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Produtos Perigosos 

Produtos Perigosos são aqueles que podem causar danos à


saúde e ao meio ambiente, porém necessários à vida moderna.
Como exemplos podemos citar os combustíveis, lubrificantes,
defensivos agrícolas, cloro (para uso  de produtos de limpeza e
tratamento de água), tintas, vernizes, resinas, ácido sulfúrico
(insumo industrial para diversos produtos. Consideram-se
produtos perigosos os relacionados pela Portaria nº 204 do
Ministério dos Transportes

Diferença entre Produto Perigoso e  Carga Perigosa.

Embora apresentem semelhanças, têm características


diferentes que podem ser vistas da seguinte forma:

a) O produto perigoso oferece risco armazenado no depósito ou


sendo transportado.

Exemplo: Um tambor contendo 200 litros de


gasolina.                                             

b) A carga perigosa estacionada no pátio da empresa não


oferece risco, o que só acontece quando está sendo
transportada.

Exemplo:  Um transformador de energia elétrica pesando 110


toneladas.

Com base nessas informações podemos afirmar que:  "Todo


produto perigoso é sempre uma carga perigosa, mas, nem
sempre uma carga perigosa é um produto perigoso".

Particularidades das Cargas de Produtos Perigosos :

 Entre as modalidades de transporte de cargas de produtos


perigosos destacamos o transporte rodoviário que pode ser feito
por veículos e equipamentos, como tanques e contêineres,
especificamente destinados a esse tipo de serviço, sendo
fabricados de acordo com as normas brasileiras ou, na
inexistência desta, com a norma internacional aceita, devendo a
sua adequação para o transporte a que se destina, receber o
atestado do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial – INMETRO.

Transporte rodoviário de carga de produtos perigosos

O transporte rodoviário de cargas de produtos perigosos, pode


ser realizado das seguintes formas:

a)  De carga a granel: Produto que deve ser transportado sem


qualquer embalagem, contido apenas pelo equipamento de
transporte, seja ele tanque, caçamba, contêiner;

b) De carga embalada ou fracionada: Produto que no ato do


carregamento, descarregamento ou transbordo do veículo
transportador é manuseado juntamente com o seu recipiente.
No caso do contêiner, o produto deve ser embalado somente se
este não for considerado o próprio recipiente.  

Classificação dos Produtos Perigosos: 

 A classificação adotada para os produtos perigosos, feita com


base no tipo de risco que apresentam e conforme
Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos das
Nações Unidas, compõe-se das seguintes classes:

Classe 1 – Explosivos

Classe 2 – Gases, com as seguintes subclasses:

2.1 – gases inflamáveis;

2.2 – gases não inflamáveis;

2.3 – gases tóxicos.

Classe 3 – Líquidos Inflamáveis;

Classe 4 – Esta classe se subdivide nas seguintes


subclasses:

4.1 – Sólidos Inflamáveis;


4..2 – Substâncias Sujeita a Combustão Espontânea;

4.3 – Substâncias que, em contato com água emitem gases


inflamáveis;

Classe 5 – Esta classe se subdivide nas seguintes


subclasses:

5.1 – Substâncias Oxidantes;

5.2 – Peróxidos Orgânicos;

Classe 6 – Esta classe se subdivide nas seguintes


subclasses:

6.1 – Substâncias tóxicas (venenosas)

6.2 – Substâncias Infectantes;

Classe 7 – Materiais Radioativos;

Classe 8 - Corrosivos;

Classe 9 - Substâncias Perigosas Diversas.

Número de risco:

Os números de risco que indicam o tipo e a intensidade do


risco, são formados por dois ou três algarismos e a importância
do risco é registrada da esquerda para a direita.

Os algarismos que compõem os números de risco têm o


seguinte significado:

2: significa emissão de gás devido a pressão ou reação


química;

3: significa inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases, ou


líquido sujeito a auto-aquecimento; ]

4: significa inflamabilidade de sólidos, ou sólidos sujeitos a


auto-aquecimento;

5: significa efeito oxidante (favorece incêndio);


6: significa toxidade;

7: significa radioatividade;

8: significa corrosividade;

9: significa risco de violenta reação espontânea.

A repetição de um número indica, em geral, aumento da


intensidade daquele risco específico.

Exemplo: 33 – é o significado de um produto líquido e muito


inflamável.

A letra “X” antes dos algarismos, significa que a substância


reage perigosamente com água.

Exemplo: X886- é o significado de um produto muito corrosivo,


que reage perigosamente com água.

Quando o risco associado a uma substância puder ser


adequadamente indicado por um único número, este será
seguido por “zero”, conforme as combinações que se seguem:
20; 30; 40; 50; 60; 70; 80 e 90.

Relação das combinações dos números de risco e seus respectivos


significados:

20 ..................: gás inerte;

21.................. : gás refrigerado;

222................ : gás inflamável refrigerado;

225 ...............: gás oxidante (favorece incêndios); refrigerado;

23................. : gás inflamável;

236 ...............: gás inflamável tóxico;

239 ...............: gás inflamável, sujeito a violenta reação


espontânea;

25..................: gás oxidante (favorece incêndios);


26..................: gás tóxico;

265................: gás tóxico oxidante (favorece incêndios);

266 ...............: gás muito tóxico;

268 ...............: gás tóxico, corrosivo;

286 .............. : gás corrosivo, tóxico;

30..................: líquido inflamável, ou líquido sujeito a auto


aquecimento;

323 ...............: líquido inflamável, que reage com água,


desprendendo gases inflamáveis;

X323.............: líquido inflamável, que reage perigosamente com


água, desprendendo gases inflamáveis;

33 .................: líquido muito inflamável;

333................: líquido pirofórico (pode inflamar na temperatura


ambiente em contato com o ar);

X333.............: líquido pirofórico, que reage perigosamente com


água;

336................: líquido muito inflamável, tóxico;

338 ...............: líquido muito inflamável, corrosivo;

X338..............: líquido muito inflamável, corrosivo, que reage


perigosamente com água;

339 ...............: líquido muito inflamável, sujeito a violenta


reação espontânea;

36................. : líquido sujeito a auto-aquecimento, tóxico;

362.................:líquido inflamável, tóxico, que reage com água,


desprendendo gases inflamáveis;

X362.............: líquido inflamável, tóxico, que reage


perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis;
38..................: líquido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo;

382.................:líquido inflamável, corrosivo, que reage com


água desprendendo gases inflamáveis;

X382........... líquido inflamável, corrosivo, que reage


perigosamente com água, desprendendo gases inflamáveis;

39 ..............: líquido inflamável, sujeito a violenta reação


espontânea;

40 ...............: sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-


aquecimento;

423............ : sólido inflamável que reage com água


desprendendo gases inflamáveis;

X423...........: sólido inflamável que reage perigosamente com


água, desprendendo gases inflamáveis;

44............... : sólido inflamável, que a uma temperatura elevada


se encontra em estado fundido:

446 ..............:sólido inflamável, tóxico, que a uma temperatura


elevada se encontra em estado fundido;

46 ...............: sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-


aquecimento, tóxico;

462 .............: sólido tóxico, que reage com água, desprendendo


gases inflamáveis;

48 ...............: sólido inflamável, ou sólido sujeito a auto-


aquecimento, corrosivo;

482 .............: sólido corrosivo, que reage com água,


desprendendo gases inflamáveis;

50................ : produto oxidante (favorece incêndios);

539 .............: peróxido orgânico, inflamável;

55 ...............: produto muito oxidante (favorece incêndios);

556 .............: produto muito oxidante (favorece incêndios),


tóxico;

558............. : produto muito oxidante (favorece incêndios),


corrosivo;

559.............: produto muito oxidante (favorece incêndios),


sujeito a violenta reação espontânea;

56............... : produto oxidante (favorece incêndios), tóxico;

568 .............: produto oxidante (favorece incêndios), tóxico,


corrosivo;

58 ...............: produto oxidante (favorece incêndios), corrosivo;

59 ...............: produto oxidante (favorece incêndios), sujeito


a violenta reação espontânea;

60............... : produto tóxico ou nocivo

63............... : produto tóxico ou nocivo, inflamável;

638 .............: produto tóxico ou nocivo, inflamável, corrosivo;

639 .............: produto tóxico ou nocivo, inflamável, sujeito a


violenta reação espontânea;

66................ : produto muito tóxico;

663............. : produto muito tóxico, inflamável;

68 ...............: produto tóxico ou nocivo, corrosivo;

69............... : produto tóxico ou nocivo, sujeito a violenta


reação espontânea;

70 ...............: material radioativo;

72 ...............: gás radioativo;

723 .............: gás radioativo, inflamável;

73 ...............: líquido radioativo, inflamável;


74............... : sólido radioativo, inflamável;

75............... : material radioativo, oxidante (favorece incêndios);

76 .............. : material radioativo, tóxico;

78................: material radioativo, corrosivo;

80............... : produto corrosivo;

X80............. : produto corrosivo que reage perigosamente com


água;

83............... : produto corrosivo, inflamável;

X83 .............: produto corrosivo, inflamável, que reage


perigosamente com água;

839..............: produto corrosivo, inflamável, sujeito a violenta


reação espontânea;

X839........... : produto corrosivo, inflamável, sujeito a violenta


reação espontânea e que reage perigosamente com água;

85............... : produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios);

856............. : produto corrosivo, oxidante (favorece incêndios),


tóxico;

86 ...............: produto corrosivo, tóxico;

88 ...............: produto muito corrosivo;

X88............. : produto muito corrosivo, que reage


perigosamente com água;

883.............. : produto muito corrosivo, inflamável;

885.............. : produto muito corrosivo, oxidante (favorece


incêndios);

886.............. : produto muito corrosivo, tóxico;

X886.............: produto muito corrosivo, tóxico, que reage


perigosamente com água;

89................ : produto corrosivo, sujeito à violenta reação


espontânea;

90................ : produtos perigosos diversos.  

