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Companhia para Pessoas Solitárias


apresenta

M A F I A

Projeto Nelson Seixas 2019


A Companhia para Pessoas Solitárias, visando o aprofundamento da pesquisa e produção teatral no interior do estado de São Paulo, propõe
neste novo trabalho a continuidade de sua pesquisa de desconstrução dos processos de glamourização da violência, bem como dos
arquétipos tipicamente masculinos que a embasam e propagam. A partir de uma linguagem cômica, os três atores – sob a direção de Fábio
Valério – aproximam, de maneira satírica, o horizonte da ficção a respeito do tema máfia – amplamente abordado no cinema norte-americano
e consumido nos países sul-americanos – e o horizonte da realidade atual – das notícias diárias de pareamento do poder criminal e das
esferas políticas.
Para tanto, a Companhia rio-pretense propõe 3 apresentações gratuitas e com acessibilidade nos espaços Céu das Artes, GTR, Centro
Cultural Vasco. Espaços Culturais descentralizados, na cidade de São José do Rio Preto, bem como dois workshops: “Luz como intervenção
em espaços não teatrais” e “ficção vs realidade no jogo cênico”; e a mesa redonda “O teatro no interior resiste a que?”. Possibilitando, assim
o intercâmbio com outros coletivos artísticos da cidade e/ou artistas dispostos a continuidade do fazer artístico, mesmo em tempos
desfavoráveis.

DESCRIÇÃO DO PROJETO
OBJETIVOS

Fomentar a criação de um espetáculo teatral a partir de uma


pesquisa contínua de 5 anos, no interior paulista;

Promover o acesso à cultura a partir de apresentações gratuitas,


com acessibilidade e em espaços culturais descentralizados dos
eixos convencionais de apresentações cênicas em Rio Preto;

Promover o intercâmbio entre artistas de São José do Rio Preto a


partir de debates e workshops investigativos;

Proporcionar a fruição e sensibilização a partir de uma obra artística


que aborde temas atuais e urgentes;
“A violência é um resíduo apocalíptico do machismo”, disse Glauber Rocha, em 1965, já em combate ao “americanismo” que (re)colonizava o
Brasil pelo cinema. Desde 2015, com a estreia do espetáculo WAR, a Companhia para Pessoas Solitárias desenvolve seus experimentos e
pesquisa acerca da desconstrução - sobretudo pela sátira - do macho alfa, colonizador e sempre apto à violência.
No primeiro espetáculo o cerne foi a militarização dos comportamentos e a glamourização
da violência sobretudo pela indústria do cinema norte-americano. Para além da pesquisa
referencial cinematográfica, nos debruçamos sobre nossas próprias vivências nesta
trajetória de macho que, por muito tempo, tentou enquadrar-se ao modelo alpha de
existência fácil! Assim, a “pateticidade” foi o mecanismo criativo que impulsionou o processo
de feitura de WAR. Neste novo projeto, nós da Companhia para Pessoas Solitárias, nos
propomos a vasculhar os mecanismos mais abrasileirados da violência institucionalizada.
Propomos uma abordagem acerca do macho político, egocêntrico e hipócrita. A imagem do
provedor patriarcal instaurada, em estilo “Cosa Nostra”, que marca a árvore genealógica dos
três intérpretes da Companhia.
Tudo se torna justificável frente a preservação da “famiglia”, nesta atmosfera de “máfia
italiana” tão presente nas famílias imigrantes que ascenderam economicamente,
engrossaram a burguesia local do início do século XIX e formam hoje grande parte da classe
média brasileira.
Perpetua-se, assim a paixão social pela imagem do homem violento que “defende” a família.
Um fetiche que se espalha por todas as camadas sociais, pois se há uma coisa que
aprendemos com as narrativas de glamourização do crime é que há espaço para todos neste
universo, desde o criminoso de rua, até o Poderoso Chefão.
Confrontar este arquétipo - e a idolatria a este - somente com argumentos opostos, mostra-
se - cada dia mais - ineficaz. Desta forma a arte toma importância crucial no processo de
“desembrutecimento” e de estímulo à autocrítica. É preciso enxergar-se no outro.
A Companhia para Pessoas Solitárias, busca relevância exatamente nos fracassos
particulares dos três homens que a compõe, contrapondo, assim, esta masculinidade
exacerbada, equivocada e doente que toma, hoje, o país, sem distinções. Desde o guarda
de trânsito até o presidente.

