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Ações da CATI possibilitam

ampliação do mercado para


rizicultores

Os pequenos produtores de arroz do município de Canas, localizado


no Vale do Paraíba, com o apoio da assistência técnica e extensão rural
da CATI Regional de Guarantinguetá, desenvolveram ações visando
melhorar a produção de arroz irrigado e de hortaliças, bem como o
fortalecimento organizacional da Associação Rural de Canas. Essas
atividades possibilitaram a padronização do produto, a adequação do
sistema de embalagens, de acordo com as normas do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e criação de uma marca
própria.

Segundo Vinicius Sampaio do Nascimento, engenheiro agrônomo


da CATI Regional de Guaratinguetá, outro resultado estimulante foi a
aproximação dos produtores de uma indústria de alimentos naturais,
para a comercialização de arroz integral e farelo de arroz.

Ele explica que no último ano, as ações técnicas foram ampliadas


também para melhorar a estratégia comercial atacadista e varejista e
alcançar a adequação, às normas legais, de uma pequena beneficiadora
de arroz pertencente a um grupo de cinco irmãos caracterizados como
agricultores familiares. “Essa beneficiadora, em operação desde 1998,
processava quatro mil quilos mensais e destinava-se a atender o
pequeno mercado local. Atualmente, duplicou a venda de arroz
beneficiado e está ampliando a comercialização de produtos especiais,
como é o caso de arroz integral, arroz cateto (integral e polido), arroz
preto e arroz vermelho”.

Os produtores e o técnico responsável estão satisfeitos com os


resultados, avaliando que “as ações têm sido oportunidade para
prospectar e aprender a dialogar com o mercado, identificar nicho de
mercado e criar novas fontes de melhoria da renda”. Para o produtor
Ademar Ligabo, “a situação atual permite a ampliação do mercado de
arroz agulhinha, além de garantir a diversificação com outros tipos de
arroz, o que já tem dado sinais de aumento de renda”.

Canas: um Município do Vale Histórico

O Município de Canas, antigo distrito do Município de Lorena,


emancipado em 30 de dezembro de 1993, tem sua história
intrinsecamente ligada à agropecuária. Sua origem está ligada ao
assentamento de famílias de imigrantes, principalmente italianos, que
receberam terras com a finalidade de plantar cana para abastecer o
Engenho Central de Lorena, em 1887.

Os imigrantes tinham um contrato por cada lote recebido, no valor


de quatrocentos mil réis e um prazo de quatro anos para resgatar a
dívida. Após o término de contrato, podiam plantar o que quisessem. A
cana era vendida ao Engenho Central de Lorena. Para a subsistência as
famílias plantavam arroz, feijão, batata e verduras.

Na época havia grande interesse e incentivos para implementação


desse tipo de núcleo rural agropecuário, como são o Distrito de Quiririm
(Taubaté), a Colônia do Piagui (Guaratinguetá) e Distrito do Formoso (São
José do Barreiro).

Segundo o LUPA (Censo Agropecuário do Estado de São Paulo), o


município de Canas, localizado no eixo Rio Janeiro – São Paulo, possui
7.133,2 hectares de área ocupada com atividades agropecuárias, com
área média de 75 hectares, sendo 44% das unidades de produção com
até 20 hectares e 60% com até 50 hectares, o que demonstra a
predominância de pequenos produtores. Atualmente, a tradicional
produção de arroz irrigado é a principal cultura, mas existe também uma
pequena produção de hortaliças para as feiras livres e pequenos
comércios de municípios vizinhos.

Em 2007 foi criada a Associação Rural de Canas, entidade que


desde então desenvolve ações em parceria com a CATI Regional
Guaratinguetá, no tocante ao fortalecimento do associativismo e ao
apoio de assistência técnica e extensão rural aos produtores de arroz
irrigado, hortaliças e leite.

Informações:
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