA De JUNTAR VOCÊ POR ALGUM MOTIVO.
esses vols..

UAU, CONSEGUI
O NÚMERO DA
PROFESSORA
KUROSAIGA. INCRÍVEL!

OBRIGADA,
PROFe550RAI

HE
HE
HE
Á. ATP — A moeda da energia
41 • • • • • • • ***** • ********* • • • • •

Plantas e animais utilizam a respiração celular para transformar o açúcar produzido pela
fotossíntese em energia potencial, especialmente na forma de adenosina trifosfato (ATP).
Assim, podemos dizer que o ATP é a "moeda de troca" da energia, pois é utilizado por pra-
ticamente todos os organismos vivos: por bactérias, plantas e até organismos complexos,
como o Tom Cruise. Entretanto, moléculas individuais de ATP não são trocadas entre orga-
nismos, então como ele pode funcionar como uma "moeda"?

s.
Como você pode ver a seguir, o ATP tem três grupos fosfato ligados à adenosina.
Quando o grupo fosfato mais externo é desligado, para formar adenosina difosfato (ADP) e
um fosfato inorgânico (Pi), 7,3 kcal (31. kJ) por mol de energia são liberados. Se o ATP for
hidrolisado em um tubo de ensaio, a água ao seu redor será aquecida por essa energia.
Em uma célula, essa energia é utilizada quando uma enzima catalisa uma reação química,
um músculo se move ou um sinal neural é transmitido.

ADENOSINA
ADENINA
3FOSFATO
GRUPOS
0 0

A ENERGIA QUE MANTÉM


eses DOIS (DS LIGADOS
RICOS& É ARMAZENADA AQUI.
AveNosiNA TRIFOSFATO CATP)
QUANDO O FOSFATO ©MAIS EXTERNO H
É 17C5I-IGADO PARA FORMAR ADENOSINA DEZ3UTILIZADAS...
KCAL C31SÃO
ENERGIA 1(3)
DIFOSFATO CADP) e UM FOSFATO INORGÂNICO g

PARA CRIAR ADENOSINA TRIFOSFATO


E5 (ATP) A PARTIR PA APCNOSINA PIFOSFATO
CAPP) C DO FOSFATO INORGÂNICO (PD.

ZFOSFATO
GRUPOS
Pi
IO O

_Á'
APSNO5INA I21FOSFATO CAPF) FOSFATO
I NORSAN IGO I

82 CAPÍTULO 2
5. Tipos de monossacarídeos

Al..1,05E5 E cerose
Já vimos que um dos tipos básicos de sacarídeo (o monossacarídeo) apresenta seu primeiro
carbono formando um grupo aldeído (veja a página 61 para mais detalhes). Em outro tipo
de monossacarídeo, o segundo carbono forma um grupo cetona.
Monossacarídeos que têm um grupo aldeído são chamados de aldoses, enquanto
monossacarídeos com um grupo cetona são chamados de cetoses.
Alguns exemplos de aldoses são a glicose e a galactose, enquanto a cetose mais
conhecida é a frutose (para mais detalhes sobre a frutose, consulte o capítulo 3).

CH2OH
H O GRUPO
\C ALDEÍDO GRUPO
( CeTONA
H —C—OH
HO —C —H
HO —C —H
H—C —OH
H —C—OH
H—C —OH
H —C—OH
CH2OH
CH2OH

GLICOSE FRUTOSE
(UMA ALDOSE) (UMA GETOSE)

PIRANO5E E FURANO5E
Antes, aprendemos que quando certos monossacarídeos, como a glicose, formam uma
estrutura cíclica, eles se parecem com um hexágono. Um monossacarídeo que assuma essa
forma, a de um anel de seis membros, formado por cinco carbonos e um oxigênio, será
chamado de piranose. Entretanto, verificamos alguns casos em que um monossacarídeo se
parece mais com um pentágono, formado por quatro carbonos e um oxigênio. Chamamos
esses monossacarídeos de furanose.
Ainda que a glicose geralmente assuma a forma de uma piranose, em casos extra-
mente raros, ela se torna uma furanose. Para distingui-las, a primeira é chamada de
glicopiranose e a segunda, de glicofuranose.
A frutose também pode se tornar uma piranose ou furanose quando assume uma
forma cíclica, sendo chamada de frutopiranose e frutofuranose, respectivamente.
C H 2 OH
CH2OH
HOCH

OH OH
HO OH OH
OH OH
GLIGOPIRANOSE GLICOFURANO5e

FOT055NTESE E RESPIRAÇÃO 83
TIPOS 17 e
Monossacarideos, corno a glicose, podem existir como isômeros tipo D ou tipo L. Todos os
monossacarídeos que aparecem neste livro são do tipo D.
Para perceber a diferença entre as duas formas, primeiro você deve encontrar o
carbono assimétrico, carbono para o qual as quatro ligações são feitas com substâncias
diferentes — na glicose, esse é o quinto carbono. Quando o OH conectado a esse carbono
assimétrico estiver no lado direito da fórmula estrutural da molécula de cadeia aberta,
teremos o tipo D. Quando o OH estiver no lado esquerdo, teremos o tipo L.. Nesse sentido,
podemos notar que, na glicose, o H e o OH que estão ligados aos carbonos da segunda até
a quinta posição no tipo D estão todos invertidos no tipo L
O fato de o H e o OH estarem invertidos em todos os carbonos da segunda até a quinta
posição é muito importante. Se, por exemplo, apenas o H e o OH da quarta posição estiverem
invertidos, um nnonossacarídeo diferente será formado: a galactose (veja página 62).
Note que a maioria dos monossacarídeos do mundo natural é do tipo D.

H O H O
\ \C

H —C —OH HO —C —H

HO — —H H —C —OH

H—C—OH HO —C —H

TIPO D TIPO I.

CH2OH CH2OH

D-OLICOSE L-OLIC.OSE

84 CAPÍTULO 2
111111~~~110. mipmpuipoup
gookoos#0040
4ieF, 6. O que é CoA?
Quando o piruvato, criado pela glicólise, entra no ciclo do ácido cítrico, ele se torna uma
substância chamada acetil-CoA. Mas o que significa CoA?
CoA significa coenzima A. Trata-se da fórmula estrutural que temos a seguir. A CoA
é uma substância na qual dois fosfatos em linha estão ligados ao quinto carbono da
adenosina trifosfato e na qual uma vitamina chamada ácido pantotênico, assim como a
2-mercaptoetilamina, também está ligada. Dentro da CoA (a parte sombreada da figura a
seguir), temos o grupo fosfopanteteína, que atua como "carregador", pois transporta o grupo
acetil (a cadeia de carboidrato de ácidos graxos). Na acetil-CoA temos uni grupo acetil ligado
à frente dessa molécula de tamanho assustador.

AGeTIL-CoA

O H
II I
H3C —C - S —CH2 —CH2 N C
II
NH2
SE UM IZUPO
I ACETIL:F0R
LIGADO AQUI... N
H H OH CH3 O O
I I I I II II 5 N
HS—CH2 —CH2 —N —C —CH2 —CH2 —N —C —C —C —CH2 —O —P— O —P-0 —CH2
H 11 H i I O
O O CH3 O- O-

3
H H
Z-MERCAPTOETILAMINA Á020 PANTOTÊNICO
O OH
GRUPO FO5F0PANTETEINA =P=O

ADENO5INA
TRIFOSFATO

eSTRUTUIzA PA CoA

Outra proteína que funciona como a CoA é a ACP (proteína carreadora de acila). A ACP,
que veremos mais detalhadamente no capítulo 3, também é uma "carregadora". Assim como
a CoA, também tem um grupo fosfopanteteína, mas em local diferente. O grupo fosfopante-
teína está ligado à serina (tipo de aminioácido) da ACP, em vez de à adenosina trifosfato.
Como é chamada de coenzima, a CoA tem a função de auxiliar as reações químicas
necessárias ao funcionamento de um processo metabólico.

FOT055NT555 E RESPIRAÇÃO 65
W1

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L-1-'" .' 1ZI • 'Pii_iik'á , -. I. kI-. ' - k.'' 7E11;ilillál‘ li,.L-,i
1. Lipídeos e colesterol
***** ******** r............ ********* ***** *******

O QUE. SÃO Lipiveos?

1)

Sinto muito, mas surgiu um imprevisto e não


poderei comparecer ao nosso encontro de
estudos hoje.
ell UMA Por que você e o Nemoto não tentam descobrir
MENSAGEM PA as respostas para as questões a seguir?
PROFESSORA Depois, podem me passar as informações que
KURO5AKAI descobrirem.
1. O colesterol realmente faz mal?
2. Por que engordamos se comemos demais?
3. O que é o tipo sanguíneo?
4. Por que as frutas ficam mais doces à
medida que amadurecem?
5. Por que os bolinhos de arroz mochi são
FLIF' tão elásticos?
Esses são mistérios que só podem ser
solucionados pela bioquímica! Como não é
necessário que vocês venham à faculdade hoje,
QUE LEGAL! ESPERE... tentem descobrir as respostas para essas questões
O Que É 1550? enquanto se divertem em casa, está bem?

88 CAPÍTULO 3
-----------7
MUITO BEM! VAMOS
AH, QUE ..... • 9 E5CREVER UM RELATÓRIO
• 6 e • • V

PENA... • 11 • • TÃO COMPLETO, Que A


OVH•*
PROFESSORA VAI FICAR
• • º • **Bi
• • • ..... ,t
PE BOCA ABERTA! ELA 100
• • ****** • e, PERDE POR ESPERAR!
***** • • • •

• • • • •
• • • •
9 •
• • • •
.ua •
• • MAS eses
• ** •
• •
MISTÉRIOS PARECEM
• • •
O. • •
INTERESSANTES!

o
PUAS HORAS vepois -

ESTÁ BEM!
ENTÃO VAMOS
NO55A AULA RESOLVER
HOJE SERÁ
SOBRE... migrégiov

MUITO BEM!

O QUE SERÁ QUE


ACONTECEU DE
TÃO REPENTINO
À PROFE550RA?
ESPERO QUE EU E5TOU UM POUCO
SAIBA ENSINAR 1550 PREOCUPADO, MA5 NÃO
DIREITO... HÁ VOLTA. TEREI QUE
FAZER A5 COISAS 170
MEU JEITO!
PARA COMEÇAR:
1. 0 COLESTEROL
REALMENTE FAZ MAL? Z550 Aí?
VAMOS DESCOBRIR.
•*C

5 ir 5 St A 5 9 6 9

O COL.55TEROL é UM T PO DE , • it • • * 6, 6 9 GORDURA NÃO FAZ


ÓLEO, OU GORDURA, CERTO? 3 5 5 6 .1 6 NO
A 5 6 6 3
BEM À 5ACiDE, e
NÃO PRECI5AMO5
ACHO Que 1550 O TORNA
DELA. MEU OBJETIVO
DEFINITIVAMENTE AL.00 RUIM. é TER ZERO POR
CENTO DE GORDURA
CORPORAL!
OBJETIVO: PERDER
2,5 QUILOS!
ABAIXO 05
• .P QUILOS!
SEI QUE meu PAI
ESTÁ SEMPRE FALANDO DE NÃO é BEM
55U5 NINEIS DE COLESTEROL... A55IM, KUMI.

( PARA SEU BEM, é MELHOR O QUÊ? ESTOU


ESTUDARMOS 05 LIPÍDEOS PREOCUPADA APENAS
PRIMEIRO. AINDA Guie TENHAMOS COM A GORDURA. O
APRENDIDO SOBRE 5,4CAZDF05 QUE SÃO LIPrDEOS?
NA5 AULAS DA PROFE550RA ELES SÃO DIFERENTES
KUROSAKA, TAMBÉM TEMOS DE DA GORDURA?
APRENDER DOIS OUTROS ASSUNTOS:
1./P/DE05 E PROTENA5. E-55E5
SÃO NOSSOS TRÊS PRINCIPAI5
NUTIZIENT05. MUITO BEM, VAMOS
FALAR DE Liprreosi
AHÃ.
LIPÍDEOS FUNCIONA
A55IM:
GORDURA
NEUTRA PIÁ VÁRIOS TIPOS DE LIPÍDEOS,
COMO LIPÍDEOS NEUTROS,
• LIPÍDEO NEUTRO ;11; FOSFOLIPiDEOS, GLICOLIpíreos
E esTegoves. up/i7o é UM
TERMO GERALMENTE UTILIZADO NA
BIOQUÍMICA, ENQUANTO GORDURA
• FO5FOLIPiDEO É UMA PALAVRA UTILIZADA EM
NUTRIÇÃO.
• GLICOLIPíveo
PARA NO550
PROPÓSITO, O
• EsTegoive SIGNIFICADO DE AMBOS
É EXATAMENTE O
MESMO. em OUTRAS
PALAVRAS, 1.-IFTPW =
GORDURA.

AINDA A55IM,
NORMALMENTE QUANDO QUEREMOS COMO 1550 PODE NOS
ESTAMOS FALANDO DE DIZER GORDURA CONFUNDIR, VAMOS
UMA DIETA, e DIZEMOS NEUTRA/41177-1705 UTILIZAR APENAS A
"GORDURA"... PALAVRA "LIPÍDEO"
DAQUI EM DIANTE.

COMO LIPÍDEO é UM
TERMO GeNtRICO SOLVENTES
UTILIZADO PARA se ORGÂNICOS?
REFERIR A VÁRIAS
BIOMOLéCULAS, é
DIFÍCIL DEFINI-LO,
MAS... UM EXEMPLO é A
ACETONA, MUITAS
VEZES UTILIZADA COMO
REMOVEDOR DE ESMALTE.

SOLVENTES
ORGÂNICOS SÃO, MAIS
LIPÍDEOS ESPECIFICAMENTE, LÍQUIDOS
UMA PROPRIEDADE QUE CONSISTEM EM
IMPORTANTE DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
LIPÍDEOS é O FATO DE COM ÁTOMOS DE CARBONO
QUE NÃO 5E P155(21-VEM EM SUAS ESTRUTURAS.
FACILMENTE EM ÁGUA,
MA5 5E 1215501-VEM EM O ÁLCOOL é OUTRO
SOLVENTES ORGÂNICOS*. EXEMPLO.
* HÁ exceções NO ENTANTO: ALGUNS OLICOLIPIPEOS
5E DISSOLVEM NA ÁGUA.
BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA At
g g g g.
AGORA VAMOS COMO MENCIONEI
DISCUTIR eses ANTES, UM LIPÍDEO
TIPOS DISTINTOS NEUTRO é A SUBSTÂNCIA
DE LIPÍDEOS, UM
DE CADA VEZ. QUE GERALMENTE
CHAMAMOS DE
"GORDURA".

PRIMEIRO, TEMOS
05 4/1=7"12505
NEL/77205i

LIPÍDEOS NEUTROS DENTRE 05 LIPÍDEOS NEUTROS


SÃO FORMADOS A PARTIR DE NOSSO CORPO, O MAIS
DE DUAS SUBSTÂNCIAS: COMUM é O TRIACILOLICEROL,
OLICEROL E ÁCIDOS FORMADO POR UMA MOLÉCULA
ORAX05. DE GLIcegot. E TRÊS ÁCIDOS
GRAX05 COMBINADOS DESTA
FORMA:
\>..\.1J
o
No- cH, H 3C A/V\A"/\,- C- O-C142
o
Ho- cH + 3 H3c C-0°H = 3c A/vvw\,Ê- o- I4
o
H () - C H 2

O TRIACILGLICEROL. TREMENDO ,...,...._


TAMBÉM TEMOS O
PODE SURGIR MONOACILeLICEROL, QUE
MUITAS VEZES EM TEM APENAS UM ÁCIDO eRAX0
DISCUS5õES SOBRE COMBINADO A UM OLICEROL...

E O DIACILOLICEROL,
NO QUAL DOIS
AHÁ! MEU INIMIGO é ÁCIDOS eRAXOS SÃO
COMBINADOS A UM
O TRIACILeLICEROL! OLICEROL.
NUNCA ESQUECEREI
O NOME reses'
VILÃO ABOMINÁVEL! SEGUINDO EM FRENTE... /-

qz CAPÍTULO 3
A SEGUIR,
FOSFOLIPiDe05 TÊM UMA
TEMOS 05 9 _ c ki 2
FOSFOLIFVE051 ESTRUTURA NA QUAL UM 120 3C Al\W"."" c_ o
TRÊS ÁCIDOS ORAX05 DE UM
LIPÍDEO NEUTRO é SUBSTITUÍDO c- o _ cm
POR UM COMPOSTO QUÍMICO H 3C ~AM,
.(,\„\?59e0 CONTENDO ÁCIDO o 1
a_ 0 _ c142
FOSFÓRICO. H 3C ~AA.",

UM DESSES ELEMENTOS
NÃO é COMO OS OUTROS.

VOCÊ NÃO
FALANDO NISSO, KUI*" . SE LEMBRA
JÁ CONVERSAMOS DE QUANDO
SOBRE FOSFOLIprveos FALAMOS DA
ANTES, VOCÊ Se MEMBRANA
LEMBRA? PIMM... NÃO CELULAR?
EXATAMENTE...

HÃÃÃ...
ELA é FORMADA
PRINCIPALMENTE POR
FOSFOLIpiveos!

FOSFOLIPIPEOS TÊM
UMA PROPRIEDADE CHAMADA
ANFIPATICIPAPE.
A5 DUAS PARTES
MENEIE
CORRESPONDENTES A05 ÁCIDOS
GRAXOS SÃO HIDROFóBICAS,
ENQUANTO A PARTE PO COMPOSTO
gg fifid
QUÍMICO QUE CONTÉM O ÁCIDO
FOSFÓRICO é HIDROFLICA. — ÁCIDO HIDROFLICO
FOSFOLIPíveo FOSFÓRICO
vesA FORMA, UMA MEMBRANA DE -ÁCIDO GRAX0-, HIDROFÓBICO
CAMADA DUPLA POPE SER CRIADA
COM A PARTE HIDROF6BICA VIRADA
PARA DENTRO E A PARTE HIDROFLICA
[
VIRADA PARA FORA.

HIDROFSLICO FO5FOLI-
?
I
H3C 6-0-Chlz Pft7E0

o 1
H 3c C-0 -
EXTREMIDADE
1 II POLAR
V12.0 --O— P VARIÁVEL*
HIDROFOSICO O-
HIDROFLICO SIGNIFICA ALGO
* UM FOSFOLIPIDEO PODE TER UM GRUPO POLAR QUE SE MISTURA FACILMENTE COM
VARIÁVEL EM UMA DE SUAS EXTREMIDADE-S. ÁGUA. HIPROFÓBICO SIGNIFICA UMA
UM FOSFOLIPIDEO BASEADO EM GLICEROL SUBSTÂNCIA PARA A QUAL ESSA
é CHAMADO 61-10EIZOF05FOUPIPEO. MISTURA NÃO OCORRE FACILMENTE. A
55FIN6OFO5FOLIPiPW5 TEM EXPRESSÃO ANFIPÁTICO SIGNIFICA QUE
EXTREMIDADES PE ESFINGOSINA. OS FOSFOLIFVEOS TEM SUBSTÂNCIAS
DE AMBOS 05 TIPOS.
eLicoLtprpeo5 5-Ão GALAGTOCEReE3R05112A
e AGORA, LIPÍDEOS Que CONTÊM (TIPO DE
OLICOLIPIPEOS! UM SACARVE0 COMO eFiNeoeLicoLipivao)
COMPONENTE. CH2OH

HO H O
HÁ VÁRIO5 TIP05 DE \ ESFINGO5INA
eLlcoLipipaos, como OH H
eFINeoet..rcoLiprveos E H H O LiH OH
,2
• CLICOLIFiDEO eLiceRoeLicoLipiveos. H OH s-C—C.—C -H
I I
GALACTOSE HN
I II
0=-- C Hc
1 i
. ACIDO (cH2),z
~-48~1M
-1M.1 eRAX0 1
CI-13
~1~w.
ieu
FOSFOLIpoeos E
OLICOLIPiDEOS TAMBÉM LIPÍDEOS NUM- ÁCIDOS eizAxos
INCLUEM ÁCIDOS
ORAXOS ASSIM COMO
FAZEM PARTE DE MUITOS
OCORRE NOS LIPÍDEOS LIPÍDEOS
.,..,.,...._ DIFERENTES,
NEUTROS. NÃO?

• FOSFOLIPOE0 ESSES CONTÊM


ÁCIDOS
• GLICOLIPVE0 eRAXOS.

• ESTEROIDE

ISSO MESMO! KUMI, 05 ÁCIDOS ORAXOS


A MAIORIA DOS LIPÍDEOS QUE VOCÊ ODEIA TANTO
CONTÉM ÁCIDOS ORAX05. 5;40, NA PRÁTICA, MUITO
IMPORTANTES.
ELES SÃO AS ESTRELAS DÊ UMA OLHADA!
DO ESPETÁCULO NA
VERDADE. , ,, • •• • • • •',
11,' ii ♦ p
-Z\ • • 11; •••••••

• • •

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ESTRELAS?! ••••
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• • • • • • •, "
TÁ BOM! •••••••
• • • •
• • • • • •
\* • • • • * :.
• • • • •
QUERIA mesmo é ,.•••••

• • • •
• • • •

NOCAUTEÁ-LOS... '••••
e • • •


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q4 CAPÍTULO 3
ÁCII205 GRAX05

Ácidos graxos são uma fonte de energia e também podem se tornar fosfolipideos,
matéria-prima para criação de membranas celulares. Sem ácidos graxos, os seres
humanos não poderiam sobreviver.

Nossa, sério? Que incrível! E eu pensava que eles fossem nossos inimigos.

Primeiro, vamos analisar a estrutura dos ácidos graxos. Ainda que possamos
construí-los conectando desde alguns átomos de carbono (C) até dezendas deles, os
ácidos graxos que existem em nosso corpo têm de 12 a 20 átomos de carbono.

H HHHH H ,0
rI, H ri H r i H ( -I H ri H ri H r "
/ -i \ft /i\ri/i\ri/i\(!/i\(!/i\ri/- \ OH (CH3(CH2)12COOH)
H3C H 1" H i H i' H i' H y H sr
H H H H H H
GRUPO
CARBOXILA
ÁCIDO GRAX0

Na extremidade final dessa longa cadeia (chamada de cadeia de hidrocarbonetos),


temos uma estrutura que chamamos de grupo carboxila (-COOH).
Como apenas átomos de hidrogênio (H) estão ligados a cada um dos átomos
de carbono, o ácido graxo não se mistura facilmente com a água. Faltam-lhe
grupos hidroxila (OH), presentes nos sacarídeos (consulte a página 61 para mais
informações sobre sacarídeos).

Ah, entendi! É como óleo e água: difícil de misturar!

Alguns ácidos graxos são formados em nossos corpos. Por exemplo, carboidratos em
excesso são convertidos em ácido palmítico. Dois ácidos graxos, ácido linolêico e áci-
do a-linolênico são essenciais, o que significa que são necessários e bons para nossa
saúde, mas que não podem ser sintetizados por seres humanos. Por outro lado,
o ácido esteárico e o ácido araquidônico não podem ser sintetizados, mas não são
essenciais para uma boa saúde. Todos esses ácidos graxos contêm mais de 16 Cs!

BIOQUíMICA De NO550 PIA A PIA c?5


Nossa! Quantos Cs... Parece que estou tendo um pesadelo com meu boletim!

Ácido palmítico CH,(CH,)14COOH

Ácido esteárico CH3(CH2)16 COOH


‘1, Quando há uma
Ácido linoleico CH3(CH2)4(CH=CHCH2)2(CH2)6COOH ligação dupla dentro
da molécula, nós a
representamos assim.
Ácido celinolênico CH3CH2(CH=CHCH2)3(CH2)6COOH

Ácido araquidônico CH3(CH2)4(CH=CHCH2 )4(CH2)2COOH

Certos ácidos graxas apresentam ligações duplas entre os átomos de carbono no


meio da molécula, como você pode ver na figura a seguir:

H H H H
I I
C—C ---- c= c----
I I I I
H H H H
UM ÁTOMO PE CARBONO TEM ENTRETANTO, EM AL.eUNS CASOS, DOIS
QUATRO "BRAÇOS", E eeizAt-meNTe BRAÇOS SÃO UTILIZADOS PARA LIGAR
UM ÁTOMO SEPARADO se LISA A UM CARBONO A OUTRO ÁTOMO. 1550 é
CADA BRAÇO. CHAMADO DE bleAQÃO DUPLA.

Carbonos com ligações duplas são chamados insaturados, e ácidos graxos que têm
carbonos insaturados são chamados ácidos graxos insaturados.
Ácidos graxos insaturados não solidificam tão facilmente, continuando mais
líquidos em temperaturas baixas do que os ácidos graxos saturados, por isso são
muitas vezes incluídos como componente de membranas celulares (ou seja, fosfolipi-
deos) para as quais flexibilidade é importante.

Então, se temos muitas ligações duplas, os ácidos graxos são mais difíceis de
solidificar?

Isso mesmo. Ligações duplas têm certas peculiaridades que impedem que os ácidos
graxos insaturados formem um sólido estável. Isso significa que o ponto de fusão dos
ácidos graxos difere significativamente, dependendo do número de átomos de
carbono presentes e do número de ligações duplas entre esses átomos.

R6 CAPITULO 3
COLESTEROL é UM TIPO 17e eSTEROM

Certo, antes de desviarmos demais do assunto, vamos retornar ao colesterol.

Isso mesmo! Entendi direitinho lipídeos e ácidos graxos, mas o que exatamente é o
colesterol?

O colesterol também é um tipo de lipídeo, mas tem a seguinte forma:

C
H3C C C
TRÊ5 HEXÁGONOS C I C

e, 1n UM PENTÁGONO
C

C
C

HO
_ HÁ UM C em CAPA
VéRTIce

Os três hexágonos e o pentágono combinados, como na figura anterior, são


chamados de esqueleto esteroidal, e um lipídeo que tem essa forma básica é
chamado de esteroide.

LIPÍDEOS

r-GORDURA NEUTRA-E —E,


E
• LIPÍDEO NEUTRO
„i

• FOEFOLAPIEPEO

i , • G LICOLIKPEO
N • EETEROIDE

Bem... acho que isso significa que os esteroides são um tipo de gordura!
Que estranho!

BIOQUÍMICA PE NO550 DIA A PIA cf7


FUNÇÃO DO COLESTEROL.

Consegui entender que o colesterol é um tipo de esteroide, mas o que exatamente é


um esteroide? Tudo que sei é que fisiculturistas costumam utilizá-los para ficarem
superfortes.

Bem, sempre que falamos em "esteroides", isso geralmente nos traz à mente
imagens de produtos farmacêuticos e músculos enormes, mas, na verdade, temos
vários esteroides que existem normalmente em nosso corpo, como o colesterol.
Por exemplo, há um tipo de hormônio que chamamos de hormônio esteroide.
Os mais famosos hormônios desse tipo são os hormônios sexuais — hormônios
indispensáveis que conferem características masculinas aos homens e femininas às
mulheres.

Hormônios sexuais? O que quer que sejam, fico feliz que tenham feito de mim uma
garota. Meninos são totalmente nojentos!

Hum... como quiser, Kumi.


De qualquer modo, a testosterona, hormônio sexual produzido principalmente
nos testículos masculinos, é, na prática, criada a partir do colesterol.
A progesterona, outro hormônio sexual, produzido nos ovários femininos ou na
placenta, também é criada a partir do colesterol.

CH3

OH C=0

TESTOSTERONA PROOESTERONA

8 CAPITULO 3
A vitamina D também é um tipo de esteroide criado a partir do colesterol. Como a
vitamina D é produzida quando raios ultravioleta atingem nossa pele, é muito impor-
tante que seres humanos sejam expostos ao Sol.

RAIO ULTRAVIOLETA (UV)

coLesTeROL, 7-17I-HIPROCOLESTEROL

HO

VITAMINA P3

Além disso, o colesterol também desempenha outros papeis importantes, como


quando atua como matéria-prima para o ácido biliar*, necessário para digestão e
absorção de gordura pelo intestino delgado.

Uau! O colesterol tem muitas funções importantes! Nunca imaginei...

Isso mesmo. Quando ouvimos pessoas que cuidam da saúde (como seu pai) falando
em colesterol, geralmente vem à nossa mente uma imagem negativa, como a
de problemas ligados à arteriosclerose ou à obesidade, mas o colesterol é uma
substância extremamente importante para nossos corpos.

Nossa, agora fiquei realmente confusa. Por que uma substância tão importante nos
faz pensar em doenças e problemas de saúde ou sobrepeso?

Não se preocupe! Desvendaremos esse mistério em breve...

* O ácido biliar é criado no fígado. armazenado na vesícula biliar e secretado no duodeno.

BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A PIA cg?


LIPOPROTENA5: ALÉM DO BEM e 20 MAL OUVI DIZER QUE HÁ TANTO UM
COLESTEROL BOM QUANTO
PRONTO, ESTAMOS FINALMENTE UM MAU...
CHEGANDO AO PONTO QUE N05
INTERESSA. O COLESTEROL
REALMENTE FAZ MAL? ENTÃO SERÁ QUE eLes
se ENFRENTAM?

NA VERDADE, O
COLESTEROL EM SI NÃO TODO coLesTerza. Tem
VEM DE DUAS FORMAS INÍCIO DA MESMA FORMA,
DIFERENTES: UMA "BOA" MAS...
E OUTRA "MÁ".

f
ELE é CLASSIFICADO
COMO BOM OU MAU
COLESTEROL DE ACORDO COM
O MODO COMO é
TRANSPORTADO.

PARA COM ISSO! NÃO PRECISA FICAR NERVOSA -


VOU EXPLICAR COMO TUDO 1550
QUER DIZER Guie BOM FUNCIONA. COMO 05 LIPÍDEOS
E MAU SÃO A MESMA NÃO se DISSOLVEM EM ÁGUA
COISA?! DIRETAMENTE, NÃO PODEM EXISTIR
INDEPENDENTEMENTE NO SANGUE.

eLes SÃO DISSOLVIDOS 1.1 POPROTENA


JUNTOS COM MUITAS
OUTRAS MOLéCULAS, PARA
CRIAR UMA SUBSTÂNCIA
SOLÚVEL EM ÁGUA CHAMADA
LIPOPROTENA.

I POPROTENA

100 CAPÍTULO 3
UMA LIPOPROTENA é UM
AGLOMERADO ESFÉRICO
DE TAMANHO CONSIDERÁVEL SUA SUPERFÍCIE
QUE TEM UM LIPÍDEO NEUTRO, é COBERTA POR A APARÊNCIA
OU ÉSTER DE COLESTEROL*, FOSFOLIpiveos DELA é MEIO
DENTRO DE SI, E NENHUMA ANFIPÁTICOS E POR UMA NOJENTA...
DESSAS SUBSTÂNCIAS 5e PROTEÍNA QUE CHAMAMOS
MISTURA PRONTAMENTE COM A DE APOPROTEÍNA...
ÁGUA. ...E POR
COLESTEROL
LIVRE.**
ÉSTER DE COLESTEROL
FOSFOLIPIPEO
COLESTEROL LIVRE

APOPROTEÍNA

CHUÁ

CHUÀ
LIPOPROTEiNA

A GRAVIDADE E5PEaFICA
LIPOPROTEÍNAS porem 5E REFERE À PARTÍCULA
SER CLASSIFICADAS INTEIRA DA LIPOPROTEÍNA.
EM MUITOS TIPOS,
DEPENDENDO DE 5E HÁ MAIS
EUA GRAVIDADE NEUTROS 170 QUE
ESPECÍFICA, como PROTEÍNAS, A GRAVIDADE
VOCÊ PODE VER NA ESPECÍFICA DIMINUI. 5E
FIGURA A SEGUIR.
TEMOS MAIS PROTEÍNAS
DO QUE LIPÍDEOS
NEUTROS, A GRAVIDADE
AUMENTA.

VLPL LPL. HPL

o o
CLOW-DENSITY CHIOH-DENSITY
CVERY LOW-DENSITY
QUILOMÍGRON LIPOPROTEIN, OU LIPOPROTENA
LIPOPROTEIN, OU LIPOPROTEIN, OU
LIF'OF'ROTEINA DE LIPOPROTENA DE ALTA
DE DENSIDADE MUITO BAIXA) DENSIDADE BAIXA) DENSIDADE)
BAIXA
ALTA
GRAVIDADE
`DENSIDADE
ESPECÍFICA/
ESPECÍFICA
• MAIS Lipive05
VAMOS NO5 --------- • MENOS LIPÍDEOS
NEUTROS NEUTROS
CONCENTRAR NA LPL E —
• MENOS PROTEÍNAS • MAIS PROTEÍNAS
NA HPL POR ENQUANTO. ---

* UM ÉSTER DE COLESTEROL É UM COLESTEROL QUE TEM UM AGII20 SRAXO PRESO A ELE.