JUSTIFICATIVA
Direção FÁBIO VALÉRIO
Elenco ALEXANDRE MANCHINI JR
LUIS FERNANDO LOPES e
RONALDO CELEGUINI
Dramaturgismo ALEXANDRE MANCHINI JR
Iluminação Cênica LUIS FERNANDO LOPES
Direção Musical DIEGO GUIRADO
Figurinos e Cenografia COMPANHIA PARA PESSOAS SOLITÁRIAS
Produção Executiva RONALDO CELEGUINI
Design Gráfico juny kp!

FICHA TÉCNICA
CURRICULO DO PROPONENTE E EQUIPE
Luis Fernando Lopes (Proponente, ator e iluminador)
É Bacharel em Artes Cênicas, pela Universidade Estadual de Londrina/PR (2006), com a monografia “A iluminação cênica como elemento da
linguagem teatral a partir da pintura de Caravaggio”, que relatou sua pesquisa pessoal acerca da interação entre a linguagem do trabalho do ator
e a linguagem da iluminação cênica, a partir da obra de Caravaggio. Já criou projeto de luz de 30 espetáculos teatrais e desenvolveu seus
principais trabalhos nos seguintes festivais: Integrante da equipe de Coordenação Técnica do Festival de Teatro MIRADA, na cidade de Santos
(2010 e 2012); Integrante da equipe de coordenação Técnica da Bienal SESC de Dança (2011 e 2013); Coordenador Técnico no Festival
Internacional de São José do Rio Preto (2013 e 2018); atuou também como Técnico de Iluminação na produção internacional “Os Náufragos da
Louca Esperança” da Cia francesa Théâtre Du Soleil no ano de 2011.
Atualmente é pesquisador/fundador da Companhia para Pessoas Solitárias e ator/iluminador do Núcleo Arcênico de Criações.

Fabio Valério (diretor)


Bacharel em Artes Cênicas formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2008. Pesquisador-bolsista e relator de processos durante
três anos no grupo “Indícios do Corpo Pós-Moderno”- UEL. Atualmente atua como especialista técnico em Teatro pela Secretária Municipal de
Cultura de Bauru, foi orientador do projeto Ademar Guerra do Governo do estado de São Paulo e Conselheiro Municipal de Políticas Culturais de
Bauru. Fundador do Protótipo (2008), onde vem pesquisando, principalmente, acerca do trabalho do ator, presença cênica e dilatação imagética.
Dirigiu “e nunca mais foi visto.”, contemplado pela Lei Municipal de Estímulo a Cultura de Bauru (2014); Lapsos Lacerados (Teatro Mun. Bauru
2011), Ah! Que delícia de Pessoa (2012), O que te tortura? (Performance 2013), Meia Dose de Nada(2014), … depois daquele baile (2016) e
Bicho Transparente (2016). Dirigiu e atuou em A Guerra de Pietrovit (2011 a 2014), Entroncamento (Performance2014), Inviolável
(Performance2011), Ay'Carmela(2008). Curadorias: Mapa Cultural Paulista (2015), Escola Vai ao teatro (Bauru 2012 a 2014), Feira do Livro
(Bauru2012), FACE (Festival de Artes Cênicas de Bauru 2012 a 2017). Atuou como Teatrólogo (Itapema – SC 2010), Orientador de Artes Cênicas
- Ong Estrela do Amanhã (2008), Ator/palestrante - colaborador do professor de Arte e Educação do curso de pósgraduação do grupo ESAP/PR
(2009), Coordenador do Espaço Protótipo - Bauru (2013 / atual), Coordenador do Grupo de Estudos Butoh de Bauru (2014). É diretor-artístico do
Festival de Artes Cênicas de Bauru (2012-atual).