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Situações emergenciais

Situações emergenciais são as ocorrências


caracterizadas por um ou mais dos seguintes fatos:

1) Derramamento da carga

2) Vazamento da carga;

3) Acidente de trânsito;

4) Pane no veículo;

5) Incêndio ou principio de incêndio.

Procedimentos iniciais em atendimentos a


situações emergenciais

a) Ao se aproximar do local da ocorrência mantenha-


se com o vento pelas costas, para evitar inalação de
fumaça, vapores ou gases. Vapores podem causar
tonturas ou sufocação;

b) Mantenha-se calmo e sempre a uma distância


segura para identificar a inscrição no painel de
segurança ou no rótulo de risco, não seja mais uma
vítima. Nesses casos o uso do binóculo é
recomendável;

c) Não toque no produto derramado e nem ande sobre


o mesmo para evitar lesões no corpo. O contato pode
causar irritação ou queimaduras na pele e nos olhos;

d) Comunique-se imediatamente com a “Central de


Operações” passando todas as informações sobre a
ocorrência, tais como local, placa do veículo, nome do
condutor, número do produto na ONU, número de
risco, classe do produto, tempo e tráfego, sentido da
pista e outros que forem solicitados. Caberá à “Central
de Operações” desencadear o plano de emergência,
acionando os demais órgãos, bem como o fabricante,
expedidor e transportador. Acatar recomendações
contidas na Ficha de Emergência e Envelope para o
Transporte.

e) Sinalize o local, canalizando o trânsito e isole a


área, pois o isolamento é a primeira tarefa para se
manter o controle do local.

Obs: Em pequenos derramamentos procure absorve-lo


com areia ou outro material absorvente não
combustível ou confine (concentre) o fluxo longe do
derramamento não permitindo a entrada em cursos
d`água, esgotos, porões ou áreas confinadas.

Regulamento do Transporte  Rodoviário de Produtos


Perigosos

       
   
O tráfego de veículos transportando produtos
perigosos é intenso. O volume transportado norte-sul
e vice-versa é expressivo, despontando como
principais vias de escoamento as BR 101 e 116, que
encontram-se em condições precárias, em
determinados trechos, dificultando o transporte
rodoviário de um modo geral. 

 
De acordo com o mapeamento (do extinto
DNER) de rotas de transportes de alguns
dos mais importantes produtos perigosos
que circulam pelo país, é na região
sudeste onde se localizam os principais
municípios de origem dessas rotas, que
têm como destinos várias outras cidades
brasileiras. 

Como exemplo citamos a cidade de


Cubatão de onde saíram, em 1997, um
total de 235.747 toneladas de Hidróxido de
Sódio, tendo como destino outras cidades
importantes do país como: Resende-RJ;
Araucária-PR; Joinvile-SC; Recife-PE e
mais treze municípios do Estado de São
Paulo. 

Quanto aos demais produtos que circulam


com maior intensidade temos: Ácido
Sulfúrico, Amônia; Ácido Clorídrico,
Dormaldeído, Cloro, Formaldeído,
Hipoclorito de Sódio; Metanos, Peróxidos
de Hidrogênio, Resina Fenólica.

Sabemos que esse tipo de transporte não é


recente e apesar de ser considerado pelos
governantes, um assunto relevante por
envolver a preservação do meio ambiente
bem como a integridade física das pessoas
que encontram ligadas diretamente com
esse tipo de serviço, no Brasil, só foi
regulamentado em 1988 pelo decreto nº
96.044, do Ministério dos Transportes,
aprovado pelo então Presidente da
República, Sr José Sarney.

Lamentavelmente, essas medidas só foram


tomadas após acontecimentos de
ocorrências danosas, entre elas
destacamos a explosão de um caminhão
carregado de dinamite num município do
estado do Paraná, em 1972, causando
perdas irreparáveis de vidas humanas e
prejuízos materiais de grande monta, a
outra foi no Mercado São Sebastião, na
cidade do Rio de Janeiro, em meados de
1977, quando durante a operação de
descarregamento de um produto
conhecido como "Pó da China", vários
operários se contaminaram, causando a
morte de alguns e doenças graves em
outros. 

Sabemos que a falta de conhecimentos


com relação aos cuidados indispensáveis
durante o carregamento, transbordo e
descarregamento desses produtos, foi a
causa principal desta tragédia, visto que,
não usavam nenhum tipo de equipamento
de proteção individual.

Hoje, a situação é bem diferente, além do


documento que regulamenta esse tipo de
transporte, existem outros que o
complementam, objetivando dar segurança
aos que manuseiam e transportam esses
produtos.

O transporte rodoviário de carga de


produtos perigosos pode ser feito: de carga
a granel (produto que deve ser
transportado sem qualquer embalagem,
contido apenas pelo equipamento de
transporte, seja ele tanque, caçamba,
contêiner), e de carga embalada ou
fracionada (produto que no ato do
carregamento, descarregamento ou
transbordo do veículo transportador é
manuseado juntamente com o seu
recipiente. No caso do contêiner, o produto
deve ser embalado somente se este não for
considerado o próprio recipiente).

O transporte,  por via pública, de produto que


seja perigoso ou represente risco para a saúde
de pessoas, para a segurança pública ou para
o meio ambiente, fica submetido às regras e
procedimentos estabelecidos pelo Decreto
nº96044 de 18 de maio de 1988, sem prejuízo
do disposto em legislação e disciplina peculiar
a cada produto.

Para os efeitos deste Regulamento é


produto perigoso o relacionado em Portaria
do Ministério dos Transportes.

No transporte de produtos explosivos e de


substância radioativa serão observadas,
também, as Normas específicas do
Ministério do Exército e da Comissão
Nacional de Energia Nuclear,
respectivamente.

As questões ligadas a esse tipo de


transporte interessam não só aos
fabricantes e transportadores, mas
também às organizações públicas e
privadas que, de alguma forma, estão
ligadas à segurança do trânsito em redes
viárias.  

O transporte de produto perigoso é


proibido, juntamente com: alimentos ou
medicamentos destinados ao consumo
humano ou animal, ou ainda com
embalagens de produtos destinados à
estes fins.

É proibido o transporte de produtos


perigosos incompatíveis entre si, bem
como com produtos não perigosos em um
mesmo veículo, quando houver
possibilidade de risco, direto ou indireto,
de danos a pessoas, bens ou ao meio
ambiente.

Em veículos de transporte de passageiros,


as bagagens só poderão conter produtos
perigosos de uso pessoal (medicinal ou
toucador) em quantidade nunca superior a
um quilograma ou um litro.

Durante as operações de carga,


transporte, descarga, transbordo, limpeza
e descontaminação os veículos e
equipamentos utilizados no transporte de
produto perigoso deverão portar rótulos de
risco e painéis de segurança específicos,
de acordo com as NBR 7500 e NBR 8286.

Para o transporte de produto perigoso a


granel os veículos deverão estar equipados
com tacógrafo, ficando os discos utilizados
à disposição do expedidor, do contratante,
do destinatário e das autoridades com
jurisdição sobre as vias, durante três
meses, salvo em caso de acidente, hipótese
em que serão conservados por um ano.

O veículo transportando produto perigoso


só poderá estacionar para descanso ou
pernoite em áreas previamente
determinadas pelas autoridades
competentes e, na inexistência de tais
áreas, deverá evitar o estacionamento em
zonas residenciais, logradouros públicos
ou locais de fácil acesso ao público, áreas
densamente povoadas ou de grande
concentração de pessoas ou veículo

Quando por motivo de emergência, parada


técnica, falha mecânica ou acidente o
veículo parar em local não autorizado,
deverá permanecer sinalizado e sob
vigilância de seu condutor ou de
autoridade local, salvo se a sua ausência
for imprescindível para a comunicação do
fato, pedido de socorro ou atendimento
médico.