** UM COLESTEROL LIVRE É UM COLESTEROL QUE NÃO Tem UM ÁCIDO eRAX0 PRESO A ELE.
BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA 101
A LM., QUE
CARREGA BASTANTE
coLesTERoL, POR OUTRO LADO, A
TEM A FUNÇÃO vE HM, QUE CARREGA
TRANSPORTAR PEQUENA QUANTIDADE
C01.057-ER01. PARA DE COLE5TEROL,
05 TfCIP05 PO TEM A FUNÇÃO cie
TRANSPORTAR
CORPO. C01.057-PIZOl.
LDL
TECIDO TC/PO5 17f VOLTA
P?RiFéRICO- AO PIMPO.

H DL

•• CO LESTe ROL

HEHE, QUE TAL UM OH NÃO... UMA


POUCO MAIS DE BATALHA DO Bem
COLEETEROL?
CONTRA O MAL!

FrOADO
TECIDOS 170 Age!!
CORPO

•• •

EU MANTENHO TUDO
EM ORDEM LEVANDO O
p0j..9::*:**::::•-•-• • •••••• •
excesso DE VOLTA AO
FÍGADO,

ASSIM, DIZEMOS QUE A 1..DL é


"MÁ" PORQUE ELA DISTRIBUI AGORA EU eNTENvi!
COLESTEROL PELO CORPO e O COLESTEROL EM 51
QUE A HM é "BOA" PORQUE é SEMPRE O mesmo.
REMOVE COLESTEROL. DOS
TECIDOS PERIFÉRICOS,
LEVANDO-0 vE VOLTA
AO FíOADO.

ELE é CHAMADO PE "BOM"


OU "MAU" ve ACORDO COM
O TIPO 17E LIPOPROTEÍNA
QUE ESTÁ FAZENDO SEU
TRANSPORTE!

102 C.AFTTLILO 3
mxt,laThni

O QUE é ARTERIOSCLEROSE?

Agora que você entende melhor o colesterol, imagine o que aconteceria se a


densidade de LDL (má) no sangue aumentasse e a densidade de HDL (boa)
diminuísse.

Hum, acho que o colesterol seria transportado para os tecidos do corpo mais
rapidamente do que poderia ser removido e acabaria se acumulando nos vasos
sanguíneos.

Correto. O colesterol se acumulará nas paredes dos vasos sanguíneos, o lúmen dos
vasos sanguíneos se tornará menor e o fluxo de sangue será obstruído. Isso é o que
chamamos de arteriosclerose.

VASO SANGUÍNEO COLESTEROL É CÉLULAS DO 515TEMA


NORMAL DEPOSITADO IMUNOLÓGICO SÃO
RECRUTADAS E O
LOMEN SE TORNA CADA
VEZ MAIS ESTREITO.

Os vasos sanguíneos se tornam mais grossos e rígidos, e à medida que os


sintomas avançam, isso pode levar ao surgimento de doenças e até à morte.

O colesterol pode matar?! Então temos que levá-lo a sério...

Vamos analisar um tipo específico de arteriosclerose, a aterosclerose. Cientistas


acreditam que o processo ocorre desta forma: primeiro, o colesterol LDL é
depositado na parede interna do vaso sanguíneo danificado. Esse colesterol é então
digerido por fagócitos*, como os macráfagos, e células inchadas cheias de gordura,
chamadas células espumosas, se acumulam.
Quando isso ocorre, os músculos celulares que criam a parede de um vaso
sanguíneo também acabam se alterando significativamente e se tornando mais
rígidos e grossos.

* Um fagácito é um tipo de glóbulo branco que se alimenta de praticamente qualquer coisa. É essencial
como parte do sistema imunológico.

BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA 103


MACRóFAGO

A LDL OXIDADA é
O
INGERIDA PELOS
MACR6FAe05.

PAREDE
I70 VASO
SANGUÍNEO 4

CÉLULAS ESPUMOSAS 5E ACUMULAM,


O o FAZEM CRESCER RAPIDAMENTE AS
o
CÉLULAS MUSCULARES E AS PAREDES
o O
DO VASO SANGUÍNEO SE TORNAM
i MAIS GROSSAS!
CÉLULAS ESPUMOSAS

CÉLULAS MUSCULARES DEFORMADAS

Uau, essa artéria está mais entupida do que o ralo da minha banheira! Ainda bem
que um pouco de cabelo no ralo não pode me matar!

Não tenha tanta certeza. O entupimento na minha banheira tem praticamente


vida própria. É uma verdadeira selva lá embaixo!

Que nojo! Isso você não precisa me contar, Nemoto!

Er... me desculpe. Muito bem, a seguir você pode ver algumas das doenças que a
arteriosclerose pode causar.

INFARTO CEREBRAL (ACIDENTE


CÉREBRO VA5CULAR CEREBRAL)
HEMORRAGIA CEREBRAL-

ANGINA
CORAÇÃO INFARTO DO MIOCÁRDIO

104 CAPÍTULO 3
MISTÉRIO
O COLESTEROL REALMENTE FAZ MAL?
1

@ O colesterol, que é transportado no sangue por


lipoproteínas, pode ser tanto bom (HDL) quanto mau (LDL).

@ O colesterol da LDL é transportado para os tecidos


periféricos do corpo e o colesterol da HDL é
transportado destes para o fígado. O equilíbrio dessa
relação é muito importante.

e O colesterol é uma substãncia importante que produz


hormônios, mas, se muito for absorvido, poderá
resultar em arteriosclerose, provocando doenças
muito graves e mesmo a morte.

O MAIS IMPORTANTE
É O EQUILÍBRIO PA É IMPORTANTE TER
HDL e PA LDL. CONHECIMENTO
ADEQUADO DE NO550
METABOLISMO E DA
EM OUTRAS PALAVRAS, é
DIETA QUE FAZEMOS!
MELHOR ABSORVER UMA
QUANTIDADE MODERADA
DE COLESTEROL — NEM
MUITO, NEM POUCO.

(00 HÁ PROBLEMA
EM COMER
ALIMENTOS
COMO MAION ESE, MAS QUEM COLOCA
DESDE QUE MAIONESE EM
MODERADAMENTE.
PANQUECAS?

• 6.

6 .6S66,
.4g

BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA 105


2.Bioquímica da obesidade — Por que armazenamos gordura?
B ***Cf 18 ileff.411•0•6*•••eeeellelk 66666 #1411••111,111• 6666666 *4141. e„. e 41.41

O PRÓXIMO MISTéRIO é ALGO QUE


REALMENTE ME PREOCUPA!
Z. POR QUE ENGORDAMOS
COMEM05 PEMA/5?

ESTÁ BEM! VAMOS


FALAR SOBRE- O QUE A
ESTAR MUITO ACIMA 120 PE50 OBESIDADE SIGNIFICA
É UMA DOENÇA MÉDICA QUE BIOQUImicAmeNTe.
CHAMAMOS DE 0135/PAPE.

PARA SIMPIFICAR, Se
VOCÊ é OBESO, SIGNIFICA
QUE TEM EXCESSO DE
GORDURA ARMAZENADO
NO CORPO.

ENERGIA INGERIDA E GASTA

/DANDO MOL PE MOLéCULA5


PE ATP CONTÉM
LIPÍDEOS PROTEÍNAS APROXIMADAMENTE
SÃO INGERIDOS, Z3 KCAL PE ENERGIA.
ENERGIA CATP) é CRIADA
A PARTIR DELES. LIPÍDEO

AT P
PROTEÍNA
5ACARÍDEO
A ENERGIA TOTAL CRIADA A
PARTIR DOS 5ACARÍDEOS,
LIPÍDEOS E PROTEÍNAS QUE
AT P GOMEMOS* é CHAMADA DE
FNEIZIA 1A~/12A.
* MAIS PRECISAMENTE, COMO ALGUMAS DESSAS PARTÍCULAS PB COMIDA SÃO EXCRETADAS
DIRETAMENTE DEPOIS DE TEREM SIDO INGERIDAS, A ENERGIA INGERIDA é A ENERGIA TOTAL CRIADA A
106 CAPÍTULO 3 PARTIR DOS SACARíDEOS, LIPÍDEOS e PROTEÍNAS QUE FORAM, DE FATO, ABSORVIDOS PELO CORPO.
ENTÃO, QUANTO
MAIS VOCÊ COMER, VERDADE!
MAIS AUMENTARÁ A MESMO QUANDO e5TOU
ENERGIA INGERIDA. APENAS DORMINDO OU
ASSISTINDO À TV...

POR OUTRO ... MEU CORPO AINDA


LADO, ENQUANTO CONSOME O MÍNIMO DE
NO550 CORPO ENERGIA NECESSÁRIO. esse
ESTÁ VIVO, ELE CONSUMO é CHAMADO
METAL301-15M0 B,45,44,
ESTÁ CONSUMINDO CERTO?
ENERGIA.

ISSO MESMO!
EVIDENTEMENTE, se
VOCÊ se EXERCITAR,
GASTARÁ MUITO MAIS
ENERGIA.
A ENERGIA TOTAL
UTILIZADA é CHAMADA
DE ENERGIA GASTA.

SE A ENERGIA GASTA
ENERGIA FOR MENOR QUE A
ARMAZENADA INGERIDA...
cork),
GORDURA
ESSA SOBRA DE ENERGIA
SERÁ ARMAZENADA PELO
CORPO NA FORMA DE
GORDURA.
PUF
UFA!
121/F
TENHO QUE ME
MANTER ATIVA SE
PRETENDO FICAR
LONGE DESSES
QUILINHOS.

5EM
F.:51-E&C)

BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA 107


ANIMAIS GUARDAM GORDURA

Os animais têm um mecanismo que os permite preservar um nível fixo de gordura


no corpo. Se comem demais e a gordura se acumula, isso dispara um sinal que faz
que o cérebro reduza a alimentação. Da mesma forma, se a quantidade de gordura é
reduzida, fazendo que o animal fique faminto, ele comerá até que o nível de gordura
retorne ao seu patamar original.

Que interessante! Acho que esse instinto deve ter em sua origem animais que vivem
em estado selvagem. Se ficarem gordos demais, não poderão capturar alimento. Se,
por outro ladro, ficarem magros demais, poderão morrer de fome.

Isso mesmo. Por exemplo, o hormônio de proteína insulina faz que a glicose do
sangue seja absorvida pelo tecido muscular ou adiposo e armazenada como
glicogênio ou gordura. Assim, ele diminuirá o nível de açúcar no sangue (a insulina
também é utilizada para tratar o diabetes.)

O = UM SACARíDe0 (GLICOSE)

ALTO NÍVEL DE QUEDA NO NÍVEL DE


AÇÚCAR NO SANGUE AÇÚCAR NO 5ANOUE

Ah, então o "nivel de açúcar no sangue" é apenas a concentração de glicose no


sangue! Se essa glicose for absorvida por músculos ou gordura, sua concentração no
sangue vai diminuir.

Da mesma forma, as membranas das células nervosas do hipotálamo (uma parte


especial do cérebro) contêm uma proteína que dizemos ser um receptor de insulina*.

* Receptores de insulina existem nas membranas celulares de muitos tipos de células do corpo, e não
apenas nas membranas de células nervosas.

108 CAPÍTULO 3
A insulina regula o comportamento alimentar e o nível de gordura de um animal por
meio do hipotálamo.

CÉREBRO
HIPOTÁLAMO

SUPRIME A
FOME

RECEPTORES DE INSULINA
o ESTÃO INCORPORADOS À
DE INSULINA
PAREDE. CELULAR

O desejo de comida é suprimido pelo sistema nervoso quando a insulina se liga aos
receptores de insulina do hipotálamo.
Experimentos feitos por cientistas para provar essa teoria têm resultados
surpreendentes — por exemplo, ratos de laboratórios que não puderam produzir
receptores de insulina acabaram se tornando realmente obesos.

Uau! Instruções são enviadas ao meu cérebro para impedir que eu coma demais?
Isso é loucura — é como se meu corpo estivesse me enganando!

Também temos uma proteína chamada leptina, criada apenas no tecido adiposo, que
pode notificar o cérebro do acúmulo de gordura por meio de receptores de leptina no
hipotálamo, da mesma forma que receptores de insulina. Esse mecanismo também é
capaz de suprimir nossa fome.

Entendi. Então, tanto a insulina quanto a leptina são proteína importantes para
controlar quanto queremos comer.

BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA 10q


Isso mesmo. Cientistas também já fizeram experimentos com leptina — ratos
com genes deformados de leptina acabam engordando tanto quanto os ratos sem
receptores de insulina.

Isso é terrível! Por que os cientistas estão sempre maltratando os ratinhos...

Se compararmos a concentração de leptina no sangue de pessoas não obesas com a


de pessoas obesas, veremos que ambas têm um valor proporcional à gordura de seu
corpo.
A quantidade de leptina criada por pessoas que comem demais não é diferente
daquela de pessoas que comem normalmente. Ainda que a criação de leptina esteja
ligada à supressão da fome em pessoas não obesas, isso não ocorre para os obesos. Em
outras palavras, acredita-se que pessoas obesas tenham resistência à leptina.

ESTOU FICANDO
5A715F517-0,..

LEPTINA FUNCIONANDO LEPTINA NÃO FUNCIONANDO


NORMALMENTE NORMALMENTE

Que pesadelo! Se nossa insulina ou leptina não funcionarem, comeremos sem parar,
e nosso apetite nunca estará satisfeito...

Há muitas outras substâncias que ajudam a equilibrar nossos níveis de gordura e


apetite. Falaremos delas a seguir!

110 CAPÍTULO 3
kGARíDEOS em excesso se TORNAM GORDURA!
RESUMINDO-.
ENTÃO A OBESIDADE é
O RESULTADO DE UMA VOCÊ COMEU DEMAIS
QUEBRA SIGNIFICATIVA PO E ARMAZENOU MUITA
EQUILÍBRIO
,,,,,,....„...„ HOMEOSTÁTICO* GORDURA.
METABÓLICO.

E DO AGI-MULO
excevo DE
GORDURA.

* A HOMEOSTASE É O MECANIEMaRELO.GUAL EU,B5TÂNCIAS EÃO•TgOCAPA5 CONTINUAMENTE..


COM O AMBIENTE EXTERNO;:.PARA-MANTER: 0. AMBIENTE INTERNOAIR-ALTERA170.:

AGORA VAMOS ESTUDAR OS


PROCES505 BIOQUÍMICOS
ENVOLVIDOS_

... QUANDO
ACUMULAMOS
GORDURA!

HÁ DUAS FORMAS C1) OCORRE QUANDO


PRINCIPAIS NAS QUAIS OS Lipiveos INGERIDOS E (2), QUANDO
A GORDURA Pope 5ER SÃO ACUMULADOS SACARÍDEOS SÃO
DIRETAMENTE como CONVERTIDOS EM
ACUMULADA. GORDURA... GORDURA.

SACARÍDEO

LIPÍDEO SACARÍDE0

BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA 111


PRIMEIRO, VEREMOS NORMALMENTE, LIPÍDEOS
O QUE OCORRE INGERIDOS SÃO
QUANDO 05 SOLUBILIZADOS NA FORMA
UPTI2505 /NOPR/P05 DE LIPOPROTENAS, COMO
5A0 ACUMULADOS VIMOS ANTES, E CIRCULAM
PIRETAMONTE COMO ›OR TOPO O NO550 CORPO,
GORDURA. PARTICIPANDO DE VÁRIOS
TIPOS DE RESPIRAÇÃO.

CERTO, COMO AS ESFERAS


LiPiveo Que vimos ANTES, QUANDO
FALAMOS PO COLESTEROL!

MAS SE VOCÊ INGERIR


LIPÍDEOS DEMAIS...
O excesso ACABARÁ
SE ACUMULANDO NO
SANGUE OU NO TECIDO
ADIPOSO NA FORMA DE
GORDURA.

QUANDO FALAMOS DO ACÚMULO DE


GORDURA, NÃO PODEMOS NOS ESQUECER
DO TRABALHO INvispeNsÁveL. DE UMA
ENZIMA CHAMADA 1.IPA5E 1-1120PROTEICA.
COMO AS ENZIMAS 5A0
MUITO IMPORTANTES
PARA A BIOQUÍMICA,
NóS AS ESTUDAREMOS
CUIDADOSAMENTE MAIS ADIANTE!
(DETALHES NO
ÁCIDO CAPíTULO 4.)
GRAX0 ^n/+

TECIDO
• ADIPOSO
LIPOPROTENA
DE DENSIDADE
MUITO BAIXA GLICEROL
) rv\IN

LIPÍDEOS
INGERIDOS EM LIPÍDEOS E O TRIACILGLICEROL
excesso QUE FORAM TRANSPORTADOS NO
SANGUE SÃO HIPROLISADOS* POR
ESSA ENZIMA PARA FORMAR ÁCIDOS
GRAXOS E GLICEROL, 05 QUAIS
SÃO LEVADOS PARA O TECIDO
ADIPOSO.

A HIDRÓLISE é A DECOMPOSIÇÃO PE UMA SUBSTÂNCIA POR UMA


112 CAPÍTULO 3 ENZIMA UTILIZANDO ÁGUA. PARA MAIS DETALHES, CONSULTE A
PÁGINA 17Z.
INTESTINO HÁ QUATRO PASSOS
FiSADO PRINCIPAIS NO PROCESSO
DELGADO
QUE TRANSFORMA LIPÍDEOS
INGERIDOS EM GORDURA.

VLPI, El
QUI LOMÍCRON
QUILOPACRON

TRIACILOLICEROL
1
VASO
LIPASE LIPOPROTEICA SANGUÍNEO
7Cél.-111-Pt PO
ENDOTéL-10
GLICERO L.

CÉLULA PE
GORDURA
ÁCIDO GRAX0

RecomaiNADOS E
ARMAZENADOS NO
TRIACILeLIGEROL

O triacilglicerol é transportado no sangue por lipoproteínas de


densidade muito baixa (VLDL) que foram criadas no fígado e por
quilomícrons absorvidos e criados no intestino delgado.

Células do endotélio, que alinham os vasos sanguíneos, têm uma


enzima chamada lipase lipoproteica em sua superfície. Quando
o triacilglicerol é transportado pelos capilares do tecido adiposo,
dos músculos e de outros tecidos, ele se encontra com a lipase
lipoproteica e é hidrolisado, formando ácidos graxos e glicerol.

Esses ácidos graxos e o glicerol são capturados pelo tecido


adiposo.

Os ácidos graxos e o glicerol capturados são recombinados e


armazenados no triacilglicerol.

E QUANDO ISSO OCORRE,


A GORDURA NÃO PARA DE
CRESCER!
INGERIR
TRIACILGLICEROL EM
EXCE550 FAZ COM Que 1550 PODE SER UM
A GENTE ENGORDE... ExAeego. LemERE-se
DE QUE SEUS PRATOS
FAVORITOS TÊM MUITOS
SACARíDEOS TAMBéM, e
NÃO Se:5 LIPÍDEOS.
ENTÃO EU
SIMPLESMENTE
NÃO VOU COMER
NADA D1550!
NENHUM LIPÍDEO!
AS5IM Eu
DEFINITIVAMENTE
NÃO ENOORDO,
é MESMO, A OORPURA TAMBÉM
é FEITA PE 5ACARVE051
CERTO?

S& VOCÊ COMER


MACARRÃO DEMAIS,
ESTARÁ INGERINDO
MUITOS SACARÍDEOS
E ACABARÁ
ENOORDANDO.
NÃO HÁ UMA SAÍDA FÁCIL.
MA5 BASTA UM POUCO ve
EQUILÍBRIO E MODERAÇÃO.

EM OUTRAS
PALAVRAS, SE
INGERIRMOS MUITOS
SACARÍDEOS...
HUM,
... NOSSOS CORPOS
05 CONVERTERÃO EM
voct DEVE ESTAR
CERTO. ESTA REVISTA
GORDURA, A QUAL SERÁ
ARMAZENADA NO Tecivo
DIZ QUE EU DEVO FICAR
ADIPOSO OU NO FÍGADO. METABOLISMO ATENTA À QUANTIDADE PE
CARBOIDRATOS INeERIDA.
,CONVERTIDO/ ACUMULADO
DIRETAMENTE
GORDURA

o
0
CÃCARveos EM VIRAM
EXCESSO GORDURA
AQUELE Q---1;
AGORA, VAMOS NÃO PARAVA
ANALISAR COMO DE GIRAR, NÉ?
SACARiDEOS SÃO PRIMEIRO, VOCÊ se LEMBRO SIM!
TRANSFORMADOS EM LEMBRA DO CICLO
120 ÁCIDO CÍTRICO?
GORDURA.

VOLTEI!
%/x

SAGARíDEOS, QUE
SÃO UMA FONTE
DE ENERGIA, SÃO
QUEBRADOS POR
MEIO DA GLIGóLISE E COz
TRANSFORMADOS EM PIRUVATO IQ O
ACETIL-CoA 00
PIRUVATO. LVADH)
esse PIRUVATO ENTRA OXALOACETATO CITRATO I
NA MITOCÔNDRIA E SE
TORNA Ace-ril.-COA.
POR ENQUANTO, VAMOS MALATO CI5-ACONITATO
PARAR POR AQUI, CICLO PO
ESTÁ BEM? 1$
FUMARATO ÁCIDO CÍTRICO
ISOOTRATO

NADH d\*C0z
a-CETOOLUTARATO

NORMALMENTE, A ACETIL- SACARVE05 DEMAIS


CoA 5E COMBINA COM TIVEREM SIDO INSERIDOS, O
O OXALOACETATO PARA EXCESSO DE CITRATO DEIXARÁ
FORMAR CITRATO, MA5... A MITOCôNDRIA, ENTRARÁ NO
CITO5OL e SERÁ CONVERTIDO
EM ÁCIDO GRAXO.
FIQUE DE
OLHO NO
COMO A SI-ICC:X-15E AINDA
ESTÁ PROCESSANDO O
QUANDO 5ACAIZVE05 DEMAIS SACARVEO, O MALONIL-CoA,
SÃO INGERIDOS, O CITRATO A ACETIL-CoA e O ÁCIDO
QUE EXISTE NO CITOPLASMA, PALMÍTICO ACABARÃO se
Ê QUEBRADO DE VOLTA EM ÁCIDO ACUMULANDO, NÃO?
ACeTIL-CoA e se TORNA PALMÍTICO
CLICO5e1
UMA SUBSTÂNCIA CHAMADA
MALON/L-CoA.
MALONIL-
CoA
.PIRUVATO 1
CITOPLASMA r ACETIL-
CoA
Ul/UUH
1 7
-
ACETIL-C.oA

CITRATO
OXALOACeTATO
A• O CITRATO NÃO
ENTRA NO CICLO
Pd ÁCIDO
CÍTRICO!

[MITOCôNDRIA I

Isso mesmo, e O ÁCIDO


PALMÍTICO é UM ÁCIDO GRAX0i

se O MALONIL-COA FOR
PRODUZIDO, ACABARÁ SENDO
CONVERTIDO DIRETAMENTE em UM
;CIPO ORAXO.

VOCÊ TAMBÉM peva POE3R? DE


A FRUTOSE PROMOVE A SÍNTESE PELO DOGE, DOGE SABOR
TER CUIDADO COM A PO AÇÚCAg‘...
QUANTIDADE DE AÇÚCAR DE DE ÁCIDOS ORAX05 NO FÍGADO
E é UM DOS FATORES QUE
MESA (FRUTOS?) INGERIDA.
CONTRIBUEM PARA A OBESIDADE.

116 CAPÍTULO 3
VAMOS VOLTAR UM POUCO E
AMPLIAR A ÁREA DO
*2001`1! DA ÚLTIMA PÁGINA.
ÁCIDO PALMiTICO é SINTETIZADO A PARTIR DE
MALONIL-COA POR MEIO DE VÁRIAS rzeAçõeS
ENZIMÁTICAS. VAMOS DAR UMA OLHADA!

o
ACETIL-CoA • REPRESENTA O
H3C - C - SC° A NÚMERO DE ÁTOMO5 DE
IMP CARBONO Que EXISTEM
1• CO; ALEM DAQUELES DO CoA
OU DA ACP.

co;
ACETIL-ACP I f? MALON1L-CoA
•• CHz - C--$CoA • IN

,SCoA 4VACP
co MAL.ON11.-ACP

CHz - C-SACP •••

cozki
o ACETOACETIL-ACP
9
H3C-c-cH,- -,SACP ••••
esses seis PA5505
5;40 REPETIDO5
5E15 vezes. A CADA
VEZ, DOIS ÁTOMO5 0-3-HIDROXIBUTIRIL-ACP
DE CARBONO 5Ã0 ••••
ADICIONADOS
CADEIA DO ÁCIDO
ORAXO.
1
TRAN5-Z-BUTENOIL-ACP
12 ••••

o BUTIRIL.-ACP
H3c-CHI- c 2- C -,sAcp ••••

1:11: PALMITOIL-ACP
H3 C-CH z -- CH z)i? — C - A CP
•••••••••••••••••
SAcP
O
ÁCIDO PALMÍTICO
H3C- CHz - CCHz.)(3 -
•••••••••••••••• LOGO, LOGO
SEREI UM
ENTÃO, QUANDO O MALONIL-CoA ÁCIDO GRAXO!
é FORMADO*, ESSE CICLO
SEGUE ADIANTE ATé Que O ÁCIDO 0001[ 0 0 0 0 1[o,:.._., Ç-•
egAxo SEJA PRODUZIDO. • -•
* A SiNTE5E 20 MALONIL-CoA é A REAÇÃO QUE LIMITA A VELOCIDADE DA SÍNTESE 1205
ÁCIDOS eRAX05. EM OUTRAS PALAVRAS, A FORMAÇÃO DE NOV05 ÁCIDOS ORAX05
DEPENDE DA VELOCIDADE DA FORMAÇÃO De MALONIL-CoA A PARTIR DE ACETIL-CoA.
QUANDO A CORDURA é UTILIZADA COMO FONTE DE ENERGIA

Está bem, agora entendo como a gordura é produzida, mas o que quero realmente
saber é como me livrar da gordura que estou produzindo.

Para perder peso, você deve consumir a gordura que tem armazenada.
Para isso, deve se lembrar de um fato importante: enquanto tivermos
sacarideos e lipídeos à disposição, os sacarídeos serão utilizados primeiro
como fonte de energia.
Se você comer alimentos ricos em sacarídeos e lipídeos, o nível de açúcar em
seu sangue vai subir. Os sacarídeos serão utilizados primeiro para produzir energia e
os lipídeos serão armazenados no tecido adiposo.

Entretanto, depois que os sacarídeos tiverem sido utilizados e o nível de açúcar em


seu sangue tiver baixado, os lipídeos armazenados começarão a ser gradualmente
metabolizados. Assim, quando seu estômago reclamar de fome, os lipídeos serão
consumidos ativamente.

DEPOIS QUE OS SACARiDEOS SERÁ A vez DOS


TIVEREM SIDO UTILIZADOS... Liprveos.
P1JF
1211F

vp

SACARIDEOS
VA5O AGORA é A
5ANGUíNe0 05 5A
voei
1C,..

v-:-• GORDURA

Hum, acho que isso significa que tenho que me exercitar uni pouco para que meus
quilinhos comecem a desaparecer.

118 CAPITULO 3
Agora, vamos falar da metabolização da gordura.
Primeiro, a gordura do tecido adiposo, o triaciiglicerol, é transformado em
ácidos graxos e glicerol por uma enzima, a hidrolase. A hidrolase é uma lipase
hormônio-sensível — note que ela é diferente de uma lipase lipoproteica, como a que
vimos na página 112.

rilvgbiAse

LIPASe
ÁCIDOS I=> (3-OXIDAÇÃO
GRAXOS

GORDURA

TRIACILGLICEROL
GLIGEROL

Os ácidos graxos são liberados na corrente sanguínea e transportados para os


diversos órgãos e músculos do corpo, onde passam por uma reação química
chamada p-oxidação (betaoxidação).

TRIACILGLICEROL

TECIDO
ADIPOSO

ÁCIDO
ORAX0

ÁCIDO CÉLULA 20
GRAX0 ENDOTéLIO
I

VA50
SANGUíNe0
ÁCIDO
GRAX0
PERCORRENDO VASOS SANGUÍNEOS,
ATÉ ÓRGÃOS e MÚSCULOS

BIOQUÍMICA DE NOSSO DIA A DIA 11cl


Hum... mas o que é p-oxidação?

Não se preocupe, estou chegando lá! Dê uma olhada neste diagrama:

C) ÁCIDO ORAX0
OITO MOLÉCULA5
P5 ACETIL-C.oA
•• or.
CITOPLASMA OO ACIL-CoA .45

soWesew""
ÁCIDO PALMÍTICO (C16 )
3 ACIL-CARNITINA E-se
PROCE550
é REPETIDO
MUITAS VEZES
4/0•41~~~

ACIL-CoA NOVAMENTE

MITOCiiNDRIA HÁ P015 ÁTOMOS---\


PE CARBONO A
MENOS NA ACIL-CoA
ACETIL-CoA

CITRATO
CICLO DO
ÁCIDO
CÍTRICO

(3-OXIDAÇÃO

Ácidos graxos se tornam acetil-CoA por meio da (3-oxidação. Você se lembra de


quando falamos sobre a acetil-CoA antes? (veja a página 115)

Ela é produzida no primeiro passo do ciclo do ácido cítrico, certo?

120 CAPÍTULO 3
Isso mesmo!
Primeiro, o ácido graxo é ativado pela CoA. Esse composto, acido graxo-CoA,
é chamado de acil-CoA. Depois, adicionamos uma carnitina para formar a acil-
carnitina, que será enviada para a célula. Lá, ela entrará na mitocandria e será
quebrada em acetil-CoA.
Ácidos graxos são longas cadeias carbônicas (com mais de dez carbonos), mas a
acetil-CoA tem apenas dois átomos de carbono.
O ácido graxo é quebrado pela (3-oxidação para que uma molécula de acetil-CoA
(com dois átomos de carbono) seja destacada de cada vez. O processo é chamado de
13-oxidação porque a CoA é ligada ao penúltimo átomo de carbono do ácido graxo (o
carbono (3).
Ao final, todos os átomos de carbono do ácido graxo terão se tornado acetil-
CoA. A figura a seguir mostra a (3-oxidação do ácido palmítico, que tem 16 átomos
de carbono.

ÁCIDO PALMÍTICO COM 16 ÁTOMO5 cie CARBONO

16
AGE-til:CoA COM
1/8( DOIS ÁTOMOS DE
CARBONO
14

12

• If

10

640

BIOQUÍMICA DE NO550 PIA A PIA 121


O ciclo de 8-oxidação se repete sete vezes, criando oito moléculas de acetil-CoAl

Isso mesmo, e como elas já estão na mitocôndria, podem entrar diretamente no ciclo
do ácido cítrico para criar ATP.

Então, quando você está queimando gordura e fazendo regime, esse processo
maluco está quebrando moléculas de ácido graxo dentro de seu corpo. Uau!

Antes eu lhe contei como o ácido palmítico é produzido a partir de malonil-CoA


durante a síntese dos ácidos graxos. Quando esse ácido palmítico é quebrado, um
total de 129 moléculas de ATP é produzido por meio do ciclo TCA e da cadeia de
transporte de elétrons.

Espere um pouco... Se eu bem me lembro, o máximo que podíamos produzir a partir


de uma molécula de glicose eram 38 moléculas de ATP. 129 moléculas de ATP é
número realmente alto, não?

eLicose
C5ACARíDEO)

ÁCIDO PALMTICO
(ÁCIDO eRAX0)

Sim, isso mesmo. Ácidos graxos são um material muito eficiente de armazenamento.

Hum. Deve ser por isso que precisamos de tanta energia para queimá-los!
Bioquimicamente falando, fazer regime dá um trabalhão...

122 CAPÍTULO 3
MISTÉRIO
POR QUE ENGORDAMOS se COMEMOS DEMAIS?
2

Quando a energia gasta é menor que a ingerida, o


corpo armazena o excesso de energia ingerida como
gordura.

Há duas formas principais pelas quais a gordura


é formada. Uma é o processo no qual lipídeos
ingeridos (ou seja, o triacilglicerol) são acumulados
diretamente como gordura. A outra é a conversão
de sacarídeos em gordura.

@ A gordura é um material muito eficiente para


armazenamento de energia.

