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Narcisio Félix Calecautoua

Matias Alberto Pires


Edson Domingo Macajo

Licenciatura em Educação Visual com Habilitações em ensino de Desenho de Construção

Critica de Arte

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2023
Narcisio Félix Calecautoua
Matias Alberto Pires
Edson Domingo Macajo

Licenciatura em Educação Visual com Habilitações em ensino de Desenho de


Construção

Critica de Arte

Trabalho de pesquisa Bibliográfica na cadeira de


Estudos contemporâneos da arte Moçambicana a ser
entregue ao curso de educação visual no departamento
de desenho de construção, como requisito parcial de
avaliação sob orientação do dr: Fortunato Carlos
Saize

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2023
Índice
1 Introdução............................................................................................................................4
2 objectivos.............................................................................................................................4
3 Metodologia.........................................................................................................................5
4 História e crítica....................................................................................................................6
5 Crítica de arte.......................................................................................................................6
5.1 Como surgiu a crítica de arte........................................................................................7
5.2 Os objectivos da crítica de arte....................................................................................7
5.3 A Evolução Histórica da Crítica de Arte........................................................................8
5.4 Primeiras críticas na história.........................................................................................9
6 Críticas durante o Renascimento........................................................................................10
6.1 Características............................................................................................................11
6.2 Principais Representantes..........................................................................................11
6.3 As esculturas de Michelangelo, como David e Pietá...................................................15
7 Contemporaneidade..........................................................................................................15
8 Conclusão...........................................................................................................................18
9 Referências Bibliográficas...................................................................................................19
1 Introdução

O presente trabalho tem como tema Critica de Arte.

No mesmo trabalho irá se falar sobre A Evolução Histórica da Crítica de Arte: do


Renascimento à Contemporaneidade.

Os movimentos, os desenvolvimentos da arte, têm sempre influenciado profundamente


a construção da perspectiva histórica em que se enquadram e explicam os
acontecimentos artísticos do passado

Pode se afirmar também que:

As principais características do Renascimento foram: o individualismo, racionalismo e o


humanismo.  A razão e a natureza passaram a ser valorizadas. O homem renascentista
principalmente os cientistas passaram a observar o universo e a natureza.

2 objectivos

Geral

 Conhecer a Critica de Arte

Específicos

 Descrever A Evolução Histórica da Crítica de Arte: do Renascimento à


Contemporaneidade

 Identificar as características da critica de Arte


3 Metodologia
Para a realização e concretização deste trabalho usou-se o método bibliográfico e
pesquisa a internet
Critica de Arte

4 História e crítica
Se aquilo que determina e justifica a nossa interpretação da arte do passado é a situação
da nossa cultura e especialmente, como é fácil de entender, da cultura artística, não é
possível compreender a arte do passado se não se compreende a arte da própria época.
Os movimentos, os desenvolvimentos da arte, têm sempre influenciado profundamente
a construção da perspectiva histórica em que se enquadram e explicam os
acontecimentos artísticos do passado. Não é apenas uma coincidência fortuita o facto de
se terem desenvolvido ao mesmo tempo a pesquisa dos puros valores na visão da arte (o
Impressionismo) e a teoria da pura- "visualidade" no pensamento estético. O
Expressionismo alemão dos primeiros anos do nosso século lançou uma luz reveladora
sobre a arte, feita de extrema tensão dramática dos séculos XV-XVI alemães; o quase
esquecido Grüne wald, expoente máximo daquela tensão interior, é posto ao nível ou
mesmo acima do celebradíssimo contemporâneo Dürer, que por sua vez tinha procurado
dar à arte alemã uma orientação idealizante e classicista. Ainda no princípio do nosso
século, deve-se aos artistas jauves, aos expressionistas, a Picasso, a descoberta do alto
valor estético da arte negra, anteriormente considerada simples documento etnográfico.
A pintura cubista, com a sua busca sistemática da estruturalidade da forma, abriu
praticamente o novo caminho da investigação crítica e histórica, levando-a a estudar
sobretudo os significados internos e os desenvolvimentos das formas. E evidente que o
historiador, expoente responsável pela cultura do seu tempo, deve sempre fazer uma
história moderna, que o objecto da sua investigação e do seu juízo seja antigo quer
moderno.

