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1.1 A construÇão do conhecimento ou o foqo de prometeu
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A Pessoa logico-psicotógico 1.2 Pessoa e cuttura

1.3 A comunícação e a construção do indivíduo


ffi. O sujeito 2.1 Estrutura familiar e dinâmica social
histórico-social 2.2 A construção do sociaI

2.3 A construção da democracia


§" O Sujeito 3.1 OHomemeaTerra
-à bio-ecológico 3.2 Filhos do Sol
ffi
3.3 Homem-Natureza: uma relação sustentável?

Ánen u
. ,A reçiào, espôÇCI 4. L A idenrrdade reçronal
A Sociedade vivido 4.2 A região e o espôço nacional

4.3 Desequitíbrios regionais


S" Uma casa comum: a 5.1 A integração no espaÇo europeu
EuroPa 5.2 A cidadania europeia

5.3 A cooperação transfronteiriça


S" O mundo do 6.1 O trabalho, a sua evolução e estatuto no Ocidente
trabalho 6.2 o desenvolvimento de novas ôtitudes no trabatho e no empreqo: o
empreendedorismo
6.3 As orqanizações do trabatho

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AREA III .t"

F. A qtobatização das 7.1 Cultura giobatou globalização das culturas?


O Mundo a[deias 7.2 Um desafio gtobat: o desenvolvimento sustentável

7.3 O papetdas orqanizações internacionais


ffi. A internacionaliza- 8.1 Das economias-mundo à economia qtobat
ção da economia, do 8.2 Da muttiplicidade dos saberes a ciência como construção racionatdo real
conhecimento e da
informação 8.3 De Alexandria a era digital: a difusão do conhecimento atraves dos
seus suportes
S" A descoberta da crí- 9.1 Os fins e os meios: que etica para.a vida humana?
tica: o universo dos 9.2 A formação da sensibilidade cultural e a ransfiguração da experiência:
valores a estética

9.3 A experiência religiosa como afirmação do espaÇo espirituaIno mundo


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Apresentação

Pretende-se que os alunos reflitam sobre a relação Homem/Natureza (Uni-


verso, Terra), sobre a dimensão temporal, espacial e evolutiva dos processos
naturais. Simultaneamente, devem adquirir alguns conhecimentos sobre o Uni-
verso, o Sistema Solar e a Terra que lhes permitam compreender as questões
colocadas nos percursos seguintes.

Objetivos de Aprendizagem

> Reconhecer a evolução das ideias sobre o lugar do Homem e da Terra no


Universo.
> ldentificar indícios da evolução da Terra em termos de relevo, clima,
vegetaÇão.
> Compreender tempos e ritmos de evolução dos fenómenos terrestres
> Descrever uma interpretação atual do processo de evolução biológica que
conduziu ao aparecimento do Homem na Terra.
Programa oficial de Area de lntegração para os cursos profissionais

Competências visadas

> ldentificação de conceitos relativos à compreensão do sujeito bio-ecolósico.


> Análise de documentos em diferentes suportes.
> Pesquisa e seleção de informação de diferentes fontes.
> Organização e redação de documentos escritos.
> Análise de fenómenos a diferentes escalas espaciaís e temporais.
> lntegração de conhecimentos de diferentes áreas disciplinares.
p> Construção de um álbum.
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:> Organização de uma visita de estudo.

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INDICE r*
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Problemáticas: t

> Universo: ontem e hoje 5 o

> O Univetso em expansão 11


> Olhar o Universo L2
> O Sistema So[ar 13
> lndícios da evotução da Terra 15
> Tempos e ritmos da Terra L7
> Origem da vida na Terra 25

Consolidagão de competências:
> Trabatho de Projeto - Átbum 28
> Visita de estudo
e9
> Avaliação gtobat
30
> Para saber maÍs - Bíbtioqrafia, Fitmes e Documentários
32
ÂRel r - n prssc i UNIDAD€ TExÁrtca : - o sl.:reir.J Blc-Eci-rlocrico

coHcÉtTos
Universo: ontern e hoje Universo - tudo o que existe, do
átorno às estretas e aos plane-
tas, tudo quanto existe na Terra
inctuindo o ser humano.
urante muitos séculos, acreditou-se que a Terra não se movia, mas
Cosmos * 0 mesmo que Universo.
estava estática no centro do Cosmos ou Universo. Era o modelo Geocên-
trico. Este modelo planetário Aristotélico, reforçado pelo modelo Ptolo-
maico defendia a tese de um universo formado por um conjunto organízado e
hierarquizado de substâncias, cuja origem e fim eram Deus. Na sua conceção,
o Universo é esférico e a Terra o seu centro. À volta desse centro movem-se
esferas que contêm várias substâncias (água, ar, fogo, esfera dos planetas,
esfera das estrelas), que sofrem a atração da substância divina, forma pura e
imaterial. Sendo assim, Deus seria o princÍpio e o fim último de todas as coi-
sas, teoria que se tornou aceite pela lgreja Católica e que dominaria o pensa-
mento europeu até ao século XV. Esta tese fazia parte dos ensinamentos da
instituição religiosa, pois posicionava o Homem, como criação divina, no centro
de todas as coisas, atribuindo a Deus o papel essencial na organização do
universo.

SISTEMA PLAN ETÁRIO ARI STOTÉLICO


Aristóteles, pensador e astrónomo gÍego, via o Universo como uma esfera
com a Terra no centro, as estrelas fixas na orla e esferas de cristal que trans-
portavam o Sol, a Lua e os restantes planetas conhecidos (Mercúrio, Vénus,
Marte, |úpiter e Saturno). Concluiu que a Terra não se movia, pois se isso
acontecesse Íicaria suieita a ventos violentos e grande instabitidade.
Adôptado de: Michae[ A[[aby, Crondes Cientlstos, volume 1, Círcuto de Leitores

FlG. O1 lSistema
planetário aristoté[ico.

, Michael Atlaby, Crondes


Alguns dos pensadores gregos não aceitavam a teoria de Aristóteles, como Cientistos, votume 1,
Círculo de Leitores
Aristarco de Samos (31-0-230 a.C.), que acreditava ser o Sol e não a Terra, o
centro do Universo.

