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WAR

Cia. Para Pessoas Solitárias


Direção: Roger Valença

***

Cena 1 - Coreografia
(Contra-luz. Trilha sonora dos grilos. Público entra.)

Soldado 1 (Luis Fernando) acende o charuto e entra em cena, começa a coreografia.


Soldado 2 (Alexandre) entra em cena e coloca o óculos, começa a coreografia.
Soldado 3 (Ronaldo) entra em cena, tira um santinho do capacete e beija, coloca o capacete e
começa a coreografia.

Desenvolve-se a coreografia de apresentação, com corridas em círculo, treinamento de boxe e


poses dos personagens.

Cena 2 - Jedi
(Soldado 2 em cena, mascando um chiclete)

- Eu gosto de guerra! Não que eu seja uma pessoa má. Eu não sou mal mal, ainda tenho os meus
princípios.

(Pega o capacete e o pano).

Eu lembro do primeiro revolver de espoleta que eu ganhei quando tinha 4 anos. Lembro com
detalhes! Eu vivia brincando de soldado com os meninos da rua de casa. Minha mãe chegou a
fazer um uniforme para mim, eu levava jeito! O meu pai se juntou com os vizinhos e, juntos, eles
construíram uma cabana numa mata perto da rua de casa.

(vai até o proscênio e senta-se no capacete)

Cara, eu adorava aquele lugar! Pena que durou pouco tempo, mais ou menos uns sete meses! A
cabana pegou fogo por causa de uma brincadeira nossa, da época! Teve até um menino que ficou
com o braço todo queimado o... Era um menino da turma dos meninos mais novos, eu não lembro
o nome dele. Não lembro nem do rosto dele. Enfim, foda-se!!

(limpando o cabo da arma)

Quando meu primeiro turno na guerra terminou e eu voltei, eu fui visitar a antiga casa dos meus
pais. Nada daquilo restou. Quer dizer, estava tudo lá, a casa, a rua, a mata, mas era outro lugar! A
verdade é que eu só me sinto em casa aqui, no meio da floresta, como antes. Correndo, rindo
enquanto todos se apavoram. É um jogo!
(limpando o cano da arma)

Lembro quando eu fui transferido do campo para o centro de operações. Lá não tinha toda essa
adrenalina, mas era divertido. Por lá todos adoravam. Como que eles não iriam gostar? Era uma
guerra por controle remoto. Sem riscos. Claro que nós sabíamos que estávamos lançando mísseis
de verdade sobre cidades de verdade, matando civis, vez ou outra destruindo um hospital. Mas
não existia trauma ali!

(mirando no público)

A minha sala, por exemplo, parecia uma sala do Guerra nas Estrelas. E eu amo Guerra nas
Estrelas! Era uma sala toda branca, grande, bem... como era a palavra que eles usavam? Bem
estéril! E em uma das paredes estava esse telão. Nele dava pra ver todas as unidades em guerra.
As nossas e a dos inimigos! As nossas eram azuis, os meninos bons. As do inimigo eram vermelhas,
os meninos maus. Bastava colocar o ícone de um míssil nosso sobre qualquer parte do mapa,
apertar um botão e “pin”, estava feito. Limpo e estéril, sem escutar nenhum grito! O que destoa
um pouco do nosso treinamento. Quando você está no treinamento você passa por esses cenários
apocalípticos, é tudo destruído, criança chorando, mãe correndo, você nunca sabe o que está
acontecendo, o que está se passando no resto do mundo. O Iraque lançou 5 bombas atômicas, os
Estados Unidos responderam com mais 7! A Rússia invadiu a China, começou um colapso
econômico, bla bla bla. Ficar ali, sentado, apertando botão não era para mim, irmão! Então eu
voltei pra cá, para o campo. Porque aqui sim é o meu lugar! Com vocês, no campo, porque no
campo, amigo, eu sou um puta Jedi!
(...)
Samuel! Samuel era o nome do menino que queimou o braço!