ÁCIDOSeRAXOS
MA5 pope SER TERRIVELMENTE
SÃO ÓTIMOS PARA
ARMAZENAR ENERGIA.
DIFÍCIL CONSUMIR TOPO
ESSE EXCESSO De GORDURA
ARMAZENADA,..
esse PROCESSO é
REALMENTE INCRÍVEL
É ISSO Que N05
MANTÉM VIVOS! FLIF

Fe54560

PARA UM ANIMAL SELVAGEM QUE


TENTA 00 MORRER DE FOME, A
GORDURA é REALMENTE IMPORTANTE.
MA5 PARA PESSOAS MODERNAS Que
QUEREM EMAGRECER, AS COISAS
SÃO UM POUCO MAIS COMPLICADAS...
5LISP/IZO

BIOQUÍMICA In NO550 DIA A PIA 123


3. O que é tipo sanguíneo?
• • • le • • te e d. e • e er e.** e e et• re • ellte • ** • • • ef. ***** 1111••••• **************** 110•••• e

TIPO 5ANGUrNe0

O terceiro mistério é: o que é tipo


sanguíneo? Acho que vamos nos divertir!

Ainda que não tenhamos nenhum interesse


na ciência dos tipos sanguíneos, essa ainda
é uma forma interessante de classificar
pessoas. No Japão, por exemplo, é comum
prever o futuro de alguém com base em
seu tipo sanguíneo.

Isso mesmo! Costuma-se dizer que uma


pessoa de tipo A é calma, controlada e
séria.
Falando nisso, sou do tipo B: original e espirituosa!
Meu pai é do controlador, tipo O, e minha mãe do tipo sensível e melancólico,
AB.

Hum, faz sentido. Filhos de pais tipo O e tipo AB podem ser de tipo A ou B, mas não
de tipo O ou tipo AB. Assim, se você tivesse um irmão ou irmã, ele ou ela seria de
tipo A ou tipo B.

KUMI
TIPO O
PAI (00) TIPO B
(08)

TIPO A
MÃE TIPO AB (0A)
(AB)
IRMÃO?!

Se eu tivesse um irmão mais novo de tipo A, minha família teria pessoas de todos os
quatro tipos sanguíneos.
Mas isso é um pouco estranho, não? Membros de uma mesma família podem
ter tipos sanguíneos diferentes, enquanto pessoas de famílias tótalmente diferentes
podem ter o mesmo tipo sanguíneo!
Afinal, o que é exatamente o tipo sanguíneo?

124 CAPÍTULO 3
lb COMO PeTeRMINAMOS O TIPO 5ANOUNIe0?

Kumi, na escola você deve ter aprendido sobre os glóbulos vermelhos do sangue,
certo?

Sim! São as células que dão cor ao sangue. Elas são mais ou menos assim:

Isso mesmo. O tipo sanguíneo é determinado pelas moléculas de sacarídeos que


existem na superfície dos glóbulos vermelhos. A superfície de muitas células,
incluindo a dos glóbulos vermelhos, é recoberta por uma cobertura de açúcar (o
glicocálix ou glicocálice) feita de sacarídeos.

Caramba, voltamos aos sacarídeos? Pelo menos eu gostei dessa ideia de "cobertura
de açúcar"...

Você se lembra da camada dupla de lipídeos da membrana celular? Proteínas


estão inseridas em muitos pontos dessa camada dupla e moléculas de sacarídeos
costumam se prender às suas superfícies externas. Coletivamente, essas moléculas
de sacarídeos formam o glicocálix da célula.

SUPERFÍCIE DE UM
'LÓBULO VERMELHO
5ACARVE05

BIOQUÍMICA PE NO550 PIA A PIA 125


Que estranho! Elas parecem pequenas anêmonas, ou algo parecido, se esticando no
fundo do mar. Elas recobrem todas as nossas células sanguíneas?

_ -2 Q
COBERTURA
( DE AÇÚCAR

61.651J1.0
VERMELHO

Isso mesmo. Na realidade, temos mais de 100 antígenos diferentes que podem cobrir
os glóbulos vermelhos e poderiam ser utilizados para classificar o tipo sanguíneo, por
isso muitos sistemas de grupo sanguíneo são possíveis. O mais famoso é o sistema
ABO, descoberto em 1900 pelo imunologista austríaco Karl Landsteiner.

Esse é o sistema que utilizamos atualmente, não? Com tipo A, tipo B, tipo AB e
tipo 0?

Certa mais uma vez! O sistema do grupo ABO tem por base três tipos de moléculas
de sacarideos, presentes na superfície dos glóbulos vermelhos. Cada um deles
tem uma estrutura que chamamos de cadeia de açúcar, formada por vários
monossacarídeos conectados.
CADEIA DE
AÇúCAR

TRÊS TIPOS
DIFERENTES DE
5ACARR2E05
FORMAM A CADEIA
DE AÇÚCAR

Como três tipos de "anêmonas" balançando lá no fundo, né?

1Z6 CAPITULO 3
Analisando o lado esquerdo dos diagramas a seguir, podemos notar que há diferença
na extremidade de cada tipo de cadeia de açúcar.

Para a cadeia de açúcar do sangue tipo A, a extremidade é GaINAc.

PROTEÍNA
GaINAc Cal GIcNAc OU LIPÍDEO

Fuc

Para o sangue tipo B. a extremidade é Gal.

PROTEÍNA
Gal Grl GIcNAc OU Lip0E0

Fuc

Para o sangue tipo O, não temos nada na extremidade.

PROTEÍNA
Cal GIcNAc
OU LIPÍDEO

Fuc

NOMES 1705 5ACAR0505

GaINAc : N-acetilgalactosamina
Gal : galactose
Fuc : fucose
GIcNAc : N-acetilglicosamina

Ah, então é daí que vêm aqueles três tipos!

Exatamanente! E pessoas com tipo AB têm cadeias de açúcares tanto de tipo A,


quanto de tipo B.

Uau, é só isso? Diferenças nas cadeias de açúcar? Que estranho...

BIOQUÍMICA PE NO550 DIA A PIA 1Z7


Mas espere... Por que uma pessoa é tipo A, enquanto outra é tipo B? O que decide o
tipo sanguíneo de uma pessoa?

Bem, o tipo sanguíneo é determinado por um certo gene, e uma enzima é criada
por esse gene! (voltaremos a falar nisso, mas você pode pular para a página 1.69 se
quiser mais detalhes).

De novo as enzimas! Você falou nelas quando estudamos a gordura, e agora,


mais uma vez, quando falamos de tipos sanguíneos? Elas devem ser realmente
importantes.

Com certeza. Faremos a professora nos explicar mais sobre enzimas em nosso
próximo encontro.

Combinado! Falando nisso, será possível que essas diferenças nas cadeias de
açúcares estejam relacionadas à personalidade de uma pessoa? Seria possível prever
o futuro de alguém com base em seu tipo sanguíneo?

Hum, boa pergunta. Acho que se você realmente quiser, pode dizer que o gene que
determina o tipo sanguíneo de uma pessoa também tem algum tipo de influência
sobre suas células nervosas. Mas afirmar que isso poderia realmente influenciar a
personalidade de alguém seria muito arriscado, pois não há evidências científicas
que confirmem essa teoria.

Que alívio! Seria terrível pensar que toda a minha personalidade é controlada por
minúsculas cadeias fininhas de açúcar.

Não importa o que as videntes têm a dizer — ninguém no mundo tem uma
personalidade como a sua, Kumi...

125 CAPÍTULO 3
MISTÉRIO

3 O QUE é TIPO SANGUÍNEO?

@ Os quatro tipos sanguíneos (A, B, AB e O) são baseados


no sistema de grupo sanguíneo ABO.

@ O sistema de grupo sanguíneo ABO classifica as


pessoas de acordo com as diferenças entre certas
cadeias de açúcar encontradas na superfície dos
glóbulos vermelhos.

@ Até hoje, não temos evidências que confirmem a


teoria de que diferenças nessas cadeias são capazes
de afetar a personalidade de uma pessoa. Por isso,
não deixe que uma vidente decida seu futuro!

MESMO ASSIM, ATÉ QUE é VEJAMOS, VOCÊ é TIPO A,


DIVERTIDO PREVER O FUTURO
CERTO? A PREVISÃO PARA
DE ALGUÉM COM BASE em
SEU TIPO sANeurNeo... SEU MÊS é...

* ADIVINHAÇÃO POR TIPO 5ANGIJNEO.


V•Cê A U • •'• •
SE APROXIMAR DE QUEM GOSTA. AINDA ASSIM,
SUA NATUREZA POR DEMAIS SÉRIA ACABARÁ O
ATRAPALHANDO E VOCÊ NÃO CONSEGUIRÁ AQUILO
QUE DESEJA. SUA VIDA AMOROSA NESTE imÊs SERÁ
MUITO TURBULENTA!
gr

HA HA HA, AINDA BEM QUE NÃO


HÁ EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS QUE
Ìi COMPROVEM ESSAS TEORIAS, Na?!

BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA 1ZA


Á. Por que as frutas ficam mais doces à medida que amadurecem?
......••••••••....••• ********* ...•••• ********************

• Que TIPOS DE AÇÚCAR EXISTEM NAS FRUTAS?

Chegou a hora de nosso quarto mistério:


por que as frutas ficam mais doces à
medida que amadurecem?
Falando em frutas, acabamos de
comprar algumas peras frescas...
Hum, elas estão maduras, doces e
deliciosas.

Na verdade, isso vale para muitos tipos


diferentes de frutas. Laranjas, uvas,
melões e melancias, todos ficam mais
gostosos à medida que amadurecem.

Exatamente. Quando laranjas ainda estão verdes, podem ter um gosto ácido demais,
mas quando maduras, são bem doces. E o melão que você me trouxe antes estava
maduro e delicioso!

Sim, mas o que significa "maduro", bioquimicamente falando? Sabemos que uma
fruta madura é mais doce, mas por quê?
O motivo é que temos três tipos de açúcar em grande quantidade nas frutas: a
sacarose (açúcar de mesa), a frutose (açúcar das frutas) e a glicose (açúcar da uva*).

Que estranho! Achei que elas tivessem apenas o açúcar das frutas. Afinal, estamos
falando de frutas...

* Apesar do nome, o açúcar "da uva" é encontrado em muitas frutas diferentes, e não só nas uvas.

130 CAPITULO 3
0111k MON055AGARVe05, 01.16055ACARVE05 E POLISSACARVS05

Antes dissemos que a sacarose, a glicose e a frutose têm estruturas diferentes. (veja
a página 63 para mais detalhes).

Isso mesmo! Temos vários tipos de sacarídeos e eu adoro comer todos eles.

Bem, agora vamos aprender mais sobre esses diferentes sacarídeos!


A unidade básica de um sacarídeo é chamada de monossacarídeo, formada por
ao menos três átomos de carbono conectados.
A glicose e a frutose são monossacarídeos formados por seis átomos de carbo-
no. Se dois ou mais monossacarídeos se ligarem, formarão um oligossacarídeo.
Ainda que a sacarose seja um oligossacarídeo, como é formada pela conexão
de dois monossacarídeos, nós a chamamos de dissacarídeo. Veja como são esses
sacarídeos:

CH2 OH

H C- 0\ •
i/,,
n C
\OH H/
ÇH2OH
CH2OH o HO ç
H C-0 H I H OH O
C C C
C
I \QH I-.1/ I
H c—C
/
CH2OH
I
CH2OH

HOç"---"f OH
H OH OH H
I \Fil 91- YI
H C— C CH2OH
OH H

GLICOSE FRUTOSe SACAROSE

Ah, então a sacarose é formada pela ligação de uma glicose com uma frutosel

BIOQUÍMICA DE NO550 DIA A DIA 131


Exatamente! Também temos sacarídeos feitos de muitos monossacarídeos, que
formam moléculas extremamente longas ou estruturas ramificadas complexas,
chamados polissacarídeos.
Você consegue se lembrar de algum polissacarídeo que talvez conheça?

Bem, falamos sobre batatas e arroz antes, e esses alimentos eram repletos de
sacarídeos. Então... o amido deve ser um polissacarídeo, certo?

Isso mesmo. O amido é formado por muitos monossacarídeos de glicose conectados.


As plantas armazenam a glicose dessa forma depois que esta é criada pela
fotossíntese.

eucose

AMIDO

Nossos corpos (e de outros animais) também contêm um "material de


armazenamento" como o amido. Ele é chamado glicogênio e é produzido
principalmente pelo fígado ou por másculos, conectando moléculas de glicose em
excesso e armazenando-as para uso futuro.

É verdade, eu me lembro de você mencionar o glicogênio antes, mas agora entendi a


sua utilidade!

GLIGOOÊNIO

Outros tipos de polissacarídeos incluem a celulose e a quitina. A celulose é o principal


componente da parede celular vegetal das plantas, enquanto a quitina é componente
fundamental da casca dos crustáceos, como camarões e caranguejos. Cogumelos
também utilizam quitina como material estrutural.

13Z CAPÍTULO 3
GOMO AS FRUTAS se TORNAM DOCES

Agora, vamos voltar às nossas questões. Frutas, como laranjas e melões, ficam mais
doces e deliciosas à medida que amadurecem. Por que isso ocorre?

Hum. Antes, quando eu estava comprando morangos e laranjas no supermercado,


havia urna placa que dizia: "Conteúdo de açúcar: 11% a 12%".
Acredito que se a fruta fica mais doce à medida que amadurece, isso
deve significar que seu conteúdo de açúcar aumentou em proporção, certo?
Bioquimicamente falando, deve ter ocorrido uma alteração nos sacarídeos.

Você está correta. Então... vamos falar de sacarídeos!


Dê uma olhada nos gráficos a seguir. Antes de estarem maduras, frutas cítricas,
como laranjas, contêm praticamente a mesma quantidade de glicose, frutose e
sacarose. Mas à medida que esses frutos amadurecem, a quantidade relativa de
sacarose aumenta continuamente. Em uma pera-japonesa, todos os três tipos de
açúcares aumentam em quantidade.

Sacarídeos Sacarídeos
(mg/g de peso fresco) (mg/g de peso fresco)

100 50 FRurose

SACAROSE
SACAROSE
- GLICOSE

FRUTOS&
- - - ------- --- •OLICO5E
Mês Set Out Nov Dez Jan Fev Mês Jun Jul Ago Set
LARANJA PERA-JAPONB5A

Fonte: Saburo 'to, Editor. Science of Fruit, Asakura Publishing Co., Ltd. (1991)

Quando as frutas amadurecem, polissacarídeos, como o amido, são quebrados em mo-


nossacarídeos, como a glicose, e aumenta a atividade da sacarose-fosfato sintase, uma
enzima que sintetiza a sacarose nas frutas, enquanto diminiu a atividade da invertase,
responsável pela quebra da sacarose.

BIOQUÍMICA De NO550 PIA A PIA 133


Ah... então é a sacarose-fosfato sintase que forma a sacarose combinando
glicose G, e frutose

INVERTASE
(BAIXA ATIVIDADE-)

S SAGAROSE
O SACAROSE-
-""••••10 FOSFATO
SINTASE

I &Licosa
FRUTOS; 6-FOSFATO
FRUTOS&
UDF-GLICOSE

Então, quer dizer que uma fruta fica mais doce à medida que mais sacarose é
produzida?

Bem, glicose, frutose e sacarose são todas doces. Das três, a frutose é a mais doce,
seguida pela sacarose e, depois, pela glicose.

GRAUS DE
FRUTO5E >SACAROSE > GLICOSE DOÇURA,
Z 1,4 1 GON5IDERANDO
A DOÇURA DA
GLICOSE

Uau!

Então, à medida que aumenta a quantidade de sacarose ou frutose, a fruta fica mais
doce e amadurece. Por exemplo, frutas cítricas devem ser coletadas no inverno,
depois que seu conteúdo de sacarose tiver aumentado e quando estiverem mais
doces e deliciosas. Por outro lado, no caso das peras-japonesas, a diferença nas
quantidades desses açúcares é mais marcante: à medida que a fruta amadurece,
a quantidade tanto de frutose, quanto de sacarose aumenta repentinamente,
conforme os polissacarídeos são quebrados.
Assim como as frutas cítricas, a doçura dos melões depende principalmente de
seu conteúdo de sacarose, e eles estarão mais saborosos quando os níveis desse
açúcar estiverem mais altos.

Analisando os gráficos da página 133, podemos ver que há um aumento na


quantidade de frutose ou sacarose, o que faz que a fruta fique bem doce quando
chega o momento de sua colheita.

134 GAPfTUI..0 3
MI5TéRIO
POR QUE AS FRUTAS SE TORNAM DOCES?
4

e Frutas contêm três tipos de sacarídeos doces:


sacarose, frutose e glicose.

@ À medida que as frutas amadurecem, suas enzimas


se ativam, alterando a quantidade de cada um
desses três sacarídeos.

@ A frutose e a sacarose são mais doces que a


glicose, por isso uma fruta se torna mais doce à
medida que aumenta a quantidade de frutose e
sacarose presente nela!

FRUTAS SE TORNAM
FAZ SENTIDO. MAIS AÇÚCAR
MAIS DOCES E
SIGNIFICA MAIS DELICI050!
DELICIOSA5 GRAÇA5
À FRUTO5e E À
SACAROSE.*

MAS AGORA QUE sei


POR QUE A5 FRUTAS 5ÃO
DOCES, GOSTAREI AINDA
MAIS DE COMÊ-LA5.

ALÉM DISSO, SUBSTÂNCIAS COMO soRarroL, xiLose e ÁCIDOS ORGÂNICOS TAMBÉM ESTÃO RELACIONADAS À DOÇURA
OU ACIDEZ DE UMA FRUTA.
BIOQUÍMICA P& NO550 PIA A PIA 135
5. Por que os bolinhos de arroz mochi são tão elásticos?

Olk DIFERENÇAS ENTRE O ARROZ NORMAL E O ARROZ MOCHI

O mistério final é: por que os bolinhos de


arroz mochi são tão elásticos?
Adoro mochi! Esse é meu tipo
preferido de mistério.

Bem, primeiro vamos conversar sobre o


modo de preparo do mochi. Você sabia que
o mochi é feito de um arroz especial, mais
flexível que o arroz normal?

Claro que sim! Tenho muita prática em


fazer mochi; até já participei de uma
cerimônia tradicional de preparação desse
prato!
Mas o que faz com que o arroz mochi
seja mais flexível do que o arroz normal?

A explicação está nas diferenças estruturais dos amidos que formam o arroz.
O arroz tem 75% de amido, por isso pequenas variações em sua composição
podem afetar seriamente suas propriedades físicas.
Como você pode ver na figura a seguir, o arroz "normal", não glutinoso, contém
dois amidos: amilose e amilopectina. A amilose forma cerca de 17% a 22% do amido,
enquanto o restante é amilopectina.

17% A ZZ% 100%


ARROZ NÃO
GLUTION050
...
• AMILOSE
ARROZ
❑ AMILopecriNA
MOCHI

COMPOSIÇÃO DO AMIDO
CONTIDO NO ARROZ

No entanto, o amido do arroz mochi contém apenas amilopectina.

136 CAPÍTULO 3
Está bem, esse gráfico faz sentido, mas o que realmente significa?

Tenha calma, tudo deve ficar claro em breve.


Veja... tanto a amilose quanto a amilopectina são formadas por moléculas de
glicose conectadas para formar polissacarídeos.

GLICOSE GLICOSE
--/

to to to

ESTRUTURA DA ESTRUTURA DA
AMILose AMILOPECTINA

Em outras palavras, ambas são formadas pela mesma matéria-prima!

Isso mesmo. A única diferença está no modo como as moléculas de glicose estão
conectadas.
Então, o "mistério do mochi elástico" é, na prática, "o mistério dos
monossacarideos que se conectam de formas diferentes, formando polissacarídeos e
oligossacarídeos". Acho que esse nome não é muito prático, mas continua sendo um
assunto muito interessante.

A-há! Então o segredo da elasticidade do mochi está na forma como as glicoses se


conectam!

BIOQUÍMICA PE NO550 PIA A PIA 137


• A DIFERENÇA ENTRE AMIL.05E e AMILOPECTINA

Muito bem, sabemos que a diferença entre esses dois amidos está na forma como as
moléculas de glicose estão conectadas. Mais especificamente, a estrutura da amilose
é linear, enquanto a da amilopectina é ramificada.

Linear? Ramificada? Não faço ideia do que você está falando...

A amilose é formada quando moléculas de glicose são conectadas em linha reta por
um método que chamamos de ligação glicosídica a(1—.4).

—O—

Ligação glicosídica a(1-4

AMILose

Ah, então as moléculas de glicose formam uma linha. Faz sentido.

No entanto, no caso da amilopectina, há locais em que as moléculas de glicose estão


conectadas por outro processo chamado ligação glicosídica a(1-6).

CH 2 OH CH 2OH CH 2OH
o O

Ligação glicosídica
CH 2 OH CH 2 OH CH CH,OH CH 2 OH
o O\ O

AMILOPeCTINA

138 CAPÍTULO 3
Ah, entendi. Essa ligação conecta as moléculas verticalmente! Deve ser por isso que a
amilopectina se ramifica em diferentes direções.

Exatamente, Kumi. São esses dois tipos de ligações que fornecem à amilopectina sua
estrutura mais complexa e ramificada e à amilose sua estrutura de ligações lineares.

Entendi perfeitamente! Nossa, pensei que isso seria difícil.

Por causa dessa estrutura, quando a amilopectina é vista a distância, notamos que
forma uma estrutura "ramificada".

AMILOPECTINA AMILose

O arroz mochi, formado principalmente por amilopectina, torna-se muito viscoso


quando cozinhado porque as ramificações mantem sua coesão. Em outras palavras,
fica muito flexível e elástico.

Então, como esse amido "ramificado" é mais elástico do que o tipo normal, bolinhos
mochi feitos com esse arroz especial ficam elásticos e deliciosos!

Falando nisso, mesmo no caso do arroz normal, não glutinoso, suas propriedades
variam de acordo com a quantidade de amilose que ele contém.

BIOQUÍMICA De NOSSO DIA A DIA 13P


Ob O Que SIGNIFICAM 05 NÚMEROS EM a(141) E a(1-6)?

Já que chegamos até aqui, vamos aproveitar para aprender o que significam os
números nos dois tipos de ligações que discutimos: oc(1—>4) e a(1-6).

Legal! Fiquei com essa dúvida, mas tive medo de perguntar...

Essa pergunta pode parecer meio fora de hora, mas... você gosta de beisebol?

Hum, acho que sim. Meu pai adora, por isso vejo muitos jogos na TV.

A numeração das bases no campo facilita muito o entendimento do jogo, não é


mesmo?

Se elas não fossem numeradas, seria muito mais difícil descrever uma
partida. Por exemplo, teríamos que chamar a terceira base de "base à esquerda do
recebedor". Prefiro nem pensar em como explicaríamos uma situação em que são
eliminados jogadores das três bases!

Certamente isso dificultaria a vida do narrador.

Vimos que a glicose e a frutose têm seis átomos de carbono cada uma, certo?
Pois bem, números foram atribuídos a cada um desses átomos, assim como
fizemos para as bases do beisebol!

140 CAPITULO 3
Analise cuidadosamente os átomos de carbono (C) na figura a seguir. Essa é a
estrutura de um anel de glicose, depois que atribuímos a cada carbono os números 1
a 6.

©CH2OH

0\H
H
® 7 H
C
I\ OH 171/

HO G, OH

H OH

Espere. Acho que entendi!


Os números que vemos nas ligações glicosídicas a(1-4) e a(1-6) se referem à
numeração dos carbonos!

Exatamente! A ligação glicosídica a(1-4) significa que o primeiro carbono de uma


glicose está ligado, por meio de uma ligação glicosídica, ao quarto carbono da glicose
vizinha*.

dc)
ee- ——

H' E OH- SE LISAÇÃO OLICOSíDICA a(1- 4)


DESTACAM E
FORMAM Hz0

Muito bem, então a ligação glicosídica a(1—'6) significa que o primeiro carbono de
uma glicose está ligado ao sexto carbono da próxima, exatamente da mesma forma,
certo?

Sim, mas quando os átomos de carbono da primeira e da sexta posição estão ligados,
as molécula de glicose não podem ficar lado a lado em uma linha reta.

* As moléculas de glicose foram simplificadas nesta seção para destacar as ligações relevantes.

BIOQUÍMICA DE N0550 DIA A DIA 141


Nesse caso, elas só podem se conectar da forma que você vê neste diagrama —
verticalmente, e não horizontalmente.

RAMIFICAÇÃO
LieAçÃo sLicosoicA c,(16)
9
c,
CH

Lo

Ah! Então é por isso que temos uma ramificação nesse ponto, tornando a molécula
flexível. Agora estamos nos aprofundando no assunto! J'

Falando nisso, há outro tipo de ligação que conecta carbonos na glicose. Ela é
chamada de ligação glicosídica 13(1—>4).

Beta? Qual é a diferença?

Beta significa sem amido! Quando as moléculas de glicose estão conectadas por
ligações glicosídicas f3(14), formamos o polissacarídeo celulose em vez do amido. A
celulose é o principal componente das paredes celulares das plantas, além de um tipo
de fibra dietética.

É verdade! Jà li sobre fibras dietéticas em revistas sobre dietas. Como fibras desse tipo
são difíceis de serem digeridas, passam direto pelo corpo. He he.

Correto. Mas fibras dietéticas também incluem substâncias que se dissolvem


facilmente na água, como a hemicelulose e a pectina, as quais são fáceis de serem
digeridas.

Que estranho! Elas também são fontes de energia para nós?

142 CAPÍTULO 3
São sim, mas vamos voltar a falar de celulose, ok? Há uma enzima em nossa saliva,
chamada a-amilase, que pode quebrar em pedaços amidos como o arroz. Ainda
assim, a a-amilase não consegue quebrar a celulose.

Por que não?

Bem, olhe a ligação glicosídica f3(1-->4) que temos na figura a seguir:

OO

LIGAÇÃO OLIGO5VICA

Ei, os elementos conectados são diferentes, não? Eles têm um formato estranho,
quase como a letra N.

4) é diferente da a(1—'4) porque as posições dos átomos


A ligação glicosídica 13(1,
de hidrogênio (H) e do grupo hidroxila (OH) estão invertidas em seus carbonos. Isso
cria uma ligação em forma de N, e não em forma de U, como a que temos na ligação
glicosídica a(1—>4) .

É verdade... Não quero ofender o tipo p, mas essa conexão parece muito estranha!

CARBONO NA
H PO5IÇÃO 1 OH
OO OO

OH

TIPO a TIPO 13 ,

As letras gregas a e 13 representam a posição do grupo hidroxila (OH) no carbono 1.


Quando o OH está na base, como na figura da esquerda, ele é do tipo a. Quando está
no topo, é do tipo p.

BIOQUÍMICA P NO550 PIA A PIA 143


Por causa dessa diferença de estrutura, a ot-amilase, capaz de quebrar ligações
glicosídicas a(1-->4), não consegue quebrar ligações glicosídicas p(1—'4).

\C) •• • ceLuLo5e
(3a—>4)

es-re —0-0-0—0-0aAcm42.40,
PODE SER
QUEBRADO!

Nossa! Aquela ligação estranha realmente faz uma grande diferença!

Por isso, a celulose, formada por ligações glicosídicas p(1-4). não pode ser quebrada
em nosso sistema digestório. Isso faz dela uma ótima fibra dietética. Ela serve para...
você sabe... regular seu intestino.
Muito bem, seguindo em frente! Você se lembra de quando falamos sobre a
sacarose nas frutas? Descobrimos que a sacarose é formada por uma glicose e uma
frutose conectadas. O carbono na posição 1. da glicose está conectado ao carbono na
posição 2 da frutose, como você pode ver a seguir:

OH

C) C) LIGAÇÃO
GLICOSÍDICA
OH 611,0H a(1-2)

GLICOSE FRurose

SACAROSE

Entendi! Então, a sacarose é formada por uma ligação glicosídica a(1—'2), certo?

Exatamente! E agora que você sabe como os monossacarídeos individuais são


conectados, deve compreender melhor as propriedades físicas características de cada
uma dessas substâncias.

144 CAPÍTULO 3
MISTÉRIO
POR QUE os BOLINHOS DE ARROZ MOCHI SÃO TÃO eLÁSTIG05?

5
@ O segredo da elasticidade dos bolinhos de arroz mochi
está na estrutura do amido desse tipo de arroz.

@ O amido dos bolinhos mochi contém apenas


amilopectina e nenhuma amilose.

e Como a amilopectina utiliza um método de conexão


chamado ligação glicosídica a(1-6), ela é um
grande possacarídeo ramificado. É justamente essa
estrutura ramificada que a torna flexível.

AGORA TAMBÉM
COMPREENDEMOS MELHOR ALÉM 21550,
05 MÉTODOS DE CONEXÃO ENTENDEMOS O QUE
UTILIZADOS NA CELULOSE E SIGNIFICA cca--.4) E
NA SACAROSE, A55IM COMO
NO5 BOLINHOS DE ARROZ
a0—.6)!
MOCHI.

SEMPRE me LEMBRAREI
DOS DELICIOSOS
BOLINHOS MOCHI GUANDO
ASSISTIR A JOGOS DE
BEISEBOL. NA TV.

BIOQUÍMICA PE NO550 PIA A PIA 145


MUITO Bem,
RESOLVEMOS TODOS
OS MISTéRIOS DA
PROFESSORA!

HOJE NO5 DIVERTIMOS


MUITO. ALÉM 0550,
APRENDEMOS MUITAS
C015A5i
CE PUDEMOS FICAR
JUNTOS...)
MEUS MÉTODOS DE ENSINO
PODEM NÃO 5ER TÃO 130N5
QUANTO 05 DA PROFE550RA,
MA5 -

A LIÇÃO PE HOJE FOI


FÁCIL DE ENTENDER
E ATé MUITO
INTERE55ANTE!

NA VERDADE,
NEMOTO, EU...

HEIN?

146 CAPITULO 3
PERIZE77Ak20
ORA, NÃO FOI MUITO BEM!
NADA DEMAIS... VAMOS e5GREVeR
NOSSO RELATÓRIO
IMEDIATAMENTE!
DE VERDADE...

NEMOTO TEM TANTA SORTE PE


RECEBER MINHA AJUDA! 5EM MEU
APOIO, ELES NUNCA FICARIAM...

GOMO SERÁ QUE


ESTÃO MEUS
POMBINHOS?
ENZIMA 560 A cHAve9
PARA A5 REAÇõE5 QUiMICA5

0.k )IP
Illlialia••••41111 11.11k.
1. Enzimas e proteínas
******** P.... II e.

HUM...
FANTÁSTICO! ESTE RELATÓRIO
ESTÁ INCRÍVEL,
Pe550ALI

HeHe... NÃO É NADA


DEMAIS.
NÃO SEJA TÃO
MODESTA —
VOCÊ Fez
UM ÓTIMO
TRABALHO!

VOCÊS 17015 PARECEM


FOI TUDO TER CRESCI D0 COM e55A
GRAÇAS A EXPERIÊNCIA.
9
VOCÊ ESTÁ
DIZENDO QUE
EU FIQUEI MAIS
GORDA?! KIJMI...

VOCÊ NÃO
HUM, BEM, ACHO ENGORDOU NADA,
QUE POPERrAMO5
COMEÇAR NOSSA EU JURO.
AULA DE HOJE.
00P9

FUNÇÕES 2A5 PROTENA5

ATé AQUI, 205 TRÊS


NUTRIENTES,

Ç JÁ VIMOS
.---.---.....
SACARÍDEOS E
LIPÍDEOS.

HOJE, FALAREMOS SOBRE O NUTRIENTE QUE


(FALTA: PROTEÍNAS. VOCÊ NÃO TEM COMO ESTUDAR
BIOQUÍMICA 5EM APRENDER ALGUMAS INFORMAÇÕES
BÁSICAS SOBRE PROTEÍNAS. ELA5 5ÃO REALMENTE
IMPORTANTES!
PROTeit4A5
SÍNTE55 ve
O
® M5TA501.15M0
VOCÊS SE LEMBRAM SIM!
er4eROIA
De GUANDO FALAMOS PRODUÇÃO 95 PROTEÍNAS
SOBRE A SÍNTESE DE TÊM FUNÇÕES
PROTEÍNAS EM NOSSA f-o-roO•rree FUNDAMENTAIS PARA
PRIMEIRA AULA? MANTER NOSSAS
céLuLAs VIVAS.

