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FGLHA DE

AJUSTADOR ESCALA INFORMACÃO


TECNOLÓGICA
51 1

O mecânico usa a escala para tomar medidas lineares, quando não há exigência
de grande rigor ou precisão.

ESCALA

A escala (fig. I), ou régua graduada, é um instrumento de aço que apresenta, em


geral, graduações do sistema métrico (decímetro, centímetro e milímetro) e graduações do
sistema inglês (polegada e subdivisões).

Fig. I

As menores divisões, que permitem clara leitura nas graduações da escala, são as
de milímetro e 1/32 da polegada. Mas estas últimas, quase sempre, sòmente existem ein
parte da escala, que se apresenta em tamanhos diversos, sendo mais comuns as de 6"
(152,4 mm) e 12" (304,8 mm).
USOS DA ESCALA

As figs. 2, 3 e 4 mostram alguns exemplos.

Mede-se, neste caso, a partir do encosto da


escala. Este deve ser bem ajustado na face do
ressalto da peça. Esta face deve estar bem
limpa.
Fig. 2 - Medição de compri-
m e n t o c o m face de referência.

Fig. 4 - Medição de didmetro.


Fig. 3 - Medição de comprimento
sem encosto de referência.

No caso das figs. 3 e 4, coincide-se o traço de 1 cm com o extremo da dimensão


a medir. Da leitura, subtrai-se depois 1 cm. No indicado pela fig. 3, deve-se ter o cui-
dado para não inclinar a escala. No indicado pela fig. 4, gira-se a escala .nos sentidos
indicados pelas flechas, até encontrar a maior medida.
Quando se faz a medição em polegada, deve-se coincidir o traço de 1".
I
MEC - 1965 - 15.000
FBLHA DE
AJUSTADOR ESCALA INFORMAÇÁO 512
. TECNOLÓGICA

OUTROS TIPOS DE ESCALA

As figs. 5, 6 e 7 mostram três tipos de escalas para fins especiais.

Fig. 5 - Escala de encôsto interno.


Fig. 6 - Escala de profundidade.

Fig. 7 - Escala de dois encostos (usada pelo ferreiro).

APLICAÇUES

edição de comprimento
com face intevna de referência.

Fig. 9 - Medição de pro-


Fig. 10 - Medição de profun- fundidade de rasgo.
didade de furo não vazado.
CARACTERÍSTICAS DA BOA ESCALA

1) Ser, de preferência, de aço inoxidável. As graduações de i/2 milímetro e de 1/64


2) T e r graduação uniforme. da polegada na escala são de leitura mais
3) Apresentar traços bem finos, profundos e difícil.
salientados em prêto.

CONSERVAÇÃO DA ESCALA

1) Evite quedas e o contacto da escala com 4) Não flexione a escala, para que não se
ferramentas comuns de trabalho. empene e não se quebre.
2) Não bata com a mesma. 5) Limpe, após o uso, para remover o suor e
3) Evite arranhaduras ou entalhes que preju- as sujeiras.
diquem a graduação. 6) Aplique ligeira camada de 6leo fino na
escala, antes de guardá-la.

QUESTIONARIO

1) Quais são as graduações bem visíveis da escala do mecânico?


2) Quais são as características de uma boa escala?
3) Em que casos o mecânico usa escala?
4) Quais são os cuidados a tomar para a conservação de uma escala?
5) Quais são os comprimentos mais comuns da escala (mm e polegada)?

50 MEC - 1965 - 15.000


PAQUfMETRO FOLHA DE
AJUSTADOR NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERfSTICAS INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
121 1
CONSERVAÇÁO

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MEC - 1965 - 15.000 69


PAQUf METRO FOLHA DE
AJUSTADOR NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTER~ STICAS
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12/2
CONSERVAÇÃO

CONDIÇOES PARA QUE A MEDIDA SEJA BEM TOMADA

1) O contacto dos encostos com as superfícies bem correta. Qualquer inclinação dêste,
da peça deve ser suave. Não se deve fazer altera a medida.
pressão exagerada no impulsor ou no para- 3) Antes da medição, limpe bem as superfi-
fuso de chamada. cies dos encostos e as faces de contacto da
2) Contacto cuidadoso dos encostos com a Peça.
peçaJ mantendo 0 paquímetro em posição 4) Meça a peça na temperatura normal. O
calor dilata a mesma e altera a medida.

ERROS DA MEDIÇÃO COM PAQUfMETRO

Podem resultar: 2) De quem mede (êrro devido a pressão ou


contactos inadequados, leitura desatenta,
1) De construção defeituosa ou má conserva- descuido na verificação da coincidência de
çáo do paquíinetro (graduação não uni- traços, posição incorreta do paquímetro,
forme, traqos grossos ou imprecisos, folgas deficiência de visão, visada incorreta do
do cursor, arranhaduras). vernier e da escala).

CARACTERfSTICAS DO BOM PAQUÍMETRO

1) Ser de aço inoxidável. 5) Encostos bem ajustados. Quando juntos,


2) Ter graduação uniforme. não deixam qualquer fresta.
3) Apresentar traços bem finos, profundos e
salientados em prêto. Qualquer empeno do paquímetro, por
4) Cursor bem ajustado, correndo suave- rmnor que sejaJ pode prejudicar 0 rigor da
mente ao longo da haste. medição.