Cena 3 - Conflito
(Soldados 1 e 3 fazem o “exercício de levar ao chão”)
(Soldado 2 entra em cena e começa a transição para a Cena 4)

Cena 4 - Coronel
(Música tema do exército. Soldados 1 e 2 pegam suas armas e entram em posição de sentido)

Coronel: Pelotão sentido! Hoje é um dia muito feliz! Nós iremos ao combate. Os senhores estão
felizes?
Soldados: Sim senhor!
Coronel: Que bom! O inimigo traiçoeiramente invadiu o vilarejo vizinho para nos espionar! E
isso é justo? Não! Hoje nos podemos perder uma perna, mas isso importa? Não! Nos podemos
perder um braço, mas isso importa? Não! Hoje pode ser o primeiro dia de nossas vidas ou o
ultimo dia de nossas vidas! Qual o nome da sua arma filho?
Soldado 2: Magnolia senhor!
Coronel: Salomé! E por que Salomé soldado?
Soldado 2: Porque eu não conheço nenhuma Salomé, senhor!
Coronel: Isso! voce não conhece!
Coronel : O senhor está um pouco acima do peso não é soldado?
Soldado 1: Não senhor!
Coronel: Ah não? E o que é que o senhor está?
Soldado 1: Estou obeso senhor.
Coronel: Não entendi Soldado!
Soldado 1: É que eu moro com minha mãe senhor!
Coronel: Ainda não entendi soldado!
Soldado 1: É que eu moro com a minha mãe senhor e ela cozinha muito bem!
Coronel: Ah! A sua mãe cozinha bem? A sua mãe tem um bom tempero? A sua mãe consegue
o ponto do macarrão ao dente!? Faz uma boa brusqueta? Que bom! Qualquer dia levo sua
mãe para comer em casa! Seu inútil! Qual o nome da sua arma?
Soldado 1: Idair
Coronel: E daí o que?
Soldado 1: Idair Senhor é o nome da minha arma!
Coronel: E o que é Idair?
Soldado 1: Idair é o nome da minha mãe senhor!
Coronel: Não!!!! Voces nao tem mais mães! Voces nao tem mais família! Não tem mais filhos!
Não tem mais nada! Os senhores sabem quem eu sou? Sabem de onde eu vim? O nome dos
meus filhos? O nome da minha mãe? O nome do meu pai? Vocês sabem que é Samuel?
Soldados: Não senhor!
Coronel: Os senhores não sabem nada de mim! O quartel não sabe nada sobre mim! O mundo
não sabe nada sobre mim! Eu não sei nada sobre mim! A minha mãe é uma AK47 e meu pai é
um rifle paraguaio, com um ponta grande e com uma pena no cabo! Eu nasci aqui! Não existe
outro lugar nesse maldito mundo que eu gostaria de estar se não aqui! Qual o nome da sua mãe
filho?
Soldado 2: Regina Senhor!
Coronel: Não!!!! Seus idiotas! De onde você é filho?
Soldado 2: De Garça senhor!
Coronel: De Garça! E você filho?
Soldado 1: De Jaci senhor !
Coronel: Jaci e Garça! Que merda! Uma tem uma merda de uma festa do milho e a outra é um
passaro fedido que caga enquanto voa! Vocês não tem mais nada! Jaci explodiu de tanto cozinhar
milho naquela merda! Garça morreu, levou um tiro quando ia tomar banho rio Tietê. Voces não
tem mais nada!

(Coronel coloca a música dos tambores e pega sua arma)

Coronel: Hoje nós invadiremos aquele maldito vilarejo! Voces conhecerão a fúria! Nós
chegaremos na madrugada! Como gatos! Surpreendendo o inimigo! Nós invadiremos suas casas!
Bagunçaremos seus tapetes! Mijaremos nas suas tampas de privada! Desalinharemos seus
quadros nas paredes! Mataremos suas avós ! Estupraremos suas mulheres! Chuparemos seus
bigodes! E também os bigodes dos seus filhos! E também os seus pentelhos! E também os pelos
de seus gatos! Até formar uma imensa bola de pelos em nossas barrigas! Pelotão! Avançar!

