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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL
RENÊ PINHEIRO
FORTALEZA
2009
RENÊ PINHEIRO
FORTALEZA
2009
RENÊ PINHEIRO
Aprovada em ___/___/___
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________
Prof. M.Sc. Ricardo Marinho de Carvalho (Orientador)
Universidade Federal do Ceará - UFC
__________________________________________________
Prof. D.Sc. Alexandre Araújo Bertini
Universidade Federal do Ceará - UFC
__________________________________________________
Reymard Sávio Sampaio de Melo
Engenheiro Civil
“Esforço, empenho e dedicação são virtudes
que levam o ser humano ao sucesso”. Por isso,
dedico esse trabalho à minha família, que
acreditou incessantemente em meu potencial e
me deu força para prosseguir. À minha
namorada e amigos, que sempre por perto
despertavam em mim motivação e alegria para
continuar. Aos meus professores, que
formaram de mim não só um profissional, mas
um homem preparado para a vida. E,
principalmente, dedico meu trabalho a Deus,
que com sua infinita bondade me iluminou e
guiou meus passos para que, com certeza,
alcance um futuro promissor.
RESUMO
Palavras-chave: Déficit habitacional. Terra crua. Adobe com adição de fibras naturais de coco
verde.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 10
1.1 Definição do problema............................................................................................... 12
1.2 Justificativa do tema abordado .................................................................................. 12
1.3 Objetivos .................................................................................................................... 12
1.3.1 Objetivos gerais ................................................................................................ 12
1.3.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 13
1.4 Metodologia ............................................................................................................... 13
1.5 Estrutura do Trabalho ................................................................................................ 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 15
2.1 Conceituações de habitação ....................................................................................... 15
2.2 Habitações de interesse social .................................................................................... 16
2.3 Déficit habitacional .................................................................................................... 18
2.4 Panorama mundial das construções em terra ............................................................. 19
2.4.1 Taipa de mão .................................................................................................... 21
2.4.2 Taipa de pilão ................................................................................................... 22
2.4.3 Adobe ............................................................................................................... 23
2.5 Histórico do adobe ..................................................................................................... 23
2.6 Adobe ......................................................................................................................... 25
2.7 Adobe com adição de fibras de coco verde ............................................................... 26
2.7.1 Local de Fabricação .......................................................................................... 27
2.7.2 Confecção das formas ....................................................................................... 27
2.7.3 Preparação do solo e da fibra de coco triturada ................................................ 28
2.7.4 Amassamento e descanso do barro ................................................................... 28
2.7.5 Manufatura dos adobes ..................................................................................... 30
2.7.6 Secagem dos tijolos .......................................................................................... 30
3 ENSAIO DE GRANULOMETRIA, LIMITE DE LIQUIDEZ E LIMITE DE
PLASTICIDADE ..................................................................................................................... 31
3.1 Determinação da granulometria ................................................................................. 31
3.1.1 Método do peneiramento .................................................................................. 31
3.1.2 Método da sedimentação .................................................................................. 33
3.1.3 Cálculos e resultados ........................................................................................ 35
3.2 Determinação dos limites de consistência ................................................................. 37
3.2.1 Determinação do limite de liquidez .................................................................. 37
3.2.2 Determinação do limite de plasticidade............................................................ 39
3.2.3 Índice de plasticidade do solo........................................................................... 40
3.2.4 Cálculos e resultados ........................................................................................ 40
4 ENSAIO DE RESISTÊNCIA MECÂNICA À COMPRESSÃO DO ADOBE
CONVENCIONAL .................................................................................................................. 42
4.1 Materiais e métodos ................................................................................................... 42
4.1.1 Matéria-prima ................................................................................................... 42
4.1.2 Formas .............................................................................................................. 43
4.1.3 Confecção dos tijolos ....................................................................................... 43
4.1.4 Secagem dos adobes ......................................................................................... 44
4.1.5 Preparação para ensaio de resistência mecânica à compressão ........................ 45
4.1.6 Ensaio de resistência mecânica à compressão .................................................. 46
4.2 Características dos corpos de prova ........................................................................... 47
4.3 Resultados Obtidos .................................................................................................... 48
4.4 Discussões e comparações ......................................................................................... 48
5 ENSAIO DE RESISTÊNCIA MECÂNICA À COMPRESSÃO DO ADOBE COM
ADIÇÃO DE FIBRAS DE COCO VERDE ............................................................................ 49
5.1 Materiais e métodos ................................................................................................... 49
5.1.1 Confecção dos tijolos ....................................................................................... 49
5.2 Características dos corpos de prova ........................................................................... 50
5.3 Resultados obtidos ..................................................................................................... 50
5.4 Discussões e comparações ......................................................................................... 50
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 51
6.1 Conclusões ................................................................................................................. 51
6.2 Dificuldades encontradas na elaboração do trabalho ................................................. 51
6.3 Sugestões para futuros trabalhos................................................................................ 52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 53
10
1 INTRODUÇÃO
1.3 Objetivos
O trabalho tem como objetivo estudar o adobe, tijolo de terra crua composto
basicamente por silte, areia e argila, com a adição de fibras naturais de coco verde.