5 Crítica de arte
A crítica de arte é uma análise de uma obra dirigida a domínio público. Seu papel é
formular uma linha de pensamento materializada em texto sobre o trabalho avaliado,
apontando seus pontos positivos e negativos, casos os tenham, segundo a interpretação
do crítico. Cabe a crítica de arte descrever, avaliar e interpretar uma obra artística.
5.1 Como surgiu a crítica de arte

A crítica de arte nesse sentido específico surge no século XVIII, num ambiente
caracterizado pelos salões literários e artísticos, acompanhando as exposições
periódicas, o surgimento de um público e o desenvolvimento da imprensa.

5.2 Os objectivos da crítica de arte

Os críticos de arte geralmente criticam arte no contexto da estética ou da teoria da


beleza. Um dos objectivos da crítica de arte é construir uma base racional para a
apreciação da arte, mas é questionável se tal crítica pode transcender circunstâncias
sociopolíticas dominantes.
5.3 A Evolução Histórica da Crítica de Arte

A crítica  de arte diz respeito a análises e juízos de valor emitidos sobre as obras de
arte que, no limite, reconhecem e definem os produtos artísticos como tais.
Envolve interpretação, julgamento, avaliação e gosto. A crítica de arte nesse sentido
específico surge no século XVIII, num ambiente caracterizado pelos salões
literários e artísticos, acompanhando as exposições periódicas, o surgimento de um
público e o desenvolvimento da imprensa.
Visão do especialista

Os escritos de Denis Diderot (1713-1784) exemplificam o feitio da crítica de arte


especializada, que se ancora em formulações teórico-filosóficas, mas traz a marca
do comentário feito no calor da hora sobre a produção que se apresenta aos olhos do
espectador. Nesse momento, observam-se as primeiras tentativas de distinguir mais
nitidamente crítica de arte e história da arte, que aparecem como domínios distintos:
o historiador voltado para a arte do passado e o crítico comprometido com a análise
da produção do seu tempo.
A despeito desse esforço em marcar diferenças, as dificuldades em estabelecer
limites claros entre os dois campos se mantêm até hoje. Embora distintos, os
campos da história e da crítica de arte encontram-se imbricados; afinal o juízo
crítico é sempre histórico, na medida em que dialoga com o tempo, e a
reconstituição histórica, inseparável dos pontos de vista que impõem escolhas e
princípios. As meditações sobre o belo, no domínio da estética, alimentam as
formulações da crítica e da história da arte.
Numa acepção mais geral, escritos que se ocupam da arte e dos artistas são
incluídos na categoria crítica de arte, como é possível observar nos dicionários e
enciclopédias dedicados às artes visuais. A história da arte compreende a história da
crítica, dos estudos e tratados que emitem diretrizes teóricas, históricas e críticas
sobre os produtos artísticos. Os primeiros escritos sobre arte remetem à
Antigüidade grega.

5.4 Primeiras críticas na história

Biografias de artistas (como as escritas por Duride di Samo, século IV a.C.),


tratados técnicos sobre escultura e pintura, de Senocrate di Sicione e Antigono di
Caristo, século III a.C., aos quais se junta, na época romana, o tratado de
arquitetura de Vitrúvio, De Architectura, e “guias” artísticos (como o escrito por
Pausaniam, século II a.C.) estão entre os primeiros textos dedicados à arte. Nesse
contexto, o pensamento estético de Platão e Aristóteles levanta problemas
fundamentais sobre o fazer artístico: a questão da fantasia (ou imaginação criadora),
do prazer estético, do belo e da imitação da natureza (mimesis).
Filippo Villani escreve um livro em homenagem a sua Florença natal, 1381-1382,
em que destaca a vida de artistas da Antiguidade. Cenino Cennini (ca.1370-
ca.1440), com descrições detalhadas da pintura a têmpera e do  afresco , abre
possibilidades para análises do material artístico. A época renascentista traz
interpretações científicas da natureza, apoiadas na matemática e na geometria.
Criação de Adão detalhe do teto da Capela Sistina