CONSERVAÇÃO DO PAQUf METRO

1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 5) Dê completa limpeza após o uso, lubrifi-
evitando-se quedas. que com óleo fino.
2) Evite quaisquer choques. O paquímetro 6) Náo pressione o cursor, ao fazer uma me-
não deve ficar em contacto com as ferra- dição.
mentas usuais de trabalho mecânico. 7 ) De vez em vez, afira o paquímetro, isto é,
3) Evite arranhaduras ou entalhes, que pre- compare sua medida com outra medida
judicam a graduação. padrão rigorosa ou precisa.
4) O paquímetro deve ser guardado em estojo
próprio.

QUESTIONARIO

1) Cite os erros de medição que podem resultar sòmente do paquímetro.


2) Para que serve o impulsor do paquímetro?
3) Indique as condições para que uma medida seja bem tomada.
4) Cite os erros que podem resultar sòmente da pessoa que mede.
5) Quais são as características de um bom paquímetro?
6) Quais são os cuidados na conserva~ãode um paquímetro?
7) Que é a aferição de um paquímetro?

I
1
'O MEC - 1965 - 15.000
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PAQUf METRO FoLHA DE


RET'F'CADoR (TIPOS-USOS-PRINCfPIO DO VERNIER DE 0,l mm)
INFORMAÇÁO 1.21
TECNOLÕGICA

TIPOS E USOS DO PAQUÍMETRO

Há diferentes tipos de paquímetros, conforme os usos a que se destinam.


As figs. 1 a 6 mostram alguns exemplos.

Fig. 2 - Paquimetro de
orelha.
(Medição externa).
I/ Fig. 1 - Paquimetro de orelha.
(Medição interna).

\orofuso de chwnoda

Fig. 4 - Paquimetro de bicos


alongados.
(Medição de partes internas).

O parafuso de chamada no paquímetro pos-


sibilita uma medição mais correta, porque de-
termina aproximação gradual e suave do en-
costo móvel, por meio mecânico.

Fig. 5 - Paqzrimetro de profundidade


com talão.
( M e d i ~ ã ode espessura de parede).
PAQUÍMETRO FGLHA DE
I " RETIFICADoR (TIPOS-USOS-PRINCIPIO DO VERNIER DE 0,l mrn) INFORMAÇAO
TICNOLÕGICA 1.22
L I

EXPLICAGÃO DO PRINCÍPIO DO VERNIER DE 0,l mm

Nesta folha será estudado apenas o

I caso do uernier de O, 1 mm. Êste tem o compri-


mento total de 9 milímetros e é dividido em
10 partes iguais (fig. 7). Então, cada divisão
do vernier vale: 9 mm s 10 = 9/ 10 mm. Por-
tanto, cada divisão do vernier é 1/ 10 menor Fig. 7- Vernier de
do que cada divisão da escala. 1 / 1 0 mm.
(Gradi~açõesampliadas).
Resulta que, a partir de traços em coin-
cidência (como mostra a fig. 7), os primeiros
traços do vernier e da escala se distanciam Conclusão:
de 1/ 10 mm; os segundos traços se distanciam
de 2/ 10 mm; os terceiros traços se distanciam A partir da coincidência de traços do
de 3/ 10 mm; e assim por diante. Êste prin- vernier e da escala, UMA divisão do vernier dá
cípio é o mesmo, quer contando no sentido 1/ 10 mm de aproximação, DUAS divisões dão
do "zero" para o "10" do vernier, quer no 2 / 10 mm de aproximação, TRÊS divisões dão
sentido contrário. 3/ 10 mm de aproximação, e assim por diante.

Na fig. 8, a leitura é 59,4 mm, porque Na fig. 9 , a leitura é 1,3 mm, porque
o 59 da escala está antes do "zero" do vernier o 1 (milímetro) da escala está antes do "zero"
e a coincidência se dá no 4.O traço do vernier. do vernier e a coincidência se dá no 3.O traço
7- do mesmo.

Fig. 8 Fig. 9 -
(Graduações ampliadas). (Graduações ampliadas).

. 1) Qual o nome da graduação especial do paquímetro, que dá a aproximação?


2) Que aproximação pode dar um vernier de medida de 9 mm, dividido em 10
partes iguais?
O
3) Quais os tipos usuais de paquímetro.?
4) Faça as leituras indicadas nas figs. 10, 11 e 12
1111

Fig. 10 (Cr~.adziaçõesampliadas).

Fig. 1.I /Graduações ampliadas). Fig. 12 (Graduações ampliadas).


