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Turma: “A”
Exposição
Discente:
1. Renato Alizartino Manuel
Docente:
Msc. António Jangada Tomocene
História de Arte
Membros do grupo
1. Renato Alizartino Manuel
Docente:
MSC. Antonio Jangada Tomocene
Introdução .................................................................................................................................... 1
1. Objectivos ............................................................................................................................ 2
Capitulo II ....................................................................................................................................... 3
3. Conclusão ............................................................................................................................ 8
Primeiramente elas exigem uma maior participação do público, pois é necessário mais tempo
para que essa arte seja analisada e que seus detalhes (não perceptíveis a uma simples “olhada”)
sejam absorvidos e compreendidos.
Em segundo lugar, está o fator tempo, o tempo gasto observando um objeto aparentemente
vazio parece maior do que aquele preenchido com ação e detalhe, entretanto esse elemento
temporal é certamente psicológico e no que diz respeito ao Espaço de exposição a exibição de
uma obra de arte pode sugerir o gosto do curador, o tema da exposição, ou ainda a impressão
que os objetos expostos e o espaço venham a suscitar no expectador.
Neste sentido, salões, mostras, galerias e museus, entre espaços públicos e privados, adotam
sistemas de seleção e exibição, segundo os quais as obras de arte são apresentadas e expostas.
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1. Objectivos
1.1.Objectivo Geral
Compreender como funciona Desmaterialização da obra artística.
1.1.1. Objectivo Especifico
Explicar a origem e conceito da Desmaterialização da obra artística;
Mencionar as principais formas de Desmaterialização de uma obra de arte;
Diferenciar a terminologia da desmaterialização e Imaterializarão da obra de arte e;
Descrever minunciosamente os espaços da exposição da obra de arte.
1.1.2. Estrutura
1.1.3. Metodologia
Para a realização deste trabalho, o grupo recorreu ao método de revisão bibliográfica, que o
método mais simples e recorrente, já que o método nos permite estudar temas que outros
autores já pesquisaram e os mesmo existem nos manuais no ensino o que facilita a realização
dos trabalhos.
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Capitulo II
2. Origem e Conceito de Desmaterialização da obra de arte
O termo Desmaterialização foi cunhado por LIPPARD (2013) ainda nos anos 1960 sobre este
fenômeno que ela veio a chamar de “desmaterialização da arte”, reconhecendo-o em John Cage
e Yves Klein no mesmo contexto de desenvolvimento da Arte Conceitual.
Descreveu a Desmaterialização como uma tendência de perda de interesse dos artistas pela
evolução física do trabalho de arte, resultando em crescentes ênfases sobre o aspecto não-visual
e os processos de pensamento na construção da obra. O termo “Desmaterialização” possui o
prefixo “des”, então deve-se tomá-lo como a ação contrária à materialização. É pressuposta,
portanto, como um ato posterior (à materialização
CAUQUELIN (2001) compreende ainda que o termo descrito por LIPPARD (2013) se refere
ao trabalho que rejeita o objeto de arte único, classificado por gênero autônomo e valendo por
si mesmo, segundo a tradição modernista, buscando assim o desaparecimento das marcas
institucionalizastes que qualificam a Arte (com “A” maiúsculo), glorificada segundo os
critérios modernistas que determinam a identificação de autores, gêneros e da Obra enquanto
algo único e precioso CAUQUELIN (2001) afirma que entende que a desmaterialização da arte
se refere mais à intenção de se desmaterializar o sistema institucional da arte do que
propriamente ao ato de dispensar os materiais na criação da obra de arte.
Na discussão do termo desmaterialização existe um outro termo similar que por vezes se
confunde com o termo do tema em estudo LIPPARD (2013) diz que “Imaterial” é o termo que
se costuma atribuir à arte associada com certo grau de espiritualidade, pureza e misticismo. A
palavra possui prefixo “i”, implicando privação ou negação; no caso, de matéria. Imaterial é,
então, a qualidade do que não é da natureza da matéria, que não possui existência palpável. E,
por escapar à sensação, costuma ser associado a algo invisível e à espiritualidade.
O termo “Arte Imaterial” é compreendido por CAUQUELIN (2001) como sendo um processo
que incide sobre a obra e o fazer artístico (em contraposição à desmaterialização, que para a
autora, incide sobre o sistema), e que inclui um sentido místico, de pureza e desapego do
elemento corporal.
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Outra importante diferença entre os dois termos é que enquanto a arte da Desmaterialização
busca uma renúncia aos suportes materiais dos museus e galerias, responsáveis pela fixação do
sistema de mercado artístico, o mesmo não se dá com a arte Imaterial.
Esta, tomada como “invisível”, clama intensamente por um contexto adequado que permita sua
apresentação. Para isso, não se poupam seus recursos de publicidade e mídia, aderindo-se ao
sistema.
Essa distinção entre “desmaterialização” e “arte imaterial” realizada por CAUQUELIN (2001)
se refere mais às pretensões levadas a cabo pelos artistas do que o que pode ser observado de
fato nas exposições. Não é uma distinção exaustiva; então, por vezes, a autora toma os dois
termos juntos, indicando que determinadas obras podem existir nos entremeios dos dois grupos.
Feita essa primeira distinção terminológica, note-se que ela será utilizada em letras maiúsculas
quando tomada.
Segundo LIPPARD e CHANDLER (2013), em artigo escrito no início dos anos 1960, essa
tendência começou a provocar a desmaterialização da arte, principalmente dessa como objeto.