6 Críticas durante o Renascimento


Leon Battista Alberti (1404-1472) e Leonardo da Vinci (1452-1519) são os
principais teóricos do período, notáveis pelas tentativas de conferir fundamento
teórico e base científica às obras. Também se esboçam histórias da arte construídas
pelo filão da vida de artista, como Comentários, de Lorenzo Ghiberti (ca.1381-
1455),  e As Vidas dos mais Excelentes Pintores, Escultores e Arquitetos , de
Giorgio Vasari (1511-1574), que se tornam modelares para a produção de Andréa
Palladio (1508-1580).
O surgimento das academias de arte  coincide com a crise dos ideais renascentistas
expressa no maneirismo  – teorizado por Giovanni Pietro Bellori (1613-1696) e
Luigi Lanzi (1732-1810) – e marca uma mudança radical no status do artista,
personificada por Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Não mais artesãos das
guildas e corporações, os artistas são considerados a partir de então teóricos e
intelectuais, o que altera o caráter dos escritos sobre arte.
As novas instituições têm papel fundamental no controle da atividade artística e na
fixação de padrões de gosto. Na academia francesa, fundada em 1648, observa-se
uma associação mais nítida entre o órgão e uma doutrina particular, com base
no classicismo  e na obra do pintor francês Nicolas Poussin (1594-1665).
Controvérsias têm lugar no interior das academias, por exemplo, aquela que
envolve Roger de Piles (1635-1709), admirador de Rubens (1577-1640), contra os
defensores de Poussin.

Renascimento artístico
Os estilos desenvolvidos durante o Renascimento Artístico levaram a uma divisão da
Renascença em três períodos: o Trecento (século XIV) , o Quattrocento (século XV) e o
Cinquecento (século XVI). Conheça cada período e seus principais artistas.

6.1 Características

As obras renascentistas são caracterizadas pelo naturalismo e retratam o dinamismo


comercial do período. 
As principais características do Renascimento foram: o individualismo, racionalismo e o
humanismo.  A razão e a natureza passaram a ser valorizadas. O homem renascentista
principalmente os cientistas passaram a observar o universo e a natureza. Isso fez com
que surgissem novas técnicas matemáticas e artísticas e uma arte mais perfeita e
comercial, pois uma das principais influências da renascença foi o dinheiro vindo dos
ricos comerciantes italianos. As técnicas artísticas criadas, no período renascentista,
acabaram sendo a base da arte dos dias de hoje.

6.2 Principais Representantes

Vamos separar os representantes conforme seu período histórico:


Trecento: Destaque para a pintura de Giotto (1276-1336) que muito influenciou os
demais pintores.
A pintura de Giotto

Quattrocento: Período de atuação dos Médicis, que financiaram os artistas. Lourenço de


Médici foi o grande mecenas da época. Destaques para Sandro Botticelli (1444-1510) e
Leonardo da Vinci (1452-1519).

Obra de Lourenço
Cinquecento: O grande mecenas do período foi o papa Júlio II que pretendia reforçar a
grandiosidade e o poder de Roma. Iniciou as obras da nova basílica de São Pedro. O
autor do projeto foi Bramante e a decoração ficou a cargo de Rafael Sanzio (1483-1520)
e Michelangelo (1475-1564), grande escultor da Renascença e autor da obra no teto da
capela Sistina.

Obra de Michel Ângelo

O renascimento foi marcado principalmente pelos estudos das artes, filosofia e nas
ciências. Foi um período da história, que começou na Itália no século XIV e depois se
espalhou pela Europa nos séculos XV e XVI. Um dos homens mais completos que teve
no mundo, era do renascimento, Leonardo Da Vinci, que foi o autor e pintor do quadro
“Monalisa” que é conhecido até hoje no mundo inteiro.
Obras de Destaques
Mona Lisa (La Gioconda);
A Última Ceia;

A Virgem das Rochas;


6.3 As esculturas de Michelangelo, como David e Pietá

7 Contemporaneidade
Esses críticos e historiadores norte-americanos seguem os mesmos critérios e métodos
para desenvolvimento de suas teorias sobre a arte contemporânea. O principal método é
o desenvolvido por Rosalind Krauss.
Ela elimina a transcendência para compreensão da arte, entendendo que qualquer
exterioridade abstracta em relação à arte condiciona ao rompimento desta com o mundo
visível. Sua teoria segue a linha europeia da linguagem dos signos, da semiologia de
Ferdinand Saussure. E, diferentemente do método formalista utilizado por Clement
Greenberg, ela entende que as obras apresentam uma diversidade dos pontos de vista e
uma série de representações, independentemente da relação entre o artista e sua obra.

