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4 - CRITÉRIOS DE ESCOAMENTO
J 2′ = k 2 durante o escoamento
Em termos de componentes de tensor de tensões:
J 2′ = ⎨
[(
⎧⎪ σ x − σ y ) + (σ
2
y −σz ) + (σ
2
z −σx)
2
] + (τ 2
)
⎫⎪
+ τ yz2 + τ zx2 ⎬ = k 2 (4.3)
xy
⎪⎩ 6 ⎪⎭
J′ =
2
[(σ 1 − σ 2 ) + (σ 2 − σ 3 ) + (σ 3 − σ 1 )
2 2
= k2
2
] (4.4)
6
O valor característico do material pode ser estimado por meio de um teste de tração
uniaxial, quando o material escoa. Desta forma, se a tensão de escoamento do material
em um teste de tração uniaxial for σx=Y, com todas as outras tensões igual a zero, tem-se:
[(Y − 0) + (0 − 0) + (0 − Y ) ] + (0 + 0 + 0) = k
2 2 2
2
6
2Y 2 = 6k 2
38
Y
k= (4.5)
3
Por outro lado se em um teste de cisalhamento puro a tensão de escoamento for τxy=Scs, e
todas as outras tensões iguais a zero, tem-se:
[(0 − 0) + (0 − 0) + (0 − 0) ] + (S
2 2 2
2
cs )
+ 0 + 0 = k2
6
k = Scs
Ou seja, o valor característico k é igual à tensão de cisalhamento em um teste de
cisalhamento puro. O mesmo resultado seria obtido em termos de tensões principais,
porém neste caso σ1=-σ3 e σ2=0. Este critério foi, mais tarde, interpretado por Hencky
como: o escoamento se inicia quando a energia de cisalhamento atinge um valor crítico
correspondendo àquela encontrada no escoamento em um ensaio de tração uniaxial.
τ máx = ±
1
(σ 1 − σ 3 ) ⇒ (σ 1 − σ 3 ) = 2τ máx = Smáx (4.6)
2
Em um teste de cisalhamento puro σ1=-σ3=k e σ2=0 tem-se de acordo com Eq. (4.6):
[σ 1 − (−σ 1 )] = Smáx ⇒ Smáx = 2 k
S máx
k= (4.7)
2
Ou seja, o valor da tensão de escoamento em um ensaio de cisalhamento é metade do
valor de tensão para escoamento, segundo o critério de Tresca. Em um ensaios de tração,
onde σ1=Y tem-se que:
σ 1 = Y = S máx
e usando-se a Eq. (4.7):
39
Y
k= (4.8)
2
O valor de tensão de escoamento no ensaio de tração é a metade daquele no ensaio de
cisalhamento, segundo o critério de Tresca.
Com os critérios de escoamento dados pelas Eq. (4.4) e (4.6) descrevem uma
superfície de escoamento. Desde que o estado de tensões é envolvido pela superfície de
escoamento, a condição de escoamento não é atingida e a deformação é elástica. Se o
estado de tensão descreve um ponto na superfície de escoamento então o escoamento se
inicia. Para um material isotrópico e perfeitamente plástico, escoamento continuará e a
superfície não muda com o fluxo plástico. Em certos casos, metais sofrem de
endurecimento durante a deformação a temperaturas abaixo da temperatura de
recristalização e, em certos casos, subseqüente superfícies de escoamento pode ser
necessárias dependendo da história anterior de deformação plástica. Se um estado bi-axial
de tensões é assumido, inicialmente, com σ3=0, tem-se pelo critério de VonMises, que
(σ 1 − σ 2 )2 + (σ 2 − 0)2 + (0 − σ 1 )2 = 6k 2 = 2Y 2 (4.9)
2σ 12 − 2σ 1σ 2 + 2σ 22 = 6k 2 = 2Y 2 (4.10)
Portanto:
σ 12 − σ 1σ 2 + σ 22 = Y 2 (4.11)
Dividindo-se por Y2 ambos lados:
⎛ σ 1 ⎞ ⎛ σ 1 ⎞⎛ σ 2 ⎞ ⎛ σ 2 ⎞
2 2
⎜ ⎟ − ⎜ ⎟⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ = 1 (4.12)
⎝ Y ⎠ ⎝ Y ⎠⎝ Y ⎠ ⎝ Y ⎠
Esta e a equação de uma elipse, conhecida como elipse de VonMises quando marcada em
um gráfico σ1, σ2.
Quando se aplica o critério de Tresca com σ3=0, tem-se:
σ1 − σ 2 = Y se σ1>0 e σ2<0
σ 1 − σ 2 = −Y se σ1<0 e σ2>0
40
Elipse de
Hexágono de 1 VonMises
Tresca
−1 σ1/Y
1
−1