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MATERIAL TEÓRICO
UNIDADE 4
Estruturação e
Componentes de
Documentos Técnicos
Ambientais
Autoria:
Profa. Ms. Ana Claudia Aoki Santarosa
Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade
na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:
Não se esqueça
de se alimentar
Aproveite as e se manter
indicações hidratado.
de Material
Complementar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com Determine
as redes sociais. um horário fixo
para estudar.
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer
parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um
dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca
de ideias e aprendizagem.
Unidade 4
Estruturação e Componentes de Documentos Técnicos Ambientais
Introdução
Um documento técnico ambiental é um documento
predominantemente de gênero textual, com diversas
tipologias (de pesquisa, de andamento, de projeto,
preliminar, parcial, final, mensal e anual, entre outros),
voltado ao meio ambiente e ao meio socioeconômico.
Geralmente, os detalhes dos estudos realizados e seus
respectivos resultados são divulgados no formato de
um relatório técnico, que consiste na exposição textual
(escrita) dos fatos observados mediante investigações e
levantamentos de dados, com explicações comprovadas.
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Estrutura
Basicamente, um relatório deve ser formado por sua parte interna e externa.
A parte externa é constituída pela capa e sua lombada, quando em formato
impresso. A parte interna é constituída pelos elementos pré-textuais, textuais e
pós-textuais (Figuras 1 e 2).
Segundo a NBR 10719, essas partes são formadas pelos seguintes itens:
• Parte externa:
• Capa (opcional)
• Lombada (opcional)
• Parte interna
• Elementos pré-textuais
GLOSSÁRIO
Vernáculo: é o adjetivo que se dá a algo próprio de um país, de uma nação ou região.
Portanto, língua vernácula é a língua nacional, sendo utilizada sempre para designar
o idioma puro, utilizado tanto no falar, como no escrever, sem utilizar palavras de
idiomas estrangeiros.
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Conforme mencionado anteriormente, as capas são elementos opcionais e po-
dem contemplar informações como: nomes da Instituição executante e solicitante,
número do documento técnico, título, capítulo, local, data (ano), nomes dos auto-
res e imagens, entre outros (Figuras 3 e 4).
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Estruturação e Componentes de Documentos Técnicos Ambientais
Elementos Pré-Textuais
Folha ou Página de Rosto
Consiste em elemento obrigatório e deve apresentar as seguintes informações,
de preferência na ordem em que são mencionados:
Errata
Consiste em elemento opcional. Quando existente, o título “Errata” deve estar
centralizado e com a mesma fonte das seções primárias no texto e sem indicativo
de seção, segundo a NBR 6024. Esse elemento deve ser inserido logo após a folha de
rosto, contendo a referência do erro e a substituição do texto, na seguinte forma:
• Folha/Página do erro;
• Linha e/ou parágrafo do erro;
• Onde se lê (cópia integral do erro no texto), leia-se (forma correta).
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Agradecimentos
Elemento opcional, apresentado após a errata. É elaborado com texto livre,
elencando todos que contribuíram com o trabalho.
AGRADECIMENTOS
A Agência Nacional de Águas agradece a todos que contribuíram para este
documento, em especial:
• à CETESB, que com conhecimento, experiência e dedicação elaborou e
revisou essa obra e permitiu à ANA publicá-la para se tornar um docu-
mento técnico de referência nacional [...];
• ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pelo apoio à im-
plementação do Programa Nacional de Avaliação de Qualidades das
Águas (PNQA), por meio da cooperação Técnica ATN/OC 11.888-BR;
• aos órgãos de meio ambiente e de recursos hídricos e às companhias
de saneamento estaduais e do Distrito Federal que se dedicaram a re-
visar esta obra e a contribuir com sugestões para seu aperfeiçoamento
durante a consulta técnica [...].
Fonte: CETESB (2011).
Pode ser uma lista única ou, ainda, uma lista para cada tipo, com os itens
ordenados a partir das aparições no texto, e contendo as seguintes informações:
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Lista de Símbolos
Consiste em elemento opcional. Quando existente, o título deve ser centralizado,
com a mesma fonte das seções primárias no texto e, conforme a NBR 6024, não
deve apresentar indicativo de seção (Figura 8). Deve ser elaborada de acordo com
a ordem de aparição no texto, com o devido significado por extenso.
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Figura 8 – Modelo de Lista de Abreviaturas e Siglas para
Documentos Técnicos e Trabalhos Acadêmicos
Fonte: Acervo do Conteudista
Sumário
Elemento obrigatório, no qual são elencadas as partes que compõem o docu-
mento, na ordem em que aparecem ao longo do texto (Figura 9). Possui instrumen-
to normativo próprio, a NBR 6027. Vale lembrar que os elementos pré-textuais,
como folha de rosto, errata, resumo e listas não aparecem no sumário, somente os
textuais e pós-textuais.
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Elementos Textuais
Essa é a parte do relatório em que o assunto é propriamente apresentado
e desenvolvido. O seu conteúdo e a estrutura de apresentação podem variar de
acordo com a sua finalidade; portanto, não há norma para definir a nomenclatura
dos títulos dos elementos textuais, ficando a critério do autor.
Algumas das principais seções que são comumente encontradas nos textos
dos relatórios técnico ambientais são:
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• Numeração progressiva e títulos das seções – O conteúdo textual deve
ser dividido de forma hierárquica, partindo do tema mais geral para o mais
específico, seguindo a NBR 6024;
Segundo Suguio (2003, p. 11): “Entre algumas das particularidades deste tre-
cho, que se inicia nas cercanias de Vitória (ES), tem-se o Planalto Atlântico
cujas rochas cristalinas pré-cambrianas alcançam a orla litorânea com grande
frequência e as lagunas costeiras.”
