Fundamentos de Sinais e Sistemas em Tempo

Discreto

Sinais e Sistemas 2
Aulas 1, 2 e 3

Prof.: Emanuel Benício

emanuelbenicio@gmail.com

1
Introdução
O que é um sinal?
“Função de uma ou mais variáveis, a qual veicula
informação sobre a natureza de um fenômeno físico.”

Dependente de uma variável Unidimensional

Depende de mais de uma variável Multidimensional

2
 Exemplos

Sinais para transmissão de

áudio e vídeo: AM, FM
VHF (30 𝑀𝐻𝑧 −
300 𝑀𝐻𝑧), UHF
(300 𝑀𝐻𝑧 − 3 𝐺𝐻𝑧)

Sinais biológicos: batimentos cardíacos, pressão sanguínea,

temperatura, nível de glicose, índice de colesterol, EEG, ECG

Sinais econométricos: inflação, PIB, índice de desemprego

3
• Sinal Unidimensional: Exemplo com sinais biológicos

4
• Sinal Multidimensional: Exemplo

webneel.com
5
 Sinais de Tempo Contínuo e Sinais Discreto

Amplitude

Tempo

Um sinal de tempo discreto é frequentemente derivado

de um sinal de tempo contínuo, amostrando-se a uma
taxa uniforme.

• Para o tempo contínuo tem-se: 𝑥 𝑡 , em que 𝑡 ∈ ℝ

• Para o tempo discreto, tem-se: 𝑥 𝑛 , em que 𝑛 ∈ ℤ
* Por conveniência será usado 𝑥 𝑛 = 𝑥[𝑛𝑇] 6
• Representação de Sinais no Tempo Discreto
𝑥[𝑛] é um sinal;
𝑘 um instante de tempo de 𝑥.
∞

𝑥 𝑛 = ෍ 𝑥 𝑘 𝛿[𝑛 − 𝑘]
𝑘=−∞

𝑥𝑛
= ⋯ + 𝑥 −2 𝛿 𝑛 + 2 + 𝑥 −1 𝛿 𝑛 + 1 + 𝑥 0 𝛿 𝑛 + 𝑥 1 𝛿 n − 1
+𝑥 2 δ 𝑛−2 +⋯

7
O que é um sistema?

Sinal de Entrada Sistema Sinal de Saída

“Um sistema é definido como uma entidade que manipula

um ou mais sinais para realizar uma função, produzindo
novos sinais.”

8
 Exemplo: Sistema Analógico e Sistema Digital

• Sistema de controle de temperatura

9
• Sistema Digital de filtragem de sinal de voz

10
Processamento do Sinal Analógico versus Digital
Processamento de Sinais
Processamento analógico
1. Circuitos analógicos
compostos por resistores,
capacitores, indutores, amp.
operacionais, etc.
2. Aplicáveis a sinais
independente da faixa de
frequência.
3. Menor flexibilidade.
1. Abordagem analógica ou
de tempo contínuo.
2. Abordagem digital ou de
tempo discreto.
Processamento digital
1. Aplicações realizadas com
dispositivos eletrônicos
programáveis
(microcontroladores).
2. Aplicáveis a sinais com
frequências compatíveis às
frequências de operações destes
dispositivos.
3. Maior flexibilidade.
4. Repetibilidade.
11
Tipos de Sistemas
• Sem memória (estático):

Exemplos:
𝑦 𝑛 = 𝑎𝑥 𝑛 , 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑎 é 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒.
𝑦 𝑛 = (𝑥 𝑛 )2

V=Ri

12
Sistema com memória (Dinâmico):

𝑦 𝑛 + 4𝑦 𝑛 − 1 + 2𝑦 𝑛 − 2 = 𝑥 𝑛 + 3𝑥[𝑛 − 1]

ℎ𝑖 = pequena variação na taxa de entrada de calor

𝜃 = pequena variação na temperatura
C = capacitância térmica 13
Exercícios: Avalie os sistemas abaixo quanto a existência ou não de
memória.