Cena 5 - Corda
(Soldado 1 entra em cena, com uma corda de pular)
(começa a pular corda enquanto dá o texto)

- A guerra. A guerra é um confronto, sujeito a disputa de interesses entre dois ou mais grupos
distintos de indivíduos mais ou menos organizados, utilizando-se de armas para derrotar o
adversário. A guerra pode acontecer entre países ou entre grupos como tribos e facções politicas
dentro de um mesmo país.

(tira o chapéu)

A guerra civil. Diz-se guerra civil a um confronto causado por uma série de pequenos conflitos
armados, programados ou planificados por facções, partidos ou grupos dentro de um mesmo
povo, ou entre povos e etnias habitantes de um país.

(tira o cordão do pescoço)

A guerra econômica e a guerra psicológica, são confrontos que geram uma onda de pequenos
conflitos efervescentes, agudos com ações igualmente violentas, mas sem a utilização de armas
necessariamente. (para o público) Só um minuto…

(tira a camiseta e começa a pular corda gingando)

As causas da guerra: vingança, ganancia, ódio, religião, facebook, ideologia, poder, ego, território,
riqueza, e etc.A “Arte da Guerra” é um tratado militar escrito no decorrer do século 4 a.c. pelo
estrategista chinês conhecido por Sun Tzu.

(tira a bermuda e começa a pular corda de costas, girando)

O presidente dos Estados Unidos da America Barack Obama recebeu em 2009 o prêmio nobel da
paz, pelos seus esforços para a diminuição das armas nucleares e por seu trabalho pela paz
mundial através da guerra.

Cena 6 - Palestra
(Soldados 1 e 2 estão começando uma briga. Soldado 3 entra em cena e imobiliza todos e começa
sua palestra motivacional)

Soldado 3: Articulação. Tá vendo? Articulação. O que vocês precisam entender é que através das
articulações que você manipula a energia do seu oponente, a energia do ódio e da agressividade
contra ele próprio. O cerne desta filosofia orbita em torno do uso pragmático da energia num
combate, no controle desse fluxo. Ou seja, através da combinação de movimentos atacantes,
redirecionando a força adversária, ao invés de combatê-la diretamente, com uma reduzida força
física, uma vez que você conduz o impulso atacante dando entrada ao ataque a partir da
transformação dos movimentos rivais. As técnicas são complementadas com várias
projeções,torções e contusões fazendo uso do que? Da manipulação das articulações
cartilagíneas.

(Usa o Soldado 2 como exemplo. Soldado 1 se senta para assistir a aula)

Mas essa manipulação da violência física serve na verdade pra gente atingir as vias obscuras do
ataque mental, visa primeiramente afetar o indivíduo psicologicamente. Assim, o agente exerce
autoridade sobre a vítima, sujeitando-a a aplicação de maus tratos mentais e psicológicos de
forma continuada e intencional. A dor física é mínima, mas a humilhação, estresse e angústia
causada pode deixar cicatrizes psicológicas permanentes. E nossa vítima vai precisar de
tratamento um para poder superar o trauma, se reintegrar na sociedade. Um reiki, uma
psicanálise, uma mesa radiônica quântica, certo? Para um preso, é muito pior temer que a dor
aconteça do que realmente experimentá-la.

(aplica um golpe no Soldado 2 e ele desmaia. Pega uma sacolinha de plástico e cobre o rosto do
Soldado 2)

O jeito de conseguir traumatizar de maneira eficiente é através do método da sacolinha. Com ela,
podemos impedir que ar adentre as vias aéreas de nossa vítima, e, assim, o corpo não realiza as
trocas gasosas com os bronquílos, atingindo, dessa maneira, um stress mental de nível altíssimo.
A partir daí, teremos, facilmente, o domíno mental sobre nosso inimigo.

(Soldado 2 desfalece)

O importante é não passar do ponto. Uma vez, confesso, que me descuidei. Mas o aluno também
era muito chato, me irritava, falava muito rápido e eu não entendia. Desse modo, o aluno acabou
vindo a óbito. Mas tudo bem, acontece. (sirene anti-bomba começa a tocar) Por hoje é só pessoal.
Lembrem-se: articulações, domínio psicológico, sacolinha! Qualquer dúvida, curtam minha
página no Facebook. Querer é poder. Yes, we can!

