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MANUAL
DE
COMUNICAÇÕES DE CAMPANHA
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
OSTENSIVO CGCFN-6102
MARINHA DO BRASIL
2008
FINALIDADE: DIDÁTICA
1ª Edição
OSTENSIVO CGCFN-6102
ATO DE APROVAÇÃO
AUTENTICADO RUBRICA
PELO ORC
Em_____/_____/_____ CARIMBO
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-6102
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto ........................................................................................................ I
Ato de Aprovação ................................................................................................... II
Índice....................................................................................................................... III
Introdução ............................................................................................................... IV
CAPÍTULO 1 - SISTEMA DE COMUNICAÇÕES NOS GptOpFuzNav
1.1 - Mensagens ...................................................................................................... 1-1
1.2 - Classificação das Mensagens.......................................................................... 1-2
1.3 - Escrituração de Mensagem ............................................................................. 1-3
1.4 - Centro de Mensagem ...................................................................................... 1-5
1.5 - Atribuições do Pessoal do Centro de Mensagens ........................................... 1-6
1.6 - Tramitação e Processamento de Mensagens................................................... 1-8
1.7 - Emprego do Mensageiro................................................................................. 1-11
1.8 - Telefone de Campanha ................................................................................... 1-14
1.9 - Radiotelefone ................................................................................................. 1-14
CAPÍTULO 2 - COMUNICAÇÕES RADIOTELEFÔNICAS
2.1 - Radiotelefone .................................................................................................. 2-1
2.2 - Procedimentos Básicos ................................................................................... 2-1
2.3 - Alfabeto Fonético Naval e Numeral ............................................................... 2-3
2.4 - Transmissão de Palavras ou Grupos Cifrados ................................................ 2-4
2.5 - Pronúncia de Números.................................................................................... 2-4
2.6 - Expressões ...................................................................................................... 2-5
2.7 - Abreviaturas.................................................................................................... 2-5
2.8 - Formato Básico das Mensagens ..................................................................... 2-5
2.9 - Regras Operativas .......................................................................................... 2-7
2.10 - Abertura da Rede-Rádio .............................................................................. 2-8
2.11 - Experiência Fonia ........................................................................................ 2-9
2.12 - Mensagens Abreviadas ................................................................................ 2-10
ANEXO A - Registro de Mensagens................................................................................ A-1
ANEXO B - Protocolo de Mensagens.............................................................................. B-1
ANEXO C - Tramitação e Processamento de Mensagens ............................................... C-1
ANEXO D - Telefones de Campanha e Centrais Telefônicas.......................................... D-1
ANEXO E - Material Complementar de Lançamento de Linhas..................................... E-1
INTRODUÇÃO
1 - PROPÓSITO
Esta publicação tem o propósito de, baseando-se nas publicações doutrinárias da
Marinha, estabelecer os procedimentos básicos e as regras operativas referentes às
comunicações de campanha.
2 - DESCRIÇÃO
As comunicações compreendem o conjunto de meios destinados a proporcionar, nos
diversos escalões, o exercício das ações de comando, controle, coordenação e supervisão.
Os elementos de comunicações de qualquer escalão têm como tarefa realizar o apoio de
comunicações necessário ao escalão considerado por meio da instalação, exploração e
manutenção do sistema de comunicações respectivo, bem como garantir sua segurança.
São abordadas aqui noções básicas das comunicações navais nos Grupamentos
Operativos de Fuzileiros Navais, bem como os diversos procedimentos para exploração
das comunicações radiotelefônicas.
3 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da
Marinha, em: Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, didática e
instrução.
4 - SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui o CIASC-1002 - Manual de Comunicações de Campanha.
OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
OSTENSIVO CGCFN-6102
CAPÍTULO 1
SISTEMA DE COMUNICAÇÕES NOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
1.1 - MENSAGENS
1.1.1 - Generalidades
Os conceitos gerais estabelecidos neste capítulo devem ser empregados na
transmissão de mensagens por ocasião da ativação de Grupamentos Operativos de
Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav). Para a adoção dos demais procedimentos
atinentes às comunicações navais, não apresentados nesta publicação, deverão ser
observadas as diretrizes e normas constantes dos manuais expedidos pela Diretoria
Geral do Material da Marinha (DGMM), que tratam do assunto.
1.1.2 - Conceitos Básicos
a) Mensagem
O termo “mensagem” é normalmente conceituado como a sintetização de idéias ou
sinais inteligentes, com significados próprios. Na Marinha do Brasil (MB), a
mensagem é o elemento básico de transporte, pelo sistema de comunicações, de
uma informação, ordem ou outro tipo de comunicação do remetente até o
destinatário, com formatação própria, caracterizado pela concisão e pela rapidez
em seu encaminhamento.
Sua circulação, no sistema de comunicações, efetua-se sempre em uma das
seguintes modalidades de apresentação: escrita, voz ou imagem.
b) Mensagem de Partida
É a que chega ao Centro de Mensagens (CMsg), proveniente de fontes locais, para
ser enviada pelos canais de comunicações a outro CMsg ou Posto de Comando
(PC).
c) Mensagem de Chegada
É a que chega ao CMsg, por intermédio dos canais de comunicações, para ser
entregue na área do PC ou escalão deste PC atendido pelo referido CMsg.
d) Mensagem de Trânsito
É aquela que chega a um CMsg para ser retransmitida a outro CMsg, por meio dos
canais de comunicações.
e) Mensagem Criptografada
É aquela cujo texto não apresenta idéia inteligível em qualquer idioma ou
- Imediata (O);
- Preferencial (P); e
- Rotina (R).
1.2.6 - Quanto ao Sigilo
a) Sigilosas
- Ultra-secreta;
- Secreta;
- Confidencial; e
- Reservada.
b) Ostensivas.
1.3 - ESCRITURAÇÃO DE MENSAGEM
1.3.1 - Deveres e Responsabilidades
Para especificar deveres e responsabilidades, torna-se importante considerar a
terminologia específica pertinente à elaboração das mensagens. O comandante e os
oficiais do Estado-Maior Geral e Especial são as autoridades que nos PC têm a
responsabilidade básica pela preparação de mensagens.
a) Comandante
Cabe ao comandante a responsabilidade por todo o serviço de comunicações
efetuado no PC. O comandante deve tomar conhecimento de todas as mensagens
que tramitam, bem como é o responsável pela autorização de transmissão das
mensagens no PC.
b) Origem
O Origem é o militar autorizado pelo comandante para redigir e expedir mensagens
em seu nome. O origem classifica a mensagem quanto ao sigilo e a precedência.
c) Dirigente de Tráfego
Dependendo do escalão, do vulto da operação e do fluxo de mensagens, poderá
haver um militar especialmente designado para dirigir todo o tráfego de mensagens,
certificando sua autenticidade. A tal militar é conferida a designação de Dirigente
de Tráfego (DT).
1.3.2 - Caderneta de Mensagens
A caderneta de mensagens é o meio que dispõe o combatente anfíbio para escriturar
as ordens ou informações que devam ser transmitidas. A caderneta de mensagens é
utilizada para facilitar o processamento e uniformizar a apresentação das mensagens.
DO:
AO:
INFO:
CABEÇALHO E TEXTO
NR ORDEM HR TR / HR MES
TR POR RECEBEDOR DATA HORA
c) Papel Carbono
As folhas de papel carbono são utilizadas para tirar cópias das mensagens e
devem ser destacadas à medida que for necessário.
d) Papel Calco
As folhas de papel calco servem para a transmissão de mensagens que
CENTRO DE MENSAGENS
ENCARREGADO
MENSAGEIROS CRIPTOGRAFISTA
1.5.10 - Criptografista
- Criptografar ou decriptografar o texto das mensagens utilizando os sistemas e
processos em vigor; e
- Transcrever o criptograma ou paráfrase em uma ou mais cópias.
1.6 - TRAMITAÇÃO E PROCESSAMENTO DE MENSAGENS
O CMsg opera permanentemente em cada PC e funcionará de acordo com as instruções
abaixo, exceto quando a situação não permitir.
1.6.1 - Mensagens de Partida
Todas as mensagens de partida deverão ser redigidas em duas vias. O origem deverá
redigir a mensagem, especificando a distribuição das seções do Estado-Maior (EM)
que devam tomar conhecimento do assunto, bem como se a mensagem deve ser
transmitida em “CLARO” ou “CRIPTOGRADA” (caso esta última informação seja
omitida, a mensagem será transmitida em claro).
a) Mensagem de Partida, Via Rádio e em Linguagem Clara. (Anexo C, Fig C-1)
- A 1ª via da mensagem deverá se entregue diretamente ao radioperador da rede-
rádio à disposição da seção do EM ou ao Encarregado da rede-rádio. A 2ª via
servirá para o origem manter controle sobre a mensagem, enquanto não recebe
de volta a 1ª via;
- Após a transmissão, o radioperador encaminha a 1ª via ao protocolista da seção
de mensagens, com o data-hora de transmissão;
- O protocolista anota os dados da mensagem no “Registro de Mensagens” e a
envia ao Encarregado de Mensagens de Partida;
- O Encarregado de Mensagens de Partida providencia cópias para o arquivo e
para distribuição nas seções do EM, conforme o caso; e
- O Mensageiro local entrega as cópias da mensagem às seções do EM
endereçadas de informação, solicitando a rubrica do recebedor na 1ª via. Após
isto, a 1ª via será devolvida à seção de origem, com o data-hora de transmissão
anotado. A partir daí, o data-hora de transmissão passará a servir como
referência para a mensagem.
b) Mensagem de Partida, Via Rádio e Criptografada. (Anexo C, Fig C-2)
- Neste caso, a 1ª via é entregue ao protocolista da Seção de Msg. Este anota os
dados da mensagem no “Registro de Mensagens” e a envia ao Encarregado de
Mensagens de Partida;
CAPÍTULO 2
COMUNICAÇÕES RADIOTELEFÔNICAS
2.1 - RADIOTELEFONE
O Radiotelefone é particularmente apropriado às ocasiões de rápidas mudanças de
situação. As comunicações com unidades móveis, tais como navios, aeronaves, carros
de combate, seriam extremamente difíceis se não houvesse as comunicações pelo
Radiotelefone.
