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sustentabilidade de habitações de
interesse social com foco no projeto
Methodology for evaluating the sustainability of social
interest houses with focus on design
Introdução
Apesar de uma conscientização tardia, a (c) padrões de desempenho mínimos, tais como
construção civil vem adotando posturas mais os relacionados a saúde, higiene, fogo,
proativas em relação ao meio ambiente e à flexibilidade e segurança;
sustentabilidade. Agopyan et al. (1998) apontam
(d) financiamentos com maiores prazos; e
como sendo do início da década de 1990 o
surgimento das primeiras medidas consistentes no (e) garantia de disponibilidade de terra adequada
Brasil, com estudos mais sistemáticos e resultados à construção por meio da valorização social do
mensuráveis sobre reciclagem, redução de perdas e solo.
de energia na construção civil. Este trabalho tem por objetivo descrever uma
Em relação à legislação, observam-se alguns metodologia desenvolvida para avaliar projetos de
avanços na busca de maior eficiência no processo habitações de interesse social, considerando-se os
de produção de edificações, tais como a Resolução aspectos ambientais, socioculturais e econômicos,
307/2002 do Conama, a Lei de Eficiência intitulada “Metodologia para Análise de
Energética de 2001 (BRASIL, 2001) e o Programa Sustentabilidade de Projetos de Habitações de
Nacional de Conservação de Energia Elétrica Interesse Social – MASP-HIS”.
(Procel) (BRASIL, 2001), também aplicado à Essa metodologia analisa as características que
etiquetagem de edificações. A Resolução do podem conferir sustentabilidade aos projetos e
Conama estabelece responsabilidades para o apresenta resultados na forma de índices de
resíduo da construção civil, o que pode vir a gerar sustentabilidade, tanto parciais, para cada um dos
uma melhor gestão e, portanto, maior eficiência no aspectos citados, como de projeto, englobando
uso de materiais nos canteiros. O Procel, que todos os aspectos em conjunto.
estabelece níveis mínimos de eficiência energética,
contribui para a racionalização do uso de energia. Em virtude da grande quantidade de dados
necessários para a verificação da sustentabilidade
Por fim, em termos de produtos, tem-se observado de projeto e com a finalidade de viabilizar os
a entrada no mercado de inovações denominadas cálculos dos índices de sustentabilidade de forma
mais sustentáveis, tais como vasos sanitários com rápida e segura, desenvolveu-se uma ferramenta
redução de vazão, torneiras com sensores, sistemas denominada PROMASP-HIS. Essa ferramenta foi
de geração de energia alternativa e outros. construída na linguagem Visual Basic, com a
Entretanto, para que o Brasil desenvolva-se de utilização de interface gráfica e de entrada e saída
forma sustentável, é preciso reduzir o déficit de de dados do software Microsoft ExcelTM, que
habitação para as populações de baixa renda, o que também se presta à execução dos cálculos e das
hoje é um dos maiores problemas sociais. Além da operações lógicas necessárias. Para testar sua
redução do déficit, porém, há de se considerar a exequibilidade do ponto de vista da compreensão
qualidade dessas habitações, considerando-se a de seu conteúdo, procedeu-se a sua aplicação em
sustentabilidade, entre outras exigências, definida dois projetos de habitações desenvolvidos na
pela durabilidade, manutenabilidade e adequação região metropolitana de Goiânia, GO.
ambiental, conforme a NBR 15575 (ABNT, 2010).
Também, na produção dessas habitações, há a Interfaces entre projetos,
necessidade de integrarem-se as diversas
dimensões da sustentabilidade, quais sejam: social, sustentabilidade e métodos de
econômica, ecológica, espacial e cultural. avaliação de sustentabilidade
Segundo Choguill (2007), para que as políticas de O projeto é um dos elementos fundamentais do
habitação resolvam o problema habitacional com processo de produção no setor da construção. É na
sustentabilidade, isto é, para que sejam viáveis fase de projeto que o produto é concebido e os
economicamente, socialmente aceitas e com materiais e as técnicas construtivas são
técnicas praticáveis e ambientalmente compatíveis, especificados. É o elemento indutor da
são necessários: racionalização da construção, da qualidade do
(a) participação da comunidade em todas as produto final e de sua sustentabilidade.
