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De acordo com o texto de Dermeral Saviani, o problema referente aos termos

“ontológico” e “histórico” não seriam ligados por uma conjunção coordenativa aditiva
como é postulado inicialmente, isso porque o ser homem é tradado com ser do trabalho e
esse fato é histórico. Todavia, constatando o estreito vínculo ontológico-histórico próprio
da relação entre trabalho e educação, impõe-se reconhecer e buscar compreender como
se produziu, historicamente, a separação entre trabalho e educação. Nesse mesmo sentido,
o texto aborda os fatos relevantes entre trabalho e educação em várias etapas da formação
do ser humano.
Questionamentos como: quais são as características do ser humano que lhe
permitem realizar as ações de trabalhar e de educar? Ou: o que é que está inscrito no ser
do homem que lhe possibilita trabalhar e educar? Esses questionamentos pressupõem
características que lhe permitem educar e trabalhar. Ou seja, na definição de homem mais
difundida (animal racional), o atributo essencial é dado pela racionalidade, consoante o
significado clássico de definição estabelecido por Aristóteles: uma definição dá-se pelo
gênero próximo e pela diferença específica. Pelo gênero próximo indica-se aquilo que o
objeto definido tem em comum com outros seres de espécies diferentes (no caso em tela,
o gênero animal); pela diferença específica indica-se a espécie, isto é, o que distingue
determinado ser dos demais que pertencem ao mesmo gênero (no caso do homem, a
racionalidade). Bergson define ainda a educação como capacidade de fabricar ou o ato de
fabricar e, portanto, o ato de fabricar em que se expressa a racionalidade seja específico
do homem, segundo Bergson, não pode ser considerado suficiente para definir a essência
humana. Essas considerações feitas a propósito da filosofia bergsoniana ilustram o que
há de comum à grande maioria das tentativas de definir os homens que povoam a história
da filosofia. Expressões como o “homem é um animal político”; “é um animal simbólico”,
isto é, “um animal que fala”; “o homem não é senão sua alma”; “o homem é apenas
corpo”; “é uma substância composta de dois elementos incompletos e complementares, o
corpo e a alma.
De acordo com o texto pode-se expressar ainda que, diferentemente dos animais,
que se adaptam à natureza, os homens têm de adaptar a natureza a si. Se a existência
humana não é garantida pela natureza, não é uma dádiva natural, mas tem de ser produzida
pelos próprios homens, sendo, pois, um produto do trabalho, isso significa que o homem
não nasce homem. Ele forma-se homem. Existência. Portanto, a produção do homem é,
ao mesmo tempo, a formação do homem, isto é, um processo educativo. Dessa forma,
foram enunciados os fundamentos histórico-ontológicos da relação trabalho-educação.
Fundamentos históricos porque referidos a um processo produzido e desenvolvido ao
longo do tempo pela ação dos próprios homens. Fundamentos ontológicos porque o
produto dessa ação, o resultado desse processo, é o próprio ser dos homens.
O texto, na concepção de relação de entre homem e trabalho, relata a conexão
direta entre o aprendizado humano e ações de trabalho, ou seja, com o “fazer”. O ato de
realizar uma atividade, independente do contexto educacional aplicado à atividade, retrata
de forma indireta e relação entre o homem e o trabalho no decorrer dos anos. As reflexões
obtidas no decorrer do texto deixam claro a importância de educação básica, fundamental
e média. Termos esses que englobam os assuntos entre trabalho e educação. Outro ponto
bastante interessante que poderia ser abordado é a relação entre as adaptações que o
trabalho trás para cada grau de educação, ou seja, qualificações que o ser humano faz no
decorrer de uma admissão em cargo especifico de trabalho.

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