2.1.1 - Possibilidades e limitações
a) Possibilidades
- O Radiotelefone é instalado mais rapidamente que o sistema fio e alcança
maiores distâncias;
- Facilidade de instalação e transporte, o que permite acompanhar qualquer
deslocamento; e
- Não está restrito aos obstáculos naturais, pois utiliza o espaço como meio de
transmissão.
b) Limitações
- Exige rigorosa disciplina de tráfego, pois está sujeito a interferências;
- Vulnerável a interceptação, localização e interferência inimiga; e
- Possibilidades de transmissão de mensagens falsas pelo inimigo, necessitando de
códigos e cifras, diminuindo a rapidez.
2.2 PROCEDIMENTOS BÁSICOS
2.2.1 - Segurança da transmissão
As comunicações radiotelefônicas, em virtude da grande capacidade de disseminação
de seus sinais, devem ser rigorosamente disciplinadas, pois são sujeitas à
interceptação pelo inimigo e, portanto, não atendem plenamente ao requisito
segurança. Na transmissão de mensagens numa rede-rádio operativa, é
expressamente proibida a citação dos nomes de autoridades e Unidades, bastando
que se enunciem seus indicativos.
a) Práticas de Transmissão e Tráfego Prejudiciais à Segurança
As seguintes práticas são prejudiciais à segurança da transmissão e do tráfego,
devendo ser evitadas:
- Violar o silêncio eletrônico;
- Manter conversação não oficial (bate-papo) com outros operadores;
P PAPA Pápa
Q QUEBEC Quebéc
R ROMEO Romeo
S SIERRA Siérra
T TANGO Tângo
U UNIFORM Iúniform
V VICTOR Víctor
W WHISKEY Uíski
X XRAY Éksirei
Y YANKEE Iânki
Z ZULU Zúlu
2.3.2 - Algarismos:
0 - ZERO 4 - QUATRO 8 - OITO
1- UNO 5 - CINCO 9 - NOVE
2- DOIS 6 - MEIA OU MEIA DÚZIA
3- TRÊS 7 - SETE
2.4 - TRANSMISSÃO DE PALAVRAS OU GRUPOS CIFRADOS
2.4.1 - Palavras de Difícil Pronunciação
As palavras de difícil pronunciação devem ser soletradas usando-se o alfabeto
fonético precedido pela expressão "SOLETRANDO". O operador, quando possível,
pronuncia a palavra a ser soletrada antes e depois de soletrar, a fim de identificá-la.
Exemplo: Neon SOLETRANDO NOVEMBER ECHO OSCAR NOVEMBER Neon.
2.4.2 - Grupos Cifrados
Quando um texto for composto de grupos cifrados, todos eles, mesmo aqueles
ocasionalmente pronunciáveis, devem ser transmitidos pronunciando-se as letras e
algarismos individualmente, e sem usar a expressão "SOLETRANDO", devendo ser
observada uma pausa maior entre os grupos.
Exemplo: ALMWZ = ALFA LIMA MIKE WHISKEY ZULU.
2.5 - PRONÚNCIA DE NÚMEROS
Os números devem ser pronunciados nas transmissões telefônicas e radiotelefônicas da
seguinte forma:
2.5.1 - Algarismo
A transmissão de algarismos deverá ser precedida da expressão “NUMERAL”.
Exemplo: 136 = NUMERAL UNO TRES MEIA
2.5.2 - Coordenadas
A transmissão de coordenadas deverá ser realizada enunciando-se algarismo por
algarismo, precedida da expressão “COORDENADAS”.
Exemplo: Coordenadas 3248-0896 = COORDENADAS TRES DOIS QUATRO
OITO TACK ZERO OITO NOVE MEIA.
2.5.3 - Grupo Data-Hora
Os Grupos Data-Hora são transmitidos antepondo-se a expressão DATA-HORA ao
grupo e pospondo-se a designação do fuso.
Exemplo: 091530P = DATA-HORA ZERO NOVE UNO CINCO TRES ZERO
PAPA
2.5.4 - Grupo Hora
Os grupos horas são transmitidos utilizando-se a palavra HORA ao invés da
expressão DATA-HORA.
Exemplo: 0345P = HORA ZERO TRES QUATRO CINCO PAPA.
2.5.5 - Abreviaturas no texto
Letras usadas isoladamente ou fazendo parte de expressões curtas são pronunciadas
usando-se o alfabeto fonético.
Exemplo: Plano A (deve ser pronunciado) = Plano ALFA.
2.6 - EXPRESSÕES
Expressões são palavras ou frases que tem significados convencionados, usadas para
simplificar a expedição das mensagens nos canais radiotelefônicos.
2.7 - ABREVIATURAS
Os operadores devem empregar as abreviaturas para a escrituração de mensagens, com a
finalidade de agilizar as transmissões.
2.8 - FORMATO BÁSICO DAS MENSAGENS
As mensagens podem ser completas ou abreviadas. Tanto as mensagens completas
como as abreviadas são compostas de três partes: cabeçalho, texto e fecho, dispostos
numa seqüência padrão.
No formato básico das mensagens completas deve ser notado que cada elemento é
indicado na ordem em que aparece na mensagem, embora nem todos os conteúdos
devam necessariamente compor todas as mensagens, podendo alguns deles ser omitidos
se não tiverem função no seu processamento.
2.8.1 - Mensagens Completas
As mensagens completas compreendem o seguinte formato básico:
P
A
R
COMPONENTES ELEMENTOS CONTEÚDO
T
E
S
- Postos rádio chamados
C (expressão EXCETUAR, quando
A necessário).
a) Chamada
B - Expressão AQUI.
E - Indicativo do posto rádio que
Ç PROCESSAMENTO chama.
A b) Identificação da - Número de ordem da mensagem
L transmissão no posto rádio.
H - Expressões: RETRANSMITA,
c) Instruções de
O DEVOLVA, NÃO ACUSE e
transmissão
PALAVRAS DOBRADAS.
2.12.3 - Retransmissão
Quando um posto rádio desejar que uma mensagem seja transmitida a outro posto
rádio, com o qual não tem comunicação, em face das condições de propagação ou
distância e, se houver um terceiro posto rádio cuja posição permita a sua ligação
com ambos, poderá ser usada a retransmissão, colocando a expressão
"RETRANSMITA" na mensagem.
Exemplo: FOXTROT PAPA AQUI CHARLIE GOLF / RETRANSMITA /
PREFERENCIAL / ORIGEM CHARLIE GOLF /AÇAO ZULU
DELTA / SEPARA / ATACAR OBJETIVO ALFA / SEPARA
CAMBIO.
FOXTROT PAPA responde:
AQUI FOXTROT PAPA / CIENTE/ É SO.
FOXTROT PAPA retransmite:
ZULU DELTA AQUI FOXTROT PAPA / PREFERENCIAL / ORIGEM
CHARLIE GOLF / AÇAO ZULU DELTA / SEPARA / ATACAR
OBJETIVO ALFA / SEPARA / CAMBIO.
Quando possível, o posto rádio retransmissor informa ao posto rádio de origem que
o destinatário recebeu a mensagem.
2.12.4 - Repetições
Quando na recepção de uma mensagem há palavras perdidas ou duvidosas, o posto
rádio destinatário pode pedir sua repetição. Para este fim, é usada a expressão
"REPITA" isolada ou em conjunto com "DEPOIS DE ... ", "ANTES DE ... " ou
“ENTRE .... E ..”.
Na resposta ao pedido de repetição, o posto rádio transmissor deve identificar qual
a porção da mensagem que vai repetir.
Exemplo: CHARLIE GOLF chama o posto rádio para o qual ele tem tráfego.
MIKE JULIET AQUI CHARLIE GOLF / PREFERENCIAL
DATA-HORA UNO UNO ZERO MEIA ZERO ZERO PAPA
SEPARA ENVIAR COMBOIO MEDIANTE ORDEM / CÂMBIO.
MIKE JULIET tendo perdido entre “ENVIAR” e “MEDIANTE”,
transmite:
AQUI MIKE JULIET / REPITA ENTRE ENVIAR E MEDIANTE /
CÂMBIO.
ANEXO A
REGISTRO DE MENSAGENS
REGISTRO DE MENSAGENS
NR DO HORA DE HORA DE
REFERÊNCIA ORIGEM CANAL OPERADOR OBS.
C.MSG REBIMENTO ENTREGA
ANEXO B
PROTOCOLO DE MENSAGENS
PROTOCOLO DE MENSAGENS
C Msg : _______________________________
HORA DE
REFERÊNCIA DESTINATÁRIO RECEBEDOR ENTREGADOR
ENTREGA
ANEXO C
TRAMITAÇÃO E PROCESSAMENTO DE MENSAGENS
CENTRO DE MENSAGENS
(DH TR)
PROTOCOLISTA ARQUIVISTA
ESTADO MAIOR
MENSAGEIRO
LEGENDA
1ª VIA
2ª VIA
CÓPIA
ESTADO MAIOR
CENTRO DE MENSAGENS
CRIPTOGRAFISTA
MENSAGEIRO
LEGENDA
1ª VIA
2ª VIA
PARÁFRASE
CRIPTOGRAMA
ESTADO MAIOR
CENTRO DE MENSAGENS
MENSAGEIRO
OUTROS
MEIOS
LEGENDA
1ª VIA
2ª VIA
CÓPIA
CENTRO DE MENSAGENS
PROTOCOLISTA ARQUIVISTA
ESTADO MAIOR
MENSAGEIRO
LEGENDA
1ª VIA
2ª VIA
CÓPIA
CENTRO DE MENSAGENS
PROTOCOLISTA ARQUIVISTA
CRIPTOGRAFISTA
ESTADO MAIOR
MENSAGEIRO
INFO AÇÃO
LEGENDA
1ª VIA
2ª VIA
PARÁFRASE
CENTRO DE MENSAGENS
OUTROS PROTOCOLISTA
MEIOS ARQUIVISTA
ESTADO MAIOR
MENSAGEIRO
INFO AÇÃO
LEGENDA
1ª VIA
2ª VIA
ANEXO D
TELEFONES DE CAMPANHA E CENTRAIS TELEFÔNICAS
1 - TELEFONES DE CAMPANHA
1.1 - TELEFONE AF-1/ETC
a) Características Técnicas
I) Fabricação ............................Brasileira;
II) Tipo.....................................Magnético;
III) Órgão de Chamada ............Magneto;
IV) Órgão de Anunciação........Cigarra e Indicador Visual
V) Fonte de Alimentação.........Voz do Operador
VI) Alcance .............................5 Km; e
VII) Emprego...........................Pequenos escalões de combate, principalmente nas
ligações Pelotão - Companhia, nas ligações de segurança
dos PC de Unidades e nas verificações de linha.
