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Análise Linguística Uma Visão Funcional Do Ensino
Análise Linguística Uma Visão Funcional Do Ensino
Pesqueira / Recife
2015
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Pesqueira / Recife
2015
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_________________________________________
Prof.(ª) Dr.(ª) Nome completo
Instituição
_________________________________________
Prof.(ª) Dr.(ª) Nome completo
Instituição
Pesqueira/ Recife
2015
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Agradecimentos
Renato Russo
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RESUMO
Este trabalho tem por objetivo analisar a prática de ensino de professores de língua
portuguesa de uma escola estadual situada no município Belo Jardim em Pernambuco.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais dão orientações para que o ensino da língua
portuguesa venha a contribuir para que estudante possa se comunicar fluentemente em
diversos contextos. Um método que pode contribuir para isso é a Análise Linguística.
Contudo, alguns profissionais ainda utilizam uma metodologia tradicional, pautada no
ensino de nomenclaturas gramaticais. Isso pode prejudicar o desenvolvimento dos
alunos, pois esse método não proporciona a eles um desenvolvimento pleno de suas
capacidades comunicativas. Neste contexto, a pergunta a qual procuraremos responder
é qual a metodologia de ensino é adotada pelos professores da escola supracitada.
Para isso foram feitas observações de aulas e aplicados questionários com os
docentes. O tratamento das informações foi feito através da Análise e Conteúdo. A
análise mostrou que esses profissionais não utilizam a análise linguística em suas aulas
e sim, um misto das orientações dos PCNs com o ensino tradicional da gramática. Este
trabalho está fundamentado no PCNs (2000), Albuquerque (2006), Kleiman (2006),
Mendonça (2006) e Geraldi (2011).
ABSTRACT:
This work aims to analyze the teaching practice of English language teachers of a public
school located in the city Belo Jardim Pernambuco. The National Curriculum Guidelines
provide guidance for the Portuguese language teaching will contribute to that student
can communicate fluently in different contexts. One method that can contribute to this is
the Linguistics Analysis. However, some professionals still use traditional teaching
methodology guided in teaching grammatical classifications, this can impair the
development of students, because this method does not give them a full development of
their communication skills. Thus arose the idea to try to understand what teaching
methodology is adopted by teachers of the above mentioned school. To this end,
questionnaires were applied with the teachers and we observed their classes, the
processing of information was done by Analysis and Content. Thus, we conclude that
the professionals do not use linguistic analysis in their classes and yes, a mixed The
National Curriculum Guidelines with the traditional teaching of grammar. This paper is
based on the PCNs (2000), Albuquerque (2006), Kleiman (2006), Mendonça (2006) and
Geraldi (2011).
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................................7
ABSTRACT:.......................................................................................................................8
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................10
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................13
2.1. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS......................................................13
2.3.1. LEITURA.................................................................................................................19
2.3.2. PRODUÇÃO DE TEXTOS...................................................................................20
2.3.3. ANÁLISE DOS FENOMENOS GRAMATICAIS................................................21
3. METODOLOGIA.......................................................................................................23
3.1. O PARADIGMA ORIENTADOR DA PESQUISA.....................................................23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................36
6. REFERÊNCIAS.........................................................................................................39
7. ANEXOS...................................................................................................................42
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1. INTRODUÇÃO
contribuir para aprimorar nosso vocabulário, fazer-nos refletir sobre nossa sociedade e
até mesmo nos fazer relaxar. Assim, se formos privados da leitura, também seremos
privados de nossos direitos. Boas práticas de leitura têm contribuído para uma
formação interdisciplinar, pois o que seria da Matemática, Geografia e outras disciplinas
sem uma devida interpretação do que é lido?
Desta forma podemos pensar na leitura como a água, sem ela não seríamos
quem somos e não viveríamos como vivemos. O professor de língua portuguesa deve
assim estimular a “sede” nos alunos. E com isso o aproveitamento geral do aluno
evidentemente será melhor.
A ausência de “sede” pela leitura é um grave problema do nosso país. A
professora Zilberman (2009) atesta que como acontece em outros países, os brasileiros
não gostam de ler. Ela expõe em seu texto a opinião de Sallenave sobre o motivo dos
alunos não gostarem de ler, que segundo ela seria por causa da falta de fluidez na
leitura e um vocabulário reduzido. Isso causaria uma maior dificuldade na compreensão
dos textos literários. Os dados do IBGE confirmam esta ideia, pois em 2009 o índice de
analfabetos funcionais foi 20,3% (IBGE,2010).
Neste cenário alarmante, o aluno é apenas um receptáculo passivo do
conhecimento, pois ele não o questiona e está apenas “vomitando o que não
digeriu” (DEMO 2004, p.62). Isso acontece porque o aluno decorou e na prova
vomita aquilo que não contribui para sua nutrição. Como uma comida estragada que
é rejeita pelo nosso corpo, esse conhecimento não produz benefícios duradouros e
sim temporários.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) dão orientações para que
essas situações sejam evitadas. Este documento considera a linguagem como “a
capacidade humana de articular significados coletivos e compartilhá-los, em
sistemas arbitrários de representação, que variam de acordo com as necessidades
e experiências da vida em sociedade” (BRASIL, PCN, 2000).