Alexandre Manchini Jr (ator e dramaturgista)


É ator, diretor, iluminador e produtor cultural. Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina – UEL (2008). Foi o primeiro
aluno a receber bolsa de iniciação científica (pibic/CNPq) do curso de Artes Cênicas da UEL, desenvolvendo pesquisa sobre “práticas
interpretativas”. Ainda em sua formação participou de duas oficinas internacionais: “O método criativo na Cia Farm in the Cave” (Praga/Rep.
Checa) (2008) e Oficina continuada sobre Cenografia do ISTS - Institut Supérieur des Techniques du Spectacle (Avignon-França) (2005).
Assina a direção e dramaturgismo dos espetáculos “A Fé que Acostumou a Falhar”, do Núcleo Arcênico de Criações (PROAC Criação 2017-18);
“Cheiro de Carne”, da Companhia Hecatombe (PROAC Criação 2014-15); “Cana.ã”, também do Núcleo.
Atualmente é fundador e diretor do Núcleo Arcênico de Criações e trabalha como ator e pesquisador na Companhias Azul Celeste e Companhia
Hecatombe e Companhia para Pessoas Solitárias, em São José do Rio Preto/SP.

Ronaldo Celeguini (ator e produtor)


Ator e produtor por mais de 11 anos na Cia. Azul Celeste de São José do Rio Preto/SP.
Atuou em mais de 20 espetáculo. Produziu também eventos de grande porte como FIT Festival internacionaL de Teatro de São José do Rio
Preto e Janeiro Brasileiro da Comédia.
Hoje dedica-se a formação de seu novo grupo, a Companhia Para Pessoas Solitárias, selecionada pelo ProAc primeiras obras com o espetáculo
‘’War”.

Diego Guirado (diretor musical)


Músico autodidata, Diego Guirado toca desde os dez anos de idade. Guitarra, violão, baixo e bandolim são os instrumentos aos quais vem se
dedicando. Já participou da bandas e grupos como Shovit, Soma e Contos de Réis. Sua estreia no teatro foi na Cia. Cênica com o espetáculo
Virado à Paulista (2014). Atua em 4 cias teatrias e integra diversos espetaculos teatrais como "Sabias do Sertao"," Mazzaropi, um certo sonhador",
"Porque", "Acordes", "Imprudencias Poeticas", "Silva", Virado a Paulista", "Terra Abaixo, Rio Acima", "Queijo e Goiaba, onde compoe, assina e
executa trilhas musicais ao vivo.

juny kp! (design gráfico)


Artista, Pai, Educador, Curador e Diretor Criativo da casa de criar, escritório de arte, é Palestrante nas áreas de Arte, Cultura, Criatividade,
Economia Criativa e Cultura Hip Hop. Colunista de cultura na CBN RIO PRETO, 4fs, 11h20. Participou do programa de Mestrado no departamento
Cinema, TV e Rádio da ECA/USP, 2010. Especialista em “Fundamentos de Cultura e das Artes” pela IA/UNESP, 2006 e bacharel em Tradução
pelo IBILCE/UNESP.
Como artista plástico, há 25 anos trabalha com multimeios e intervenções urbanas. Seu terreiro é a rua. O esquecimento da memória, a veracidade
da mentira e a certeza da dúvida são suas linhas de pesquisa atuais. Professor de Artes e História da Arte (Ensino Fundamental e Médio) e nos
cursos de DESIGN GRÁFICO, PUBLICIDADE e MARKETING, atuando em diversas disciplinas tais como design de sinalização, design de
embalagens, fotografia, metodologia visual, registro audiovisual e sonoro. Tem pesquisa sobre a Cultura Hip Hop e sobre o videoclipe, é intérprete
(especializado na área do entretenimento) em língua inglesa.
Como produtor cultural e curador, foi o primeiro a produzir artistas em eventos internacionais de Breaking [BOTY 2000] e ações de publicidade,
tais como Supersonic BBoys, Beat Squad [Rio Preto] e Tsunami All Stars [São Paulo]. Revelou o BBoy Pelezinho e o catapultou para o mundo.
Produziu artistas como Strange Fruit (Australia), Christopher Dell, (Alemanha), Niels Storm (Alemanha), Onesto (Brasil), fez produção local para
o documentário RAGING BULL (red bull Austria). Junto ao SESC São Paulo realiza diversas exposições e projetos culturais como artista e
produtor. Já pisou em quatro dos cinco continentes do planeta. Gosta de bolacha de doce de leite e do seriado Os Simpsons.
CRONOGRAMA DE TRABALHO
jul/2019
- estudos das referências
- 1a reunião com o diretor
- laboratórios criativos

