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ESPÉCIES DE

EXECUÇÃO

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ÍNDICE
1.  PROCESSO DE EXECUÇÃO...........................................................................................5
Conceito......................................................................................................................................................................................... 5
Espécies de execução.......................................................................................................................................................... 5
Procedimentos executivos.................................................................................................................................................7
Execução de título extrajudicial ....................................................................................................................................7
Cumprimento de sentença............................................................................................................................................... 8

2.  EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA ................................................................10


Conceito....................................................................................................................................................................................... 10
Execução para a entrega de coisa certa............................................................................................................... 10
Execução para a entrega de coisa incerta............................................................................................................ 11

3.  EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E DE NÃO FAZER.............................14


Conceitos......................................................................................................................................................................................14
Execução de obrigação de não fazer......................................................................................................................14

4.  EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER................................................................16


Prestações fungíveis e infungíveis..............................................................................................................................16

5.  EXECUÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA - PARTE I.........................................20


Conceito......................................................................................................................................................................................20
Proposição da execução por quantia certa.......................................................................................................20
Arresto............................................................................................................................................................................................21
Expropriação.............................................................................................................................................................................21

6.  EXECUÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA - PARTE II........................................24


Penhora........................................................................................................................................................................................ 24

7.  EXECUÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA - PARTE III....................................... 27


Ordem de preferência dos bens na penhora....................................................................................................27
Substituição da penhora................................................................................................................................................. 28
Bens penhoráveis não localizados ou inexistentes...................................................................................... 29
Resistência à penhora....................................................................................................................................................... 29
Formalização da penhora.............................................................................................................................................. 29

8.  EXECUÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA - PARTE IV...................................... 32


Adjudicação...............................................................................................................................................................................32
Alienação.....................................................................................................................................................................................32

9. ​ EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA E A EXECUÇÃO DE ALIMEN-


TOS......................................................................................................................................... 36
Execução contra a Fazenda Pública....................................................................................................................... 36
Execução de alimentos.................................................................................................................................................... 36
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PROCESSO DE
EXECUÇÃO
1.  Processo de Execução

Conceito
A execução pode ser conceituada como o meio pelo qual o cumprimento de uma
obrigação é, voluntária ou involuntariamente, satisfeita. Quando a obrigação não é
cumprida espontaneamente, faz-se necessária a prática de atos executivos pelo Estado,
com o objetivo de satisfazê-la.

A execução será classificada de acordo com a natureza da obrigação cuja satisfação se


pretende, sendo assim, haverá a execução de obrigação de fazer, de não fazer, de pagar
quantia certa e de dar coisa, conforme será visto em detalhes adiante.

Cumpre mencionar ainda que, no processo de execução, as partes são denominadas


“exequente” (o credor) e “executado” (o devedor).

Espécies de execução
A execução pressupõe a existência de um título executivo judicial ou extrajudicial, que
materializa a obrigação exigível. Este título poderá ser:

Título executivo judicial: é aquele que decorre de uma decisão judicial. É importante
ressaltar que a execução do título executivo judicial prosseguirá nos próprios autos do
processo onde foi constituída a obrigação. Assim, não se trata de um processo autônomo,
mas de um processo sincrético. Ao título judicial aplicam-se as regras do cumprimento
de sentença previstas nos artigos 513-519 do Código de Processo Civil.

Título executivo extrajudicial: os títulos executivos extrajudiciais são aqueles a que a lei
confere a força de título executivo. Diversamente do que ocorre com o título executivo
judicial, execução de título executivo extrajudicial constitui processo autônomo. Ao título
extrajudicial aplicam-se as regras previstas no Título II do Código de Processo Civil, que
trata “Das Diversas Espécies de Execução”.

Vejamos a seguir quais são os títulos executivos extrajudiciais e judiciais, de acordo com
os artigos 784 e 515 do Código de Processo Civil:

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Procedimentos executivos
O procedimento executivo pode ser dividido, ainda, em comum e especial. Procedimento
executivo comum é aquele cabível nos créditos em geral, enquanto o procedimento
executivo especial é utilizado para a execução de alguns créditos específicos como, por
exemplo, a execução de alimentos e a execução fiscal.

Esta distinção é importante para os casos em que se pretende cumular execuções,


conforme previsto na Súmula 27 do Superior Tribunal de Justiça, a qual diz: “Pode a
execução fundar-se em mais de um título extrajudicial relativos ao mesmo negócio.”

Contudo, para que os procedimentos sejam cumuláveis, é necessário, antes, que sejam
compatíveis entre si, de acordo com o artigo 327, § 1°, inciso III do Código de Processo
Civil. Assim, não é possível cumular as execuções de um título sujeito a procedimento
comum com a de outro título sujeito a procedimento especial.