etapas, para a busca de redução dos custos, Segundo o U. S. Green Building Council, o
satisfação de todos os envolvidos e garantia de conceito de green design refere-se a práticas de
qualidade; projeto e construção que significativamente
(b) materiais de boa qualidade e custos acessíveis, reduzem ou eliminam o impacto negativo dos
com respeito à preservação ambiental; edifícios e dos ocupantes no ambiente, em cinco
grandes áreas (UNITED..., 2011):
(a) planejamento sustentável local; Cole et al. (2005) apontaram alguns avanços
(b) proteção e uso eficiente dos recursos hídricos; proporcionados pelo uso de métodos de avaliação,
tais como:
(c) eficiência energética;
(a) prática de projeto de edificações ecológicas,
(d) conservação de recursos e materiais; e na medida em que fornecem uma lista de questões
(e) qualidade do ar interno. em uma estrutura com prioridades explícitas para
serem inseridas no rol de questões normalmente
Para Cheung e Cheng (2008), os requisitos para consideradas no processo de tomada de decisão;
projetos sustentáveis em Hong Kong são:
(b) possibilidade de descrição abrangente do
(a) sustentabilidade social: desempenho ambiental de uma edificação, mesmo
- conectividade; por meio de critérios prescritivos; e
- serviços; (c) possibilidade de reformulação do processo de
projeto, tendo em vista que a inclusão de critérios
- vizinhança e contexto; e ambientais requer maior integração e trabalho
- cultura e patrimônio da comunidade. multidisciplinar.
(b) sustentabilidade econômica: De acordo com Silva (2003), Sperb (2000) e
Oliveira (2005), uma vez apresentada e justificada
- qualidade;
a necessidade de desenvolverem-se sistemas de
- flexibilidade para mudança; avaliação da sustentabilidade de edificações no
- reutilização das estruturas existentes; e contexto brasileiro, deve-se levar em conta as
limitações existentes em termos de dispersão de
- estratégia de manutenção eficiente. estudos, ausência de dados confiáveis e
(c) sustentabilidade ambiental: conhecimento e interesse sobre questões
ambientais por conta dos agentes envolvidos na
- saúde do ambiente; tomada de decisão.
- ventilação natural; Observa-se, no contexto aqui estudado, que o
- microclima; desenvolvimento de metodologias e ferramentas
capazes de avaliar a sustentabilidade, ora
- conservação de energia;
certificando, ora apoiando medidas que levem a
- água; e construções mais sustentáveis, está em
- conforto ambiental. desenvolvimento dinâmico e acelerado em várias
partes do mundo, como nos Estados Unidos,
A elaboração de um projeto é um processo Inglaterra, Canadá, França, Portugal, Japão, África
complexo, que exige um desempenho cada vez do Sul e Brasil, entre outros países, forçando
melhor. Além da complexidade, há potenciais mudanças rápidas do segmento no que diz respeito
deficiências no processo, como, por exemplo, aos impactos ambientais, sociais e econômicos
dificuldade de integração entre as atividades de gerados.
projeto e execução, falta ou ineficácia da gestão de
qualidade e da gestão ambiental, ausência de Após a revisão da literatura acerca do tema
integração entre os agentes envolvidos e carência realizada neste trabalho, destacam-se alguns
de projetistas com especialização contínua. sistemas de avaliação ambiental de edifícios tais
Observa-se também nesse campo a necessidade de como: BREEAM (Building Research
mudanças de paradigmas, por meio de um esforço Establishment Environmental Assessment Method)
interativo de todos os envolvidos com pesquisa, (BUILDING…, 2007), GBTool (Green Building
planejamento, controle e uso de métodos Challenge) (LARSSON, 2005), LEED
sistemáticos. (Leadership in Energy and Environmental Design)
(UNITED…, 2011), CASBEE (Comprehensive
Visando facilitar a integração de considerações de Assessment System for Building Environmental
sustentabilidade na tomada de decisões para a Efficiency) (IWAMURA, 2005), HK-BEAM
viabilização de novos empreendimentos, Kaatz (Hong Kong Building Environmental Assessment
(2006) afirmam que a aplicação de metodologias e Method) (LAM, 2008), HQE (NF Bâtiments
sistemas de avaliação da sustentabilidade de Tertiaires: Démarche HQE® Bureau et
edificações representa um dos meios de Einseignement) (BUREAU/ENSEIGNEMENT,
implantação da Agenda 21, uma vez que as 2008), MARS (Building Sustainability Assessment
avaliações possibilitam decisões mais conscientes Tool), Lidera (Sustainable Assessment System)
dos impactos e das ações de mitigação. (BRAGANÇA; MATHEUS, 2008) e SBAT
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CIRIA – Construction Industry Research and Information
Association: indicadores de sustentabilidade para a indústria da
construção do Reino Unido (CONSTRUCTION..., 2001).
