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Cultura Do Abacateiro
Cultura Do Abacateiro
BORGES, M. H. C.
MELO, B.
SUMÁRIO
1 Histórico e origem
2 Importância
2.3 Mercado
3 Aspectos botânicos
3.1 Classificação
3.2 Morfologia
4 Propagação
5 Variedades cultivadas
6 Exigências edafoclimáticas
6.1 Clima
6.2 Solos
7.1 Planejamento
7. 2 Plantio
7.5 Desbaste
7.6 Podas
7.8 Irrigação
7.9 Adubação
7.9.1 Demanda:
7.9.2 Análises
7.9.3 Recomendação
7. 10 Controle de pragas
8 Colheita
9 - Pós-colheita
Referência bibliográfica
Abacate
1 Histórico e origem
2 Importância
Com exceção da banana, o abacate tem quatro (4) vezes mais valor
nutritivo do que qualquer outra fruta. É a fruta que possui maior quantidade de
proteína (1 a 3% de acordo com informações do Instituto Agronômico de
Campinas – IAC) e é rico em vitaminas C e E, ácido fólico, e potássio. Contém
também boa quantidade de ferro, magnésio e vitamina B6, além de beta-sistotinol
(que pode ajudar a baixar o colesterol do sangue) e glutationa, um excelente
antioxidante. Possui alta taxa de gordura (quantidade variável 5 a 35% de óleo
polpa, na maioria ácidos graxos insaturados (60 a 84%, de acordo com
informações do IAC), tornando-o muito rico em calorias, o que fez com que os
especialistas em dietas abolissem o consumo desta fruta. No entanto, a maior
parte da gordura no abacate é a monoinsaturada, ou seja, a gordura saudável.
Uma pesquisa realizada no México divulgou que 45 voluntários que comeram
abacate diariamente durante uma semana apresentaram uma queda média de
17% na taxa de colesterol do sangue. É utilizado em casos de prisão de ventre,
flatulências, perturbações digestivas, gota, reumatismo, afecções dos rins, da pele
e do fígado. Atletas costumam usá-lo em substituição à outras fontes de gorduras
menos saudáveis, como manteiga e maionese. Além disso, ajuda a destruir os
radicais livres gerados pelo treinamento em excesso. O principal inconveniente ao
consumo do abacate é o seu excesso de calorias, o que recomenda uma
utilização com moderação (Ferro, 2002).
2.3 Mercado
Segundo Donadio (1995), apesar do grande volume produzido por países
americanos como o Brasil e o México (maior produtor mundial), apenas os EUA,
entre os países americanos, tem sua produção voltada para a exportação, sendo o
principal fornecedor do Japão. O mercado externo é bastante exigente no tocante
a padrões de qualidade e variedades específicas. Destacam-se na produção
destinada à exportação, Israel, Espanha e África do Sul. A importação européia,
que ao final da década de 60 era apenas 10 mil toneladas, conforme Réquiem
citado por Donadio (1995), chegou a mais de 120 mil toneladas no final da década
de 80, projetando um volume de 275mil toneladas anuais para o final da década
de 90. Segundo uma análise de mercado feita pelos espanhóis, os preços caíram
e persistem com tendência de queda, mas ainda assim, são atraentes. Ainda de
acordo com este autor, o mercado europeu é considerado pequeno em termos de
consumo per capita por ano, que está em torno de 100g. Donadio (1995) lembra
que o abacate não é consumido na Europa como fruta, mas sim, como hortaliça,
em entradas, saladas e outros pratos.
3 Aspectos botânicos
3.1 Classificação
3.2 Morfologia
4 Propagação
c) A enxertia, por sua vez, pode ser feita por meio de vários processos. Os mais
empregados pelos viveiristas são a enxertia por gema terminal, enxertia por
garfagem em fenda cheia ou apical, e a garfagem lateral. A borbulhia é pouco
utilizada pois algumas variedades são difíceis de serem enxertadas por esse
sistema, sendo facilmente enxertadas por garfagem. Além disso, é mais fácil achar
garfos adequados do que borbulhas apropriadas.
5 Variedades cultivadas
a) Grupo floral A:
b) Grupo floral B:
São relatadas ainda para este grupo floral, as variedades Bacon, Zutano
Ettinger, Edranol, Horshim, e Nabal, porém de importância em escala comercial
bastante inferior (Guill & Gazit apud Donadio, 1995). No guia de produção do site
http://www.clubedofazendeiro.com.br é também descrita a cultivar Tatuí, como
sendo uma variedade do grupo floral B, indicada para exportação.
a) Grupo A:
b) Grupo B
Quintal: apresenta fruto grande, com peso maior que 600g, e de formato
piriforme. É o único do “tipo manteiga” e de valor comercial, que amadurece entre
maio e junho, no estado de São Paulo.
