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NÃO DISCENTES:

SE •

VÂNIA BISESTI,
THAMIRES FREIRE,
• FERNANDO BITO,

CALE! • IOLANDA OLIVEIRA.

DOCENTE: MSC. THAÍS SILVA

VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER: VIOLÊNCIA DOMESTICA
O QUE É VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A violência doméstica é todo tipo de agressão


praticada entre os membros que habitam um
ambiente familiar em comum. Pode acontecer
entre pessoas com laços de sangue (como pais e
filhos), ou unidas de forma civil (como marido e
esposa, pai e filha, namorado e namorada).

De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha,


violência doméstica e familiar contra a mulher é
“qualquer ação ou omissão baseada no gênero
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial”.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Uma das imagens mais associadas à violência


domésUca e familiar contra as mulheres é a
de um homem – namorado, marido ou ex –
que agride a parceira, moUvado por um
senUmento de posse sobre a vida e as
escolhas daquela mulher.
As víCmas de violência domésCca não são só
as companheiras, mas também as mães,
filhas, irmãs, sobrinhas, enteadas.
ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA

Um dos instrumentos mais importantes para o


enfrentamento da violência doméstica e familiar
contra as mulheres é a Lei Maria da Penha - Lei nº
11.340/2006. Esta lei, além de definir e tipificar as
formas de violência contra as mulheres (física,
psicológica, sexual, patrimonial e moral), também
prevê a criação de serviços especializados, como os
que integram a Rede de Enfrentamento à Violência
contra a Mulher, compostos por instituições de
segurança pública, justiça, saúde, e da assistência
social.
DADOS EPIDEMIOLOGICOS
BRASIL

Entre os meses de janeiro e novembro de


2018, a imprensa brasileira noUciou
14.796 casos de violência domésUca em
todas as unidades federaCvas.
Os maiores agressores das mulheres ainda
são os companheiros (namorados, ex,
esposos) correspondendo a 58% dos casos
de agressão. Os outros 42% ficam na
conta dos pais, avôs, Uos e padrastos.
DADOS EPIDEMIOLOGICOS
BRASIL
A maioria das víUmas (83,7%) possui entre
18 e 59 anos de idade, sendo que a
margem que mais concentra a idade das
víUmas é entre 24 e 36 anos. Ou seja, são
mulheres jovens adultas que vivem
relacionamentos afeUvos que desbocam
no abuso lsico.
Cerca de 1,4% das víUmas Cnham menos
de 18 anos na época da agressão. Já́
aquelas com mais de 60 anos de idade
correspondem a 15% das víUmas de
violência domésUca.
DADOS EPIDEMIOLOGICOS - BRASIL
DADOS EPIDEMIOLOGICOS - BRASIL
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS - BAHIA
• Na Bahia foram registrados 32.758 casos de
violência física entre 2014 e 2017 no Sinan
• As mulheres foram 59% das vítimas nestes
casos. Já nos 3.660 estupros registrados, as
mulheres foram 90% das vítimas.
• Entre as mulheres vítimas de violência física,
56% eram negras, 7% brancas, 0,5% amarelas e
0,4% indígenas (faltam dados sobre cor/raça
para 36% delas).
• Entre 2016 e 2017 o número de mulheres na
mesma situação aumentou 2%.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS - BAHIA

• Dos 2.705 estupros em que há registro da


relação entre a mulher violentada e o
estuprador, 13% foram perpetrados por um
atual ou ex-parceiro (namorado ou cônjuge),
17% por um familiar (pai, mãe, padrasto,
madrasta, irmão ou filho), 30% por outras
pessoas conhecidas da víCma e 30% por
pessoa desconhecida.
DADOS EPIDEMIOLOGICOS - BAHIA
REDE DE APOIO A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Chame a polícia ou vá até uma delegacia, imediatamente. A mulher víUma de violência domésUca,
ou qualquer pessoa que saiba de um episódio de agressão, pode denunciar imediatamente à
polícia (através do telefone 190) ou procurar uma delegacia imediatamente. O registro da
ocorrência é um dos seus principais instrumentos de defesa, inclusive para que não se repitam as
agressões contra você e seus filhos. Procure uma Delegacia da Mulher ou, se não houver uma em
sua cidade, vá à Delegacia de Polícia mais próxima. Nenhuma autoridade policial pode se recusar a
registrar o BoleUm de Ocorrência.