Com esta perspectiva, a língua portuguesa deve ser ensinada de uma
maneira funcional para que o aluno possa participar do mundo social e exercer a
sua cidadania. As várias competências, presentes nos PCNs, a serem
12
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.3.1. LEITURA
Ao se tratar da Leitura, Geraldi (2011) propõe que seja utilizado textos longos e
curtos. Com respeito aos textos longos, romances e novelas, o professor não deve
exigir que o aluno leia a obra, mas sim que ele seja motivado a gostar de ler. Os alunos
comentarão entre si sobre o livro e isso é o importante (GERALDI, op.cit), assim, para o
autor, não é necessário cobrar a leitura do livro, pois o contato com seus colegas irá
motivar o estudante a ler. Essa perspectiva se encaixa bem na nossa sociedade, onde
a leitura tem se tornado uma obrigação e não uma fonte de prazer, caso o professor
20
exija que o aluno leia a obra, ele estará reforçando a ideia de ler por obrigação, caso o
contrário ele não terá notas e sem notas será reprovado.
Em segundo lugar, Geraldi (op.cit) propõe que o professor escolha textos curtos
como noticiários, crônicas, contos e etc. Essa leitura deve ser feita com o objetivo de se
aprofundar na temática do texto e, assim, isso servirá de base para a produção textual.
Vale salientar que é preciso considerar os interesses dos alunos nas escolhas dos
temas.
Jurado e Rojo (2006) apresentam algumas reflexões sobre as competências a
serem desenvolvidas pelos alunos, como leitores. “Saber julgar, confrontar, defender e
explicar as suas ideias, de modo a tomar uma decisão consciente”, é um ato complexo,
que exige que o aluno vá além do que o que é ensinado pelo professor. Desse modo, o
aluno deve desenvolver a sua capacidade “investigativa e compreensiva” (JURADO &
ROJO, 2006). Com isso o estudante trará para a sala de aula as suas vivências e isso
contribuirá para a compreensão dos textos. Contudo, os textos usados em sala de aula
devem contribuir para uma discussão entre os alunos. Assim, temas como: diversidade,
sexualidade, drogas e bullyng servirão de base para debates entre alunos e professor.
Nesse caso, com a leitura, o estudante também estará dialogando “com a consciência
do autor, com outros enunciados e vozes, não decifrando, mas produzindo sentidos”
(JURADO & ROJO, op.cit).
Com essa produção de sentidos, os discentes podem se inserir no mundo social
e se posicionar frente a ele. A partir disso, eles poderão também produzir textos e
expressar o seu entendimento dos fatos sociais que o circundam.
Para sair desse círculo vicioso, Geraldi propõe que os textos produzidos na sala de aula
não fiquem somente nas mãos do professor e sim que eles tenham diversos usos,
como a produção de uma antologia, ou a um jornal da turma (GERALDI,op.cit). Essas
publicações devem circular por toda a escola e, por fim, as melhores produções podem
ser até publicadas em jornais locais. Essas medidas, segundo Geraldi, vão extinguir a
artificialidade da produção de um texto que seria lido somente pelo professor.
Geraldi incentiva que as produções feitas em sala de aula sejam baseadas em
diversos contextos, inclusive histórias familiares. Para o ele, isso quebrará domínio
pedagógico do professor, que, muitas vezes escolhe os temas das produções. Além
disso, é preciso iniciar uma discussão sobre as histórias trazidas pelos alunos, assim
eles serão preparados para, em anos posteriores, se utilizarem de argumentos mais
profundos em seus textos.
No processo de avaliação das produções textuais, Geraldi sugere que seja
levando em conta todo o desenvolvimento do discente durante as aulas. Assim, a
avaliação não seria um produto e sim um processo (Geraldi, 2011). Para que a
produção textual dos alunos e a avaliação sejam realizadas de maneira adequada, é
preciso que o professor reserve tempo para se preparar para as aulas. A leitura de
jornais e o contato constante com noticias da internet ou de telejornais são
fundamentais para que ele possa escolher os temas das produções textuais, ou, se
caso o tema seja escolhido pelos estudantes, ele possa induzi-los a discutirem sobre o
assunto.
3.METODOLOGIA
analisar de forma geral não só os dados, mas todo contexto social em que os sujeitos da
pesquisa estão inseridos.
Além do elencado acima, com a análise do conteúdo, é possível analisar
entrevistas e outros materiais textuais, como as transcrições das aulas desta pesquisa,
de maneira qualitativa. Segundo Bauer & Gaskell (2013) ela “reduz a complexidade de
uma coleção textos”, propiciando a contagem de unidades dele e uma curta descrição de
suas características. Esse tipo de análise é indicado para pesquisas sociais cujas
sutilezas dos textos não precisem ser exploradas.
A escola pesquisada possui 21 docentes, sendo que dois deles ministram aulas de
língua Portuguesa nos turnos da manhã, tarde e noite. Durante a disciplina a Estágio
Supervisionado I foram observadas aulas desses dois profissionais. Deste modo, foi
possível encontrar em suas aulas alguns aspectos que precisavam de elucidação. Os
dois professores, nas aulas observadas, apresentaram conteúdos de gramática fora de
um contexto específico. A estranheza que foi causada por esse fato foi a motivação de
escolher esses dois profissionais para serem sujeitos da pesquisa. Sendo esses dois
professores os únicos profissionais da língua Portuguesa da escola foi possível perceber
na totalidade qual foco do ensino no campo de pesquisa.
Durante esta pesquisa, para poder identificar sob qual perspectiva de ensino de
língua estão sendo ministradas as aulas de português, foram utilizados dois
instrumentos, sendo o primeiro a observação direta e em seguida a transcrição dessas
aulas. Ao todo foram observadas 8 horas aula de cada professor, esse número de aulas
foi escolhido segundo as orientações de Bauer & Gaskell (2013). Para esses autores
“quanto mais complexo o referencial de codificação, mais probabilidade haverá de ele
se adequar a um curto espaço de tempo” (BAUER & GASKELL, 2013, p.209), além
disto, “uma amostra pequena, sistematicamente selecionada é muito melhor que uma
grande amostra de materiais escolhidos ao acaso” (BAUER & GASKELL, op.cit. p.197).