13
3. Ensaiar a resistência mecânica a compressão do adobe com base na norma técnica E.080
(Adobe) e comparar a potencialidade técnica entre o tijolo de adobe convencional, e com a
adição de fibras naturais de coco (teor: 10% em volume).
1.4 Metodologia
i) Foram abordadas, com o auxílio da literatura, as construções com a utilização de terra crua,
as técnicas empregadas para tais construções. Bem como a importância que o adobe tem nos
aspectos ecológico, social e econômico;
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
HABITABILIDADE
QUALIDADE DE COMODIDADE SATISFAÇÃO DAS CONFORTOS
DA UNIDADE
VIDA DOS MORADORES NECESSIDADES AMBIENTAIS
HABITACIONAL
FÍSICAS LUMINOSO
FRUIÇÃO
PSICOLÓGICAS TÉRMICO
SOCIOCULTURAIS ACÚSTICO
USUFRUIÇÃO
TÁCTIL
CONSTRUÇÃO
DO ESPAÇO SEGURANÇA
ARQUITETURAL
SALUBRIDADE
DOMICIAR/ENT
ORNO
moradores, com problemas de natureza fundiária, em alto grau de depreciação ou sem unidade
sanitária domiciliar exclusiva”.
A terra crua, de acordo com a literatura, sempre foi um dos materiais mais
empregados em construção no mundo. Originalmente, os materiais utilizados pelos primeiros
homens para a construção dos seus abrigos, foram de caráter natural, abundantes e acessíveis,
como a madeira, as folhas, as ramas e a palha. Devido a vida nômade, com freqüentes
mudanças de moradias, não havia preocupações ou necessidades de construções mais duráveis
por parte daqueles homens. Portanto, à medida que os hábitos se modificavam e o homem
evoluía para o estilo de vida sedentário, ele passou a adotar materiais mais resistentes e
duradouros, também disponíveis na natureza. Dentre eles, destacam-se: a terra e a pedra
(ALEXANDRIA ; LOPES, 2008, p. 02).
As datações mais antigas das construções em terra nos remetem à região da
Mesopotâmia e ao antigo Egito. Isto ocorre primeiro pela presença constante de rios que,
devido ao processo geológico de milhares de anos, sedimentaram o material para a formação
da argila. Segundo por causa do clima seco, cujo conforto térmico das edificações em terra é
considerável (BUSSOLOTI, 2008).
De acordo com Motta et al. (2004, p. 01), “o uso do solo como material de
construção é muito antigo. Isto é comprovado através de inúmeras construções remanescentes
de eras passadas, que são testemunhos da história e cultura dos povos”.
A construção em terra foi durante séculos a principal forma construtiva em várias
regiões do mundo. Em países da Ásia, no Egito e no Oriente Médio, existem exemplos dessas
edificações com mais de cinco mil anos de antiguidade. No Egito, por exemplo, a utilização
do adobe foi bastante difundida nas construções de casas, palácios, templos, muros, fortalezas
devido ao seu fácil manuseio e baixo custo (PATRONE et al., 2005).