As artes visuais parecem seguir para um mesmo destino, porém vindas de duas fontes: arte
como ação e arte como ideia. Na primeira, a matéria foi transformada em energia e tempo –
movimento. Na segunda, a sensação foi convertida em conceito e por isso a matéria foi negada.
Ou seja, o trabalho de arte conceitual parece excluir o objeto da arte. O artista estadunidense
Robert Morris, ilustra melhor esse fato. Morris tem trabalhado com a ideia como objeto, a ideia
como ideia e a ideia como performance. O meio performance parece ter se tornado um espaço
no qual estilos diversos e talvez contrários se encontram e até concordam.
Se uma arte é ultraconceitual ou parece ter sido criada ao acaso, ela perturba e gera críticas,
como se não houvesse o suficiente para se “olhar”. Objetos “estúpidos” e pinturas simples
existem por duas razões. Primeiramente elas exigem uma maior participação do público, pois
é necessário mais tempo para que essa arte seja analisada e que seus detalhes (não perceptíveis
a uma simples “olhada”) sejam absorvidos e compreendidos. Em segundo lugar, está o fator
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tempo. O tempo gasto observando um objeto aparentemente vazio parece maior do que aquele
preenchido com ação e detalhe, entretanto esse elemento temporal é certamente psicológico.
Desde os santuários gregos dedicados às Musas até os museus e centros de arte atuais, as
coleções artísticas protegidas tem se transformado em suporte para a transmisão de idéias e de
conhecimentos. CCHANDLER (2013) concorda que tanto os espaços físiccos (templos,
academias, galerias, palácios e salões) quanto os espaços virtuais (museus e galerias em rede)
têm mantido a mesma finalidade: conservar, estudar e difundir as manifestações artísticas das
culturas. Passaram-se mais de dois séculos desde a criação do primeiro museu de arte
contemporânea concebido como lugar de conservação,
Por vários séculos a arte foi encontrada em seus pilares tradicionais, como a pintura, a escultura
e a arquitetura. Entretanto, com o surgimento das Vanguardas novas experiências artísticas
ganharam lugar no meio de desenhos e pinturas.
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de pinturas rupestres. Essas pinturas aconteceram em um espaço e tempo, e por isso são
instalações, mesmo que, ao serem criadas, não existisse tal intenção.
Nos anos de 1960, alguns artistas resolveram questionar os pilares da chamada arte
“tradicional” e voltaram-se para trabalhos que depois de um tempo ficaram conhecidos como
instalações. Galerias tiveram seus pisos e paredes transformados em espaços pictóricos e uma
nova poética artística acabou surgindo.
A relação entre tempo e espaço é fundamental ao se apreciar qualquer tipo de obra de arte,
porém essa relação ganha um novo significado quando se fala de instalação. Isso ocorre, pois
as instalações não possuem regras, seja na composição da obra, em sua temática ou em seus
materiais.
Dessa maneira, o espaço se torna essencial para a formação da obra, e ao se tornar um elemento
ativo, faz surgir o conceito de tempo. Os dois agora, tempo e espaço, fazem parte da obra em
si, isso porque “nada acontece no espaço sem acontecer também através do tempo, e, nada
ocorre no tempo sem um espaço em que se dê tal experiência”. (BOSCO E SILVA, 2012, p.
40).
Em cada um desses lugares a obra exposta pode ser interpretada de diferentes formas. Podemos
considerar a historicidade que carrega: sua localização geográfica e período de produção, sua
localização na trajetória do artista que a produziu, sendo estes alguns dos fatores que a
acompanham quando ela passa a ser exposta. Outra forma de interpretá-la é considerar sua
localização em um determinado espaço e tempo, estando articulada a outras obras, de forma
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que seja construída e transmitida uma mensagem não necessariamente vinculada a sua
historicidade (MARTINEZ, 2011a, p. 11).
Estes incluem:
Para conhecer os espaços expositivos de uma cidade, é preciso vivencia-los, observar a maneira
sutil como adquirem um caráter próprio com o passar do tempo, de acordo com as mostras que
acolhem. Ou, por outro lado, como permanecem rígidos e impávidos cubos brancos buscando
uma neutralidade impossível, diante de uma arte que já não aceita mais desvincular-se de um
contexto
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Capitulo III
3. Conclusão
Chegado a esse ponto do trabalho o grupo chegou a conclusão de que actualmente o espaço é
transformado, passa a ser um cenário de experimentações artísticas no qual não é mais
necessário ter objetos. Ou seja, o espaço acontece através do tempo. A obra começa a surgir a
partir da materialização (ou desmaterialização) entre o simbólico e o objeto concreto. Com a
apropriação do tempo e do espaço, a obra se revela durante a experiência sensível vivida pelo
espectador e se materializa (mesmo em sua real desmaterialização) de forma simbólica de
acordo com as intenções do artista e que geralmente, toda instalação tende a ser uma obra
temporária, já que, para tornar-se de fato uma obra, ela necessita ser instalada. Ao ser montada
mais de uma vez e em um “onde” e “quando” diferentes, a nova instalação já não é mais a
mesma de antes, ela é nova, já que espaço e tempo são fatores que determinam esse tipo de
obra.
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3.1. Referências bibliográficas
BOSCO E SILVA, Luciana. Instalação: espaço e tempo. Minas Gerais: UFMG, 2012.
MARTINEZ, Carini Piazza. Arte e moda: expressão da arte através da roupa. Santa Catarina:
Unesc, 2011.
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