As conseqüências de qualquer acidente


envolvendo um veículo transportando
produto perigoso podem ser sentidas não
só por usuários das vias, mas por
comunidades próximas ao local.

Somente em caso de emergência o veículo


poderá estacionar ou parar nos
acostamentos das rodovias.

Nota: É comum, observarmos a presença


de veículos utilizados no transporte de
produtos perigosos estacionados nos
acostamentos das rodovias, bem como
junto ao meio-fio nas ruas e avenidas das
áreas (urbanas) residenciais de algumas
cidades. Fatos dessa natureza devem ser
impedidos pelos órgãos fiscalizadores de
jurisdição sobre a via como medida
preventiva para evitar acidentes de
natureza grave.          

Transporte de Produtos Perigosos

A Lei 10.233/0, art.22 inciso VII,


determina que constitui esfera de atuação
da ANTT, o transporte de cargas
especiais e perigosas em rodovias e
ferrovias . As legislações do Ministério dos
Transportes, aquelas compiladas, as
futuras atualizações bem como as novas
normas editadas pela ANTT determinam
regras de segurança, bem como, as
responsabilidades de cada agente
envolvido com essas operações.

No Brasil e no âmbito do MERCOSUL,


para as atividades de transportes de
cargas em seus diversos modais -
rodoviário, ferroviário, hidroviário,
marítimo ou aéreo, são considerados
perigosos aqueles produtos classificados
pelas Nações Unidas e publicados no
Modelo de Regulamento - Recomendações
para o Transporte de Produtos Perigosos
conhecido como Orange Book.

A RESOLUÇÃO Nº 420, DE 12 DE
FEVEREIRO DE 2004, que estabelece
Instruções Complementares ao
Regulamento do Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos, foi atualizada com
base na 11ª e na 12ª edições da ONU e a
versão correspondente do Acordo Europeu
para o Transporte Rodoviário e do
Regulamento Internacional Ferroviário de
Produtos Perigosos adotado na Europa.

Esta Resolução agregou o resultado da


análise, realizada pela equipe técnica da
GETES/SULOG, sobre as sugestões
apresentadas ao texto da minuta de
Instruções Complementares
disponibilizada para Consulta Pública,
durante o período de dezembro de 2001 a
junho de 2002. Incorporou também o
produto da consideração técnica da ANTT
sobre as contribuições oferecidas por
ocasião da audiência pública, realizada no
período compreendido entre 15 de
setembro e 10 de outubro de 2003, a que a
minuta foi submetida.

       

Prescrições para o Transporte


Rodoviário de Produtos Perigosos

       
 
As prescrições (regras) a seguir, exceto
indicação em contrário, são aplicáveis ao
transporte de produtos perigosos. Elas
constituem as precauções mínimas que
devem ser observadas para a prevenção de
acidentes, bem como para restringir os
efeitos de um acidente ou emergência.

- Qualquer unidade de transporte, se


carregada com produtos perigosos deve
portar:

1) extintores de incêndio portáteis e com


capacidade suficiente para combater
princípio de incêndio;

a) do motor ou qualquer outra parte da


unidade de transporte (conforme
Resolução do CONTRAN n º157/04);
b) do carregamento, caso o  primeiro seja
insuficiente ou inadequado (conforme NBR
12710)

2) um jogo de ferramentas adequado para


reparos em situações de emergência
durante a viagem;

3) por veículo, no mínimo dois calços de


dimensões apropriadas ao peso do veículo
e ao diâmetro das rodas, e compatíveis
com o material transportado, os quais
devem ser colocados de forma a evitar
deslocamento do veículo em qualquer dos
sentidos possíveis.

- Um reboque carregado de produtos


perigosos deixado em local público,
desatrelado e longe do veículo trator,
deverá ter, pelo menos, um extintor
adequado ao combate de princípio de
incêndio.

- É proibido o transporte de produtos


perigosos incompatíveis entre si, bem
como com produtos não-perigosos em um
mesmo veículo, quando houver
possibilidade de risco, direto ou indireto de
danos a pessoas, bens ou ao meio
ambiente.

-Veículos e equipamentos que tenham


transportado produtos capazes de
contaminá-los devem ser inspecionados
após a descarga para garantir que não
haja resíduos do carregamento.

No caso de contaminação, deverão ser


cuidadosamente limpos e
descontaminados em locais e condições
que atendam às determinações dos órgãos
do meio ambiente.

- Em veículos de transporte de
passageiros, as bagagens só poderão
conter produtos perigosos de uso pessoal
(medicinal ou artigos de toucador) em
quantidade nunca superior a um
quilograma ou um litro. Está proibido o
transporte de qualquer quantidade de
substâncias das classes 1 e 7 nesses
veículos.

- Os produto explosivos devem ser


transportados em veículos de caixa
fechada ou enlonados. A lona deve ser
impermeável e resistente ao fogo e
colocada de forma a cobrir bem a carga e
sem possibilidade de se soltar.

- Durante o transporte de produtos da


classe 1, as paradas por necessidade de
serviço devem, tanto quanto possível, ser
efetuadas longe dos locais habitados ou de
locais com grande afluxo de pessoas. Se
for imperioso fazer uma parada
prolongada nas imediações de tais locais,
as autoridades devem ser notificadas.

- As embalagens desses produtos devem


ser arrumadas nas unidades de transporte
de maneira que não possam se deslocar ou
cair e devem ser protegidas contra
qualquer atrito ou choque. Além disso, as
embalagens não devem ser recobertas por
volumes contendo outras mercadorias.
Deverão ser dispostas de forma que
possam ser descarregadas no destino,
uma a uma, sem que seja necessário
refazer o carregamento.

- Veículos transportando produtos


perigosos, da classe 1, quando circularem
em comboio, devem manter uma distância
mínima de 80 m entre as duas unidades
de transporte. Se por qualquer razão, o
comboio for obrigado a parar, deve ser
mantida uma distância de 50 m entre os
veículos estacionados.
- O equipamento elétrico de veículos que
transportam gases inflamáveis deve ser
protegido de forma a evitar centelha.

- Durante o transporte de produtos tóxicos


da subclasse 2.3, as paradas por
necessidade de serviço devem, tanto
quanto possível, ser efetuadas longe dos
locais habitados ou com grande fluxo de
pessoas.

Se for imperiosa uma parada prolongada


nas imediações de tais lugares, as
autoridades devem ser notificadas.

- Os tanques e contêineres que tenham


contido produtos da classe 3 (líquidos
inflamáveis), que se encontrem vazios e
sem terem sido descontaminados ou
desgaseificados, para serem mobilizados,
devem estar fechados da mesma maneira e
com as mesmas garantias de
estanqueidade que deveriam apresentar se
estivessem carregados.

- Durante as operações de carga e


descarga de líquidos inflamáveis a granel,
os tanques devem estar aterrados.

- Os recipientes e embalagens contendo


produtos da classe 4 (sólidos inflamáveis)
devem ser estivados no veículo de maneira
que não se desloquem sem sejam
submetidos a atrito ou choques.

- Durante o transporte de produtos da


subclasse 6.1 (substâncias tóxicas), as
paradas por necessidade de serviço devem,
tanto quanto possível, ser efetuadas longe
de locais habitados ou de locais com
grande afluxo de pessoas. Se for imperiosa
uma parada prolongada nas proximidades
de tais lugares, as autoridades devem ser
informadas.
- O veículo transportando produto
perigoso só poderá estacionar para
descanso ou pernoite em áreas
previamente determinadas pelas
autoridades competentes e, na
inexistência de tais áreas, deverá evitar
estacionamento em zonas residenciais,
logradouros públicos ou locais de fácil
acesso ao público, áreas densamente
povoadas ou de grande concentração de
pessoas e veículos.

- Quando por motivo de emergência, para


técnica, falha mecânica ou acidente, o
veículo parar em local não autorizado,
deverá permanecer sinalizado e sob
vigilância de seu condutor ou de
autoridade local, salvo se a sua ausência
for imprescindível para a comunicação do
fato, pedido de socorro ou atendimento
médico.

- Somente em caso de emergência o


veículo utilizado no transporte rodoviário
de produtos perigosos poderá estacionar
ou parar nos acostamentos das rodovias.

Identificação de Veículos que


Transportam Produtos Perigosos

Nos casos em que o transporte de


produtos perigosos exigir uma sinalização,
a unidade de transporte deverá, de acordo
com a NBR 8286, conter:

a) uma sinalização geral, indicativa de


"Transporte de Produtos Perigosos",
através de painéis de segurança;

b) uma sinalização indicativa da "Classe


ou subclasse de risco do produto
transportado", através de rótulos de
risco.