Entre em contato com Disque 180.


A Central de Atendimento à Mulher
funciona 24 horas por dia, recebendo
Mulheres que correm risco de morrer por ligações de qualquer lugar do
conta da violência domésUca podem ser país, para fornecer informações e
acolhidas em Casa Abrigo juntamente com encaminhar denúncias aos órgãos
seus filhos. As Casas Abrigo têm como competentes. A ligação é gratuita de
objeUvo prestar atendimento psicológico e telefone fixo ou celular. As atendentes
jurídico e encaminhar para programas de estão preparadas para auxiliar a vítima a
geração de renda, e até fornecer localizar a delegacia mais próxima e a
acompanhamento pedagógico às crianças, identificar os serviços que precisam ser
uma vez que não poderão frequentar uma acionados.
escola comum enquanto esUverem ali.

Várias iniciaUvas mostram que a tecnologia Como o próprio nome diz, essas medidas têm o objetivo
também pode auxiliar mulheres em de proporcionar proteção à mulher que está sofrendo
situação de violência e abuso. violência. Algumas medidas são voltadas para a pessoa
Clique 180 - O app orienta mulheres que que pratica a violência, como o afastamento do lar,
proibição de chegar perto da vítima e suspensão de porte
sofreram qualquer Upo de agressão, mostra
delegacias próximas e explica os diferentes de armas. Outras medidas são voltadas para a mulher,
Upos de violência contra a mulher como o encaminhamento para programa de proteção ou
PROCURE atendimento pelos diferentes serviços do Poder Público.
Aspire News - Esse app parece com um CRAM
outro qualquer que mostra noocias diárias.
Mas ao clicar na aba “Help” (Ajuda), uma Converse com familiares, amigas, vizinhos ou procure as
página com recursos para quem está em insUtuições de apoio mais próximas de sua residência (ONGs,
situação de abuso aparece. Centros de Referência em Saúde da Mulher ou Assistência Social,
a unidade básica de saúde ou hospital, o conselho tutelar, etc.).
Minha Voz - Através do aplicaUvo é possível Você̂ é víUma e não tem nenhuma responsabilidade pelas
Centro de Referência de Atendimento à agressões que sofre, nem deve senUr-se culpada. É importante
escrever depoimentos, relatando algum Mulher fornece orientações para
caso de violência e abuso. A intenção é dar pedir socorro para que a situação não se torne mais grave. E não
entender melhor a situação pela qual
visibilidade aos casos, e criar uma rede de esqueça que outras mulheres já́ foram víUmas da mesma
estão passando, obter informações situação, e também podem ajudar você̂ a superar esta realidade.
apoio, mostrando que nenhuma mulher sobre a Lei Maria da Penha e de como
está sozinha. romper o ciclo da violência.
RESPOSTAS LEGISLATIVAS - LEIS
• A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de
agosto de 2006, como Lei n.o 11.340 foi
criada para proteger a mulher da violência
domésUca e familiar;
• Em dezembro de 2018, ocorreu alteração
que obriga o agressor a ressarcir o SUS por
custos com víUmas de violência domésUca.
A medida, que visa aumentar o rigor da Lei
Maria da Penha, também determina que
disposiUvos de segurança usados no
monitoramento das víUmas sejam custeados
pelo agressor;
RESPOSTAS LEGISLATIVAS - LEIS
Projeto de Lei 5000/16, do Senado, aprovado
pela Câmara:
• PolíCca Nacional de Dados e Informações
relacionadas à Violência contra as Mulheres
(Pnainfo).
Câmara em 2018 aprovou o Projeto de Lei
5001/16, do Senado, que:
• Inclui entre as medidas proteUvas da mulher
víCma de agressão o comparecimento do
agressor a programas de recuperação e
reeducação;
• A criminalização do registro não autorizado da
inUmidade sexual, com pena de detenção de 6
meses a 1 ano e multa (incluir pessoa em cena
de nudez ou ato sexual).
PAPEL DA ENFERMAGEM