a) ℎ[𝑛] = 𝑘𝛿[𝑛 − 𝑛𝑑 ]𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑 ≠ 0

b) ℎ[𝑛] = 𝑢[𝑛] − 𝑢[𝑛 − 2]
c) ℎ 𝑛 = cos(𝜔0 𝑛)

14
Sistemas causais

𝑦 𝑛 = −4𝑦 𝑛 − 1 − 2𝑦 𝑛 − 2 + 𝑥 𝑛 + 3𝑥[𝑛 − 1]

15
• Sistemas Não-Causais (Aguirre, 2000):

- Sistemas não causais dependem de um número de amostra do tipo 𝑛 +

𝑛𝑎

-Considere um modelo de uma determinada população de besouros

𝐿 𝑘 + 1 = 𝑣𝐵 𝑘
𝐶 𝑘 + 1 = 𝐿 𝑘 1 − 𝜇1
B 𝑘 + 1 = 𝐶 𝑘 1 − 𝜇𝑐 + 𝐵(𝑘) 1 − 𝜇𝑏
onde,
𝐿 é a população de larvas, 𝐶 número de casulos, 𝐵 número de besouros, 𝑣
a taxa de natalidade; 𝜇1 , 𝜇𝑐 e 𝜇𝑏 as taxas de mortalidade das larvas, casulos
e besouros, respectivamente.

Se o modelo não explica exatamente as observações, tem-se:

B 𝑘 + 1 = 𝐶 𝑘 1 − 𝜇𝑐 + 𝐵 𝑘 1 − 𝜇𝑏 + 𝑒(𝑘 + 1)
16
Sistemas Estáveis
• |𝑥 𝑛 | ≤ 𝐵𝑥 ≤ ∞, para todo n

• |𝑦 𝑛 | ≤ 𝐵𝑦 ≤ ∞, para todo n

17
Exercício: Para o seguinte sistema h 𝑛 = 0,9𝑛 𝑢[𝑛 + 1], responda o que
é pedido:
a) O sistema é estável ou instável?
b) O sistema é causal ou não-causal?
c) O sistema possui memória ou não?
d) O sistema é determinístico ou não-determinístico?

Exercício: Para o seguinte sistema h 𝑛 = 𝑢[𝑛], responda o que é

pedido:
a) O sistema é estável ou instável?
b) O sistema é causal ou não-causal?
c) O sistema possui memória ou não?
d) O sistema é determinístico ou não-determinístico?

18
Linearidade

• Um sistema linear é válido se obedecer ao princípio da superposição,

ou seja:
❖Adição
❖Homogeneidade

Exemplo:
a) 𝑦 𝑛 = 𝑥[𝑛]
b) 𝑦 𝑛 = 𝑥 2 [𝑛]
c) 𝑦 𝑛 = cos(2π𝑛)
2𝜋
d) 𝑦 𝑛 = 𝑒𝑗 3 𝑛

19
Sinais Elementares

Função Impulso () ou Amostra Unitária

1, 𝑛 = 0
𝑥 𝑛 =ቊ
0, 𝑛 ≠ 0

20
Função Degrau

1, 𝑛 ≥ 0
•𝑢 𝑛 =ቊ
0, 𝑛 < 0

21
Função Rampa

𝑛, 𝑛 ≥ 0
𝑟 𝑛 =ቊ
0, 𝑛 < 0
Ou,
𝑟 𝑛 = 𝑛𝑢[𝑛]

22
Sequência Exponencial Real

𝑥 𝑛 = 𝐴𝛼 𝑛

23
 Operações Realizadas na Variável
Independente
• Compressão
𝑦 𝑛 = 𝑥[𝑎𝑛], em que a> 1

24
 Transformação nas variáveis independentes
• Reflexão no tempo: 𝑥 𝑛 𝑒 𝑥[−𝑛]

25
Operações Realizadas na Variável
Independente
• Deslocamento em 𝑛:
𝑦[𝑛] = 𝑥[𝑛]
𝑦[𝑛] = 𝑥[𝑛 − 𝑛0 ]
em que 𝑛0 é o deslocamento em 𝑛.
Exercício: Para o sinal a baixo, determine:
𝑥[𝑛 − 2]; 𝑥[𝑛 + 3]; 𝑥[𝑛 − 1]

