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Em primeiro lugar, agradeço ao meu Deus, o Todo-poderoso, pelo fôlego de vida, pelo amor e
misericórdia que tem tido por mim, por me permitir realizar um dos meus objectivos, pois sei
que sem Ele, nada do que fiz faria (João 15:5).
Ao meu supervisor, Me. Francisco Wache que, mesmo distante, me orientou na elaboração do
presente trabalho.
Agradeço a minha mãe, Ana da Conceição Francisco Augusto Ossene, que mesmo sem
muitos recursos, lutou para educar-me.
Ao meu pai, Pedro Ossene e à minha família em geral, que sempre me apoiou.
Para terminar, agradeço aos meus amigos Jacinto Pio, Idélcio Norato, Eliúdio Banze,
Esperança Hugo, Emerson Magonzana, Atija Zaona, Abubacar Essimela, Albertina Novela,
Manuel Luís, Alcides Armando e Wilson Benate pelaforça que me deram.
Declaração
Eu, Leonel De Andrade Emanuel Albino Luís, solteiro de 18 anos de idade, nascido a 08 de
Agosto de 1999, natural de Nampula, Distrito de Nampula, Província de Nampula, Filho de
Laurinda José Jacopo e de Albino Luís, portador do BI n o 030101736471B, emitido pelo
arquivo de identificação civil de Nampula, a 25 de Abril de 2017, declaro que este trabalho
científico é da minha autoria.
Em primeiro lugar, agradeço ao meu Deus, o Todo-poderoso, pelo fôlego de vida, pelo amor e
misericórdia que tem tido por mim, por me permitir realizar um dos meus objectivos, pois sei
que sem Ele, nada do que fiz faria (João 15:5).
Ao meu supervisor, Me. Francisco Wache que, mesmo distante, me orientou na elaboração do
presente trabalho.
Agradeço a minha mãe, Ana da Conceição Francisco Augusto Ossene, que mesmo sem
muitos recursos, lutou para educar-me.
Ao meu pai, Pedro Ossene e à minha família em geral, que sempre me apoiou.
Para terminar, agradeço aos meus amigos Jacinto Pio, Idélcio Norato, Eliúdio Banze,
Esperança Hugo, Emerson Magonzana, Atija Zaona, Abubacar Essimela, Albertina Novela,
Manuel Luís, Alcides Armando e Wilson Benate pelaforça que me deram.
Epígrafe
Neufert.
Arte de projectar em arquitectura.
Resumo
Para se escolher a fundação mais adequada, deve-se conhecer os esforços atuantes sobre a
edificação, as características do solo e dos elementos estruturais que formam as fundações.
Assim, analisa-se a possibilidade de utilizar os vários tipos de fundação, em ordem crescente
de complexidade e custos (WOLLE, 1993). Fundações bem projetadas correspondem de 3% a
10% do custo total do edifício; porém, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem
atingir 5 a 10 vezes o custo da fundação mais apropriada para o caso (BRITO, 1987).
Capítulo I: Estudos geotécnicos e geológicos
1. FUNDAÇÕES
1.1.Conceitos gerais
A estrutura de uma obra é constituída pelo esqueleto (figura 1) formado pelos elementos
estruturais, tais como: lajes (1), vigas (2), pilares (3) e fundações (4), etc.
Figura 1 – Estrutura de uma edificação
Segundo Vargas (1982) “o que governa o tipo de fundações a ser adotada não pode ser uma
lei matemática. Ela dependera dos hábitos construtivos da região, das condições económicas
das possibilidades do mercado de trabalho local e dos atributos tecnologicamente importantes
do terreno”.
Pode-se perceber que, para realizar a escolha adequada do tipo de fundação, é importante que
a pessoa responsável pela construção tenha o conhecimento dos tipos de fundação disponíveis
no mercado e suas características sem esquecer da experiência na área. Somente com esses
conhecimentos é que será possível escolher a solução que atenda às características técnicas e
ao mesmo tempo que se adeqúe à realidade da obra.