Fig D-1
b) Apresentação
O Telefone AF1/ETC está montado em uma caixa de alumínio e possui um estojo de
material plástico, com bandoleira, à prova de água. Na parte frontal ficam instaladas as
cápsulas transmissora e receptora. Estes elementos transformam sons em corrente
elétrica e vice-versa. Próximo ao receptor está o indicador visual de chamada. Na parte
de baixo do aparelho está um gancho para pendurar o telefone ao cinto e o controle
SILENCIAR. Desta posição parte, também, o cordão que termina numa tomada com
dois bornes, destinada à ligação do telefone à linha.
II) Chamada
Comprimir e soltar a alavanca do magneto.
III) Conversação
(a) Para transmitir
Comprimir a tecla do combinado.
(b) Para receber
Soltar a tecla para melhorar a recepção.
IV) Controle do Volume da Cigarra
(a) “Asa” no sentido da seta, volume mínimo.
(b) “Asa” no sentido contrário da seta, volume máximo.
V) Operação de emergência
(a) Se a cápsula receptora estiver danificada, ouvir na cápsula transmissora
mantendo a tecla do combinado comprimida. Falar no transmissor na forma
usual.
(b) Se a cápsula transmissora estiver danificada, falar diretamente sobre a cápsula
receptora e não pressionar tecla do combinado. Ouvir no receptor na forma
usual.
f) Manutenção Preventiva
O operador deverá realizar somente a manutenção preventiva do telefone. Não devendo
remover qualquer parte do mesmo.
I) Inspecionar o cordão do combinado, verificando se está embaraçado, se apresenta
cortes ou está quebrado;
II) Inspecionar os bornes, verificando se estão em condições de realizar contatos
eficientes;
III) Limpar o telefone, incluindo o cordão e o estojo, remover umidade, lama, sujeira e
sinais de corrosão;
IV) Verificar se não existem rachaduras ou partes quebradas na superfície externa;
V) Manter o equipamento livre de umidade; e
VI) Testar, semanalmente, o equipamento.
1.2 - TELEFONE AF-3/ETC
a) Características Técnicas
I) Fabricação ........................................... Brasileira;
II) Tipo.................................................... Transmissor a carvão;
Fig D-2
b) Apresentação
I) Estojo
Constituído de lona, com alça presa por mosquetões e anéis existentes nos lados do
estojo.
II) Corpo
Contém todos os componentes elétricos e a fiação. A parte superior é formada pelo
painel montado sobre a caixa, que contém os seguintes componentes:
(a) Dois terminais de linha;
(b) Alojamento do combinado;
(c) Dois terminais de baterias externos;
(d) Alojamento das BA-30;
(e) Chave BC-MG;
(f) Botão de testes;
(g) Cigarra; e
(h) Magneto.
III) Combinado
Contém o microfone, o fone, a tecla do combinado e o cabo espiralado.
c) Testes de verificação
I) Circuito de sinalização
(a) Colocar a chave “BC-MG” na posição BC; e
(b) Apertar o botão de teste e girar a manivela do magneto, o que fará soar a cigarra,
indicando o bom funcionamento do circuito de anunciação.
II) Circuito de Conversação
(a) Retirar o combinado do alojamento; e
(b) Apertar a tecla do combinado e falar ao microfone (a própria voz deve ser
ouvida no fone).
d) Tipos de Circuitos de Chamada
I) Chave "BC-MG" em BC - bateria local para conversação e bateria central para
sinalização.
II)Chave "BC-MG" em MG - bateria local para conversação e magneto para
sinalização.
e) Instalação
I) Fixação
O Telefone AF-3/ETC, pode ser usado como telefone de mesa (posição horizontal)
ou colocado verticalmente em uma árvore, poste ou estaca.
II) Ligações elétricas
(a) Desencapar as extremidades dos condutores;
(b) Desatarraxar as camisas dos bornes;
(c) Introduzir os condutores nos bornes;
(d) Atarraxar as camisas dos bornes; e
(e) Verificar se os condutores estão realmente fixados aos bornes.
f) Operação
I) Controles
Para que o telefone seja operado corretamente, as funções de todos os elementos
devem ser conhecidas. A tabela seguinte relaciona os elementos e indica suas
funções.
Nº ELEMENTO FUNÇAO
1 Terminais de Linha Conectar o circuito físico ao equipamento.
Fig D-3
b) Apresentação
O telefone TA-312/PT é um telefone de campanha dividido, para efeito didático, em:
Estojo de lona, Corpo e Combinado.
I) Estojo de Lona
Destinado a proteger o equipamento, dispõe de uma alça para transporte, um fecho
"éclair” e dois orifícios, que dão acesso à manivela do magneto e ao diafragma da
cigarra. Internamente, possui uma correia de fixação para prender o corpo do
telefone.
II) Corpo
Contém todos os componentes elétricos e a fiação, exceto o combinado e seu cabo
de ligação. Sua parte superior é formada pelo painel, exceto o magneto. Todos os
componentes são presos à face interna do painel. Na face externa do painel
aparecem dois terminais de linha, o alojamento do microfone com gancho
interruptor, conector do combinado externo, dois terminais de bateria externa,
alojamento das baterias, chave INT-EXT (para selecionar o tipo de combinado),
parafuso interruptor (CB-LB-CBS), placa de inscrição, controlador de volume da
cigarra (LOW-LOUD) e alojamento do fone.
III) Combinado
É constituído de um cabo de ligação, de um corpo, que é formado por um punho,
uma tecla, dois alojamentos para as cápsulas do fone e microfone. O fone é do tipo
imã permanente e o microfone, a carvão.
c) Instalação
I) Colocar duas BA-30 com as polaridades invertidas;
II) Retirar cerca de 1 cm do isolamento de cada um dos condutores da linha que vai ser
ligada ao telefone;
III) Pressionar um dos terminais de linha do telefone, a fim de abrir o alojamento de
contato do condutor;
IV) Introduzir a parte desencapada de um dos condutores no alojamento do terminal e
relaxar a pressão sobre a mola do mesmo, permitindo, assim, o fechamento do
alojamento. Assegurar-se de que o contato esteja bem feito. Repetir o mesmo
procedimento para o outro condutor;
V) Para assegurar-se do bom funcionamento do telefone e fonte de alimentação, emita
um sinal de voz no microfone com a tecla do combinado pressionada, devendo
ouvir o referido sinal no fone;
VI) Posicionar o botão LB-CB-CBS, de acordo com o tipo de central utilizada;
VII) Ajustar o botão do volume da cigarra para a intensidade desejada, LOW (baixo) e
LOUD (alto);
VIII) Colocar a chave INT-EXT na posição adequada ao tipo de combinado a ser
utilizado; e
IX) Usando uma fonte externa de 3V CC, fazer a ligação nos terminais adequados, no
telefone.
d) Operação
I) Controles
Para que o telefone seja operado corretamente, as funções de todos os elementos
devem ser conhecidas. A tabela seguinte relaciona os elementos e indica suas
funções.
Nº ELEMENTO F U N ÇÃ O
1 Terminais de Linha Conectar o circuito físico ao equipamento.
Conector (10 pinos) do combinado
2 Permitir a introdução do combinado externo.
externo
Selecionar o tipo de combinado (interno ou
3 Chave INT-EXT
externo).
Controlador de Volume da Cigarra, Selecionar a intensidade do volume da
4
(LOW-LOUD) cigarra: LOW (baixo) e LOUD (alto).
5 Alojamento do Fone Alojar o fone do combinado.
Parafuso interruptor Selecionar o sistema de funcionamento, de
6
(CB-LB-CBS) acordo com o tipo de central utilizada.
Alojar duas BA-30 com as polaridades
7 Alojamento das Baterias
invertidas.
8 Terminais de Bateria Externa Conectar a alimentação externa de 3 VCC.
Alojar o microfone do combinado e
Alojamento do microfone com gancho
9 interromper a alimentação quando o
interruptor
equipamento não estiver em funcionamento.
seu emprego.
c) Verificação de Funcionamento
Antes de instalar a central, é aconselhável realizar as seguintes verificações:
I) Introduzir a pega da régua nº.1 no jaque da régua nº.2; a pega da régua nº. 2 no
jaque da régua nº. 3, repetindo esta seqüência até a última régua (nº. 6), ficando
livre a sua pega;
II) Interligar os bornes de um telefone com bornes de qualquer um dos terminais de
linha da central;
III) Girar o magneto do telefone, o que deverá excitar os sistemas de anunciação de
todas as réguas terminais;
IV) Manter os terminais interligados, repetir as operações contidas nas alíneas b) e c),
com todos os terminais restantes; e
V) Visando testar a pega do terminal nº. 6 e o jaque do terminal nº. 1, que ficaram
livres durante as primeiras baterias de testes, introduzir a pega nº. 6 no jaque nº.
1, procedendo como o que está contido nas alíneas b) e c), fazendo o teste nas
duas direções.
d) Instalação
I) Utilizando as correias de lona, fixar a central a um suporte, natural ou artificial;
II) Retirar de seu alojamento, na caixa chassis da central, a pega do operador e ligar
seus terminais aos bornes da linha Ll e L2 do telefone do operador;
III) Ligar os terminais de linha dos assinantes nos bornes dos terminais de linha da
central; e
IV) O operador deve informar ao assinante o número que lhe foi atribuído na central,
o qual está escrito na régua, ao mesmo tempo, registrar, no local apropriado, o
indicativo referente a cada assinante.
e) Operação
I) Para chamar um assinante:
Introduzir a pega do telefone do operador da central no jaque da régua do
assinante, com o qual deseja ser estabelecido o contato e girar o magneto do
telefone do operador da central.
II) Para atender uma chamada:
Introduzir a pega do telefone do operador da central no jaque da régua terminal
do assinante chamador.
Fig D-4
b) Apresentação
I) Estojo
Visa acondicionar os componentes da central, realizando, ao mesmo tempo, os
contatos elétricos entre as unidades de linha e o conjunto do telefone do operador.
II) Tampa removível
Na parte anterior do estojo, protegendo o painel da central, encontra-se a tampa
removível, presa ao corpo por chaves de mola e orifícios retém. No interior da
tampa, correias de retenção mantêm presos, para transporte, o combinado de mão
e de cabeça utilizado pelo operador. Na parte exterior da tampa existe uma alça
para transporte e uma superfície capaz de receber inscrições.