Além disso, para que as demandas executivas sejam cumuláveis, é necessário que haja
identidade de partes e que o juízo competente para apreciação delas seja o mesmo, nos
termos do artigo 780 do Código de Processo Civil.

Outra distinção importante também deve ser feita: a execução, no caso dos títulos
executivos extrajudiciais, é sempre definitiva. Todavia, admite-se execução provisória no
cumprimento de sentença judicial, haja vista a sentença pode não ter ainda transitado
em julgado, por exemplo. Assim, em determinados casos, não é necessário aguardar o
trânsito em julgado da sentença para que a obrigação seja satisfeita, sendo esta cumprida
provisoriamente.

Execução de título extrajudicial


A execução de um título extrajudicial tem início com o ajuizamento de uma ação pela parte
interessada. Deverão ser atendidos os requisitos gerais de uma petição inicial, previstos
no artigo 319 do Código de Processo Civil, assim como observadas as particularidades
do caso concreto. Será sempre desta maneira porque, reforça-se, a execução de título
executivo extrajudicial se dá sempre através de processo autônomo.

No que diz respeito à causa de pedir, deverá ser demonstrada a existência do direito à
satisfação de uma obrigação certa, líquida e exigível, materializada no título executivo,
bem como o inadimplemento do devedor.

Considera-se líquido o título executivo que determina, de forma clara e precisa, a


existência da dívida, do credor e devedor, do objeto da prestação e, quando for possível,
do quantum devido.

Já a certeza de que se fala diz respeito à ausência de dúvidas quanto à existência


obrigação. Assim, da simples leitura do título executivo deve ser possível identificar a

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veracidade da existência da obrigação, quem é o credor, o devedor e qual o objeto da
prestação.

Finalmente, é necessário que o título seja exigível. Deste modo, não deve a obrigação
estar sujeita a termo ou condição suspensiva, assim como não deve estar pendente de
prazo para cumprimento.

Cumprimento de sentença
O cumprimento de sentença tem início através de petição simples, juntada aos autos do
processo onde foi constituída a obrigação. Não é necessário que esta petição atenda a
todos os requisitos de uma petição inicial, mas que apresente de forma compreensível a
pretensão deduzida.

Tal como no título executivo extrajudicial, deverá ser demonstrada a existência do direito
à satisfação de uma obrigação certa, líquida e exigível, materializada no título executivo,
bem como o inadimplemento do devedor.
 

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EXECUÇÃO PARA
ENTREGA DE COISA
2.  Execução para entrega de coisa

Conceito
A execução para a entrega de coisa tem por objetivo a entrega de um objeto, que poderá
ser, inclusive, um bem imóvel. Ela divide-se em entrega de coisa certa e incerta, conforme
veremos a seguir.

Execução para a entrega de coisa certa


A execução para a entrega de coisa certa trata da entrega de algo que já está
individualizado. Ela está prevista nos artigos 806 a 810 do Código de Processo Civil.

Após o ajuizamento da ação autônoma para a execução do título extrajudicial, o executado


será citado para cumprir a obrigação no prazo de 15 dias, sob pena de imissão na posse
(caso se trate de um bem imóvel) ou de busca e apreensão (se for um bem móvel). Além
disso, é possível a aplicação de multa diária no caso de descumprimento da obrigação.

Pode o executado, ainda, depositar a coisa em juízo, e, posteriormente, apresentar sua


defesa através dos embargos à execução. 

O prazo para apresentação dos embargos à execução é de 15 dias, contados a partir


da juntada do mandado citatório nos autos, conforme disposto no artigo 915, § 1° do
Código de Processo Civil.

Os embargos à execução, em regra, não possuem efeito suspensivo, o qual entretanto


poderá ser concedido desde que presentes os requisitos para a concessão da tutela
provisória e o depósito da coisa.

Pode ocorrer, ainda, de a coisa ter sido alienada a terceiro após a propositura da execução.
Nesta hipótese, resta caracterizada a fraude à execução e a coisa sofrerá constrição
judicial. Será expedido mandado executivo contra o terceiro adquirente, que deverá
depositar a coisa litigiosa a fim de apresentar sua defesa. A defesa do terceiro adquirente
é realizada através dos embargos de terceiro, previstos no artigo 792, § 4° do Código de
Processo Civil.

É uma faculdade do exequente buscar a coisa que está em poder de terceiros, assim, ele
pode optar por somente receber do executado o correspondente ao valor da coisa, além
de perdas e danos.