A partir disso, e percebendo a complexidade de entender a prática docente e qual
mundo social esse profissional está inserido, foi decidido por este número de aulas.
Além disto, logo ao final da primeira observação o professor B solicitou informações
mais aprofundadas sobre o objetivo da pesquisa, assim para evitar que a sua prática
fosse alterada devido a ele saber o foco da investigação, foi entendido que para que os
resultados do trabalho não fossem mascarados era necessário não alongar o espaço
de tempo.
As aulas observadas foram gravadas em áudio utilizando o aplicativo Gravador
Pro, para Windows Phone. A transcrição foi feita com o auxílio de um sintetizador de
áudio que converte som em texto (ANEXO III e IV), em seguida ele foi formatado em
um editor, onde foram inseridas as indicações das vozes dos professores e alunos bem
como uma descrição de algumas ações realizadas pelos professores.
A segunda parte da coleta de dados foi feita com a aplicação de um questionário.
Nele tentamos identificar primeiramente o tempo de docência dos professores, a
formação e se eles têm participado de cursos de formação continuada. Esses dados
nos ajudarão a verificar a experiência do professor e, isto nos dará luz sobre o porquê
de ele escolher esse ou aquele método de ensino.
Também procuramos saber sobre o livro didático usado, se o professor acha que
a língua é um código a ser decifrado e estudado ou um meio para se interagir com
outros e se ele utiliza algum outro material de apoio para suas aulas além do livro
didático. Além destas, os professores também foram questionados sobre quais tipos de
textos utiliza em suas aulas e de onde ele retira os textos usados. Para entender se o
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Com a análise dos questionários foi possível perceber qual a realidade social dos
professores, deste modo pudemos associar isso a análise do conteúdo das transcrições
das aulas. As repostas foram agrupadas e resumidas conforme apresentando abaixo.
A professora A leciona há dois anos e nos informou que sempre participa de
cursos de formação continuada. Ao ser indagada sobre qual o objeto de ensino da
língua Portuguesa, a resposta da professora nos revela que houve uma confusão entre
objeto de ensino e objetivo de ensino.
A leitura e escrita fazem parte do tratamento que se deve dar ao texto, mas por si só
não se constituem o objeto de ensino.
Para suas aulas o docente usa sempre o projetor e textos de diversos gêneros
extraídos de livros, jornais, revistas e internet. Mais uma vez percebemos a
diversificação de gêneros. Geraldi (2011) fala dessa diversidade de gêneros, mas ele
nos adverte que devem ser escolhidos textos curtos.
Sobre o ensino da gramática esse professor afirmou que é “essencial” o ensino
dela. Essa resposta é semelhante a de sua colega de trabalho e também nos mostra a
visão que este profissional tem da importância da gramática.
31
e AL, foram alocadas no código “Análise linguística”. Por fim, qualquer referência que
não se enquadrava em nenhum dos três códigos anteriores, foi categorizado como
“Outros”.
Com essas informações, podemos constar que 31,76% se encaixavam como
Ensino Tradicional, 33,91% como Adequado aos PCNs, 34,33% como outro e 0% como
Análise Linguística.
Essa interação mesmo que simples, como no caso da aula do professor A, favorece o
aprendizado do aluno. Com isso ele estará “argumentando, negociando significados,” e
cooperando com o aprendizado coletivo (PCN, 2000). Além disso, ao responder esses
questionários, propostos pelos professores, os discentes estão sendo estimulados a
penetrar no contexto (PCN, op.cit) social do texto analisado.
33
Em seguida, o docente aplica uma atividade com a turma para concluir esse assunto.
Para Albuquerque (2006) esse método de ensino distancia o aluno da realidade social.
Esta manutenção traz suas consequências e dentre elas podemos citar a falta de
condições de utilizar a língua em diversos contextos. A quantidade analfabetos
funcionais no Brasil pode ser um reflexo do ensino tradicional que ainda se perpetua
nas nossas escolas. A dificuldade em materializar essa não tão nova prática, a AL, tem
feito com que muitos professores prefiram continuar do mesmo modo que estão, e do
mesmo modo que foram ensinados a ensinar.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para tentar elucidar essa questão devemos nos lembrar das palavras de
Mendonça. Ela afirmou que os processos de formação de professores vêm formando
novos professores de gramática e além disso, alguns professores sentem dificuldades
em materializar um ensino pautado na leitura escrita e análise linguística (MENDONÇA.
2006, p.225). Podemos perceber que os profissionais da escola estão em contato com
orientações e formações continuadas para o ensino da língua portuguesa. Esse fato
com certeza, auxilia esses docentes em seu trabalho, podendo aos poucos levá-los a
ensinar utilizando os três eixos de ensino em consonância. Porém, Mendonça está se
referindo aos cursos de licenciatura que vêm jogando no mercado de trabalho
professores que perpetuam o ensino tradicional. Isso muitas vezes acontece por que
eles estão reproduzindo o mesmo método pelo qual foram ensinados, pois muitos
cursos superiores não os preparam para o ensino utilizando a AL.
