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Processo de dialógico com a comunidade local.

1) Codificação indireta.
Delimitada a área em que se vai trabalhar, conhecida através de
fontes secundarias.

Jardim Oratório
Dados estatísticos.
Dados demográficos.
Dados históricos.
Dados movimentos e organizações.

2) Grupos de investigadores
Em conversa informal com pessoas, explica-se o objetivo de sua
presença na área, e que convida-os para participar, não podendo
essa relação estabelecer sem uma sim-patia e confianças mutuas.

3) Codificação inicial-observação e conversação.

Do qual farão um processo de coleta de dados de informação da região


com o próprios representantes do povo daquele contexto.

Os investigadores especialistas deverão adotar uma postura de Observadores


simpáticos e com atitudes compreensivas. Os investigadores partem de um marco
valorativo e esses não devem impor a sua observação de análise.

Sobre esse marco deve os observadores ter uma atitude crítica aberta e comum,
simpática e compreensiva com os homens do povo, frente a realidade que e uma
maneira correta de se aproximar do concreto. Nesse sentido a investigação temática
se vai expressando como um quefazer educativo, como ação cultural. Os educadores
investigadores, e, suas visitas vão fazendo essa mirada crítica na área em estudo,
como se ela fosse, para eles, uma espécie de enorme codificação ao vivo,
visualizando área em totalidade, tentarão, visitá-la, após visita, realizar a cisão desta,
na análise das dimensões parciais que os vão impactando.
Nessa etapa de descodificação, os investigadores, ora incidem sua visão crítica
observadora, diretamente, sobre certos momentos da existência da área, ora o fazem
através dos dialogo informais com seus habitantes.

4) Registro da codificação cadernos de Notas e relatórios.


Codificação viva, seja pela OBSERVAÇÃO dos fatos, seja pela
CONVERSAÇÃO informal com os habitantes da área, irão registrando em
seu caderno de notas, coisas aparentemente poucos importantes, a
maneira de conversar dos homens, a sua forma de ser, seu comportamento
no culto, no trabalho, expressões do povo, sua linguagem, suas palavras,
sua sintaxe, sua forma de CONSTRUÇÃO DO PENSAR.
Necessário que visitem a área em momentos distintos, hora de trabalho,
reuniões de associações, observando os procedimentos de seus
participantes, a linguagem usada, em horários de lazer, visitas em suas
casas e registrem diversos fatores, das relações familiares, entre pares,
entre diferentes.
Nesse processo de visita é necessário que os investigadores produzam um
Relatório que será posteriormente debatido.

5) Reuniões e seminários decodificação crítica.

Os relatórios produzidos nas observações e conversação, serão


discutido em equipes, em seminários, no qual vão se avaliando os
achados, quer dos profissionais investigadores quer dos auxiliares
representantes do povo. Se possível esse seminários devem ser
realizados preferencialmente na área em que o povo se encontra
para facilitar sua participação.
Essas reuniões de avaliação constituem, em verdade um SEGUNDO
MOMENTO DA DECODIFICAÇÃO ao vivo, em que os investigadores
estão realizando debatendo a realidade que se apresenta com
aquela codificação.
Na exposição da realidade percebida pelos observadores
demonstram suas impressões significativas em um ensaio
decodificador, cada posição particular, desafiando a todos
decodificadores da mesma realidade, vai re-presentificando-lhes a
realidade recém presentificada a sua consciência intencionada a ela,
nesse momento re-admiram sua admiração anterior no relato da
admiração dos demais.
Cisão que cada observador fez da realidade de sua decodificação,
remete dialogicamente,
ao todo cindido que se re-totaliza e se oferece aos investigadores a
uma nova análise, a qual
se seguirá novo seminário avaliativo e crítico com investigadores
populares e profissionais.

6) Construção da temática significativa, contradições do


programa educativo

Quanto mais cindem o todo e o re totalizam na re admiração que


fazem de sua admiração, mais vão aprimorando-se dos núcleos
centrais das contradições principais e secundárias da realidade.
● Nessa etapa se os núcleos centrais das contradições emergiram,
os investigadores pode achar que estariam prontos para organizar o
conteúdo programático de ação educativa. Se esse conteúdo
representar as contradições esse reflete a temática significativa da
área.
● O básico a partir da percepção deste núcleo de contradição entre
as quais estará incluída a principal problemática da sociedade como
uma unidade época maior, é estudar em que nível de percepção
delas se encontram os indivíduos da área.
● Estas contradições significam em fundo as situações limites,
envolvendo temas e apontando tarefas.