1.3. Investigação do subsolo
Enquanto segundo Folque (1988) “aconselha três sondagens para uma areia de
200m2 a reconhecer e para areias superiores mais uma sondagem para cada 200m 2 adicionais
ate 800m2. Para áreas entre 800m2 a 2000m2 preconiza uma sondagem a adicional por cada
400m2 e para áreas superiores de acordo com a orientação baseada em critérios geológicos”.
770
SP 03
1200
C asa
de
800 força
Rua Y
SP 02
4500
C entral 1000
telefônica
SP 01
1950
N
1480
2600 3500
Rua X
1.4.Processos de investigação do subsolo
Poços são escavações manuais, geralmente não escoradas, que avançam até que se
encontre o nível de água ou até onde for estável. Os poços permitem um exame do solo nas
paredes e fundo da escavação e a retirada de amostras indeformáveis tipo bloco ou em anéis.
As sondagens a trado são perfurações que podem ser executadas com trados manuais do tipo:
cavadeira, espiral ou torcido, helicoidal. A profundidade também está limitada à profundidade
do nível da água e as amostras retiradas são deformadas. Mas quando a camada do solo for
rochosa faz-se sondagens rotativas para determinar os tipos de rocha e seu estado de sanidade.
O tripé mal assentado enverga-se, desloca-se lateralmente ou uma das pernas afunda, o
que pode comprometer a simetria das hastes e do peso batente;
Variação na energia de cravação, devido a incorrecção na altura de queda do martelo
(0,75m), ou atrito no cabo de sustentação do peso, quando no levantamento do peso;
O processo de avanço da sondagem, acima e abaixo do nível d’água subterrânea
(inclusive a manutenção ou não do “NA”), quando do avanço da sondagem, em cota
abaixo de sua ocorrência;
O furo não estar totalmente limpo, o que provoca sedimentação de material no seu
interior, notadamente, quando se trata de material pedregulhentos;
furo não estar suficientemente alargado para permitir a passagem livre do amostrador
padrão, tipo Raymond.
Profundidade
em metros
C ota Diagrama
(RN) das
Amostra Penetração penetrações C lassificação do material
Nível G olpes/30 cm
da 10 20 30 40
água
0,10 Solo superficial
4 5 1,00 Argila siltosa, variegada
2,3 14 20 1,80 idem, mole
Argila siltosa pouco
9 13 3,00 arenosa, marron, dura
22 35 idem, dura
27 37
2. TIPOS DE FUNDAÇÕES
Segundo Fabiani e Brito (1987/2) citado por Filipe e Valdemar Martins “as fundações se
classificam em does grupos que são: as directas e indirectas, de acordo com a forma de
transferência de cargas da estrutura para o solo onde ela apoia-se”. Os autores citados acima
afirmam que as fundações directas podem ser definidas como sendo “aquelas que transferem
as cargas para as camadas de solo capazes de suportá-las, sem deformar-se exageradamente
Esta transmissão é feita através da base do elemento estrutural da fundação, considerando
apenas o apoio da peça sobre a camada do solo, sendo desprezada qualquer outra forma de
transferência das cargas”.
Eles ainda afirmam que “As fundações directas podem ser subdivididas em rasas e
profundas. A fundação rasa se caracteriza quando a camada de suporte está próxima à
superfície do solo (profundidade até 2,5 m), ou quando a cota de apoio é inferior à largura do
elemento da fundação Por outro lado, a fundação é considerado profunda se suas dimensões
ultrapassam todos os limites acima mencionados”.
E quanto as fundações indirectas eles definem como sendo “sempre profundas, em
função da forma de transmissão de carga para o solo (atrito lateral) que exige grandes
dimensões dos elementos de fundação”. O quadro abaixo ilustra a classificação de vários tipos
de fundações e suas possíveis subdivisões.
Prensada
Mega
Injectada
Raiz
Segundo Brito, (1987) citados por Sílvio e Eng. Maurício “as fundações directas ou
superficiais podem ser divididas em blocos, alicerces, sapata e radiers”.
2.2.Blocos
Este tipo de fundação é utilizado quando há actuação de pequenas cargas, como, por
exemplo, um sobrado. Os blocos são elementos estruturais de grande rigidez. Suportam
predominantemente esforços de compressão simples provenientes das cargas dos pilares. Os
eventuais esforços de tracção são absorvidos pelo próprio material do bloco. Os blocos podem
ser construídos de pedra, tijolos maciços, concreto simples ou de concreto armado. Quando
um bloco é construído de concreto armado ele recebe o nome de sapata de fundação.