As unidades de transporte a granel,


quando trafegando vazias sem terem sido
descontaminadas, devem permanecer com
os rótulos de risco e painéis de segurança,
assim como continuar portando a ficha de
emergência dentro do envelope para o
transporte, ou seja, estão sujeitas às
mesmas prescrições (regras) que os
veículos carregados. Os tanques de carga
deverão estar com os compartimentos
fechados.

A aposição do painel de segurança e do


rótulo de risco no transporte de
produtos perigosos deve obedecer
recomendações contidas na NBR. Nas
figuras abaixo mostramos  como deve
ser com  carga a granel de um único
produto, na mesma unidade de
transporte. Mais informações entre em
contato:
fcorpas@atividadesrodoviarias.pro.br

a) na frente :

- o painel de segurança, do lado esquerdo


(lado do motorista), onde figuram, na parte
superior, o número de identificação de
risco do produto e, na parte inferior, o
número de identificação do produto (ONU),
conforme Portaria n º 204 MT.

b) na traseira:
- o painel de segurança, do lado esquerdo
(lado do motorista), idêntico ao colocado
na frente, e o rótulo indicativo da classe
ou subclasse de risco principal e
subsidiário (quando houver) do produto.

c) nas laterais:

- o painel de segurança, idêntico aos


colocados na frente e na traseira, e o
rótulo indicativo da classe e subclasse de
risco principal e subsidiário (quando
houver) do produto, colocados do centro
para a traseira, em local visível.

 
Obs:  Conforme o rótulo de risco, trata-se
de um produto da classe 6 - (tóxico),

Na parte superior do painel de segurança o


nº 60 significa a identificação de risco
correspondente aos produtos tóxicos ou
nocivos.

O número do produto  2609 (ONU), na


parte inferior significa , conforme Portaria
nº204 MT, que o seu  nome é Borato de
Trialila.

Painel de Segurança

É um retângulo de cor alaranjada,


indicativo de transporte rodoviário de
produto perigoso.

Deve conter dois campos distintos, sendo


que o campo superior é destinado ao
número de identificação de risco, o qual é
constituído de até três algarismos e, se
necessário, a letra x, antes do referido
número se for expressamente proibido o
uso de água no produto. No campo
inferior, deve ser colocado o número do
produto (ONU), formado por quatro
algarismos,  conforme Portaria nº 204, do
Ministério dos Transportes.

Na ausência de risco subsidiário, deve ser


colocado como segundo algarismo "zero"

No caso de gás, nem sempre o primeiro


algarismo significa risco principal.

A repetição de um número indica em geral


aumento da intensidade daquele risco
específico, por exemplo: 30 - inflamável;
33 - muito inflamável.

Os painéis de segurança podem ser de


material refletivo, fosforescente ou outro
que tenha por objetivo facilitar a
visualização, principalmente durante a
noite.

Devem também, ser na cor alaranjada e os


números de identificação de risco e do
produto indeléveis (indestrutíveis), na cor
preta.

Não é permitida a utilização do verso do


painel de segurança removível, para
indicar outro produto que não esteja
sendo transportado, também não podendo
ser na cor alaranjada (de preferência na
cor preta).

Dimensões do painel de segurança

1) para uso em caminhões e seus


rebocados:

a) largura do painel - 400 mm;

b) altura do painel - 300 mm;

c) borda do painel - 10 mm;

d) largura do número/letra - 55 mm;

e) altura do número/letra - 100 mm;

f) espaço horizontal entre número/letra -


30 mm;

g) espaço vertical entre linha - 40 mm.

2) para uso em veículos utilitários:

a) largura do painel - 350 mm;

b) altura do painel - 250 mm;

c) borda do painel - 10 mm;

d) largura do número/letra - 50 mm;


e) altura do número/letra  - 78 mm;

f) espaço horizontal entre número/letra -


22 mm;

g) espaço vertical entre linha - 30 mm.

Tipos de Algarismos

Tipos de algarismos a empregar na


confecção do painel de segurança.

O algarismo "7", pode ser escrito também


sem a barra.

Tipos de Painéis de Segurança

1) Tipo de painel utilizado em unidade de


transporte com mais de um produto de
mesmo risco principal (exceto se for, a
granel: gasolina, diesel, querosene, álcool)
ou de riscos diferentes.

2) Tipo de painel utilizado em unidade de


transporte com produto altamente
corrosivo.

Número de identificação de risco 88 -


(altamente corrosivo)  

Número do produto (ONU) -1775 (ácido


fluorbórico)
3) Tipo de painel utilizado em unidade de
transporte com produto altamente tóxico.

Número de identificação de risco 66 -


(altamente tóxico) -

Número do produto (ONU) - 1670-


(perclorometilmercaptana)

4) Tipo de painel utilizado em unidade de


transporte com produto que é
expressamente  proibido o uso de água.

Número de identificação de risco X423 -


(sólido inflamável que reage perigosamente
com água, desprendendo gases
inflamáveis). -

Número do produto (ONU)- 2257 -


(potássio)

Rótulo de risco

É um losango, em cores diversas, que


apresenta símbolos e ou expressões
emolduradas, referente à classe do
produto perigoso. Deve conter dois campos
distintos, sendo que o campo superior é
destinado ao símbolo de risco e o campo
inferior para o número correspondente à
classe, indicação da subclasse e indicação
do grupo de compatibilidade.

O rótulo de risco referente à subclasse 4.1


e classe 9, deve ter 13 faixas, (sendo 7
faixas vermelhas e 6 faixas brancas para
subclasse 4.1 e 7 faixas pretas e 6 faixas
brancas para a classe 9), cada uma com a
largura de 12 mm para o padrão 100 mm
X 100 mm, podendo ser ampliado ou
reduzido, desde que mantida esta
proporção.

Os símbolos, textos e números devem ser


na cor preta em todos os rótulos, exceto:

a) no rótulo da classe 8, onde o texto e o


número da classe devem ser na cor
branca.

b) nos rótulos de fundo verde, vermelho e


azul, onde os símbolos, textos e números
de classe podem ser na cor branca.

Para a classe 7 (radioativo), os rótulos


devem ter dimensões de 250 m  X 250
mm, com uma linha preta ao redor de toda
a borda, sendo obrigatório, também, a
colocação do nome da classe e demais
informações.

Para as demais classe, devem ser


colocados os textos indicativos da
natureza do risco, no espaço abaixo do
símbolo.

Não é permitida a utilização do verso do


rótulo de risco removível, para indicar
outra classe de risco que não esteja sendo
transportado.

Dimensões do rótulo de risco


1) para embalagens

a) tamanho dos lados: 100 mm

b) moldura: 5 mm

2) para uso em caminhões:

a) tamanho dos lados: 300 mm

b) moldura: 12,5 mm

3) para uso em veículos utilitários

a) tamanho dos lados: 250 mm

b) moldura: 12,5 mm

Modulação da moldura
Nota: O número da classe ou subclasse de
risco deve ser colocado no ângulo inferior
da moldura do rótulo de risco.

Exemplos de Rótulos
de Risco Principal
Exemplos de Rótulos de Risco Subsidiário

Os rótulos de risco subsidiário não têm o número da classe do produto.


Registrador de Velocidade e Tempo

O Registrador instantâneo e inalterável de


velocidade e tempo pode constituir-se num
único aparelho mecânico, eletrônico ou
compor um conjunto computadorizado
que, além das funções específicas, exerça
outros controles.

Registrador instantâneo e inalterável de


velocidade e tempo, provido de disco
diagrama instrumento instalado em
veículos automotores para registro
contínuo, instantâneo, simultâneo e
inalterável, em disco diagrama, de dados
sobre a operação desses veículos e de seus
condutores. O instrumento pode ter
períodos de registro de 24 horas, em um
único disco, ou de 7 dias em um conjunto
de 7 discos de 24 horas cada um. Neste
caso o registrador troca automaticamente
o disco após as 24 horas de utilização de
cada um.

Conjunto computadorizado para registro


eletrônico instantâneo e inalterável de
velocidade, distância percorrida, tempo e
provido de equipamento emissor de fita
diagrama instalado em veículos
automotores para registro eletrônico
instantâneo, simultâneo, inalterável e
contínuo, em memória circular não volátil,
de dados sobre a operação desse veículo e
de seus condutores. O conjunto deverá
obrigatoriamente conter equipamento
emissor de fita diagrama para
disponibilização das informações
registradas.