Bussoloti (2008) alega que, praticamente todas as antigas civilizações já
trabalharam com a terra em suas edificações. Os sumérios, assírios e babilônios construíram
templos em formato de pirâmides (zigurates), os egípcios ergueram as mastabas (túmulos
também em formato piramidal) e, posteriormente, recorreram a construções de pedra. Os
astecas também utilizaram bastante essa técnica construtiva, levantando diversas pirâmides de
seus deuses com toneladas de terra batida. Também na América, muitas tribos pré-
20
adotada atualmente para elaboração de residências de classe média alta, não apenas nos países
do dito primeiro mundo, mas também no Brasil (Machado et al., 2004, p. 01 e 02).
Para Dethier e Guillaud (1994 apud ALEXANDRIA ; LOPES, 2008, p. 04) “a
terra sempre foi um dos materiais de construção mais utilizados no mundo e atualmente cerca
de 30% da população mundial ainda vive em construções de terra”.
Dethier e Guillaud (1994 apud ALEXANDRIA ; LOPES, 2006, p. 03) continuam:
Existe um vasto repertório de técnicas que utilizam a terra crua como matéria básica
para o levantamento das paredes. Técnicas que variam de acordo com as
peculiaridades culturais, condicionantes ambientais e características do solo
disponível em cada região do globo, onde elas são utilizadas. No Brasil, as mais
usadas a partir do período colonial, foram o adobe, a taipa-de-pilão e a taipa-de-mão.
construtivo ser incombustível, isotérmico, natural e barato, ele não suporta bem os esforços
laterais provocados pela fluência das cargas da cobertura (KAWAMOTO et al., 2007).
A taipa de pilão (Figura 2.4) foi trazida ao Brasil pelos colonizadores europeus.
Sua metodologia construtiva consiste em socar a terra, colocando-a em camadas de 15 cm,
dentro de uma armação de madeira chamada taipal (Motoro, 1994 apud SILVA, 2000). Para
dar a mistura uma maior consistência, é importante umedecer bem o material em camadas de
10 cm, aproximadamente e em alguns casos, deve-se adicionar a argamassa, pedregulhos de
diâmetros variados e para dar uma maior resistência à compressão às paredes (SILVA, 2000).
2.4.3 Adobe
O adobe (figura 2.5) é uma técnica tradicional executada em terra crua. Sua
fabricação, que pode ser unitária ou de largas escalas, consiste no amassamento da terra, que
após alguns dias de descanso será colocada, ainda úmida, sobre formas (geralmente de
madeiras e retangulares) e em seguida despejadas para secar ao sol (VIVAS, s.d., apud
OLIVEIRA 2003).
Segundo Gutierrez (1972 apud OLIVEIRA, 2003, p. 04), “o adobe como sistema
de construção, se pode descrever como a superposição de blocos de barro misturado com
palha, secados ao sol, que se unem entre si com uma argamassa similar a sua constituição
interna”.
Para Santiago (2001 apud Machado et al., 2004, p. 02), “adobe é a denominação
pela qual são conhecidos os tijolos de barro secos à sol ou à sombra, em locais arejados, sem
que sejam submetidos à queima pelo fogo”.
agricultura e pecuária, passa a se preocupar com sua proteção e começa a delimitar ser
espaços, surgindo assim a construção (MESQUITA, 2007).
Mesquita (2007, p. 05) evidencia o início da utilização dos tijolos de terra e
compara o material com a lama e a pedra, já existentes nos antigos povoados:
Os tijolos mais antigos de que se tem conhecimento até hoje foram encontrados em
Jericó, junto ao Mar Morto, numa das povoações mais antigas que se conhecem. Os
tijolos eram de lama, moldados manualmente e secos ao sol, apresentando uma
consistência maior do que a lama por si só. Eram muito irregulares, carecendo de
grandes quantidades de argamassa de lama para ligá-los, argamassa esta que
representava o elo mais fraco da matriz criada, especialmente quando da ocorrência
de precipitação. A resistência era a vantagem mais óbvia face à utilização direta de
lama para o mesmo propósito e a trabalhabilidade, a abundância de matéria-prima e
a facilidade de transporte foram fatores que tornaram esta solução interessante face à
pedra. O tijolo era assim um meio termo entre dois materiais já existentes.