A solução para isto não é preciso retirar a gramática dos cursos de licenciatura,
pois é preciso dominar os fenômenos gramaticais da língua. Assim, é preciso preparar
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Sabendo que os três eixos de ensino devem ser trabalhados em conjunto para
um melhor desenvolvimento das habilidades comunicativas dos alunos, o processo de
ensino também deve trabalhar esses três eixos. A partir disto, podemos concluir que,
em longo prazo, a abordagem separada da leitura, da produção de textos e da AL, não
ajudará os alunos a desenvolver plenamente as suas capacidades comunicativas. No
momento em que professor estimulou a expressão oral dos alunos ele obteve bons
resultados, do mesmo modo quando foram lidos os textos das respectivas aulas eles
serviram de pano de fundo para a discussão. Contudo, vários aspectos poderiam ser
discutidos, como a utilização de expressões idiomáticas, metáforas e a ironia presente
no texto. Ao se discutir o porquê daquelas expressões serem utilizadas naquele
momento, o professor estaria contribuindo para que os alunos desenvolvessem a sua
competência comunicativa. Entretanto, essa parte importante de estímulo à reflexão
sobre o uso da língua foi negligenciado.
Para que o letramento do aluno possa ser efetivado, é preciso que ele não seja
apenas um decodificador de signos e regras gramaticais, e sim que se torne um ser
pensante que seja capaz de se expressar bem escrevendo ou oralizando. Mendonça
(2006, p. 217) fala que o
Com essa análise e possível perceber que a visão que estes professores têm do
ensino da língua Portuguesa precisa ser ampliada. Infelizmente, os sistemas de ensino,
muitas vezes, não contribuem para formar um professor que utilize novas práticas se
tornando ele um reprodutor de conteúdos dos livros didáticos. Desta maneira, cabe aos
educadores auxiliar os licenciandos a adentrar na AL e a partir disso tentar auxiliar os
alunos.
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6. REFERÊNCIAS
DEMO, P. Aprendizagem no Brasil: ainda muito por fazer. Porto Alegre: Mediação,
2004.
GERALDI, J.W. O Texto na Sala de Aula. João Wanderley Geraldi ; Milton José de
Almeida .. (org) [et.al.]. 1° Edição São Paulo: Ática, 2011.
GOMES, I. Metodologia III. In: Dimensão transdisciplinar na formação do professor III.
Recife: Editora Universitária, 2011.
BRASIL, MEC. Guia de livros didáticos: PNLD 2014: língua portuguesa: ensino
fundamental: anos finais. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica, 2013.
BAUER, M.W. & GASKELL, G. Pesquisa Qualitativa com texto, imagem e som: um
manual prático. Petrópolis: Vozes, 2000
IBGE. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. v.1, t.19. Disponível em:
<http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=4&op=0&t=taxa-analfabetismo-
funcional.&vcodigo=PD384> Acesso em: 09 outubro de 2014.
SOARES, M. & FALVIO, A. et AL. Para quem pesquisamos: para quem escrevemos:
o impasse dos intelectuais. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2011.
PINHEIRO, Maria Elisa Brito Pereira. Perspectivas teóricas para o trabalho com o
texto poético em sala de aula: a natureza constitutivamente dialógica e
interacionista da linguagem. 4 SEPLA UNITAU, v. 1, p. 36-47, 2008. Disponível em: <
http://site.unitau.br//scripts/prppg/la/4sepla/artigos/Maria%20Elisa%20Brito%20Pereira
%20PINHEIRO.pdf > Acesso em 03 de agosto de 2013.
7. ANEXOS
ANEXO I
42
43
44
ANEXO II
45
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ANEXO III
Vou copiar umas duas questões sobre o texto, por que não vai dá tempo. Eu troquei
essa próxima com aula com o professor Wilsom, volto na quarta aula pra cá.
A: Não já é 8:20 acabou!
E: Vá embora!
Professor: Só vai dar pra fazer na próxima aula. (Alunas conversam sobre animais)VIU
EMANUELE! (Várias conversas paralelas, incompreensíveis) (A professora senta no
birô)
8:20: GENTE! Volto depois do recreio.
2° AULA
11:15 (Professora retorna para sala)
Professor: Vamo reiniciar!
Eu vou copiar algumas questões no quadro sobre o texto pra vocês responderem.
(Vários alunos conversam na sala) EI GENTE ABRAM OS CADERNOS O RECREIO
ACABOU!
Vamos, vamos. Todos sentados.
A: professora Libere !
Professora: Sem gracinhas vamos!
(A professora abre seu caderno e começa a escrever no quadro as seguintes questões:
1° Por que a Pirâmide populacional brasileira mudou? Dê exemplos? 2° Quais são as
mudanças decorrentes dessa realidade? 3° Por que o sistema de ensino, o mercado de
trabalho e a Providencia Social ficarão sobrecarregados?)
11:30
A: O que é previdência Social?
B: O que é isso?
Professora: Silencio gente, que ele fez uma pergunta. Previdência Social é um sistema
que garante aos brasileiros uma aposentadoria quando ele chegar na velhice.
Pronto! Agora respondam as questões depois eu corrijo com vocês.
(Os alunos ainda copiam as 3 questões, e varias conversar paralelas ocorrem ao
mesmo tempo na sala)
11:40
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Pra produção do texto nos vamos trabalhar a coesão e coerência do texto. Lembrando
dos conectores que vamos usar. Vocês vão observar no texto os advérbios, pronomes
as conjunções. E para a coerência vocês vão observar o sentido do texto.
Na próxima aula eu quero isso pronto, por que vai fazer parte da atividade. Quem veio
ontem e tá com o papelzinho e não fez, faça a gora, faça em outro papel. Deixe pra
passar pra cá quando estiver pronto. Aqui só tem 14 linhas.
A: Mas professora a senhora pediu 21.
Professora. pode escrever no caderno o resto
C: Me dê um papel desse aí!
Professora: Quem mais quer?
D: EU
E: eu
Professora: Levanta a mão quem quer. (Ela conta quantos precisam do papel)
9:30
Vou tirar xeros e já volto (Enquanto isso a professora fica conversando com uma
pessoa na porta e depois vai fazer a cópias)
9:35
Professor: Quem faltou, eu quero o papel e a produção textual do natal.