26
Regra de Precedência para Deslocamento no
Tempo e Mudança de Escala no Tempo
Exercício: Um sinal de tempo discreto x[𝑛] é definido por:
1, 𝑛 = 1, 2
x 𝑛 = ቐ −1, 𝑛 = −1, −2
0, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜
Encontre 𝑦 𝑛 = 𝑥[2𝑛 − 6]

Exercício: Um sinal de tempo discreto 𝑥[𝑛] é definido por:

3, −2 ≤ 𝑛 ≤ 2
x𝑛 =ቐ 0, 𝑛 > 2

27
Sinal Par e Sinal Ímpar

• Um sinal é dito par se

𝑥 −𝑛 = 𝑥 𝑛

• Um sinal é dito ímpar se

𝑥 −𝑛 = −𝑥[𝑛]

28
 Potência e Energia de um Sinal
• Potência instantânea:
𝑃𝑖 = 𝑥(𝑡) 2 𝑃𝑖 = 𝑥[𝑛] 2

• Energia em um intervalo de tempo:

𝑡1 𝑛
𝐸= ‫𝑡׬‬ 𝑥(𝑡) 2 𝑑𝑡 E = σ𝑛10 𝑥[𝑛] 2
0
• Energia em um intervalo infinito
+∞
𝐸 = ‫׬‬−∞ 𝑥(𝑡) 2 𝑑𝑡 E = σ+∞ 𝑛=−∞ 𝑥[𝑛]
2

• Potência média em um intervalo de tempo:

1 𝑡1 1
𝑃= ‫ )𝑡(𝑥 𝑡׬‬2 𝑑𝑡 𝑃= σ𝑛𝑛10 𝑥[𝑛] 2
𝑡1 −𝑡0 0 𝑛1 −𝑛0 +1

• Potência média num intervalo infinito

1 +∞ 1
𝑃 = lim ‫׬‬−∞ 𝑥(𝑡) 2 𝑑𝑡 𝑃 = lim σ+∞
𝑛=−∞ 𝑥[𝑛] 2
𝑇→∞ 2𝑇 𝑁→∞ 2𝑁+1 29
• Exercício: Qual a energia total do sinal de tempo discreto dado
abaixo?

• Exercício: Qual a potência média do sinal de tempo discreto dado

abaixo.

30
Classificação de Sinais

• Sinal periódico: Existe um valor positivo e inteiro

N tal que
𝑥 𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑁 , ∀𝑛
Ou seja:
𝑥 𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑁 = 𝑥 𝑛 + 2𝑁 = 𝑥 𝑛 + 3𝑁
= ⋯ , ∀𝑛
• Período fundamental 𝑁0 é o menor valor positivo
e inteiro tal que:
𝑥 𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑁0 , ∀𝑛
𝑥[𝑛] = 𝐴 cos(Ω𝑛 + 𝜙)
𝑥[𝑛 + 𝑁] = 𝐴 cos(Ω𝑛 + Ω𝑁 + 𝜙)
𝑥[𝑛 + 𝑁] = 𝐴 cos(Ω𝑛 + 2𝜋𝑚 + 𝜙)
31
Exemplo: Avaliar se é um sinal de tempo contínuo ou de
tempo discreto e determinar o período e a frequência
fundamental.

32
Para as sequências seguintes, determine se elas
são periódicas ou não. Em seguida, se as mesmas
forem periódicas, determine o período.

a) 𝑥 𝑛 = sen 3𝜋𝑛
b) 𝑥 𝑛 = sen 0,2𝜋𝑛
c) 𝑥 𝑛 = cos 2𝜋𝑛
6𝜋𝑛
d) 𝑥 𝑛 = 5𝑠𝑒𝑛 35
e) 𝑥 𝑛 = 5𝑠𝑒𝑛 6𝜋𝑛
f) 𝑥 𝑛 = sen 4𝑛
g) 𝑥 𝑛 = −1 𝑛