Geralmente, usa-se blocos quando a profundidade da camada resistente do solo está entre 0,5
e 1,20 m de profundidade.
Figura 6: Bloco em alvenaria de tijolos
Fonte: Barros (2003, P. 4)
2.3.Alicerces
Quadrada Retangular
São elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhe transmitem a
carga por metro linear. Para edificações cujas cargas não sejam muito grandes, como
residências, pode-se utilizar alvenaria de tijolos, caso contrário, ou ainda para profundidades
maiores que 1,0 m torna-se mais adequado e económico o uso do concreto armado.
1. Escavação;
2. Colocação de um lastro de concreto magro de 5 a 10 cm de espessura;
3. Posicionamento das formas, quando o solo assim o exigir;
4. Colocação das armaduras;
5. Concretagem;
6. Cinta de concreto armado: sua finalidade é a maior distribuição das cargas, evitando
também deslocamentos indesejáveis, pelo travamento que confere à fundação; muitas
vezes, é usado o próprio tijolo como forma lateral;
7. Camada impermeabilizante: sua função é evitar a subida da humidade por
capilaridade para a alvenaria de elevação; sua execução deve evitar descontinuidades
que poderão comprometer seu funcionamento e nunca devem ser feitas nos cantos ou
nas junções das paredes;
2.4.5. Sapatas Associadas
Um projecto económico deve ser feito com o maior número possível de sapatas isoladas.
No caso em que a proximidade entre dois ou mais pilares seja tal que as sapatas isoladas se
sobreponham, deve-se executar uma sapata associada. A viga que une os dois pilares
denomina-se viga de rigidez e tem a função de permitir que a sapata trabalhe com tensão
constante.
Ele compreende quase os memos processos como as demais das sapatas mas devemos tomar
cuidado com:
Locação do centro da sapata e do eixo do pilar;
Cota do fundo da vala;
Limpeza do fundo da vala;
Nivelamento do fundo da vala;
Dimensões da forma da sapata;
Armadura da sapata e do arranque do pilar;
2.5. Radiers
Segundo luís Eduardo santos (2007/6) “classifica os radier quanto a geometria como sendo:
radiers lisos, com pedestais ou cogumelos e caixões”.
2.5.4 caixoes
utiliza-se com a finalidade de ter uma grande rigidez e pode ser executado com vários pisos.
Os tipos acima citados estão em ordem crescente de rigidez. Estes radiers são feitos com
espessura variando de 0,15 m a 2,00 m, dependendo do tipo empregado.
Segundo Mariane de Pieire (2010/24) “os tubulões são elementos estruturais da fundação
que transmitem a carga ao solo resistente por compressão, através da escavação de um fuste
cilíndrico e uma base alargada tronco-cônica a uma profundidade igual ou maior do que três
vezes o seu diâmetro”. Ela cita também que “Pode ser feito ao céu aberto ou sob ar
comprimido (pneumático) e em pelo menos na sua fase final de execução há a descida do
operário por dentro deste”.
NT
0,7 a 1,2 m
NT
2,0 m NA
campânula
guincho
cachimbo
de entrada
do
concreto
cachimbo
de saída do
material
NT
NA
escoras
perdidas
São grandes caixões, em geral, divididos por paredes internas em forma de xadrez
construídos parcialmente ou não, sobre o terreno e afundados a medida que é feita a
escavação por meio de “Clam Shell” nos diversos comportamentos
Esses caixões, são geralmente de concreto armado e construídos sobre uma carreira, à
margem da água ou sobre flutuadores e rebocados em seguida até o local da fundação onde
são submersos. Possuem em geral uma grande câmara de trabalho a qual ligada à superfície
por um ou vários compartimentos circulares estanques, sobre os quais são fixadas as câmaras
de compressão. Uma vez submergidos e fixadas as campânulas, os operários descem para a
câmara de trabalho realizando os serviços de preparo da fundação das mesmas condições que
nos tubulões a ar comprimido.