Prince: árvore de porte alto, tem pouca resistência à geadas, e sua produção é
constante. Os frutos pesam em torno de 670 g, são obovados, e possuem boa
resistência à verrugose e ao transporte. A casca é verrugosa, lenhosa e verde. A
polpa é de sabor neutro e possui rendimento médio da ordem de74%. O caroço é
aderente.
Reis: selecionado em Valinhos, SP, apresenta maturação tardia com colheita nos
meses de agosto e setembro. O fruto pesa em torno de 790 g. Sua casca é
levemente rugosa, textura lenhosa e aparência lustrosa. A semente é aderente à
cavidade e pesa em torno de 105g. A polpa possui um sabor semelhante a nozes,
com baixo teor de fibras. Seu rendimento é da ordem de 78%, sendo 1% de
proteína e 13,8% de óleo.
6 Exigências edafoclimáticas
6.1 Clima:
e) Ventos: vários efeitos danosos são relatados, tais como,
desfolhamento, queda de frutos, quebra de ramos, dificuldade de polinização por
insetos, aumento da transpiração e predisposição ao efeito da seca (Koller, 1984),
dessecamento de flores, manchas nos frutos por causa do at rito destes com os
ramos, o que provoca depreciação no caso de exportação (Donadio, 1995).
6.2 Solos
b) Salinidade: um outro fator relacionado ao solo, muito importante a ser
considerado para a cultura do abacateiro, no momento de implantação do pomar,
é a salinidade De acordo como Donadio (1995), o abacateiro é muito sensível à
salinidade. Medida pela condutividade elétrica, pode causar danos à planta
quando excede 3mm hos/cm. Os sintomas são, queima da ponta e borda das
folhas e queda da produção. A salinidade pode ser provocada por altas
concentrações de sulfatos, cloretos, carbonetos e nitratos no solo, ou água de
irrigação como concentração acima de 0,2g/l de cloreto. O controle da salinidade
pode ser feito mediante irrigação pesada para lavagem do excesso de sais, e
principalmente, pela utilização de porta-enxertos da raça antilhana, que são
resistentes. Uma outra prática também recomendável é a aplicação de nitrato na
água, que aumenta a tolerância da planta à salinidade.
7.1 Planejamento
a) Mercado:
b) Escolha do local
7. 2 Plantio
7.3 Proteção contra ventos: em áreas sujeitas a ventos fortes é preciso sustentar
a muda amarrando-a, cuidadosamente, a uma estaca, ou cobrindo-a (Donadio,
1995).
7.4 - Replantio: prática importante, que deve ser feita visando à substituição de
plantas fora do padrão da cultura. Deve ser feita o mais cedo possível, a fim de
manter a uniformidade do pomar (Donadio, 1995).
7.5 Desbaste: no caso de plantio adensado, o desbaste deve ser feito conforme a
idade das plantas e o fechamento do pomar. Na Califórnia, por exemplo, se usa o
espaçamento de 6 x 6m, com a variedade Bacom como polinizadora da Hass em
linhas alternadas, na proporção de uma planta de Bacon para cada três planta de
Hass. O primeiro desbaste neste sistema é feito aos oito anos, retirando-se uma
planta alternada de cada linha. O segundo desbaste ocorre aos 12 anos (na
Califórnia) retirando-se todas as plantas a cada 4 linhas, ficando um espaçamento
final de 12x 12m (Donadio, 1995).
7.6 Podas
7.8 Irrigação
7.9 Adubação
b) Adubação de crescimento e formação:
Adubação de produção:
4o. ano: 180g de N/cova, sendo 40g em agosto, 80g em outubro e 60g em
dezembro; 30 a 90g de P2O5 e março; e 50 a 150g de K2O aplicados em outubro
(10 a 30), dezembro (20 a 60), e março (20 a 60).
5o. ano: 200g de N/cova, sendo 40g em agosto, 80g em outubro, 60g em
dezembro e 20g em março; 40 a 120g de P2O5 em março; 50 a 150g de K2O,
sendo 10 a 30g em outubro, 20 a 60g em dezembro e 20 a 60g em março.
e) Lagartas: as lagartas dos ramos e dos frutos são consideradas as
pragas mais importantes para a cultura. A broca dos ramos (Mectafiella
monogramma) causa danos nos ramos novos, que podem secar e morrer. A
larva do fruto (Stenoma catenifer) penetra o fruto até o caroço podendo causar sua
queda prematura ou danifica-lo, prejudicando-o para o consumo. O controle é feito
com pulverizações dos inseticidas Fenitrotion, Malation ou Triclorfon, os quais não
atingem a lagarta no interior do fruto.
8 Colheita
9 Pós-colheita
Referência bibliográfica