Deve-se observar que, no caso do terceiro adquirente, sua responsabilidade é limitada


à entrega da coisa, ou seja, se o bem não estiver mais em seu poder, ele não terá a
obrigação de indenizar o exequente. Somente o executado possui a obrigação de
indenizar o exequente pela perda da coisa.

Havendo benfeitorias indenizáveis, seu valor deverá ser apurado por liquidação.

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Vejamos, abaixo, o fluxograma da execução para entrega de coisa certa com base em
título extrajudicial:​

Execução para a entrega de coisa incerta


A coisa incerta será determinada pelo gênero e pela quantidade, nos termos do artigo
811 do Código de Processo Civil. A escolha da coisa pode caber ao exequente ou ao
executado.

Caso a escolha da coisa caiba ao exequente, ele individualizará, desde logo, em sua
petição inicial, aquilo que pretende receber. Note-se que a quantia em dinheiro não é
abrangida pela execução para a entrega de coisa incerta, visto que esta consiste em
outra obrigação específica, a pagar quantia certa.

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Por outro lado, se a escolha couber ao executado, este será citado para entregar a coisa já
individualizada a seu critério. Cabe destacar que, de acordo com o artigo 244 do Código
Civil, o devedor “não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor”.

No prazo de 15 dias, a escolha poderá ser impugnada pela parte interessada.  Caso seja
necessário, o juiz poderá ouvir um perito de sua nomeação para decidir a impugnação.

Vejamos, a seguir, o fluxograma do procedimento de execução para entrega de coisa


incerta com base em título extrajudicial:

No mais, são aplicáveis, subsidiariamente, as disposições relativas à entrega da coisa


certa.
 

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EXECUÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER
E DE NÃO FAZER
3.  Execução de obrigação de fazer e de não fazer

Conceitos
A obrigação de fazer consiste na realização de um ato pelo devedor, enquanto que a
obrigação de não fazer trata de uma abstenção.

Em ambos os casos, o juiz aplicará multa por período de atraso no cumprimento da


obrigação. Note-se que, nos casos das obrigações de fazer ou de não fazer, sempre será
aplicada multa pelo descumprimento, ao contrário da execução para entrega, na qual a
aplicação de multa é uma faculdade do juiz.

O prazo para o cumprimento da obrigação é determinado pelo juiz no próprio título


executivo, não havendo prazo legal determinado.

Execução de obrigação de não fazer


A obrigação de não fazer implica uma abstenção. É interessante observar que, nas
obrigações negativas, não há mora. Assim, a prática do ato o qual o devedor deveria se
abster caracteriza, por si só, a inexecução da obrigação.

Se o executado praticar o ato do qual deva se abster, o exequente poderá pedir que o
ato seja desfeito por terceiros, às custas do executado.

Na impossibilidade de desfazimento, o ato será convertido em perdas e danos.

Vejamos, abaixo, o fluxograma da execução das obrigações de não fazer com base em
título extrajudicial:

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EXECUÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER
4.  Execução de obrigação de fazer
Na execução de obrigação de fazer, é exigida uma obrigação positiva, ou seja, a realização
de um ato.

Tal qual na execução da obrigação de não fazer, será determinado o prazo para
cumprimento da obrigação, que não é determinado.

Prestações fungíveis e infungíveis


A obrigação de fazer poderá ser fungível ou infungível. Entende-se por obrigação
fungível aquela que pode ser satisfeita por terceiros, quando o devedor não a cumprir.
Já a obrigação infungível não pode ser satisfeita por terceiros, tendo em vista que
foram contraídas em razão das aptidões ou qualidades pessoais do devedor. Pode-se
citar como exemplo a contratação de um renomado arquiteto para elaboração de um
projeto arquitetônico. A elaboração de tal projeto por outro arquiteto não calharia no
cumprimento da obrigação desejada.

Após o decurso do prazo para o cumprimento da obrigação, caso o executado não a


satisfaça, sendo a obrigação fungível, o exequente poderá exigir a satisfação da obrigação
por um terceiro às custas do executado. Se a obrigação for cumprida por terceiro, então,
deverá ser apresentada proposta de valor. Aprovada a proposta pelo juiz, o exequente
realizará o adiantamento. É importante observar que, embora a obrigação seja cumprida
às custas do executado, é o exequente quem irá realizar o adiantamento dos valores
necessários ao seu cumprimento.

É possível, ainda, que o exequente opte por executar por si mesmo a obrigação, ou sob
sua supervisão, às custas do executado. Neste caso, o exequente não poderá cobrar
mais caro do que as outras propostas que foram apresentadas por terceiros.