F: Eu cheguei da rua e não deu tempo.
Professor: Quem mais quer o papel (Os alunos se dirigem a ela para buscar a xerox)
A: Professora o caderno. (Um aluno leva o caderno até a professora)
Professor: Calma eu vou fazer chamada e vocês vão trazendo o caderno pra eu olhar.
Olha, a atividade avaliativa, pra quem faltou vai ter que fazer agora. (A professora
começa a circular pela sala e a auxiliar individualmente os alunos na produção do
texto.)
Nesse texto vocês coloquem o nome e a série que daqui a pouco eu faço a chamada e
corrijo.
9:40
(Professora sai da sala)(Conversa indistinta dos alunos)
9:40
(A professora volta e continua ajudando a turma com as produções textuais)
52
10:25
(Professora retorna pra sala de aula)
Professor: Silêncio todo mundo entra.
Vamos! vamos! Vamos! Acabou o recreio.
Todo mundo terminando a atividade.
A: EU já terminei
B: To quase acabando professora.
10: 50
(Professora volta para sala)
53
H: O que é ósculo?
Professor: Calma vamos chegar lá. Vá leia.
G:
Professor: Pronto, La no outro lado, nós temos o glossário. "H" até perguntou o que é
ósculo vamos ver lá.
Professora: Podemos dizer que nesse trecho o poema conta uma pequena história
recente?
B: Sim
Professor: Podemos? É recente?
A: 1892
Professor: Como você sabe?
A: Tem aqui.
Professor: Quesito 4, leia você "D".
D: Os termos des-ta-ca-dos são pronomes oblíquos, qual sua função?
Professor: Substituir uma palavra se referindo a ela.
Veja essa frase "Quer este possuí-la, também o outro a quer,."
A que se refere o pronome relativo nesta frase.
A: A flor
Professor: Como fica essa frase sem o pronome relativo:
B: Quer este possuir a flor, também o outro quer a flor.
Professor: Muito bem.
11:00
(Chega um aluno de outra sala e a professora fica conversando baixinho com ele na
porta)
11:09
(Professora retorna)
Professor: EU vou passar a atividade. Página 141 do livro, leiam o texto e respondam
do 1 ao 5. Podem começar. Eu vou precisar resolver um problema com a diretora, mas
eu vou ficar de olho em vocês.
(A professora sai e a Coordenadora pedagógica vez por outra passa na sala para
verificar como está a turma.)
11:48
(A professora retorna para a sala)
Gente quem não acabou me traz a amanhã a atividade. Podem sair.
Xau gente a até a próxima, não esqueçam da leitura.
57
7:45
Professor: Bom dia turma.
Todo mundo entrando.
(Professor chega e começa a montar um equipamento de vídeo)
A: vamos assistir um filme é?
B: Os Mercenários.
Professora: Nada disso. Vamos ver um vídeo agora.
7:56
Professor: Atenção vou iniciar o vídeo.
(Musica)
"Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem
também gosta de você...
A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão
mudando...
A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar...
(Musica)
Mas uma coisa parece estar sempre presente... A busca pela felicidade, com o amor da
sua vida.
Desde pequenas ficamos nos perguntando "quando será que vai chegar?" E a cada
nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida "será que é ele?".
(Musica)
Como diz meu pai: "nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente sempre achava
que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.
Fazíamos planos, escolhíamos o nome dos filhos, o lugar da
lua-de-mel e, de repente...
(Musica)
PLAFT! Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a
respeito "do próximo".
58
Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas
que já não dura mais de três meses.
(Musica)
Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.
Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido,
inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.
(Musica)
Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em
trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e
ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo
quando você está de short,camiseta e chinelo.
A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação, já não tem o mesmo valor
que tinha antes.
(Musica)
A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas
continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal,que nos complete, e vice-
versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta... E
haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da
cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira.
(Musica)
Sem falar na diversidade, que vai do Forró ao Beatles.
Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer barriga, fazer
aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som...
Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.
Com o tempo, voce vai percebendo que para ser feliz com
uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
(Musica)
Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer
nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.
59
Esperem...
Vamos revisar os advérbios. Abram os cadernos
(Alunas conversam alto)
Ei você silêncio!
Vocês tem que responder essa atividade de revisão.
Vão classificar os verbos e os advérbios das orações.
C: Ave maria!
D: Bota o nome todo?
Professor: claro né!
(Professor distribui cópias das atividades aos alunos)
Prestem a atenção. Vocês têm três textos e com eles vocês irão responder a atividade.
Eu vou ler só os dois primeiros, depois vocês fazem sozinhos.
F: Faltou o meu professora.
Professora: Todo mundo com seus textos?
Eu vou ler:
Os cerrados
" Essas terras planas do planalto central escondem muitos riachos, rios e
cachoeiras. Na verdade, o cerrado é o berço das águas. Essas águas brotam das
nascentes de brejos ou despencam de paredões de pedra. Em várias partes do cerrado
brasileiro existem canyons com cachoeiras de mais de cem metros de altura!"
Agora o texto dois. Os Pantanais
"O homem pantaneiro é muito ligado à terra em que vive. Muitos moradores
não pretendem sair da região. E não é pra menos: além das paisagens e do mais lindo
pôr-do sol do Brasil Central, o Pantanal é um santuário de animais selvagens. Um
morador do Pantanal do rio Cuiabá, olhando para um bando de aves, voando sobre
veados e capivaras, exclamou: “O Pantanal parece com o mundo no primeiro dia da
criação.”
A: Quantos pontos?
Professor: Eu não vou dizer por que uns precisam de mais e outros de menos.
C: Venha aqui. Como é 4°?