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Na esfera das nações CSD – Theme Indicator Framework – CRISP – Construction and City Related Sustainability Indicators:
organiza os indicadores em quatro dimensões: aspectos sociais, indicadores de sustentabilidade relacionados ao setor de
ambientais, econômicos e institucionais. construção (rede europeia) (CRISP..., 2001).
(c) categoria conforto e saúde (conforto (f) coesão social e participação dos usuários e de
higrotérmico, qualidade do ar, condições de outras partes interessadas no processo de
ventilação, confortos acústico e lumínico, construção;
qualidade da água potável); e
(g) qualidade arquitetônica das edificações; e
(d) categoria do custo do ciclo de vida (custos proteção do patrimônio cultural.
antes de construir, de manutenção, de operação e Quanto aos temas sociais, não se pode deixar de
de desconstrução). citar os indicadores Ethos de Responsabilidade
Observa-se, então, que os indicadores ambientais Social, referentes aos seguintes aspectos:
estão relacionados com os impactos que as
(a) valores, transparência e governança em
edificações podem causar a elementos naturais, compromissos éticos;
como clima, atmosfera, recursos hídricos e não
renováveis, entre outros, bem como com a (b) valorização do público interno;
mitigação desses impactos a partir da reciclagem, (c) gestão participativa; respeito ao indivíduo e
da disposição correta de resíduos e do uso trabalho decente; e
adequado dos recursos naturais.
(d) relação com os consumidores, clientes,
Por outro lado, os indicadores econômicos indicam fornecedores, comunidade e governo (ETHOS,
fluxos financeiros ligados à edificação. Dessa 2011).
forma, a avaliação do impacto econômico dessas
edificações pode ser baseada no custo do ciclo de Os indicadores estabelecidos na metodologia
vida, considerando os custos do investimento proposta neste trabalho são considerados
inicial (local, projeto, produção, construção), do indicadores de desempenho, para ser utilizados no
uso (consumo de água e de energia e contexto da avaliação de projetos de habitações de
gerenciamento dos resíduos), da manutenção, da interesse social. Possibilitam avaliação para fins de
desconstrução, além da taxa de retorno e do melhorias de projetos, estabelecem benchmarks e
rendimento gerado pela edificação e por seus permitem comparações entre projetos individuais,
serviços. apoiando as tomadas de decisão e o planejamento
estratégico do setor com base na sustentabilidade
Os projetos de edificações podem beneficiar-se no que se refere aos aspectos ambientais,
com o uso de avaliação dos custos do ciclo de vida socioculturais e econômicos.
no início da etapa de concepção, para que os
resultados contribuam para apoiar as decisões tanto
de investimento como de custos de operação Metodologia para Análise de
(KRIGSVOLL, 2008). Sustentabilidade de Projetos
Os indicadores sociais, no entanto, são usados para de Habitações de Interesse
descrever como as edificações interagem em
relação aos assuntos atinentes à sustentabilidade
Social – MASP-HIS
com a comunidade local4. Como aspectos sociais, A Metodologia para Análise de Sustentabilidade
a ISO/TS 21929-1 (ISO, 2006) sugere que os de Projetos de Habitações de Interesse Social –
indicadores contemplem os seguintes temas: MASP-HIS, apresentada neste trabalho, foi
(a) qualidade das construções como um lugar para estruturada segundo a ordem hierárquica
viver e trabalhar; apresentada na Figura 1.