QUAIS AS FUNÇÕES
IMPORTANTe5 DAS VAMOS FAZER
PROTEÍNAS em UMA LISTA COM
NO5505 CORPOS? RAI315CA AS PRINCIPAIS.
RA1315CA

PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS


PROTEÍNAS

C) Construir, reparar e movimentar tecidos do corpo


C) Organizar o formato das células e regular seus movimentos
C) Criar e sustentar as estruturas entre as células, como o colágeno
© Trocar informações entre o interior e o exterior das células
O Acelerar reações químicas
© Proteger o corpo do ataque de invasores externos
0 Transportar substâncias como o oxigênio, carregado através do
sangue pela hemoglobina

E ESSAS SÃO APENAS AS


FUNÇÕES PRINCIPAIS! AS
PROTEÍNAS TÊM MUITAS AHHI
OUTRAS FUNÇÕES.

ACREDITA-5E QUE O CORPO


HUMANO TENHA NO MÍNIMO 20 MIL
TIPOS DE PROTEÍNAS E TALVEZ ATé 5éRIO?
ZOO MIL. 1550 S'40 MUITAS
PROTEÍNAS!

152 CAPÍTULO 4
POR ENQUANTO, VAMOS N05
O QUE é UMA ENZIMA? CONCENTRAR NO ITEM (D. ENTRE
AS MUITAS PROTEÍNAS DE NO550
CORPO, UMA PORCENTAGEM
SURPREENDENTEMENTE ALTA
é UTILIZADA PARA ACELERAR
REAÇÕES QUíMICAS.

(-3 Acelerar reações químicas

EM OUTRAS PALAVRAS, ACELERAR


REAÇõE5 GIHMICA5 É UMA PA5
puivçõe MA/5 IMPORTAM-05 611/E A5
PROTEÍNAS PODEM DESEMPENHAR.
POR EXEMPLO, VAMOS
ANALI5AR A REAÇÃO QUÍMICA
QUE OCORRE QUANDO UMA
PESSOA BEBE ÁLCOOL. OUTRA
UMA
PROTEÍNA PROTEÍNA

1 1
ÁLCOOL

VAMOS
GA/
VAMOS
FíOADO 1-4,1
000
METABOLISMO-. 15.4.4 000
Dam ACETALDEÍDO ACETATO
ÁLCOOL
REAÇÃO REAÇÃO
\5. mETAEsoLismo.". QUÍMICA
QUÍMICA
Doo 1
eNZIMA5 ACELERAM
REAÇÕES GUMIICA5
DI5CUTIMOS ENZIMAS
ENZIMAS! BREVEMENTE QUANDO
PARECE QUE JÁ FALAMOS DO ACÚMULO
VI 1550 ANTES, DE GORDURA (VEJA A
MA5 NÃO ME PÁGINA 112).
LEMBRO DE

UMA PROTEÍNA QUE


ACELERA REAÇÕES
QUÍMICAS DE55A
FORMA é CHAMADA...

NO
ENTANTO...
ENZIMA OU
PROTEÍNA 1550 NÃO é TUDO QUE A5
ENZIMAS PODEM FAZER.
ENZIMÁTICA.

40 A5 CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 153


ENZIMAS 5.
VAMOS APRENDER ee MERGULHARMOS
TODAS A5 FUNÇÕES DIRETO EM UMA
FUNDAMENTAIS QUE AS DISCUSSÃO
ENZIMAS PODEM TER! SOBRE ENZIMA5,
ESTAREMOS
DANDO UM PASSO
MAIOR DO QUE
AFINAL, ESTAMOS 11,ZP
NOSSAS PERNAS,
ESTUDANDO POR ISSO VAMOS
B1061/M/CA... COMEÇAR COM
CALMA, ESTUDANDO
PRIMEIRO A
ESTRUTURA IMO
...E SUBSTÂNCIAS QUE PROTENA5.
ACELERAM REAÇÕES
QUÍMICAS DEVEM SER
ESSENCIAIS.
ENZIMA

ENZIMA

PROTeiNAS SÃO FORMADAS POR AMINOÁCIDOS

MUITO Bem, NEMOTO,


ISSO DEVE SER FÁCIL
PARA VOCÊ. VOCÊ SABE
A ORIGEM DA PALAVRA
"PROTEÍNA"?

ELA é DERIVADA DA
PALAVRA GREGA
'To Te CERTO COMO
SEMPRE, NEMOTO.
"PROTEIOS", QUE VOCÊ é TÃO
SIGNIFICA "EM PRIMEIRO
LUGAR" OU "PRIMEIRO INTELIGENTE...
COLOCADO."
AI,
EM OUTRAS CARAMBA!
PALAVRAS, PODEMOS Q;';
PERCEBER A
IMPORTÂNCIA DAS
PROTEÍNAS
APENAS POR
SEU NOME!

154 CAPÍTULO 4
PROTEÍNAS SÃO FORMADAS
PELA CONEXÃO DE MUITAS EU me LEMBRO
MOLÉCULAS RELATIVAMENTE DISSO! ELES PARECEM
PEQUENAS CHAMADAS A5 CONTAS DE UM
AMINC22e11205. COLAR.

11F-AMINOÁCIPOS~m+ - S.----PROTEÍNA
o Fr CONECTADOS DOBRADOS

UM AMINOÁCIDO TEM
DOIS BRAÇOS
AMINOÁCIDOS SÃO
CONECTADOS DESSA
FORMA. ISSO é O Que
CHAMAMOS DE /../6A0k2
P5PTíP/CA (PARA MAIS
DETALHES, VEJA A
PÁGINA 158).

.............
ISSO MESMO!
AMINOÁCIDOS
111 C7 0 .„ APENAS 20 TIP05
SÃO OS BLOCOS Glicina Alanina Valina Leucina DE AMINOÁCI1205
SÃO UTILIZADOS EM
FUNDAMENTAIS
DAS PROTEÍNAS. O
Metionina
O
Prolina Fenilalanina
PROTEÍNAS.


Isoleucina

EXISTEM
MUITOS Triptofano
CD'
Serina
B
Treonina
H
Asparagina
TIPOS DE
AMINOÁCIDOS
NO MUNDO, Glutamina
N
Tirosina Cisteína
lk
Lisina
.__
MAS...

ArgininaHistidina Ácido aspártico Ácido glutárnico

E ESTA é A
ESTRUTURA BUO/CA nentán"x-
P05 AMINOÁCIDOS! Coo -
ESSA PARTE é COMUM EM
N —C— H TODOS 05 AMINOÁCIDOS.

E-55A PARTE é
DIFERENTE PARA CADA
ÍON AMINOÁCIDO.
ANFOTÉRICO

COMO Temos 20
HÁ 20 VARIEDADES VARIEDADES DE [3, TAMBÉM
DE ®LEMBRE-SE Temos 20 TIPOS DE
215S0 - É MUITO AMINOÁCIDOS.
IMPORTANTE!
AMINOÁCIP05

COO - COO- COO - COO-


+
I 2F H3N —C—H
H,N —C—H H3N —C—H
CH,
H CH,
CH3
CH
H,C CH_ H3C / CH,
Glicina Alanina Valina Leucina
Gli Ala Val Leu
G A V L

COC - COO COO-


H3N—d—H H,N — — H

H,C — C—H CH2 / I


H-C
1-12
CH,
s
CH3

Iseleucina Metionina Prolina


Ile Met Pro
M P

Coo- COO- coo

- H H3N H3N —C—H


1
CH2OH H — C— OH CH2
CH3
H2N /

Serina Treonina Asparagina


Ser Thr Asn
5 T N

COO" COO- COO- coo-


H3N —C —H 1-1,N —C _H H H3N —C —H
CH,
CH, CHZ
j1-12 CH,
sH
C ál2
H2N /o ÉH2
r1-1 +

Glutamina T rosina C steina Lisina


Gln Tyr Cys Lys
Q Y C K

coo- COO- :00- COO-


H3N _C —H H,N C H H _C H H,N —C _H
CH2 CHZ
CH, C —CH
CH, CH,
CH2 HI4 CHZ
nH
\
C=NH2+ d00-
H2 H

Arginina Histidina Ácido aspártico Ácido glutârnico


Arg His Asp Glu
R H D E

156 C.APÍTULO 4
... AQUI ESTÃO El, NÃO SE PREOCUPE!
A5 FÓRMULAS VOCÊ NÃO PRECISA
ESTRUTURA/5 MEMORIZÁ-LOS
17055f5 20 IMEDIATAMENTE!
AMINOÁCIDOS,

ISSO é VERDADE,
STIPOS DE PROTEÍNAS aue
m
MAS OS AMINOÁCIDOS SÃO
SER CRIADAS SÃO DETERMINADOS
DIFERENTES DAS CONTAS.
EXCLUSIVAMENTE POR esses ZO
AMINOÁCIDOS.
OU PARA COMEÇAR, VOCÊ NÃO PODE
se TIVERMOS UMA ORDEM SIMPLESMENTE PRENDER SEUS
QUANTIDADE DIFERENTE DESSES
AMINOÁCIDOS DE QUALQUER FORMA
ÁCIDOS, PRODUZIREMOS E ESPERAR QUE 1550 FORME UMA
PROTEÍNAS TAMBéM DIFERENTES.
PROTEÍNA.

PARA QUE UMA PROTEÍNA


FUNCIONE, ELA DEVE SER
DOBRADA DO MODO
APROPRIADO

HUM, ACHO QUE MESMO


COM APENAS ZO TIPOS E NA ORDEM
DE CONTAS, POSSO APROPRIADA TAMBÉM.
FAZER MUITOS COLARES
DIFERENTES COMBINANDO
05 PINGENTES DE VÁRIAS
MANEIRAS.

13ALAN4i1

BA WA VAMOS ANALISAR 1550


MAIS DE PERTO!
ESTRUTURA PRIMÁRIA DE UMA PROTEÍNA

Primeiro, formamos uma longa cadeia de aminoácidos conectando um aminoácido de cada


vez utilizando ligações peptídicas. Você lembra que antes dissemos que, para formar as
proteínas, os aminoácidos são ligados por uma reação química? Pois então, essa reação
química, que cria ligações peptídicas, é chamada de transferência de peptidil.
Essa reação ocorre dentro dos ribossomos, que são aparelhos de síntese proteica que
existem no citoplasma, presos ao retículo endoplasmático rugoso. Falaremos mais sobre
ribossomos no capítulo 5.
A longa cadeia de aminoácidos conectados por ligações peptídicas é chamada de cadeia
polipeptídica. Essa cadeia de aminoácidos é considerada a estrutura primária das proteínas.

AMINOÁCIDO CADEIA POLIPEPTVICA


A
\,
H 2N - - - -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o- -0001-1
VAMOS DAR UM 20o111! e ANALISAR
O PROCE-550 PELO QUAL. OS
AMINOÁCIDOS SÃO CONECTADOS NAS
LieAçõe5 PEP-MIGAS!

, H
-0--c-N- H—N C
H \n- H
CADEIA SINTETIZADA
DE AMINOÁCIDO H20

9 9 9
-0-c-N- -C—N C -N-
H H H
LieAçÃo
PEPTÍDICA

ESTRUTURA PRIMÁRIA

158 CAPÍTULO 4
ESTRUTURA SECUNDÁRIA DE UMA PROTEÍNA

Cada um dos 20 aminoácidos tem uma parte característica exclusiva (indicada por [R], na
página 155). Chamamos essa estrutura de cadeia lateral.
Temos muitas forças diferentes que podem agir sobre essas cadeias laterais, como
ligações de hidrogênio e interações hidrofóbicas e eletrostáticas. Justamente por isso, ami-
noácidos vizinhos são atraídos ou repelidos uns pelos outros de formas distintas, o que
acaba por produzir uma estrutura tridimensional característica que chamamos de estrutura
secundária da proteína.
Temos muitas estruturas secundárias diferentes, como a a-hélice, na qual parte da
cadeia de polipeptídeos forma uma espiral, e a folha-p, que assume uma forma planar
dobrada.

a-HéLIGe FOLHA 13

ESTRUTURA PRIMÁRIA ESTRUTURA SECUNDÁRIA

ENZIMA5 SÃO AS CHAVES PARA AS REAÇõES QUÍMICAS 15q


ESTRUTURA TERGIÁRIA 12E UMA PROTEÍNA

Mesmo quando a cadeia de polipeptídeos assume sua estrutura secundária, ela ainda não
representa uma proteína totalmente funcional.
Para atingir esse estágio, a cadeia de polipeptídeos deve assumir uma forma tridi-
mensional específica, determinada pelas interações das cadeias laterais dos aminoácidos.
Damos a essa forma o nome de estrutura terciária da proteína.
Por exemplo, a mioglobina, que pode ser vista a seguir, é um tipo de proteína existente
nos músculos dos animais. Essa proteína é formada por oito a-hélices ao redor de um
grupo hemo contendo ferro, que pode se ligar ao oxigênio.

A mioewaiNA é FORMADA POR OITO a-HÉLICE-5


INDICADAS PELAS LETRAS A ATÉ H

ESTRUTURA TERCIÁRIA

160 CAPÍTULO 4
ESTRUTURA QUATERNÁRIA DE UMA PROTEÍNA e 5UESUNIPADE5
Muitas proteínas podem operar como proteínas ou como enzimas já no estágio da estru-
tura terciária. Entretanto, algumas delas criam um agregado em que várias cadeias
polipeptídicas de estruturas terciárias se agrupam para uma formar uma unidade funcional
mais extensa.
Por exemplo, nossos glóbulos vermelhos contêm muitas proteínas de ligação ao ferro,
chamadas hemoglobinas, utilizadas para transportar oxigênio. A hemoglobina é formada
pela reunião de quatro cadeias polipeptídicas chamadas globina (duas de cada tipo, a e
p, indicadas a seguir como ai, a2, (31 e p2). Assim também, uma enzima como a RNA
polimerase II, que cria RNA em nossas células, é formada pela reunião de 12 cadeias poli-
peptídicas.
A esse estado damos o nome de estrutura quaternária, e cada uma das cadeias poli-
peptídicas utilizadas para criar essa estrutura é chamada de subunidade.

a2 (31

P2 a1

a1, az, N e P2
Ã(:), CAPA UMA,
"SUBUNlvAve5".

COMO A5 5UBUNIDADE5 DA HEMOGLOBINA 5'40 e5TRUTURALMeNTe


MUITO SEMELHANTES ÀQUELAS DA mioeLassINA, A HEMOGLOBINA vesA
FIGURA FOI DESENHADA COM A ME-5MA ESTRUTURA DA PÁGINA 160.
ENTRETANTO, NA PRÁTICA, AS ESTRUTURAS 5A0 UM POUCO DIFERENTES.

ESTRUTURA QUATERNÁRIA

ENZIMAS SÃO AS CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 161


2. Função de uma enzima
64 • • e* * • • e • e * • lit\ 411 • • ** *** *
e A PRIMEIRA INFORMAÇÃO
51165TRATO5 NZIMAS IMPORTANTE QUE Devemos
VAMO SABER é QUE UMA ENZIMA
FINALMENTE, 4::5 POPE FUNCIONAR SE
VAMOS FALAR PE LÁ! COMBINADA A DETERMINADO
,• MATERIAL 'PARCEIRO".
ENZIMAS —
AS CHAVES PARA
AS REAÇÕES
QUÍMICAS!

O "PARCEIRO" DA ENZIMA

POR EXEMPLO, A A ENZIMA


PP/ NA, ENZIMA DIOESTIVA,
DIGESTIVA RESPONSÁVEL a-AMILASE,
PELA QUEBRA 17E PRESENTE NA
PROTEÍNAS EM NO550 SALIVA...
ESTÔMA00...

... QUEBRARÁ APENAS QUEBRARÁ APENAS


PROTEÍNAS, E NUNCA DNA. AMIDO, E NUNCA
eORDURA.

ENZIMA SUBSTRATO
COMPLEXO ENZIMA- PRODUTO DA
SUBSTRATO REAÇÃO

ENZIMA
OUTRA
SUBSTÂNCIA
e5i*
O COMPLEXO NÃO
pope SER FORMADO
A REAÇÃO NÃO
OCORRE

A "SUBSTÂNCIA PARCEIRA" COM


A QUAL UMA ENZIMA TRABALHA é
CHAMADA ve 51.1557-RATO.
O FATO DE QUE O TIPO DO SUBSTRATO é
DETERMINADO PELA ENZIMA é CHAMADO
DE E5PECIFICIPAPEP 105TRATO.
162 CAPITULO 4
O SUBSTRATO é O AMIDO, DEPENDENDO 120
NO CA50 DA E O PRODUTO DA REAÇÃO NÚMERO DE MOLÉCULAS
a-AMILASE DE (OU SEJA, O MATERIAL DE GLICOSE QUE ELE
NOSSA SALIVA... PRODUZIDO QUANDO O CONTÉM, esse SACARVE0
AMIDO é QUEBRADO PELA É CONHECIDO COMO
a-AMILASE) é UM TIPO DE / "MALTOSEif,
sAcAgrveo. "MALTOTRIOSEff,
"DEXTRINA-LIMITE" E
MUITOS OUTROS Nome
DIFERENTES.
\mo o
O 0,2 o
°o o

O PROCESSO é MAIS
OU MENOS ASSIM: i

ENZIMA
1—f
A a-AMILASE
CORTA O
AMIDO EM
PEDACINHOS?
ENZIMA
ELA C O
AMIDO MO
UMA TE RA!

ENZIMA
Ler‘J
PRODUTOS
ENZIMA
compLexo ';
•:/VIA:•• MALTOTRIOSEf
ENZIMA- 1 121f
-Px
:Tr:
1
ISUBSTRATO¥ ENZIMA
ENZIMA

. . . . . .•.'.'.*. . .
......................................
. ............................... . .
:/OUTRAS TÊM ESPECIFICIDADES
.. DE SUBSTRATO MAIS
PARA ALGUMAS ENZIMAS, .....
.'.'.".'.".'.'
ABRANGENTES, SENDO MENOS
OS SUBSTRATOS TÊM DE .'.•.".•.'.' RIGOROSAS QUANTO AOS
SER MUITO ESPECÍFICOS. MATERIAIS COM 05 QUAIS
PODEM INTERAGIR.
......... .....
......... •
. . . . . . . . ............. . . . . . . . . . . . . .".'.'.'.'.'. . . . . . . . . .
.............................................. ... ..
. ...........................
........ ENZIMA
'.'.'.'.'.•.'.'.'.•.'.'.'.'.'.'.'.'.'.•.'.'.'.•.
.............................................. . . . . . . ...'.'.'.'. . . . . . . . . '• DESCONTRAÍDA •
. . ......................................... . .'.'.".".'.'.'.".'.'.'.'.'.'.'.'.'.'
. . . . . . . ..................... ..............
.:.:.:.:.:.:.........:.....:.:.:.:.:.. .*.*.•.'.'.
. . . . . ....... .......... .. .
. . ....................................
. . ..... .. .. .'.'.'.'.'.'.'.'.'.'.'.'.".'.'.'.
................
..... ........ .. .. ... ... . . • ......................................
'.'.*.'.*.'.*.'.'.'.'.'.'.'.'.'.•.'.
...'.'.".*.•.'.'.".'.'.'.'.'.'.•.*.•.'.".".'
.... ... .
é DO meu ... .. .. ......... .. . . . . . . . . . .
.......................................
.".'.'.'.'.'.'.".".".'.".'.'.'.'.'
..............................
JEITO e
...................... . .
PRONTO! .................
.:::::::::::

.*.'.'.•.'.'.'
. . . . . . . .'.'.'.'.'.'.'." VAMOS ANALISAR
ESSES DOIS
TIPOS DE
ENZIMAS.
ENZIMA RIGOROSA? ENZIMA DESCONTRAÍDA?

Algumas enzimas são "rigorosas", o que significa que atuam apenas quando
combinadas a substratos muito específicos. Outras são mais "descontraídas" e
atuam sobre uma quantidade maior de substratos.

Rigorosas e descontraídas? Parece a diferença entre minha mãe e meu pai...

Há enzimas que também podem atuar em substâncias semelhantes ou intimamente


relacionadas aos seus substratos. Muitos exemplos dessas enzimas podem ser vistos
no sistema digestório — como as enzimas envolvidas no catabolismo das proteínas.

Lembre-se de que há muitas proteínas diferentes. Se as enzimas fossem específicas


demais, teríamos uma enzima exclusiva para cada tipo de proteína! Isso certamente
daria um trabalho enorme!

Como as proteínas são muito complexas, as enzimas capazes de quebrá-las tiveram


que se tornar mais flexíveis.

Exatamente! Enzimas do catabolismo de proteínas (enzimas que quebram proteínas)


muitas vezes apresentam certa flexibilidade quanto ao substrato com que podem
interagir.

164 CAPÍTULO 4
Por exemplo, uma das enzimas do catabolismo de proteínas secretada pelo
pâncreas, a carboxipeptidase, desprende aminoácidos sequencialmente a partir da
extremidade de uma proteína.
A carboxipeptidase pode ser de vários tipos, incluindo A, B, C e Y. A carboxipep-
tidase A, por exemplo, pode desprender praticamente qualquer aminoácido da extre-
midade C-terminal de uma proteína, mas não funciona corretamente em aminoáci-
dos volumosos ou com grupos R aromáticos, como a arginina, a lisina e a prolina.

PROLINA ARGININA 11 L.15INA

H2N COOH
N-TERMINAL l
k LADO LADO
C-TERMINAL C-TERMINAL C-TERMINAL
PA ARGININA PA LI9INA
P0950 13E41
LADO
DESPRENDER PE5CONTRATEM
C-TERMINAL
PA PROLINA TUDO QUE NÃO
SEJA ARGININA, RBOXIPeP-
1.191NA OU
PROLINA. TIPA5E A

Há 20 tipos de aminoácidos que formam proteínas, certo? Então, ainda que a


carboxipeptidase A não possa lidar com a arginina, a lisina e a prolina, ainda temos
17 tipos com os quais é capaz de trabalhar. Ela parece bem flexível!

Isso mesmo. Essa enzima é muito flexível quanto ao tipo de substrato com que pode
interagir.
Entretanto, temos também algumas enzimas de catabolismo de proteínas que
são bem "rigorosas". Por exemplo, a tripsina pode cortar apenas o lado C-terminal
da arginina e da lisina.

ARGININA USINA

H2N COOH
LADO C-TSRMINAL LADO C-TERMINAL. RIGOROSA!
PA ARGININA PA LI9INA
TRIP5INA

H2N k1/4,
\Ô-1.--111-Q-0001-1

ENZIMAS SÃO AS CHAVES PARA A9 ReAções QUÍMICAS 165


CLA55IFICA00 DAS eNZIMA5 HUM...é COMO DIVIDIR
NO5505 ALIMENTOS em
AINDA QUE NO5505 CORPOS GRUPOS BASEADOS EM SUAS
CONTENHAM UMA GRANDE CARACTERÍSTICAS!
VARIEDADE DE ENZIMAS,
VEGETAIS?
ELAS PODEM SER DIVIDIDAS
EM UM NÚMERO MENOR DE I
GRUPOS COM BASE EM
SUAS cArzAcTerosTICA5
COMPARTILHADAS. SOBREMESAS,

ENZIMAS SÃO 11
CLASSIFICADAS PELO
TIPO DE REAÇÃO
CATALÍTICA QUE
REALIZAM.
PODEMOS DIVIDI-LAS
em seis GRUPOS
PRINCIPAIS.

CADA ENZIMA RECEBE UM NÚMERO Que a pode ser de 1 a 6, uma vez


CHAMAMOS NuAwizo ec., DESTA MANEIRA: que essa letra representa seis
grupos principais.
b e c representam os padrões
EC A.5C.12 (EM QUE A, 5, C E P de reação de cada grupo mais
SÃO NÚMEROS) COLOQue os detalhadamente.
NÚMEROS AQUI. d é um número específico de
cada enzima.
k

EC .6. c d
DETALHES DOS NUMERO
NUMERO PADRÕES DE CARACTERÍSTICO
DO GRUPO REAÇÃO
NÚMEROS Cl A 6)
EC sÃo os
mesmos NO NÃO é MUITO
MUNDO TODO. DIFÍCIL!
* UMA ENZIMA RECÉM-DESCOBERTA RECEBE UM NÚMERO EC E UM NOME DE SISTEMA, ALÉM DE UM NOME RECOMENDADO DE
ACORDO COM 05 PADRÕES DETERMINADOS PELA COMISSÃO DE ENZIMAS (ENZYME COMISSION) DA UNIÃO INTERNACIONAL DE
BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR (INTERNATIONAL UNION OF BIOCHEMISTRY AND MOLECULAR Bloi.oeY, OU alem
AGORA VAMOS FALAR
005 5E15 GRUPOS!

Tipos de enzimas de acordo com as


reações catalíticas

EC 1. Oxidorredutases
EC 2. Transferases
z7 HOJE, E5TUDAREMOS
1
1
EC 3. Hidrolases 05 TIP05 ec 2
EC 4. Liases CTRAN5FERASE5) EG e
EC 5. Isomerases 3 CHIDROL.A5E5), COMO
REPRESENTATIVOS
4!k
Çtt )
‘ EC 6. Ligases
17E55E5 TIPOS DE
ReAções CATALÍTICAS.,

kt. 05 CONVIDADOS
MUITO BEM, PODEM DE HOJE SÃO...
CHAMÁ-LOS!
.19
1.(a&x,
• 5.9Z.
”St

IP**.

FAwr7XXXXX9
HIDROLA5E

GRUPO

EC2.
FUNCIONA
EC3.
TRANSFERA5E :i111DROLA5E
•-
AGORA, VAMOS DESCOBRIR alie
TIPOS DE ENZIMAS FAZEM PARTE
DE55E5 GRUPOS E O QUE ELAS
SÃO CAPAZES DEFAZER.

ENZIMAS SÃO A5 CHAVE5 PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 167


TRANSFERASE é O NOME
1 GENÉRICO PARA ENZIMAS
(Rue TRANSFEREM UM GRUPO
TRANSFEIZASE5 ESPECÍFICO PE ÁTOMOS
ANSFERA
......
'
(GRUPO FUNCIONAL) PARA UM
COMPOSTO QUÍMICO QUE NÃO
,2:22~255..
UMA ENZIMA CAPAZ DE SEJA A ÁGUA.
TRANSFERIR PARTE DE T.RANSFERAS
UMA MOLÉCULA PARA
OUTRA é CHAMADA DE
77ZA/4/5FIZASE.
ENTREGA
5P'ECIALI

(
REPRESENTADAS POR
EC

POR EXEMPLO, A TIMIVILATO 9,10-MeTILeNo TETRA-HIPROFOLATO


5INTA5e cec 2.1.1.45) é UMA
TIZAN5FEIZA5E:

URAGILA

O GRUPO mem C-CH3)


RETIRADO PE UMA SUBSTÂNCIA
CHAMADA 5,10-41fTILENO
7. 7-RA-HIPROFOGATO é LIGADO
À URAGILA, TRANSFORMANDO-A
EM TIMINA.

URAGILA e TIMINA SÃO


iNeReviewres 205 ÁCIDOS
NUCLEIG05, 205 QUAIS
FALAREMOS NO CAPÍTULO 5.
Olk A OLIGOSILTRANSFERA5e DETERMINA O TIPO 5ANGUNIe0

Você se lembra de quando resolvemos o mistério do tipo sanguíneo (no capítulo 3)?
Quando estávamos tentando descobrir o que determina o tipo sanguíneo de
uma pessoa, descobrimos que isso era feito por uma enzima.

Eu me lembro!
O sistema do grupo sanguíneo ABO é classificado de acordo com diferenças
entre as "cadeias de açúcar" que existem na superfície dos glóbulos vermelhos.
Uma cadeia de açúcar é um aglomerado de monossacarídeos conectados!

E a diferença entre essas cadeias está nos monossacarídeos das pontas, certo?

Isso mesmo! Para pessoas de sangue tipo A, o monossacarídeo da ponta é a


N-acetilgalactosamina (GalNAc), para pessoas de sangue tipo B, é a galactose
e para pessoas de tipo O, não há monossacarídeo na ponta.
(Depois de escrever um relatório tão detalhado para a professora, acho que
nunca mais me esquecerei disso...)

Correto. O monossacarídeo específico preso à ponta de uma cadeia de açúcar (ou a


falta de um) é determinado por um gene.
Genes servem como "receitas" para as proteínas (lembre-se: uma enzima é um
tipo de proteína).
Então, podemos dizer que o que realmente determina o tipo sanguíneo
de uma pessoa é o gene que cria a glicosiltransferase, enzima que prende um
monossacarídeo específico à ponta de uma cadeia de açúcar encontrada na
superfície de um glóbulo vermelho.

Então, a glicosiltransferase prende determinado monossacarídeo à cadeia de açúcar


e é esse monossacarídeo que determina o tipo sanguíneo de uma pessoa?

Isso mesmo. Olhe novamente a estrutura da cadeia de açúcar de cada tipo


sanguíneo.

ENZIMAS SÃO A5 CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 16c?


Para a cadeia de açúcar de pessoas de sangue tipo A,
temos o monossacarídeo GaINAc na ponta.
PROTEÍNA
GaINAc J Gal GIcNAc OU LIPÍDEO

Fuc

Para a cadeia de açúcar de pessoas de sangue tipo B,


temos o monossacarídeo Gal na ponta.

Gal PROTEÍNA
Gal GIcNAc OU Llpiveo

Fuc

Para a cadeia de açúcar de pessoas de sangue tipo O,


não temos nenhum monossacarídeo na ponta.

PROTEÍNA
Ga! GIcNAc OU LIPÍDEO

Fuc
NOME-5 205
MON055ACAR0e05

GaINAc : N-acetilgalactosamina
Gal : Galactose
Fuc : Fucose

GIcNAc : N-acetilglicosamina

Vamos fazer uma revisão. A única diferença desses três tipos é o monossacarídeo
que fica bem na ponta da cadeia.
Para pessoas de sangue tipo A, esse monossacarídeo é a
N-acetilgalactosamina.
Para pessoas de sangue tipo B, esse monossacarídeo é a galactose.
Para pessoas de sangue tipo O, não temos nenhum monossacarídeo na ponta.

Muito bem, já entendi.

Então, podemos dizer que a cadeia das pessoas de sangue tipo O é a cadeia
"protótipo", ou aquela que tem o número mínimo de açúcares. As pessoas de sangue
tipo A ou B têm a a cadeia O, mais algo extra.
Se alguém tiver o gene da transferase que prende a N-acetilgatactosamina, o
sangue dessa pessoa será tipo A! Mas se tiver o gene da transferase que prende a
galactose, o sangue dessa pessoa será tipo B!

170 CAPÍTULO 4
iGafiNAc)

TI PO A TI PO 13

I)

TI PO O

Está bem, tudo isso faz sentido, mas ainda não entendo o que ocorre com as
pessoas de sangue tipo O. Por que elas não têm monossacarídeos no final de suas
cadeias de açúcar? Não é justo!

Pessoas de tipo O também têm genes associados às glicosiltransferases, mas como


não há atividade enzimática para as proteínas criadas por esses genes, nenhum
sacarídeo se prende à ponta dessas cadeias. Talvez essa atividade tenha se perdido
em razão de uma mutação genética durante o processo evolutivo.

Uma mutação? Que legal!

Então, para concluir: o sistema de grupo sanguíneo ABO não é nada mais que o
resultado de diferenças nos genes da glicosiltransferase.

Nemoto, você deve ter uma mutação genética que lhe dá um cérebro maior do que o
normal. De que outra forma você poderia saber tantas coisas?

Ora, veja bem...

ENZIMAS S'AO AS CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 171


HIPROLA5E5
LemeRe-se ve Que UMA
MOLÉCULA DE ÁGUAé FORMADA
POR DOIS HIDROGÊNIOS E UM
OXIeÊNIO:110.
COMO SEU NOME
SUeERE, UMA
HIPROLASE é UMA /14
ENZIMA QUE UTILIZA
ÁGUA PARA QUEBRAR
SEU SUBSTRATO.
HIDROLASES SÃO /
REPRESENTADAS POR
3.X.X.X. A HIDROLASE QUEBRA
essA MOLÉCULA EM
M E OH.

rePols, ELA os INGERE EM UM HIDROLASE PODE PARAR,


SUBSTRATO PARA QUEBRÁ-LO ~2~W§§~ PESSOAL!
EM D015 PEDAÇOS!

SE VOCÊ PENSAR NAS


PARTES DE UM SUBSTRATO
COMO DUAS PESSOAS DE MÃOS
DADAS, A HIDROLASE é CAPAZ ve
sePARÁ-LA5 FAZENDO Que UMA
SEGURE O H E OUTRA, O OH.

A HIDROLASE é A RESPONSÁVEL
PELA QUEBRA DA MOEDA DE
TROCA DE ENERGIA CO ATP)1

AGORA, VAMOS EXAMINAR


A a-AMILASE, QUE QUEBRA
O AMIDO, E A PEPSINA, QUE O TRABALHO DA a-AMILASE
QUEBRA AS PROTEÍNAS... CEC 32.1.1)!