(A professora se aproxima do aluno)
Professor: Isso é uma Bula de remédio, é só você ler e responder.
Eu vou alí e já volto.
8:55
(A professora entra na sala e fica aguardando os alunos terminarem a atividade.
Enquanto isso, alguns se aproxima dela para tirar dúvidas. E ela os ajuda)
9:15
Professor: Pronto!
Por hoje é só xau.
62
ANEXO IV
Transcrição I e II Professor B. 8 ano A
Professor: Você teve o intervalo todo pra isso e não foi agora é tarde.Eu vou dar cinco
minuto pra vocês fazerem a leitura silenciosa do texto. Podem começar
(Os alunos iniciam a leitura e outro ficam mexendo no celular ou conversando)
14:05
Vamos iniciar a leitura eu começo e vou indicar quem vai continuar.
Atenção. " O controle de natalidade é uma questão bastante discutida e um tanto
polêmica. Os pesquisadores, estudiosos, cientistas demonstram relatórios que
incentivam o controle de natalidade. No entanto esse controle é direcionado aos países
do sul (subdesenvolvidos) e não aos países do norte (desenvolvidos), eles
recomendam, mas não praticam, pelo contrário, nesses países ocorrem incentivos para
que as famílias tenham mais filhos. "
Agora você: E
E: "Essa polêmica tem explicação, é que a densidade demográfica dos países do norte
está quase que decrescendo diferentemente dos países do sul que possuem altos
índices de crescimento natural/vegetativo. "
F: Eu leio.
Professor: Você F
Professor: G
G: Quero não professor mande outro.
Professor: Você mesmo que você sabe ler.
G: "Quanto aos problemas ambientais, podemos encontrar algumas soluções se
diminuirmos a quantidade de pessoas au-to-maticamente dimi-nui-remos o consumo. A
água, por exemplo, que é dos grandes problemas desse século, poderia ser mais
poupada, se diminuir a quantidade de pessoas que necessitam desse recurso teremos
mais reservas e lançaremos menos detritos na natureza, reduzindo a poluição. "
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H:" No campo energético não seria necessário construir novas usinas hidrelétricas, que
em suas instalações provocam profundos impactos ambientais e sociais. Outro fator
importante é referente à emissão de gases que consequentemente seria amenizada, e
que de certa forma, iria contribuir para neutralizar o processo do aquecimento global. "
Professor: I é você agora.
I: "Ainda com essa medida não seria necessário abrir novas áreas de cultivo para a
produção de alimentos. No campo social o controle de natalidade serviria para diminuir
o crime, pois o governo poderia assistir melhor os jovens, a quantidade de empregos
possivelmente aumentaria, haveria diminuição da fome devido aos programas sociais
que poderiam atender melhor a população, a saúde, a educação e mais uma série de
outros problemas contemporâneos poderiam ser solucionados. "
Professor: J, Leia.
J: "Mas, o primordial do contexto é garantir as condições de vida na Terra, pois essa
não possui recursos infinitos para suprir a sociedade de consumo, e nem capacidade
de regeneração de todos os “lixos” que essa sociedade produz. A natureza já está
apresentando sinais de cansaço e saturação e apenas o homem pode decidir o futuro
das próximas gerações."
16:19
Professor: Pronto, agora eu quero que alguém diga o que entendeu do texto. Quem vai
falar?
(A turma fica em silêncio por um tempo)
Ninguem?
Olha. Vamos lá. O que é controle de natalidade?
A: É controlar quantos filhos a pessoa quer ter.
Professor: E por que isso é um problema?
(Silêncio)
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Vejam: Quando num país as pessoas tem muitos filhos, o governo gasta mais com
segurança, emprego e saúde. Assim vocês acham que no Brasil as pessoas precisam
ter menos ou mas filhos?
G: Menos por que já te cheio de mais de gente aqui.
Professor: Como são os hospitais aqui na cidade?
H: Lotado. E não tem doutor não professor. Minha tia foi pa lá doente e não tinha doutor
lá. Um monte de gente esperando lá um tempão.
Professor: Se houvesse menos gente, se as pessoas tivessem menos filhos isso seria
diferente. Os hospitais não estariam tão lotados.
Por exemplo, com menos pessoas não precisaria de tantos hospitais, nem de tantos
professores, pois teriam menos crianças no mundo.
D: Daí o senhor ficava sem trabalhar! (Risadas)
Professor: Poderia ser que sim mesmo. Outro Estaria aqui e talvez alguns de vocês
nem teria nascido.
16:35
Olha gente ta na hora.
Vou deixar vocês um pouco mais cedo hoje.
Amanhã nos veremos. Eu vou aplicar um questionário sobre esse tema com vocês.
Xau até amanhã.
A: xau
F: até.
.
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14:45
(Professor chega na sala e chama os alunos que estão nos corredores.)
Professor: Olá. Vamos começas nossa aula.
Pra dentro. Pra dentro. Ei Rapaz, para com isso (Um aluno esta empurrando o outro)
Vamos continuar o assunto de ontem.
A: Não professor, bote um filme.
B: É vá um filme.
Professor: Não. Deixem de preguiça.
C: Ninguém sabe fazer não essa atividade.
Professor: Eu nem copiei ainda. Vou começar.
(Enquanto o professor copia ele também vai até aporta algumas vezes e conversa
baixinho com alguns alunos e outros professores, a turma conversa, mas a maioria
copia)
(O professor escreve no quadro as seguintes perguntas: O que é controle de
natalidade? Quais os problemas que um pais pode enfrentar pelo alto índice de
natalidade? Quais os riscos que um país pode enfrentar pelo baixo índice de
natalidade? Você concorda com a imposição do controle de natalidade? Há benefícios
de se fazer um controle de natalidade, quais? Pra você o Brasil precisa estimular a
população ao controle de natalidade?)