O executado poderá optar, também, pela conversão da obrigação em perdas e danos.


Neste caso, o valor será apurado por liquidação e, após, a execução prosseguirá por
cobrança de quantia certa.

Vejamos, abaixo, o fluxograma da execução das obrigações de fazer, relativa às prestações


fungíveis, com base em título extrajudicial:

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A obrigação pessoal, isto é, aquela que não pode ser executada por terceiros, será sempre
convertida em perdas e danos quando o executado não a cumprir no prazo estipulado.
A conversão em perdas e danos faz com que seja aplicado o procedimento de execução
por quantia certa.

Após a prestação da obrigação, as partes têm 10 dias para apresentar a impugnação. Se


não houver a impugnação, a obrigação será considerada satisfeita.

Vejamos, abaixo, o fluxograma da execução das obrigações de fazer, relativa às prestações


infungíveis, com base em título extrajudicial:

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EXECUÇÃO DE PAGAR
QUANTIA CERTA -
PARTE I
5.  Execução de pagar quantia certa - Parte I

Conceito
A execução de obrigação de pagar quantia certa tem por objetivo o cumprimento de
obrigação de prestação pecuniária não cumprida espontaneamente.

Ela é realizada pela busca, constrição e expropriação de bens do devedor, com a finalidade
de apurar os recursos financeiros necessários ao adimplemento da obrigação.

Nesse sentido, dispõe o artigo 789 do Código de Processo Civil: “O devedor responde
com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações,
salvo as restrições estabelecidas em lei.”

A execução de obrigação de pagar quantia certa pode fundar-se tanto em um título


judicial, isto é, uma sentença condenatória, como em um título extrajudicial. Caso se trate
de um título judicial, a execução seguirá o procedimento previsto nos artigos 520 a 527,
relativos ao cumprimento de sentença. Se for oriunda de título extrajudicial, a obrigação
de pagar quantia certa submete-se ao procedimento dos artigos 824 e seguintes.

Cabe salientar que a execução de obrigação de pagar quantia certa pode ter origem em
uma obrigação de entrega de coisa, de fazer ou de não fazer, quando não for possível
o cumprimento destas obrigações e o exequente optar por receber o valor equivalente
das perdas e danos.

Proposição da execução por quantia certa


A execução por quantia certa tem início com o ajuizamento da ação pelo credor, que
deverá preencher os requisitos da petição inicial, além de instrui-la com o que está
previsto no artigo 798 do Código de Processo Civil:
1. O título executivo extrajudicial;
2. O demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação,
quando se tratar de execução por quantia certa;
3. A prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso;
4. A prova, se for o caso, de que se adimpliu a contraprestação que lhe cor-
responde ou que lhe está assegurado o cumprimento, se o executado não for
obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do
exequente;
O exequente deverá indicar, ainda, a espécie de execução de sua preferência e os bens
suscetíveis de penhora, sempre que possível.

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Após o acolhimento da petição inicial, é expedido mandado executivo, através do qual
o devedor é citado e intimado a cumprir a obrigação, no prazo de 3 dias, sob pena de
penhora. Do próprio mandado de citação já consta a ordem de penhora e avaliação.

É interessante observar que o executado é citado não propriamente para exercer sua
defesa, mas para adimplir sua obrigação. Isto porque o processo de execução não visa
ao julgamento de mérito da demanda, mas à satisfação de uma obrigação materializada
no título executivo.

Contudo, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa, o executado


poderá apresentar sua defesa através dos embargos à execução, que estabelecem uma
nova relação processual incidente.

Arresto
Pode ocorrer de o devedor não ser encontrado. Neste caso, o artigo 830 do Código
de Processo Civil determina que o oficial de justiça arreste imediatamente tantos bens
quanto bastem para garantir a execução. O arresto poderá incidir sobre qualquer bem
do executado, desde que seja penhorável.

O arresto poderá ser requerido, também, desde logo na petição inicial. Isto para que a
apreensão de bens do devedor se realize antes da sua citação, caso exista justo receio
de prejuízo para a execução, nos termos do artigo 799, VIII do Código de Processo Civil.

É importante observar que o arresto não obsta a que o devedor, posteriormente, substitua
o bem arrestado, na forma dos artigos 847 e 848 do Código de Processo Civil.

Após a efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o executado pelos 10 dias


seguintes, duas vezes em dias distintos, para tentar citá-lo.

Caso haja suspeita de ocultação, será realizada citação com hora certa. Frustrada a
citação pessoal e com hora certa, o exequente deverá requerer a citação por edital.