Informações disponibilizadas: - O
registrador de velocidade deverá
apresentar e disponibilizar a qualquer
momento, pelo menos, as seguintes
informações das ultimas vinte e quatro
horas de operação do veículo:

1)       velocidades desenvolvidas;

2)       distância percorrida pelo veículo;

3)       tempo de movimentação do veículo


e suas interrupções;

4)       data e hora de início da operação;

5)       identificação do veículo;

6)       identificação dos condutores;

7)       identificação de abertura do


compartimento que contém o disco ou de
emissão da fita diagrama.
Para a apuração dos períodos de trabalho
e de repouso diário dos condutores, a
autoridade competente utilizará as
informações previstas nos incisos 3, 4, 5 e
6.

Fiscalização - A fiscalização das


condições de funcionamento do registrador
de velocidade e tempo naqueles veículos
onde seu uso é obrigatório, será exercida
pelos órgãos do Sistema Nacional do
Trânsito.

Na ação da fiscalização o agente


vistoriador deverá verificar e inspecionar:

I)       se o registrador instantâneo e


inalterável de velocidade e tempo
encontra-se em perfeitas condições de uso;

II)     se as ligações necessárias ao seu


correto funcionamento estão devidamente
conectadas e lacradas e seus componentes
sem qualquer alteração;

III)  se as informações previstas acima


estão disponíveis, e se a sua forma de
registro continua ativa;

IV)  se o condutor dispõe do disco


diagrama reserva para manter o
funcionamento do registrador de
velocidade e tempo até o final da operação
do veículo.

O disco diagrama inserido no registrador


de velocidade e tempo deverá conter,
necessariamente, a data da operação, o
número da placa do veículo e o nome ou
prontuário do condutor, a quilometragem
inicial e, ao término de sua utilização, a
quilometragem final do veículo.

Nas operações de fiscalização do


registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo, o agente fiscalizador
deverá identificar-se e assinar o verso do
disco ou fita diagrama, bem como
mencionar o local, a data e horário em que
ocorreu a fiscalização.

Tempo à disposição - Ao final de cada


período de vinte e quatro horas, essas
informações ficarão à disposição da
autoridade policial ou da autoridade
administrativa com jurisdição sobre a via,
pelo prazo de noventa dias.

Em caso de acidente, as informações


referentes às ultimas vinte e quatro horas
de operação do veículo ficarão à disposição
das autoridades competentes pelo prazo de
um ano.

Treinamento - Para a extração, análise e


interpretação dos dados registrados, o
agente fiscalizador deverá ser submetido a
um prévio treinamento sob
responsabilidade do fabricante, conforme
instrução dos fabricantes dos
equipamentos ou pelos órgãos incumbidos
da fiscalização.

Certificado - O registrador instantâneo e


inalterável de velocidade e tempo e o disco
ou fita diagrama para a aprovação pelo
órgão máximo executivo de trânsito da
União, deverá ser certificado pelo
INMETRO, ou entidades por ele
credenciadas.

Requisitos para certificação:

I– possuir registrador próprio, em meio


físico adequado, de espaço percorrido,
velocidades desenvolvidas e tempo de
operação do veículo, no período de vinte e
quatro horas;

II - fornecer, em qualquer momento, as


informações previstas;
III - assegurar a inviolabilidade e
inalterabilidade do registro de
informações;

IV - possuir lacre de proteção das ligações


necessárias ao seu funcionamento e de
acesso interno ao equipamento;

V - dispor de indicação de violação;

VI – ser constituído de material compatível


para o fim a que se destina;

VII – totalizar toda distância percorrida


pelo veículo;

VIII- ter os seus dispositivos indicadores


iluminados adequadamente, com luz não
ofuscante ao motorista;

IX- utilizar como padrão as seguintes


unidades de medida e suas frações:
quilômetro por hora (km/h), para
velocidade; hora (h) para tempo e
quilômetro (km) para espaço percorrido;

X -Situar-se na faixa de tolerância máxima


de erro nas indicações;

XI –possibilitar leitura fácil, direta e sem


uso de instrumental próprio no local da
fiscalização, nos dados registrados no meio
físico.

Autuação - A inobservância do
disciplinado na Resolução 92/99
constitui-se em infração de trânsito
previstas nos art. 238 e 230, incisos, IX,
X, XIV, com as penalidades constantes dos
art. 258, inciso II, 259, inciso II, 262 n2
266 e as medidas administrativas
disciplinares nos art.  270, 271 e 279 do
Código de Trânsito Brasileiro, não
excluindo-se outras estabelecidas em
legislação específica.
Apreensão - Havendo necessidade de
apreensão do registrador instantâneo e
inalterável de velocidade e tempo ou do
dispositivo que contenha o registro das
informações, a autoridade competente fará
justificativa fundamentada.

Crime - A violação adulteração do


registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo sujeitará o infrator às
cominações da legislação penal aplicável.

O quê fiscalizar

A fiscalização do transporte rodoviário de


produtos perigosos, em todo o país, é feita
pelo Inmetro através dos órgãos
integrantes da Rede Brasileira de
Metrologia Legal e Qualidade que atuam
em conjunto com a Polícia Rodoviária na
fiscalização do transporte dessas cargas.

Nessa fiscalização, são verificados se o


veículo transportador e o equipamento, no
qual a carga está acondicionada, atendem
aos regulamentos técnicos exigidos para a
finalidade.

No momento da fiscalização também é


verificado se o motorista traz consigo o
Certificado de Inspeção de Produtos
Perigosos, que quando é relacionado ao
veículo tem validade de um ano, e quando
relacionado ao equipamento que
acondiciona a carga, tem de um a três
anos de validade, dependendo do tipo de
carga.

Os órgãos delegados fazem, ainda, a


verificação metrológica dos equipamentos.
Isso consiste na medição da capacidade
volumétrica dos equipamentos
transportadores de carga perigosa.
É importante ressaltar que esta
fiscalização se atem apenas aos veículos e
equipamentos transportadores de produto
perigoso a granel, tipo: combustíveis,
produtos corrosivos, Gás Liquefeito de
Petróleo - GLP (gás de cozinha) etc.

De acordo com o artigo 41, do


Decreto n º 96.044/88, que
regulamenta o Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos, a fiscalização
compreenderá:

a) Exame dos Documentos de Porte


Obrigatório;

b) Adequação dos rótulos de risco e


painéis de segurança, bem assim dos
rótulos e etiquetas das embalagens, ao
produto especificado no documento fiscal;
e

c) Verificação da existência de
vazamento no equipamento de transporte
da carga a granel, em se tratando de carga
fracionada, sua arrumação e estado de
conservação.

Equipamentos obrigatórios para os veículos que


transportam produtos perigosos

Além  dos equipamentos estabelecidos


pela Resolução do CONTRAN n º 14/98
para a frota de veículos em circulação,
todos os veículos utilizados no transporte
de produtos perigosos, conforme Portaria
nº 204 MT, além dos equipamentos de
proteção individual (EPI) e extintores de
incêndio, deverão obedecer o que consta
na NBR9735.

Esta norma estabelece o conjunto mínimo


de equipamentos que devem acompanhar
o transporte rodoviário de produtos
perigosos para atender às situações de
emergências, acidente ou avaria.

O Conjunto de equipamentos prevê


elementos para sinalização e o isolamento
da área de ocorrência conforme a Ficha de
Emergência, a solicitação de socorro
conforme instruções do Envelope para o
Transporte.

Relação dos equipamentos:

a) dois calços com as seguintes


dimensões:

- altura: 150 mm

- comprimento: 200 mm

- largura: 15o mm

b) jogo de ferramentas adequadas para


reparos em situações emergenciais;

c) dispositivos para
sinalização/isolamento da área:

- 50 m de fita ou corda para isolamento da


área do acidente e da via;
- material para advertência composto de
quatro placas autoportantes, com
dimensões mínimas de 340 mm x 470
mm, com a inscrição "PERIGO, AFSTE-
SE", com seis dispositivos (podendo ser:
tripés ou cones ou cavaletes) para
sustentação da corda ou fita para
caminhões, caminhão trator com semi-
reboque ou outras combinações de
veículos, ou quatro dispositivos para
demais veículos, para sinalizar os quatro
lados do veículo;

- quatro cones para sinalização;

d) dispositivos complementares:

- uma lanterna comum de no mínimo duas


pilhas médias.

Notas:

- a corda deve ter um diâmetro mínimo de


5 mm e a fita uma largura mínima de 70
mm.

- para produtos a granel cujo risco


principal ou subsidiário seja inflamável, a
lanterna tem que ser à prova de explosão.

Os veículos que transportam carga


líquida embalada, além dos
equipamentos citados, podem portar
dispositivos para contenção, tais como:

a) martelo e cones (batoques) diversos de


material não metálico;

b) almofadas;

c) tirantes para fixação da almofada;

Os veículos de carroceria aberta que


transportam "produtos sólidos" de
qualquer uma das classes de risco,
devem portar:
- lona totalmente impermeável, resistente
ao produto, com tamanho 3 m x 4 m,
exceto se já houver lona cobrindo a carga;

- pá;

Os produtos fracionados cuja capacidade


da embalagem individual seja superior a
200 L e transportados em caminhão
furgão estão isentos da obrigatoriedade de
portar lona e pá.