15:08(Professor termina de copiar)
Professor: Agora respondam, vocês tem até o final da aula pra responder. Terminem de
copiar e respondam.
(Enquanto a turma copia, e responde, o professor senta no birô e preenche dados na
caderneta. A turma se dispersa um pouco após um tempo mas o professor continua a
preencher a caderneta)
Professor: Pronto. Acabou a aula. Até amanhã, amnhã vai ser a correção da atividade.
XAU.
D: Xau
E: Até amanhã professor.
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Transcrição IV
14:46 (Professor entra na sala)
A: Oi professor.
Professor: Oi, tais bem?
A: To.
Professor: Olha gente, eu quero que vocês faças fila pra eu dar um visto na atividade
de ontem. Quem fez vai ganhar ponto.
(Os alunos forma fila para correção, outros ficam nas bancas conversando.O professor
olha caderno por caderno e dá um visto e anota o nome dos que realizaram a
atividade.)
15:09 (Termina a o visto nos cadernos)
Professor: Agora nós vamos iniciar um novo assunto. Vamos aprender o que é Vocativo
e Aposto.
Eu vou copiar no quadro as definições e vou explicar o que é também.
(Professor copia no quadro as definições de vocativo e aposto.)
A: professor o senhor já ensinou isso.
B: Ensinou não.
C: Foi, ensinou não.
Professor: Essa é a primeira vez que estamos vendo isso. Copiem.
15:19
(Professor termina de copiar e explica o que é vocativo e aposto)
Prestem bem atenção, que esse assunto é muito importante. Vai cari na avaliação de
vocês.
Primeiro, Aposto, É uma expressão que vem normalmente entre duas vírgulas. Ele
explica algo, esclarece uma informação do texto e pode também resumir um
acontecimento. Olha esse Exemplo. "José, meu irmão, viajou ontem." Olha só, nessa
frase quem viajou?
Vários alunos: JOSÉ.
Professor: E José é o que?
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D: MEU IRMÃO.
Professor: Nós só sabemos que ele é irmão por causa do aposto, olhe veja aqui é "meu
irmão" está entre duas vírgulas.(Professor aponta pro quadro) Isso indica que ele é um
aposto ele tá explicando quem é José.
Entenderão? Alguma dúvida?
A: Não.
C: Nenhuma.
Professor: Fale agora ou cale-se para sempre. Depois na atividade vocês ficam sem
saber fazer.
Agora vocativo. É uma expressão da qual chamamos ou interpelamos alguma coisa
presente ou ausente. Ele também pode vir entre duas vírgulas do mesmo modo que o
aposto. Veja exemplos:
Corre, corre as lágrimas saudosas.
Olha esse "corre" é vocativo. Se eu tirar ele da frase, não vai fazer falta nenhum. Então
o vocativo é isso.
Vou perguntar de novo. Vocês entenderão?
Vários alunos: SIM.
Olha. acabou a aula. A semana que vem vamos nos aprofundar nisso com algumas
atividades.
Transcrição V e VI 8 ano A
14:43 (Professor chega na sala)
Professor: Bom dia.
Vários alunos: Bom dia. E aí!
Professor: E aí, tudo bem.
Ei, vamos organizar as bancas que essa sala tá muito bagunçada.
A: Eu arrumo professor.
Professor: Todo mundo vai arrumar, vamos. Vocês que estão aí fora entrem.
B: Eu vou ali no banheiro.
Professor: Vá e volte correndo.
C: Eu também vou.
Professor: Agora só quando ele voltar.
Gente eu vou copiar no quadro uma atividade sobre o assunto da última aula. Vocês
lembram? Vocativo e aposto.
Abram o caderno pra copiar.
(O professor procura em seus pertences uma folha, assim que encontra ele copia no
quadro as seguintes questões: 1) Destaque o aposto das frases abaixo. a) Viajamos por
vários países, França, Itália e Alemanha. b) Santos Dumont, o inventor do 14 Bis, um
cânone histórico da humanidade. c) São Paulo, a maior metrópole brasileira, enfrenta
problemas sociais. 2) Destaque o Vocativo das frases abaixo. a) Tenho esperança, meu
filho, não desanime. b) Tome cuidado garoto, poderás se machucar. c) Oh Pai,
obrigado por proteger-me. d) Amigo, posso pedir-lhe um abraço? 3) Sublinhe o vocativo
e aposto das frases e classifique. a) Chegou a hora da verdade amigos. b) A melhor
praia, de Salvador, é a de São Carlos. c) Pedro, meu irmão, foi eleito deputado.)
14:55
Professor: Agora respondam e depois do recreio vamos corrigir. Todo mundo em
silêncio copiando. O que tá aqui é muito simples e fácil.
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15:48 (Professor retorna pra sala e senta no birô aguardando os alunos voltar,
enquanto isso alguns alunos chegam perto dele e ficam conversando.)
Professor: Vou dar mais um tempinho pra vocês que eu to vendo que tem gente que
ainda não respondeu.
Você mesmo nem copiou né. (Ele aponta pra uma aluna)
F: Copiei sim, olhe aqui.
Professor: Mas não respondeu, vá responder.
G: Eu não sei fazer isso não.
Professor: Na hora da correção você vai ver como é.
16:01
Professor: Vamos lá. Correção, atenção.
A: Professor explique de novo o assunto.
Professor: Eu vou explicar, vou corrigir e explicar.
Primeiro: Destaque o aposto das frases abaixo. Letra "a" Viajamos por vários países,
França, Itália e Alemanha. Onde tá o aposto aqui?
B: Depois da vírgula.