Cena 7 - Canibal
(Sem falas. Soldados começam correndo em círculos até congelarem gradativamente. Soldado 3
morre congelado. Soldado 2 começa a comê-lo e tenta oferecer sua carne ao Soldado 1. Quando o
Soldado 2 também pensa em comer o Soldado 1, este último finalmente cede e come a carne do
soldado 3, morto)

Cena 8 – TV
(Soldado 2 entra liga a TV e sai arrastando soldado 3, na TV começa a passar um vídeo com cenas
de guerra e cenas do cotidiano ao som da ponte do rio que cai)

Cena 9 - Piadas
(Soldado 3 entra em cena e coloca uma faixa sobre os olhos. Soldado 2 entra em cena e começa o
exercício de “levar ao chão” com ele. Eles ficam nessa luta por alguns minutos até que o Soldado
2 vence, e deixa o Soldado 3 na posição de quatro, no proscênio. Soldado 3 tenta levantar)
Soldado 2: Não! Não levanta. De quatro! Olha pra frente. (pega duas cervejas, abre uma e oferece
a segunda para alguém da platéia)

Soldado 3: Deixa eu levantar! Por favor. O que é isso? Que agressividade hein. Que masculinidade.
“Soldado na guerra” né. Sei. Hm. Uma vez, durante a guerra Mundial, os soldados invadiram um
convento e estupram todas as freiras. Quando estão saindo, encontram a madre superiora. Daí,
um dos soldados já começa a tirar a roupa e partir para cima dela, quando o capitão intervem:
“Não faça isso! Deixe essa pobre mulher em paz!” E ela: “Nada disso, meu filho! Guerra é guerra”!
Hahaha! Hein, a mulher tava querendo! Você encarava? 120 anos de idade, hahaha…

(Soldado 2 faz uma cara de desaprovação e se afasta gradativamente até sair de cena)

Soldado 3: Deixa eu levantar, por favor. Meu joelho tá doendo. Parece castigo… Uma vez na aula,
A professora pergunta para Joãozinho: “Joãozinho, o que você quer ser quando crescer?” Ele
responde: “soldado!”. “Mas soldado vai pra guerra e o inimigo mata!” diz a professora. “Ah! Então
eu quero ser inimigo!” Hahahaha! Hein!? Sangue nos olhos o moleque. Hahaha! (riso vai
gradativamente virando um choro). Deixa eu levantar, por favor cara. Meu joelho já está em carne
viva! (pausa) E uma vez? Em plena guerra, o soldado chega esbaforido para o sargento e diz:
“Senhor, senhor... Tem um exército vindo em nossa direção!”. “Um exército?” pergunta o
sargento, espantado. “Mas eles são amigos?”. “Não sei, mas acho que sim... Eles estão todos
juntos!”. Hahahaha. Que burro! Esse vai perder a guerra com certeza… Hm? Deixa eu levantar
por favor. Hm? E o soldado que foi enviado ao pelotão de guarda de fronteira, no meio do deserto.
O sargento mostra todo o acampamento e diz quais são as regras básicas. De repente o soldado se
dá conta que não há mulheres na redondeza, e ele pergunta ao sargento como é que fazem para
aliviar as necessidades sexuais. O sargento explica que há um barril com um buraco atrás de uma
barraca. O soldado pergunta: “Posso ir lá todos os dias?”. “Lógico!” responde o sargento - “exceto
quarta”. “Mas por que não na quarta?”; “Porque quarta é seu dia de ficar dentro do barril!”
Hahahaha! Me deixa levantar por favor! (se dando conta de que está sozinho em cena) Alô? Posso
levantar?

Cena 10 - Bravo (Intervalo)


(Soldado 1 entra em cena e coloca um helicóptero de controle remoto no palco e começa a brincar
com ele. Soldados 2 e 3 colocam soldados de brinquedo no palco. Anuncia-se o intervalo. Soldado
2 liga o video-game e começa a jogar um jogo de guerra).