III) Tampa traseira
A tampa traseira do estojo dá acesso ao painel de ligações. É dotada de dobradiça
e dois fechos escamoteáveis. Na sua face interna encontram-se inscritos os
números de um a dezessete, correspondentes aos terminais de linha. Os pares de 1
a 12 são normais; o par número 13 destina-se à bateria de alarme noturno; o 14 à
bateria do microfone do operador; o 15 a um telefone de emergência, tipo local, a
ser usado em caso de pane do conjunto do telefone do operador da central
telefônica; o 16 recebe um gerador externo de corrente alternada (16 a 20 Hz, 90
a 100V); e, o 17, pode ser ligado à partida de geradores equipados com starter.
Ao utilizar a central associada à outra central telefônica SB 22/PT, os terminais
de número 13 a 17 são utilizados como terminais de linha, sendo retirado o
telefone do operador.
IV) Aberturas laterais
Nas partes laterais do corpo do estojo, existem 2 (duas) aberturas que permitem a
entrada das linhas que servem aos assinantes, aberturas estas que são protegidas
por juntas de borracha fendida, que evitam a entrada de pó, umidade e corpos
estranhos.
V) Unidade de linha
Em cada unidade de linha encontramos um anunciador, um jaque, corda e pega e,
ainda, um retificador de meia onda. Essas unidades são facilmente removíveis
retirando dois parafusos cativos que as prendem. O anunciador de linha é visual
tipo bola, com uma região preta e outra branca luminescentes. Funciona por ação
magnética de um relé de linha, no qual a corrente só circula em um sentido,
devido ao retificador. Ao ser acionado o magneto no telefone do assinante, o
anunciador mostra a região branca, que ficará anunciando até "o momento da
introdução do plugue do operador da central no jaque do terminal do assinante
chamador, voltando para a parte preta (repouso)”. Na retirada de cada unidade de
linha, encontram-se quatro orifícios tipo jaque, que realizam ligações com os
conectores existentes na estrutura metálica no interior do estojo. Existe, ainda, em
cada unidade, um dispositivo pára-raios tipo protetor, ligado ao terminal terra que
protege a unidade de picos de alta tensão. No interior de cada unidade de linha
existe um carretel plástico munido de mola, cuja função é recolher a corda do
terminal, quando liberada pelo operador da central.
VI) Telefone do operador
O conjunto telefone do operador da central destina-se a prover o operador da
central de órgão de chamada, anunciação, e conversação. Nele acham-se, além do
magneto e cigarra, uma tomada tipo baioneta para o cabo do combinado, chave
de chamada, dispositivo de iluminação e alarme noturno, pega do operador e um
jaque, onde deve ser mantida a pega, quando não estiver em uso, para desligar as
baterias do microfone do operador da central. O dispositivo de iluminação e
alarme noturno possui uma única lâmpada, cuja chave pode ser colocada em duas
posições: alarme noturno NA-(IN) ou luz fora (LIGTH OUT). A primeira serve
para utilização da lâmpada como alarme noturno visual, enquanto a segunda a
mantém permanentemente acesa. No canto inferior direito do telefone do
operador da central encontra-se um interruptor de alarme, com três posições:
DESLIGADO (ON); alarme visual (VIS) e alarme audível (AUD).
VII) Combinado
O combinado de mão e de cabeça (H-81/U) é transportado no interior da tampa
da central, possui um cabo com tomada e um interruptor tipo "aperte para falar".
Podem ser encontrados os combinados do tipo H-144/U ou H-144A/U.
VIII) Chave seletora
Na parte inferior do telefone do operador encontra-se uma chave seletora com
três posições: NORMAL, RING-BACK e PWR-RING-FWD. Ligada às pegas do
jaque do chamador no jaque do chamado, funciona da seguinte forma:
(a) Chave na posição RING-BACK, soará a campainha do telefone do assinante
chamador;
(b) Chave na posição NORMAL, soará a campainha do assinante chamado;
(c) Chave na posição RING-BACK, com a central operando com gerador de
chamada automática, soará a campainha do telefone do assinante chamador; e
(d) Chave na posição PWR-RING-FWD, com a central operando com gerador de
chamada automática, soará a campainha do telefone do assinante chamado.
c) Testes de Verificação
I) Instalar as baterias
(a) Cuidado ao retirar ou colocar o estojo das baterias, para não danificar os
contatos da mola; e
(b) Não apertar em demasia as tampas do estojo das baterias, para evitar que haja
rachaduras;
II) Testar cada Unidade de Linha TA-222/PT;
III) Testar o telefone do operador TA-221/PT;
IV) Testar o interruptor de alarme, fazendo funcionar nas posições: VIS e AUD,
LIGHT OUT e NA-IN;
V) Verificar se o anunciador visual, estando na posição branca, volta para a posição
preta ao introduzir o plugue do telefone do operador no jaque do terminal
correspondente; e
VI) Interligar dois telefones a dois terminais de linha da central. Introduzir o plugue
do telefone do operador da central no jaque de um dos terminais ligado a um
telefone. Introduzir o plugue deste terminal interligado ao outro telefone devendo
ocorrer:
(a) Chave na posição RING-BACK, ao girar o magneto do telefone do operador
da central, soará a campainha do telefone que estiver ligado no terminal onde
foi introduzido o plugue do telefone do operador da central;
(b) Chave na posição NORMAL, ao girar o magneto do telefone do operador da
central, soará a campainha do telefone que estiver ligado ao terminal que
recebeu o plugue do primeiro terminal; e
(c) Chave na posição PWR-RING-FWD, só será realizado teste se houver
gerador automático de chamada.
d) Instalação
I) Quando for instalar a central telefônica, não coloca-la em contato direto com o
chão. Colocar em cima de uma lona, ou meia barraca. Por ocasião de chuvas,
dobrar a borda da lona para trás, por cima da central, depois de instalada, a fim de
evitar que o equipamento fique molhado.
II) Escolher uma superfície plana: uma mesa, uma caixa ou para-peito de uma toca
individual.
III) Colocar a central telefônica com a placa de identificação da fábrica para cima;
IV) Afrouxar a alavanca do fecho da tampa da central, retirando-a;
V) Retirar do interior da tampa o combinado de mão e de cabeça, liberando as
correias de fixação; e
VI) Fixar a tampa na parte superior da central por meio do fecho da tampa com a
parte amarela para frente.
e) Associação de duas Centrais Telefônicas SB-22/PT
I) Instalar a primeira central como explicado, não colocando a tampa acima da
mesma;
II) Remover o telefone do painel da segunda central, sem retirar o combinado de mão
e de cabeça do seu alojamento;
III) Remover o telefone do operador (TA-221/PT), da segunda central, seguindo a
seqüência:
(a) desatarraxar os parafusos cativos de cada canto da face do telefone do
operador da central;
(b) Acoplar o combinado de mão e de cabeça (H-81/U) na tomada do telefone do
operador:
(c) Sustentar a tomada e puxar o telefone até extraí-lo do seu alojamento; e
(d) Retirar o terminal nº 12, caso tenha dificuldade de remover o telefone com o
procedimento normal;
IV) Instalar as cinco unidades de linha na segunda central, as quais se encontram no
estojo de terminais, da seguinte forma:
(a) Introduzir a unidade de linha nº. 13, tendo o cuidado de enquadrar a tomada
fêmea (jaque) existente na parte posterior da unidade de linha com o macho
(plugue) existente no interior da central telefônica;
(b) Empurrar a unidade de linha para o interior da central, até que fique no
mesmo plano das unidades já instaladas;
(c) Apertar, com chave de fenda, os parafusos cativos existentes nas extremidades
(superior e inferior) da unidade de linha, tendo o cuidado para não danificar a
rosca, dando pressão em demasia; e
(d) Instalar os terminais restantes, procedendo conforme no terminal nº.13.
V) Colocar a segunda central telefônica sobre a primeira;
VI) Fixar uma das tampas sobre a segunda central telefônica com fecho da tampa
desta;
VII) Fixar a segunda central na primeira com o fecho desta;
VIII) Alimentar a primeira central telefônica (colocar as BA-30);
IX) Interligar os terminais NA das duas centrais, com um pedaço de cabo CAB-207,
interligando, também, os terminais GRD; e
X) Ligar um dos terminais GRD a terra, estando os dois interligados com um pedaço
de cabo.
f) Ligação da Central a um Ramal ou Linha Tronco
Ligar o ramal ou linha, tal como chega ao local onde estiver instalada a central, como
se segue:
I) Remover, aproximadamente, 2 cm do isolamento da ponta de cada condutor;
II) Separar os fios de cobre dos de aço, em cada condutor;
III) Enrolar os fios de cobre em volta dos de aço, em cada condutor.
IV) Dobrar, aproximadamente, 15 cm do fio duplo telefônico para trás e passar a alça
pelo protetor de borracha das ranhuras existentes nas laterais das centrais;
V) Puxar a alça até que as pontas do CAB-207 passem para o interior do estojo da
central, puxando o cabo tanto quanto for necessário para atingir o terminal de
linha desejado;
VI) Pressionar a capa do terminal para dentro, abrindo a garra de fixação do CAB-
207;
VII) Introduzir a ponta desencapada do CAB-207 no orifício existente no centro da
capa, liberando-a em seguida;
VIII) Introduzir, no outro borne do terminal de linha, a seção do cabo restante,
finalizando com uma leve tração nos cabos, visando verificar se estão realmente
presos;
IX) Colocar, entre as fileiras dos bornes dos terminais, a quantidade de cabo que
compreende os espaços entre os terminais e a borracha fendida, esticando pelo
lado de fora do estojo da central o CAB-207, para que não fique folga;
X) Escrever a identificação da linha no espaço correspondente, na tampa traseira e
na placa de identificação; e
XI) Desligar todos os equipamentos ligados à central, quando a mesma for instalada
em outro local.
g) Instalação do Telefone de Emergência do Operador
Caso o telefone do operador da central entre em pane, podemos utilizar um telefone
de campanha para operar a central telefônica, procedendo da seguinte forma:
I) Desligar o combinado de mão e de cabeça do telefone do operador da central;
II) Fixar, próximo à central telefônica, um telefone de campanha de modo que seja
acessível ao operador;
III) Ligar aos terminais do telefone de campanha com fio duplo telefônico CAB-
207; e
IV) Ligar as extremidades do cabo ligado ao telefone de campanha aos terminais
EMG OPER, na parte posterior da central.
h) Ligação da Fonte de Alimentação de Emergência
Caso as baterias BA-30 se descarregarem, não existindo substitutas para continuar
operando com a central telefônica SB-22/PT, proceder da seguinte forma:
I) Ligação das baterias
(a) Escolher quatro baterias primárias, tal como BA-23; e
(b) Ligar duas em série, para obter 3V CC, repetindo o processo com as outras
baterias.