2.6.3. Estacas Pré-moldadas ou cravadas
Segundo Felipe e Valdemar Martins (2010/27) são “ elementos de fundações executados com
auxílio de ferramentas ou equipamentos”. Execução esta que pode ser por cravação a:
Percussão: É o método de cravação mais empregado, o qual se utiliza pilões de queda-
livre ou automáticos. Um dos principais inconvenientes desse sistema é o barulho
produzido.
Prensagem: Empregada onde há a necessidade de evitar barulhos e vibrações, utiliza
macacos hidráulicos que reagem contra uma plataforma com sobrecarga ou contra a
própria estrutura.
Vibração: Sistema que emprega um martelo dotado de garras (para fixar a estaca),
com massas excêntricas que giram com alta rotação, produzindo uma vibração de alta
freqüência à estaca. Pode ser empregada tanto para cravação como para remoção de
estacas, tendo o inconveniente de transmitir vibrações para os arredores.
Podem ser fabricadas com diversos materiais, sendo as estacas de concreto e
metálicas as mais usuais.
2.6.3.1. Estacas de madeira
São troncos de árvores cravados com bate-estacas de pequenas dimensões e martelos
leves. Antes da difusão da utilização do concreto, elas eram empregadas quando a camada de
apoio às fundações se encontrava em profundidades grandes. Para sua utilização é necessário
que elas fiquem totalmente abaixo da água; o nível de água não pode variar ao longo de sua
vida útil. Utilizam-se estacas de madeira para execução de obras provisórias, principalmente
em pontes e obras marítimas. Os tipos de madeira mais utilizados são: eucalipto, aroeira, ipê
e guarantã.
Figura 16: Estacas de madeira.
Fonte: Rodrigues (P. 44).
Comprimento de 5 a 8 metros, limitado a 12 metros com emendas feitas com talas de chapas
metálicas e parafusos, anel metálico ou sambladura. À estaca durante a cravação, a cabeça
desta deve ser munida de um anel de aço destinado a evitar que ela se rompa. Além disso,
quando a estaca deve atravessar camadas mais resistentes, a ponteira deve ser protegida por
ponteira de aço.
As estacas metálicas são particularmente indicadas pela sua grande capacidade de suporte de
cargas e em terrenos onde a profundidade do plano de fundação é muito variável, sem
problemas quanto ao transporte e manuseio, permitindo aproveitamento de peças cortadas e a
combinação de perfis, desde que devidamente soldados. A principal vantagem é a rapidez na
cravação, podendo ser utilizadas em solos duros e a desvantagem é o custo muito elevado.
Perfis comerciais Trilhos usados soldados
20 x 20
25 x 25
30 x 30 Estribo
35 x 35 helicoidal
Ponta é opcional
2.6.4.1. Brocas
São estacas executadas “in loco” sem molde, por perfuração no terreno com auxílio de
um trado (diâmetro de 15 a 30 cm), sendo o furo posteriormente preenchido com o concreto
apiloado. O trado utilizado é composto de quatro facas, formando um recipiente acoplado a
tubos de aço galvanizado. Os tubos são divididos em partes de 1,20 m de comprimento e à
medida que se prossegue a escavação eles vão sendo sucessivamente emendados. A
perfuração é feita por rotação/compressão do tubo, seguindo-se da retirada da terra que se
armazena dentro deste. Várias restrições podem ser feitas a este tipo de estaca:
Baixa capacidade de carga, geralmente entre 4 a 5 tf;
Há perigo de introdução de solo no concreto, quando do enchimento;
Há perigo, também, de estrangulamento do fuste;
Não existe garantia da verticalidade;
Só pode ser executada acima do lençol freático;
Comprimento máximo de aproximadamente 6,0 m (normalmente entre 3,0 a 4,0 m);
Trabalha apenas à compressão, sendo que às vezes é utilizada uma armadura para fazer a
ligação com os outros elementos da construção. Assim, a broca, à vista de suas características
é usada somente para casos limitados e sua e sua execução é feita normalmente pelo pessoal
da própria obra.