SISTEMA PTOLOMAICO
Segundo o que Ptolomeu, astrónomo grego, afirmava no seu livro Almagesto, a
Terra ocuparia o centro do Universo, rodeada pelas oito esferas de cristal descritas
por Aristóteles. Cada esfera transportaria um corpo celeste diferente: o Sol, a Lua e
os cinco planetas então conhecidos. A oitava esfera transportava as estrelas.

o FRISO CR§NOLôffi*ffiffi
-:\_r:-::-:_:r,: I I I *3t+/ :ÂTERRÁ

coircEtTos urante a ldade Média, profundamente influenciada pela crence :. siã, a


Astronomia - ciência que estuda Terra continuava a ocupar o centro do Universo, onde o Ho-'e^' Íora
E

a oriqem, evolução, composíção,


feito à imagem de Deus. Era um mundo de esferas - a esfera oa t-Ja e o
localização e rnovimento de toda a
matária do Universo.
do Sol, as esferas dos planetas, a esfera fixa das estrelas e mais aiér^ os clr-
culos e poÇos do lnferno.
O século XVI marca o início de uma nova era na Astroncmia. Nicolau Copér-
nico cónego polaco, médico e astrónomo concebeu a teoria que mostrar,a, no
centro do Sistema Solar o Sol e não a Terra e que todos os planetas se cont-
portavam da mesma maneira, executando uma órbita circularà volta cjo Sol,

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P

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Legenda:
S-Sol
T - Terra
P - Planeta
C - Órbita
principal

FlG. 02 | Sistema ptotomaico e sistema coperniciano.


Michael Atlaby, Crondes Cientistos, votume t, Círculo de Leitores

REVOLUçÃO COpÉRNtCA
Em L543, poucos meses antes de morrer, o astrónomo polaco Nicolau Copérnico
publicou um livro e com ele deu-se início à revolução Copérnica. Desafiando a
crença de que a Terra era imóvel, Copérnico propôs que os planetas, inclusive a
Terra, giravam à volta do Sol, este sim, o centro do sistema.
É a chamada teoria heliocêntrica. Copérnico argumentava que uma esfera deslo-
cava'se numa órbita circular, sem início nem fim. A divulgação da sua obra foi
proibida pela igreia em L616.
Adaptôdo de: Michael A[[aby, Orondes Cientistos, volume 1, Cír-cuto de Leitores

1. compara as teorias concebidas por Ptolomeu e copérnico.

FRrSO CRO§OLó§I§&

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Á*ea r - n prs:o i UNIDA§€ T€MÁrrct r - o sLj.;rlro Bto-Ecolóçrco

.ffi RevoluÇão Copérnica não foi imediatamente compreendÍda, sendo


mesmo ridicularizada em representaÇões teatrais. No entanto, muitos
gffi %astrónomos adotaram de imediato esta teoria, tornando mais rigorosos
os cálculos astronómicos, enquanto outros consideravam inspiradora a visão
de um Universo lnfinito. Deste último grupo, Giordano Bruno foi um dos maio-
res pensadores, que abandonando a ordem monástica e vivendo por toda a
Europa, discutiu e publicou livros sobre a teoria de Copérnico. Foi traído e
entregue à Inquisição, sendo queimado vivo após sete anos de prisão, por ser
considerado hereje.
Giordano Bruno iniciou a conceÇão moderna do espaÇo cósmico, supri-
mindo a esfera fixa e considerando que todos os corpos celestes se encon-
tram em movimento. Procedeu por intuição e não por raciocínio matemático,
afirmando que a Terra não estava no centro do Universo, mas que girava em
volta do Sol, tal como todos os planetas. Mais ainda, considerou que o Sol era
mais uma estrela entre muitas outras, e que girava sobre si mesmo, assim
como todas as estrelas.
Esta teoria demorou cem anos a ser aceite, pois a lgreja continuou a consi-
derar que o Universo era constituido por esferas cristalinas, concêntricas e
fechadas, criadas e mantidas em movimento por Deus.
Galileu Galilei, professor de física e engenharía militar da Universidade de
Pádua aceitou também a teoria de Copérnico de que os planetas giravam à
volta do Sol.
Construiu verdadeiramente o primeiro telescópio refrator. Com ele observa
as "luas" de JÚpiter e inúmeras estrelas individuais na Via Láctea e profeliza a
existência de mais planetas para lá de Saturno. Descobre, ainda, a irregulari-
dade da superfície da Lua.

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Fl6. 03 | Observar o céu com o tetescópio criado por Gatiteu tornou-se um passatempo poputar.
o Michael A[[aby, Crondes Cientistos, volume 1, Círcuto de Leitores

;xêpler , Newton

.. ,1548
l'.§0o 1687 i t 700
E TIMÂ-PROBLEMA i 3.T O HOMEM E A TERRA

A contradição existente entre a lgreja e os escritos de Galileu, assim como b

de inúmeros inimigos leva-o a ser condenado pela lnquisição e a permanecer o


resto da vida em prisão domiciliária, continuando aí os seus estudos. o

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o 6ALILEU GALILEI
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& Homem de ciência italiano, a quem se devem as primeiras observa'
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ções astronómicas utilizando o telescópio. Verificou que o planeta Vénus
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apresenta fases, como a Lua , deduzindo que este planeta descrevia órbi'
!oE tas à volta do Sol. Descobriu também os 4 maiores satélites de fupitér.
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Õ Estas e outras observações levaram-no a apoiar a teoria de Copérnico,
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U segundo a qual a Terra rodava em torno do Sol.
IC Adaptado del. Verbo Encíclopedio CeogrÓfico
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FlG. 04 | Página do btoco de


notas de Gatileu, onde regis-
tou a posição das luas de JÚpi-
ter ao longo de vários dias.

Kepler afirmou que as órbitas dos planetas não eram circulares mas sim
elÍpticas, reforÇando a teoria heliocêntrica de Copérnico e destruindo a noÇão
aristotélica de que havia algo de significado cósmico no círculo em que a Íerra
ocupava o centro do universo.