Os veículos que transportam produtos


perigosos "sólidos da classe de risco 1"
(explosivo) devem portar, também:

- pá (de fibra de vidro ou similar);

- enxada (de fibra de vidro ou similar);

Os produtos explosivos devem ser


transportados em caminhão furgão ou em
carroçaria aberta, desde que a carga esteja
coberta com lona.

Os veículos que transportam "óxido de


eteno", além dos equipamentos
obrigatórios relacionados, devem
portar:

- um explosímetro portátil calibrado para


metano;

- nitrogênio em proporção mínima de 0,7


Nm3 (normais metros cúbicos) para cada
1000 L em capacidade tancagem do
veículo transportador de óxido.

- duas chaves de boca de 27 mm (1" 1/16);

- duas juntas de teflon de 50,8 mm (2");

- duas chaves de boca de 22 mm (7/8");

- duas juntas de teflon 43,1 mm (1" 1/2);


- dispositivos para sinalização e
comunicação;

- duas sinaleiras com luz âmbar


intermitente;

- rádio transmissor/receptor na cabina.

Os veículos que transportam "gás


liquefeito de petróleo" envasado, devem
portar:

- EPI e extintores de incêndio;

- dois calços com as seguintes dimensões


mínimas: 150 mm (largura) x 150 mm
(altura) x 200 mm (comprimento);

- jugo de ferramentas adequado para


reparos em situações de emergência
durante a viagem.

Conjunto de equipamentos para


emergência no transporte rodoviário de
"Ácido Fluorídrico" - NBR 10271

Todos os veículos utilizados no transporte


de ácido fluorídrico, além dos EPI - NBR
9734 - e extintores de incêndio devem
portar ferramentas para o reparo de
válvulas do tanque:

a) - uma chave fixa 17/19;

   - uma chave estrela 17/19;

b) calços de dimensões apropriadas ao


peso do veículo e diâmetro das rodas;

c) dispositivos para sinalização e


comunicação:

  - uma lanterna hermética


(completamente fechada);
  - 100 m de fita ou corda para isolamento
da área do acidente e da via e material
para advertência (mínimo de 4 placas
refletivas para a corda ou inscrições
refletivas gravadas respectivamente ao
longo da fita), com dispositivos para
fixação da corda e/ou fita, como por
exemplo:cavalete, tripé;

d) dispositivos para contenção de


derramamentos:

- enxada;

- pá;

e) dispositivos de primeiros socorros:

- 2 pares de luvas cirúrgicas estéries;

- 5 ampolas de 10 cc de gluconato de
cálcio a 105;

- 2 seringas 10 cc descartáveis;

- 1 pote contendo pasta de gluconato de


cálcio a 15;

- 1 rolo de esparadrapo (10 cm x 4,5 cm);

- 1 rolo de atadura de gaze (12 cm);

- 1 rolo de atadura de crepe (10 cm);

- 1 caixa de algodão (mínimo 100 g);

- 1 tesoura;

- 1 folheto de instruções;

f) dispositivos complementares:

- cartões de telefone;

- uma lanterna com duas ou três pilhas.


Proteção Contra Incêndios por
Extintores, no Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos

O objetivo da NBR 12710, é de especificar


as características exigíveis para proteção
contra princípios de incêndios por
extintores portáteis (veicular-PQS), no
transporte rodoviário de produtos
perigosos.

Queremos lembrar que, principio de


incêndio é o resultado de uma reação
química que produz luz e calor. O
princípio de incêndio é considerado o
momento inicial desta reação.

Para combater um princípio de incêndio


podemos usar extintores portáteis, que são
os extintores que podem ser transportados
manualmente, com massa total que não
ultrapasse 20 kg.

Quanto ao produto utilizado para extinção


do fogo,  chamamos de agente extintor e,
de capacidade extintora a medida do poder
de extinção do fogo de um extintor.

Tabela de Capacidade de Extintores

Tabela 1- Capacidade dos Extintores sem


Classificação de Capacidade Extintora.

Tipo de Agente
Extintor==========Quantidade mínima
de agente extintor por extintor de incêndio

Pó Químico Seco -   PQS========= 8 kg

Dióxido de Carbono- CO2========6 kg

Água========================10 L

Tabela 2- Capacidade dos Extintores com


Classificação de Capacidade Extintora
Tipo de Agente
Extintor=========Quantidade Extintora
mínima por extintor de incêndio

Pó Químico Seco  -  PQS============20-


BC ou 2-A  20-BC

Dióxido de Carbono -CO2===========10-


BC

Água============================2 A

Extintores para Veículos Utilizados no


Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos a "GRANEL"

- Veículos que transportam produtos com


risco subsidiário de inflamabilidade devem
portar dois extintores conforme as tabelas
1 ou 2;

- Veículos que transportam produtos de


Classe 4, devem portar dois extintores
conforme tabelas 1 ou 2;

- Veículos que transportam líquidos e


gases inflamáveis devem portar, além do
disposto nas Resoluções do CONTRAN nº
560 e 743, mais um extintor de incêndio
portátil, conforme tabela 1 ou 2;

- Veículos que transportam demais


produtos perigosos que não se enquadrem
nas formas citadas, devem portar um
extintor, conforme tabela 1 ou 2.

Extintores de incêndio para Veículos


Utilizados no Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos "EMBALADOS
(fracionados)"

- Veículos que transportam líquidos e


gases inflamáveis devem atender ao
disposto nas Resoluções do CONTRAN nº
560 e 743;
Nota: no caso de gás liquefeito de petróleo
(GLP) envasado, devem portar um extintor
de pó químico seco (PQS) de no mínimo 4
kg ou 20-BC.

- Veículos que transportam demais


produtos perigosos devem portar um
extintor conforme tabelas 1 ou 2.

Notas.

1-  no caso de produto da classe 1 -


explosivos

a) devem portar dois extintores de incêndio


de pó químico seco - PQS - de no mínimo 8
kg ou 20-BC ou 2 A 20-BC

b) os veículos com capacidade de carga de


até 1 t devem portar dois extintores de
incêndio de pó químico seco - PQS - de 4
kg ou 20-BC

2-  os veículos com capacidade de carga de


até 1 t devem portar um extintor de
incêndio de pó químico seco - PQS - de 4
kg ou 20-BC

- Para os produtos relacionados a seguir, é


obrigatório somente o uso do agente
extintor água, conforme tabelas 1 ou 2

1802 - ácido perclórico, com até 50% de


ácido, em peso;

1748 - hipoclorito de cálcio, seco, ou


misturas de hipoclorito;

1493 - nitrato de prata;

2014 - peróxido de hidrogênio;

1873 - ácido perclórico, com mais de 50%


e até 75% de ácido, em peso;
2015 - peróxido de hidrogênio, estabilizado
ou soluções aquosas;

1872 - ácido perclórico, com mais de 50%


e até 75% de ácido em peso;

2015 - peróxido de hidrogênio, estabilizado


em soluções aquosas;

1472 - peróxido de lítio;

1491 - peróxido de potássio;

1516 - peróxido de zinco;

2466 - superóxido de potássio;

2547 - superóxido de sódio;

1796 - mistura(s) nitrante(s )ácida(s);

2025 - mercúrio, compostos sólidos N.E.

Instalação e Fixação de Extintores de


Incêndio, para Carga, no Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos

A NBR 13095, tem como objetivo


especificar as características exigíveis para
instalação e fixação de extintores de
incêndio, para carga, no transporte
rodoviário de produtos perigosos.