O trado mecânico: também chamada de estacão, é aquela com secção circular, executada por
escavação mecânica com equipamento rotativo, utilizando lama bentonítica ou sem e
concretada com uso de tremonha (funil).
Segundo a FUNDESP (1987) citado por Sílvio e Eng. Maurício a lama betonitica é
constituído por;
A lama bentonítica é constituída de água e bentonita, sendo esta uma rocha vulcânica, onde o mineral
predominante é a montimorilonita. Trata-se de um material tixotrópico que em dispersão muda seu
estado físico por efeito da agitação (em repouso é gelatinosa com ação anti-infiltrante; agitada
fluidifica-se). Seu efeito estabilizante é eficaz quando a pressão hidrostática da lama no interior da
escavação é superior à exercida externamente pelo lençol e a granulometria do terreno é tal que possa
impedir a dispersão da lama.
A coluna de lama exerce sobre as paredes da vala uma pressão que impede o
desmoronamento, formando uma película impermeável denominada "cake", a qual dispensa o
uso de revestimentos. A lama bentonítica é preparada em uma instalação especial denominada
central de lama, onde se faz a mistura da bentonita (transportada em pó). A mistura e com
água pura, em misturadores de alta turbulência, com uma concentração variando de 25 a 70 kg
de bentonita por metro cúbico de água, em função da viscosidade e da densidade que se
pretende obter.
Os processos de execução usuais das estacas trado mecânico e dos barretes podem ser
divididos nas seguintes operações básicas: escavação do terreno com preenchimento da
perfuração com lama bentonítica, colocação da armadura (quando necessária) e concretagem
submersa.
A estaca barrete: possui secção rectangular, executada por escavação com guindaste
acoplado com "clamshell", também utilizando lama bentonítica e concretada com uso de
tremonha.
No caso da estaca barrete, geralmente utiliza-se um equipamento de escavação denominado
"clamshell" mecânico (Figura 3.19) ou hidráulico, com descida livre (cabo) ou com haste de
guia ("kelly") que permite uma melhor condição de verticalidade da estaca. As demais
técnicas executivas (uso de lama bentonítica, colocação da armadura e concretagem
submersa) são substancialmente idênticas às das estacas escavadas.
A estaca hélice contínua é originária nos EUA e aplicada na Europa e Japão na década de
1980. Ela moldada no local após a introdução no terreno de um hélice espiral, por rotação, até
a profundidade estabelecida pelo projecto e injecção de concreto através da haste central da
hélice simultaneamente com a sua retirada do furo.
2.6.4.3.1. Processos de execução
1. Posiciona-se a hélice espiral que na parte inferior possui dentes que facilitam a
escavação;
2. Crava-se a hélice por meio de uma mesa rotativa mesa rotativa;
3. O tubo central é vedado na parte inferior, com uma tampa de protecção, para evitar a
entrada do solo;
4. A perfuração é contínua para não permitir alívio significativo das tensões do terreno.
Isto torna a execução possível em Solos coesivos e arenosos, na presença ou não do
lenço freático;
i) Vantagens
As principais vantagens deste tipo de estaca são:
Elevada produtividade
Pode ser utilizada na maioria dos terrenos, excepto na presença de matacões e rochas.
Não produzem vibrações típicas dos equipamentos de cravação nem causam
descompressão do terreno.
ii) Desvantagens
A estaca tipo frank foi introduzida como fundação pela primeira vez na Bélgica por
Edagard Frankinoul em 1909.e foi circulando de década em década ate os dias de hoje.A
estaca tipo Franki usa um tubo de revestimento cravado dinamicamente com a aponta fechada
por meio de uma bucha e recuperado após a concretagem da estaca.
Para a cravação da estaca, lançam-se areia e brita no interior do tubo de revestimento que
são compactados através de golpes de um pilão. Realizada a cravação, executa-se o
alargamento da base, a armação e finalmente, a concretagem.A cravação de estacas tipo
Franki pode provocar o levantamento das estacas já instaladas devido ao empolamento do
solo circulante que se desloca lateral e verticalmente. A estaca danificada pode ter sua
capacidade de carga prejudicada ou perdida devido a uma ruptura do fuste ou pela perda de
contacto da base com o solo de apoio.