JOHANNES KEPLER
Matemático e astrónomo brilhante, formulou as três principais leis do movi-
mento planetário: os planetas movem-se em torno do Sol em elipses, ocupando o

% Sol um dos focos da elipse; um planeta mais perto do Sol move-se mais depressa
que um mais afastado; e a distância média dos planetas ao Sol é proporcional ao

ffi
tempo que demoram ao executar a órbita. Os seus estudos foram fundamentais
paru a teoria da força gravitacional de Newton. Recorreu às observações do seu
mestre Brahe para descobrir que os planetas não executam uma órbita circular em
torno do Sol, mas sim elíptica.
Adaptado de: Brian Jones, Exploroçõo do espoço, Biblioteca de lnformação Juvenil
ÁRea r .' a pEsso luilroaoe TeuÁrrca I,, c sl:iüiro Bro-[ci]Lo6tto
r
Outra descoberta importante para o conhecimento do Universo, foi a lei da coNcctTo§
gravidade, expressa por Newton. Pela primeiravez o Mundo tornava-se num só, Lei da gravidade - ê uma proprie-
dade de todos os corpos. Diminui
sem distinção entre o céu, a Terra e o Sistema Solar. Hoje, os satélites artifi-
com a distância e é proporcional á
ciais seguem órbitas de acordo com a lei de gravitação, que após mais de três
massa. A Terra exerce uma forte
séculos ainda é usada, sem modificações. atração gravitacional porque é
dotada de uma grande môssa.

0 famoso cientista inglês


Isaac Newton publicou em 1687
a lei da gravitação universal. A
gravitação proposta por Newton
é a força de atração mútua entre
dois corpos devido às suas mas-
sas. A Equação de Newton mos-
tra que dois corpos com massas
distintas atraem-se mutua-
mente. Quanto mais distantes
estiverem os co{pos, menor será
a força.
Esta lei universal aplica-se,
não apenas ao Sol e aos seus
planetas, à Terra e à sua Lua,
mas também a uma maça que
cai na Terra.
Adaptado de: Atlos * rr;;":;:;,,\;jí,i?flTl:

FlG. 05 | A lei da gravitação universal


de Newton.

A compreensão do funcionamento do Universo foi dada por Albert Einstein.


Partindo da lei da gravitação universal de Newton, Einstein imaginou o espaÇo
E

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ligado pelo tempo, ou seja uma curvatura do espaço-tempo - propondo a teoria
geral da relatividade.

I TEORIA GERAL DA RELATIVIDADE


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Na Teoria Geral da Relatividade, o Universo é curvado pela presença de obietos de ffi
É diferentes massas. A gravidade, então é uma distorção espacial - determina a intera-
I
ção entre os obietos consoante a curvafura. A Teoria de Einstein obrigou os cientistas
a pensar o Universo de uma outra forma. Seria impossível conciliar a Teoria da Rela-
I
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tividade com um Universo plano. No espaço de Einstein é possível que duas parale-
IIE las se toquem.
Ih daptado de: Átlos Visuol do Ciêncio, n.o 5 -
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O Universo,

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TÊMÀ.PROBLIMA I 3.1 O HOMÉM E A TERRA

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EDWIN HUBBLE
O astrónomo americano Edwin Hubble alargou a nossa visão do Universo para o

além do que qualquer outra pessoa desde o astrónomo italiano Galileu Galilei
(15G4-1642). Hubble demonstrou que existem milhares de milhões de sistemas
estelares fora da nossa galáxia. Descobriu ainda que estas longínquas galáxias se
estão a afastar da nossa e que quanto mais longe estão mais depressa viaiam.
Através das observações Hubble identificou três tipos de galáxias através da sua
forma - elípticas, espirais (como a Via Láctea) e irregulares.
Adaptado de: Michaet Attaby. Crondes Cientistos, volume 3, Círculo de Leitores

Mais tarde Edwin Hubble descobriu que o Universo estava em expansão,


determinando que as galáxias se afastavam umas das outras. Foi a descG
berta-chave que originou a teoria do Big Bang.
Atualmente Stephen Hawking, um dos mais conhecidos cientistas ingleses
da atualidade, com doutoramento em Cosmologia, está convencido que nova
teoria poderá ser descoberta nos próximos cinquenta anos. Se for descoberta,
afirma Hawking, nêntão todos nós, filósofos, cientistas e pessoas comuns,
poderemos tomar parte na discussão da pergunta porque existimos e porque
existe o Universo,.

O UNIVERSO NUM ANO


Para tornar mais tangíveis as magnitudes de tempo relacionadas com a idade do
§

o astrónomo norte-americano Car[ Sagan representou a trajetória do


terrestre. A escala representa desde o início do Universo até aos

rento de Big Bang, a explosão primordial que


o Homo Sapiens aparecia apenas às

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üffi§Mll#ilT,*::::..f...'::.^,--,aldaCiência,n'o5.oUniverso,EditoriatSot
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FlG. 06 | O Universo num ano,


segundo Car[ Sagan.
ÁReE I - q pessoA I UNIDA§€ ÍEuÃrlca s - o surerío Bto-[cüLó6tco

coHc€rTo§
O Universo em expansão Big Bang - teoria cosmolôçica
mais aceite entre os cientistas para
explicar a origem do Universo.
Cosmotogia * rcmo da Astronomia
urgido de uma violenta explosão, segundo a teoria do Big Bang, o Uni-
que estuda a estruturê e evolução
verso formou-se há perto de 1"4 mil milhÕes de anos e tem dimensões do Universo
inimagináveis. Cosmogonia - ciência que tenta
explicar a formação do Universo.
Via Líctea * qaláxia onde se locatÍza
o sistema solar a perto de 27 mit
anos-luz do centro. Estíma-se que
atbergue 200 mít mithôes de estre-
las. Estende-se por cem mil anos-luz.
Assemetha-se a um disco achatado
que qira em redor de um n*cteo.
Gatáxia - conjunto estelar composto
por milhões de estretas, nebulosas,
poeiras e qêses cósmicas.

FtG. 07 | Big Bang.

Só no século XX, com os avanÇos da Astronomia, da Cosmologia e da Cos-


mogonia, assim como dos instrumentos de observação, se conseguiu compro-
var que o Universo era muito maior do que aquilo que se previa e que a
Galáxia Via Láctea, (onde se localiza o sistema solar) é apenas uma entre mui-
tos milhões de outras Saláxias que existem.

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{ ** FlG. 08 | Numa noite límpida e


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{tt escura é possíve[ ver a Via Láctea,
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tn? como um traço de luz ténue e
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enevoado.