A a-AMILASE EM
NOSSA SALIVA
SÃO AMBAS QUEBRA MOLÉCULAS
HIPROLA&91 DE AMIDO, ASSIM
COMO AS DE ARROZ.

172 CAPÍTULO 4
GLICOSE LIGAÇÃO GLICOSÍDICA O AMIDO é FORMADO
c(14) POR UNIDADES DE
GLICOSE CONECTADAS
POR LIGAÇÕES FALAMOS
GLICD517:21CAS SOBRE LIGAÇÕES
OLICOSíDICA5
QUANDO APRENDEMOS
CH.cH CNA4-1 SOBRE 05 BOLINHOS
H OH HJ O H DE ARROZ MOCHI,
1-1 LEMBRA? (VEJA A
RI PÁGINA 140).
HO OH H oH

H oH H oH H oH
GLICOSE GLICOSE eLico5e

O AMIDO é DIVIDIDO EM PEDAÇOS PELA


a-AMILASE. AS LIGAÇÕES OLICOSíDICAS aC1-4)
SÃO QUEBRADAS ALEATORIAMENTE POR UM
MÉTODO QUE CHAMAMOS DE HIP1261.1501

LIGAÇÃO GLICOSVICA c(14) a-AMILAse


mem+
• • • 8 • • • • é 111 • • •
AMIDO 1

CORTA ALEATORIAMENTE 1550 É- A 7


ELE é CORTADO EM PEDAÇOS LIGAÇÕES OLICOSVICAS
Hi2RÓL.15e.
PARA FORMAR SACARVEOS DE a(14)
COMPRIMENTOS DIFERENTES!

AGORA, VAMOS ANALISAR


A REAÇÃO QUÍMICA DA
HIDRÓLISE.

H o,
a-AMILASE

H2 O
oH
• 1-1 O
O
A LIGAÇÃO É QUEBRADA
LIGAÇÃO eLico5vIcA a(14) UTILIZANDO H E OH

VOCÊ pope VER QUE A


HIDROLASE a-AMILAse NOSSA, COMO
UTILIZA UMA MOLÉCULA DE MINHA SALIVA é
ÁGUA PARA QUEBRAR UMA PODEROSA...
LIGAÇÃO DO AMIDO.
3. Uso de gráficos para compreender as enzimas

AGORA, VAMOS UTILIZAR


GRÁFICOS PARA NOS AJUDAR
A REALIZAR ALGUNS CÁLCULOS GRÁFICOS?!
BÁSICOS. CÁLCULOS?!
EU NÃO CONSIGO!
ESPERO QUE VOCÊS ESTOU PERDIDA.
ESTEJAM TÃO
EMPOLGADOS QUANTO eu!

II I
PARECE
NÃO SE PREOCUPE, KUMI. REALMENTE
ISSO NÃO É DIFÍCIL. COMO IMPORTANTE, MAS
VOCÊ IMAGINA. NÃO SIGNIFICA
QUE TENHO Que
GOSTAR DISSO!
---eA....ANÁLISE DE DADOS GRÁFICOS
é VITAL PARA O e911.120 DA
BIOQUÍMICA E DE MUITOS OUTROS ------
A MEDIÇÃO DA REAÇÃO DE UMA
CAMPOS DA CIÊNCIA. ENZIMA E A CRIAÇÃO DE UM GRÁFICO
COM seus VALORES NUMÉRICOS
PERMITEM Que COMPREENDAMOS
MELHOR A REAÇÃO E MELHOREMOS
NOSSA PESQUISA.

OS GRÁFICOS QUE você ODEIA


TANTO PODEM NOS AJUDAR A
CURAR O CÂNCER NO FUTURO!

ESTÁ BEM! FAREI O


SABIA QUE MELHOR possívew
GRÁFICOS TAMBÉM
SÃO Cie-reis PARA
CONTROLAR seu
Pesa..

174 CAPÍTULO 4
liek POR Que A5 ENZIMAS SÁ-O TM, IMPORTANTES PARA A5 REAÇÕES QUÍMICAS?

Urna substância que acelera uma reação química é chamada de catalisador. Uma enzima,
que é um tipo de catalisador, também é conhecida como catalisador biológico.
Ainda que enzimas sejam necessárias para acelerar reações químicas de forma
eficaz, elas não são imprescindíveis para que essas reações ocorram.
A maioria das reações química de nossos corpos ocorreria mesmo sem enzimas,
mas, para muitas, esse processo demoraria muito. Assim também, reações químicas
complexas, como a glicólise, podem nunca se completar sem uni catalisador.
Enzimas são importantes porque, para um organismo que tem de manter condições
específicas e produzir energia para continuar vivo, as reações químicas que ocorrem
dentro de seu corpo têm que ser as mais eficientes possíveis. Para organismos vivos
como um todo, seria desastroso se as reações demorassem demais.

se NÃO EXI5TI55EM MA5 COMO A5 ENZIMAS


eNZIMA5... EXISTEM...

NÃO HAVERIA VIDA COMO A T01705 ESTÃO vivos e


QUE CONHECEMOS! FELIZES!

Agora, utilizaremos alguns gráficos e fórmulas simples para estudar as qualidades


essenciais das reações químicas que dependem das enzimas e veremos por que as enzimas
são tão importantes para essas reações.

ENZIMAS 5ÃO A5 CHAVES PARA A5 REAÇõe5 QUÍMICAS 175


O alie é ENERGIA DE ATIVAÇÃO?
UMA QUANTIDADE FIXA DE ENERGIA é NECESSÁRIA
PARA QUE UMA REAÇÃO QUÍMICA OCORRA
ADEQUADAMENTE. ESSA ENERGIA é CHAMADA
ENERGIA DE ATIVA00.
DÊ UMA OLHADA NESTE GRÁFICO,
QUE MOSTRA O PROGRESSO DE UMA
REAÇÃO QUÍMICA INDIVIDUAL.

A: SUBSTRATO COMO A E B SÃO


SUBSTÂNCIAS DIFERENTES,
A : PRODUTO TÊM QUANTIDADES
DA REAÇÃO DIFERENTES DE ENERGIA.
à —
e, A
U.N ENERGIA DE
ATIVAÇÃO
Qht
ht
— Lu
1- z A
B

PROGRE550 DA VEJA 05 VALORES DE


REAÇÃO ENERGIA DE A e Bi

AQUI, O SUBSTRATO 7-----------JADE


A ENE ---
AIVAÇÃO
QUÍMICO, SUBSTRATO A, é PARA QUE A REAÇÃO PRODUZA
TRANSFORMADO VIA REAÇÃO E A PARTIR DE A, A ENERGIA PE NÃO AFETA A DIFERENÇA
QUÍMICA PARA PRODUZIR A ATIVAÇÃO TEM PE SER FORNECIDA. ENTRE os VALORES DE
REAÇÃO PRODUTO 5. ENERGIA DE A E B.

É QUASE COMO 5E O
SUBSTRATO TIVESSE DE
ESCALAR UM MURO ALTO A PARTE MAIS ALTA passe
PARA ESCAPAR DA PRISÃO MURO é CHAMADA DE
E SE TRANSFORMAR NO BARREIRA PE AT/VAGÃO OU
PRODUTO DA REAÇÃO. BARREIRA PE ENERGIA.

f-WHIJNOK

AI!

176 CAPÍTULO 4
ENZIMAS DERRUBAM E55E "MURO"
BEM, ACHO QUE... UMA
ENZIMA DIMINUI O TAMANHO
ENTÃO, QUE DESSE MURO, TORNANDO
VANTAGEM VOCÊ ACHA SUA ESCALADA MAIS FÁCIL.
QUE

e COLOCARMOS UMA DESCENDO!


ENZIMA NE55A REAÇÃO
\,,,...._ QUÍMICA? 1
ENZIMA
AO
RESGATE!

EM UM NÍVEL BÁSICO, É EXATAMENTE


1550 QUE OCORRE! POR EXEMPLO, SEM
VAMOS IMAGINAR QUE você SEJA
UM SUBSTRATO, KUMI. PROBLEMAS, PP'
PARA ATINGIR seu OBJETIVO E se
TRANSFORMAR EM UM PRODUTO
DE REAÇÃO, VOCÊ TEM QUE PULAR
UM MURO AssusTAvoR DE DOIS
METROS DE ALTURA. 5ó QUE ISSO é
ALTO DEMAIS PARA VOCÊ!
ENTÃO, TEMOS O 5R. ENZIMA, QUE
DIMINUI O TAMANHO DESSE MURO.
AGORA O MURO DE D015 METROS
PA55A A TER MEIO METRO, E VOCÊ PROGRESSO
',
ove PULÁ-LO SEM DIFICULDADE. DA REAÇÃO
ENTENDEU?

BARREIRA PE -1
ATIVAÇÃO TAMBÉM TEMOS
[ SEM ENZIMA REAÇÕES QUÍMICAS
EM alie UMA ENZIMA
QUANTIDADE DEENERGIA

ALTERA O MECANISMO DA
REAÇÃO.
ALTO

/ BAIXO MAS PARA NOSSA


N.,
DISCUSSÃO...
COM
ENZIMA

PROGRE550 DA REAÇÃO
EU FAÇO O
SERVIÇO!
ESTE GRÁFICO RESUME TUDO.
COMO VOCÊ PODE VER, SE A
ENZIMA ESTIVER PRESENTE, A
REAÇÃO QUÍMICA OCORRERÁ VAMOS SUPOR QUE A
PRESENÇA PE UMA ENZIMA
MAIS FACILMENTE, POIS A APENAS ABAIXA A ENERGIA PE
ENERGIA DE ATIVAÇÃO TERÁ ATIVAÇÃO NECE55ÁRIA PARA A
DIMINUÍDO. REAÇÃO QUÍMICA.
TAXA MÁXIMA DE REAÇÃO A CAPACIDADE DE UMA ENZIMA
ATUAR SOBRE 0 SUBSTRATO
PARA CRIAR UM PRODUTO DE
REAÇÃO é CHAMADA ATIVIDADE
ENZIMÁTICA.
PODER DA
ENZIMA! A VELOCIDADE
DUTO DESSA REAÇÃO é O
DA REAÇAO, QUE CHAMAMOS DE
TAXA DA REAÇÃO.

ATIVIDADE DA
ENZIMA

A MEDIÇÃO DESSA
E A REALIZAÇÃO DESSAS
"ATIVIDADE" é ESSENCIAL. MEDIÇÕES PODE SER
PARA VERIFICAR AS UM POUCO COMPLICADA.
PROPRIEDADES DE UMA
ENZIMA.

NÃO SE PREOCUPE, TUDO DARÁ A TAXA MÁXIMA DE REAÇÃO é A


CERTO 2e9ve QUE VOCÊ VELOCIDADE DA REAÇÃO QUANDO CADA
UMA DAS ENZIMAS NA SOLUÇÃO ESTÁ
TENHA CUIDADO. VEJA 05 DOIS COMBINADA A UM SUBSTRATO. EM OUTRAS
CONCEITOS ESSENCIAIS PARA ESTE PALAVRAS, é A VELOCIDADE DA REAÇÃO
PROCESSO: QUANDO TODAS AS ENZIMAS ESTÃO
FUNCIONANDO CORRETAMENTE.
7
NÓS A REPRESENTAMOS
O Taxa máxima de reação POR VmÁx*.
O Constante de Michaetis

1111t).%

ESTOU
COMPLETAMENTE
PERDIDA.-
* V SIGNIFICA "VELOCIDADE", OUTRA FORMA DE
INDICARMOS A "TAXA".
178 CAPÍTULO 4
O QUE EXATAMENTE VOCÊ QUER DIZER
COM "CADA UMA DAS ENZIMAS ESTÁ Ee TIVERMOS PESSOAS À
COMBINADA A UM SUBSTRATO"? DISPOSIÇÃO E CHEGAREM MAIS
VASSOURAS...

MUITO Bem, IMAGINE


UM LUGAR EM QUE
TODOS TÊM QUE
VARRER FOLHAS QUE ... A LIMPEZA DAS FOLHAS SERÁ MAIS
CAEM DAS ÁRVORES. RÁPIDA, UMA VEZ QUE ESSAS PESSOAS
TAMBÉM PODERÃO AJUDAR, CERTO?

MAS SE TODOS JÁ ESTIVEREM SE UM NOVO SUBSTRATO FOR


OCUPADOS, A LIMPEZA NÃO ADICIONADO QUANDO TIVERMOS i \ roam.\
SERÁ MAIS RÁPIDA, NÃO ENZIMAS DESOCUPADAS À DISPOSIÇÃO,
IMPORTA QUANTAS VASSOURA TODA A REAÇÃO SERÁ ACELERADA ,\
CHEGUEM. PORQUE AS MOLÉGULA5 DE ENZIMAS '‘,. ai
COMEÇARÃO A TRABALHAR.
ENTENDEU O QUE
QUERO DIZER? BAM
__,
4Pdaril
tw
., isk,

ENTRETANTO, SE TODAS A5 ENZIMAS JÁ


ESTIVEREM TRABALHANDO, A REAÇÃO NÃO
PODERÁ SER ACELERADA MESMO QUE
ADICIONEMOS NOVOS SUBSTRATOS.

( ASSIM, SE VOCÊ PENSAR NAS VASSOURAS COMO VEJA A LINHA QUE REPRESENTA Kax. ESSA É A
0 SUBSTRATO E NAS PESSOAS COMO A ENZIMA, TAXA MAIS RÁPIDA NA QUAL A REAÇÃO PODE
PODERÁ COMPREENDER O QUE QUEREMOS OCORRER. NOTE QUE QUANDO A TAXA ATINGE
DIZER POR CONCENTRA4-ÃO PO ESSA LINHA, ME5MO QUE A CONCENTRAÇÃO
SUBSTRATO. AQUI, A CONCENTRAÇÃO DO DO SUBSTRATO AUMENTE, A TAXA DA REAÇÃO
SUBSTRATO é O EIXO x E O NÚMERO pe NÃO SERÁ AFETADA.
. _ ENZIMAS é FIXO (ELE NÃO SE ALTERA).

I. NÃODESTE
PODE PASSAR
VALOR

TAXA MÁXIMA PA
REAÇÃO Vm,fx

CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO (5)


EQUAÇÃO DE MICHAeL15-MENTEN e
CONSTANTE DE MICHAeL15

EM 1q13, DOIS BIOQUÍMICOS, LEONOR


MICHAELIS e MAUD meNTeN, PROPUSERAM
UMA EQUAÇÃO BÁSICA me REPRESENTA O
RELACIONAMENTO ENTRE A TAXA DE REAÇÃO
E A CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO.

PARA HOMENAGEAR ESSES DOIS


CIENTISTAS, A EQUAÇÃO FOI CHAMADA
EQUAÇÃO PE MICHAEGI5-MENTEN

= Voic:x CS10 AHHH... ACHO Que


ESTOU FICANDO COM
CU, 4 kgm ENXAQUECA.
V": TAXA DA REAÇÃO
AI
GS10: CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO
ANTES DE A ENZIMA SER ADICIONADA

AGORA VEM A PARTE MAIO IMPORTANTE/


DERIVANDO E55A COMPLEXA EQUAÇÃO,
MICHAELi5 DEFINIU UM VALOR NUMÉRICO
CHAMADO CONSTANTE DE 44/CHAE1-15 (Km), Que
REPRESENTA A CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO
QUANDO A TAXA INICIAL* DA REAÇÃO É METADE
DE v,s/A-x•

IMPORTANTE!

CONCENTRAÇÃO DO
SUBSTRATO CS)

180 CAPÍTULO 4 * A TAXA INICIAL. é A TAXA NO INÍCIO PA REAÇÃO, QUANDO


A CONCENTRAÇÃO PO SUBSTRATO e A VELOCIDADE PA
REAÇÃO AINDA APRESENTAM UMA RELAÇÃO LINEAR.
Km É EXTREMAMENTE
IMPORTANTE PARA Í COMO ESSE VALOR é EXCLUSIVO
VERIFICARMOS AS PARA CADA ENZIMA, VOCÊ PODE
PROPRIEDADES DE mevi-Lo PARA DETERMINAR COMO
UMA ENZIMA. ESSA ENZIMA FUNCIONA DE ACORDO
COM O SUBSTRATO.

ISSO é O QUE CHAMAMOS DE


AFINIPAP DA ENZIMA POR SEU
SUBSTRATO.

SE O VALOR DE KM FOR PEQUENO,


QUANTO MAIOR A ISSO INDICARÁ Que A TAXA DE REAÇÃO
AFINIDADE, MENOR ATINGE METADE. DE SEU MÁXIMO
O VALOR DE Km. QUANDO HÁ MENOR CONCENTRAÇÃO
DO SUBSTRATO, MOSTRANDO QUE A
ENZIMA ESTÁ FAZENDO seu TRABALHO
EFICIENTEMENTE.

VALOR KM PARA A emzimA A COM ALTA AFINIDADE


ENZIMA A Usstassesssea" 1

imáx
TAXA PAREAÇÃO(V)

CNZIMA B COM BAIXA AFINIDADE!

2 kriáx VALOR Km PARA A


ENZIMA 13

CONCENTRAÇÃO DO
SUBSTRATO (5)
errreNvi... FAZ SENTIDO
QUANDO COMPARAMOS A
LINHA PARA A ENZIMA A COM
A LINHA PARA A ENZIMA 5! EXATAMENTE E ISSO
OCORRE PORQUE
A ENZIMA A TEM
A VELOCIDADE DA MAIOR AFINIDADE.
REAÇÃO EM A CRESCE
MUITO MAIS RAPIDAMENTE
DO QUE EM B.

ENZIMAS SÃO AS CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 181


VAMOS CALCULAR Vm4x E Km! e5PeR0 NÃO FAZER
NENHUMA BESTEIRA...

AGORA, VAMOS TENTAR


CALCULAR OS VALORES DE
vmm, e Km PARA UMA ENZIMA
e9pecíFicAi

GOMO EXEMPLO,
UTILIZAREMOS A DNA
POLIMERASE, ENZIMA
PARA SÍNTESE DE DNA.

OS NIICLE07727E05, BLOCOS VAMOS SUPOR QUE ESSE EXPERIMENTO


FUNDAMENTAIS DO DNA, SERÃO O
PRODUZIU AS SEGUINTES MEDIÇÕES:
SUBSTRATO DE NOSSO EXEMPLO.
VAMOS SUPOR QUE ADICIONAMOS
DNA POLIMERASE A SEIS SOLUÇÕES
DIFERENTES COM As SEGUINTES CONCENTRAÇÃO PRODUTO PA
PRODUZIU
CONCENTRAÇÕES DE SUBSTRATO*: DO SUBSTRATO REAÇÃO
O pM —> O pmol
CONCENTRAÇÃO DE
1µM —› 9 pmol
SUBSTRATO
O pM 2 pM 15 pmol
1 pM 4 pM 22 pmol
2 pM 10 pM 35 pmoE
4 pM 20 pM --> 43 pmol
10 pM
20 pM ESSES RESULTADOS MOSTRAM
A CONCENTRAÇÃO D0 PRODUTO
DA REAÇÃO FORMADA DURANTE
DEPOIS, DEIXAMOS A REAÇÃO UMA HORA, POR ISSO PODEMOS
OCORRER POR 60 MINUTOS A DIVIDIR ESSES VALORES POR UMA
HORA C TRANSFORMÁ-LOS EM
UMA TEMPERATURA PE 37°C. TAXAS DE REAÇÃO."

AGORA, VAMOS
VAMOS REPRESENTAR QUANDO A CONCENTRAÇÃO
NOSSOS RESULTADOS EM UM DO SUBSTRATO FOR O [IA
GRÁFICO! O RESULTADO MEDIDO
SERÁ O PMOL, ENTÃO...
O
2k52
ft
w0

(;)

V- CONCENTRAÇÃO
\\1\2E 5UB5TRATO (")

DEIXAREMOS Que O EIXO X


(HORIZONTAL) REPRESENTE A
CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO
(I.,m) e o eIxo Y, A TAXA DA
REAÇÃO (PMOL).
* NA VERDADE, TAMBÉM TERÍAMOS QUE ADICIONAR UM DNA DE EXEMPLO, ÍONS 95 MAGNé510 e
OUTROS ELEMENTOS, MAS EM NOSSO CASO VAMOS SIMPLIFICAR!
** POR EXEMPLO, 55 INICIARMOS COM UMA CONCENTRAÇÃO DE SUBSTRATO DE 1 IAM, NOSSA TAXA DE
REAÇÃO SERÁ q PMOL POR HORA OU, SIMPLESMENTE, q PMOL/HORA.
10 ts
CONCENTRAÇÃO DO
SUBSTRATO CEM)

EM menções REAIS, é RARO TERMOS UMA CURVA TÃO PRECISA. ESTA é APENAS
UMA FORMA IDEAL.

AINDA QUE UTILIZEMOS e55E5


DADOS PARA CALCULAR V„,tax e
KM DA DNA POLIMERASE...
NÃO PODEMOS DETERMINAR
ESSES VALORES A PARTIR
DESTA CURVA!

PARA OBTER 05 VALORES DE QUE


NecE-55ITAM05, Tem09 QUE CRIAR
UM GRÁFICO CHAMADO DIAGRAMA
RECIPROCO GINEWEAVEIZ-EIJIZK.

E55E5 SÃO APENA5


OS NOMES PA5
LINS— Pe550A5 Que
~VER... O CRIARAM O GRÁFICO.
QUÊ?
RECÍPROCOS? ACHO
PARA CRIAR UM DIAGRAMA QUE ME LEMBRO
RECÍPROCO LINeweAveg-BuRK... PE TER APRENDIDO
ALGO ASSIM...
TEMOS 611/f ENCONTRAR
RECiPR0005 PARA TOPOS
05 VALORES NUMORIC05
NO5 EIX05 HORIZONTAL E
VERTICAL!

É FÁCIL! O Isso mesmo!


RECÍPROCO ve 2, MA5 POR Que
POR EXEMPLO, é O RECÍPROCO DE A é PRECISAMOS 1705
1/2 = 0,5. OBTIDO CALCULANDO-SE 1/A. RECÍPROCOS EM
NO550 CASO?

O RECÍPROCO ve 2
É1/2=0,5

O RECÍPROCO re 3
É 1/3 = 0,333...

o RSCÍPROCO ve 4
é 1/4 = 0,25

DEIXAREI PARA EXPLICAR A SE EU PEGAR 05 RECÍPROCOS P05


TEORIA 2EP015. POR HORA, VALORE5 PE CONCENTRAÇÃO DO
VAMOS APENAS TENTAR SUBSTRATO (QUE E5TÃO NO EIXO
PE9ENHAR UM GRÁFICO! HORIZONTAL), Tegel 05 5EGUINTE5
ResuLTADOS:

O RECÍPROCO ve 1 é 1
O RSCÍPROCO ve 2 é 0,5
O RECÍPROCO ve 4 é 0,25
O RECÍPROCO PE 10 é 0,1
O RECÍPROCO PE 20 é 0,05

NÃO TENHO COMO CALCULAR O


RECÍPROCO 25 o, POR ISSO VOU
DEIXÁ-LO ve FORA!

184 CAPÍTULO 4
05 VALORE5 NO EIXO VERTICAL (MENOS O
AGORA, PEGUE 05 ZERO) SÃO q, 15, ZZ, 35 E 43, ENTÃO:
RECÍPROCOS 120 EIXO
VERTICAL E REPRESENTE.
ec--9 VALORES. AINDA Bem QUE O RECÍPROCO DE q 1/q, E 1 q = 0,111. O
TROUXE MINHA RECÍPROCO DE 15 é 1/15, e 1 15 = 0,066.
CALCULADORA
HOJE! AGORA, DEIXE-ME CALCULAR 05 OUTROS
VALORES..

O RECÍPROCO DE q é APROXIMADAMENTE 0,111

O RECÍPROCO DE 15 é APROXIMADAMENTE 0,066

O RECÍPROCO DE 22 é APROXIMADAMENTE 0,045

0 RECÍPROCO DE 35 é APROXIMADAMENTE 0,028

0 RECÍPROCO DE 43 é APROXIMADAMENTE 0,023

0.12-

< 0 ,(0

osn
c,0
0,06
Vo
r1u
‹, 0.04
.er
0,02_
Lt2
o
O 02 oq- 0,6 os ro (.2-
RECÍPROCOS DA CONCENTRAÇÃO
DO 5UB5TRATO C[1M)

Que ESTRANHO...
UMA LINHA RETA! AGORA EXPLICAREI A TEORIA
POR TRÁS DO QUE FIZEMOS,
PARA QUE VOCÊ COMPREENDA
FOR QUE 1/7741ZAMO5 05
REaPIZ0005.
moetinek/

POR QUE UTILIZAMOS NÚMEROS FZEGrPR0005?'

Sim, afinal por que utilizamos recíprocos? É um mistério, não? He he he...

Nem olhe para mim! Matemática não é meu forte.

Não se preocupe. Resolveremos esse mistério juntas. J'


Primeiro, concentre-se em Vmáx. No gráfico a seguir, você pode ver que à
medida que os valores da concentração do substrato aumentam, a medição da taxa
da reação se aproxima de Vmáx•
Taxa da reação (pmol/hora)

45

40

35

30

25
20

15

10

o
O 5 10 15 20 25

Concentração do substrato (pM)

Você está certa. À medida que a concentração do substrato aumenta, a taxa de


reação se aproxima de sua Vmáx limite, a taxa máxima.
Se continuarmos fazendo medições dessa forma, poderemos calcular Vmáx•
1/2 Vmáx e Km, certo?

Em teoria, isso é verdade — poderíamos fazer muitas medições e, eventualmente,


chegaríamos perto de Vmáx, Na prática, no entanto, isso é um pouco mais difícil.

Hã? Mas por quê?

186 CAPÍTULO 4
Conforme você se aproxima de Vmáx , as medições da taxa da reação começam a se
aglomerar.

HUM_

Vmáx
rts
O
_c

O
Q

O
1 CEf
LY
ref

CES

CCS
X
ro

Concentração do substrato (pM)

Com o tempo, as medições se aproximam demais, e os resultados deixam de ser


suficientemente precisos para que possam nos mostrar exatamente quando a taxa
atinge seu limite.

Não parece que a taxa continua aumentando bem devagarzinho, sem nunca atingir
Vmáx?

Sim, parece. Mas deve haver uma forma de solucionarmos esse problema, certo?

Claro que sim. Temos apenas que mudar nosso modo de pensar! Por exemplo,
suponha que deixemos a concentração do substrato aumentar cada vez mais, até o
... infinito!

Hum... Se a concentração do substrato fosse infinita, o resultado da medição teria


que ser...Vmáxl

ENZIMAS SAO AS CHAVES PARA AS ReAções QUÍMICAS 187


Mas não podemos fazer cálculos utilizando o infinito, certo? Então, o que podemos
fazer?

Não se preocupe. Utilizaremos um pequeno truque. Podemos aproveitar o fato


de que o reciproco do infinito é zero. Em outras palavras, quando tomamos o
recíproco, sabemos que o valor do eixo y será Vmáx quando o eixo x for zero!
Ainda que, na prática, o valor numérico do eixo y nesse caso seja 1 .
V.

O resultado é mais ou menos este:

> Eixo x
00 (infinito)

Passo 1
Quando o valor do eixo x for infinito, o valor do eixo y será Vmáx.

Como o conceito de infinito é abstrato demais para nossos cálculos, temos que
substituí-lo por algo que faça sentido no mundo real, por isso utilizamos os
recíprocos dos valores para ambos os eixos, x e y.

188 CAPÍTULO 4
Passo 2
1 á 1
ao' o valor do eixo y ser Vmáx
Quando o valor do eixo x for —

Felizmente, sabemos que o recíproco do infinito é zero.

Passo 3
Quando o valor do eixo x for O, o valor do eixo y será 1 .
,„

Se criarmos um gráfico com essas informações, poderemos obter um valor


numérico específico para Vmáx.

Mal posso acreditar, mas... faz sentido! Talvez gráficos não sejam tão malignos
quanto eu pensava...

Agora que você compreende a teoria por trás dos cálculos, não parece que sua vida
enriqueceu? Como se você compreendesse um pouquinho mais do universo?
Vamos retornar para o gráfico em reta que você criou antes e ver se
conseguimos obter o valor de Vmáx.

Legal, vamos lá! Gráficos e números recíprocos são brincadeira de criança para mim!

ENZIMAS SÃO AS CHAVES PARA AS REAÇÕES QUíMICAS is


í
DÊ UMA OLHADA NESTE GRÁFICO. QUANDO
O VALOR DO EIXO X é ZERO, O VALOR CONSEGUIMOS'
DO eixo Y é APROXIMADAMENTE 0,01q. AGORA Temo
ISSO SIGNIFICA QUE, NESSA REAÇÃO, 0 v„,uxi
VALOR V„44-x DA DNA POLIMERASE 1/0,01q,
OU CERCA DE 52,6.

EM OUTRAS PALAVRAS, A DNA


POLIMERASE PODE REAGIR
COM 05 NuaeoTiveos
PARA SINTETIZAR CERCA DE
52,6 PMOL DE DNA* POR
HORA.**

0,12

0,10

0, D8

0,06
vecLivIvAve - ,
ki„
v(sikw
0,04

002-

V mic:x
0,2 01- 0,6 03 ro Lz
RECÍPROCOS DA CONCENTRAÇÃO
DO SUBSTRATO (1/LtM)

SE VOCÊ ANALISAR
CUIDADOSAMENTE O
ESPERE UM POUCO, KUMI. VOCÊ
DIAGRAMA DOS RECPROCOS,
ESTÁ COMEMORANDO CEDO VERÁ QUE A vecLivivAve
DEMAIS. LEMBRE-SE DE QUE DA RETA QUE OBTIVEMOS é
ESTE GRÁFICO TAMBÉM NOS REPRESENTADA POR
PERMITE CALCULAR O VALOR
EXATO De KM!

ESPERO QUE VOCÊS SE


LEMBREM DE SUAS AULAS
DE MATEMÁTICAS, POIS
VAMOS MERGULHAR DE
CABEÇA NESTA QUESTÃO!

esse VALOR PODE VARIAR DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES DE MEDIÇÃO OU COM O TIPO DA DNA POLIMERASE. O VALOR DE
5Z,6 PMOL/HORA APENAS UM EXEMPLO.
** LEMBRE-5E DE QUE O TEMPO DA REAÇÃO DA DNA POLIMERASE é 60 MINUTOS.
VAMOS UTILIZAR A EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEN PARA CALCULAR Km V4mx!

Vmá„[S], VAMOS LÁ!


v-
ES], + Km

1
Se pegarmos o recíproco de — , teremos...
v

1 [S], + K„, [S], Km


v V„,,1510 V„,„[S], 1/„„„[S10
1 Km 1
+ —x —
Vr„,„ Vrn,„ [S],

1
Em outras palavras, podemos desenhar o gráfico da reta y = ax + b. no qual y : —
V
1
y X:

Km
Declividade a
:
V 6x
1
b: V,,„
X

UMA FUNÇÃO LINEAR? EXATAMENTE! O GRÁFICO DE UMA


• •
APRENDI SOBRE ELAS NO • •• 9 • FUNÇÃO LINEAR é APENAS UMA LINHA
•.• RETA, POR ISSO NO550 TRABALHO
ENSINO FUNDAMENTAL. • • 9
• FICA MUITO MAIS FÁCIL, JÁ QUE...
ISSO VAI SER FÁCIL! CACHO...) ••
9 @ e •
* • e • • • 0
..... • ***** 0 • • 4 • • 0 • • e • • • e •
" • e • • • •
NÃO IMPORTA O QUANTO
***** • ******* • • • • e 4 • 5 9 • • * PROLONGUEMOS A
'9 • • • • • • e • RETA, NO55A FÓRMULA
• • e • 10
9e @•9
SEMPRE PIINCIONARk
• •
• • •

ENZIMAS SÃO AS CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 1P1


PARA OBTER VA44-x, SIMPLESMENTE
DEFINIMOS X COMO O, O QUE NOS
DEIXA COM Y = 1/V„ux. EM OUTRAS
05(0 PALAVRAS, DESCOBRIMOS O PONTO
EM QUE A RETA CRUZA O EIXO Y,
PEGAMOS O RECÍPROCO passe
VALOR E CHEGAMOS A 1/m4 .
k,„ AGORA, é A VEZ PE KM. JÁ SABEMOS
vecLivivAve- QUE A PECLIVIDAPE PA RETA é
Km/VmÁk. BASTA RESOLVERMOS A
1 EQUAÇÃO LINEAR PARA X QUANDO
Y = O E TEREMOS X = -1/Km.
DEPOIS, é Só MULTIPLICAR
ESSE VALOR POR -1,
o,6 o,8 l.o 1,2- &AR SEU RECÍPROCO,
RECÍPROCOS PA CONCENTRAÇÃO PO E TEREMOS Km!
SUBSTRATO C[IM)

ENTÃO, EM NO550
ENTENDI. Só TEMOS EXEMPLO, QUANDO Y
QUE FAZER ALGUMAS O, X é CERCA DE -0,15.
SUBSTITUIÇÕES E ALGUNS
CÁLCULOS! BRINCADEIRA 1550 SIGNIFICA QUE, CON5EGI/1/11051\
DE CRIANÇA! NESTA REAÇÃO, O E X„, NÃO
PODEM COM A
VALOR DE KM PARA A SENTE!
DNA POLIMERASE é
1/0,15, OU CERCA DE
6,67 [AM.