Efetuada a citação, qualquer que seja a modalidade, abre-se o prazo de 3 dias para o
pagamento. Transcorrido o prazo, o arresto converte-se em penhora.

Se, no prazo de 3 dias, não for cumprida a obrigação, têm início os atos expropriatórios.
Se tiverem sido indicados bens à penhora na petição inicial, a penhora recairá sobre
estes bens. Caso contrário, o oficial de justiça procederá à penhora de bens em número
suficiente para cobrir o valor da dívida.

Expropriação
A expropriação tem por objetivo retirar a propriedade ou a posse de um ou mais bens do
patrimônio do executado para que seja alienado e satisfaça o crédito exequendo.

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São formas de expropriação:

•  Adjudicação: ocorre quando a posse e a propriedade do bem penhorado são concedi-


das ao próprio exequente. A adjudicação está em primeiro lugar na a ordem de preferência
das modalidades de expropriação dos bens penhorados. Contudo, ela só se realiza me-
diante requerimento do exequente. Ela está prevista nos artigos 876 a 878 do Código de
Processo Civil.
•  Alienação: trata-se da transferência da posse e da propriedade do bem penhorado para
terceiros. Antes que se dê a hasta pública, o exequente poderá requerer a alienação por
sua própria iniciativa. Apenas se não houver requerimento de adjudicação ou de alienação
particular é que os bens penhorados serão expropriados por meio de hasta pública.  Neste
sentido, é importante observar que, antes da adjudicação ou da alienação, o executado
poderá pagar ou consignar seu débito, acrescido de custas, juros e honorários. A alienação
tem previsão nos artigos 879 a 903 do Código de Processo Civil.
•  Apropriação de frutos e rendimentos: nesta hipótese, deverá ser nomeado um de-
positário-administrador para que elabore um plano delimitador da duração da medida ex-
propriatória. Esta modalidade está prevista nos artigos 825, III e 867 do Código de Processo
Civil.

​Os honorários advocatícios são fixados em 10% desde o despacho inicial.

Poderá ser emitida certidão do recebimento da execução, para fins de averbação. Após
a averbação, qualquer oneração do bem será considerada fraude.
 

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EXECUÇÃO DE PAGAR
QUANTIA CERTA -
PARTE II
6.  Execução de pagar quantia certa - Parte II

Penhora
A penhora consiste na constrição de bens do executado com o objetivo de satisfazer o
crédito do exequente. Ela poderá recair sobre qualquer bem, exceto aqueles declarados
impenhoráveis por lei.

A impenhorabilidade de certos bens tem por objetivo preservar as receitas alimentares


do devedor e de sua família, assim como a própria dignidade da pessoa humana.

São bens impenhoráveis:

Bens impenhoráveis Exceções à impenhorabilidade dos


bens

Bens inalienáveis e os declarados, por ato vol-


untário, não sujeitos à execução.

Móveis, pertences e utilidades domésticas que Móveis, pertences e utilidades


guarnecem a residência do executado. domésticas de elevado valor ou
que ultrapassem as necessidades
comuns correspondentes a um
médio padrão de vida.

Vestuários, bem como os pertences de uso Vestuários, bem como os pertenc-


pessoal do executado. es de uso pessoal do executado
notavelmente de elevado valor.

Vencimentos, subsídios, soldos, salários, re- A penhora para pagamento de


munerações, proventos de aposentadoria, prestação alimentícia, independ-
pensões, pecúlios e montepios; bem como entemente de sua origem, bem
as quantias recebidas por liberalidade de como as importâncias exce-
terceiro e destinadas ao sustento do deve- dentes a 50 (cinquenta) salári-
dor e de sua família, ganhos de trabalhador os-mínimos mensais.
autônomo e honorários de profissional
liberal.

Livros, máquinas, ferramentas, utensílios, instru-


mentos ou outros bens móveis necessários
ou úteis ao exercício da profissão do exe-
cutado.

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Seguro de vida.

Materiais necessários para obras em andamen-


to, salvo se essas forem também penhora-
das.

Pequena propriedade rural, assim definida em


lei, desde que trabalhada pela família.

Recursos públicos recebidos por instituições


privadas para aplicação compulsória em
educação, saúde ou assistência social.

A quantia depositada em caderneta de pou-


pança, até o limite de 40 (quarenta) salári-
os-mínimos.

Os recursos públicos do fundo partidário rece-


bidos por partido político, nos termos da lei.

Os créditos oriundos de alienação de unidades


imobiliárias, sob regime de incorporação
imobiliária, vinculados à execução da obra.