As quatro forças fundamentais do Universo são: a gravidade, a força eletro-


magnétíca, a forÇa nuclear forte e a força nuclear fraca. Os físicos acreditam
que estas forças estiveram juntas e se separaram com a expansão do Uni-
=
verso. Atualmente o Universo continua em expansão, não existindo ainda res-
posta dos cientistas à questão "para onde vamos".
g
TçMÂ.PRCBLIMÂ i 3.1 O HOMEM E A TERRÂ

coNcEtTo§
Velocidade da luz * 300 mit Krn/s.
*
Olhar o Universo L

Constelação grupo de estretas. o

A União Astronómica lnternacional


convencionou o núrnero limite de
esde epocas remotas que os povos observavam o céu noturno e a partir
88 constetações em 1930.
dos pontos mais brilhantes (as estrelas) desenhavam personagens mito-
lógicas, objetos e animais - as cCInstelações.
Estas observações variavam conforme a cultura de cada povo. Os chineses
eram mais detalhados e mais precisos. Os povos da Mesopotâmia, da Grécia
.,.4$,
..u-.'t, §"' e de Roma baseavam-se mais na representaÇão de figuras mitológicas.
'18.
A partir do século XVl, com o aperfeiÇoamento dos instrumentos de obser-
§
& vaÇão, foi possÍvel reconhecer outros planetas do sistema solar e mais tarde
as galáxias, as nebulosas,...
Atualmente os maiores telescópios do Mundo permitem que os investigado-
res visualizem enormes quantidades de imagens e dados e continuem na des-
Fl6. 09 lTetescópio de Galiteu coberta do Universo.
lnventado em 1609 permitiu per-
ceber que a Lua era repleta de cra-
teras e descobriu as 4 maiores luas
de Jupiter.

m.\

FIG. 1o I Observatório de FlG. 11 lMauna Kea


Cerro Paranal O telescópio CFHTfoi inaugu-
No norte do deserto chiteno rado em 1979. Está a uma
do Atacama o Telescópio altitude de 4205 m no topo
Muito Grande (VLT) foi inau- de um vulcão extinto no
gurado em 2006. É constitu- Hawai. Livre de nuvens, este
ído por 4 tetescópios, com e outros telescópios ofere-
capacidade para identificar cem algumas das mais intri-
um astronauta na Lua. gantes imagens já vistas.

Próximos
telescópios

GTSR - Srande GM - Giqante - Trinte


TM EEG - Europeu
Nome Sinoptirc de Maçalhães Metros Extrenramente
Rastrein 6rande

fhile au Arqentina, Chil.e


Locatizaçãa Chite LJ ilt§
Haw*i ou Canárias

Diârnetro 7 espelhos de
8,4 nt Ov1 m
3üm 42 n-l
espetho LJíartr

National
Geograpnrc,
. Conctusão 1)/1'1 â
LUlU ?nl ItJ -L 5
orevista
julho 2009
ÁRea r- A p[-cso i uiltoAoe remÁnc* t - o su.ifiro BlÇ-ECClôc:c!

O Sistema Solar

Sistema Solar, a "nossa casa" no espaÇo, localiza-se num dos braços


da Via Láctea. Este sistema planetário é constituído pelo Sol, oito pla-
netas conhecidos e inúmeros outros asteroides, luas, cometas e corpos
rochosos.
Os quatro planetas (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte) mais perto do Sol, deno-
minam-se de planetas interiores, enquanto que os outros quatro (Júpiter,
Saturno, Urano e Neptuno) chamam-se de exteriores. Entre estes dois grupos
existe uma cintura de asteroides.
A atração gravitacional do Sol sobre os planetas faz com que estes se man-
tenham em órbita, mas também os influencia na velocidade de translação. Os
planetas quanto mais próximos do Sol estão, mais depressa descrevem a sua
órbita.

u,
s
É
§

Desenho projetado
dos plaoetas
terrestres e das
iuas órbitas

t& Urano
*d.

FlG. LZ IO Sistema Solar.

Plutão deixou de ser considerado um planeta. Em agosto de 2006 a União Astronómica Internacional, reunida
em Praga, na República Checa, decidiu classificar Plutão como um planeta anão. Menor do que a Lua terrestre,
Plutão que tinha sido descoberto em L930, nunca foi estudado com profundidade. Entre os poucos dados sobre
Plutão, sabe-se que a sua órbita é tão excêntrica que, em determinados períodos, chega a ficar mais próximo do
L
Sol que Neptuno.
Atlos Vísuol do Ciência, n.o 5 - Universo
o
TEI"4A.PROBLEI\4A I3.1 O HOM€M E ATÊRRA

Os planetas do sistema solar

PLANÊTAS INTERIORES

Marte

],1útleo de Íeno
e sulÍurcto dê
ferro

PLANÊTAS ÊXTÊRIORES OU GIGANTES

Júpiter @
Hidrogénic
gaso§o

Hidrogénio tÍtiuido

Hfuleo mthoao

tlidrc$nio
metálko

F!6. 13 | Os planetas do Sistema Sotar. Adêptado de: Mark A. Garlick, Enciclopédio Visuol - Astronomio, Círculo de Leitores
ÃRea r * a prssoA I uiuoÀog ?EuÁrrca :.- o su.;Erro sto-EcoLocico

lndícios da evolução da Terra


ffi Terra foi formada há mais de 4,8 mil milhÕes de anos, segundo as
ffiffi estimativas dos cientistas, considerando as rochas mais antisas, já que antes
#ãffi#ffi
# §&não existia superfície sólida. A formação da crosta terrestre, muito diferente
da atual, foi sofrendo muitas alterações ao longo de milhares de milhÕes de anos.
Os processos erosivos, assim como a atividade vulcânica e sísmica continuam, na
atualidade, a moldar a superfície terrestre e a expandir o fundo oceânico.

A VIAGEM DAS PLACAS

Quando em 1910 o geofisico alemão Alfred Wegener sugeriu que os continentes


se moviam, a ideia pareceu uma fantasia: não se podia provar. Meio século depois,
foi possível conÍirmar a Teoria da Tectónica das Placas: a atiüdade ígnea no fundo
dos mares, as correntes de convecção e a fusão das rochas no manto são o motor
da deriva continental que ainda hoie molda a superficie do planeta.
O movimento das placas tectónicas produz deformações e ruturas na crosta
terrestre e a expansão do fundo oceânico.
Na história geológica do planeta houve grandes processos de dobramentos,
identificados pelas características do relevo que criaram.
Adaptado de: VuÍcoes e Terromotos, Atlas Visual da Ciência

1. Formação 2. 0 supercontinente 4. Formação do oceano â 5. Segunda fase da


da Pangeia. começa a dividir-se, * Índico quando a Gondwana se ;*^**-*"" divisã0. A America do
formaÁdo a Lau^ásia e 5*- ""
fragmentou na Índia, África, Su[ começa a
Gondwana. §
a
._r\§ ü.. Antártida e Madaqáscar. sepaÍ-ar-se da África.

ffi .