A assistência de enfermagem deve ser planejada


para promover a segurança, o acolhimento, o
respeito e a saCsfação das usuárias em suas
necessidades individuais e coleCvas.
A enfermagem tem a possibilidade de construir
elos de confiança, permiCndo assim reconstruir
conceitos sobre a violência com a finalidade de
reduzir os índices deste agravo e mudar a
realidade social.
AÇÕES DE ENFERMAGEM

• O acolhimento e a possibilidade de apoio por parte


da equipe;
• Auxiliar a víCma a estabelecer vínculo de confiança,
individual e insCtucional, para poder avaliar o
histórico da violência e as possibilidades de
mobilizar recursos sociais e familiares;
• Dialogar com a mulher sobre as opções de lidar com
o problema, permiCndo-lhe fazer escolhas e
fortalecer sua autoesCma; apoiar a víCma que
deseja fazer registro policial do fato ocorrido;
AÇÕES DE ENFERMAGEM
• Fazer encaminhamentos a outros órgãos
competentes quando necessário (delegacias da
mulher e insCtuto médico-legal);
• IncenCvar a construção de vínculo com as redes de
assistência, acompanhamento, proteção e redes de
apoio;
• Encaminhar para atendimento clínico os casos de
lesões graves com necessidade de reabilitação que
não puderem ser atendidos na unidade;
• Sugerir à víCma atendimento para o casal ou
família no caso de conCnuidade da relação;
• Propor acompanhamento psicológico; e fazer visitas
domiciliares constantes para cuidar e acompanhar a
família.
CONCLUSÃO
A violência domésCca é a origem da violência que
assusta a todos. Com a evidente discriminação e
violência contra as mulheres o Estado interveio através
da Lei 11.340/06 – Lei “Maria da Penha” para coibir os
diversos Upos de violência, fazendo então, com que as
mulheres se senUssem mais seguras, resgatando a
cidadania e a dignidade dessas cidadãs que, na maioria
das vezes, sofrem caladas.
Era imprescindível a implementação de medidas com o
fim de resgatar, em essência, a cidadania e a dignidade
da mulher; marginalizada pela sociedade machista e
patriarcal.
BIBLIOGRAFIA
AGUIAR, Ricardo Saraiva. O cuidado de enfermagem à mulher vítima de violência doméstica.
Revista de Enfermagem do Centro do Oeste Mineiro,; v. 3(2).p. 723-731, mai/ago 2013.
FIO CRUZ. Violência contra a mulher e o feminicídio crescem no Brasil. Disponível em:
https://periodicos.fiocruz.br/pt-br/content/violência-contra-mulher-e-o-feminic%C3%ADdio-
crescem-no-brasil Acesso em: 09/04/2020.
INSTITUTO MARIA DA PENHA. “O que é violência doméstica”. Disponível em:
file:///Volumes/Untitled/Gênero%20e%20Saúde/O%20que%20é%20violência%20doméstica%20-
%20Instituto%20Maria%20da%20Penha.webarchive Acesso em: 09/04/2020.
SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA MULHERES. “Violência na Bahia: lar é o local
mais perigoso para as mulheres. 17/07/2019 Disponível em:
file:///Volumes/Untitled/Gênero%20e%20Saúde/Violência%20na%20Bahia:%20lar%20é%20o
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%20Secretaria%20de%20Pol%C3%ADtica.webarchive Acesso em: 09/04/2020.
SOUZA, Valéria Pinheiro. “Violência doméstica e familiar contra a mulher - a Lei Maria da
Penha: uma análise jurídica”. 2014. Disponível em:
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/violencia-domestica-familiar-contra-mulher-lei-
maria-.htm Acesso em: 09/04/2020.

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