.
PAQUÍMETRO COM VERNIER DE 1/ 128"
Consiste o vernier numa graduação móvel especial, que
Fig. 1 dá a aproximação desejada, isto é, neste caso, a aproximação ex-
Paquimetro com vernier trema de 1/ 128" (fig. 1).
de 11128 da polegada Isso não significa que a parte fracionária tenha sempre o
denominador 128. Se, feita a leitura, o numerador for um dos
números pares 2, 4, 6 ou 8, resultam as indispensáveis simplifi-
cações seguintes:
2/ 128" = 1/64" 4/128" = 1/32"
Para medir com aproximação de 1/64 da polegada, usando 6/ 128" = 3/64" 8/128" = 1/16"
a escala ou régua graduada, a leitura é imprecisa, porque os tra- Como se vê, a fração 8/128" equivale à menor graduação
ÇOS a 1/64" de distância são muito próximos. Além disso, é co- (1/ 16") da escala do paquímetro.
mum existirem as graduações 1/ 64", e mesmo as de 1/ 32", ape-
nas em parte da escala. Conclusão: só se faz boa leitura na escala, LEITURA DA MEDIDA COM O VERNIER
quando a sua menor graduação for de 1/16".
Lêem-se, na escala, até antes do zero do vernier, as pole-
Daí ser comum, atualmente, nas oficinas mecânicas, o uso gadas e frações (as frações poderão ser: meia polegada ou i u a r -
do Paquimetro, capaz de aproximar até 1/ 128", ou seja, até a tos, oitavos ou dezesseis avos). Na fig. 1, por exemplo, tem-se:
metade de 1/64". Também são usuais os paquímetros que dão 0" 11/ 16" = 881128".
aproximação de 1/ 1000" (1 milésimo da polegada). Em seguida, contam-se os traços do vernier, até o que coin-
cide com u m traço da escala. Na fig. 1 , por exemplo: três tra-
Sòmente será estudado nesta folha, o Paquimetro com ver- ÇOS,OU seja, 3 / 128".
nier de 11128". +
Por fim, soma-se: 88/12Sf' 3/128" = 91/128".
L

F6LHA DE
AJUSTADOR PAQUÍMETRO DE 1/ 128" INFORMAÇÃO 3612
TECNOL6GICA

Por vêzes, aparecem simplificações na leitura, como se exemplificará a seguir, sur-


gindo resultados com aproximações em 64 ou em 32 avos.
1 !'
1.0 exemplo: - Escala: 1--- - Vernier: 6.0 traço, ou -
16
6 "
128
. Ora, -6 "
128
- 3
- ---
64
"

1" 3 " 4" 3" 7 "


SOMA: lT+--=lT+--- -1-
64 64 64 '

3" 4 " - 4" 1"


2.O exemplo - Escala: 2 -- Vernier: 4.0 traço, ou
4
---
128
. Ora, -
128
--
32 '

3" 1" 24" 1 " 25"


SOMA: 2 7$ -2-+T-32
- -2-.
32
7" 2" 2" 1"
3.O exemplo - Escala: 2 -
8
- Vernier: 2.0 traço, ou - . Ora, - - ---
128 - 64
128 *

7" 1"
SOMA: 2 --g--+--=2 64 654
6" 1
$--64 "
-2-
57"
64

EXPLICAÇAO DO VERNIER DE 1/ 128 DA POLEGADA


O vernier que aproxima até 1/ 128 da polegada tem o comprimento total de 7/ 16
da polegada e é dividido em 8 partes iguais (fig. 2). Cada divisão mede, portanto, . . . . .
7/16" + 8 = 7/16" X 118 = 7/128".

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1 1 1 1 1 1
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l i 1 1
Fig. 2 - Vernier de 1/128" Fig. 3 - Leitura 1 29/128"
(Desenho amplzado) (Desenho ampliado)

Ora, cada divisão da escala mede 8/ 128" (= 1/ 16"). Resulta que cada divisão do
vernier é 1/128" menor do que cada divisão da escala. A partir, pois, de traços em coin-
cidência (de "0" para "8" ou, no sentido contrário de "8" para "0") os 1.OVraços do ver-
nier e da escala se distanciam de 1/ 128"; os 2."" traços de 2 / 128" (ou 1/64"); os 3." tra-
ços de 3/ 128"; os 4."' traços de 4/ 128" (ou 1/32"); os 5."" traços de 5/ 128"; os 6."" traços
de 6 / 128" (ou 3/64"); os 7 . " ~ r a ç o sde 7 / 128".
Exemplo - Na fig. 3, a leitura é 1 29/128", porque o zero do vernier está entre
1 3/16" e 1 4/16" e a coincidência se dá no 5.0 traço. Então:
3 "
16
5 " 24 "
- 1 ---
128
+ 128
5" - 1 ---
--- -
29 "
128

QUESTIONAR10
Escreva abaixo de cada figura, a leitura correspondente:

1 I I 111r, 'li!llil 1
S.
I 4-

1 I I I I I I 1 1 : 1 1 I
tu
I 2-

176 MEC - 1965 - 15.000


MICROMETRO
I F6LHA DE
INFORMAÍAO
TECNOLÓGICA
1 1-23 1
O mecânico usa o Micrômetro quando ser muito rigorosa, mais do que permite o
a aproximação, na medida das peças, tem que paquímetro.