O imóvel residencial próprio do casal ou da Excluem-se da impenhorabilidade


entidade familiar. A impenhorabilidade com- os veículos de transporte, obras
preende o imóvel sobre o qual se assentam de arte e adornos suntuosos.
a construção, as plantações, as benfeitorias Não se beneficia da impenhorab-
de qualquer natureza e todos os equipa- ilidade do bem de família aque-
mentos, inclusive os de uso profissional, ou le que, sabendo-se insolvente,
móveis que guarnecem a casa, desde que adquire de má-fé imóvel mais
quitados. valioso para transferir a residên-
cia familiar, desfazendo-se ou não
da moradia antiga.

Além disso, deve-se destacar que a regra de impenhorabilidade não se aplica às dívidas
relativas ao próprio bem.

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7
EXECUÇÃO DE PAGAR
QUANTIA CERTA -
PARTE III
7. Execução de pagar quantia certa - Parte III

Ordem de preferência dos bens na penhora


Na execução de obrigação de pagar quantia certa, observa-se mais claramente a
aplicação do princípio da menor onerosidade ao devedor. De acordo com este princípio,
deve ser vedada a execução abusiva, ou seja, aquela que onera desnecessariamente o
executado. Dessa maneira, deve-se ter em vista a necessidade e a adequação do meio
executivo escolhido aos resultados que se pretende alcançar.

Por esta razão, o Código de Processo Civil estabelece, em seu artigo 835, a ordem de
preferência dos bens na penhora:
1. Dinheiro, em espécie, depósito ou aplicação em instituição financeira;
2. Títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com co-
tação em mercado;
3. Títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
4. Veículos de via terrestre;
5. Bens imóveis;
6. Bens móveis em geral;
7. Semoventes;
8. Navios e aeronaves;
9. Ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
10. Percentual do faturamento de empresa devedora;
11. Pedras e metais preciosos;
12. Direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação
fiduciária em garantia;
13. Outros direitos.
Ainda de acordo com o artigo 835, §§ 1° e 3° do Código de Processo Civil, a penhora
em dinheiro é sempre prioritária, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a ordem
prevista de acordo com o caso concreto.

Nesse sentido, diz a Súmula 417 do Superior Tribunal de Justiça: “Na execução civil, a
penhora de dinheiro na ordem de nomeação de bens não tem caráter absoluto.”

Além disso, se existir garantia real, a penhora deverá recair sobre o bem dado em garantia.

A penhora é realizada por auto ou termo. O bem penhorado será apreendido e depositado.
Formalizada a penhora, o executado deverá ser imediatamente intimado.

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Substituição da penhora
Se a penhora não observar a ordem de preferência, o executado poderá pedir a
substituição, no prazo de 10 dias após sua intimação. Neste caso, o executado deverá
sempre apresentar outro bem passível de substituição à execução.

Para que a penhora seja substituída, o executado deverá demonstrar, cumulativamente,


que a troca não traz prejuízos ao exequente e que ela torna a execução menos onerosa.

Além disso, para que a penhora seja substituída a requerimento do executado, ele deverá:

•  Comprovar as respectivas matrículas e os registros por certidão do correspondente


ofício, quanto aos bens imóveis;
•  Descrever os bens móveis, com todas as suas propriedades e características, bem como
o estado deles e o lugar onde se encontram;
•  Descrever os semoventes, com indicação de espécie, de número, de marca ou sinal e do
local onde se encontram;
•  Identificar os créditos, indicando quem seja o devedor, qual a origem da dívida, o título
que a representa e a data do vencimento; e
•  Atribuir, em qualquer caso, valor aos bens indicados à penhora, além de especificar os
ônus e os encargos a que estejam sujeitos.

A penhora pode ser substituída, ainda, por fiança bancária ou seguro garantia judicial,
em valor não inferior ao do débito constante da inicial acrescido de trinta por cento.

A substituição também pode ocorrer a pedido do exequente. Ambas as partes poderão


requerer a substituição da penhora, nas seguintes hipóteses, previstas no artigo 848 do
Código de Processo Civil:

•  A penhora não obedecer à ordem legal;


•  A penhora não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o
pagamento;
•  Havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados;
•  Havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;
•  A penhora incidir sobre bens de baixa liquidez;
•  Houver fracasso na tentativa de alienação judicial do bem;
•  O executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações previstas
em lei.
•  Além disso, pode ser realizada nova penhora quando:
•  A primeira penhora for anulada;
•  Os bens alienados não foram suficientes para o adimplemento da obrigação;
•  O exequente desistir da primeira penhora em razão de os bens serem litigiosos ou estar-
em sob constrição judicial;
•  O bem penhorado perecer, for destruído ou subtraído.