Requisitos:

- a carga do extintor deve estar de acordo


com a NBR 12710;

- o extintor deve estar em local de fácil


acesso;

- os extintores não devem estar próximo(s)


ao(s) eixo(s) do veículo ou dentro do
compartimento de carga;
- os extintores devem possuir marca
Nacional de Conformidade INMETRO, de
identificação legível, e ser manutenidos e
recarregados em empresas credenciadas
pelo INMETRO;

- os dispositivos de fixação do extintor


devem possuir mecanismos de liberação,
de forma a simplificar esta operação, que
exijam movimentos manuais mínimos. Os
dispositivos não devem ter ou possibilitar
a colocação de componentes ou acessórios
que necessitem da utilização de chaves,
correntes, etc;

- a informação referente à inspeção do


extintor deve ser fixada no próprio extintor
ou estar junto com a documentação do
veículo em etiqueta plastificada,
atendendo à NB 23 do Ministério do
Trabalho;

- deve ser verificado o estado de


conservação do extintor e a sua carga a
cada viagem, bem como os seus
dispositivos de fixação;

- no transporte a granel, os extintores não 


devem estar próximos às válvulas de
carregamento e/ou descarregamento. Para
produtos inflamáveis ou produtos com
risco subsidiário de inflamabilidade,
os,extintores devem estar localizados um
de cada lado do compartimento de carga;

- no caso de reboque carregado ou


contaminado com produto perigoso,
desatrelado em qualquer local longe do
caminhão-trator, o reboque deve possuir
extintor de incêndio adequado ao tipo de
carga ou de contaminação;

- para o conjunto formado por caminhão-


trator e semi-reboque, os extintores podem
ser colocados tanto em um, como em
outro, obedecendo ao disposto no item
acima;

- no caminhão-trator o dispositivo de
fixação do extintor deve situar-se sobre a
plataforma junto à cabina do veículo;

- no semi-reboque-tanque, no caminhão-
tanque ou nos veículos para carga
fracionada, o dispositivo de fixação do
extintor deve situar-se na lateral do chassi
ou à frente dos respectivos
compartimentos de carga, obedecendo-se
aos demais critérios estabelecidos nesta
Norma. Os dispositivos de fixação
colocados diretamente no tanque devem
ser providos de empalme.

Tipos e capacidade mínima dos


extintores de incêndio que deverão
portar os veículos automotores, de
acordo com anexo da Resolução do
CONTRAN nº 560/80.

a) caminhão, reboque e semi-reboque de


transporte de cargas com capacidade
superior a seis toneladas, inclusive os
destinados ao transporte de gás domiciliar
acondicionado em vasilhames especiais:

- um extintor de incêndio com carga de pó


químico seco - PQS - ou de gás carbônico
9CO2), de 2 (dois)  kg;

b) veículo de transporte de inflamáveis


líquido ou gasoso;

- um extintor de incêndio com carga de pó


químico seco - PQS - de 8 kg, ou dois
extintores de incêndio com carga de gás
carbônico - CO2 - de 6 kg.
Equipamentos de  Proteção
Individual- -

NBR 9734

Esta norma especifica a composição do


conjunto de equipamentos de proteção
individual (EPI) a ser utilizada no
transporte rodoviário de produtos
perigosos.

Para efetuar a avaliação da emergência, o


motorista e o ajudante (caso haja), além do
vestuário normal (calça, camisa, sapato ou
bota), devem utilizar os EPI indicados
nesta Norma, por isso é necessário prover
o veículo com tantos conjuntos de EPI
quantos forem os motoristas e ajudantes.

Para o transporte concomitante de


produtos perigosos de grupos de EPI
diferentes, excetos grupos 1, 10 e 13,
devem ser utilizados filtros polivalentes,
em substituição aos filtros especificados
para os grupos, exceto para o caso de
produtos específicos que não permitem a
utilização de filtros polivalente, como por
exemplo monóxido de carbono e chumbo
tetraetila.

Para o transporte de produtos perigosos


dos grupos EPI 2 e 9, podem ser utilizados
polivalentes (PV) em substituição ao filtro
específico para cada grupo, exceto no caso
de produtos específicos que não permitam
a utilização de filtro polivalente, como por
exemplo, monóxido de carbono e chumbo
tetraetila.

Para o transporte concomitante de


produtos perigosos de grupos de EPI
diferentes, a máscara panorâmica
prevalece sobre a outras máscaras quando
pelo menos uns dos grupos transportado a
exigir.
Esta Norma não define os EPI exigidos
para as operações de carga, descarga e
transbordo.

Esta Norma não se aplica quando existir


Norma específica para um determindado
produto sobre o assunto.

Os EPI aqui indicados devem ser utilizados


pelo motorista e ajudante (caso haja) na
ocorrência de emergências, para avaliação
de emergência e fuga.

Os EPI são classificados em 21 grupos,


conforme relação a seguir:

EPI básico - luva e capacete de boa


resistência, de material adequado ao (s)
produto (s) transportado (s).

Grupos de EPI

grupo 1 - a) EPI básico

             b) óculos de segurança para


produtos químicos.

grupo 2 - a) EPI básico;

             b) máscara panorâmica com filtro


VO combinado.

grupo 3 - a) EPI básico;

             b) máscara panorâmica com filtro


VO combinado;

grupo 4 -  a) EPI básico;

              b) máscara panorâmica com


filtro CO combinado;

grupo 5 - a) EPI básico;

             b) máscara panorâmica com filtro


CO combinado.
grupo 6 - a) EPI básico;

             b) máscara panorâmica com filtro


CO combinado;

grupo 7 - a) EPI básico

             b) máscara semifacial com filtro


GA combinado ou máscara de fuga.

grupo 8 - a) EPI básico;

             b) óculos de segurança;

            c) máscara semifacial com  filtro


VO combinado, ou máscara de fuga.

grupo 9 - a) EPI básico

             b) óculos de segurança;

            c) máscara semifacial com filtro


NH3, ou máscara de fuga.

grupo 10-a) EPI básico;

            b) óculos de segurança;

            c) respirador para pó.

grupo 11-luva compatível com o produto.

grupo 12-a) luva de raspa de cano curto;

            b) respirador para pó.

grupo 13-a) capacete de segurança;

             b) luva de raspa de cano curto;

            c) óculos de segurança.

grupo 14-a) capacete de segurança;

             b) luva de raspa de cano curto;


            c) máscara panorâmica com filtro
GA combinado.

grupo 15-a) capacete de segurança;

             b) luva de raspa de cano curto;

            c|) máscara panorâmica com filtro


de raspa VO combinado.

grupo 16-a) capacete de segurança

             b) luva de raspa de cano curto;

             c) máscara panorâmica com filtro


NH3.

grupo 17-a) capacete de segurança;

             b) luva de raspa de cano curto;

            c) máscara panorâmica com filtro


CO combinado.

grupo 18-a) capacete de segurança;

             b) luva de raspa de cano curto;

            c) máscara semifacial com filtro


GA combinado, ou máscara de fuga.

grupo 19-a) capacete de segurança;

            b) luva de raspa de cano curto;

           c) máscara semifacial com filtro VO


combinado, ou máscara de fuga.

grupo 20-a) capacete com protetor facial;

             b) luva de raspa de cano curto.

grupo 21-a) EPI básico;

             b) óculos de segurança;


             c) colete de sinalização;

             d) máscara contra gases tóxicos;

Para este grupo a luva deve ser de couro e


é obrigatório o uso de bota de segurança.

Infrações e Penalidades

De acordo com o art. 42,. do Decreto n º


96.044/88, que regulamenta o transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos, ao ter
conhecimento de veículo trafegando em
desacordo com o que preceitua este
Regulamento, a autoridade de trânsito
com jurisdição sobre a via deverá retê-lo
imediatamente, liberando-o só após
sanada a infração, podendo se necessário,
determinar:

I   -  remoção do veículo para local seguro,


podendo autorizar o seu deslocamento
para local onde possa ser corrigida a
irregularidade;

II  -  o descarregamento e a transferência


dos produtos para outro veículo ou para
local seguro;

III -  a eliminação da periculosidade da


carga ou a sua destruição, sob a
orientação do fabricante ou do importador
do produto e, quando possível, com a
presença do representante da seguradora;

- as providências de que trata este artigo


serão adotadas em função do grau e
natureza do risco, mediante avaliação
técnicas e, sempre que possível,
acompanhamento do fabricante ou
importador do produto, contratante,
expedidor, transportador, representante
da Defesa Civil e do Órgão do Meio
Ambiente.

- Enquanto retido, o veículo permanecerá


sob a guarda da autoridade, sem prejuízo
da responsabilidade do transportador
pelos fatos que deram origem à retenção.