Para Simões (1996 apud MESQUITA, 2007), um dos principais motivos para a
fabricação de tijolos, foi a utilização de moldes (Figura 2.6). Isto se deu, inicialmente, na
Mesopotâmia, há 4000 anos, impulsionado pela falta de pedras, que eram amplamente
utilizadas naquela época.
2.6 Adobe
“Adobe é uma palavra de origem árabe, que foi assimilada pelo espanhol e
transmitida às Américas, onde foi adotada também pelo idioma inglês. E significa tijolos de
terra crua” (DETHIER, 1982 apud SILVA 2000).
O tijolo de adobe (Figura 2.8) é constituído basicamente por silte, areia e argila,
variando suas proporções de acordo com regiões e técnicas construtivas locais. Tais relações
vão desde 20 e 80% até 40 e 60% (argila e silte, respectivamente). Suas dimensões também
variam amplamente dependendo da localização. Para Milanez (1958 apud Oliveira, 2003), as
26
(2003), os processos, materiais e cuidados necessários para a obtenção desses tijolos com
aditivos são descritos a seguir.
Figura 2.10 – Disposição descontínua e aleatória das fibras de coco no tijolo de adobe
Fonte: Ferreira et al. (2009)
No caso do solo, ele também precisa estar totalmente seco e peneirado por uma
peneira grossa de 4 mm (FARIA, 2002 apud OLIVEIRA, 2003).
Após o amassamento, deve-se lançar a mistura com as mãos até completar as formas e em
seguida passar uma régua para tirar o excesso de material. A desmoldagem dos tijolos de
adobe foi realizada logo em seguida (FERREIRA et al., 2009).
Segue as diferentes maneiras de amassamento do solo: pipa à tração animal,
maromba ou betoneira (Figura 2.11), mais utilizados em produções de largas escalas de
adobe, e amassamento com a utilização dos pés, mais comumente utilizado (Figua 2.12).
Figura 2.11 – Amassamento do solo com pipa à tração animal (à esquerda) e maromba (à direita)
Fonte: Faria et al. (2009)
Faria (2002 apud OLIVEIRA, 2003) destaca sobre o volume de água a ser
acrescentado na mistura e amassamento do barro:
De acordo com Ferreira et al. (2009), “a secagem dos tijolos de adobe deve ser
realizada inicialmente à sombra e, depois de 8 dias, diretamente ao sol, sobre estrados, e
cobertos com lona plástica no período noturno e na ocorrência de chuvas”.
Oliveira (2003) complementa que as condições climáticas é que determinam o real
tempo de secagem. Esse tempo pode variar dependendo da intensidade do sol (temperatura),
largura dos tijolos e umidade do ar. “É aconselhável que, durante o processo de secagem, os
tijolos sejam virados com determinada freqüência para que a mesma seja homogênea,
evitando, assim, retrações diferenciais e, conseqüentemente, deformação dos tijolos”,
acrescenta Oliveira (2003).
31
temperatura entre 105º e 110ºC. É importante salientar que até a peneira nº 10, o
peneiramento é grosso, da nº 40 até a peneira nº 200, o peneiramento é fino, e a partir da
peneira nº 200, necessita-se da sedimentação para análise granulométrica.
Peneiras 3,5" 3" 2,5" 2" 1,5" 1" 0,75" 0,5" 3/8" 4 10 40 80 200
mm 88,9 76,2 63,3 50,8 38,1 25,4 19,1 12,7 9,5 4,8 2,0 0,42 0,18 0,074
Fonte: Carísia et al. (2008)
Figura 3.7 – Mistura do solo c/ a solução Figura 3.8 – Mistura transferida p/ o copo
de hexametafosfato de sódio dispersor
Figura 3.9 – Ação do dispersor por 15min Figura 3.10 – Mistura em proveta
graduada
35
Figura 3.11 – Secagem de material na estufa Figura 3.12 – Pesagem de material retido
- Pedregulho: 1%
- Areia (grossa, média e fina): 33%
- Silte: 40%
- Argila: 26%
36
CURVA GRANULOMÉTRICA
100
90
80
PERCENTAGEM QUE PASSA (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
0,001 0,01 0,1 1 10
DIÂMETRO DOS GRÃOS (mm)
Figura 3.13 – Gráfico da curva granulométrica do solo
Figura 3.14 – Material passado na peneira Figura 3.15 – Adição de água no solo
n˚ 40 (0,42 mm)
Figura 3.18 – Massa plástica do trecho Figura 3.19 – Material na cápsula p/ ser
que se ligou secado na estufa
COREAÚ
GRÁFICO DE LIQUIDEZ
30
29
28
27
26
25
UMIDADE (%)
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
10 100
NÚMERO DE GOLPES
4.1.1 Matéria-prima
O material coletado (Figura 4.1) para a realização dos ensaios veio de Coreaú,
distrito de Araquém, na região norte do Ceará. Fornecido pelo professor e orientador Ricardo
Marinho de Carvalho, ele foi colhido durante a Expedição Caminhos da Terra, tema do artigo
publicado em junho/09 no 8º SIACOT (Seminario IberoAmericano de Construccíon con
Tierra).
