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Este exemplo foi apenas de valor demonstrativo, pois o Potencial Matricial da água do solo, na prática
não é calculado e sim medido diretamente e dentre os aparelhos medidores, destaca-se os tensiômetros,
os funis de placa porosa e a câmara de pressão de Richards.
Para finalizar, é importante ficar claro o comportamento do Potencial Matricial em relação ao estado de
umidade do solo e algumas de suas propriedades morfológicas.
Na figura acima, duas amostras de solo com diferentes concentrações de sais são colocadas em contato.
O potencial de cada amostra é apresentado abaixo:
oA = - RTC tal que oA = - 0,082 x 300 x 0,1
Uma outra situação em que o efeito osmótico adquire importância é quando se considera o fluxo
de vapor, principalmente em regiões secas, onde a taxa de evaporação é maior que a precipitação.
Nesta situações o fluxo de vapor do solo para a atmosfera é bastante intenso e a água que passa para a
atmosfera fica livre dos sais antes dissolvidos. A tendência é o acúmulo dos sais na superfície do solo e
na forma de cristais. Este fenomeno explica a ocorrência de eflorescencias (propriedade morfológica
descrita na primeira parte). A interface ar-atmosfera funciona como uma membrana semi-permeável.
Pelo exposto nos três exemplos, pode-se concluir que para a ocorrência do efeito osmótico é
necessário duas condições básicas, são elas:
- diferença de potencial químico;
- presença de uma membrana semipermeável ou algum tipo de barreira que impeça o movimento de
solutos entre os sistemas.
Em solos com argilas não expansíveis a curva característica do solo, uma vez obtida, permite-
nos calcular a distribuição efetiva do tamanho dos poros. Se um aumento no potencial mátrico de 1
para 2 resulta na liberação de um certo volume de água, então aquele volume é evidentemente igual
ao volume de poros, tendo uma taxa de variação entre os raios r1 e r2, onde 1 e r1, e 2 e r2 , estão
relacionados pela equação de capilaridade.
= 2/r
Histerese A relação entre o potencial mátrico e umidade do solo geralmente não é único. Esta
relação pode ser obtida de duas formas:
1- Dessorção: através de uma amostra inicialmente saturada uma sucção crescente é aplicada para secar
gradualmente o solo enquanto se faz sucessivas medidas do conteúdo de água versus sucção.
2- Sorção: através do molhamento gradual de uma amostra inicialmente seca. A cada aumento de
umidade faz-se medições do potencial mátrico.