II) Ligação das duas Fontes à Central
(a) desligar os fios dos terminais BAT-NA (alarme noturno) e BAT-MIC
(microfone do operador) situados na retaguarda da central;
(b) Ligar uma das fontes de 3V CC aos terminais BAT-NA; e
(c) Ligar a outra fonte de 3V CC nos terminais BAT-HIC.
i) Manutenção preventiva
A manutenção preventiva é atribuição do operador da central e compreende:
I) Manter o equipamento limpo e livre de umidade;
II) Não retirar as cápsulas do combinado, a não ser para manutenção;
III) Evitar o manuseio brusco;
IV) Reapertar parafusos e porcas;
V) Guardar o combinado do operador em seu alojamento;
VI) Verificar se as baterias BA-30 estão guardadas na central. Em pouco tempo
estarão sulfatadas, e isto acarretará sérios danos ao material; e
VII) Testar semanalmente o equipamento sob sua responsabilidade.
ANEXO E
MATERIAL COMPLEMENTAR DE LANÇAMENTO DE LINHAS
1 - DEFINIÇÃO E FINALIDADE
A definição genérica "Material Complementar” compreende todos os equipamentos
utilizados nas linhas para facilitar a instalação e manutenção, bem como melhorar suas
características sobre os circuitos metálicos. Tais equipamentos compreendem: bobinas de
carga, régua terminal, lança forquilha, luvas, varas ou postes e o equipamento do
instalador.
2 - BOBINA DE CARGA
a) Finalidade
As comunicações telefônicas em circuitos de cabos de campanha podem ser
melhoradas com o uso de bobinas de carga, que adicionam indutância à linha,
diminuindo a atenuação e aumentando o alcance em 50% a 300% do alcance original.
b) Descrição
A bobina de carga está acondicionada em uma caixa feita de uma liga de alumínio, à
prova d'água, pesando cerca de 1Kg. A tampa possui dobradiças de um lado e trinco
do outro, tendo uma junta de borracha que torna a bobina estanque. As linhas são
ligadas abrindo-se a tampa e introduzindo-se os fios nos bornes L-1 e L-2. Quando a
tampa é fechada, os fios saem pelos sulcos da caixa em frente aos bornes.
c) Emprego
São destinadas para instalação, em intervalos de 1.600 m, no CAB-207. A distância
entre um terminal do circuito e a primeira bobina ou a distância entre a última bobina e
o terminal, é conhecida como seção final. O seu espaçamento deve ser no mínimo, de
350 metros e, no máximo, de 1.600 metros. Este espaçamento pode ser tomado como
tolerância de 5%, mais ou menos.
d) Instalação
Para a instalação da bobina no circuito, os condutores são cortados, sendo dois
segmentos ligados aos bornes L-1 e os outros dois aos bornes L-2. A parte de contato
de cada condutor com os terminais da bobina deve ser desencapada. O cabo deve ser
fixado a um suporte, antes e depois da bobina, para que qualquer tração na linha não
venha a soltar as ligações ou danificar a bobina. Em seguida, os condutores são
colocados nos entalhes e a tampa é fechada.
3 - RÉGUA TERMINAL
a) Finalidade
Usada nos Postos de Verificação, possibilita, rapidamente, verificações intermediárias
dos circuitos e permite a instalação de circuitos de emergência. Junto as centrais
telefônicas, possibilita distribuição do tráfego pelos operadores, sem alterar as ligações
dos terminais na central.
b) Descrição
É uma placa de material isolante, na qual estão presos terminais ligados dois a dois por
barras metálicas. Cada terminal possui um pino de aço com ponta cônica, destinada a
fazer contato entre o terminal e o condutor, no caso de não ser removido o isolante
deste.
4 - LANCA-FORQUILHA
a) Finalidade
Destina-se a apoiar (ou retirar) o cabo em galhos de árvores ou outros suportes, na
construção de linhas. Serve também para conduzir o cabo, durante o lançamento, para
fora da estrada.
b) Descrição
O tipo LAF-201 consiste, basicamente, de uma vara de madeira, de 4,50m de
comprimento, com uma forquilha.
5 - LUVAS
a) Finalidade
Proteger as mãos do construtor no lançamento, recolhimento ou limpeza do cabo.
b) Tipo
Existem dois tipos de luvas: as de borracha e as de couro grosso. As luvas de borracha
são usadas nos trabalhos onde há risco de choques elétricos.
6 - VARAS (VAR 201)
a) Finalidade
As varas são usadas para suportar as linhas de cabos de campanha, onde não existem
árvores, postes comerciais ou outro meio qualquer de suporte.
b) Descrição
São feitas de madeira, com 4,26m de comprimento e cerca de 0,05 m de diametro. Na
sua extremidade superior é adaptada uma ponta de ferro galvanizado, onde podem ser
atarrachados isoladores de diversos tipos. Na falta da VAR-201, varas de bambú, com
3 - Chave LC-25;
5 - Chave de fenda TL-106;
6 - Alicate TL-107; e
7 - Anéis em "D".
3) Correia de segurança
Destina-se a suportar o construtor em posição tal que, no topo de um poste ou
árvore, fique com as mãos livres. É uma correia de couro, com dois mosquetões nas
extremidades. Pode ser encontrada em três tamanhos: 1,55cm, 1,73cm e 1,78cm.
4) Estribos
Os estribos são as partes do equipamento que possibilitam a subida e a manutenção
de uma posição estável no tronco de uma árvore ou poste. Há dois tipos de estribos:
LC-5 e LC-240/U.
(1) Estribo LC-5
Este tipo é o mais antigo, sendo composto de: perna de ferro, cinta da perna,
encosta, cinta do tornozelo, esporão e alça do pé. A principal diferença deste
tipo para o LC-240/U é que a perna do LC-5 é interiça, apresentando um
comprimento fixo de 32 cm (até a base do esporão).
(2) Estribo LC-240/U
Este estribo, além das partes citadas para o LC-5, apresenta a perna de ferro em
duas seções: uma superior, em que se acham o encosto, a cinta da perna, dois
parafusos e vários furos para a introdução destes parafusos; a outra seção,
inferior, desliza para dentro da seção superior e é fixada pelos parafusos
mencionados. A escolha dos dois orifícios para os parafusos dará a perna o
comprimento desejado, que poderá variar de 37,5cm a 49,5cm. Possui dois ti-
pos de esporões intercambiáveis: um de 5cm, empregado nas árvores de casca
fina e um de 7,5cm, empregado nas árvores de casca grossa. Para a
substituição, basta retirar os dois parafusos e deslizar o esporão para baixo, no
sentido da alça do pé.
Uma variação deste estribo é o LC-241/U, empregado em climas árticos. A
largura da alça do pé e ligeiramente mais larga, para permitir o uso de botas
para neve. O comprimento das pernas pode ser ajustado de 39,3cm a 49cm.
c) Cuidados a tomar antes da utilização
Um acidente causado por deficiência do equipamento pode acarretar ferimento, fratura
curva da sola do sapato. Os estribos são curvados para que se adaptem as pernas do
construtor de linha e se tornem ajustados. As cintas são amarradas comodamente
em torno da barriga da perna e do tornozelo. A cinta do tornozelo e cruzada no
tornozelo.
2) Cinto e correia de Segurança
O tamanho do cinto será adequado quando as argolas em "D" estejam bem atrás das
partes salientes dos quadris do instalador. O cinto é usado sobre os quadris e
suficientemente apertado para que não escorregue. Se o instalador for destro
engancha ambas as pontas da correia de segurança na argola em "D" do lado
esquerdo; se for canhoto ele engancha as pontas na argola do lado direito. A ponta
dupla da correia de segurança é enganchada na argola em "D" com o mosquetão
para o lado das costas, e assim permanece durante todo o tempo. A ponta da correia
de segurança é presa na argola em "D" com o mosquetão para o lado da frente.
Antes da subida no poste, o construtor de linha deve ajustar a correia de segurança,
dando-lhe o comprimento apropriado. Para isso, coloca-se de pé na base do poste e
finca os esporões dos estribos, passa a correia de segurança em torno do poste e a
fixa. Inclina-se para trás, conservando o dorso mais ou menos paralelo ao poste, até
que todo o peso do corpo seja suportado pela correia de segurança. Quando esta
estiver convenientemente ajustada, as pontas dos dedos poderão tocar-se por trás do
poste.
e) Exame e cuidado com os Postes de Madeira
Com o tempo, os postes podem apresentar-se defeituosos ou quebrarem por defeito de
cargas não contrabalançadas, como as decorrentes da subida do construtor de linha. Se
o poste quebrar, as comunicações poderão ser interrompidas, o material danificado e o
pessoal ferido. Portanto todos os postes devem ser examinados antes da subida do
instalador e, se apresentarem defeitos, deverão ser reforçados com escoras provisórias.
É dispensável o exame dos postes que estejam fortemente estaiados. O poste pode ser
convenientemente examinado empurrando-o com uma escora de 5 metros sob um
angulo de 45º. Aplicando suficiente pressão para trás e para frente, em ângulos retos
com a linha.
Se o poste estalar, ele não oferece segurança e deve ser reforçado. Tal reforço pode ser
assegurado por meio de quatro escoras, pelo estaiamento a árvores ou a outros postes
firmes. A prova da escora não deve ser feita quando houver possibilidade do poste, ao
cair, danificar o material. Por outro lado, o poste não deve ser sacudido com violência
tal que acarrete balanços que causem defeitos nos cabos. O poste também pode ser
examinado furando-se a parte inferior, logo abaixo do solo, com uma chave de fenda
ou barra. Caso a madeira esteja podre indicará que o poste começou a deteriorar-se a
partir desse ponto. Se o poste estiver quebrado ou deteriorado, reforçá-lo cravando
estacas no solo.
f) Subida
Na descrição abaixo é abordada a subida por um elemento destro. Caso seja canhoto, o
operador executará as operacões com as mãos e pernas opostas.
1) Instrucões iniciais
Ao subir no poste, conservar os braços ligeiramente curvos e os quadris mais
afastados do poste que as demais partes do corpo. Enterrar os esporões na subida ou
na descida, forçando as pernas para dentro e para baixo, de modo a obter boa
penetração dos esporões, mover as pernas vivamente para cima e para fora. Colocar
as mãos por trás do poste; se uma das mãos ultrapassar a outra, isso indica que o
corpo esta demasiadamente unido ao poste e há perigo de os esporões se soltarem;
se ficarem colocados nos lados do poste, as palmas das mãos não poderão firmar-se
suficientemente, sendo necessário assim, exercer grande esforço com os braços.