33
Exercício: Determine a frequência e o período fundamental do sinal
2𝜋 3𝜋
𝑗3𝑛 𝑗4𝑛
𝑥 𝑛 =𝑒 +𝑒

34
• Exercício: Determine se os sinais abaixo são periódicos, se forem
periódicos determine o seu período fundamental.
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
(a) 𝑥 𝑛 = 2 cos 𝑛 + 𝑠𝑒𝑛 𝑛 − 2cos( 𝑛 + ).
4 8 2 6
𝜋 𝜋
(b) 𝑥 𝑛 = cos 𝑛 cos( 𝑛)
2 4

35
Sequência Senoidal

• 𝑥 𝑛 = 𝐴 𝑠𝑒𝑛 𝜔0 𝑛 + 𝜙

36
 Convolução

𝑥 𝑛 = σ∞
𝑘=−∞ 𝑥 𝑘 𝛿[𝑛 − 𝑘] no sistema 𝐻, tem-se:
∞

𝑦 𝑛 =𝐻 ෍ 𝑥 𝑘 𝛿[𝑛 − 𝑘]
𝑘=−∞
E usando a propriedade da linearidade, tem-se
+∞

𝑦 𝑛 = ෍ 𝑥 𝑘 𝐻{𝛿 𝑛 − 𝑘 }
𝑘=−∞
+∞

= ෍ 𝑥 𝑘 ℎ𝑘 [𝑛]
𝑘=−∞
ℎ𝑘 [𝑛] é a resposta ao impulso.

37
• Como é sabido que o sistema LTI é invariante no tempo, então 𝑦[𝑛] =
σ+∞
𝑘=−∞ 𝑥 𝑘 ℎ𝑘 [𝑛] pode ser reescrito como:

+∞

𝑦 𝑛 = ෍ 𝑥 𝑘 ℎ 𝑛−𝑘 𝑦 𝑛 =𝑥 𝑛 ∗ℎ 𝑛 =
𝑘=−∞

Soma da Convolução

Operador de Convolução

38
Conexão de Sistemas
• Paralela:

ℎ1 [𝑛]
𝑥[𝑛] 𝑦[𝑛]
ℎ2 [𝑛]

𝑥[𝑛] ∗ ℎ1 [𝑛] + 𝑥[𝑛] ∗ ℎ2 [𝑛] = 𝑦[𝑛]

• Representação Equivalente e Propriedades:

39
Filtros da Resposta ao
𝑁−1
Impulso Finita (FIR)
𝑦 𝑛 = ෍ℎ 𝑘 𝑥 𝑛−𝑘
𝑘=0

em ℎ 𝑘 são os coeficientes do filtro.

40
• Exercício: Suponha que um sistema 𝐻 do tipo LTI tenha resposta ao
impulso:

1, 𝑛 = −1
4, 𝑛 = 0
ℎ[𝑛] =
−6, 𝑛 = 1
0, 𝑐. 𝑐.

Determine a saída deste em resposta a entrada:

𝑥 𝑛 = 𝑛(𝑢 𝑛 − 𝑢 𝑛 − 3 )

41
• Exercício: Suponha que um sistema 𝐻 do tipo LTI tenha resposta ao
impulso:

ℎ 𝑛 = 2(𝑢 𝑛 + 2 − 𝑢 𝑛 − 2 )

Determine a saída deste em resposta a entrada:

𝑥 𝑛 =𝑢 𝑛+2 −𝑢 𝑛−2

42
 • Exercícios: Determine y[n] para o sistema abaixo.

ℎ1 [𝑛]
𝑥[𝑛] 𝑦[𝑛]
ℎ2 [𝑛]

Considere:
2, 𝑛 = 0 10, 𝑛 = 0 6,4, 𝑛 = 1
5, 𝑛 = 1 −7, 𝑛 = 1 5,3, 𝑛 = 2
ℎ1 [𝑛] = ; ℎ2 [𝑛] = e x[𝑛] =
9, 𝑛 = 2 6, 𝑛 = 2 −2,1, 𝑛 = 3
0, 𝑐. 𝑐. 0, 𝑐. 𝑐. 0, 𝑐. 𝑐.