Metodologia para avaliação da sustentabilidade de habitações de interesse social com foco no projeto 211
Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 207-225, jan./mar. 2012.
Grupo 1 - Como podem ser medidos os aspectos A partir desses temas, incluídos na ferramenta
ambientais, socioculturais e econômicos? PROMASP-HIS, o profissional responsável pela
Grupo 2 - Quais são os elementos necessários para análise da sustentabilidade do projeto de HIS em
análise deve informar se o projeto contempla ou
contemplar os aspectos ambientais, socioculturais
e econômicos para a construção sustentável? não os temas previstos para cada um dos
indicadores ambientais. Ele também pode verificar
Grupo 3 - Esses elementos são aplicáveis em HIS? que o tema não se aplica ao projeto em questão e,
Grupo 4 - Quais temas relacionados àqueles assim, excluí-lo automaticamente dos cálculos.
elementos são aplicáveis à fase de projeto? As respostas positivas e/ou negativas dos temas,
Grupo 5 - Os temas aplicáveis à fase de projeto em análises de projetos específicos, refletem no
podem ser dispostos na forma de check list com valor dos indicadores e dos sucessivos índices
resposta SIM ou NÃO? parciais e de projeto, conforme a hierarquia
apresentada na Figura 1. As respostas positivas, no
Verificou-se, em resposta à pergunta do grupo 1, entanto, elevam os valores dos indicadores e dos
que os aspectos ambientais, socioculturais e índices, e indicam maior nível de sustentabilidade.
econômicos podem ser medidos na forma de As fórmulas para a obtenção desses valores estão
indicadores, de acordo com os critérios e requisitos apresentadas nos itens subsequentes.
apresentados na literatura pesquisada. Com isso, a
ideia foi reunir esses critérios e requisitos em uma As respostas aos temas são as variáveis
única metodologia e dividi-los em categorias. independentes e configuram os dados de entrada
da metodologia MASP-HIS. Os índices de
As respostas às perguntas do grupo 2, aplicáveis sustentabilidade, por sua vez, são as variáveis
em HIS (de acordo com as perguntas do grupo 3), dependentes.
foram reunidas em subcategorias para cada
categoria definida, conforme apresentadas nas Aspectos ambientais para a análise dos
Figuras 2, 3 e 4, em seus respectivos aspectos
ambientais, socioculturais e econômicos. As projetos completos
subcategorias são os indicadores de Os aspectos ambientais para a análise dos projetos
sustentabilidade da metodologia MASP-HIS. completos foram divididos em três categorias (A,
A partir da pergunta do grupo 4, foram B e C), as quais, por sua vez, foram divididas em
identificados temas aplicáveis à fase de projeto, subcategorias, conforme pode ser observado na
dentro de cada indicador. Foram aproveitados os Figura 2. As subcategorias são os indicadores
temas que, na forma de perguntas, podem ser ambientais para a análise dos projetos completos
dispostos como check list, com resposta SIM ou das edificações.
NÃO, atendendo à pergunta do grupo 5.