Quando a estaca Franki é moldada em espessas camadas submersas de turfa, argila
orgânica e areias fofas, pode ocorrer o estrangulamento do fuste devido à invasão de água ou
lama dentro do tubo e o encurtamento da armação ocasionado por insuficiência da secção de
aço.Apresentam grande capacidade de carga e podem ser executadas a grandes profundidades.
Podem ser executadas com inclinações de até 25°, sendo a inclinação máxima fixada em
função do tipo da máquina e do comprimento a ser atingido. Também no caso de terrenos com
pedregulhos ou pequenos matacões relativamente dispersos, pode-se utilizar esse tipo de
estacas. Sua execução é sempre feita por uma firma especializada.
i) Vantagens
Grande vibração durante a cravação e pode criar danos aos edifícios vizinhos;
Demora no tempo de execução;
Custo de mão-de-obra elevado;
2.6.4.5. Estaca tipo strauss
Tipo de fundação profunda executada por perfuração através de balde sonda (piteira), com
uso, parcial ou total de revestimento recuperável e posterior concretagem.
É iniciada com um soquete, até uma profundidade de 1m a 2 m. O furo feito com o soquete
serve de guia para introdução do primeiro tubo de revestimento dentado na extremidade
inferior, chamado "coroa". Após a introdução da coroa, o soquete é substituído pela sonda
(piteira), a qual, por golpes sucessivos, vai retirando o solo do interior e abaixo da "coroa",
que vai sendo introduzida no terreno. Quando a coroa estiver toda cravada, é rosqueado o tubo
seguinte, e assim por diante, até que se atinja a profundidade prevista para a perfuração ou as
condições previstas para o terreno. Imediatamente antes da concretagem, deve ser feita a
limpeza completa do fundo da perfuração, com total remoção da lama e da água
eventualmente acumuladas durante a perfuração. Caso as características do terreno o
permitam, o revestimento com o tubo pode ser parcial sendo conveniente que o seu diâmetro
máximo não seja superior a 500mm.
ii) Concretagem
iii) Armadura
As estacas Strauss podem ser armadas. Neste caso, a ferragem longitudinal deve ser
confeccionada com barras rectas, sem esquadro na ponta, e os estribos devem permitir livre
passagem ao soquete de compactação e garantir um cobrimento da armadura, não inferior a 3
cm. Elas compreendem as seguintes vantagens e desvantagens :
Vantagens
Fácil acesso;
Vibração baixa;
Possibilidade de execução com comprimento projectado;
Possibilidade de utilização com presença da água;
Montar equipamentos em terrenos de pequena dimensão.
Desvantagens
A estaca tipo ómega foi desenvolvida como uma estaca moldada “in loco” com deslocamento
horizontal e compactação do terreno, sem remoção do material, em um processo livre de
vibrações. O princípio deste sistema se baseia em um tipo de trado completamente novo que é
aparafusado ao terreno, deslocando o material lateralmente com uma alta taxa de transferência
de energia.
Até o momento, os diâmetros das estacas do tipo Ómega variam de 310 mm até 610 mm,
sendo o torque necessário entre 12,00 e 30,00 t.m., dependendo das características do solo.
Actualmente a carga de trabalho chega à 1700 KN.
Dos pontos de vista econômico e técnico, este tipo de estacas apresenta, se comparado aos
sistemas existentes tradicionais em uso, uma série de vantagens importantes, abaixo
indicadas:
São estacas de pequeno diâmetro escavadas e concretadas no local. Seu diâmetro vária de 80
mm a 400 mm. Suas aplicações tem sido muito variadas desde fundações em geral, reforço de
fundações, fundações de difícil execução pelos métodos tradicionais quer pela ocorrência de
matacões no terreno, quer devido a condições de acesso reduzidas, contenção de taludes,
fundações de máquinas, etc.
i) Perfuração
A perfuração é executada normalmente por rotação com revestimento contínuo do furo e com
auxílio de um fluido em circulação - normalmente água - . O revestimento provisório utilizado
na perfuração possui na sua extremidade inferior uma ferramenta (sapata) de diâmetro
ligeiramente superior ao do tubo de revestimento e dotada de pastilhas de metal duro
(tungstênio).
iii) Concretagem
Este tipo de estacas é indicado para recuperação de estruturas que sofreram algum tipo de
recalque ou dano ou para reforço de embasamento nos casos em que se deseje aumentar a
carga sobre a fundação existente. Na sua execução são empregados pessoal e equipamentos
especializados e utilizam módulos de estacas pré-moldados sendo sua cravação conseguida
por reacção da estrutura existente.