43
 Algumas Séries Geométricas

• Para 𝒓 < 𝟏

44
Exercício: Considere um sistema com resposta ao impulso ℎ 𝑛 =
1 𝑛
𝑢[𝑛] e entrada 𝑥 𝑛 = 𝑢 𝑛 . Determine a saída deste sistema
3
usando a definição analítica da convolução.

45
Exercício: Considere um sistema com resposta ao impulso ℎ 𝑛 =
𝑎𝑛 𝑢[𝑛], 𝑝𝑎𝑟𝑎 0 ≤ 𝑛 ≤ 6, e entrada 𝑥 𝑛 = 𝑢 𝑛 . Determine a saída
usando a definição analítica da convolução. Considere 𝑎 < 1.

46
Exercício: Considere um sistema com resposta ao impulso ℎ 𝑛 =
𝑎𝑛 𝑢[𝑛], 𝑝𝑎𝑟𝑎 0 ≤ 𝑛 ≤ 8; e entrada 𝑥 𝑛 = 𝑢 𝑛 , para 0 ≤ 𝑛 ≤ 5
Determine a saída usando a definição analítica da convolução.
Considere 𝑎 < 1.

47
Exercícios: 2.2 Haykin

• Fazer da (a) até a (g)

48
 Função de Correlação Cruzada (FCC)
∞

𝑟𝑥𝑦 [𝑛] = ෍ 𝑥 𝑘 𝑦[𝑛 + 𝑘]

𝑘=−∞

Exemplo: Determine a correlação cruzada entre os sinais x e y.

4, 𝑛 = 0
1, 𝑛 = 0
7, 𝑛 = 1
2, 𝑛 = 1
𝑥[𝑛] = ; 𝑦[𝑛] = 5, 𝑛 = 2
3, 𝑛 = 2
8, 𝑛 = 3
0, 𝑐. 𝑐.
0, 𝑐. 𝑐.

49
 Lembrando
Equações Diferenciais
• Equação diferencial linear, de coeficientes constantes.

Equações de Diferenças
• Equação de diferenças linear, de coeficientes constantes.
𝑁 𝑀

෍ 𝑎𝑘 𝑦 𝑛 − 𝑘 = ෍ 𝑏𝑙 𝑥[𝑛 − 𝑙]
𝑘=0 𝑙=0

50
Equações de Diferenças
𝑁 𝑁

෍ 𝑎𝑘 𝑦 𝑛 − 𝑘 = ෍ 𝑏𝑘 𝑥 𝑛 − 𝑘
𝑘=0 𝑘=0

Ex.: 𝑦 𝑛 + 5𝑦 𝑛 − 1 + 6𝑦 𝑛 − 2 = 𝑥 𝑛 + 3𝑥[𝑛 − 1]

• Fórmula Recursiva

51
Exercício: Para o sistema contínuo dado a seguir, em que m é a massa, b o
coeficiente de atrito, k a constant elástica da mola, 𝑥 𝑡 a entrada e 𝑦(𝑡) a
saída, responda o que é pedido:
(a) Qual a ordem do sistema.
(b) A que corresponde os dispositivos de armazenamento de energia.

Exercício: Para a equação de diferenças dada a seguir, a qual representa

um determinado sistema dinâmico, responda o que é pedido:
(a) Qual a ordem deste sistema.

Qual a ordem? 52
• Exercício: Para a equação de diferenças dada a baixo, a qual descreve o
comportamento de um determinado sistema

𝑦 𝑛 + 0.4𝑦[𝑛 − 1] + 0,30𝑦 𝑛 − 2 = 0,40𝑥 𝑛 + 0,12𝑥 𝑛 − 1

Determine:
(a) A fórmula recursiva para obtenção de 𝑦[𝑛].
(b) A resposta ao degrau.
(c) A saída quando a entrada for zero e as condições iniciais forem
𝑦 −1 = 2 e 𝑦 −2 = 1.