Cena 11 - Guerra Civil


(Soldado 2 sozinho no palco, jogando videogame)

Na época da Guerra Civil, eles sequestravam pessoas, matavam algumas. Eu só tinha 16 anos e
meu amigo desapareceu. Nós o encontramos depois de muita procura. E eles o mataram. Ele foi
torturado com ferros e cortaram sua língua, olhos, nariz e até o pênis. Até hoje lembro disso... Mas
não foi isso que me traumatizou. Eu era responsável por um grupo de jovens naquela época. Cerca
de 300 pessoas foram mortas naquele dia. Do meu time foram 15 ou 20. Quando eles foram
mortos pela milícia cristã de extrema-direita, eu decidi, como reação, planejar uma operação
contra eles. Fui sozinho pra o território base deles. Fui para o banco como civil, para planejar
alguma coisa. Nós planejamos... o que eu decidi fazer... é que íamos pegar os combatentes e levá-
los pra esses buracos, e nós íamos colocar eles lá dentro vivos e jogar cimento no buraco.
De algum jeito meu comandante descobriu o que eu estava pensando. quando fomos até lá, o lugar
estava vazio. Depois o comandante disse que sabia o que estávamos planejando, então nos
impediu.
De tempos em tempos, esse religioso de alta patente vinha para nos visitar. Ele nos perguntava se
queríamos confessar. Então um dia fui vê-lo, não sei por quê. E ele casualmente me perguntou:
“Que pecados você tem, meu filho?” Então eu disse que tinha decidido o destino de algumas
pessoas naquela semana. E minha decisão foi matá-las. E ele disse: “Eu sei! Eu sei que você mata
as pessoas! Mas eu também sei que você não mata ninguém a toa. É sempre por um bom motivo.
Além disso você está numa missão e uma missão pelos motivos certos, justos e verdadeiros. Pra
limpar o mundo dos ímpios. Então nós vamos fazer o seguinte: não vamos mais falar sobre isso
durante os nossos encontros. Eu vou te dar um perdão adiantado pelas próximas 500 mortes! Até
isso acontecer, vá lá e acabe com eles!” Então eu fiquei pensando que se alguém da patente dele
estava falando aquelas coisas e distribuindo perdão, talvez minha consciência estivesse pesada a
toa. Talvez deixar um soldado de quatro um dia todo no sol pra ver se ele aprendia a falar menos,
não fosse nada demais. Talvez planejar concretar uma dúzia de soldados inimigos não fosse
exagero. Ou quando eu tirei o escalpo do rosto de um sargento inimigo, durante um interrogatório
e depois coloquei um espelho na frente dele, par que ele visse o seu rosto sem pele, tivesse sido
coisas de guerra! Mesmo quando eu enfiei o meu fuzil no c... Enfim, eu tenho medo das coisas que
eu planejei naquela época, amigo! Mas você acaba perdendo a humanidade. Você perde,
totalmente a humanidade!

Cena 12 - Infarto
(Sem falas. Soldados correndo em círculos até que Soldado 1 tenha um ataque de tosse e desmaie.
Os outros soldados tentam ressucitá-lo, e conseguem. O Soldado 1 morre e ressucita diversas vezes
até que os outros resolvem matá-lo de vez, enforcado)

Cena 13 - Delírio
(Os 3 soldados enlouquecem. Luz negra. A TV começa a passar desenhos animados de guerra. Os
Soldados executam suas ações que resultam no suicídio do Soldado 2)
(Sobra o Soldado 1 assistindo TV e brincando com o helicópetro. Soldado 2 se levanta e vai até a
TV)

Soldado 2 (pai): Samuel, você está assistindo desenho de guerra de novo? Desliga essa Tv, você
sabe muito bem que quando você assiste isso você fica muito agitado e depois tem pesadelo.
Soldado 1 (Samuel): Já vou…

(A TV desliga e a luz geral acende novamete. Os Soldados tomam suas posições para a última
cena)
Cena 14 - Coreografia final
(Os Soldados dançam uma coreografia de encerramento com suas armas)

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