Figura 2 - Aspectos ambientais para a análise dos projetos completos das edificações
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Quadro 1 - Indicadores ambientais para a análise dos projetos completos das edificações, equação e
quantidade de perguntas (temas) para cada indicador
Subcategoria (indicador de sustentabilidade
Categoria Equações Qtde de temas
ambiental)
Uso do solo (US) US = QS/QT 26
(A)
Consumo de água (CA) CA = QS/QT 9
Consumo
de Consumo de energia (CE) CE = QS/QT 6
Recursos, Consumo de materiais (CM) CM = QS/QT 11
Energia e
Fluxo de Resíduos (R) R = QS/QT 11
Massa
Saúde, higiene e qualidade de vida (QV) QV = QS/QT 9
(B) Conforto eletromagnético (CEM) CEM = QS/QT 2
Qualidade Conforto tátil e antropodinâmico (CTA) CTA = QS/QT 3
Interna da Ventilação (V) V = QS/QT 13
Habitação Conforto acústico (CA) CA = QS/QT 7
– Conforto Conforto lumínico (CL) CL = QS/QT 15
e Saúde
Conforto higrotérmico (CHT) CHT = QS/QT 7
Durabilidade (DM) DM = QS/QT 9
(C)
Segurança (estrutural, fogo, uso e operação) (S) S = QS/QT 25
Qualidade
do Estanqueidade (E) E = QS/QT 11
Produto/ Habitabilidade, funcionalidade e flexibilidade (HFF) HFF = QS/QT 8
Habitação Construtibilidade (C) C = QS/QT 10
Figura 4 - Apresentação do indicador com seu respectivo índice em conjunto com o resultado gráfico da
subcategoria A1 – Uso do solo
Figura 5 - Aspectos socioculturais para a análise dos projetos completos das edificações
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Quadro 2 - Indicadores socioculturais para a análise dos projetos completos das edificações, equação e
quantidade de perguntas (temas) para cada indicador
Subcategoria (indicador de sustentabilidade Qtde de
Categoria Equações
sociocultural) temas
Infraestrutura (IF) IF = QS/QT 11
Conforto e saúde (CS) CS = QS/QT 9
(D)
Qualidade do produto/habitação (QP) QP = QS/QT 10
Social
Relacionamento com a comunidade local (CL) CL = QS/QT 6
Participação (P) P = QS/QT 8
(E) Herança cultural (HC) HC = QS/QT 8
Cultural
(F) Políticas públicas (PP) PP = QS/QT 18
Político e Educação ambiental (EA) EA = QS/QT 3
Institucional
(G) Empresas construtoras (EC) EC = QS/QT 31
Geração de Empresas de projeto (EP) EP = QS/QT 35
Renda e Fornecedores para empresas de projeto (F) F = QS/QT 9
Responsabili- Usuários (U) U = QS/QT 3
dade Social
(H) Segurança (S) S = QS/QT 4
Segurança
Figura 6 - Exemplos dos temas propostos para a subcategoria HC – Herança cultural, que pertence à
categoria E – Cultural
Figura 7 - Aspectos econômicos para a análise dos projetos completos das edificações
Figura 8 - Exemplos dos temas propostos para a subcategoria C – Custo de construção, operação e
manutenção
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Cc Cb Cc Cb
(b) consumo de materiais (Projeto 2); socioculturais muito baixos. Na escala de 0 a 100,
(c) saúde, higiene e qualidade de vida; seus índices são 26,69 e 34,22 respectivamente
para os Projetos 1 e 2. Verifica-se que o Projeto 2 é
(d) conforto lumínico; e mais sustentável nesse quesito, mas os dois têm
(e) habitabilidade, funcionabilidade e pouca preocupação com os aspectos socioculturais.
flexibilidade. Os indicadores socioculturais com menor índice de
sustentabilidade foram:
O conforto lumínico, para ambos os projetos, foi o
indicador que apresentou o melhor desempenho, (a) herança cultural;
sendo o único a alcançar o valor mínimo (60,00 e (b) educação ambiental (Projeto 1);
66,67 respectivamente para os Projetos 1 e 2)
(c) empresa construtora (Projeto 1);
estabelecido para classificar as ações como
sustentáveis. (d) usuários (Projeto 1); e
(e) segurança.
Aspectos socioculturais
Os indicadores socioculturais com os maiores
Os índices parciais de sustentabilidade referentes índices foram:
aos aspectos socioculturais dos projetos completos
(a) qualidade da habitação;
estão apresentados na Tabela 2, a qual proporciona
a análise comparativa entre os resultados dos (b) relacionamento com a comunidade local
Projetos 1 e 2. Na Figura 12 tem-se a visualização (Projeto 2);
gráfica dos índices socioculturais, por categoria. (c) políticas públicas;
Em relação aos resultados da Tabela 2, novamente (d) fornecedores para empresa de projetos; e
os dois projetos apresentaram índices de
sustentabilidade relativos aos aspectos (e) usuários (Projeto 2).
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Cg Cf Cg Cf
120 120
100.00 100.00
100 100
80 80
60 50.00 60 50.00
40 40
28.81
22.50
20 20
0 0
Clmáx Cl Clmin Clmáx Cl Clmin
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