O peso do corpo é sustentado e levantado inteiramente pelos esporões, os braços
simplesmente equilibram o instalador. Se os quadris estiverem muito perto do
poste, as pernas ficarão paralelas ao poste e, em consequência, os esporões não
darão firmeza ao instalador; se os quadris se conservarem muito afastados do poste,
os braços farão grande esforço, pois deverão suportar grande parte do peso do ins-
talador. Se os joelhos tocarem os postes, os esporões perderão o apoio e
desprender-se-ão.
2) Instruções para a subida
(a) Antes de subir, dar uma volta em torno do poste e constatar sua solidez;
observar a localização das fendas antigas e os pontos fortes e fracos da
madeira. Verificar a existência de cabos, travessas ou outros obstáculos que
possam interferir na subida. Se o poste estiver inclinado, ficar de frente para a
direção e subir por este lado.
(b) Segurar o poste e levantar o pé esquerdo 25cm acima do solo, conservando o
esporão a 25mm do poste. Com um empurrão para baixo, enterrar o esporão
conservação do equipamento.
10 - MATERIAL NECESSÁRIO PARA A MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO
São os seguintes os materiais necessários para a manutenção de 1º escalão:
a) Óleo comum
É usado na lubrificação e conservação das partes metálicas dos equipamentos.
b) Composto de limpeza
O composto de limpeza é preparado com 1/3 de glicerina, 1/3 de álcool e 1/3 de água.
É usado nas partes emborrachadas dos equipamentos.
c) Detergente neutro
É usado na limpeza do cabo de campanha CAB-207.
d) Flanela ou pano limpo
São usados na remoção de pó, sujeira, umidade, secagem e lubrificação dos
equipamentos de construçãode linha.
e) Escova ou pincel macio
São usados na limpeza dos equipamentos na remoção de poeira ou outros resíduos
existentes, onde se torna impraticável o uso de flanelas ou pano limpo.
11 - CABO DE CAMPANHA
Cabo de Campanha é um conjunto de condutores isolados entre si, próprios para
instalação de linhas de campanha.
12 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS CABOS DE CAMPANHA
Os cabos de campanha devem apresentar as seguintes caracteristicas gerais:
a) Condutores flexíveis (gerais multifiliares);
b) Resistência à tração relativamente alta;
c) Boa Condutibilidade;
d) Isolamento a prova d'água, boa resistência aos desgastes; e
e) De fácil manejo e lançamento rápido por turmas pequenas e equipamento reduzido.
13 - CLASSIFICAÇÃO DOS CABOS DE CAMPANHA
Os cabos de campanha classificam-se:
a) Quanto ao número de condutores
1) Cabo duplos telefônicos
São os que possuem dois condutores, formando apenas um circuito.
2) Cabos múltiplos
São os que possuem mais de um circuito.
O emprego dos vários tipos de desenroladeiras varia de acordo com o terreno, a situação
tática, os meios disponíveis e a disponibilidade de pessoal.
17 - DESENROLADEIRA 201 (DES-201)
a) Características físicas
1) Comprimento - 72,5 cm.
2) Peso - 2,5 Kg.
b) Descrição
A desenroladeira DES-201 consiste de um eixo de aço, tendo nas extremidades dois
punhos serrilhados. Um dos punhos é removível para permitir a entrada da bobina
(quando girado no sentido horário). O eixo é provido de montantes giratórios. A partir
do tipo DES-201/B o extremo do punho não removível possui seção reta quadrangular
destinada ao encaixe da manivela.
c) Capacidade
Uma BOB-201
d) Emprego
No lançamento manual de ramais locais ou outros circuitos pequenos, em que as
condições do terreno (macega densa, por exemplo) não permitam a utilização de
outros equipamentos.
18 - DESENROLADEIRA DES-202
a) Características físicas
Peso - 16 Kg (englobando todos os componentes)
b) Descrição
A desenroladeira DES-202 é uma armação portátil, consistindo de um eixo de aço
sobre montantes. Este conjunto a sustentado por quatro pernas. Braços transversais
ligam as pernas, duas a duas. Os dois conjuntos de pernas são ligados por contraventos
móveis. O eixo (que recebe e sustenta a bobina) é de secção quadrada em quase toda
sua extensão. Nas partes de apoio sobre o montante, apresenta secção cilíndrica.
Possui ranhuras longitudinais destinadas a reduzir seu peso. Os montantes alojam o
eixo e fixam por meio de um fecho articulado (sobremontante). Em duas de suas
pernas (uma de cada lado) existem calços oblongos (que tem mais comprimento que
largura), nos pontos de articulação, para permitir o emprego da desenroladeira como
padiola. Para a retirada do eixo, age-se na orelha do sobremontante, puxando-a para
baixo. Para fixar o eixo, leva-se o fecho para cima, até que o dente da orelha encaixe
no seu alojamento. Nas extremidades inferiores das pernas, existem sapatas para
apoiar suficientemente o conjunto no terreno. Nessas sapatas, existem orifícios para
fixação das correias de transporte quando a desenroladeira é usada como padiola.
c) Capacidade
Uma BOB-202 ou duas BOB 201. Deve ser observado que no lançamento simultâneo
de dois circuitos, as BOB-201 devem conter a mesma quantidade de cabo, se não o
circuito correspondente a bobina mais cheia terá folga excessiva.
d) Instalação
A DES-202 pode ser instalada das seguintes maneiras:
1) No solo
As pernas são abertas num ângulo de cerca de 60º (em "A") e, em seguida,
contraventadas. Abrem-se os montantes agindo nas orelhas dos sobremontantes,
para baixo, retira-se o eixo. Calçada a bobina no eixo, ele é recolocado nos mon-
tantes, que são fechados.
2) No interior de viatura
A DES-202 pode ser montada sobre o estrado da viatura ou parte sobre o estrado e
parte sobre a traseira. Para este tipo de instalação, torna-se necessário o emprego
dos calços das sapatas que fixam a desenroladeira ao estrado da viatura. Ela é usada
com a armação aberta em forma de "A", como na instalação no solo.
3) Na traseira da viatura
Neste tipo de instalação, são empregadas as barras com braçadeiras de fixação que
acompanham a desenroladeira em número de duas.
4) Como Padiola
Para este tipo de utilização, os contraventos são presos aos seus suportes e os dois
conjuntos de pernas são rebatidos, até que um fique no prolongamento do outro.
Esta posição é mantida por meio de dois calços longos.
Com os contraventos presos, as pernas são fechadas, encostando um conjunto sobre
o outro. O "carrinho" é conduzido pelas sapatas. A DES-202 só será utilizada como
carrinho quando da impossibilidade de uso de uma viatura ou quando se dispuser de
um só homem, mesmo assim, em terreno pavimentado ou regular, para não
danificar a bobina.
e) Emprego
A desenroladeira DES-202 é a mais empregada quando instalada em viatura, quando
o(s) circuito(s), margeia(m) uma estrada ou através campo. Em terrenos críticos para
viaturas (elevações, trilhas em matas ou macegas etc.) ela é empregada como padiola.
Como carrinho é utilizada, apenas, nas condições já citadas.
19 - DESENROLADEIRA DES-205
a) Características físicas
Peso .........................................................1,3 Kg (com correias de transporte)
b) Descrição
É um equipamento portátil, destinado ao lançamento ou recolhimento manual de cabos
duplos telefônicos leves.
1) Montantes (dois)
Alojam o eixo e suportam as duas alças em forma de "U".
2) Eixo RL-39
É um eixo de aço de 29,7cm de comprimento, destinado a suportar a bobina. Em
um de seus extremos, encontra-se uma manivela, constituída de um braço e um
punho. Na extremidade do eixo oposta à manivela, encontra-se um contra-pino, que
permite a retirada e a fixação do eixo nos montantes. Em caso de perda do contra-
pino, no lado interno do braço da manivela, existe um contra-pino sobressalente.
3) Alças em "U"
São solidárias aos montantes, existem duas alças em forma de "U". Uma delas
possui um punho. No lançamento, as duas são utilizadas para transporte da bobina.
No recolhimento, elas são utilizadas para fixação das correias de transporte ST-34 e
ST-35.
4) Correia ST-34
Possui dois mosquetões que são presos nos seus alojamentos. Durante o
recolhimento ela é passada pela cintura do homem evitando que a bobina fique
balançando.
5) Correia ST-35
É presa por meio de seus mosquetões, aos seus alojamentos existentes na alça em
forma de "U", com punho.
c) Capacidade
Uma BOB-203
d) Operação
1) Lançamento
ligacões necessárias.
22 - LINHA AÉREA
a) Definição
A linha aérea é aquela construída de tal maneira que o cabo fique suspenso do solo, a
uma altura conveniente. Se, por um lado, sua contrução a mais demorada do que a
linha rastejante, sua vúlnerabilidade ao trânsito de viaturas, pessoal e animais é quase
nula.
b) Emprego
1) Nas áreas de PC, onde é grande o tráfego de pessoal e existe movimento de
viaturas;
2) Nas áreas de estacionamento, onde o tráfego de viaturas e pessoal também é
intenso;
3) Nas áreas de retaguarda, já que a segurança das linhas (no tocante a escuta e a
sabotagem) nos setores dos altos escalões é fator essencial ao êxito das operações;
4) Em regiões de população hostil, já que a sua sabotagem torna-se mais difícil;
5) Quando houver tempo disponível, como melhoramento de um circuito rastejante já
lançado;
6) Na travessia de alguns pontos críticos;
7) Na travessia de cursos d'água (em alguns casos); e
8) Na travessia de regiões habitadas (vilas, povoados, cidades, etc).
d) Desvantagens
1) Requer instalação mais demorada que a linha rastejante; e
2) Vulnerabilidade aos tiros de artilharia e ao bombardeio dos suportes naturais
(árvores).
No lançamento de linhas aéreas devem ser aproveitados ao máximo os suportes já
existentes (naturais ou artificiais). Quando lançadas através campo, a altura mínima
(gabarito) do cabo ao solo, deverá ser da ordem de 4 metros. A folga de tais cabos
dependerá da resistência à tração do cabo das condições atmosféricas (vento, neve,
geada, etc.) e do comprimento do vão (distância entre dois suportes consecutivos).