4.1.2 Formas
Figura 4.6 – Amassamento do material Figura 4.7 – Massa plástica pronta para
ser despejada na forma
Após o período de cura dos tijolos, eles estão praticamente prontos para serem
ensaiados. Porém, de acordo com Faria et al. (2007), são necessários alguns procedimentos
antes do seu início:
i) Passar óleo mineral ou aplicar jornal molhado na bancada de trabalho (Figura 4.10)
ii) Preparar uma argamassa de cimento e areia fina no traço de 1:3 (Figura 4.11)
iii) Espalhar a argamassa em uma camada fina na superfície da bancada (Figura 4.12)
iv) Molhar levemente a superfície inferior do cubo e assentá-lo sobre a argamassa,
pressionando para que a mesma fique em toda a superfície do cubo com uma espessura
de cerca de 2 mm (Figura 4.13)
v) Retirar, cuidadosamente, o excesso de argamassa que ficou fora do cubo (Figura 4.14)
vi) Aguardar a secagem das argamassas e repetir o processo na outra face do cubo
vii) Após a completa secagem das argamassas, depositar os corpos de prova em uma estufa
e esperar secar por 24 horas (Figura 4.15)
Figura 4.14 – Retirada do excesso de Figura 4.15 – Secagem na estufa por 24hrs
argamassa
Seguem na Tabela 4.1, as principais características dos tijolos de adobe. Para suas
pesagens, utilizou-se uma balança do laboratório com capacidade de 150 kg.
A Tabela 4.2 detalha os resultados obtidos de cada amostra. Vale ressaltar que os
ensaios realizados foram de caráter experimental e os resultados esperados são condizentes
com as bibliografias consultadas.
Figura 5.1 – Fibras naturais de coco verde Figura 5.2 – Aplicação das fibras no solo
50
Seguem na Tabela 5.1, as principais características dos tijolos de adobe. Para suas
pesagens, utilizou-se uma balança do laboratório com capacidade de 150 kg.
Após o ensaio de resistência à compressão dos adobes com fibras naturais de coco
verde, verifica-se que a resistência desses tijolos aumentou em 40% em relação à dos tijolos
de adobe convencionais. Além disso, utilizando essas fibras naturais nos tijolos, reduz-se
consideravelmente a quantidade de resíduos nos aterros sanitários, já que cerca de 85% do
peso bruto do coco verde representa lixo (SOARES et al.,2008).
51
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6.1 Conclusões
1) Por que não misturar o adobe com outros tipos de fibras naturais como piaçava,
fibras de coco seco? Será que sua resistência à compressão aumentaria?
2) Por que não secar os tijolos de adobe ao sol, ao invés de à sombra?
Essas são apenas algumas dúvidas de várias perguntas que podem vir à tona e,
com certeza, o desenvolvimento de outros trabalhos e pesquisas podem esclarecer estes
questionamentos.
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, S. R.; SILVA, A. C. Estudo das propriedades mecânicas de adobe com adição de
fibras vegetais do coco verde. Encontro Nacional Sobre Aproveitamento de Resíduos na
Construção – ENARC 2009. Feira de Santana, 08 a 10 jul. 2009.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (Belo Horizonte, MG). Déficit Habitacional Brasil 2006.
Belo Horizonte, 2008. p. 20.