- A inobservância das disposições do


regulamento sobre o Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos e
instruções complementares sujeita o
infrator a:

I -  multa até o valor máximo de cem OTN;

2 - cancelamento do registro de que trata a


Lei N º 7.092/83

Classificação das Infrações

As infrações punidas com multa


classifica´-se de acordo com a sua
gravidade, em três grupos:

I   - Primeiro grupo - as que serão


punidas com multas de valor equivalente a
100 OTN;

II  - Segundo grupo - as que serão


punidas com multas de valor equivalente a
50 OTN;

III - Terceiro grupo - as que serão


punidas com multas de valor equivalente a
20 OTN;

- Na reincidência específica, a multa será


aplicada em dobro;

- Cometidas, simultaneamente, duas ou


mais infrações de natureza diversa,
aplicar-se-ão cumulativamente, a
penalidades correspondentes a cada uma.
Ao "Transportador" serão aplicadas as
seguintes multas:

I - Primeiro grupo, quando:

a) transportar produto cujo deslocamento


rodoviário seja proibido pelo Ministério dos
Transportes;

b) transportar produto perigoso a "granel"


que não conste no Certificado de
Capacitação;

c) transportar produto perigoso a "granel"


em veículo desprovido de Certificado de
Capacitação;

d) transportar, juntamente com produto


perigoso, pessoas, animais, alimentos ou
medicamentos destinados ao consumo
humano ou animal, ou ainda, embalagens
destinadas a estes bens; e

e) transportar produtos incompatíveis


entre si, apesar de advertido pelo
expedidor;

II - Segundo grupo, quando:

a) não der manutenção ao veículo ou ao


seu equipamento;

b) estacionar ou para com inobservância


ao art. 14 (zonas residenciais, logradouros
públicos, locais de fácil acesso ao público,
áreas densamente povoadas, bem como
nos acostamentos das rodovias);

c) transportar produtos cujas embalagens


se encontrem em más condições;

d) não adotar, em caso de acidente ou


avaria, as providências constantes da
Ficha de Emergência e do Envelope para o
Transporte;
e) transportar produto a "Granel" sem
utilizar o tacógrafo ou não apresentar o
disco à autoridade competente, quando
solicitado;

III- Terceiro grupo, quando:

a) transportar carga mal estivada;

b) transportar produto perigoso em veículo


desprovido de equipamento para situação
de emergência e proteção individual;

c) transportar produto perigoso


desacompanhado de Certificado de
Capacitação para o Transporte de
Produtos Perigosos a "Granel";

d) transportar produto perigoso


desacompanhado de declaração de
responsabilidade do expedidor, aposta no
Documento Fiscal;

e) transportar produto perigosos


desacompanhado da Ficha de Emergência
e Envelope para o Transporte;

f) transportar produto perigoso sem


utilizar, nas embalagens e no veículo,
rótulos de risco e painéis de segurança em
bom estado e correspondentes ao produto
transportado;

g) circular em vias públicas nas quais não


seja permitido o trânsito de veículos
transportando produtos perigosos;e

h) não dar imediata ciência da


imobilização do veículo em caso de
emergência, acidente ou avaria.

- Será cancelado o registro do


transportador que, no período de doze
meses, for punido com seis multas do
Primeiro Grupo.
Ao "Expedidor" serão aplicadas as
seguintes multas:

I  - Primeiro grupo, quando:

a) embarcar no veículo produtos


incompatíveis entre si;

b) embarcar produto perigoso não


constante do Certificado de Capacitação
do veículo ou equipamento ou estando
esse Certificado vencido;;

c) não lançar no Documento Fiscal as


Informações de que se trata o item II do
art. 22 (nome, número ONU, classe,
subclasse e declaração assinada)

d) expedir o produto perigoso mal


acondicionado ou com embalagens em
más condições; e

e) não comparecer ao local do acidente


quando expressamente convocado pela
autoridade competente;

II - Segundo grupo, quando:

a) embarcar produto perigoso em veículo


que não disponha de conjunto de
equipamentos para situação de
emergência e proteção individual;

b) não fornecer ao transportador a FE e o


Envelope para o Transporte;

c) embarcar produto perigoso em veículo


que não esteja utilizando rótulos de risco e
painéis de segurança, afixados em locais
adequados;

d) expedir carga fracionada com


embalagens externa desprovida dos
rótulos de risco específicos;
e) embarcar produto perigoso em veículo
ou equipamento que não apresente
adequadas condições de manutenção; e

f) não prestar os necessários


esclarecimentos técnicos em situações de
emergência ou acidentes, quando
solicitado pelas autoridades.

- A aplicação das penalidades


estabelecidas neste Regulamento não
exclui outras previstas em legislação
específica, nem exonera o infrator das
cominações civis e penais cabíveis.

Conceitos e Definições
importantes,  relacionadas ao
transporte rodoviário de produtos
perigosos

Objetivando facilitar o entendimento sobre


os assuntos apresentados, mostraremos
nesta página, alguns conceitos e definições
de termos que foram empregados na
elaboração desse trabalho.

Embalagem: invólucro ou recipiente


destinado a proteger, acomodar e
preservar materiais destinados à
expedição, embarque, transporte,
armazenamento e manuseio.

Rótulo: elemento que apresenta símbolos


e/ou expressões emolduradas, referente à
natureza, manuseio ou identificação do
produto.

Símbolo: figura com significado


convencional, usada para exprimir
graficamente um risco, aviso,
recomendação ou instrução, de forma
rápida e facilmente identificável.
Almofada: dispositivo de material
impermeável e antifaiscante que não é
atacada pelo produto transportado e que
se molda à superfície do recipiente.

Tirante: dispositivo para fixação da


almofada, no recipiente, feito com material
antifaiscante.

Compartimento: espaço estanque em um


tanque de carga.

Emergência: ocorrência caracterizada por


uma ou mais dos seguintes fatos:

a - vazamento;

b - incêndio ou princípio de incêndio;

c - explosões;

d - colisões, abalroamentos, choques,


tombamentos, tombamentos,
capotamentos, quedas que causem ou
tornem iminentes as ocorrências das
alíneas a - b e/ou c.

e - eventos que venham a provocar as


ocorrências citadas ou causem, de
qualquer modo, a perda de confinamento
do(s) produto(s) transportado(s).

Etiqueta: elemento de identificação preso


à unidade de acondicionamento.

Substâncias Corrosivas: substâncias que


causam danos por ação química, quando
em contato com organismo vivo e
materiais.

Substância Explosiva: substância sólida


ou líquida (ou mistura de substâncias) que
por si mesma, através de reação química,
seja capaz de produzir gás a tais
temperatura, pressão e velocidade, que
possa causar danos nas imediações.
Substâncias Infectantes: substâncias
que contenham microorganismos vivos ou
suas toxinas, as quais provocam, ou há
suspeitas de que possam provocar,
doenças em seres humanos ou contribuir
para isto.

Substâncias oxidantes: substâncias que,


embora não sendo necessariamente
combustíveis, podem, em geral por
liberação de oxigênio, causar a combustão
de outros materiais ou contribuir para
isto.

Substância Pirotécnica: substância ou


mistura de substância concebida para
produzir um efeito por calor, luz, som, gás
ou fumaça, ou combinações destes, como
resultado de reações químicas exotérmicas
auto-sustentáveis e não detonantes.

Substâncias Sujeitas à Combustão


Espontânea: substâncias sujeitas a
aquecimento espontâneo nas condições
normais de transporte, ou que se aquecem
em contato com o ar, sendo, então capazes
de incendiarem.

Substâncias Tóxicas: substâncias


capazes de provocar a morte, ou danos à
saúde, se ingeridas, inaladas ou em
contato com a pele.

Tanque de Carga: recipiente fechado,


isolado termicamente ou não, e com
estrutura, proteção e acessórios,
construído e destinado a acondicionar e
transportar produtos a granel.

Tanque Compartimentado: tanque de


carga constituído por vários
compartimentos construídos
independentemente um dos outros.

Unidade de Acondicionamento:
recipiente destinado a conter a carga a ser
transportada, como tanque de carga,
carrocerias, etc.

Unidade de Transporte: conjunto


formado por uma ou mais unidades de
acondicionamento em um meio de tração
e/ou propulsão.

Vapores: forma gasosa de materiais que


estão comumente na forma líquida ou
sólida. Estritamente, é um gás em uma
temperatura inferior à sua temperatura
crítica.

Filtros combinados: Dispositivos que


contêm elementos filtrantes para retenção
simultânea de gases ou vapores e
partículas.

Filtros Mecânicos: dispositivos que


contêm elemento filtrante para retenção de
partículas em suspensão (poeira, fumos e
névoas).

Filtro Químico: dispositivo que contêm


elemento filtrante que purifica o ar
respirável, retendo seus contaminantes,
em forma de gases ou vapores.

Tipos de filtros químicos existentes:

a) amônia - indicado por NH3;

b) bióxido de enxofre - indicado por SO2;

c) gases ácidos - indicado por GA;

d) monóxido de carbono - indicado por


CO2;

e) vapores orgânicos - indicado por VO;

f) polivalente (destinado à retenção


simultânea das substâncias acima, exceto
CO2 - indicado por PV;
Máscaras Faciais Parciais ou
Semimáscara ou Máscara Semifacial:
equipamento de proteção respiratória que
envolve boca e nariz.

Máscaras Faciais Totais ou Máscaras


Panorâmicas: equipamento de proteção
respiratória que envolvem o rosto,
oferecendo simultaneamente proteção aos
olhos.

Máscara de Fuga: equipamento de


proteção respiratória para respiração
exclusivamente bucal, composto por filtro
polivalente, pinça nasal e bucal,
empregado unicamente para abandono de
área ou para alcançar outro equipamento
de proteção respiratória.

Respirador de Poeira: semimáscara e


elemento filtrante para retenção de poeiras
em suspensão ou máscara de peça única.

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