ago/2019
- laboratórios criativos
- ensaios de cena
- ensaios com o diretor musical

set/2019
- workshop de iluminação cênica
- imersão criativa com o diretor Fábio Valério
- ensaios de cena
- ensaios com o diretor musical
- finalização dos figurinos
- finalização da identidade visual do espetáculo

out/2019
- início das divulgações da estreia e apresentações
- workshop de jogos teatrais
- ensaios
- finalização da cenografia
- finalização do projeto de luz
- finalização da trilha sonora

nov/2019
- 3 apresentações do espetáculo em São José do Rio Preto, sendo 1 no Céu das Artes, 1 no teatro
do GTR e 1 no Centro Cultural Vasco.
- mesa redonda de debates

dez/2019
- prestação de contas
PLANO DE MÍDIA
O plano de mídia e divulgação consiste em
impulsionamentos digitais guiados ao perfil do público alvo,
produção de material impresso e contato via mailing list da
Companhia.

DESCRIÇÃO DO PLANO DE
MÍDIA

- 3 IMPULSIONAMENTOS de R$ 60,00 EM MÍDIA DIGITAL


- 500 FLYERS (105mm x 148mm - colorido)
- 2 BANNERS (2m x 0,8m - colorido)
- 30 CARTAZES (A3 – colorido)
PROPOSTA DE CONTRAPARTIDA

- Workshop gratuito de iluminação cênica: “Luz como


intervenção em espaços não teatrais”, ministrado
por Luis Fernando Lopes.
20 vagas.

- Workshop gratuito de jogos teatrais: “ficção vs


realidade no jogo cênico”, ministrado por Ronaldo
Celeguini.
20 vagas.

- Mesa redonda: “O teatro no interior resiste a


que?”, com toda a equipe criativa do projeto MAFIA.
Sem restrição de público.
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA

VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO VALOR UNITÁRIO
ITEM
CACHÊS
DIREÇÃO (3 meses de processo) 3.000,00 3.000,00
DRAMATURGISMO (3 meses de processo) 500,00 500,00
ELENCO (3 meses de processo + 3 apresentações) 3.000,00 9.000,00
DESENHO DE LUZ 500,00 500,00
DESENHO DE SOM 700,00 700,00
FIGURINOS e CENOGRAFIA 800,00 800,00
PRODUÇÃO 500,00 500,00
DESIGN GRÁFICO 500,00 500,00
total parcial 15.500,00
PROCESSO CRIATIVO
PASSAGENS FÁBIO (2 vindas) 72,01 288,04
HOSPEDAGEM FÁBIO (8 diárias) 110,00 880,00
ALIMENTAÇÃO FÁBIO (24 alimentações) 20,00 480,00
ALUGUEL DE ESPAÇO (3 meses) 250,00 750,00
COFFEE BREACK IMERSÕES 60,00 120,00
CONFECÇÃO DE CENÁRIO 1.580,00 1.580,00
CONFECÇÃO/COMPRA de FIGURINO e OBJETOS DE CENA 1.150,00 1.150,00
total parcial 5.248,04
DIVULGAÇÃO
IMPULSIONAMENTO EM MÍDIA DIGITAL 60,00 240,00
500 FLYERS (105mm x 148mm - colorido) 0,21 105,00
2 BANNERS (2m x 0,8m - colorido) 50,00 100,00
30 CARTAZES (A3 - colorido) 3,00 90,00
total parcial 535,00
APRESENTAÇÕES

DESPESAS DE BENS DE CONSUMO PARA O ESPETÁCULO, POR APRESENTAÇÃO 150,00 450,00

TRANSPORTE DE CENÁRIO 80,00 240,00


ECAD 60,00 180,00
CATRING / CAMARIM 60,00 180,00
ALUGUEL DE ESPAÇO (3 apresentações) 100,00 300,00
total parcial 1.350,00
DESPEZAS ADMINISTRATIVAS
DESCONTO DE IR (proponente) 7.380,64 7.380,64
TOTAL 30.013,68
* todo o valor excedente do projeto será custeado com fundos próprios da Companhia para Pessoas Solitárias

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