7) Analise das situações limites


Indivíduos se sentem aderidos a estas “situações – limites”, e
impedido de separar-se delas, o seu tema a elas referido será o
fatalismo e a “tarefa” a ele associado é a quase não tarefa.
● Embora, as situações limites sejam objetivas e estejam provocando
necessidades no indivíduos, impõem a investigar, com eles, a
consciência que delas tenham.
● Um mesmo tema-situação limite (como realidade concreta), pode
gerar nos indivíduos de áreas ou suares diferentes temas e tarefas
diferentes, até opostas, o que requer uma diversificação
programática para o seu desvelamento

8) Inédito viável
O inédito viável não se pode ser apreendido no nível da consciência
real, se concretiza na ação editanda, cuja a viabilidade antes não era
percebida. Há uma relação entre o “inédito viável e a consciência
real, e entre ação editanda e a consciência máxima possível.
● Inédito viável: como Nicolai chama de soluções praticáveis
despercebidas.
● Não cabe assim, no início da investigação o próprio investigador
delimitar o conteúdo para os sujeitos, pois até então essa visão é a
do pesquisador e não dos sujeitos frente a sua realidade.

9) Re-codificação
● No estado de imersão dos indivíduos, aquele em que, analisando
sua própria realidade, perceberam sua percepção anterior, do que
resulta uma nova percepção da realidade distorcidamente percebida.
● Necessário que na codificação seu conteúdo não seja de um lado
demasiado explícito, de outro, demasiado enigmático. No primeiro
corre o risco de virar propaganda, no sentido que individuo só tem a
opção de decifrar o que está implícitas nela por meio de direção, no
segundo corre o risco de fazer-se um jogo de adivinhação ou
quebra-cabeças.
● As codificações devem ofertar uma núcleo simples na sua
complexidade e oferecer possibilidades plurais de analises na sua
Decodificação, o que evita o dirigismo massificador da codificação
propagandista.

10) Constituição da codificação


● No estado de imersão dos indivíduos, aquele em que, analisando
sua própria realidade, perceberam sua percepção anterior, do que
resulta uma nova percepção da realidade distorcidamente percebida.
● Necessário que na codificação seu conteúdos não seja de um lado
demasiado explícito, de outro, demasiado enigmático. No primeiro
corre o risco de virar propaganda, no sentido que individuo só tem a
opção de decifrar o que está implícitas nela por meio de direção, no
segundo corre o risco de fazer-se um jogo de adivinhação ou quebra-
cabeças.
● As codificações devem ofertar uma núcleo simples na sua
complexidade e oferecer possibilidades plurais de analises na sua
decodificação, o que evita o dirigismo massificador da codificação
propagandista.

11) Re-codificação: percepção da percepção anterior.

No processo da descodificação os indivíduos, exteriozando sua


temática, explicitam sua “consciência real” da objetividade.
● Na medida em que faze-lo vão percebendo como atuavam ao
viverem a situação analisada, chegam ao que chamamos antes de
percepção da percepção anterior.
● Ao terem a percepção da percepção anterior, percebem
diferentemente a realidade, e ampliando o seu horizonte do perceber,
mais facilmente vão surpreendendo, na sua visão de fundo, as
relações dialéticas entre uma dimensão e outra da realidade.
● Decodificação é uma ação cognoscente, como abarca a reflexão
de uma situação concreta abarca no ato anterior que havia
apreendido agora representada na codificação.
No processo de decodificação adquire a percepção da percepção
anterior, promove a formação de novos conhecimentos.
● A nova percepção, começa na etapa de investigação, prolonga-se
na implementação do programa educativo, transformando o inédito
viável na ação editanda com a superação da consciência real pela
consciência máxima possível

12) Da imersão a emersão


Os indivíduos emersos na realidade, com pura sensibilidade de suas
necessidades emergem dela, assim, ganham razão das
necessidades.
● Assim poderão atingir o nível de consciência possível superando a
consciência do real.

13) Terceira etapa de investigação: Círculo de cultura.