A teoria de Rosalind Krauss sobre a arte contemporânea é empregada em diversas


críticas. Entretanto, por ela mesma, esse emprego é bastante representativo na análise
das colagens de Picasso ao considerá-las uma metalinguagem visual.
À medida que cada pedaço de jornal colado recobre o precedente, é manifestada a
ausência do plano original. A distinção entre figura e fundo desaparece, o signo surge
do que se forma e se apresenta na obra, sendo mais importante o sentido da
representação. A origem da pintura deixa de ser representada. Existe apenas a ideia do
objecto original como representação, sem necessidade da pintura, podendo existir uma
outra representação ideal, que poderia ser outra coisa, e não a simples designação da
ausência como representada na colagem.

Enfim, a teoria de Rosalind Krauss se mantém em desenvolvimento, rompendo com a


tradição na história da arte ao definir novos métodos e conceitos para o conhecimento
por meio da arte, contribuindo para a crítica da arte atual. Hal Foster tem apresentado,
sobretudo em sua obra o Retorno do real, uma visão não idealista da história da arte em
sua teoria sobre a arte moderna e contemporânea.
Ele apresenta um método transdisciplinar por meio de uma recontextualização dos
desafios históricos sobre a criação contemporânea. Sua análise crítica relaciona o
passado com o presente, estabelecendo a interdependência entre modernismo e pós-
modernismo, redefinindo a noção de vanguarda dos anos 1910-1920 até nossos dias.
Seja a neovanguarda ou pós-vanguarda, Foster tem como grande referência a obra de
Peter Büger para essa análise do tempo e das vanguardas em seus limites. Entretendo, o
aspecto de uma historicidade não linear – ou anacrônica – é apoiado nas teorias de
Walter Benjamin.
No conjunto de sua obra, Foster demonstra, por meio de uma genealogia, a
compreensão dessa neovanguarda desde a pop art de Wahrol ao kitsch-art de Koons em
seus aspectos repetitivos que, segundo ele, pode apresentar sua característica
subversiva.

8 Conclusão

Concluindo que A crítica de arte diz respeito a análises e juízos de valor emitidos sobre
as obras de arte que, no limite, reconhecem e definem os produtos artísticos como tais.
Envolve interpretação, julgamento, avaliação e gosto

Salientar também que, Os estilos desenvolvidos durante o Renascimento Artístico


levaram a uma divisão da Renascença em três períodos: o Trecento (século XIV) , o
Quattrocento (século XV) e o Cinquecento (século XVI). Conheça cada período e seus
principais artistas.
9 Referências Bibliográficas

 BYINGTON, E. O projeto do renascimento. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.


 HALE, J. R. Renascença. Trad. Ronaldo Veras. Biblioteca de História Universal
–LIFE. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1970.
 DANTO, Arthur. A transfiguração do lugar-comum: uma filosofia da arte. SP:
Cosac Naify, 2010.
 GOODMAN, Nelson. Linguagens da Arte: Uma Abordagem a uma Teoria dos
Símbolos. Lisboa: Gradiva, 2006
 JIMENEZ, M. La querelle de l’art contemporain. Paris, Gallimard, 2005.
 L'art dans tous ses extremes. Paris: Klincksieck, 2012
 KANT, I. Kritik der reinen Vernunft. Stuttgart : Reclam Verlag, 2006.
 Kritik der praktischen Vernunft. Stuttgart: Reclam Verlag, 2008.
 PLATÃO. La république. Flammarion, 2002.
 WAGNER, C. In Art - invenção e artifício. São Paulo: Blucher, 2009.
 Esthétique. Saarbrücken: Paf, OmniScriptum GmbH & Co. KG, 2014
 FONTE: CRÍTICA de Arte. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e
Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018.

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