O DIAGRAMA RECÍPROCO VAMOS VER SE EU CONSIGO ME


LINEWEAVER-BURK é UTILIZADO LEMBRAR DE TUDO... PRIMEIRO, PEGO
OS RECÍPROCOS POS VALORES DA
FREQUENTEMENTE NA PESQUISA REAÇÃO E OS REPRESENTO EM UM
DE ENZIMAS. DEPOIS PE ENTENDER GRÁFICO PARA OBTER UMA LINHA RETA.
E55E5 PASSOS FUNDAMENTAIS,
VOCÊ ESTARÁ PRESTES A SE DEPOIS, APENAS COM
TORNAR UMA GRANDE CIENTISTA! ALGUNS CÁLCULOS
SIMPLES EU CONSIGO
DESCOBRIR VmÁx E Km.
LINEWEAVER E BURK,
MORRAM PE INVEJA!

1qZ CAPÍTULO 4
4. Enzimas e inibidores

Por que temos que utilizar equações e gráficos — que não são nem um pouco divertidos —
para obter os valores de Vmáx e Km?
Uma justificativa é demonstrar que as reações com enzimas são extremamente preci-
sas e previsíveis. Elas ocorrem em perfeita concordância com leis químicas e matemáticas.
Mais importante que isso, para pesquisadores que estudam ou pesquisam enzimas, os
valores de Vmáx e Km são muito úteis.
Uma dessas áreas de pesquisa lida com o relacionamento entre enzimas e inibidores.
Um inibidor é uma substância que afeta a ligação de uma enzima com seu substrato ou que
afeta a própria enzima. Como resultado, inibe a atividade da enzima.
Muitos inibidores são criados artificialmente e utilizados em pesquisas com enzimas.
Por sua natureza, são muitas vezes tóxicos para organismos vivos. Entretanto, inibidores
também podem ser utilizados de formas positivas — para matar células cancerosas, por
exemplo.
Inibidores também existem no mundo natural. Nesse caso, são conhecidos como
inibidores "celulares" em vez de "medicinais". Por exemplo, alguns inibidores são criados
diretamente nas células de um organismo e desempenham papéis fundamentais ao regu-
lar as reações de suas enzimas. Plantas também podem criar inibidores. As sementes de
certas leguminosas, por exemplo, contêm inibidores de enzimas celulares, como inibidores
da a-amilase ou inibidores de tripsina. Esses inibidores são conhecidos como fatores anti-
nutricionais. Cientistas acreditam que eles podem ser parte do sistema de defesa natural da
planta e servem para ajudá-la a se proteger de predadores.
Se a estrutura de um inibidor for semelhante àquela do substrato, ele poderá se
ligar facilmente à enzima. Entretanto, como a forma de um inbidor é levemente diferente
daquela do substrato, nenhuma reação ocorrerá, e assim que a enzima tiver se ligado a
outra substância, não será mais capaz de se ligar ao substrato. Na prática, há vários tipos
diferentes de inibição enzimática; podemos perceber qual está ocorrendo utilizando a equa-
ção de Michaelis-Menten.
Dois tipos de inibição enzimática que podemos encontrar são a inibição competitiva e a
inibição não competitiva.
A inibição competitiva ocorre quando uma substância muito semelhante ao substrato se
liga à enzima, inibindo sua reação.

o INIBIDOR

O SUBSTRATO NÃO
X O PODE MAIS SE LIGAR
,Ã ENZIMA!
SUBSTRATO
SÍTIO ATIVO
DA ENZIMA*

* O SÍTIO ATIVO é O LOCAL. em Que O 5U8STRATO SE LIGA


À ENZIMA PARA (RUE OCORRA UMA REAÇÃO CATALÍTICA.

ENZIMAS SÃO AS CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 1c13


Como as enzimas permanecem ativas, a taxa máxima de reação Vmá não é afetada,
mas o valor de Km sofrerá uma elevação, uma vez que algumas das enzimas se ligarão
acidentalmente aos inibidores. Quando temos inibidores em ação, demora mais para que
as enzimas se liguem aos substratos, produzindo o mesmo resultado que teríamos se hou-
vesse menor concentração de substrato.
Como podemos ver a seguir, se um inibidor competitivo for adicionado, a declividade
da reta será maior em um diagrama recíproco Lineweaver-Burk. Note que, nesses casos, a
intersecção com o eixo y, 1/Vmáx, não se altera.

se A DECLIVIDAPE
AUMENTAR e
TIVERMOS UMA TEREMOS UM
/
ALTERAÇÃO em 1 Li> GA50 DE INIBIÇÃO
Km COMPETITIVA

VMÁX

Km

Ainda que a intersecção com o eixo y não se altere, o mesmo não vale para o eixo x.
Isso signfica que se você adicionar um inibidor desconhecido a uma reação enzimática, fizer
as devidas medições, criar um gráfico com o resultado e notar que o valor de 1/Km aumen-
tou, pode ter certeza de que está lidando com um inibidor competitivo.
A inibição não competitiva ocorre quando um inibidor se liga a uma parte da enzima
não relacionada ao sítio de ligação do substrato, para inibir a reação da enzima.

INIBIDOR

ENZIMA O

rO

C)
1) I

SUBSTRATO
O SÍTIO ATIVO ESTÁ VAZIO, MAS A FORMA
DA ENZIMA SE ALTERA PELA LIGAÇÃO 170
INIBIPOR, O QUE IMPEDE QUE A REAÇÃO
OCORRA NORMALMENTE.

1ci4 CAPÍTULO 4
Nesse caso, o inibidor não bloqueia o substrato — apenas impede que a enzima fun-
cione. Km não será afetado porque depende da concentração do substrato. Em vez disso,
enquanto aumentar a quantidade do inibidor, a taxa máxima da reação diminuirá continua-
mente. O mesmo ocorreria se a concentração da enzima diminuísse.
Isso significa que se um inibidor não competitivo for adicionado, a declividade da reta
em um diagrama recíproco Lineweaver-Burk novamente se tornará maior, como podemos
ver a seguir. Entretanto, diferentemente do que vimos na inibição competitiva, neste caso a
intersecção com o eixo y se alterará, enquanto a intersecção com o eixo x permanecerá a
mesma.
se A vecuvivAve
/ AUMENTAR e TeReM05 UM CASO
/ • TIVERMOS UMA eL
PE INIBIÇÃO NÃO
/ • , ALTERAÇÃO em 1 M CO PETITIVA
i'llK
', Vm,4x

1
Km
Como inibidores afetam significativamente reações enzimáticas, são muitas vezes
utilizados para revelar a estrutura de enzimas ou seus mecanismos de reação. Inibidores
também são utilizados em pesquisas sobre câncer, mediante a aplicação de pequenas quan-
tidades capazes de inibir enzimas que beneficiam células cancerosas.

ENZIMAS SÃO AS CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 195


\oeilthini
ENZIMAS ALOSTéRICAS

Ainda que tenhamos apresentado apenas enzimas para as quais a equação de


Michaelis-Menten tem validade, existem muitas outras para as quais essa equação não
se aplica.
Um desses casos é o da enzima alostérica, capaz de responder a sinais do
ambiente com alterações em sua atividade. A isso chamamos de efeito alostérico. Por
exemplo, um substrato que se liga a uma subunidade pode provocar uma alteração
na estrutura tridimensional da enzima, fazendo que a ligação com outra subunidade
ocorra mais facilmente.
Em casos como esse, a curva que representa o relacionamento entre a concentra-
ção do substrato e a velocidade da reação será uma curva sigmoide em forma de 5, e
não a hipérbole que costumamos encontrar na equação de Michaelis-Menten.
Não entraremos em detalhes, mas nem todas as reações enzimáticas são tão
simples e podem ser regidas por equações fixas — na prática, em nossos corpos, a
maioria das reações é mais complexa e elaborada.

Hipérbole da equação de Michaelis-Menten


Taxa da reação (v)

Curva sigmoide de uma enzima alostérica

Concentração do substrato (S)

1q6 CAPÍTULO 4
A LIÇÃO DE HOJE
FOI BEM DIFÍCIL.
COMO VOCÊ ESTÁ
5E 5ENTINI20?

NO FINAL, OS CÁLCULOS
FICARAM UM POUCO
COMPLICADOS, MAS ESTOU
Fel-1z DE TER CONSEGUIDO
ACOMPANHAR ATÉ O FIM!

ALÉM DISSO,
DESCOBRI QUE
As ENZIMAS
SÃO MUITO
BOAZINHAS!

BEM, é CLARO QUE


ELAS DIMINUEM O TAMANHO DE NÃO é BEM A55IM
MUROS MUITO ALTOS e NOS NA VIDA REAL.
AJUDAM A PULAR SOBRE eLE51

ENZIMAS SÃO AS CHAVES PARA AS REAÇÕES QUÍMICAS 1q7


MAS TENHO Que
CONCORDAR
QUE AS ENZIMAS
SÃO MUITO
ÚTEIS.

HE

HE
HE

QUANDO Temos UMA BARREIRA E55A BARREIRA PODE


IMPENETRÁVEL. ENTRE UM SER DERRUBADA COM A
GAROTO E A MENINA DE QUEM AJUDA DE UMA ENZIMA
ELE GOSTA... BONDO5A!

A FUNÇÃO
DA ENZIMA é El, PROFESSORA
ACELERAR O KUROSAKA! POR QUE
RELACIONAMENTO NÃO FALAMOS DA
ENTRE E55A5 PRÓXIMA LIÇÃO?!
PE550A5.

MAS O Gila '2

AI, AI... ESTÁ BEM.


NOSSA PRÓXIMA AULA
SERÁ A ULTIMA, POR 1550 é
MELHOR SE PREPARAREM!
55PECIALMENTE VOCÉ, ÚLTIMA AULA?
NEMOTO. QUE TRISTE...

1A8 CAPÍTULO 4
Pgippwwwwwwwwwwwww.
41111‘ AlikL .41h. dá". a". *•
Nil

BIOLOGIA MOLECULAR E A
BIOQUÍMICA 209 ÁCI205 NUCLEIC05
4"d"..

li )*

_OSSO
BOM DIA!
CHEGUEI NA HORA DO COM CERTEZA.
ESTOU
CAFÉ DA MANHÃ? PREPARANDO-0
AGORA.

QUE BOM QUE


VOCÊ VOLTOU A
SE ALIMENTAR
NORMALMENTE, KUMI.

SEU PAI TEM RAZÃO!


ESPERO QUE VOCÊ TENHA
PARADO COM AQUELAS IDEIAS
DE REGIME. UMA GAROTA EM
CRESCIMENTO PRECISA DE UM
BOM CAFÉ DA MANHÃ!

ZOO CAPÍTULO 5
BEM, AGORA ESTOU
MAIS Bem INFORMADA.
TENHO QUE COMER
PARA QUE meu CORPO
P055A CRIAR ATP!

CHEGA DE SEGUIR
DIETAS DA MODA.

\v‘X\ I 11111,

ALEM 91550, DEPOIS


DA AULA FINAL- DE
HOJE._

/ft'', I 11W1NN

POR TODO seu


ESFORÇO, VOCÊ
MERECE ISTO —
MEUS SEGREDOS
CIENTÍFICOS PARA
DIETAS INFALÍVEIS!

... AGORA SABEREI


TODOS 05
seeREI705 DE UMA
DIETA SAUDÁVEL!

'/# ii111NNÇ

MUITO BEM, VAMOS


COMEÇAR!

LEGAL!

UNIVeR519ADe
leize?3,5
1. O que é um ácido nucleico?

O BÁSICO SOBRE ÁCIDOS NUCLEICOS ANALISAMOS O NÚCLEO DE


UMA CéLULA ANTES (VEJA O
CAPÍTULO 1), COM A AJUDA
DO ROBOGATO. CHAMAMOS
JÁ FALAMOS SOBRE ALGUMAS SUBSTANCIAS O NÚCLEO DE 'DEP 651TO
BIOQUÍMICAS, COMO PROTEÍNAS, LIPÍDEOS e DO DNA".
SACAIZVE05, MAS HÁ MAIS UMA SUBSTÂNCIA
IMPORTANTE DA QUAL AINDA NÃO FALAMOS -
OS A-C/PD5 NI/Cl-5105.
COMO VOCÊ PODE
SUPOR PELO NOME,
ÁCIDOS NUCLEICOS s'Ac,
SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS
ENCONTRADAS NO NÚCLEO
DE UMA CéLULA.

Isso mesmo' ELE é


GRANDE, REDONDO
E PARECE MUITO
IMPORTANTE. PERFEITO
PARA NO55A ÚLTIMA AULA!

EM RESUMO, ÁCIDOS AH, 1550 EU 5E1! O DNA


é A LINGUAGEM DOS
NUCLEICOS SÃO O
GENES, CERTO?
MATffiZIAL 6ÉTICO ÁCIDO
DE UMA CÉLULA OU
AS SUBSTÂNCIAS
Nuc co
QUE ARMAZENAM
AS INFORMAÇÕES EXATAMENTE, MAS
CONHECIDAS COMO O DNA NÃO é FEITO
GENES. APENAS DE GENES.

É VERDADE. OS GENES SÃO


PARTE DO DNA — A PARTE
QUE ATUA COMO RECEITA
AS PROTEÍNAS SÃO CRIADAS
PARA AS PROTEÍNAS.
COM BASE NA INFORMAÇÃO
CODIFICADA NA SeauêNciA DOS
ÁCIDOS NUCLEICOS CA FORMA
COMO ELES ESTÃO ALINHADOS
D\A NO DNA)*.

ri ri rui rrirrriummririririrririririrunrui run ri ri ri ri ri rui rin ri ri ri ri

ceNe ceNe

* GENE5 TAMBÉM CONTÊM A "RECEITA" PARA O RNA.


ZOZ CAPÍTULO 5
CORRETO! AOOIZA,
FALAREMOS MAIS
DETALHADAMENTE SOBRE
ESSE PROCESSO.

HÁ POIS TIPOS ve
ÁCIDOS NUCLEICOS:
DNA (ÁCIDO
PE5OXIRRISONIJCGEICO)
(VEJA A PÁGINA 1q)
e RNA (ÁCIDO

AH, EU ME LEMBRO!
GENES ESTÃO
DNA
GRAVADOS NO DNA
DENTRO DO NÚCLEO!

E AS PROTEÍNAS SÃO
RNA
CRIADAS COM BASe
NESSAS RECEITAS.

TANTO O RNA COMO O DNA 57A0


NECESSÁRIOS PARA CRIAR PROTEíNA5.

NÃO SE PREOCUPE!
O RNA NÃO é TÃO
CONHECIDO QUANTO O DNA...

... MAS O RNA AINDA) MA5 DE5C0I3RIU-5?


é UM MISTÉRIO RECENTEMENTE QUE el,E é UMA
TOTAL PARA MIM! 511135TÁNCIA EXTREMAMENTE
IMPORTANTE PARA ORGANI5M05
VIVOS COMO NO-5,
411 A DESCOBERTA PA NUGLENA

O bioquímico suíço Friedrich Miescher (1844-1895)


conseguiu isolar uma nova substância a partir de uma
amostra de glóbulos brancos. Ele extraiu as células de
curativos usados, recebidos de um hospital próximo
de onde trabalhava.

Glóbulos brancos presos a curativos usados?


Urg, então estamos falando de...

Exatamente! Estamos falando de pus!

Friedrich Miescher

Ele estudou pus?! Que nojo! Acho que nem tudo na bioquímica é glamour e dietas...

Para extrair os glóbulos brancos, Miescher processou o pus adicionando uma


enzima chamada protease, capaz de quebrar proteínas, e depois utilizou um método
chamado extração de éter para remover os lipídeos.

PROTEÍNA Lipiveo

GLÓBULO NÚCLEO
BRANCO

A substância obtida dos glóbulos brancos apresentava grande acidez. Miescher


a chamou de nucleína, pois havia sido encontrada dentro do núcleo dos glóbulos
brancos. Miescher também conseguiu extrair nucleína do esperma de salmões. A
nucleína depois veio a se tornar mais conhecida como ácido nucleico e, na primeira
metade do século XX, cientistas determinaram que existiam dois tipos de ácidos
nucleicos: DNA e RNA.

204 CAPÍTULO 5
ÁCIDO NUGLEICO e NUCLE01-0505 UM ÁCIDO NUCLEICO
FORMADO POR UMA LONGA
CADEIA DE SUBSTÂNCIAS
.--';GORA, VAMOS CHAMADAS All/CLE07112E05';
ANALISAR A CONECTADAS UMAS À5 OUTRAS.
ESTRUTURA DOS
ÁCIDOS NUCLEICOSI

ENTENDI.

NA RNA

* JÁ VIMOS NUCLEOTIPEOS QUANDO


DISCUTIMOS OS GRÁFICOS NO CAPÍTULO 4.

UM NUCLEOVDEO 'é FORMADO PELA


LIGAÇÃO PS UMA BAS E, UM FOSFATO UMA e
PONTOOf (AÇÚCAR DE CINCO CARBONOS)
DA SEGUINTE MANEIRA:

NUCI,E0TrI2E0

(000
OH OH 1A3
RIE305E
FO5FATO5 H
OH

BASE R1130NucLeo-rveo

FOSFATO
(000
1A3
OH FO5FATOS H
resoxIRRIE505? H
DESOXIRRIBONUCLEOTVE0

e TIVERMOS APENAS
A LIGAÇÃO 17E UMA BASE E UMA
PENT05E (sem UM FOSFATO), O
RESULTADO SERÁ UM NLICI-f05172E0.

OH OH
HÁ CINCO TIPOS DE BASES QUE
FORMAM 'ÁCIDOS NUCLEICOS:
APENINA CA), G1JANINA CG), CITOSINA (C),
LJRACILA UI) E T/M/NA CT).

OS QUATRO TIPOS UTILIZADOS


NO DNA SÃO A, G, C E T. OS
QUATRO TIPOS UTILIZADOS NO
RNA 5ÃOA,G,C E II.

BASE
NH.

7 N H.N O
N H.
AveNINA eUANINA H, ).K C H3

0(\1 0N1\1/ o 1\1

CITOSINA (C) URACILA CU) TIMINA

A E G SÃO CHAMADAS
BrA5f5 PagICAO, EU coNsteo ME LEMBRAR P1550
PORQUE PENSO em ÁGUA PURA!
ENQUANTO C, U E T SÃO
BA5E5

A PURINA Tem UM ANEL


HEXAGONAL E OUTRO
PENTAGONAL.

A PIRIMIDINA TEM APENAS


UM ANEL HEXAGONAL.

206 CAPÍTULO 5
ESTE DIAGRAMA
MOSTRA A ESTRUTURA
ve UM NUCLEOTOE0
TENDO A APENINA (A)
COMO BASE.

CHAMAMOS esee
NUCLEOTVE0 ve APENOSINA
MON0F05FATO OU
APA1051NA-5'-F05FATO.

01-1
HO-P- O 4-- C H,- O

H HH

FOSFATO
OH

A2CNO5INA MON0F05FATO

DESOXIRRIaose, RIE305E...
SE A PeNTOSE DESSE NUGLEOT0e0 AAAHH, ESTOU FICANDO
FOSSE UMA DESOXIRRIBOSE EM VEZ CONFUSA.
PE UMA KIESOSE, ENTÃO TERÍAMOS A
12E5OXIA1~5INA MON0F05FATO.

SACARrveo
CPENTO5E)

C FLOH
O OH
Ou H
H H
OH OH OH H
RIE305e PESOXIRRIESOSE

POR ENQUANTO, APENAS


Lemage-se ve QUE
A vesoxigRoose É
NO CASO 120 DNA, A UTILIZADA NO DNA E A
Pf5OXIRRIE405f é UTILIZADA RIBOSE, NO RNA. L000
COMO PENTOSE, ENQUANTO NO VEREMOS MAIS DETALHES.
RNA Temos A g/805E.

BIOLOGIA MOLECULAR e A BIOQUÍMICA DOS 'ÁCIDOS NUCLEICOS 207


FALANDO NIS50, A ADENOSINA TRIFOSFATO 1550 MESMO! NÃO 56 O ATP é A MOEDA
TAMBéM TEM UMA ESTRUTURA SEMELHANTE. PE TROCA DA ENERGIA, COMO TAMBéM é
MAS COM TRÊS FOSFATOS PRESOS À CAPEIA. UM BLOCO FUNDAMENTAL PO RNA.

APENOSINA
APENINA

SI, é NO550 VELHO UAU! O ATP é MAIS


AMIGO, O ATP, A MOEDA IMPORTANTE PO QUE
De TROCA DA ENERGIA!
EU TINHA PENSADO!

VEJA! 5E TROCARMOS A BASE


NA APENOSINA MONOFOSFATO
PELOS OUTROS QUATRO TIPOS DE
BASES, TEREMOS OS SEGUINTES
NUCLEOTrPEOS:

• Se a base for a guanina (G), teremos a guanosina monofosfato e a


desoxiguanosina monofosfato para RNA e DNA respectivamente.
• Se for a citosina (C), teremos a citidina monofosfato e a
desoxicitidina monofosfato.
• Se for a timina (T), teremos a desoxitimina monofosfato*.
• Se for a uracila (U), teremos a uridina monofosfato e a desoxiuridina
monofosfato**.

* Como a forma desóxi da timina é mais prevalente, o prefixo desóxi é geralmente


deixado de lado.
** Ainda que a uracila seja urna base que normalmente não faz parte do DNA, seu
tipo desóxi também existe.

HÁ POIS TIPOS PE PENTOSES E CINCO


TIPOS PE BASES. 5E ALTERARMOS A BASE, TAMBéM
ALTERAREMOS O NucLeariveo, CERTO? é COMO
NO UPON E NO SOBÁ!
NÃO 5e esaueçA
DA CEBOLINHA
E DO TEMPERO
ESPECIAL!

EPeNDeNDO 1705 INGREDIENTES


QUE UTILIZAM05, PODEMOS FAZER
SO4
B COM OVOS, 50BÁ TEMPURA,
E ASSIM POR DIANTE...
COMPLEMENTARIDADE PAS BASES e ESTRUTURA PO DNA

Ácidos nucleicos são formados por nucleotideos conectados em uma longa cadeia
linear. Os carbonos nas posições 3' e 5' de cada pentose se ligam a um fosfato,
formando uma ponte entre cada nucleotideo. Isso é o que chamamos de polinucleo-
tídeo.
N'._____
;\1
PARECE UM
N> PENTE!
A
-O -0 -0
N -----1\1
i 1
-0-P-O-P-O-P-0-CH, o
ii ii
O o o Extremidade 5'

HN),CH3
T
Extremidade 5' (já
N
que este é o final
0-P-o-CH2 o
da posição 5)
o

C
3"

Os cinco carbonos são


numerados de 1.' a 5'*. H
5

HN
TOH
HN N
o 2
3 2 -0-P-O-CH2
Extremidade 3'
vesox1RIZIE505E O

* Para os sacarídeos dos nucleotideos,


acrescentamos o sinal ao número de cada OH
carbono — por exemplo. 1'. 2'. e assim por
diante. Isso e feito para distingui-los dos
números correspondentes aos carbonos da
Extremidade 3' (já que este é o final da posição 3)
base do nucleotídeo.

POLINuaearipeo

Em um dos lados do polinucleotídeo, as bases formam estruturas salientes,


como os dentes de um pente. No caso do DNA, duas linhas de polinucleotídeos
formam uma fita dupla conectando essas bases, o que cria uma estrutura em
hélice.

BIOLOGIA MOLECULAR e A BIOQUÍMICA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS 20P


55 05 2015
P5NT55 FOREM 4
COMBINADOS...

... e
TORCIDO5
PARA FORMAR
UMA HÉLICE...
Tegemo5
O DNA!

Ah! Então, os dentes de cada pente se prendem e formam os degraus do meio!

Isso mesmo. Em outras palavras, um "par" é criado por meio de ligações de


hidrogênio entre duas bases, fazendo com que os polinucleotídeos formem uma
fita dupla. Os pareamentos são sempre os mesmos: A se liga a T (com duas
ligações de hidrogênio) e G se liga a C (com três ligações de hidrogênio).

9Ã0 seMPRe e55A5


COMBINAÇÕES -
/ \
LIGAÇÃO 175
HIDROGÊNIO

210 CAPÍTULO 5
Essa configuração de pareamento é chamada complementaridade. Em razão des-
sa característica, o DNA pode ser replicado — em outras palavras, a cadeia dupla
de polinucleotídeos pode ser separada em fitas individuais e cada uma delas pode
ser utilizada como modelo para construção de novas fitas. O resultado dessa
replicação são duas moléculas de DNA com a mesma sequência de bases.

SE T CTIMINA) é A
BASE PO MODELO,
A Nas& QUE SE
JUNTARÁ À NOVA FITA
É A CAPENINA).

DNA

o gpk
FA,A1-?IzA
l:sz
ev
5?0.

Uma fita modelo é como o molde que você utiliza para fazer seus bolinhos em casa.

Entendi! Se você tem um molde, fica fácil replicar o DNA.


Se soubermos a sequência da fita modelo, saberemos qual a sequência da
nova fita criada a partir desse molde!

Exatamente. A maior diferença entre o DNA e outros biopolímeros (proteínas,


sacarídeos e lipídeos) é essa habilidade de se replicar facilmente.

BIOLOGIA MOLECULAR E A BIOQUíMICA POS 'ÁCIDOS NUCLEIC05 Z11


REPLIGAÇÃO DO DNA E A ENZIMA DNA POLIMERA5E

Mas, afinal, por que o DNA é replicado? Urna vez que o DNA contém nossos genes,
ele deve ser replicado sempre que as células se dividem ou se multiplicam.
Genes são transmitidos dos pais para os filhos, assim como de célula para
célula. Quando uma célula se divide, os mesmos genes devem ser herdados pelas
duas células filhas, por isso o DNA tem que ser replicado antes de a célula se dividir.

O DNA é
REPLICADO

E DIVIDIDO
'SUAI-MENTE
Isso... é demais!

A primeira pessoa a isolar uma enzima envolvida na


replicação do DNA — chamada DNA polimerase I —
foi o bioquímico norte-americano Arthur Kornberg
(1918-2007).

A DNA polimerase foi a enzima que utilizamos


quando obtivemos Vmáx e Km. Você se lembra?

Lembro sim! Essa é a enzima que replica o DNA?


Nossa, as enzimas têm muitas funções, não é
mesmo?
Arthur Komberg

Em 1956, Kornberg extraiu uma enzima ativa, utilizada para síntese de DNA,
de um líquido no qual a bactéria E. coli havia sido pulverizada. Essa enzima
poderia ser utilizada para sintetizar DNA artificialmente em um tubo de ensaio.
Esse fato teve grande repercussão no mundo científico da época.

Essa descoberta foi realmente importante.

Z1Z CAPÍTULO 5
Com certeza! Na verdade, Kornberg recebeu o Prêmio Nobel de 1959 em
Fisiologia ou Medicina.
A DNA polimerase é oficialmente chamada "DNA polimerase DNA-
dependente". Isso significa que uma enzima DNA polimerase requer a presença
de uma molécula de DNA que sirva de modelo para que possa criar uma nova
molécula de DNA.

(1P+
121
ou rAvg."-'

<2::>

1
0
C
--r"
T c

Entendi. Como os pares são complementares, a DNA polimerase é capaz de


criar a cadeia consultando o modelo.

A reação química que a DNA polimerase catalisa pode ser vista a seguir:

LIGAÇÃO
FO5FODIESTER
o
P O C H2 Base 0-P-0-CH2

EXTREMIDADE 3' (HO)

CONECTA-SE AO 0-P-0-CH2
PRÓXIMO FOSFATO o
DesoxiRRIBONUCLEOTVE0

O O O
OPOPOPOCH2
0 O O

HO

NESTA REAÇÃO, UM NUCLEOTVE0 COM TRÊS


FOSFATOS é UTILIZADO COMO SUBSTRATO.

BIOLOGIA MOLECULAR e A BIOQUíMICA DOS ÁCIDOS NucLeicos 213


Em outras palavras, a DNA polimerase catalisa a ligação do próximo fosfato
desoxirribonucleotídeo à extremidade 3' da nova cadeia de DNA. Essa ligação é
chamada ligação fosfodiéster.

Os ácidos nucleicos correspondentes são reunidos pela DNA polimerase, que


atua como um verdadeiro "cupido".

Isso mesmo! Ha ha ha...

41b E-5TRUTURA DO RNA

Diferentemente do DNA, o RNA geralmente existe como uma fita única.


A enzima RNA polimerase utiliza o DNA como modelo quando liga
ribonucleotídeos para formar uma nova fita de RNA.

DNA RNA

Ah, é isso me faz lembrar... antes você disse que o RNA é uma susbtância
extremamente importante, mas não explicou por quê!

Não tenha pressa. Kumi. Falaremos sobre isso em breve (na página 220, mais
precisamente).

Combinado!

214 CAKTUL.0 5
Diferentemente do DNA, o RNA geralmente se quebra pouco depois de ter sido
construído. Kumi, você se recorda do que dissemos sobre a desoxirribose?

Essa é a pentosa que faz parte do DNA e não do RNA, certo?

Exatamente! No RNA, um grupo hidroxila (2-0H) está preso ao carbono


na posição 2' de cada ribose, como mostra a figura a seguir. No DNA, temos
apenas um hidrogênio, daí o nome desoxirribose.
Esse grupo hidroxila do RNA adora criar problemas. Enquanto isso, o H
poderia ser considerado um verdadeiro namorador bioquímico.

O fi NA POSIÇÃO
2' DO RNA É UM
VERDADEIRO
NAMORADOR!

2
OH

Hein?! Que babaca!

É claro que eu sempre seria fiel...)

BIOLOGIA MOLECULAR e A BIOQUÍMICA DOS ÁCIDOS mucLeicos 215


Em razão da presença desse grupo hidroxila, sabe-se que o RNA sofre uma
autólise (processo de autodecomposição) devido ao fenômeno conhecido como
catálise de base.

OH oH
OH OH OH OH emenim
oH
AUTÓL-15E
OH
OH oH

Se você imaginar o 0 e o H de um grupo hidroxila corno um casal, então poderá


pensar no H como o "namorador" que será tentado pelas bases que existem ao
redor do RNA.
É importante notar que essas bases não são aquelas de que falamos até
agora (A, U, C e G). Neste contexto, uma base, como um íon hidróxido (OH-),
uma substância capaz de aceitar um próton (H+). Você pode pensar nas bases
como o oposto químico dos ácidos, já que ambos se neutralizam.

Então, o próton 2'-OH é extraído por uma base?

Isso mesmo. Depois disso, o oxigênio, agora sozinho, sai em busca de um novo
parceiro com que possa se ligar.

Na verdade, depois que o próton for extraído, o oxigênio (0-), que carrega uma
carga negativa, se ligará ao fosfato (P) da ligação fosfodiéster que temos na
posição 3' vizinha (lembre-se de que esta é a ligação que conecta dois ribonu-
cleotídeos).

216 CAPÍTULO 5
Como resultado, a ligação fosfodiéster se quebrará, dividindo a cadeia do RNA.

É uma história repleta de traições, não é mesmo?

COMO
A55IM?!

BASE
2'
ON /0
OH `4-‘
..*" 'OH
ATAQUE! /
LIGAÇÃO
-O o
FO5F0121É-5TeR O--P -0 DIVIDIDA
EM
PeDAÇO5

Cl!

OH

Como o RNA passa frequentemente por esse tipo de autólise, é considerado


"instável" e inadequado para o armazenamento de informações genéticas. O
DNA é muito mais estável que o RNA, já que não contém o 2'-OH. Portanto,
o DNA é mais confiável e adequado para esse propósito. Por outro lado, outra
função de grande importância é atribuída ao RNA.

Falaremos sobre ela a seguir!