Inicia-se os diálogos descodificadores, nos círculos de investigação
temática (círculo de cultura).
● Nessa fase a decodificação do material elaborado na etapa
anterior, vão sendo gravadas as discussões que serão, no que se
segue, analisadas pela equipe interdisciplinar.
● Nas análises desse material devem participar os representantes do
povo.
● Os investigadores do povo e investigadores especialista no
tratamento das informações serão feitas ratificações e retificações
das interpretações dos dados.
● Do ponto de vista metodológico a participação dos investigadores
populares, a sua presença crítica desde seu começo ao final da
análise, se prolonga na organização do conteúdo programático da
ação educativa. Como na ação cultural libertadora.
● Além do coordenador auxiliar da decodificação participara os
outros especialista cuja a tarefa é registrar as reações significativas
ou aparentemente insignificantes dos sujeitos.
● Cabe ao coordenador desafiar problematizando os sujeitos a
investigar a situação existencial codificada e de outros as próprias
respostas no decorrer do diálogo. .
● Os participantes vão extrojetando pela força catártica da
metodologia, uma série de sentimentos, de opiniões, de si, do mundo
e dos outros que possivelmente não extrojetariam em circunstâncias
diferentes

14) ULTIMA ETAPA: redução do tema e totalização


A sua última etapa se inicia quando os investigadores, dando por
terminadas as decodificações nos círculos de cultura dão começo ao
estudo sistemático e interdisciplinar de seus achados.
● Primeiro momento ouvimos a gravação feitas das descodificações
e estudando as notas fixadas pelos profissionais interdisciplinares
vão entendendo os temas explícitos ou implícitos no círculo de
cultura na discussão de cada investigação.
● Esses temas devem ser organizados num quadro geral de
ciências, sem que isto signifique, contudo, que sejam vistos, na
futura elaboração do programa, como fazendo parte de
departamentos estanques.
● Significa que tem uma visão mais central especifica do tema, num
domínio de especialização do saber. O tema de desenvolvimento,
por exemplo vai além do tema especifico da economia se encaixa em
diversa outras áreas.
● Importante não perder a perspectiva de totalidade, e perder a
riqueza da diversidade de intepretação se estreitando nas
especializações.
● Feita a delimitação temática caberá a cada especialista dentro do
seu campo, apresentar a equipe interdisciplinar o projeto de redução
do tema.
No processo de redução os especialistas buscam núcleos
fundamentais, que constituem unidades de aprendizagem e
estatelem uma sequência entre si, dão uma visão geral do
tema reduzido.
● Na discussão de cada projeto especifico se anota as sugestões
dos outros especialistas, ora essas serão aceitas no ensaios ora uma
outra coisa.
● Estes pequenos ensaios a que se juntam sugestões bibliográficas
são subsídios valiosos para formação dos educadores-educandos
que trabalharão nos círculos de cultura.
● Nesse esforço a equipe reconhecerá a necessidade de colocar
temas que não foram apresentados nos círculos de cultura.
● Esses temas sugeridos chamados de dobradiças também são o
caráter dialógico da educação onde os educadores profissionais tem
o direito e dever de contribuir na formação do programa de estudo
além dos temas geradores apresentados pelos representantes do
povo.
● Essas contribuições são essenciais para preencher lacunas, e
encaminhar para uma visão e analise do todo.
15) Comunicação: linguagens e canais de comunicação .
Necessário a partir da redução do tema escolher o canal
comunicativo a ser trabalhado, visual, gráfico e etc., isso depende do
tema e dos educandos que estão ou não socializado com uma forma
de linguagem ou outra.
● Elaborando o programa com a temática já reduzida e codificada,
confecciona o material didático, fotografias, slides, film-stups,
cartazes, textos, leituras e etc.
● Entre esses diferentes aspectos didáticos, pode se referir a
entrevistas a especialistas de temas que poder ser filmados,
gravados e a posterior serem discutidos nos círculos de cultura, que
também serão feitos registros das reflexões do povo e encaminhado
ao especialistas sempre nessa relação dialógica de educação.
● Entre outros recursos didáticos pode ser utilizar de mídias sociais e
meios de comunicação de massa que falam do tema refletindo sobre
as interpretações, contradições dessas informação e visões de
mundo de forma criticamente analisada pelo povo no círculo de
cultura.

16) Temas geradores introdutórios.


● Importante em uma relação dialógica libertadora que os homens se
sintam sujeitos de seu pensar, discutindo o seu pensar sua própria
visão de mundo.
● Cabe ao educador dialogicamente construir o programa educativo
e não doar ao povo como objetos passivos para recebê-los.

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