MICRÔMETRO
É um instrumento de medida de gran- pacidades de medida. O micrômetro da fig.
de precisão, feito em aço inoxidável. A fig. 1 1 permite uma aproximação de medida de
apresenta um micrômetro de uso normal nas 1/100 mm (1 centésimo de milímetro). A
oficinas mecânicas, graduado em milímetros graduação circular do tambor é de 50 partes
e meios milímetros, podendo medir até . . . . iguais: O a 50, numeradas de 5 em 5.
25 mm. Usualmente é chamado de micrôme- O fixador, que serve para firmar uma
tro de "O a 25 mm". Há micrômetros do determinada abertura (distância da haste do
mesmo tipo que medem a partir de 25 mm encôsto) pode ser de botão (fig. 1) ou de anel
até 50 mm e outros existem para maiores ca- (fig. 2).

fig. 1 - Micrômetro O a 25 mm, de 1 / 1 0 0 mm.

CARACTERfSTICAS DO BOM MICROMETRO

1) Ser de aço inoxidável. 7) Ter a medida bem calibrada, seja


- por
-
2) Ter graduações uniformes. meio do regulador de encôsto, seja por
outro sistema, na bainha: quando estive-
3) Apresentar traços bem finos, profundos e
rem juntas as faces da haste e do encôsto,
salientes em prêto na graduação circular
a borda do tambor deve estar sobre o tra-
do tambor.
ço O da bainha e, além disso, o O da gra-
4) Também a reta longitudinal da ,bainha duação circular do tambor deve coincidir
deve ser bem fina e preta.
5) Ter as faces da haste e do encosto bem
-
com a reta longitudinal da bainha.
8) Possuir o dispositivo de fricção, ou de ca-
ajustadas: quando juntas, não deve passar traca, e estar êle em bom funcionamento,
luz. para permitir contacto suave na medição
6) Possuir tambor bem ajustado, sem jbgo. de uma peça.

CONSERVA$AO DO MICROMETRO
1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 4) Deve ser guardado em estojo próprio.
evitando-se quedas e choques. 5) Usar o botão de fricção ou catraca, para o
2) Evitar arranhaduras ou entalhes que pre- contacto na medição da peça.
judiquem as graduações. 6) Aferir, isto é, acertar a abertura com uma
3) Completa limpeza após o uso e lubrifica- medida padrão precisa.
ção com óleo fino.
FÔLHA DE
RETIFICADOR MICROMETRO INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
1.24

ERROS DA, MEDIGA0 COM O MICROMETRO

1) Da parte de quem mede, os erros resultam desgaste, podem ser: má graduação, no


quase que exclusivamente de desatenção tambor ou na bainha; desigualdade de
na leitura ou na verificação da coincidên- passo do parafuso micrométrico ou da por-
cia de traços. ca; desgaste nos filêtes do parafuso ou da
2) Os do aparelho, devido à construção ou ao porca.

VANTAGENS DO MICROMETRO SOBRE O PAQUíMETRO

1) Aproximação precisa de 1/ 100 mm ou de . 3) O tipo de construção impede deformações


1/ 1000 da polegada. que possam alterar a medida.
2) O botão de fricção evita erros porque dá 4) A leitura de 11100 mm ou de 1/ 1000 mm
uniforme pressão de contacto. da polegada é fácil e clara, devido ao sis-
tema de graduação circular.

MICRÕMETRO PARA POLEGADAS

A fig. 2 apresenta um tipo, para medir bainha, está dividida em 40 partes iguais e a
com aproximação de 1/1000 da polegada, graduação circular do tambor apresenta 25
até 1". Há tipos quemedem de 1" a 2", divisões iguais.
outros de 2" a 3", etc. Uma polegada, na

Fig. 2 - Micrômetro O a l r r , de 111 000".

QUESTIQNARIO

1) Quais são as características de um bom micrôinetro?


2) Que significa: "micrômetro 25 a 50 mm, de 1/ 100 mm?
3) Qual a finalidade do fixador do micrômetro?
4) Faça um desenho à mão livre de um micrômetro e escreva os nomes das suas partes,
indicando-os com setas.
5) Quais as vantagens do micrômetro sôbre o paquímetro?
6) Quais os tipos de fixador?
7) Quais as condições de conservação do micrômetro?
8) Que significa: "micrômetro O a l", de 1/ 100OU?
9) Cite os erros que podem resultar da medição com o micrômetro.
F6LHA DE
RETIFKADOR MICRUMETRO (LEITURAS DE 0,Ol mm) INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA
1-25

I O funcionamento do micrômetro é ba-


seado no princípio do gradual deslocamento

Fig. 1 - A haste é prêsa ao tambor


de um parafuso, no sentido longitudinal,
q-ndo êle gira em uma porca.

PRINCÍPIO DO FUNCIONAMENTO

de um comprimento igual ao passo. Em con-


I

através de uma parte em rosca, de determi- seqüência, conhecido o passo, e dividindo-se


nado passo, que gira em uma porca. Assim, o tambor em um certo número de partes

I
uma volta completa do tambor faz com que
a face da haste se desloque longitudinalmente
iguais, pode-se medir qualquer deslocamento
da face da haste, por muito pequeno êle seja. 1
I

Fig. 1 - Micrômetro.

