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O cristão e o uso do Facebook

17/08/2013   Reportagem   1 Comentário
Sabedoria e  imprudência no uso, e as armadilhas potenciais das redes sociais
Com quase 10 anos de existência, o Facebook é o maior site
de rede social, possuindo mais de 1 bilhão de usuários
ativos, de maneira que a palavra “Facebook” já é bastante
familiar em todo lugar.
Como a maioria das atividades em nosso mundo,
dependendo do tipo de utilização, o Facebook pode ter um
impacto negativo na vida dos crentes. Quer se trate de
televisão, da internet em geral ou de atividades recreativas,
a natureza de nossa participação deve ser constantemente monitorada por nós tendo como
ponto de partida as seguintes perguntas: Esta atividade está interferindo na minha santidade de
alguma forma? Será que ela está me colocando em um caminho perigoso espiritualmente?
Será que ela está me controlando? Sou capaz de exercer autocontrole em relação a essa
atividade?

Como a maioria das outras coisas. O Facebook pode, potencialmente, ser usado para o mal,
mesmo não havendo nele nada que, necessariamente, provoque uma reação instintiva que o
faça categoricamente pecaminoso.

Usado com sabedoria: potencial para o


bem
Um dos grandes pontos positivos é a oportunidade de usar o Facebook para fins de ensino e
edificação. Esse meio tem-me permitido comunicar pessoalmente com mais pessoas sobre as
coisas espirituais do que eu poderia conseguir sem ele. Mesmo que o post seja apenas uma
frase, aquele pensamento com base bíblica e espiritual pode efetivamente comunicar a
centenas de pessoas a confiança em Deus e o poder do Evangelho.

Certa vez, um pregador amigo postou em uma manhã de quarta-feira: “Vamos hoje incentivar
todos os amigos do FB a serem espirituais. Incentivemos a oração espontânea, o olhar a glória
de Deus na natureza, uma conversa com outro que inclua o nome ‘Cristo’. Volte-se para Jesus
e depois vá louválO em sua igreja hoje à noite!” Quantos leram aquela mensagem e fizeram
exatamente o que ele pedia?

Usado corretamente, o Facebook pode ser uma ferramenta poderosa para os relacionamentos,
encorajamento e carinho. Quando um irmão ou uma irmã vive uma crise, você pode
rapidamente e facilmente enviar uma mensagem de conforto e transmitir a sua preocupação.

Você pode reconhecer aniversários. É incrível ter 50 ou mais pessoas, a partir de centenas de
quilômetros de distância, desejando-lhe um feliz aniversário! Podemos também ficar em
contato com pessoas de nossos tempos de colégio (Alguns não tinha visto ou falado com eles
há 25 anos!). Agora, eu posso me comunicar também mais eficazmente no Evangelho, com
amigos de meus dias no Florida College e dos lugares que eu tenho pregado ao longo dos
anos. Posso saber um pouco mais sobre suas vidas. Comunicar-me com eles em uma base
frequente é bastante animador.

Outra grande vantagem para mim, um pregador de meia-idade, é que o Facebook pode me
facilitar a permanecer conectado com os jovens e a descobrir o que está acontecendo no
mundo deles. Você pode descobrir algumas coisas que você não saberia sobre suas
atividades, e conhecer suas lutas particulares pode ajudar no desenvolvimento do ensino para
melhor ajuda-los.

O uso imprudente: a excessiva atenção


Tempo gasto no Facebook não é necessariamente tempo perdido. Interagir com as pessoas
pode contribuir para um benefício espiritual positivo. No entanto, como qualquer objeto ou
atividade neste mundo, quando você começa a usar ou a dar atenção excessivamente a algo,
este se torna um laço para sua alma. Tudo o que é permitido dominar nossas afeições pode se
tornar um ídolo. Alerta-nos a Palavra de Deus: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 João
5.21). Quer se trate de uma crença falsa, uma atividade ou mesmo uma pessoa, não devemos
permitir que isso interfira em nossa comunhão com Deus ou à nossa lealdade à Sua verdade e,
assim, prejudicar a nossa vida espiritual.