Os elementos constituem de uma ponta que pode ser em aço ou, mais freqüente, de concreto
pré-moldado e por módulos extensores em formato de tubo, ou seja oco por dentro, com
encaixes, de modo que fiquem bem travados. A solidarização é conseguida, após atingir a
nega (por reação), colocando-se a armadura e concretando-se na parte oca da estaca, deixando
esperas. Por fim é conveniente executar um bloco de coroamento logo acima de um
travesseiro, para solidarizar a estrutura a ser reforçada com a estaca prensada colocada.
A verificação de segurança das fundações deve ser estabelecida na mesma base de qualquer
outro elemento estrutural. Assim os princípios gerais de segurança deverão obedecer as
disposições internacionalmente aceites e definidas a regulamentação sobre acções (RSA)
Segundo a norma RSA artigo 4/ item 4.1 entende-se por estado limite um estado a partir do
qual se considera que estrutura fica prejudicada totalmente ou parcialmente na sua capacidade
para desempenhar as funções que lhe são atribuídas.
Par fins de cálculos é aconselhável que a sapata sege rígida, assim pode admitir que a tensão
que chega por pilar vai ser distribuída de uma forma uniforme. Não é conveniente que a
sapata sege flexível excepto em casos especiais, mas se não for o caso haverá problemas de
punҫoamento devido a deformabilidade da sapata. Na hora do dimensionamento tanto na
execução do pilar par além dos esforços verticais tem chegado a fundação momentos esforços
normais e se não tomar cuidado pode vir a prejudicar a própria fundação.
Pré-dimensionamento
i) Área em planta
p
σ adm≥
AxB
ii) Altura
A−a A−a
≤H ≤
4 2
iii) Condição de rigidez
b
↔H ≥
2
Se for quadrada A=B=√ A sap para conhecer-se os lados da sapa ou seja (AxB). Se for
rectangular faz-se uma diferença dos lados, em que o produto da sua multiplicação deve ser
igual ou aproximadamente área calculada anteriormente.
Onde:
σ Tensão KN/m2
A área em m2
A−a
+0,05
4
h h0 ≥ 0,30 m; ∝≥ 30 °
B−b
+0,05
4
3. Cálculo da armadura AS
P Sd x ( A−a)
A Sa=
8 x f syd x(h−0 , 05)
P Sd x ( A−a)
A Sb=
8 x f syd x( h−0 ,05)
Onde:
fsyk
fsyd=
1.15
GLOSSÁRIO NA ÁREA DE PROJECTOS E EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES
Chapa de fretagem – peça de aço soldada sobre a estaca metálica na cota de arrasamento a fim
de permitir a soldagem das esperas e promover a consolidação com o bloco de coroamento.
Cota de arrasamento (CA) – é a cota superior da estaca definida pelo projeto, devendo as
estacas ser cortadas nessa cota no caso de excesso.
Estaca de teste – estaca a ser executada no início dos trabalhos para confirmar os dados do
laudo de sondagem.
Paliteiro – termo utilizado em obras para se referir as estacas colocadas muito próximas umas
das outras, geralmente de concreto pré-moldado ou madeira.
Prova de carga – é um teste padronizado para verificar a capacidade de carga de uma estaca.
Roletes espaçadores – roletes metálicos colocados nas armaduras das estacas com a finalidade
de garantir o recobrimento mínimo.
Suplemento – peça metálica que permite estender a cravação de estacas abaixo da cota do
terreno.
Tubo tremonha – tipo de tubulação com funil para permitir concretagens profundas e evitar a
segregação do concreto e o seccionamento das estacas.
Tubulão – tipo de fundação com fuste de grande diâmetro e base alargada em talude negativo,
geralmente executada com equipamentos especiais de ar comprimido.