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A parte que requerer a substituição da penhora será ouvida no prazo de 3 dias.

Bens penhoráveis não localizados ou inexistentes


É possível que ocorra a dificuldade na localização de bens penhoráveis. Neste caso,
a requerimento do exequente, o executado será intimado a indicar bens passíveis
penhoráveis. A não indicação injustificada configura atentado à dignidade da justiça,
nos termos do artigo 774 do Código de Processo Civil.

Pode ocorrer, ainda, de o executado não possuir bens penhoráveis. Neste caso, o oficial
de justiça tão somente descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou
o estabelecimento do executado. O executado será nomeado depositário provisório de
tais bens até ulterior determinação do juiz, a fim de evitar eventual fraude à execução.

Também não se procederá à penhora quando o produto da execução dos bens


encontrados for totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução, ou seja,
quando a execução se mostrar inútil, de proventos nulos.

Resistência à penhora
Havendo resistência à penhora, o oficial de justiça comunicará o fato ao juiz e solicitará a
ordem de arrombamento. O arrombamento é feito por dois oficiais de justiça, na presença
de duas testemunhas, com a lavração do auto circunstanciado do que aconteceu na
diligência.

A resistência do executado ao cumprimento do mandado de penhora é crime, nos


termos do artigo 329 do Código Penal. Por esta razão, o juiz poderá, quando necessário,
requisitar força policial, a fim de auxiliar os oficiais de justiça na penhora dos bens.

Formalização da penhora
Como forma de garantia ao credor em face de terceiros, a penhora deverá ser averbada
no registro competente.

Com a penhora, o credor especifica os bens sobre os quais exercer o direito de realizar
seu crédito e o devedor perde a posse direta e a livre disponibilidade dos bens atingidos.

Além disso, o terceiro que está na posse temporária do crédito ou bem atingido pela
penhora deverá, obrigatoriamente, respeitar o grave judicial. A penhora também faz com
que o terceiro não possa negociar com o executado o domínio do bem penhorado, sob
pena de ineficácia da aquisição, ainda que o bem passe a integrar o seu patrimônio.

Se a penhora recair sobre bem que se encontre em posse de terceiro, este poderá
apresentar embargos de terceiro para desconstituí-la, nos termos do artigo 674 do
Código de Processo Civil. Contudo, se o terceiro tão somente possui a detenção ou
guarda do bem penhorado, nada impede que ocorra o gravame deste bem.

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A formalização da penhora se dá através do auto de penhora, que conterá os requisitos
previstos no artigo 838 do Código de Processo Civil e, ainda, a avaliação dos bens
penhorados a qual, sempre que possível, será feita pelo próprio oficial de justiça.

É importante ressaltar, por fim, que cada bem possui um procedimento específico para
realização da penhora.

Após a formalização da penhora, intimação do executado e avaliação do bem, têm início


os atos de expropriação.
 

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8
EXECUÇÃO DE PAGAR
QUANTIA CERTA -
PARTE IV
8.  Execução de pagar quantia certa - Parte IV

Adjudicação
Conforme vimos anteriormente, na adjudicação, o bem é transferido para a propriedade
do próprio exequente.

Também podem requerer a adjudicação:

•  O coproprietário de bem indivisível do qual tenha sido penhorada fração ideal;


•  O titular de usufruto, uso, habitação, enfiteuse, direito de superfície, concessão de uso
especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair
sobre bem gravado com tais direitos reais;
•  O proprietário do terreno submetido ao regime de direito de superfície, enfiteuse, con-
cessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de uso, quando a
penhora recair sobre tais direitos reais;
•  O credor pignoratício, hipotecário, anticrético, fiduciário ou com penhora anteriormente
averbada, quando a penhora recair sobre bens com tais gravames, caso não seja o credor
parte na execução;
•  O promitente comprador, quando a penhora recair sobre bem em relação ao qual haja
promessa de compra e venda registrada;
•  O promitente vendedor, quando a penhora recair sobre direito aquisitivo derivado de
promessa de compra e venda registrada;
•  A União, o Estado e o Município, no caso de alienação de bem tombado;
•  Outros credores concorrentes, hipótese na qual proceder-se-á a licitação entre eles;
•  O cônjuge, o companheiro, o descendente ou o ascendente, nessa ordem.

O executado será intimado da pretensão de adjudicação do bem para que se manifeste,


em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

Se o bem for de maior valor, o exequente deverá depositar a diferença. Caso contrário, se
o bem for de menor valor, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.

A adjudicação efetiva-se com a lavratura e assinatura do auto pelo juiz e pelo exequente.
Observe-se que não é exigida a assinatura do executado.