BIOLOGIA MOLECULAR E A BIOQUÍMICA 005 ÁCIDOS NucLeicos Z17


2. Ácido nucleico e genes

O DNA é A LINGUAGEM 205 GENe5

AS PESSOAS COSTUMAM
DIZER QUE se PARECEM
COM SEUS PAIS POR
CAUSA DOS GE/&5.

05 GENES SÃO A O DNA é FORMADO PELO


"RECEITA" QUE GUIA A ALINHAMENTO DE BASES, CERTO?
CRIAÇÃO DO RNA E DAS POIS SEM, NA PRÁTICA, esse
PROTEÍNAS. ELES ESTÃO ARRANJO é DE GRANDE IMPORTÂNCIA.
ARMAZENADOS NO DNA.

ELE é IMPORTANTE PORQUE ESSA


SEQUÊNCIA é A ROCE/TA PARA AO
PROTENA5/

Z18 CAPÍTULO 5
/\/\ /N N/ •-•,
T T GYG G C T

EM OUTRAS PALAVRAS,
UM GENE é APENAS UM
ARRANJO PE BASES em
CERTA SEÇÃO P0 DNA. e9e ARRANJO é
CHAMADO 5E611/âNCIA
17F f3A55*:

PARA Nó5,
HUMANOS... GENE

DNA wintoLommitinumnummommionummimo",101)6eNe
GENE

APENAS CERCA DE 1,5% DO 5ó 1,5%?!


DNA DE UMA CÉLULA ATUA COMO 1550 é
RECEITA PARA A5 PROTErNA5**. ABSURDO!

OS q8,5% RESTANTES CONTÊM ELEMENTOS ASSIM, AINDA HÁ


QUE REGULAM O FUNCIONAMENTO DOS GENES, MISTÉRIOS A SEREM
ASSIM COMO UMA PEQUENA SEÇÃO FORMADA SOLUCIONADOS,
POR AITIZON5***. Né?!

ASSIM TAMBÉM, HÁ MUITAS SEÇÕES PO


DNA QUE ACREDITAMOS TEREM SIDO
TRANSFERIDAS POR ALGUM MOTIVO
DURANTE O PROCESSO PE NOSSA
EVOLUÇÃO.

AINDA HOJE, HÁ MUITAS


SEQUÊNCIAS PO DNA QUE NÃO
COMPREENDEMOS.
* NESTE LIVRO, DIREMOS EM GERAL QUE 05 GENES ESTÃO "GRAVADOS" (COMO UMA SEQUÊNCIA DE BASES) NO DNA.
** NA ~Ave, A PARTE ÉXON DOS seNes É CONSIDERADA 1,5% DO TODO (VEJA A PÁGINA 227).
*** ESTUDAREMOS íNTRONS E ÉXONS NA PÁGINA 227.
O RNA Tem VÁRIAS FuNções
ENTÃO, O DNA ATUA
COMO RECEITA PARA A5
PROTEÍNAS E PODE SER
CITOPLASMA ENCONTRADO NO NÚCLEO
DE UMA CÉLULA.
NÚCLEO
NA VERDADE, ELE pope
FICAR ARMAZENADO LÁ
E NUNCA ESCAPAR PARA
O CITOPLASMA*.

OS CLOROPLASTOS CEM CÉLULAS


FOTO55INTETIZANT55) E AS MITOCÔNPRIAS QUE
FLUTUAM NO CITOPLASMA CONTÊM SeU PRÓPRIO
DNA CARACTeRíSTICO.

MESMO QUE, QUANDO VISTOS DE LONGE,


OS RIBOSSOMOS SE PAREÇAM COM
GRÃOS DE SAL, SE NOS APROXIMARMOS,
KUMI, VOCÊ 5e LEMBRA VEREMOS Que SE ASSEMELHAM MAIS A
705 RIE50550M05, Que PEQUENOS BONECOS DE
CRIAM PROTEÍNAS? NEVE DE PONTA-CABEÇA.

(VEJA A PÁGINA
27.)
TESTE
51/1ZPIZe5A1
ELES Apegam AO RETÍCULO
eNPOPLA5MÁTICO OU
FLUTUAM NO CITOPLASMA.

Isso me5moi RIBOSSOMOS, NÚCLEO


QUE SINTETIZAM PROTEÍNAS, CITOPLASMA OH NÃO/
ESTÃO NO CITOPLASMA...
Temos QUE
MAS O DNA NÃO DESCOBRIR
PODE DEIXAR O UMA FORMA DE
NÚCLEO... REUNI-LOS!

tAlifild
DNA

CÉLULA

RIBOSSOMOS 1
7/)
4

220 CAPÍTULO 5
ACHO alie O DNA
NÃO PODE ENVIAR OH, Que TRISTEZA!
A5 RECEITAS PARA O RIBOSSOMO NUNCA
O RIBOSSOMO POR SABERÁ DE MEU
MEIO DE CARTAS... CARINHO...

HUM...
GOMO FAREMOS
PARA RETIRAR
A5 RECEITAS DO
NÚCLEO?

O RNA 1.-Ê E TRANSCREVE AS RECEITAS


GRAVADAS NO DNA R TRANSPORTA ESSA
INFORMAÇÃO PARA OS RIBOSSOMOS, LOCAL
DE CRIAÇÃO DAS PROTEÍNAS!

TRANSCRIÇÃO
DNA

RePLICAÇÃO
TRADUÇÃO

PROTEÍNA

DEMAAAAIS!
ESSA é UMA FUNÇÃO
MUITO IMPORTANTE!

NA VERDADE, TEMOS
VÁRIOS TIPOS
DIFERENTES DE RNA.

AQUELES QUE ATUAM NA


SÍNTESE DE PROTEÍNAS
SÃO O mRNA, RRNA, e O
TRNA.
mRNA

A enzima RNA polimerase permite utilizar genes gravados no DNA — ou seja, a


sequência de suas bases — para serem usados como modelos para síntese de
RNA com sequências de bases complementares.
Esse processo é chamado de transcrição (ou síntese de RNA) e o RNA
sintetizado é chamado de RNA mensageiro (ou mRNA).
Por exemplo, observe o gene que temos na figura a seguir:

CADEIA
CODIFICANT5

01100111-- MI
DIREÇÃO DA ENTESE DO RNA

nARNA
5,
CADEIA MOLDE OU
NÃO COPIFICANTE
GENE

O DNA é uma estrutura de dupla-hélice e, para cada gene, apenas uma fita do
DNA é significativa (ou seja, tem sua sequência de bases como receita). Essa é a
cadeia codificante para esse gene. A outra fita, complementar à cadeia codifi-
cante, é chamada cadeia molde ou não codificante.

Isso faz... sentido.

Como o mRNA é sintetizado utilizando-se a cadeia não codificante como


modelo, a sequência de bases do RNA produzido é a mesma da cadeia
codificante. Entretanto, onde temos a base T (timina) na cadeia codificante,
teremos uma U (uracila) no mRNA.

ZZZ CAPÍTULO 5
O mRNA sintetizado é chamado de mRNA precursor. Ele passa por uma série de
reações químicas e outros processos* até que se torne mRNA maduro e possa
ser transportado do núcleo para o citoplasma e depois para o ribossomo.

A CADEIA DO DNA AE O MRNA é TRANSPORTADO 170


é SEPARADA INFORMAÇÕES NÚCLEO PARA O CITOPLASMA
GENÉTICAS EAO PASSANDO POR UM PORO
COPIADAS PARA
NUCLEAR. LOGO, SERÁ
O MRNA
ENTREGUE A UM RIBOSSOMO!

Dá para perceber porque nós o chamamos de "mensageiro": ele transporta


informações essenciais para fora dos limites do núcleo.

* Este processo inclui o splicing, que remove seções de íntrons (página 227), e a adição de um
"cap" na extremidade 5' e de uma cauda poli-A.

01, RRNA e TRNA

Um ribossomo é como uma grande máquina fabricadora de proteínas, formada


por vários tipos de RNA chamados RNA ribossamicos (rRNA) e diversos tipos de
proteínas ribossOrnicas.

Ainda assim, eles não são grandes como mitocândrias ou cloroplastos.

R bossomos podem até não aparentar, mas são impressionantes!

ele 00 0 0
0 00
Oo
PROTEÍNAS
RRNA RIEOSSOMO!
RIBOSSÔMICAS

BiowelA MOLECULAR E A BIOQUÍMICA DOE ÁCIDOS NucLeicos 2Z3


Outro tipo de RNA, que transporta aminoácidos, é chamado RNA transportador
(tRNA). O tRNA combina as sequências de bases do mRNA entregue, aos
aminoácidos, necessários para construir as proteínas codificadas.

Está óbvio a origem do nome desse RNA: ele transporta aminoácidos.

A sequência de bases do mRNA é um código para a sequência de aminoácidos.


Mais especificamente, uma sequência de três bases nesse RNA forma o código
para um aminoácido. Essa sequência nós chamamos de códon.

CÓPON CÓPON " CÓPON

AUGA C AUGU
-r -Ur "T- -r

Existem moléculas de tRNA exclusivas para cada códon. Em outras palavras,


apenas um tRNA com a sequência correta de bases — chamada de anticódon —
complementares ao códon do mRNA, poderá aderir ao sítio do ribossomo*.
O papel do rRNA é conectar os aminoácidos transportados pelo tRNA,
formando longas cadeias. Os aminoácidos serão conectados de acordo com
a sequência de bases do mRNA (ou seja, a sequência de códons) para criar
proteínas que acompanhem a sequência de bases (os genes, ou a "receita") do
DNA original.

TRNA

R1130550M0 CRRNA)

Assim, em outras palavras, podemos dizer que a informação genética é


transmitida desta forma: DNA RNA proteína.

* O tipo de aminoácido transportado também é determinado pelo anticódon.

224 CAPÍTULO 5
Veja a aparência de um único rRNA:

te,
Os"
WINF
leallibbilpilit1111 7 °1
IP :
004
eludiam 4101É
1ff

40 e 49

abiteputille
g ie
N
a. .
# e

4
419tifigutunpl..1t likuitlim 4.., 4 lilk
e "6"ai
= ide utidomilkii4
.:-.- +& a
.=
rr, fio`` . ii, 4,
A) . ,
4. - = --4.
ã Eib
ã

Há? Parece um labirinto.

Se você analisar essa figura cuidadosamente, verá que se trata de apenas uma
única fita de RNA dobrada de modo muito complexo. As extremidades
estão marcadas como 3' e 5'.

Nossa! É verdade!

Quando a fita do RNA se dobra, suas bases formam pares. Na imagem anterior,
esses pares estão representados pelas linhas transversais, ou "degraus",
dessa estrutura. O pareamento das bases dentro de uma fita única é uma
característica do RNA que não existe no DNA: o RNA pode se dobrar de
várias formas de acordo com diferenças nas estruturas das bases.

Uau, que demais! Eles parecem desenhos de verdade.

BIOLOGIA MOLECULAR e A BIOQUíMICA POS ÁCIDOS NUCLEICOS 225


RIESOZIMA5

Resumindo: o RNA se quebra rapidamente, mas pode fazer coisas que o


DNA não é capaz. O RNA existe tanto no núcleo quanto no citoplasma e pode
assumir várias formas dependendo da sequência das bases.

O RNA é uma molécula bem flexível, não é mesmo?

Certamente. Muitos pesquisadores acreditam que o RNA deve ter outras


funções, além de copiar genes e interagir com ribossomos.
As ribozimas, descobertas independentemente no início da década de
1980 pelo microbiólogo norte-americano Thomas Cech e pelo biólogo molecu-
lar canadense Sidney Altman, precederam outras descobertas na pesquisa do
RNA. Antes, você aprendeu que uma das funções mais importantes das prote-
ínas é seu trabalho como enzimas (consulte a página 153), mas Cech e Altman
descobriram que o RNA também pode trabalhar como uma enzima.

Nossa!

Depois, eles combinaram as palavras "RNA (ácido ribonucleico)" e "enzima" para


criar o termo ribozima.

226 CAPÍTULO 5
Muitas ribozimas já descobertas ou criadas artificialmente estão
envolvidas na construção e clivagem do DNA ou RNA.
Cech descobriu que uma parte do próprio RNA é capaz de catalisar a
reação química que remove seções sem significado no processo de síntese
de proteínas (íntrons) e junta seções significativas (éxons). Chamamos esse
processo, consideravelmente raro, de autosplicing*.
Geralmente, o splicing envolve uma enzima conhecida como spliceossomo,
complexo formado por RNA e proteínas.

O splicing envolve vários grupos hidroxila (-OH) do RNA, como o 2'-OH e o 3'-
OH.

ÍNTRON

2 3'0H
HO g
F-0
H 3'-OH 5,Agteem :===
ATAQUE!
ATAQUEI

NON
O 5PLICINe EUCARIc5TICO DO resRNA
REMOVE AS 5E0E5 REFERENTES A05
íNTRON5 C—r 1—)

Ei, ele formou um laço!

A descoberta das ribozimas fez que o RNA passasse a ser visto como uma
molécula multifacetada capaz de realizar diversas tarefas, trazendo grandes
avanços à pesquisa do RNA.
No início do século XXI, essas pesquisas mostraram que o RNA tem
vários outros papéis e que muitos outros tipos de RNA existem nas células. A
pesquisa com RNAs está avançando a todo vapor, e muitas novas descobertas
devem acontecer no futuro.

* Os genes de eucariontes (como os seres humanos) estão divididos em vários éxons por
sequências de bases não codificadoras, chamadas íntrons. Os íntrons devem ser removidos
do mRNA antes da tradução, em uma reação conhecida como splicing.

BIOLO&A MOLECULAR E A BIOQUÍMICA 205 ÁCIDOS NUCLEICOS 227


3. Bioquímica e biologia molecular
••••••••••••••••••••••••••••111

O TRABALHO SUJO DE UM BIOQUÍMICO

Hoje — especialmente nas grandes cidades — há cada vez menos oportunidades de explo-
rarmos a natureza e sujarmos as mãos em trabalhos de pesquisa. Em um mundo no qual
uma gravata suja de mostarda é a maior das tragédias, muitas pessoas não conseguem
sequer imaginar pesquisas em ambientes naturais e escavações para descobrir as maravi-
lhas (geralmente bem sujas!) do mundo natural.
Mas os seres humanos, evidentemente, são produtos da natureza. Muito antes dos
milagrosos removedores instantâneos de manchas e dos produtos de limpeza perfumados,
vivíamos como os outros animais, livres e cercados apenas pela natureza.
Ainda que a bioquímica seja uma disciplina que tenta visualizar o incrível fenômeno da
vida pelas lentes da ciência, as matérias-primas dessa pesquisa são os próprios organismos
vivos — uma vez mais, produtos da natureza.
Certa vez, durante meus estudos de pós-graduação, viajei até as montanhas para cole-
tar plantas que continham as proteínas que pesquisava.
Junto de um estudante mais jovem, fomos até algumas montanhas próximas e segui-
mos uma estrada havia muito tomada por várias plantas. Quando chegamos a um ponto a
partir do qual nosso veículo não poderia mais continuar, seguimos a pé em busca da planta
Phytolacca americana (fitolaca ou tintureira).
Levamos a fitolaca de volta ao laboratório, lavamos e removemos a terra, e, utilizando
facas e tesouras, abrimos a planta para extrair as proteínas que buscávamos.
Da mesma forma, eu também visitava um frigorífico local para obter um órgão cha-
mado timo de vacas abatidas recentemente (o timo é geralmente descartado, por isso eles
não se importavam em me oferecer o órgão de graça.) Depois, utilizava minha tesoura para
abrir esse órgão e guardava seus pequenos pedaços no refrigerador do laboratório como
amostras experimentais. Tinha de fazê-lo para que pudesse extrair a proteína que pesqui-
sava (a DNA polimerase).
Da mesma forma, a bioquímica tem suas origens em uma metodologia de extração de
substâncias químicas a partir de materiais orgânicos (por métodos de isolamento, purifica-
ção etc.) e da verificação de suas propriedades químicas.
Por outro lado, a biologia molecular é uma disciplina que tenta elucidar os fenômenos
da vida trabalhando com biopolímeros, como DNA e proteínas.
Para simplificar, se a biologia molecular lidasse apenas com DNA e RNA, ou preparasse
um ambiente para criação de proteínas artificiais (utilizando E. coli, por exemplo), não seria
necessário utilizar materiais orgânicos como o timo de uma vaca ou plantas vivas.
De certo modo, os dados obtidos nesses ambientes artificiais de laboratórios são
"digitais." A biologia molecular é praticada utilizando-se equipamentos de alta tecnologia e
técnicas muito avançadas, o que faz com que os biólogos moleculares raramente tenham de
se sujar de lama ou com o sangue de animais...
Como resultado, alguns bioquímicos se referem às suas pesquisas como o "trabalho
sujo" da ciência. Em minha opinião, quando o fazem, estão sendo um pouco autodeprecia-
tivos.

Z28 CAPÍTULO 5
Ainda assim, é inegável que os conhecimentos obtidos a partir desse tipo de pesquisa
tenham servido de base para a própria biologia molecular. Ainda que muitos jovens biólogos
moleculares nunca tenham utilizado materiais orgânicos de carne e osso (fora amostras de
E. coli, culturas de células ou cobaias), a bioquímica e a biologia molecular há muito cami-
nham juntas, e esse fato nunca deve ser esquecido.

oty,O INÍCIO DA BIOQUÍMICA E DA BIOLOGIA MOLECULAR


Em 1897, o bioquímico alemão Eduard Buchner realizou a revolucionária descoberta de que
reações de fermentação poderiam ocorrer em um extrato criado a partir de células de leve-
duras, o qual continha proteínas de leveduras, mas nenhuma célula viva.
Antes disso, acreditava-se que as reações da fermentação, fenômeno tão característico
de organismos vivos, não poderiam ocorrer na ausência de células vivas. Entretanto, essa
ideia foi totalmente destruída pela descoberta de Buchner.
Em razão disso, a teoria do vitalismo, segundo a qual o fenômeno da vida ocorre graças
a uma força característica dos organismos vivos (seja ela proveniente de um espírito ou de
uma energia vital), praticamente desapareceu, e foram estabelecidos os fundamentos para
a pesquisa, em tubos de ensaio, das reações químicas que ocorrem nos seres vivos. Em
outras palavras, nascia a bioquímica.
Como Buchner descobriu que um organismo vivo não é necessário para que ocorram
reações químicas, não seria exagero dizer que essa descoberta abriu caminho para o desen-
volvimento da biologia molecular.
À medida que um melhor entendimento da química da vida era desenvolvido, tornou-se
evidente que certos mecanismos, comuns a todos os seres vivos, formavam os elementos
fundamentais da vida. Alguns desses mecanismos são, por exemplo, o fato de que o DNA
é utilizado como linguagem genética por todas as criaturas, a consistência da teoria básica
(dogma central) que fundamenta a leitura dos genes responsáveis pela criação das proteínas e
o fato de que as mesmas proteínas geralmente realizam as mesmas funções.
Como esses mecanismos são universais em todos os organismos vivos, era importante
desenvolver metodologias que nos permitissem estudar o DNA, que serve como "receita"
para proteínas, e elucidar a função das substâncias.

DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS DE DNA RECOMBINANTE

Em 1972, o biólogo molecular norte-americano Paul Berg realizou o primeiro experimento


bem-sucedido no mundo com DNA recombinante, manipulando DNA artificialmente em um
tubo de ensaio para criar uma sequência de DNA que não existia no mundo natural.
Um método para decodificação fácil da sequência de bases do DNA foi desenvolvido
pelo bioquímico inglês Frederick Sanger em 1977, e um método para a cópia (ou amplifica-
ção) do DNA foi desenvolvido pelo biólogo molecular norte-americano Kary Mullis em 1985.
Depois dessas descobertas, técnicas experimentais com DNA recombinante avançaram rapi-
damente.

BIOLOGIA MOLECULAR E A BIOQUÍMICA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS ZZq


Técnicas de recombinação de DNA se desenvolveram depois que restou claramente
demonstrado que o DNA é a linguagem genética (ou, em outras palavras, que as informa-
ções que chamamos de genes estão gravadas na forma de sequências de bases no DNA).
Biólogos moleculares imaginavam que se conhecessem as sequências de bases do DNA e
fossem capazes de criar um ambiente no qual as proteínas pudessem ser criadas a partir
dessas sequências, poderiam elucidar o fenômeno da vida, considerado a totalidade das
reações químicas envolvendo proteínas.
Por exemplo, se genes de uma fonte externa fossem introduzidos em um organismo
simples e fácil de ser manipulado, para o qual esses mecanismos fossem conhecidos (como
a bactéria E. cola, para criar proteínas dentro deste organismo, uma grande quantidade de
proteínas poderia ser obtida imediatamente, sem que tivéssemos sequer de sujar as mãos.
Em termos gerais, essa ideia pode ser traduzida na seguinte expressão: explique as
sequências de bases do DNA e você explicará a vida!
A biologia molecular foi desenvolvida com esse objetivo, e a metodologia utilizada para
atingir essa meta teve por base técnicas de DNA recombinante.

RETORNANDO À BIOQUÍMICA

Depois que o Projeto do Genoma Humano (uma pesquisa cooperativa internacional com o
objetivo de sequenciar a informação genética dos seres humanos) foi concluído em 2003,
cientistas voltaram suas atenções do DNA para as proteínas e o RNA.
Chegamos à era pós-genoma, pás-sequenciamento.
Não importa quanta atenção seja dada ao DNA ou quanto as técnicas de trabalho com
ele se desenvolvam, não importa nem mesmo o que todos digam, quando o fenômeno da
vida for visto como uma coleção de "reações químicas", a única coisa que funcionará serão
as proteínas e o RNA.
Isso porque, mesmo que todas as sequências de bases do DNA humano sejam conhe-
cidas (ou seja, o genoma inteiro), este dado não tem sentido a não ser que os papéis das
proteínas e do RNA feitos a partir do DNA sejam conhecidos.
Atualmente, se a sequência de aminoácidos de muitas proteínas fosse conhecida e se
entendêssemos as funções que elas desempenham, poderíamos prever, até certo grau, o
funcionamento de proteínas desconhecidas com base nas informações desses aminoácidos.
Ainda assim, o papel de proteínas desconhecidas deve ser verificado por meio de técni-
cas bioquímicas. Não importa quantas técnicas de biologia molecular (como a recombinação
do DNA) sejam utilizadas na pesquisa da atividade de proteínas para explicar suas funções,
permanece a dúvida de se essas proteínas realmente realizariam essas funções dentro de
células naturais. De certo modo, é como se disséssemos que não podemos ter uma visão
geral das coisas a partir de uma perspectiva muito limitada. Enquanto o objeto de pesquisa
for uma substância biológica, a bioquímica continuará sendo uma disciplina acadêmica
absolutamente necessária e importante.

230 CAPÍTULO 5
Oh A ORIGEM PA CÉLULA
Você certamente já deve ter ouvido a expressão "a origem da vida." Não pretendemos tratar
de um tópico tão intimidador. Em vez disso, estamos mais preocupados com os primeiros
organismos vivos, ou, em outras palavras, queremos estudar "a origem das células."
Pois, então, como as células tiveram sua origem na Terra?
A essa altura, você já deve saber que uma célula é o local de muitas reações químicas
vitais em organismos vivos e que, além disso, células também podem se dividir e multiplicar.
Esses são os dois traços principais que definem a vida.
Reações químicas que transformam uma substância em outra, realizadas no interior
das células, e as cadeias formadas por muitas reações desse tipo, ocorridas em várias célu-
las, são coletivamente chamadas de metabolismo.
Células devem constantemente realizar o metabolismo para que possam produzir a
energia necessária para sustentar sua organização e reprodução.
Além do metabolismo, a reprodução, também chamada de autorreplicação, é uma
característica importantíssima de seres vivos. Organismos unicelulares muitas vezes são
capazes simplesmente de replicar seu conteúdo celular e de se dividir em dois: processo
chamado de fissão binária ou bipartição. Para organismos multicelulares, a reprodução é
mais complexa e envolve células reprodutivas especializadas, que iniciam o desenvolvimento
dos organismos futuros.
(Ainda que a forma pela qual as células se replicam possa certamente ser chamada de
autorreplicação, essa expressão é um pouco incômoda. De agora em diante, chamaremos
esse fenômeno apenas de "replicação".)
Sabemos que células realizam tanto o metabolismo quanto a replicação, e ambos são
extremamente importantes se considerarmos a origem da vida. Mas qual veio primeiro, o
metabolismmo ou a replicação?
Essa é uma das questões mais difíceis que pesquisadores dessa área têm de enfrentar.
Quando essa pequena "bolsa membranosa" (a célula) teve sua origem, o que ocorria den-
tro dela? Alguns estudiosos acreditam que ela já vinha realizando o metabolismo, depois
que muitas moléculas distintas haviam se juntado nela. Certo tempo depois, a "bolsa" teria
absorvido moléculas capazes de provocar a replicação, fazendo que toda a sua estrutura
fosse capaz de se dividir e multiplicar. Essa é conhecida como a teoria do metabolismo pri-
meiro.
Outros estudiosos acreditam que essa "bolsa" teve contato primeiro com moléculas
replicantes e que já vinha se dividindo. Posteriormente, ela teria se tornado capaz de realizar
o metabolismo e, eventualmente, obtido um método mais avançado de replicação, fazendo
que evoluísse e se tornasse uma célula. Essa linha de pensamento é conhecida como a teo-
ria da replicação primeiro.
Muitos outros estudiosos acreditam que se preocupar com o que veio primeiro é des-
necessário e que o metabolismo e a replicação evoluíram cooperativamente.
De qualquer forma, o processo bioquímico do metabolismo é um fenômeno em larga
escala.

BIOLOGIA MOLECULAR e A BIOQUÍMICA DOE ÁCIDOS mucLeicoe 231


4. Realização de experimentos bioquímicos
***** * .•••** 11, 40 4:94110•0•111*******•••••• ************** • ******************** 4*

Mencionamos na página 230 que as funções das proteínas podem ser verificadas utilizando
técnicas bioquímicas, mas que tipos de experimentos são realizados por bioquímicos?
Há vários métodos experimentais, dependendo do campo de pesquisa, e não é nossa
intenção apresentar todos aqui. Em vez disso, apresentarei alguns métodos que já utilizei
em minhas pesquisas.

CROMATO&RAFIA EM COLUNA
A cromatografia em coluna é um método experimental para separação de substâncias que
têm a mesma propriedade de uma mistura de substâncias. Por exemplo, a partir do extrato
da fitolaca ou do líquido obtido depois que trituramos o timo de uma vaca, podemos coletar
proteínas que apresentam determinadas propriedades. Resinas especiais são colocadas em
um tubo longo e estreito, feito de vidro ou de outro material. Algumas substâncias aderem a
essas resinas e ficam presas, permitindo a coleta apenas das substâncias que não aderem.
Diversos tipos de cromatografia, como a cromatografia de troca iônica, a cromatografia
por filtração em gel e a cromatografia de afinidade, podem ser utilizados, dependendo do
tipo de resina ou proteína que estamos estudando. Como exemplo, veremos um método
para purificação da enzima DNA polimerase a a partir do timo de um bezerro.
Como você pode ver a seguir, as células são amassadas pela trituração do timo, e
uma solução de alta concentração de sal (cloreto de sódio) é utilizada para extrair proteínas
e outras moléculas. Esse extrato (o líquido no frasco) passa por um grande tubo de vidro
(chamado de coluna) no qual colocamos a resina de troca iônica. As proteínas são divididas
entre aquelas que ficam presas pela coluna e por aqueles que passam através da resina de
troca iônica.

"FRACIONA" AS PROTEÍNAS DE
ACORDO COM A CROMATOGRAFIA
DE TROCA lôNICA
1) COMPOSTOS QUE PASSAM PELA
COLUNA
2) COMPOSTOS QUE SÃO ABSORVIDOS
TIMO PELA RESINA DA COLUNA
LIQUEFEITO
COMPOSTOS QUE FLUEM COM UMA
BAIXA CONCENTRAÇÃO DE SAL
APROXIMADAMENTE COMPOSTOS QUE FLUEM COM UMA—.).A DNA POLIMERASE
1,5 M COLUNA ~IA CONCENTRAÇÃO pie SAL a ESTÁ AQUI!
COMPOSTOS QUE FLUEM COM UMA
ALTA CONCENTRAÇÃO DE SAL AMOSTRA 1

Z3Z CAPÍTULO 5
As substâncias que passam pela resina de troca iônica são coletadas em tubos de
ensaio. Já as substância absorvidas são separadas da resina e posteriormente coletadas
nos tubos de ensaio pela adição de um líquido com maior concentração de sal. A DNA
polimerase a adere à coluna e pode ser recuperada adicionando-se um liquido com con-
centração de sal de 0.5 M (mols por litro) (essa é a "amostra 1").
A figura a seguir mostra o método de purificação da DNA polimerase a a partir dessa
"amostra 1":

"PURIFICA" A DNA POLIMERA5E a DA AMOSTRA 1


DE ACORDO COM A CROMATOORAFIA DE AFINIDADE

1) COMPOSTOS QUE PASSAM PELA


COLUNA
Z) COMPOSTOS Que SÃO ABSORVIDOS
PELA RESINA DA COLUNA
AMOSTRA 1 COMPO9T05 QUE FLUEM COM O
COLUNA CLORETO DE 5•51210 CNAG.)
COMPOSTOS QUE FLUEM com O A DNA POLIMERA5E
APROXIMADAMENTE
ZO CM CLORETO PE MAeNé510 CM0C.t.,) a ESTÁ AQUI!

Essa técnica, chamada de cromatografia de afinidade, utiliza um pequeno tubo de vidro


e uma resina combinada a um anticorpo (tipo de proteína criada pelo sistema imunológico)
que pode se ligar apenas à DNA polimerase a. Quando a amostra 1 passa diretamente por
essa resina, é dividida em duas partes — uma, absorvida, e outra que passa sem ser absor-
vida. A DNA polimerase a, que é absorvida, pode ser recuperada passando-se uma solução
altamente concentrada de cloreto de magnésio (3.2M) pela resina. Como a parte recuperada
é formada em praticamente 100% de DNA polimerase a, podemos dizer que foi "purificada."
Dessa forma, a DNA polimerase a pode ser eficientemente purificada usando-se uma
combinação de cromatografia de troca iônica e cromatografia de afinidade.

eLerzoFogese e UM WeSTeRN BLOT


Veremos agora um método experimental que nos permite isolar uma proteína específica,
reconhecendo que tipo de proteína está na amostra ou verificando o tamanho da proteína
pretendida. A eletroforese é um método no qual uma amostra é colocada sobre uma pequena
camada gelatinosa (gel) e submetida a uma corrente elétrica que fará com que a amos-
tra atravesse o gel. A eletroforese em gel de poliacrilamida-SDS (lado esquerdo da figura a
seguir), a qual separa proteínas de acordo com o tamanho de suas moléculas, é comumente
usada. Depois de as proteínas terem sido separadas, podem ser detectadas pela reação com
um reagente especial, como uma tinta ou um marcador fluorescente.
Um western blot (lado direito da figura) é um método de transferência de proteínas que
estão no gel para uma membrana fina, retendo as posições iniciais mesmo depois de sepa-
radas, seguido pela detecção de uma proteína específica na membrana pela adição de um
"anticorpo" capaz de reagir apenas com essa substância. O blotting de lectina, que descreve-
remos a seguir, é uma das aplicações da técnica de western blot.

BIOLOGIA MOLECULAR e A BIOQUÍMICA DOS ÁCIDOS NucLeicoe Z33


PREPARE O Gel. PARA QUE APRESENTE MEMBRANA ANA, MEMBRANA DE
UMA CARGA NEGATIVA CO). NrrgoceLuLose OU MEMBRANA
armee O REAGENTE CHAMADO 5125) PVDF
PRENDA O
ADICIONE A AMOSTRA GEL A UMA
De PROTEÍNA MEMBRANA COMO
DESCREVEMOS
ANTES e APLIQUE
ELETRICIDADE PARA
TRANSFERIR AS
PROTEÍNAS DO eel.
PARA A MEMBRANA
GEL DE POLIACRILAMIDA (ESPESSURA: (PROCe550 QUE
APROXIMADAMENTE 1 MM; ALTURA: DE CHAMAMOS De
ALGUNS CM A VÁRIOS CM) BLOTTING)

PASSE UMA CORRENTE

AS PROTEÍNAS SÃO
SEPARADAS DE ACORD
COM SEU TAMANHO
PROTEÍNAS MENORES
DESCEM MAIS

REALIZE EXPERIMENTOS NESSA


O
MEMBRANA UTILIZANDO VÁRIOS
ESSAS MARCAS QUE APARECEM QUANDO MÉTODOS (COMO O BLOTTING
AS PROTEÍNAS SÃO DETECTADAS 5-A-0 DE LECTINA, POR EXEMPLO)
CHAMADAS DE BANDAS De PROTEÍNAS

ELETROFORESE EM GEL
PE POLIAGRILAMIPA-5175 wesTegN BLOT

BLOTTINO DE LeCTINA
Lectinas são proteínas que podem se ligar a certas cadeias de açúcares. Corno a forma
dessas ligações depende do tipo da cadeia de açúcar, lectinas podem ser utilizadas para
identificar o tipo de cadeia de açúcar que está ligada a uma proteína. Um método seme-
lhante ao western blot pode ser utilizado depois que as proteínas tiverem sido transferidas
para uma membrana. Várias lectinas serão misturadas às proteínas, e apenas as que rea-
girem serão detectadas. Isso nos permite identificar os tipos de cadeias de açúcares que
existem nas proteínas transferidas para a membrana. Chamamos esse processo de blotting
de lectina.
A figura a seguir mostra um experimento em que uma lectina chamada aglutinina de
germe de trigo (wheat germ aglutinin, ou WGA) identifica uma cadeia de açúcar à qual o
sacarídeo chamado N-acetilglicosamina (GIcNAc) está ligado.
Nesse blotting de lectina, realizado para a fração de proteína do oócito de uma estrela
do mar, podemos notar duas bandas proteicas brilhando em destaque. A WGA foi a lectina
que utilizamos.