Deverá ser considerado, ainda, que:
- A folga normal seja de 15cm para cada vão de 7,5 metros;
- Não devam existir vãos maiores do que 30 metros, em situação normal;
- Para a amarração do cabo a árvores ou postes (telefônicos ou forca) deverá ser
empregado o nó alceado, para vãos rnenores que 15 metros, e o nó alça de cesta para
vãos maiores do que 15 metros. Se o tempo disponível for pouco e os vãos maiores
que 15 metros, pode ser alternado o nó alceado com o nó alça de cesta, já que a
construção deste último é mais demorada;
- A amarração do cabo as VAR-201 ou de varas de bambú, será feita com nó de
roldana ou volta de fiel (extremidade livre). A melhor fixação, quando a VAR-201
estiver com isolador, é conseguida com o nó de roldana;
- Quando forem aproveitados postes de linha de força como suportes, o cabo de
campanha deve ser fixado, no mínimo, a 1,20 m abaixo das linhas de força. Se forem
linhas de voltagem elevada, esta distância deverá ser de 1,80 metros. Tal medida visa
evitar o aparecimento de ruídos nos cabos de campanha; evitar o acoplamento de
voltagens e propiciar uma margem de segurança contra possíveis contatos acidentais
entre as linhas de força e os cabos de campanha.
- Os postes de linhas de força nos quais são instalados transformadores não devem ser
utilizados;
- Quando postes de linhas telefônicas (fio desencapado) forem aproveitados, os cabos
de campanha devem ser amarrados a uma distância de 0,60 cm abaixo do fio, para
evitar possíveis contatos e interferência indutiva;
- As varas VAR-201 ou varas de bambú, quando empregadas, devem ser fixadas a
árvores, mourões de cerca, etc. Esta fixação deverá ser feita por dois nós de emenda.
Quando isto não for possível, as VAR-201 ou varas de bambú devem ser estaiadas.
Este estaiamento é conseguido utilizando-se um pedaço de cabo duplo inservível
medindo, aproximadamente, 6 metros. Este cabo auxiliar é amarrado ao topo da
VAR-201 por uma volta de fiel e a sua outra extremidade é amarrada a uma estaca de
ferro ou outro suporte qualquer. O ângulo formado por este cabo e o poste (ou solo)
deve ser de 45º.
- Nos trechos retos, cada VAR-201 deve ser estaiada nas duas direções
perpendiculares a linha. Isto faz com que as VAR-201 ou varas de bambú fiquem
contraventadas nas quatro direções (pelo estaiamento e pelo próprio cabo).
- Nas varas extremas de um circuito (primeira e última) devem ser utilizados dois
estaiamentos, formando um ângulo de 60º entre eles.
- Nas mudanças de direção, o estaiamento é colocado segundo a bissetriz do ângulo
formado pelo prolongamento dos dois trechos.
- Nos trechos retos, de 10 em 10 suportes, o estaiamento deve ser feito nas quatro
direções (duas paralelas ao circuito e duas perpendiculares). Isto evitará a queda total
da linha, provocada pela queda de uma vara apenas.
Para construção sobre VAR-201 ou varas de bambú, o processo é semelhante ao da
linha rastejante. Isto é, o objetjvo principal é ligar dois pontos. Dessa maneira, uma
fração da turma de construção lança o cabo, já deixando os suportes a intervalos de 20
metros (ou menos, caso as condições atmosféricas o exijam), outra fração trabalhando
mais lentamente, vai amarrando o cabo de campanha e os estais (quando forem
utilizados) ao topo das varas, que se encontram no chão. E, um último grupamento,
terá a missão de levantar, fincar e estaiar os suportes (ou fixá-los a suportes já
existentes).
23 - LINHA ENTERRADA
a) Emprego
As linhas enterradas são normalmente empregadas em trechos pequenos, já que sua
construção a demorada é fatigante. Além disso, é difícil o aproveitamento do cabo
enterrado em outros circuitos, já que a remoção implica, fatalmente, na danificação do
mesmo. Por outro lado, as linhas enterradas não são muito afetadas pela temperatura e
precipitações. Nas áreas avançadas não se emprega tal tipo de construção a não ser
quando são lançadas nas trincheiras ou sapas. Sua utilização é mais comum nas
entradas dos Postos de Comando, Observatórios, onde o acúmulo de linhas pode vir a
facilitar a identificação das atividades e do local. Nas situações defensivas, quando
houver tempo ou a defensiva for prolongada, o cabo é lançado nas trincheiras ou
sapas, constituíndo uma modalidade de linha enterrada.
b) Técnica de construção
O cabo pode ser lançado em trincheiras ou sapas e em valetas especiais. Nas posições
defensivas de grande duração, as linhas são lançadas nas trincheiras de combate ou de
circulação (para a ligação com a retaguarda ou com os escalões laterais) por meio de
piquetes ou pranchetas.
1) Os piquetes são estacas de madeira de 1,10m de comprimento, destinados a
suportar os isoladores. O diâmetro dessas estacas dependerá do tipo dos isoladores
disponíveis. Se o número de circuitos for grande, piquetes de maior comprimento
devem ser confeccionados. Os piquetes são cravados no fundo da trincheira e
encostados ao talude do lado inimigo. A distância do circuito extremo superior a
borda da trincheira não deve ser inferior a 75cm a fim de diminuir a possibilidade
de danificação do cabo, devido ao desmoronamento do talude ou ao estilhaço de
bombas e granadas. O circuito inferior deverá ficar afastado do fundo da trincheira
cerca de 25cm, a fim de evitar contato com o solo encharcado, em tempo chuvoso.
2) As pranchetas são pequenas tábuas destinadas a suportar os isoladores, suspensas
por arame grosso ou fixadas ao talude da trincheira, se o solo tiver consistência para
tanto. A utilização das pranchetas possibilita uma construção mais rápida do que
com os piquetes, porém não é aconselhavel seu emprego em.terreno macio, já que
poderia acarretar o desmoronamento do talude. As distâncias dos cabos ao fundo da
trincheira são as mesmas observadas na construção com piquetes. As dimensões
das pranchetas dependerão do número de isoladores ou roldanas a suportar.
3) As valetas especiais são valetas cavadas com o objetivo de alojar os cabos. Suas
dimensões variam com o tipo e número de cabos a receber. Sempre que possível,
devem ser empregadas taquaras (bambu) ou manilhas de barro para evitar o contato
direto do cabo com a terra.
24 - LINHA SUBMERSA
a) Emprego
A linha submersa é empregada na travessia de rios ou estreitos navegáveis com
largura igual ou superior a 60 metros. Posteriormente, será estudada a travessia de
cursos d'água com condições diferentes das especificadas.
A construção submersa, sempre que possível, deve ser evitada, por quanto acarreta
grande perda de tempo. Além disso, a durabilidade dos cabos, quando submersos,
decresce bastante. Ressalta-se, porém, que, em cursos d`água com as características
descritas, a linha só poderá deixar de ser submersa pela utilização de pontes ou pela
escolha de locais de travessia de menos de 60 metros.
b) Técnica de construção
O cabo de campanha duplo pode ser usado submerso. Seu rendimento satisfatório,
contudo, será conseguido em periódos de tempo relativamente curtos. Se a largura do
rio permitir, deverá ser usado cabo sem emendas. Caso contrário (largura maior do
que a capacidade de uma BOB-202), o cabo só deverá ter as emendas necessárias
para cobrir a extensão da travessia. A técnica de construção da linha submersa
dependerá da correnteza do curso d'agua. A velocidade de um metro por segundo é o
limite que ditará a técnica a ser adotada.
É empregado para emendar duas varas ou fixar uma VAR-201 ou vara de bambú a um
mourão ou outro suporte já existente. Para se confeccionar este nó, necessita-se de um
pedaço de corda ou cordel.
28 - EMENDAS DOS CABOS DE CAMPANHA
Define-se emenda de um cabo de campanha como a junção de duas seções deste cabo, de
maneira que as modificações em suas características físicas e elétricas não acarretem uma
diminuição prejudicial de seu rendimento. A confecção de emendas torna-se necessária
quando:
a) O comprimento do circuito for maior do que a capacidade de uma bobina (neste caso,
faz-se mister a junção das quantidades de cabo de várias bobinas). São chamadas de
emendas quilométricas.
b) Houver ruptura do cabo (o que, em campanha, acontece com certa freguência).
c) Instalar uma derivação em um circuito já lançado, sem interrompê-lo (linha coletiva).
29 - CARACTERÍSTICAS DE UMA EMENDA
As emendas são pontos vulneráveis de um circuito. Elas alteram a resistência à tração do
cabo, sua resistência elétrica e, quando mal feitas, causam perdas de energia (isolamento
deficiente), tornando difícil a ligação, pelo aparecimento de ruídos. A emenda ideal não
causaria alterações nas características dos cabos. Na prática, contudo, isto não é possível.
Assim, a confecção de uma emenda deve ser feita de tal maneira que a resistência à
tração, a condutibilidade elétrica, a resistência de isolamento, a proteção contra a
umidade é contra o desgaste, a flexibilidade e a espessura do cabo mantenham-se o mais
próximo possível das características de um cabo original.
30 - CONSTITUIÇÃO DE UMA EMENDA
A emenda, para satisfazer os requisitos citados, consiste de um nó direito, da
consolidação da emenda e do isolamento.
a) Nó direito
É utilizado para junção dos extremos do condutor.
b) Consolidação da emenda
Os cabos de campanha duplos têm em sua alma, um certo número de fios de aço, de
manejo difícil, devido a sua dureza. Devido a essa rigidez, esses fios impedem que a
emenda se conserve bem apertada. Além disso, suas pontas tendem a furar a fita
isolante, prejudicando o isolamento da emenda. Para evitar isso, os fios de cobre são
separados de cada ponta resultante do nó e enrolados em torno dos condutores para a
direita e para a esquerda, respectivamente, após o nó direito ter sido dado, o que faz
com que os fios sejam mantidos em suas posições.
b) Isolamento
A finalidade principal do isolamento da emenda é tornar o cabo elétricamente
eficiente, tanto em tempo úmido como em tempo seco. O melhor isolamento de uma
emenda é conseguido quando são utilizadas duas camadas de fita de borracha e duas
de fita isolante. A fita de borracha torna a emenda, tanto quanto possível, estanque,
enquanto a fita isolante protege a borracha contra o desgaste e a ação de outros agentes
atmosféricos.