EXPLICAÇAO DO FUNCIONAMENTO DO MICROMETRO


r l

Nesta fôlha se tratará apenas do micrô- Na bainha, as divisões são de milímetros e


metro para leitura de 1/100 de milímetro. meias milímetros. No tambor, a gradua~ão
Como mostra a fig. 2, no prolongamento da circular tem 50 partes iguais.
haste, há um parafuso micrométrico prêso ao Quando as faces da haste e do encosto
tambor, Ele se move através de uma porca estão juntas, a borda do tambor coincide com
ligada à bainha. Quando se gira o tambor, o traqo "zero" da graduação da bainha. Ao
sua graduação circular desloca-se em tôrno mesmo tempo, a reta longitudinal gravada na
da bainha. Ao mesmo tempo, conforme o sen- bainha (entre as escalas de milímetros e meios
tido do movimento, a face da haste se apro- milimetros) coincide com o "zero" da gra-
xima ou se afasta da face do encôsto. As rôs- duação circular do dedal. Como o passo do
cas do parafuso micrométrico e de sua porca parafuso é de 0,5 mm, uma volta completa do
são de grande precisão. No micrômetro de tambor levará sua borda ao 1.O traço de meios
1/ 100 mm, seu passo é de 0,5 do milímetro. milímetros. Duas voltas, levarão a borda do
*

Fig. 2 - Mecanismo interno de um


micrômetro.
I
1 FOLHA DE
1
RETIFICADOR - MICRBMETRO (LEITURAS DE 0,Ol mm) INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
1-26
ir
I
I

tambor ao 1.O traço de 1 milímetro. Então, ção de: 1/50 X 0,5 mm = 0,5150 = 51500 =
o deslocamento de apenas uma divisão da = 1/100 de milímetro.
graduação circular do tambor dá a aproxima-

LEITURA NO MICRBMETRO DE 0,Ol mrn

Na fig. 1 encontram-se: 9 traços na gra- tambor, a coincidência com a reta longitudi-


duação da bainha (9 mm); 1 traço além dos nal da bainha se dá no traço 29 (0,29 mm).
9 mm na graduação dos meios milímetros da Leitura completa:
bainha (0,50 mm); na graduação circular do + +
9 mm 0,50 mm 029 mm = 9,79 mm

O MECANISMO DE FRICGXO OU CATRACA

A perfeição do contacto das superfícies extremo do tambor. Qualquer dos dois siste-
da peça a medir com as faces da haste e do mas (fricção ou catraca) permite que se pro-
encosto do micrômetro é garantida por meio duza um contacto preciso, sem que haja pres-
de um mecanismo de fricção ou de uma ca- são capaz de forçar o mecanismo delicado do
traca. O seu botão de acionamento fica no micrômetro. A medição é, assim, exata.

EXEMPLOS DE LEITURAS DE MICRõMETRO DE 1/100 DE MILÍMETRO

Fig. 4 - Leitura: 23,59 mm. Fig. 5 - Leitura: 6,62 mm.

QUESTIONARIO

1) As roscas do parafuso micrométrico e da sua porca tèm importância no funcioilamento


do micrômetro? Por quê?
2) Em que casos o mecânico deve usar o rnicrômetro: para medir com milímetros, centé-
' simos de milímetros ou décimos de milímetro de aproximação?
3) Num micrômetro que tenha graduações de milímetros e meios milímetros na bainha e
que aproxime 1/ 100 mm, qual o passo do parafuso micrométrico?
4) Dê a nomenclatura das partes do micrômetro.
5) Para que serve o mecanismo de fricção ou a catraca?
6) Quais são as peças que fazem com que o tambor gire em tôrno da bainha e a haste se
aproxime ou se afaste do encosto?
7) Faça as leituras seguintes:
FÔLHA DE
RETIFICADOR MICR8METROS COM VERNIER INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
1.27

O micrômetro com vernier permite uma aproximação mais rigorosa


que o rnicrômetro normal.

MIGROMETRO DE 1f 1.000 rnm (com vernier, fig. 1)

Apresenta um vernier gravado na bai- 1/ 100 mm, a 1.a divisão do vernier, a partir
nha. este vernier tem 10 divisões, cujo com- de traços em coincidência, dará. 1/ 10 de . . .
primento total corresponde a 9 divisões da 11 100, ou seja 1110 100 = 111000 mm.
graduação do tambor. Então, cada divisão do
vernier é 1/ 10 menor do que cada divisão do A 2." divisão do vernier dará . . . . . . .
tambor. Ora, cada divisão do tambor dando 2/ 1.000 mm, a 3.a dará 3/ 1.000 mm, etc.

Fig. 1 - Micrômetro de l / l . O O O m m ( c o m
z~ernier).Aproxima até 1 /1.000 de milímetro.