53
• Exercício: Para a equação de diferenças dada a baixo, a qual descreve o
comportamento de um determinado sistema

𝑦 𝑛 − 1,32𝑦 𝑛 − 1 + 0,50𝑦 𝑛 − 2
= 0,40𝑥 𝑛 + 0,12𝑥 𝑛 − 1 + 0,30𝑥[𝑛 − 2]

Determine:
(a) A fórmula recursiva para obtenção de 𝑦[𝑛].
(b) A resposta ao degrau.
(c) A saída quando a entrada for zero e as condições iniciais forem
𝑦 −1 = 2 e 𝑦 −2 = 1.

54
 Exercício:
1-Considere o sistema representado pela seguinte equação de
diferenças.

𝑦 𝑛 − 2,4𝑦 𝑛 − 1 − 2,3𝑦[𝑛 − 3]
= 0,40𝑥 𝑛 + 0,12𝑥 𝑛 − 1 + 0,30𝑥 𝑛 − 2

a) Determine a saída considerando x[n]=0, y[-1]=3, y[-2]=2 e y[-3]=1.

b) Para y[-1]=3, y[-2]=2 e y[-3]=1; e x[n] = u[n], determine a saída do

sistema para as próximas 1000 iterações.
𝜋
c) Repita o exercício anterior considerando 𝑥 𝑛 = cos( 𝑛).
5

55
Como visto em cálculo: Resolvendo Equações diferenciais - Resposta Natural

Equação Diferencial

Padrão de Resposta

Em que 𝑟𝑖 são as N raízes da equação característica do sistema.

𝑁
Equação Característica ෍ 𝑎𝑘 𝑟 𝑘 = 0
𝑘=0

56
Resolvendo Equações a diferenças– Resposta Natural

Equação a Diferenças

Padrão de Resposta

𝑁
Equação Característica ෍ 𝑎𝑘 𝑟 𝑁−𝑘 = 0
𝑘=0

57h
Natureza das Raízes

Reais Exponenciais Reais

Imaginárias Senoidais

Complexas Senoides com envoltória exponencial

58
Resposta Natural: Raízes Reais

0.8

0.6

0.4

y(t)
0.2

-0.2

-0.4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
tempo (s)

59
Resposta Natural: Raízes Imaginárias

0.8

0.6

0.4

0.2

y(t)
0

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
tempo (s)

60
Resposta Natural: Raízes Complexas

0.5

y(t)
0

-0.5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
tempo (s)

61
Caso de Raízes Repetidas p vezes

Caso Contínuo

Caso Discreto

62
Exercícios (Haykin, 2.18):

Determine a resposta natural para os seguintes sistemas:

a) 𝑦 𝑛 − 𝛼𝑦 𝑛 − 1 = 2𝑥 𝑛 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑦 −1 = 3
9
b) 𝑦 𝑛 − 16 𝑦 𝑛 − 2 = 𝑥 𝑛 − 1 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑦 −1 = 1 𝑒 𝑦 −2 = −1
1 1
c) 𝑦 𝑛 − 4 𝑦 𝑛 − 1 − 8 𝑦 𝑛 − 2 = 𝑥 𝑛 − 1 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑦 −1 =
0 𝑒 𝑦 −2 = 1
9
d) 𝑦 𝑛 + 16 𝑦 𝑛 − 2 = 𝑥 𝑛 − 1 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑦 −1 = 1 𝑒 𝑦 −2 = −1
1
e) 𝑦 𝑛 + 𝑦 𝑛 − 1 + 2 𝑦 𝑛 − 2 = 𝑥 𝑛 + 2𝑥 𝑛 − 1 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑦 −1 =
− 1 𝑒 𝑦 −2 = 1.

63
Resposta Forçada

É a solução da equação diferencial ou de diferenças

correspondente a uma dada entrada, supondo condições
iniciais nulas. Consiste na soma de dois termos: um termo
que tem a mesma forma da resposta natural e um outro
termo associado à solução particular, 𝑦 𝑝 𝑡 , 𝑦 𝑝 [𝑛].