Segundo Oliveira et al. (1999), esse tipo de solo apresenta características es-
sencialmente arenosas, e é constituído predominantemente por quartzo.
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Abreviaturas e Siglas
Em sua primeira aparição no texto, cada abreviatura e sigla deve estar entre
parênteses e precedida da expressão completa. Nas ocorrências seguintes, as si-
glas e/ou abreviaturas podem ser utilizadas diretamente, sem parênteses. Ainda
assim, todas as siglas e abreviaturas utilizadas ao longo do texto devem constar
da lista de siglas e abreviaturas nos elementos pré-textuais, tornando-a obriga-
tória para esse caso.
Equações e Fórmulas
As equações e fórmulas devem ser apresentadas com destaque, indicando
numeração arábica sequencial entre parênteses, à direita da equação ou fórmula.
Exemplo de equação:
IAQ = ∏ i =1 q iwi
n
(1)
Onde:
• IQA - representa o Índice de Qualidade das Águas (valor entre 0 e 100);
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Ilustrações e Tabelas
Todos os elementos visuais como gráfico, mapa, figura, foto, tabela e quadro
devem ser referenciados no texto, e de preferência em trechos próximos ao
referido elemento.
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Elementos Pós-Textuais
Referências Bibliográficas
Uma Referência Bibliográfica é um conjunto de informações sobre uma obra
ou um trabalho escrito. Essas informações devem permitir claramente sua
identificação e normalmente contemplam as seguintes informações: título,
autor, ano, editora e local de publicação, entre outras.
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Glossário
Consiste em elemento opcional e pode ser definido como a relação das palavras
ou termos técnicos de uso específico que foram citadas no texto, com o respectivo
significado. Quando existente, deve ser apresentado em ordem alfabética. O
termo Glossário deve ser centralizado, com a mesma fonte das seções primárias
no texto e sem indicativo de seção, segundo a NBR 6024.
GLOSSÁRIO
Água bruta: água que não passou por nenhum tipo de tratamento simplifica-
do ou convencional in natura, proveniente de rio, represa, lago, poço freático,
nascente, etc.
Apêndice
Consiste em elemento opcional. Quando existente, deve ser identificado pelo
subtítulo “Apêndice” centralizado, em caixa alta, com a mesma fonte das seções
primárias no texto e sem indicativo de seção, segundo a NBR 6024, seguido da
letra maiúscula consecutiva (de A-Z para cada um), travessão e o título.
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Exemplo de Apêndice:
Introdução
Os índices e indicadores ambientais nasceram como resultado da crescente
preocupação social com os aspectos ambientais do desenvolvimento, processo
que requer um número elevado de informações em graus de complexidade
cada vez maiores. Por outro lado, os indicadores tornaram-se fundamentais
no processo decisório das políticas públicas e no acompanhamento de seus
efeitos. Essa dupla vertente apresenta-se como um desafio permanente de
gerar indicadores e índices que tratem um número cada vez maior de infor-
mações, de forma sistemática e acessível, para os tomadores de decisão. [...]
Anexo
Consiste em elemento opcional. Quando existente, deve ser identificado pelo
subtítulo “Anexo” centralizado, com a mesma fonte das seções primárias no
texto e sem indicativo de seção, segundo a NBR 6024, seguido da letra maiúscula
consecutiva (de A-Z para cada um), travessão e o título.
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ATENÇÃO!
Segundo a norma NBR 14724, a diferença essencial entre estes dois tipos de mate-
riais suplementares ao documento principal é que o Apêndice é um texto ou docu-
mento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, e o Anexo
é um texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação,
comprovação e ilustração.
Índice
Segundo a NBR 6034 (ABNT, 2004, p. 1), é a “relação de palavras ou frases, or-
denadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações
contidas num texto”. Consiste em elemento opcional. Quando existente, deve ser
apresentado conforme a norma acima citada. O termo “Índice” deve ser centrali-
zado, com a mesma fonte das seções primárias no texto e sem indicativo de seção.
Exemplo de trecho de Índice remissivo, que lista os tópicos e termos que são trata-
dos em um documento, juntamente com os números das páginas onde se encontram:
ÍNDICE REMISSIVO
A
Ação demarcatória vide terras indígenas
Ação Penal vide CP Dec.- Lei nº. 2.848/40, 102
Adene vide Agência de Desenvolvimento do Nordeste
B
Bacia hidrográfica vide recursos hídricos
Bem imaterial CRFB 1988, art.216, 43;
CRFB 1988, art. 231, 44
Bem imóvel da União
Legitimidade
CRFB 1988, art.20, 39;
CRFB 1988, Arts. 215-216, 43
C
Capacidade civil CC Lei nº. 10.406/02, art. 4º, 120;
Lei nº. 6.001/73 art. 9º, 47
Casa do Índio – Casai Portaria nº. 1.776/03, art. 106, 709
vide também Funasa
Causa indígena vide indigenismo, educação, saúde e seguridade social
Fonte: adaptado de Silva (2008)
ATENÇÃO!
Não confundir Índice com Sumário (elenca as partes que compõem o documento) e lista.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
NBR 6029: Informação e Documentação – Livros e Folhetos – Apresentação
ABNT. NBR 6029: Informação e Documentação – Livros e Folhetos – Apresentação. 2. ed.
Rio de Janeiro, 2006.
Leitura
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Referências
ABNT. NBR 10719: Informação e documentação — Relatório técnico e/ou
científico — Apresentação. 3.ed. Rio de Janeiro, 2011.
CETESB. Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo. Série relatóri-
os. Apêndice A: Significado ambiental e sanitário das variáveis de qualidade das
águas e dos sedimentos e metodologias analíticas e de amostragem. São Paulo:
CETESB, 2009.
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São Paulo
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