LEITURA

Na fig. 1 encontra-se: na bainha . . . . Nas figuras 2 a 4 estão apresentadas as


6,50 mm; o traço da graduação do tambor, três graduações (da bainha, do tambor e do
antes da reta da graduação da bainha, é o 27 vernier) em sua posição relativa, mas num só
(portanto 0,27 mm); a coincidência no ver- plano. Ao lado de cada uma, estão indicadas
nier é no 5.O traço (0,005 mm). Leitura com- as leituras. A comparação entre a figura e a
pleta: 6,775 mm. leitura escrita permitem esclarecimento com-
pleto de cada caso (desenhos ampliados).

Leitura: Leitura: Leitura:


18,596 mm 20,618 mm 13,409 mm
-39
-
-
=30

F 25 8 B
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Da*oodo & bainha 5
- O (3
3!í

45
40

Fig. 2. Fig. 3. Fig. 4.


1
. . -. 49
--

-
I
- '

MLHA DE
RETIFICADOR MICRBMETROS COM VERMTER INFORMAÇÁO
TECNOL6CICA
1-28

Micrômetro de 0,0001" (com vernier, 1/1.000 da polegada, a partir dos traços em -.


fig. 5) - O vernier, gravado na bainha, tem coincidência, a 1.a divisão do vernier dará
10 divisões iguais, cujo comprimento total 1/ 10 de 1/ 1.000" ou 1/ 1O.OOOM,a 2.a divisão
corresponde a 9 divisões do tambor. Como dará 2/ I0 de 1/ 1.000" .ou2/ 10.OOOft, etc.
cada divisão do tambor dá a leitura de . . . .

Fig. 5 - Micrômetro de 1/10.00Wr (com vernier).


Aproxima até 1/10.000 da polegada (tamanho m-
pliado).

LEITURA

3 Na fig. 6 estão, num só plano, as três


graduações da fig. 5, na sua posição relativa,
I J para tornar bem clara a leitura:
i Na graduação da bainha (traçi 5) 0,5"
i Na graduação da bainha (+ 3 X 0,025") 0,075"
Na graduação- do tambor (entre traços 19 e 20) 0,019''
No vernier (coincidência no traço 5) 0,0005"
A leitura completa é portanto: 0,5945" Fig. 6
I

QUESTIONARIO Faça as leituras seguintes:

-ao
Fig. 7 i-
-
Fig. 8
-#
Fig. 10
1 /o

A) B) C) D)

50 MEC - 1965 -- - 1 5.000


--
RETI FICADOR
I MICROMETRO (LEITURAS DE 0,001")
7
F6LHA RE
I N F ~ W O 1.29
TECNOLóGICA
I-

I.
Os miaômetros para polegadas têm, é o que dá a aproximação de 1/ 1.000 da po-
em geral, divisões decimais. O mais comum legada,

EXPLICAw0 DO. FUNCIONAMENTO

u :a
'...e
Fig. 1 - Me~snismointerno de um micrhetro.

Figs. 1 e 2 - No prolongamento da A graduação circular do -tambor tem


haste há um parafuso micrométrico ligado ao 25 partes iguais- Ora, se uma volta completa
tambor. Este parafuso gira através de uma do tambor dá o deslocamento-de 0,025", re-
porca prêsa à bainha. Quando o tambor gira, sulta que uma divisão do tambor corresponde
a face da haste se aproxima ou se. afasta da ao deslocamento de 0,025" -+ 25 = 0,00 1".
face do encosto. Como o parafuso micromé-
trico tem 40 fios por polegada o deslocamento
do tambor, em cada volta, é de 1/40 avos
da polegada.
Na bainha há uma reta com uma p-
duação, na qual o comprimento de 1 polegada
é dividido em 40 partes iguais (10 grupos de
4 divisões, fig. 2). Então, cada parte mede
1/40 da polegada, ou seja, 0,025", pois 40 X Fig. 3 (ampliada)
X 0,02!5" = 1.OOO". Leitura: 0,412"

LEITURA DO MICROMETRO DE 1/10001"


Na £ig. 2, a leitura é 1" porque a borda graduação do tambor, pois o traço 12 (o se-
do tambor coincide com 10 (l"), e o zero do gundo depois de 10) coiricide com a reta lon-
tambor coincide com a reta da bainha. gitudinal da bainha. Então: 4 X 0,l +12 X
Na fig. 3, encontram-se 4 divisões de X 0,001" = 0,4" +0,012" = 0,4 12".
0,l" na bainha e 12 divisões de 0,001" na

MEC - 1965 L 15.00C - 51


-
I
i -- - - - --
-
FOLHA DE
I .
RE'nFICAWR MICRÔMETRO (LEITURAS DE 0,001'7 INFORMACAO 1-30
I I TECNOLÓGICA
i
O Micrômetro de 1 / 100 mm e o Mi- de l / 1000" apresenta cada polegada divi- l

crômetro de i / 1.000" - Vi-se que o meca- dida em 4 0 partes de 0,025" cada uma. O

I nismo do micrômetro de 1 / 1.000" é seme-


Ihante ao do micrômetro de l ! 100 mm. As
diferenças dos dois instrumentos estão apenas
micrômetro de 1 / 1 0 0 mm apresenta divi-
sões em milímetros e meios milímetros.
3) Na graduação do tambor, o micrômetro de
nos seguintes pontos: 1 / 1000" tem 25 divisões correspondente
I 1) O paraíüso micrométrico do micrômetro cada uma a O,OOlff. O micrômetro de
4
de 1/100OW é de 4 0 fios por polegada. O 1 / 1 0 0 mm tem no tambor 50 divisões,
do micrômetro de 1/ 100 mm é de 0,5 mm correspondendo cada uma a 0,01 mm.
de passo. Outros exemplos de leituras no mi-
2) Na graduação da bainha, o micrômetro crômetro de l / 1000" - Figs. 4 a 7.