𝑥 𝑛 = 𝛼 𝑛 ⟹ 𝑦𝑝 𝑛 = 𝑐𝛼 𝑛

𝑥 𝑛 = 𝐴 cos(Ω𝑛) ⟹ 𝑦𝑝 𝑛 = 𝑐1 cos Ω𝑛 + 𝑐2 sen(Ω𝑛)

64
65
Exercícios:
Determine a resposta forçada para os sistemas abaixo.
𝟐
a) 𝒚 𝒏 − 𝟓
𝒚 𝒏 − 𝟏 = 𝟐𝒙[𝒏]
(i) 𝑥 𝑛 = 2𝑢[𝑛]
1 𝑛
(ii) 𝑥 𝑛 =−
2
𝑢[𝑛]
𝜋
(iii) 𝑥 𝑛 = cos 𝑛 𝑢[𝑛]
5

𝟗
b) 𝒚 𝒏 − 𝒚 𝒏 − 𝟐 = 𝒙[𝒏 − 𝟏]
𝟏𝟔
(i) 𝑥 𝑛 = 𝑢[𝑛]
1 𝑛
(ii) 𝑥 𝑛 =−
2
𝑢[𝑛]
3 𝑛
(iii) 𝑥 𝑛 = 𝑢[𝑛]
4

66
 𝟏 𝟏
c) 𝒚 𝒏 − 𝒚 𝒏 − 𝟏 − 𝒚 𝒏 − 𝟐 = 𝒙 𝒏 + 𝒙[𝒏 − 𝟏]
𝟒 𝟖
(i) 𝑥 𝑛 = −2𝑢[𝑛]
1 𝑛
(ii) 𝑥 𝑛 = 8
𝑢[𝑛]
𝜋
𝑗 𝑛
(iii) 𝑥 𝑛 = 𝑒 4 𝑢[𝑛]

𝟏
d) 𝒚 𝒏 + 𝒚 𝒏 − 𝟏 + 𝒚 𝒏 − 𝟐 = 𝒙 𝒏 + 𝟐𝒙[𝒏 − 𝟏]
𝟐
(i) 𝑥 𝑛 = 𝑢[𝑛]
1 𝑛
(ii) 𝑥 𝑛 = −
2
𝑢[𝑛]

67
• Resposta Completa: A resposta completa de um sistema é
dada por 𝑦𝑓𝑛𝑎𝑡. 𝑛 + 𝑦𝑝 𝑛 , utilizando-se as condições
iniciais fornecidas/obtidas.

68
• Exercício: Determine a saída dos sistemas para as entradas e condições
iniciais fornecidas.
1 1 𝑛
(a) 𝑦 𝑛 − 2
𝑦 𝑛 − 1 = 2𝑥 𝑛 , 𝑦 −1 = 3, 𝑥 𝑛 = 2 −
2
𝑢𝑛
1
(b) 𝑦 𝑛 − 9
𝑦 𝑛−2 =𝑥 𝑛−1 , 𝑦 −1 = 1, 𝑦 −2 = 0, 𝑥 𝑛 = 𝑢[𝑛]
1 1
(c) 𝑦 𝑛 − 4
𝑦
𝑛−1 − 𝑦 𝑛−2 =𝑥 𝑛 +𝑥 𝑛−1 ,
8
𝑦 −1 = 2,
𝑦 −2 = −1, 𝑥 𝑛 = 2𝑛 𝑢[𝑛]
3 1
(d) 𝑦 𝑛 − 4 𝑦 𝑛 − 1 + 8 𝑦 𝑛 − 2 = 2𝑥 𝑛 , 𝑦 −1 = 1, 𝑦 −2 = −1,
𝑥 𝑛 = 2𝑢[𝑛]

69
HAYKIN, S. S.VAN VEEN, B. S. Sinais e Sistemas. São Paulo:
Bookman, 1999. 668p.
OPPENHEIM, A. V., WILLSKY, A. S., NAWAB, S. H. Sinais e
Sistemas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 568p.
AGUIRRE, L. A. Introdução a Identificação de Sistemas –
Técnicas Lineares e Não-Lineares Aplicadas a Sistemas Reais,
Ed. UFMG, 2000
OGATA, Katsuhiko. Engenharia de controle moderno. 4. ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2003. reimp. 2005 788 p.
Garcia, Claudio. Modelagem e Simulação de Processos
Industriais e de Sistemas Eletromecânicos. EdUSP, 2005.

70