Após a assinatura do termo, é expedida carta de adjudicação ao exequente, constando


o mandado de imissão na posse, caso se trate de bem imóvel, ou a ordem de entrega,
se for bem móvel.

Alienação
A alienação consiste na transferência da propriedade do bem para terceiros. Ela ocorre
por iniciativa do particular ou por leilão judicial presencial ou eletrônico (hasta pública).

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O leiloeiro será indicado pelo juiz e o leilão será precedido da publicação de edital.

A hasta pública somente será realizada em último caso, quando não for possível, antes, a
adjudicação e a alienação por iniciativa do particular, por ser um procedimento moroso.

Na hasta pública, não será aceito lance que ofereça preço vil. O preço deverá ser o de
avaliação do imóvel ou 50% deste valor.

Podem participar da hasta pública todos aqueles que estiverem na livre administração
de seus bens; contudo, a legislação processual civil prevê algumas exceções.

Nesse sentido, não podem participar da hasta pública:

•  Os tutores, os curadores, os testamenteiros, os administradores ou os liquidantes, quanto


aos bens confiados à sua guarda e à sua responsabilidade;
•  Os mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam encarre-
gados;
•  O juiz, o membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, o escrivão, o chefe de
secretaria e os demais servidores e auxiliares da justiça, em relação aos bens e direitos obje-
to de alienação na localidade onde servirem ou a que se estender a sua autoridade;
•  Os servidores públicos em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa jurídica a
que servirem ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
•  Os leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens de cuja venda estejam encarregados;
•  Os advogados de qualquer das partes;
•  O arrematante e o fiador remissos.

A arrematação consiste na transferência do bem para um terceiro em leilão judicial. Ela


se efetiva com a assinatura do auto de arrematação pelo leiloeiro, o juiz e o arrematante.
Observe-se que não é necessária a assinatura do exequente.

A arrematação perfeita não pode ser desconstituída nem mesmo se os embargos à


execução forem posteriormente procedentes. Até mesmo a ação autônoma que visa à
invalidação da arrematação não obsta o seu aperfeiçoamento. Contudo, é assegurada a
possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos pelo executado.

A satisfação da execução se dá pelo pagamento da quantia certa, isto é, pela entrega do


dinheiro, pela adjudicação, e também se dá quando o produto da alienação dos bens do
executado for revertido em favor do exequente.

Vejamos, abaixo, o fluxograma da execução por quantia certa com base em título
extrajudicial

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9
EXECUÇÃO CONTRA
A FAZENDA PÚBLICA
E A EXECUÇÃO DE
ALIMENTOS
9.  ​ Execução contra a Fazenda Pública e a execução de
alimentos

Execução contra a Fazenda Pública


A Fazenda Pública possui uma forma especial de pagamento dos débitos, a fim de
garantir que nenhum credor seja preterido. Assim, os pagamentos são realizados por
meio de precatórios ou requisição de pequeno valor.

Na propositura da ação que tem por objetivo promover execução contra a Fazenda
Pública, não há que se falar em atos expropriatórios, mas tão somente na expedição de
precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente.

Além disso, a Fazenda Pública possui prazo em dobro para a oposição de embargos à
execução.

Nos embargos, a Fazenda Pública poderá abordar qualquer matéria de defesa em


processo de conhecimento.

Execução de alimentos
A execução de alimentos que estiver constituída em título extrajudicial é aquela que, por
exemplo, tem origem em um acordo extrajudicial.

O executado será intimado para, em 3 dias, pagar as parcelas vencidas e vincendas


no decurso da execução, comprovar que já realizou o pagamento ou justificar a
impossibilidade de fazê-lo.

É interessante observar que, em execução de alimentos devidos a filho menor de idade,


é possível o protesto do título e a inscrição do nome do devedor nos cadastros de
proteção ao crédito.

Se não for realizado o pagamento e a justificativa não for aceita, será decretada a prisão
do executado pelo prazo de 1 a 3 meses, em regime fechado. Ressalte-se que a prisão civil
não poderá ser decretada ex officio, mas deverá ser realizada mediante requerimento do
credor.

Note-se a prisão civil não impede a penhora dos bens do executado e o prosseguimento
dos atos executivos. Além disso, o cumprimento da pena de prisão não dá quitação ao
executado quanto às parcelas vencidas e vincendas.

O exequente poderá requerer o desconto das prestações da folha de pagamento do


executado, ocasião em que será enviado ofício ao empregador.

Para finalizar, vejamos abaixo o fluxograma da execução de prestação de alimentos com


base em título extrajudicial:

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Espécies de Execução

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