31 - TRAVESSIA DE PONTOS CRÍTICOS
Conceitua-se como ponto crítico qualquer ponto ou trecho de um itinerário que ofereça
riscos à integridade do circuito. Sempre que possível, tais pontos ou trechos devem ser
contornados. No entanto, na maioria dos casos, o desbordamento de um ponto crítico
acarreta perda de tempo e maior consumo de cabo e, em consequência, piora a eficiência
das comunicações. Portanto, faz-se necessário a adoção de medidas, que diminuam ou
anulem, nestes pontos, as probabilidades de danificação do cabo.
32 - TIPO DE PONTOS CRÍTICOS
Há dois tipos de pontos críticos, a saber: os permanentes e os temporários.
a) Permanentes
São aqueles que, independentemente da situação tática, se constituem, sempre, em
fonte provável de defeitos nos circuitos. Como exemplos de pontos críticos
permanentes, temos:
1) Estradas de rodagem (de qualquer tipo);
2) Estradas de ferro;
3) Rios e estreitos;
4) Pantanos e terrenos alagadiços;
5) Regiões habitadas (povoados, vilas, cidades, etc.);
6) Pastagens; e
7) Trilhas e picadas.
b) Temporários
São aqueles que, em função da situação tática, são ou podem vir a ser causadores de
defeitos nos circuitos. Geralmente, são acidentes ou regiões do terreno muito visadas
pela artilharia ou aviação inimigas. Com a evolução da situação (obtenção de
superioridade aérea, por exemplo), tais pontos perderão esta característica negativa.
No entanto, enquanto os riscos persistirem, e sempre que possível, seu desbordamento
é a medida mais eficiente. Como exemplos de pontos críticos temporários, temos:
1) Pontes e viadutos;
2) Passadeiras;
3) Túneis;
4) Entroncamento e bifurcações de estradas;
5) Estações e centros ferroviários;
6) Aeroportos; e
7) Regiões de operações de guerrilheiros.
34 - TRAVESSIA DE ESTRADAS DE RODAGEM
a) Travessia aérea
É a construção ideal para a transposição de uma estrada de rodagem. A altura em que
o cabo deverá ficar suspenso do leito dependerá do tipo de estrada a ser transposta.
Assim, em se tratando de uma estrada principal, a altura mínima deverá ser de 5,50m.
Nas estradas secundárias o gabarito mínimo deverá ser 4,20m. Sempre que possível,
devem ser aproveitados os suportes já existentes nas margens das estradas, já que isso
implicará em econômia de tempo.
Quando nas margens de uma estrada não houver suportes aproveitáveis, ter-se-á que
empregar as VAR-201 ou varas de bambu, desde que a vara possua 4,26m de
comprimento, só se poderá utilizar uma vara em cada margem quando a estrada for do
tipo secundário e as margens estiverem a cima do leito da estrada. Quando isso não
ocorrer, tornar-se-á necessário justapor duas varas, emendando-se com três nós de
emenda. A parte comum das duas varas deverá ter, no minimo, 1,50m de
comprimento. Para o estaiamento, é adotada a técnica utilizada no estaiamento inicial
e final de um circuito, isto é, emprage-se dois estais, formando um ângulo de 600 entre
si. Um pedaço de cerca de 15m de cabo duplo telefônico é empregado no estaiamento,
em cada margem. Este pedaço é enlaçado, no meio, por uma volta do fiel e introduzido
no topo da vara.
Quando vários circuitos utilizam uma mesma travessia aérea, torna-se necessário
utilizar três varas VAR-201, que podem suportar até 10 circuitos de cabo duplo
telefônico leve.
b) Travessia enterrada
Quando não se dispuser de meios para uma travessia aérea e o piso da estrada for de
solo natural a construção enterrada poderá ser utilizada. Para tanto, é cavada no leito,
uma valeta perpendicular ao eixo da estrada cuja profundidade mínima deverá ser de
15cm, nas estradas de leito resistente e, de 30cm nas estradas de leito mole. O cabo é
então, acomodado na valeta e nas duas margens, devendo ser deixada em cada
margem uma folga tal, que o trecho enterrado possa ser, quando possivel, totalmente
substituido entre a folga e o ínicio da construção enterrada, fixa-se cabo por meio de
estacas evitando, assim, que um esforço de tração possa vir a desenterrá-lo.
c) Travessia rastejante
Só pode ser utilizada em último caso. Dave ser encarada como uma medida
temporária, adotando-se outro tipo de construção, tão logo seja possível. É utilizada
nas estradas de piso de concreto ou asfalto, quando a travessia aérea não for, ime-
diatamente, exequível. A cada condutor do cabo original e emendado um pedaço de
cabo duplo telefônico torcido, de comprimento maior do que a largura da estrada. Os
dois cabos auxiliares devem ficar separados, no leito, de um comprimento, li-
geiramente, maior que a distância entre os eixos do maior tipo de viatura que utiliza a
via. Esta medida visa:
1) Dar maior resistência, já que o peso que um condutor suporta, passa a ser suportado
por dois condutores torcidos.
2) Evitar que, no mesmo instante, haja sobre um condutor do cabo original o peso
total da viatura. O acréscimo da resistência do circuito, devido as quatro emendas, é
praticamente anulado pela utilização de um cabo duplo substituindo cada condutor.
Os cabos auxiliares não devem ser lançados com folga excessiva já que isto
acarretaria a formação de anéis que poderiam vir a se enrolar nas rodas das viaturas.
Se desejar diminuir as possibilidades de ruptura do cabo, a cada condutor do cabo
original são emendados dois pedaços de fio duplo torcido, que são lançados
afastados um do outro. Os dois conjuntos de cabos auxiliares se separam de uma
distância igual à anteriormente citada.
d) Travessia de estrada (aproveitamento de bueiro)
A travessia de estrada (rodagem ou de ferro) com o emprego de bueiro é o meio mais
rápido de transposição. Mesmo que seja preciso aumentar um pouco o percurso, para
que se atinja o bueiro, é conveniente utilizá-lo, já que implicará em segurança e
rapidez. No trecho entre as duas estacas, o cabo deve ficar bastante esticado, para que
não venha a atingir o leito do bueiro. Nos pontos de contato do cabo com as arestas do
bueiro, devem ser aplicadas duas ou mais camadas de fita isolante, a fim de evitar o
desgaste do isolamento e, finalmente, como em todas as travessias, as folgas são
deixadas antes das estacas. Um lança-forquilha facilita a passagem do cabo por dentro
do bueiro.
35 - TRAVESSIA DE ESTRADAS DE FERRO
Para a travessia de uma estrada de ferro devem ser obedecidas as seguintes normas:
a) Nunca é utilizada a construção aérea, já que isso acarretará riscos para os ferroviários,
bem como devem ser evitados os pátios de estações, áreas de manobra, etc.
b) Sempre que possível, a travessia deverá ser feita através de bueiros, pontilhões, etc.
c) O cabo é colocado por baixo dos trilhos, entre dois dormentes consecutivos e enterrado
no lastro. O cabo deverá ser fixado por meio de duas estacas, bem retesado.
36 - POSTO DE VERIFICAÇÃO
Construído o Sistema de Comunicações Fio, torna-se necessário uma fiscalização
permanente sobre as condições de funcionamento dos circuitos, de maneira que as
prováveis interrupções sejam eliminadas, o mais rápido possível. Para a verificação do
estado das linhas e localização (aproximada ou real) do defeito, são instalados os Postos
de Verificação (PVer).
O PVero consiste, basicamente, de uma ou mais réguas terminais, ligadas em certos
pontos dos circuitos. Essas réguas terminais são colocadas em uma árvore ou outro
suporte qualquer e, nelas, são conectados os circuitos que passam pelos locais onde as
réguas foram instaladas. Para sua operação, são necessários um ou mais elementos e um
telefone de campanha com terminais dotados de garra tipo "jacaré”. Quando possível os
aparelhos de teste de linha devem ser distribuídos pelos PVer.
a) Simbologia e designação
Na documentação concernente ao Sistema de Comunicações Fio, o Posto de
Verificação a representado por um símbolo.
b) Local de instalação
O local de instalação do PVer deve ser:
1) coberto e abrigado;
2) de fácil acesso; e
3) preservado do trânsito de tropas ou viaturas.
c) Instalação
Os circuitos podem ser ligados na régua, durante a instalação do sistema, ou após as
linhas estarem lançadas. Em qualquer caso, antes de ser feita a ligação nos bornes da
régua, os circuitos são etiquetados e amarrados a um suporte qualquer, a fim de evitar
possíveis trações sobre as ligações nos bornes. As ligações são feitas a partir do
primeiro conjunto de bornes (nº. 1), continuando até o último conjunto. Normalmente,
o circuito de numeração mais baixa é ligado no conjunto nº. 1, o seguinte no nº. 2 e
assim por diante. Se a instalação do PVer for feita durante a construção, as ligações
podem ser feitas de duas maneiras:
1) Retira-se cerca de 2,5cm de isolamento da extremidade do cabo, desatarraxa-se a porca
do borne e a ponta desencapada e, então, introduzida na ranhura, passando pelo borne.
2) O outro processo consiste em retirar 2,5cm do isolamento, deixando cerca de 2,5cm
de isolamento na ponta; em seguida, dobrar a parte desencapada e introduzí-la na
ranhura do borne. Em seguida as porcas são apertadas com os dedos, de maneira
que os condutores fiquem, firmemente, encaixados nas ranhuras.
Se a instalação for feita após o sistema estar pronto, os circuitos não podem ser
interrompidos. Para tanto, é dado uma folga ao cabo e amarrado antes e depois da
régua. Cada condutor é, então, desencapado em dois trechos de 2,5cm. A distância
entre estes dois trechos deve ser da ordem de 3cm. As partes desencapadas de cada
condutor são, então, dobradas e introduzidas nos bornes opostos, formando uma alça.
Em qualquer dos dois tipos de instalação deve ser empregada a alça de escoamento.
Esta alça mantém secas as conexões nos bornes da régua, fazendo com que a água, em
caso de tempo chuvoso, escorra para o chão (esta técnica é empregada na ligação do
cabo a qualquer equipamento).
d) Funcionamento do PVer
O PVer auxilia a rápida localização de um defeito na linha. Para rendimento eficiente,
a necessário que pelo menos um elemento permaneça constantemente no PVer, a fim
de realizar os testes e depanagens, se necessário. E comum que os PVer sejam
instalados, mas sem a presença de qualquer elemento. Na indisponibilidade de pessoal,
tal fato e admissível. No entanto, sempre que possível, elemento de contrução de linha
ou mesmo telefonista, devem ser distribuídos pelos PVer, não só a fim de assegurar
uma manutenção eficiente, como também evitar a criação de uma idéia errônea do
papel do Posto de Verificação.