3. A Laurásia
afasta-se do que se
transformaria em
América do Sute África.
pÉnulco rnrÁssrco .lunÁsslco
Há 25o mithões de anos. Há 206 mithões de anos. Há 145 mithões de anos.

o. A índia vai para 8. Formação dos Himalaias.l Índia colidiu com a Ásia,
norte. A lndia separou-se empurrando rochas para cima e formando o planalto do
da Antáftida.

=r*
ê
7. Terceira fase da 9. Formação do mar Vermetho. Movimentos das placas
divisã0. America do durante os úitimos 20 milhÕes de anos separaram a Arábia
Norte e a Gronelândia d1 África formando marverm;:t:',,
*,"W
separôm-se da Eurásia.
1 ..... .,,
cnerÁcrco ATUALIDADE
Há 65 mithões de anos.

Todas as alteraçÕes na crosta terrestre foram acompanhadas de outros FlG. L4lHá cerca de 2OO milhões de
anos as placas continentais da crosta
fenómenos que permitiram a existência de vida - os primeiros organismos terrestre formavam um superconti-
anaeróbicos, a presença de oxigénio, as primeiras plantas e animais terres- nente "a Pangeia". Essa massa
começou a fraturar-se dando origem
tres, as mudanÇas climáticas, os períodos glaciários, os grandes répteis, os aos oceanos e continentes. Hoje a
deriva continentaI continua...
mamferos, as grandes florestas,... uffi mundo em constante mutaÇão.
Entre todos estes fenómenos, alguns dos mais importantes são as mudan-
L
Ças climáticas responsáveis por extinÇÕes em massa de plantas e animais
o como comprovam, por exemplo, as grandes áreas de jazidas de petróleo.
E

TEI'IA.PBOBLIMA I 3.1 O HOMÉM E A TERBA

ffiElffi

CLIMAS DO PASSADO E

As mudanças climáticas ocorrem ao longo de milhares de milhões de anos. Estão relacionadas com mudanças o

de atividade solar e com a intensidade da radiação cósmica que penetra na atmosfera terrestre. A Idade Média na
Europa foi conhecida climaticamente como << o Período Quente da Idade Médiar. Foi seguido, em toda a Terra,
pela Pequena Idade do Gelo, quando as temperaturas caíram. A Idade Média sucedeu à fria Idade Negra, que foi
precedida pelo período Romano, mais quente. Atualmente o clima está de novo a aquecer. As idades de gelo, e os
períodos interglaciários que os separaram, são mudanças climáticas em consequência de mudanças na órbita da
Terra em torno do Sol, na inclinação do eixo da Terra e na rotação do eixo. Agora estamos a viver num período
interglaciário. As idades do gelo e os interglaciários são separados por episódios curtos, mais quentes e mais
frios.
Adôptado de: Vulcões e Terromotos, Atlas Visual da CÍência
I

.',,.;) ..
!*' -- t,

q",ffi
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Deriva dos continentes -'''*o* ,'.


*t.er;P ks4ff - \,.#ry*' 'm'

TEMPo pnÉ-cÂMenrco ERA PALEOZOICA I rnA MEzozorcA I ce Nozorco


Cámbrico ] Ordoviciano I Silúrico lOevónicoi Carbonífero p"rrni.o I triásicol Jurássico I cretácico Raleogenicol
l i

milhôes de ânos âtrás

1 000 Presente

%
Extensão da glaciação Última idade de gelo Atualmente ;lu. ? "#
ry*#
Plêistocénicô Holocénico

Temperatura Máximo holocénico Otimo climático medieval


mêdia atual

milhares de anos

ê1.8 800 000 600 000 400 000 200000 11 000 1000 Presente

FIGS. 15 e 16 lVariação da temperatura média da Terra ao longo da sua história.

9.
:

Explica ôs grandes atterações ctimáticas existentes na Terra, com base


,l

# no texto e nos gráficos acima apresentados.


ã
# 1O. Relaciona as mudanças ctimáticas do passado com as atterações cti-

ffi
âê
ffi máticas da atuatidade, partindo de uma pesquisa sobre o assunto.
§
§
s
ffi

§§
ãê
Ánen r -,r pessoÁ luNtoAoE TEMártce r - c su_ilro Bto-Ecolootco

Têmpos e ritmos da Terra


I

ffioda a evolução da Terra foi acompanhada por um conjunto de movimen-


ffi tos da mesma. Sabemos que o estado natural de todos os corpos é o
ffi movimento, já que nada no Universo está em repouso. Assim, também
todos os planetas do Sistema Solar efetuam dois movimentos principais: o de
rotação em torno de um eixo e o de translação em redor do sol.
Na Terra sucedem-se e observam-se, na atualidade, tempos e ritmos cons-
tantes. A alternância do dia e da noite, as estaçÕes do ano, as fases da Lua e
as marés, que são consequências dos movimentos da Terra e da Lua.

Movimento de rotação da Terra


Durante muito tempo, o ser humano achava que o movimento aparente dos
astros, incluindo o Sol, de oriente para ocidente era um movimento real. Foi
Galileu o primeiro astrónomo a afirmar que a Terra rodava sobre si própria.
O movimento de rotação é o movimento que aTerra descreve à volta do seu
próprío eixo, fazendo com que, sucessivamente, metade da Terra se encontre
iluminada pelo Sol e a restante na escuridão - sucessão dos dias e das noi-
tes. Efetua-se em 23h 56m 4,09s. Foi adotado o período de 24 horas como a
unidade para medir o tempo. Este movimento executa-se em sentido direto
I em torno do seu eixo e não é percetível pelo ser humano porque tudo se move
I em conjunto.
t

FlG. L7 lA Terra. no seu movi-


mento de rotaÇão, expõe os
[ugares de maneira diferente face
ao Sot. Exempto: Portuga[ visto
nas quatro fases do dia -
L. Nascer do So[; 2. Meio-dia;
3. Pôr do Sot;4. Meia-noite.