Fig. $ - Leitura: 0,736'' Fig. 5 - Leitura: 0,138"


(i x 0 ~ ' '+ I x 0,025" + 11 x 0,001") (I x OJ" +
I x 0,025'' +
13 x O,O0lw)

Fig. 6 - Leitura: 0382'' Fig. 7 - Leitura: 0,769"


(5 X OJ" + 3 X 0,025" + 7 x 0,001"') (7 x 0,I" + 2 x 0,025" + 19 x 0,001").

QUESTIONARIO

1) Quais são as diferenças entre o micrômetro de 1 / 1 0 0 de milímetro e o rnicrômetro de


1 / 1.000 da polegada?
2) Em quantas partes é dividida cada polegada da graduaçáo da bainha do micrômetro
de 1/1.000 da polegada? Quantos fios por polegada tem o parafuso?
3) A que fração decimal da polegada corresponde uma divisão da graduaçáo da bainha?
4 ) A que fração da polegada corresponde o deslocamento de uma divisão da graduação
circular do tambor?
5 ) Faça as leituras seguintes:

I
@ --=q B)
4

$01.
I5

10
*xfr C) poz.

52 a-- ----- -
C I
MICR.6METRO DE TRÊS CONTATOS, FBLHA DE
RFTIFICADOR PARA FUROS. ("IMICRO") INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
4.1 1
-
I

O Imicro é um micrômetro de alta oficinas mecânicas de produqão, apresenta ca-


precisão, destinado exclusivamente à medida racterísticas especiais de grande robustez, sen-
e ao contrôle dos diâmetros internos dos fu- do fabricado em aço inoxidável pela firma
ros. Este instrumento, d e frequente uso nas suíça "TESA", que .o criou.

FTJNCIONAMENTO

Com o auxílio das figuras 1 (aspecto pleta do tambor, os contatos ou apalpadores


externo de um "Imicro"), 2 (vista esquemá- avariqam de 0,5 do milímetro.
tica da adaptasão no furo) e 3 (esquema sim- Então, o deslocamento de uma divisão
plificado do instrumento e sua adaptação nq do tambor (ou seja 1/100 de volta) corres-
furo), o funcionamento é fácilmente com- ponderá ao deslocamento dos contatos de
preensível: baseia-se na rotação de um para- apenas:
£uso micrométrico de alta precisão ligado, 6 5 mm
num extremo, ao tambor graduado e, no - 5 mm = 0,005 do milímetro. É
100 1.000
outro, a um cone roscado. Encostados neste êste o grau de aproximaqáo do "Imicro"
cone roscado - rigoroiamente encaixados em
guias protetoras e formando três ângulos de
A posi~ão exata dos três contatos a
120° um do outro, e a curvatura da face de
120° - estão dispostos os três contatos ou
apoio de cada apalpador, rigorosamente aca-
apalpadores.
bada, não oferecem qualquer possibilidade de
Resulta d$sse dispositivo que, qualquer
ser o instrumento posto no furo em coloca~ão
deslocamento do tambor, por menor que
seja, determina o deslocamento simultâneo excêntrica (f ig. 2).
dos três contatos, para fora ou para dentro da Por outro lado, o conjunto é de tal
cabe~ado instrumento, conforme o sentido forma projetado que estão eliminados quais-
do giro. quer erros que pudessem resultar de ajustes.
O tambor apresenta 100 graduaqóes O sistema de fricqão assegura uma boa
iguais. Por outro lado, o passo do parafuso adaptação dos apalpadores à parede do furo,
micrométrico é tal que, em uma volta com- pois limita a pressão. Afasta, além disso, a
b

FBLHA DE '

FRESADOR MICROMETROS PARA DIFERENTES USOS INFORMAÇAO


TECNOL6QlCA 10.9

Para diferentes usos nas oficinas mecânicas, encontram-se variados tipos de micrô-
metros, seja para medições em milímetros, seja para medições em polegadas.

TIPOS DE MICRUMETROS

As figs. 1 a 6 apresentam alguns tipos especiais.

-
E>-
.
-
nos@ de nmsas m

Fig. 1 - Micrômetro para rôscas. As pontas da Fig. 2 - Micrômetro de profundidade. Con-


haste e do encôsto são substituiveis, conforme forme a profundidade a medir, fazem-se os
o tipo da rosca. acréscimos necessúrios na haste por meio de
outras t~aretas de comprimentos calibrados,
fornecidas com o micrômetro (hastes de ex-
tensão).
- &D
c
.

Fig. 3 - M i c r h e t r o de medidas internas,


tubulares, de dois 'contatos. É fornecido com
hastes, para aumento da capacidade de me-
dição.