234 CAPÍTULO 5
MEMBRANA
BANDAS DE
PROTEÍNAS
TRANSFERIDAS

QUANDO VISTO
LATERALMENTE...

CADEIAS DE
AÇÚCARES QUE
ESTÃO PRESAS

LECTINA

QUANDO UTILIZAMOS A
PROPRIEDADE DE UMA LECTINA
Que REAGE COM A GLCNAc... O TODAS AS PROTEÍNAS SÃO MARCADAS
COM CBB (AZUL BRILHANTE DE
MEMBRANA COOMASSIE).
O APENAS PROTEÍNAS QUE TêM CADEIAS DE
AÇÚCARES COM GLCNAC 5Ã0 MARCADAS
POR CAUSA DA WGA (INDICADAS PELAS
SETAS).
O ESSAS PROTEÍNAS SÃO MARCADAS
O REAGENTE QUE se LIGOU À LECTINA COM CONCANAVALINA A, OUTRO TIPO DE
BRILHA. APENAS PROTEÍNAS QUE TêM LECTINA.
CADEIAS DE AÇÚCARES COM GLCNAc
5E140 DETECTADAS (FOTOS FORNECIDAS POR: MIT5LJTAKA
OGAWA, NAOAHAMA IN5TITUTE Bio-scieNce
AND TECHNOLOGY)
CENTRIFUGAÇÃO
Assim como a cromatografia em coluna, a centrifugação é outro método experimental uti-
lizado para separar organelas, proteínas e outras moléculas biológicas que têm a mesma
densidade de uma mistura de substâncias de densidades diferentes. A solução de amostra
deve ser colocada em um tubo de ensaio, o qual girará ao redor de um eixo centrífugo a
grande velocidade. No caso de moléculas pequenas, como proteínas, também poderemos
utilizar o processo de ultracentrifugação, capaz de girar o tubo de ensaio dezenas de milha-
res de vezes por minuto. O DNA e outros polímeros também podem ser isolados dessa
forma. COLOQUE O MICROTUE30 ELA é CAPAZ DE
NA CENTRÍFUGA... GIRAR A ALTA
VELOCIDADE

MISTURA DE DIVERSAS SUBSTÂNCIA A


SUBSTÂNCIAS
SUBSTANCIA ES

PEQUENO RECIPIENTE
COMO UM MICROTUBO CENTRÍFUGA AMOSTRAS ISOLADAS

BIOLOGIA MOLECULAR E A BIOQUÍMICA DOS ÁCIDOS mucLeicos 235


MEDIÇÃO DA REAÇÃO DE ENZIMAS
Existem vários métodos que podem ser utilizados para medirmos a atividade de uma
enzima, como o emprego de radioisótopos para mensurar a quantidade produzida de um
produto de reação ou alterações de coloração capazes de medir o produto da reação for-
mado quando uma enzima atua sobre um substrato.
Explicarei um método em que utilizamos radioisótopos para medir a atividade enzi-
mática da DNA polimerase e um método em que nos valemos de uma reação de cor para
medir a atividade enzimática da oc-amilase.

MÉTODO PE 4151710-0 PA ATIVIPAPE PA DNA POLIMfg~

Primeiramente, coloque em um microtubo de ensaio o seguinte: a solução em que medire-


mos a atividade (com pH otimizado e preparada para a DNA polimerase), a DNA polimerase,
o DNA que servirá de modelo, o nucleotídeo que atuará como matéria-prima e o cofator de
cloreto de magnésio. Adicione o nucleotídeo que contém o radioisótopo e deixe que a mis-
tura reaja a 37°C por um intervalo determinado.
Feito isso, os nucleotídeos que contêm os radioisótopos terão sido capturados pelas
novas cadeias de DNA sintetizadas pela DNA polimerase. Os nucleotídeos que não reagiram
serão removidos e as cadeias de DNA sintetizadas, colocadas em um pequeno recipiente
radioisotópico para medição em um dispositivo chamado contador de cintilação líquida,
capaz de medir radioisótopos. Como uma grande atividade enzimática significa que mais
isótopos foram capturados no DNA, valores numéricos mais elevados indicam maior ativi-
dade da enzima.

MICROTUBO
RAD10156TOPO 05 RADIOISÓTOPOS
(3H) SÃO CAPTURADOS NucLecríveo5
NO DNA SINTETIZADO QUE NÃO REAGEM
A AMOSTRA é
5 SÃO REMOVIDOS COLOCADA NO
CONTADOR ve
DNA POLIMERASE CINTILAÇÃO LÍQUIDA

DNA MODELO
NucLeariveo

A DNA POLIMERASE REAGE COM PEQUENO RECIPIENTE


RADIOISOTÓPICO MEDIÇÃO
NUCLEOTiDE05 QUE CONTÊM
RAD10156TOP05

MÉTODO PS MEDIÇÃO PA
ATIVIDADE PA DNA POLIMERASE

236 CAPÍTULO 5
MÉTODO DE MEDIÇÃO PA ATIVIDADE PA a-AM/LASE

Uma solução de a-amilase (como a saliva) é adicionada a uma solução de amido em um tubo
de ensaio. Se adicionarmos imediatamente uma solução de iodo a essa mistura, antes que
o amido seja quebrado, o amido reagirá com o iodo, produzindo uma coloração azul-violeta.
Entretanto, com o passar do tempo, o amido será quebrado pela a-amilase, e a cor sofrerá
constantes alterações (azul-violeta violeta vermelho —> laranja laranja-claro). Even-
tualmente, quando todo o amido tiver sido quebrado, a solução se tornará incolor. A atividade
enzimática da a-amilase pode ser medida utilizando-se um espectrofotômetro para quantifi-
car a cor da mistura e convertê-la em um valor numérico.

REAÇÃO DE COLORAÇÃO

NA PRESENÇA PE AMIDO, TEM05 A


COLORAÇÃO AZUL-VIOLETA, GRAÇAS À REAÇÃO
AMIDO DO AMIDO COM O IODO-10175TO DE POTÁSSIO

À MEDIDA QUE O AMIDO É QUEBRADO


-->"ü""•>- PELA a-AMILASE, A COR DA
ADICIONAMO5 MISTURA PA55A POR CONSTANTES
UMA SOLUÇÃO \/ ALTERAÇÕES, DE AZUL-VIOLETA
DE 1020 A REAÇÃO PARA VIOLETA, VERMELHO, LARANJA
a-AMILA5E
AVANÇA E LARANJA-CLARO, TORNANDO-5?
FINALMENTE INCOLOR

MÉTODO DE MEDIÇÃO DA
ATIVIDADE DA oc-AMILASE

BIOLOGIA MOLECULAR E A BIOQUÍMICA DOS ÁCIDOS Nuct..eico 237


I

- • I
-
r, 2.4 • 4
MUITO BEM, com 1550
CONCLUíM05 NO55A5
AULAS!

VOCÊS 2015
FIZERAM UM ÓTIMO
TRABALHO!

HUM... FALANDO NI550,


PROFESSORA...

AGORA Que ffiN5IN0-410 05 SEGREDOS


TERMINAMOS NO55A PfFINITIVO5 1705 RfG141&5!
ÚLTIMA LIÇÃO...

EPÍLOGO 23q
TOLINHA - ESSES COMO
"SEGREDOS" ESTIVERAM ASSIM?
COM VOCÊ O TEMPO
TOPO!

lá kíli-IllhíJ

AV
ESTE GRÁFICO é A CHAVE!
ESTÁ TUDO AQUI, EM
SEU RELATÓRIO.

:I -''''''*--------
- _
1 ENERGIA
ARMAZENADA
COMO GORDURA

XS

Ç.-----
ALIMENTE-SE
MODERADAMENTE E
FAÇA EXERCÍCIOS COM
FREQUÊNCIA!

MESMO Que EXISTAM


5E VOCÊ GASTAR
MAIS CALORIAS PO INCONTÁVEIS PISTAS
QUE INGERE, PERDERÁ SEMPRE NA MODA,
PESO. TUDO SE RESUME A
1550!
e NÃO se ESQUEÇA DE se
ALIMENTAR COM UMA DIETA
BALANCEADA, é CLARO!

VOCÊ APRENDEU QUE


PROTEÍNAS, SACARÍDEOS E
Lipiveos SÃO IMPORTANTES
PARA SEU CORPO. JÁ DEVE TER
PERCEBIDO QUE FAZER REGIME
PASSANDO FOME NÃO FAZ
NENHUM SENTIDO, CERTO?
• •

CAME3~ANDO
CAMBALEANDO

BEM... ACHO (RUE QUEM ESTOU QUERENDO


ENGANAR? EU 005TO
APRENDI MUITAS DEMAIS DE COMIDA PARA
Lições IMPORTANTES. CUIDAR DAQUILO QUE
COMO! COM CERTEZA VOU ACALME-SE, KUMI!
ENGORDAR!
VOU COMER BOLO
E PIZZA ATÉ FICAR
ENORME!

ACABAREI ME TORNANDO
UM ENORME peixe-Boi
COMEDOR DE SALGADINHOS!

KUMI, DEIXE PE EXAGERAR.


FALTA MUITO PARA QUE
L ..., SE PAREÇA COM UM
VOCÊ
PEIXE-BOI. ... OU TALVEZ UM
URSINHO Que ESTÁ
SE PREPARANDO
VOCÊ E5T,5, MAIS PARA HIBERNAR, BEM
PARA UM LEÃO GORDINHO PARA
MARINHO... AGUENTAR O INVERNO.

5,444/44A

HA HA NA HA
/ QUER SABER... Se
VOCÊ PENSAR UM
POUCO, VERÁ Que 05
ANIMAIS GORDINHOS
SÃO SEMPRE MAIS
BONITINHOS, POR ISSO
NÃO SE PREOCUPE!

501-U4-0

501-U4-0

242 EPil.0e0
5ERÁ QUE VOCÊ NÃO
PERCEBE QUE ELA é
SENSÍVEL DEMAIS PARA
AGUENTAR E-55E TIPO DE
TRATAMENTO?

AH, é?
5E VOCÊ TEM ALGO A
DIZER, é MELHOR QUE
DIGA DE UMA VEZ!
5NIF

EM PRIMEIRO LUGAR,
PARA MIM A KUMI NÃO
ESTÁ NEM UM POUCO
GORDA.

E me~ QUE
05TIVf55E, ELA AINDA
SERIA LINDA!
EPÍLOGO 243
E MAIS LINDA AINDA
ELA é LINDA QUANDO QUANDO ESTÁ
ESTÁ COMENDO VESTINDO Seu MAIô!
DEMAIS... NUM...

GO5T050

ELAé LINDA QUANDO


ESTÁ 5E ESFORÇANDO em
seus ESTUDOS...

ELA é UMA DAS


GAROTAS MAIS LINDAS
QUE JÁ CONHECI!
PODERIA ATé DIZER
QUE...

244 epLoeo
rmuitu
e VOCê ACHA
QUE EU NÃO SEI
TUDO ISSO?

MAS... e AQUELE
COMENTÁRIO ... e O "IJR5INHO
SOBRE O "LEÃO SORDI NHO"...
MARINHO"...
FOI Só UM POUCO
DE PSICOLOGIA
REVERSA!

FUNCIONOU DIREITINHO.
JÁ ESTAVA NA HORA DE
O NEMOTO FALAR O Que
SENTE POR VOCÊ, KUMI!

SIM, POSSO DIZER KUMI, VOCÊ ESTUDOU PE


QUE essA LIÇÃO VERDADE e APRENDEU
FOI UM ENORME ALGUMA5 LIÇõE5 BEM
SUCESSO! IMPORTANTES SOBRE
O seu CORPO, Ni=10 é
MESMO?

COM CERTEZA. CHEGA De


DIETAS DA MODA PARA MIM.

E VOCÊ TAMBÉM
DESCOBRIU OUTRA
INFORMAÇÃO
IMPORTANTE... HeHe.

246 EPÍLOGO
ENTÃO, AGORA QUE TERMINAMOS MAS... MAS... eu AINDA
NOSSAS 1.10E-S, QUE TAL ESTOU TOTALMENTE
FAZERMOS UMA BOQUINHA? QUEBRADO!

AH, TENHO CERTEZA DE QUE UM RAPAZ


INTELIGENTE COMO VOCÊ é CAPAZ PE
PAR UM JEITO NISSO.

VOU ME ARRUMAR!

7
7

EPÍLOGO 247
C
OBRIGADA
POR TUDO!

E AGORA....

VAMO 5 ATACAR
A COMIDA!

\\\
ÍNDICE Remivo
A acil-camitina, 121 B
a-amilase, 13, 144, 162, 163 acil-CoA, 120,121 (3 -ox ida çã o, 119-120
oc-amilase, método de medição açúcar, 60-61, 116, 130 bases pirimídicas, 206
de atividade, 237 açúcar do leite, 63 biologia molecular
A (adenina), 206 açúcar no sangue, 60, 63, 108 e bioquímica, 228-230
ABO, sistema de grupos sanguí- adenina (A), 206 origem das células, 231
neos, 126 adenosina difosfato (ADP), 82 técnicas de DNA recombi-
acetil-CoA, 72, 85, adenosina monofosfato (AMP), nante, 229-230
115-117,120-122 207 biopolímeros, 36-37, 228
ácido desoxirribonucleico (DNA), adenosina trifosfato (ATP), 22-23, bioquímica, definição, 6, 8
17, 202-203, 218-219 82, 106 bioquímicos, 228-229
ácido palmítico, 116 afinidade de enzimas, 181 blotting de lectina, 234-235
ácido pirúvico, 29-30 agentes redutores, 37 bom colesterol, 100, 105
ácido ribonucleico (RNA). Consulte álcool, 20, 153
RNA (ácido ribonucleico) aldoses, 83
ácidos graxos, 45, 95-96 alimentação excessiva. 123 C (carbono). Consulte carbono (C)
ácidos graxos insaturados, 96 amido, 66,132, 136 C (citosina), 206, 208
ácidos graxos essenciais, 95 amido do arroz, 136-137 cadeia codificante, 222
ácidos nucleicos. Consulte tam- amilopectina, estrutura, 137-139 cadeia de açúcares, 126
bém nucleotídeos amilose, estrutura, 137-139 cadeia de hidrocarbonetos, 95
biologia molecular aminoácidos cadeia de transporte de elétrons,
técnicas de DNA estrutura primária. 158 52-55, 67, 74-78
recombinante, 229-230 estrutura quaternária, 161 cadeia lateral, 159
e bioquímica, 228-230 estrutura secundária, 159 cadeia molde ou não codificante,
origem das células, 231 estrutura terciária, 160 222
genes no ciclo do carbono, 45 cadeia polipeptídica, 158
DNA, 218-219 síntese de proteínas e, carboidratos
RNA, 220-227 27-28 monossacarídeos e estrutura
nucleína, 204 visão geral, 154-157 cíclica, 63
realização de experimentos AMP (adenosina monofosfato), plantas, 48
blotting de lectina, 234- 207 sacarídeos e o sufixo -ose, 63
235 anfipaticidade, 93 visão geral, 60-62
centrifugação, 235 angina. 104 carbono (C)
cromatografia em coluna, anticódon, 224 ciclo biogeoquírnico, 43
232-233 arteriosclerose, 103-104 ciclo do carbono, 45-47
eletroforese e western átomos, 53 fixação, 57
blots, 233-234 ATP (adenosina trifosfato), 22-23, informações fundamentais, 36
medição da reação de 82, 106 carbonos insaturados, 96
enzimas, 236-237 autólise, 216 catalisador biológico, 175
visão geral, 232 autorreplicação, 231 catalisadores, 175
visão geral, 199-203 catálise de base, 216
células constante de Michaelis, 180-181 gordura utilizada como ener-
estrutura, 14-17 consumidores, 48 gia, 118-122
interior das células, 18-25 contador de cintilação líquida, ingerida e gasta, 106-110
membrana celular, 16 236 metabolismo, 38
origem, 231 cromatografia de afinidade, 233 energia de ativação, 176
reações químicas das, 26-35 cromatografia em coluna, energia gasta, 106-110
células do endotélio, 113 232-233 energia ingerida. 106-110
células espumosas, 103 curva sigmoide, 196 enzima de lipase lipoproteica, 112
celulose, 132, 142 enzimas
centrifugação, 235 D classificações, 166-167
cetoses, 83 desintoxicação, 21 DNA polimerase, 212-214
ciclo biogeoquímico, 40-44 desoxiadenosina monofosfato, hidrolases, 172-173
ciclo de Krebs (ciclo do ácido 207 informações fundamentais, 37
cítrico), 67, 71-73, 115 desoxicitidina monofosfato, 208 inibidores e enzimas alostéri-
ciclo do ácido cítrico (ciclo TCA), desoxiguanosina monofosfato, cas, 196-199
67, 71-73,115 208 visão geral, 193-195
ciclos desoxirribose, 207 lipase lipoproteica, 112
biogeoquímico, 40-44 desoxitimidina monofosfato, 208 medição da reação
do ácido cítrico, 71-73 desoxiuridina monofosfato, 208 da atividade da a-amilase,
do carbono, 45-47 diacilglicerol, 92 237
citidina monofosfato, 208 diagrama recíproco Lineweaver- da atividade da DNA
citoplasma, 16 Burk, 183-184, 192 polimerase, 236
citosina (C), 206, 208 digestão, 7 visão geral, 236,
citosol, 16, 30 dióxido de carbono proteínas e aminoácidos,
clorofila, 49-55 fixação, 51, 57-59 154-161
cloroplastos na fotossíntese, 32 funções, 151-152
estrutura, 49 no ciclo do carbono, 46 visão geral, 150-151,
fotossíntese e, 32 DNA (ácido desoxirribonucleico), 153-154
visão geral, 17 17. 202-203, 218-219 substratos, 162-165
CoA (coenzima A), 85 DNA polimerase 1, 212 transferases
acetil-CoA, 72, 85, 115-117, DNA polimerase, método de determinação do tipo
120-122 medição da atividade, 236 sanguíneo, 169-171
acil-CoA, 120-121 visão geral, 168
malonil-CoA, 116-117 e uso de gráficos para
succinil-CoA, 72 ecossistemas entendimento
colesterol ciclo biogeoquímico, 40-44 cálculo de Vmáx e Km,
como esteroide, 97 ciclo do carbono, 45-47 182-192
lipoproteínas eletroforese, 233-234 da energia de ativação,
arteriosclerose, 103-104 energia 176
bom e mau colesterol, 105 ATP, 82 equação de Michaelis-
visão geral, 102 criação Menten e a constante
propósito, 98-99 cadeia de transporte de de Michaelis, 180-181
colesterol livre, 101 elétrons, 74-78 reações químicas, 175,
complementaridade ciclo do ácido cítrico, 71- 177
configurações, 211 73 taxa máxima de reação,
complementaridade de base, decomposição da glicose 178
209-211 pela glicólise, 68-70 visão geral, 174
complexo de Golgi, 16, 17 visão geral, 66-67 enzimas alostéricas, 196-199

250 iNvice
enzimas de catabolismo proteico, fotossíntese no ciclo do carbono. 45
164, 165 estrutura do cloroplasto, 49 nos alimentos, 59
equação de Michaelis-Menten, fixação do dióxido de carbono, glicose de cadeia aberta, 61
180-181, 191-192, 196 57-59 glicosiltransferase, 169-171
era pós-genoma, 230 plantas. 48 globina, 161
éster de colesterol, 101 reação de fotofosforilação, gordura
esteroides, 97 50-56 energia ingerida e energia
hormônio esteroide, 98 visão geral, 79-81 gasta, 106-110
esqueleto esteroidal, 97 fotossistema I, 55 sacarídeos
estroma, 57 fotossistema II, 55 alimentação em excesso e
estrutura cíclica, 61, 63, 141 frutas ganho de peso, 123
estrutura em anel da glicose, 61, açúcar, 130 gordura utilizada como
141 quando se tornam mais doces, fonte de energia, 118-
estrutura primária, 158 133-135 122
estrutura quaternária, 161 sacarídeos, 131-132 visão geral, 111-117
estrutura secundária, 159 frutofuranose, 83 visão geral, 106
estrutura terciária, 160 frutopiranose, 83 gordura neutra, 91
eucariontes, 227 frutose, 59, 61, 116 gráficos
éxons, 219, 227 furanose, 83 energia de ativação. 176
experimentos equação de Michaelis-Menten,
blotting de lectina, 234-235 180-181, 191-192
centrifugação, 235 G (guanina), 206, 208 reações químicas, 175, 177
cromatografia em coluna, galactose, 62 recíprocos, 186-190
232-233 ganho de peso, 123 taxa máxima de reação, 178
eletroforese e western blots, genes visão geral, 174
233-234 DNA, 17, 202-203, 218-219 grana, 49
medição da reação enzimática éxons, 219,227 gravidade específica, 101
método de medição da íntrons, 219, 223, 227 grupo carboxila, 95
atividade da a-amilase, RNA. Consulte RNA (ácido grupo fosfopanteteína, 85
237 ribonucleico). grupo hemo, 160
método de medição da visão geral, 19 guanina (G), 206, 208
atividade da DNA glicocálix, ou glicocálice. 125 guanosina monofosfato, 208
polimerase, 236 glicofuranose, 83
visão geral, 236 glicogênio, 132 11
visão geral, 232 glicolipídeos, 94 HDL (lipoproteinas de alta densi-
extração de éter, 204 glicólise dade), 101-105
decomposição da glicose, hemiacetal, 63
F 68-70 hemoglobina, 161
fagócito, 103 na produção de energia, 30 hemorragia cerebral, 104
fatores antinutricionais. 193 na respiração, 67 hidrofílico, 16, 93
fibra dietética, 142 gliconeogênese, 29-30 hidrofóbico, 16, 93
fissão binária, 231 glicose hidrolase, 119, 172-173
fitolaca, 228 composição, 62 hidrólise, 173
força do gradiente de concentra- decomposição por glicólise,
ção, 77 68-70
fosfato. 205 forma cíclica (anel), 61 infarto cerebral, 104
fosfolipídeos, 16, 93, 95 forma em cadeia aberta, 61 infarto do miocárdio. 104
fosforilação, 56 na produção de energia, 30 inibição

ÍNDICE 251
competitiva, 193, lipogênese, 29 complementaridade de bases
não competitiva, 194 lipoproteínas e estrutura do DNA,
inibição competitiva, 193 arteriosclerose, 103-104 209-211
inibição não competitiva, bom (HDL) e mau (LDL) coles- estrutura do RNA, 214-217
194-195 terol, 105 replicação do DNA e a enzima
inibidores visão geral, 100-102 DNA polimerase,
enzimas alostéricas, 196-199 lipoproteínas de alta densidade 212-214
visão geral, 193-195 (HDL), 101-105 visão geral, 205-208
insulina, 108 lipoproteínas de baixa densidade Número EC (Número da Comis-
íntrons, 219, 223, 227 (LDL), 101-105 são de Enzimas), 166
invertase, 133, 134 lipoproteínas de densidade muito
isômeros tipo D, 84 baixa (VLDL), 113 O
isômeros tipo L 84 lisossomo, 16-17 obesidade
energia ingerida e gasta,
I. M 106-110
lactose, 61 macrófagos, 103 sacarídeos
LDL (lipoproteínas de baixa den- malonil-CoA, 116-117 alimentação excessiva e
sidade), 101-105 material genético das células, 202 ganho de peso, 123
leptina, 109, 110 mau colesterol, 100, 105 gordura utilizada como
ligação fosfodiéster, 214 meio ambiente global, 40-41 fonte de energia, 118-
ligação glicosídica, 138, 141-143, membrana do tilacoide, 52 122
173 metabolismo, 38, 107, 231 visão geral, 111-117
ligações covalentes, 36 metabolismo basal, 107 visão geral, 106
ligações de carbono, 36 metabolismo de substâncias, 38 oligossacarídeos, 131-132, 137
ligações duplas, 96 metano. 46 organelas, 16
ligações iônicas, 36 microrganismos unicelulares, 15 organismos multicelulares, 15
ligações metálicas, 36 Miescher, Friedrich, 204 oxidação-redução, 37
ligações peptídicas, 155, 158 mitocôndrias, 16-17, 31, 116 oxidado, definição, 37
ligações químicas, 140-144 modelos, replicação do DNA, 211 oxigênio, 77, 216
covalentes, 36 molécula NADH, 54-55, 75
duplas, 96 molécula NADPH, 54-55 P
fosfodiéster, 214 monoacilglicerol, 92 pepsina, 162
glicosídicas, 138, 141-143, monossacarídeos Phytolacca americana, 228
173 aldoses e cetoses, 83 piranose, 83
iônicas, 36 estrutura, 131-132 piruvato, 68, 72
metálicas, 36 na respiração, 62-63 polinucleotídeos, 209-210
peptídicas, 155,158 piranose e furanose, 83 polissacarídeos, 131-132, 137
lipídeos tipo D e tipo L, 84 produto, definição, 37
ácidos graxos, 95-96 mRNA (RNA mensageiro), produtores, 48
colesterol, 97-99 222-223 progesterona, 98
lipoproteínas mRNA precursor, 223 protease, 204
arteriosclerose, 103-104
proteínas
bom e mau colesterol, 105
aminoácidos
visão geral, 100-102 nucleína, 204 estrutura primária, 158
tipos, 91-94 núcleo, 16, 17, 204 estrutura quaternária, 161
visão geral, 88-90 nucleosídeos, 205 estrutura secundária, 159
lipídeos ingeridos, 112 nucleotídeos estrutura terciária, 160
lipídeos neutros, 91

252 ÍNDICE
visão geral, 154-157 ribozimas, 226-227 T
criadas pelas células, 18 rRNA e tRNA, 223-225 técnicas de DNA recombinante,
funções, 151-152 visão geral, 220-221 229-230
visão geral, 150-151, RNA mensageiro (mRNA), teoria da replicação primeiro, 231
153-154 222-223 teoria do metabolismo primeiro,
proteios, 154 RNA ribossômico (rRNA), 231
223-225 teoria do vitalismo, 229
RNA transportador (tRNA), testosterona, 98
quitina. 132 223-225 tilacoides, 49
rRNA (RNA ribossômico), timina (T), 206, 208
IZ 223-225 timo, 228
reação de fotofosforilação, 50-56 tipo (3,143
reação limitadora da velocidade, transcrição, 222
117 sacarídeos transferases
recíprocos, 186-190 aldoses e cetoses, 83 glicosiltransferase e tipo san-
redução, definição, 37 alimentação excessiva e ganho guíneo, 169-171
replicação do DNA, 211, de peso, 123 visão geral, 168
212-214 excesso, transformação em tRNA (RNA transportador),
reprodução, 231 gordura, 111-117 223-225
respiração, 64-65 fotossíntese, 25
carboidratos isômeros tipo D e tipo L 84
monossacarídeos e na fixação do carbono, 58 U (uracil), 206, 208
estrutura cíclica, 63 nas frutas, 133-135 uracil (U), 206, 208
sacarídeos e o sufixo -ose, piranose e furanose, 83 uridina monofosfato, 208
63 sufixo -ose, 63
visão geral, 60-62 tipos, 131-132 V
criação de energia uso da gordura como fonte de
vinho, 21
cadeia de transporte de energia, 118-122
Vitamina D, 99
elétrons, 74-78 sacarose, 59, 61-63
decomposição de glicose sacarose-fosfato sintase,
pela glicólise, 68-70 133-134
westem blots, 233-234
pelo ciclo do ácido cítrico, sangue
71-73 glicosiltransferase, 169-171
visão geral, 79-81 sistema de grupo sanguíneo
respiração celular, 37, 65 ABO, 126
respiração externa, 37. 65 tipos, 124-129, 169, 170
respiração interna, 37, 65 sequência de bases, 219
retículo endoplasmático, 16,17 spliceossomo, 227
ribossomos splicing, 223
definição, 37 substratos, 37, 162-165
na síntese proteica, 27-28 subunidade, 161
nas células, 16-19 succinil-CoA, 72
ribozimas, 226-227 sufixo -ose, 63
RNA (ácido ribonucleico) T (timina), 206, 208
auto-splicing, 227 taxa da reação, 178
estrutura, 214-217 taxa máxima de reação,
na criação de proteínas, 203 178-179
mRNA, 222-223

ÍNDICE 253
NOTA
NOTA
NOTA
NOTA
WE3Re O AUTOR
Masaharu Takemura, Ph.D., é professor adjunto da Universidade de Ciências de Tóquio. Suas
especialidades são biologia molecular e educação biológica.

eQUIP& ve PRODUÇÃO PARA A


et7IÇÃO JAPONe5A
Produção: Office Sawa

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QUE O ESTUDO DA BIOQUÍMICA se INICIE!

CIÊNCIA, ROMANCe E ROE3e5-GATOS!


KUMI ADORA COMER, MA5 ESTÁ PREOCUPADA AO PESQUISAR CÉLULAS ANIMAIS E VEGETAIS,
COM QUE SUA PAIXÃO POR ALIMENTOS POUCO VOCÊ APRENDERÁ SOBRE:
SAUDÁVEIS ESTEJA AFETANDO SUA SAÚDE.
DETERMINADA A DESVENDAR OS SEGREDOS tg O METABOLISMO DE SUBSTÂNCIAS COMO
DO REGIME PERFEITO, ELA DECIDE BUSCAR A CARBOIDRATOS, LIPÍDEOS, PROTEÍNAS E
AJUDA DE seu ESTUDIOSO AMIGO, NEMOTO, E ÁLCOOL
DE SUA BELA PROFESSORA DE BIOQUÍMICA, til DE QUE FORMA A USINA ENERGÉTICA
DRA. KUROSAKA. ASSIM TEM INÍCIO NOSSA CONHECIDA COMO MITOCOSDRIA PRODUZ ATP
AVENTURA...
tis A TRANSCRIÇÃO DO DNA E OS TRÊS TIPOS DE
ACOMPANHE ESSA VIAGEM NO 6111A MANGÁ RNA QUE TRABALHAM JUNTOS PARA TRADUZIR
BIOQUIMICA ENQUANTO KUMI EXPLORA NO550 CÓDIGO GENÉTICO EM PROTEÍNAS
OS MISTÉRIOS 170 FUNCIONAMENTO DE SEU
CORPO. COM O AUXÍLIO 120 ROBâ-GATO, tO O MODO DE MEDIR A CINÉTICA DAS ENZIMAS
O SIMPÁTICO ROBÔ ENDOSCÓPICO PA E COMO FUNCIONA A INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
PROFESSORA, VOCÊ CONHECERÁ A INCRÍVEL SE VOCÊ é UM CIENTISTA AMADOR, UM
MÁQUINA QUÍMICA QUE NOS MANTÉM VIVOS E ESTUDANTE DE MEDICINA OU APENAS ALGUÉM
VERÁ DE PERTO BIOPOLíMEROS, COMO O DNA CURIOSO E QUE DESEJA DESCOBRIR COMO
e AS PROTEÍNAS, PROCESSOS METABÓLICOS NO550 CORPO TRANSFORMA BOLINHOS
QUE TRANSFORMAM OS ALIMENTOS EM CCUPCAKES) EM ENERSIA, O 6l//A MANGÁ
ENERSIA E ENZIMAS QUE CATALISAM AS
510C21/1-41ICA é A CHAVE PARA ENTENDER A
REAÇÕES QUÍMICAS DO NO550 CORPO.
CIÊNCIA DA VIDA.

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