12:0O
6:00 L8:00

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ffi
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L

AEEPAI3l-02
TTMA.PRQBLEIüA I 3.1 O HOM€M € A TERRA

Movimento diurno aparente do Sol, L

Qualquer um de nós, durante o dia, pode seguir o movimento do Sol - Movi-


o
mento Diurno Aparente do Sol. No hemisfério Norte vemos o Sol nascer a Este
(Levante, Nascente ou Oriente) e pôr-se a Oeste (Ocaso, Poente ou Ocidente).
Ao meio-dia o Sol indica o ponto cardeal Sul (Meridião). O Norte (Setentrião) é
o ponto do horizonte oposto ao ponto cardeal Sul.
O movimento diurno aparente do Sol é uma consequência do movimento de
rotação da Terra. Na realidade é a Terra que roda constantemente sobre o seu
eixo imaginário. Uma outra consequência deste movimento é a sucessão dos
dias e das noites o que limita a orientação pelo Sol ao período diurno.

Dois corp"r r r;;;;il; ;; ;;;r; ;;;r; .; ;;;;;;il ;" ;;; ;;;il;;; ; ;;;;; il;; ;; ;,
movimento: os polos. t

É ainda graças ao movimento aparente dos astros, que a orientação prática é possivel. A própria palavra
orientação provém do termo oriente que designa o lugar onde os astros se elevam no horizonte. O ocidente
éo
ponto oposto do oriente. A direção norte-sul é a perpendicular à linha definida por aqueles pontos.
É pois, na consideração do movimento aparente dos astros, que é, por seu turno, consequência
do movimento
de rotação da Terra, que os pontos cardeais, que nos permitem saber qual a direção do caminho que
se trilha à
superficie do globo, têm a sua origem.
Adaptado de: E. Martonne, Aeogrofio Físico

A Terra está dividida


longitudinalmente em 24
áreas de fusos horários -
.
cada fuso corresponde a t
a

t hora. O meridiano .a
:. a
a
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a

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tral (hora zero). A partir t
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I
dele definem-se as horas a
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no mundo. Como regra T6qa
a ';!:ra: ;: r
ía Pit.âirn
Geino Lndido)
a

geral, adiciona-se uma a


a Buenos AireP Cidale do Cabo
\rdnPr
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a
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hora no sentido Leste e ,a
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subtrai-se no sentido Horório
fracionado
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Fêlktênd I

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o

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Oeste. Horério universal.. - .t'
Greenwich 'i.. rt'r
de .'tl:,l:
Q 125okm
*..ar.- -tr'-
Adôptado de: Átlos Visuot do Ciêncío
ô
,Linha que marcô
-12 -11-10-e -8 -7'
mudania Oe àata- -6 -5 -4 -3 2 -1 O +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +B +9+10+11+12

FIG. 18 | Fusos horários. Adaptado de; www.guiageo-mapas.com/fusos.htmt

*
ã
§
*
§
#

tt
ÁRea r - À p€ssoA i uxroeoe reuÁtlcA 3 -c su,lEtro Bro-EtoLóGlcc

Movimento de translação da Terra


A órbita elíptica que a Terra executa à volta do Sol, determinada por Kepler, coN(ÊtTo§
Plano da ectíptica * plano da
denomina-se movimento de translação da Terra e tem a duração de um ano
órbita da Terra à votta do Sot.
(365 dias e 6 horas). A Terra ocupa diferentes posiçÕes em relação ao Sol, * momento
Pontas equinociais
mantendo sempre a inclinação do eixo de rotação sobre o plano da eclíptica - do ano em que os dias são iguais
66o33', já que o eixo da Terra apresenta sempre uma inclinação de23"27'. às noites (21 de môrÇo e 22 de
Na sua órbita, a Terra ocupa quatro pontos importantes, que marcam o setembro)"

ritmo do movimento de translação - os pontos equinociais e os pontos solsti- Pontos solsticiais - no hemisfério
norte, são os momentos do ano ern
ciais, que correspondem a: Equinócio da primavera - 21 de março; Equinócio
que a duração do dia é a nrais lonqa
de outono - 22 de setembro; Solstício de verão - 27 de junho; Solstício de (21 de junho) e a mais curta (22 de
inverno - 22 de dezembro. deeembro)

Sot

setembro

L
' :i: f ga::i;:::*-:f; pr! iiii .::::i i i:!:itiri ::,:::l!r -eilliülti::li i:it:i
§ ::ii !:ri:iiis.p: lltlrStiii :

o FlG. 19 | Movimento de transtação da Terra.

t
G TíINA.PRCBLEMÂ I 3"1 O HOM€M € A TERRÀ
T-

As estações do ano e a desigualdade dos dias e das noites


Ao longo do ano, devido à inclinação do eixo da Terra num ângulo de
23'27', partes diferentes do globo vão recebendo quantidades variáveis de luz
solar o que provoca dias e noites mais longos e mais curtos.
Nas nossas latitudes o dia maior do ano é 2t de junho que tem a noite
mais pequena, enquanto que a 22 de dezembro temos a maior noite e o dia
mais pequeno.

Porque existem estações do anol


A Terra está a 149 milhões de quilómetros do Sol e gira em torno deste numa
órbita elíptica. Em simultâneo, a Terra gira no seu eixo norte-sul num sentido
contrário aos ponteiros do relógio. O eixo da Terra (linha imaginária que vai do
Polo Norte ao Polo Sul) não é perpendicular ao plano da sua órbita em redor do
Sol. Assim, dependendo da altura do ano, algumas latitudes inclinam-se na direção
do Sol, ao passo que outras se inclinam para longe do Sol. Isto faz com que
durante metade do ano, os raios solares caem mais diretamente sobre o hemisÍério
sul e durante a outra metade sobre o hemisÍério norte. Quando o eixo da Terra se
inclina para o lado oposto do Sol, por alturas do solstício de dezembro, o
hemisfério norte recebe menos luz solar e ocorre o inverno, ao passo que o
hemisfério sul desfruta o verão. No solstício de iunho, a situação inverte-se. Nas
regiões de clima temperado, este ciclo dá origem às quatro estações do ano: a
primavera' o verão' o outono e o inverno'
Adaptôdo de: crmo, Encicropédio vísuar

FlG. 20 | Desigualdade dos días e das noites ao [ongo do ano.

o movimento de

de acordo com ô
ÁRe* r - n prsscA i uNrDAsr rãMÁrlca s .-c su-rtro Eio-[cúlúctca)

As fases da Lua
A Lua gira em torno da Terra com uma duração de 29,53059 dias - mês
sinódico - período que também coincide com o movimento de rotação da pró-
pria Lua. Assim, a Lua apresenta sempre a mesma face virada para a Terra.