Professor: Isso. Então lembrem, o aposto, vem normalmente entre duas
vírgulas. Ele explica algo, esclarece uma informação do texto e pode também
resumir um acontecimento.
Letra "b" Santos Dumont, o inventor do 14 Bis, um cânone histórico da humanidade. E
agora?
C: O inventor do 14 Bis?
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Professor: Sim. Vejam aqui. Tudo que está entre as vírgulas tá explicando o resto da
frase. Então, isso é um aposto.
Letra "C" São Paulo, a maior metrópole brasileira, enfrenta problemas sociais.
C: a maior metrópole brasileira.
Professor: Certo! Mai uma vez ele tá explicando
Segundo. Destaque o Vocativo das frases abaixo. Letra "a" Tenho esperança, meu
filho, não desanime.
Cadê o vocativo?
A: Meu filho?
Professor: Sim.
Lembrando o que é o vocativo é uma expressão da qual chamamos ou
interpelamos alguma coisa presente ou ausente. Ele também pode vir entre
duas vírgulas do mesmo modo que o aposto, mas nisso não é uma regra. É
como se a pessoa estivesse invocando algo. Por exemplo: "Meu filho", "Deus"
e assim por diante.
Letra "b" Tome cuidado garoto, poderás se machucar.
G: Essa eu ninguém sabe.
Professor: Ninguém? vamos lá quem sabe?
A: Garoto.
Certo.
Letra "c" Oh Pai, obrigado por proteger-me.
B: Oh Pai.
Professor: Certíssimo. Letra "d" Amigo, posso pedir-lhe um abraço?
D: Amigo.
Professor: Muito bem. Aqui é como se ele estivesse chamando o amigo.
Terceiro. Sublinhe o vocativo e aposto das frases e classifique. Letra "a" Chegou a hora
da verdade amigos.
Onde está e o que é, vocativo ou aposto.
F: aposto.
H: Vocativo
Professor: Chutando todo mundo acerta. Aqui é vocativo. Sublinhem a-m-i-g-o.
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tecnologia. Veja agora quanto tempo em média o álcool leva para desaparecer de seu
corpo:
Um copo de cerveja (350 ml) – 1 hora;
Uma dose de vinho (150 ml) – 1 hora e 25 minutos;
Uma dose de uísque, tequila ou pinga (50 ml) – 1 hora e 15 minutos.
E não adianta reclamar dizendo que o aparelho está estragado, a margem de erro do
bafômetro, segundo o Inmetro, é de apenas 1 %.
Lígia Alves."
14:53
Professor: Pronto copiem!
(A turma copia o texto do quadro. Em alguns momentos surge conversas paralelas.
Enquanto isso o professo espera sentado no birô os alunos terminarem a cópia)
15:23
Professor: Pronto, olha gente vocês sabem o que é a lei seca?
A: Sei. É aquela que não pode beber e dirigir.
Professor: Isso. Agora vejam. Essa lei é nova. Faz pouco tempo que foi feita. É assim,
se você beber dois copos de cerveja e for dirigir, vai ter que pagar 1900 reais de multa.
Ela aumentou, antes era 995 reais. Perde a habilitação que é a carteira de motorista e o
carro vai ser apreendido. Olha que coisa. Vocês acham isso certo?
B: Eu acho.
C: Não. A pessoa não pode nem beber.
Professor: Você que não pode beber de jeito nenhum né. Que é um menino ainda.
C: A pois eu bebo sim.
Professor: Tá errado você e quem lhe dá bebida.
Voltando ao assunto. Se o motorista estiver embriagado ele pode ser até preso. Olha
gente aqui nos podemos ver a quantidade de bebida que já pode ocasionar uma multa.
Quais são?
A: Uma taça de vinho ou uma tulipa de chop.
Professor: Agora pensem o seguinte: O que pode acontecer quando alguem bebe e
dirige?
B: Bater e morrer.
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Professor: Se morresse só a pessoa que bebe ainda ia, mas ele pode morrer e ainda
matar outras pessoas inocentes.
Veja o risco. E quando não morre pode ficar paraplégico ou perder um membro.
Olha tá na hora do intervalo.
Depois dele vocês vão fazer uma redação sobre esse assunto e me entregar. Vai valer
nota.
A: Eita professor.
D: Faça isso não.
Professor: Já tá feito. Até amanhã
15:30 (Alunos saem para o intervalo)
AULA VIII
14:44
Professor: Boa tarde.
Vários alunos: Boa tarde. Vamos continuar o assunto de ontem.
(Professor Chega na sala pra sala e escreve no quadro o tema da redação. "A Lei
seca")
Professor: Pronto podem começara fazer a redação que eu falei ontem. Façam bem
feito eu quero no mínimo 20 linhas.
A: Como é mesmo professor?
Professor: Eu quero que vocês falem sobre a Lei seca, sobre os benefícios dela e os
perigos de beber e dirigir.
B: Bora, vou fazer logo.
C: Oxe. Isso tudo? Não, é muito. Só vou fazer 10.
Professor: Problema seu. Só ganha a nota pela metade também.
Vão comecem.
Qualquer coisa venham até aqui.
(Os alunos começam a escrever, alguns levantam e pedem alguma orientação ao
professor e ele os ajuda individualmente na produção do texto.)
15:15
(Alguns alunos começam a entregar a redação pronto)
D: Pronto.
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E: Terminei também
Professor: Sente e espera a hora do intervalo. Sem fazer barulho viu.
F: Tome professor a minha. Eu vou no banheiro.
Professor: Vá.
(O professor aguarda o restante da turma terminar a redação.)
15:25
Professor: Todo mundo me entregando a redação e podem sair pro recreio. xau.
A: Xau professor.
B: Xau
C:Xau