Acho que não há problema em usar uma hora do dia para ler as mensagens de amigos do
Facebook e interagir com eles. Poderíamos sugerir, como alguns têm feito, que uma hora gasta
no Facebook poderia ser melhor gasta no estudo da Bíblia, em meditação e oração, mas
também podemos dizer isso em relação à assistir televisão, a prática de algum exercício físico,
falar ao telefone, a mensagens de texto e compras. Não é que nenhuma dessas coisas sejam
inerentemente atividades pecaminosas, mas não devemos negligenciar a nossa alma na
miríade de possibilidades que existem para gastar nosso tempo.

O Facebook é realmente maravilhoso, fornece uma infinidade de aplicações atraentes, coisas


que podem absorver uma grande quantidade de nosso tempo. E, como afirma a Bíblia,
devemos aprender a “remir o nosso tempo”.

Alguns afirmam que, via Facebook, podemos ajudar a todas as pessoas sem precisarmos sair
do conforto do nosso lar, mas simplesmente não é assim. Em alguns casos, não há como
substituir o estar presente fisicamente para ouvir e aconselhar quem precisa de consolo e
conforto (Mateus 25.34ss).

Armadilha potencial
Tudo o que você posta passa uma mensagem. Qual a impressão que você
quer dar às pessoas? Por exemplo: a Bíblia diz que devemos nos “alegrar com
os que se alegram” (Romanos 12.15) e não focarmos tudo em nós, nos
alegrando apenas em nós mesmos; mas, se cada post é sobre mim e sobre o
que eu estou fazendo, o que estou sugerindo? Não é que o meu foco é
principalmente em mim?

O material em sua página de Facebook influencia os outros. Antes de postar,


pergunte a si mesmo como essa mensagem será percebida pelos outros e se
ela transmite algo coerente com a sua profissão de fé como cristão.

E cuidado com seus erros, porque eles vão te achar! Quão alarmante é ver
algumas imagens postadas na internet de irmãos em festa onde o álcool é
consumido, onde as pessoas se vestem de forma inadequada ou estão
envolvidas em danças lascivas! Ainda que esses irmãos não tenham feito nada
nesses lugares, qual é a imagem que é passada, quando essas fotos são
publicadas em suas páginas do Facebook? Recentemente, ouvi uma previsão
de que mais e mais pessoas no futuro vão mudar sua identidade para escapar
das obras de seu passado!

Lembre-se, o Face book é uma exposição pública de você mesmo ou do


personagem que você quer representar diante das pessoas. Que imagem você
quer retratar sobre si mesmo para as pessoas?

O apóstolo Pedro nos exorta a manter “o nosso viver honesto entre os gentios”,
de modo que “glorificar a Deus no dia da visitação, pelas obras que em vós
observam” (1 Pedro 2.12).

Uma resposta para O cristão e o uso do Facebook


1. Adriano disse:
30/03/2015 às 00:10

Ótima matéria, eu mesmo já tive conta no facebook, e estou prestes a reativar outra, por isso
entrei aqui para ter uma ideia sobre isso. Concordo que o problema não é fazer parte de redes
sociais, minha dúvida é que assim como devemos nos afastar de tudo aquilo que pode nos
levar a pecar, será que tendo facebook não nos leva mais próximo de pecar, pois levando em
conta tudo o que é compartilhado no face, que querendo ou não você vai ver, e por um
segundo de fraqueza você pode clicar e pronto, já pecou. Se sabendo deste risco não seria
melhor nem usar pra não correr esse risco? Essa é minha dúvida. Ainda mais pelo fato de que
vi uma pesquisa que dizia que 1 em cada 5 casais que se separaram, 3 assumiram que o
facebook ajudou, não parece muito, mas é 20%.
Mesmo assim acho que o face pode ajudar principalmente em Levar a palavrea de Deus, (mas
isso não pode ser uma desculpa pra ter face) outra coisa é poder se comunicar com amigos e
parentes assim como outras vantagens. É pena que ainda fiquei na dúvida. Abraços.

Adriano.

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