As fases da Lua são uma consequência do movimento orbital da Lua à volta da Terra,
sendo a fase em qualquer momento ditada pelas posições relativas da Lua, da Terra e do
Sol. O ciclo lunar começa com a Lua Nova, na altura em que a Lua está entre a Terra e o
Sol. Nessa altura a face iluminada está voltada na direção oposta à da Terra e não é visível
para nós. À medida que a Lua vai percorrendo a sua órbita em volta da Terra, no sentido
retrógrado, tomando como referência o seu polo norte, há uma maior parte da sua face
iluminada que vai ficando voltada para nós. Vai passando, assim, por diferentes fases -
Quarto Crescente e Lua Cheia. Depois da Lua Cheia, o nosso satélite entra no seu
período <<minguant€», - o Quarto Minguante, no fim do qual a Lua volta à fase de nova.
Se o alinhamento entre os três astros for adequado, na fase de Lua Nova, pode produzir-se um eclipse
do Sol, e na fase de Lua Cheia um eclipse da Lua.
Jêptado de: Astronomia, Enciclopedio Visuol

F16.21 | Fases da Lua.

o
TEMA.PROE1-'I'.1Ã i 3.1 A HOMEM E A TERRA
r-
coNcErTo§ As marés
Marês - movimento periódico de
subida (tluxo) e descida (refluxo) As marés são ocasionadas pelos efeitos gravitacionais do Sol e da Lua.
das áquas do mar" Duram 24h 5Om - dia de maré.
O padrão mais simples das marés é o semidiurno - alternância de maré
cheia e maré vazia cada 6h t2m o que se reflete em duas vezes por dia. Em
alguns lugares da Terra existem só uma maré por dia - maré diurna - com a
maré alta e baixa separadas por 12h 25m, embora em al§umas linhas de
costa sejam menos PercePtivéis.
Chama-se maré alta, maré cheia ou praia-mar quando uma massa de água
está mais próxima da Lua. Pelo contrário, quando ocorre a maré baixa ou
baixa-mar a Lua está mais distante.

AS MARÉS PROVOCADAS PELO SOL E PELA LUA


As posições ocupadas pelo Sol e pela Lua relativamente à Terra geram marés
mais fortes - as marés vivas, ou fracas - as marés mortas. O Sol é muito maior e
tem uma massa muito superior à da Lua, mas está a uma distância 400 vezes
superior. Assim, a sua capacidade de afetar as marés é apenas um terço da da Lua.
As marés vivas ocorrem quando os três astros formam uma linha no espaço.
Quando formam um triângulo, com a Lua nos quartos crescente
ou minguante,
produzem marés de águas mortas'
Adaptadode:Ástronomio ,Encictopédiovisuol

MARÊS NA Tã8RA

Adaptado de: Astronomio, Enciclopédio Visuol


FlG.22 | As marés na Terra.
Ánen r - n pessc i uttatoÂoÊ TfMÁrlcn I - o su:etro Blo-[cúLú.rtci]

A vida humana
A evolução da nossa espécie iniciou-se no continente africano há mais de c0FIcErT0§
Paleontoloçia * ciência que estuda
5 milhões de anos, a partir de um grupo de primatas . É a partir daí que apare-
as formas de vida existentes em
cem os primeiros hominÍdeos que são os antepassados bípedes da nossa períodos qeológicos passados, a
espécie. partir dos seus fósseis.

OUT OF AFRICA
O amanhecer do Homem teve um cenário africano. Os nossos mais remotos
antepassados começararn a longa marcha da evolução do ser humano há mais de
cinco milhões de anos, quando uma série de alterações no património genético
permitiu que um grupo de primatas se erguesse sobre as patas traseiras,
libertando as mãos, e desenvolvesse um cérebro mais volumoso. Desde então,
sucederam-se diversas espécies de homínideos. Alguns viveram durante centenas
de milhares de anos no Leste de África, outras espalharam-se pelos continentes
europeu e asiático, mas todas acabaram por desaparecer. Só uma, o Homo
Sapiens, conseguiu sobreviver e colonizat o planeta. Somos os seus descendentes
diretos e a prova do seu êxito evolutivo.
_ Esta é a hipótese a que os cientistas chamam Out of Africa.
Adaptado de: Revistô Super interessonte, môio 2006

Atuatidade 1m.a. 2 m.a. 6 m.a.


.I i i i :i.;::::r::i1:.1::t:!S§rliiii+iiisi:i:t t :ri: :,,, r. §
H. erectus ,
Primeiros §§§píT$d§§s§
África, Ásia - Cérebro gronde utensílios
- Deslocoçõo bípede - Quodrúpede nos órvores,
- Moxilores e deôtes reduzidos títicos - Grondes molares :
bípede no solo
H. floresiensis - AmpLo nicho ombientol - Pequenos coninos nos
- Uso de utensílips
lndonésia - Distribuiçoo pon-ofrÍcono mochos e fêmeos
- Dístribuiçõo globol
- Omnívoro com vido
H. heidelbergenis
no flotesto
Europa
- DisttibuiÇõo restrito à
H. neandertholensis Áu. robustus Au. ofríconos
Africo Orientot
Europa, Ásia África Austrat África Austrat

Au. sedibo
Áfricê Austrêt
ir::i:

H. rhodesiensis H. habíl.is
Europa, Ásia África Subsaariana
§
Au. boiseí Au, oethiopicus Au, oforensis Au. onomensis Ar. romidus
África Orientat África Orientat "Lucy" África Orienta[ África Oriental
África Orientêt

i
H. erectus i
Au. aforensis Âu, onomensis Ar. kodabba

Au. gorhi Ar. ramidus


"Ardi"

FlG. 23 lÁrvore evolutiva do homem. Adaptado de: Revista Notíonol Aeogrophic Portugol, jutho 2010

A origem da espécie humana ainda contÍnua a ser objeto de discussão e de


contínuas descobertas, no entanto, sabemos que o Homo Sapiens comeÇou a
comunicar, expandiu-se por outros continentes, inventou múltiplas ferramentas
e a arte rupestre.
Daí em diante o ser humano comeÇa a sedentarizar-se, passa de recoletor
a agricultor, domestica os animais, cria aldeias e cidades e avanÇa para um
mundo tecnológico que nunca mais para de investigar, produzir e criar, quase
diariamente.
TEMA-PROBLEMÂ I 3"X O HOMÊM € A TERRA

As Eras 6eotógicas
A estrutura geológica permite-nos reconstruir a história da Terra.
A Terra formou-se há mais de 4,8 mil milhões de anos e evoluiu ao longo de
CONCÊITO5
Era Cenozóica - na escala do diferentes Eras, que foram modificando a superfície terrestre até à atualidade.
tempo qealóqico é a era que se
esteftde até ao presente. O nome
desta era provém de duas Pa[a- Aparecimento do
Homo sapiens
vras qreqas que siqnificôm "vidê
recente". 65 Ma
-------- - **l
I

I
Aparecimento dos
dinossauros (2OO Ma)

Aparecimento das ptantas


superiores (35O Ma)
Aparecimento dos
grandes peixes
(400 Ma) -%
ír
o
a
a
c.
n
o
o
Aparecimento das
,"r
trilobites À
oo
Atgas primitivas
(28O0 Ma)

Origem da vida
(3800 Ma)

Origem do Sistema Sotar


(4600 Ma)

Nuvem gasosa
interestelar
190O Ma

Origem do
Universo
(13 000 Aparecimento do oceano
primitivo (4300 Ma)

Aparecimento da
atmosfera primitiva
(4000 Ma)

Adaptêdo de: Suguio e Suzuki, 2003


FlG.241 A espirat geotógica.
ÁReA t -- A prssoA i uNtt ÀDG T€MÁrrcg I - i: sutriro E,o,§coloarlco
-r
Origem da vida na Terra
A Terra é o único planeta conhecido do Sistema Solar onde existe vida por- coltcElTos
que reúne um conjunto de condições necessárias: Efeito de estufa - os denominados

. O nosso planeta é o terceiro mais próximo do Sol e encontra-se a uma


gases de efeito de estufa, entre eles
o ozono, o dioxido de carbono e
distância aceitável para que exista vida na Terrajá que apresenta uma
o vapor de água, tornam a Terra
temperatura moderada. habitávet absorvendo a radiação
. Apresenta uma camada de água que ocupa perto de 3/q do planeta, de infravermelhos e voltando a

estando a maior parte no estado líquido (hidrosfera) e uma pequena irradiá-la parã a Terra, aquecendo
o planeta.
parte no estado sólido (criosfera).
Fósseis * vestígios da vida passada.
. A existência de uma atmosfera composta principalmente por oxigénio e
azoto (ao nível da troposfera), imprescindíveis aos seres vivos. Por
outro lado a atmosfera regula a temperatura da Terra através do efeito
de estufa e protege-a através da camada do ozono.
A origem da vida será quase tão velha como a própria Terra, mas o pro-
blema da sua ori§em é um tema fundamental que foi e ainda é discutido ao
nível científico e tecnológico.

HIPóTES€S SOBRE A ORIGEM DA VIDA


O problema da origem da vida ocupa um lugar central em todas as perguntas
biológicas e filosóficas.
As teorias formuladas podem enquadrar-se em quatro hipóteses:
. a vida tem uma origem sobrenatural que, possivelmente, não possa ser des-
crita em termos fisicos nem químicos;
. a vida surge por geração espontânea, isto é, a vida pode formar-se a qualquer
momento, tanto no passado como nos nossos dias e num curto espaço de
tempo a partir da matéria inerte;
. a vida é eterna, assim como a matéria; a vida terrestre teve início no
momento da formação do planeta, ou apareceu pouco depois;
o a vida desenvolveu-se na Terra através de uma série de reações químicas
progressivas.
Adôptado de: A origem do vída, Bibliotecô Salvat

Durante séculos acreditou-se que a maioria dos anirnais nascia por


geração espontânea, mas a hipótese da vida gerada no oce-
ano primitivo é a mais favorável à génese da vida.
Através do avanço científico a história da evolução dos
seres vivos comeÇou a ser comprovada com inúmeros vestÊ
Sios recolhidos, estudados e datados. os fósseis constituem a
melhor forma de comprovar a existência de outras ou noura
L - ,*
espécies, e a sua extinção, evolução, mutação e seleção naturdw**
o
I-

lii',ÍÀ-i:'Rililri:1.4Â i 3.1 Ç l"lOMÊM E,S T€R8Â

OS VESTíGIOS DO PASSADO

FÓSSEIS

Evidências de seres vivos do passado ficam registadas como forr"is, preserva'


dos entre camadas de rochas sedimentares acumuladas sucessivamente ao longo
das eras geológicas. A análise dos Íósseis permite deduzir a sua idade, que pode
chegar a dezenas de milhões de anos. Por meio de estudos de populações de fós'
seis é possível conhecer a estrutura de comunidades arcaicas, a razáo da extinção
de determinada espécie ou a evolução de animais ou vegetais ao longo do tempo.

GENÉTICA

Utilizando técnicas biomoleculares avançadas é possível analisar a herança


evolutiva de uma espécie e descobrir quando ocorreu uma diversificação de linha'
gens evolutivas e, desta forma, montar a árvore genealógica dos animais. Os antro-
pólogos, por exemplo, costumam utilizar o ADN para reconstruir a evolução
humana.
Adaptado de Evoluçõo e Genetico, Átlos Visuol do Cíêncio

CONCEITO§ A relação de parentesco entre todos os seres vivos é sustentada por provas
Genética - ciência dedicada ao científicas que continuam à procura de mais respostas sobre a origem da vida,
estudo de hereditariedade, da
A teoria da evolução indica que todos os organismos são descendentes de
estrutura e das funçÕes dos qenes.
ADN - abreviatura de ácido deso-
um antepassado comum - a protocélula Eucariota. Os seres eucariotas (for-
xirribonucleiço. O ADN é a molácula mas de vida mais complexas) possuem um núcleo celular central que guarda a
biotóçica em forma de dupta hétice informação genética (ADN). Abarca organismos unicelulares e puricelulares
que constitui os cromossomôs e nos quais as células são especializadas. Deste grupo são bem conhecidas por
contêm o código genético de um nós as bactérias - organismos unicelulares que vivem em colÓnias - esti-
ser vivo.
mando-se que vivem na Terra há 3 mil milhões de anos.
I

Evolução biológica na Terra


A Terra é o único planeta do sistema solar com atmosfera oxigenada e
grande quantidade de água.

-MM*

Adaptado de: Atlos Universol


Expresso, n.o 7, O Mundo

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