Fig. 4 - Micrômetro de medidas internas de


Fig. 5 - Micrômetro de arco profundo. Serve três contatos. É conhecido pela denominação
para medições de espessu+a de bordas ou par- de "Imimo". Facilita a colocação exata n o
tes salientes das peças. centro e n o alinhamento do furo. Possibilita
a medição do diâmetro de furos e m diversas
profundidades. É de grande precisão.

Fig. 6 - Micrômetros para grandes medições.

Éste micrômetro é usado para nzedições e m


trabalhos de usinagem pesada, para a medição
de peças de grandes diâmetros, por exemplo,
275 a 300 m m - 400 a 500 m m , etc. As pontas
da haste e do encôsto podem ser mudadas,
para dar as medidas prdximas dos diâmetros
a verificar.

113
I
- -- -- --- - - -
- . - - - "-

I FRESADOR MICR~METROS PARA DIFERENTES USOS


FBLHA DE
INFORMAÇAO 10,10
TECNOLÓGICA
L

USOS DO MICR6METRO

As figs. 7 a 13 mostram alguns exemplos.

Fig. 7 - Medição da espessura de u m bloco. Fig. 8 - Medição do diâmetro de u m a rôsca.

Fig. 9 - Medição da profundidade de uma Fig. 10 - Uso do "Imicro" (três contatos) na


ranhura com o micrômetro de profundidade. medição de u m diâmetro interno.

Fig. 11 - Medição de u m diânzet~ocom o


micròmetro tubular.

Fig. 12 - LTso do nzic~dnzetrode gl ande capa- Fig. 13 - Uso do micrômefro de arco pro-
cidade para medir os diâmetros de uma peça fundo, n u m a medição de parte saliente.
montada n u m tôrno.
7 14
1
MICROMETRO DE TRÊS CONTATOS, FBLHA DE
RETIFICADOR PARA FUROS. ("IMICRO) INFORMAÇAO 4.2
.
I
I . TECNOL6GICA

influência de desigual pressão manual do


operador. Os pinos de contatos são tempera-
dos :e retificados e não há pràticamente des-
gaste das suas faces, pois o instrumento não
exige movimehtos para ã sua adaptasão no
furo.
A forma do "~micro"e as condições
especiais da sda construção e do seu manejo,
dão-lhe, em resumo, as seguintes vantagens:

1) Permite leituras de alta precisão, da ordem


de 0,005 mm.. ~ u a n d ograduado para po-
legadas tem aproximação de 0,0002".

2) Permite colocação exata no centro do fu.


ro, coincidindo o seu eixo geométrico com
o eixo geométrico do furo.

3) Possibilita a medição dos diâmetros em di- Fig. ./


versas profundidades do furo.
5) O sistema de contato por fricção evita exa-
4) Permite a medição dos diâmetros de re- gerada pressão manual do operador ao to-
1 baixos internos n u a furo. mar a medida.
I

EXEMPLOS DO USO DO IMICRO

A fig. 4 mostra a medição do diâmetro estalidos característicos do contato suave das


de um furo feito num flange. O operador faces dos apalpadores na superfície do furo.
gira o botão de fricção, até que se dêem os

QUESTIONARIO

1) Que é o "Imicro" e para que serve?


2) Com o auxílio de uma figura de catálogo, explique o funciona-
I
mento do "Imicro". Qual a aproximação em milímetros? Como é
conseguida?
3) Cite as vantagens que oferece o "Imicro" no controle de furos.

$0
h

FBLHA DE
AJUSTADOR SUTA INFORMAÇAO
TECNOL~GICA
4211

I
As necessita o mecânico trans- nomina-se Suta. É comum chamar-se também
portar ou verificar um ângulo, na tarefa que o instrumento de "falso esquadro". Deve-se po-
está executando. O instrumento que lhe per- rém evitar tal denominação.
mite êsse transporte, ou essa verificação, de-

A SUTA

Fig. 1

O tipo mais comum de suta é o apre- nada de ângulo, afrouxa-se ligeiramente a bor-
sentado na figura 1. O instrumento compõe- boleta, desliza-se a lâmina, faz-se a sua aber-
se de duas peças principais, ambas de aço (a tura em relação à base. Em seguida, adapta-se
Base e a Lâmina), sendo suas bordas tempera- o instrumento ao ângulo, seja êle um ângulo
das, paralelas e retificadas, e de uma Porca de duas faces de uma medida padrão ou de
borboleta, com a respectiva arruela, para a um transferidor. Aperta-se, em seguida, a bor-
boleta, tendo-se, nesse momento, o cuidado ne-
fixação das peças principais. Dois rasgos lon-
cessário para que não haja qualquer desloca-
gitudinais, um na lâmina, outro na base, per- mento, capaz de falsear a medida tomada.
mitem variadas disposições de uma peça em Fica assim a suta transformada em um instru-
relação à outra. mento de verificação de um determinado ân-
Para se tomar uma abertura determi- gulo da peça, no ialor que foi fixado.

OUTROS TIPOS DE SUTA

As figuras 2 a 5 mostram outros tipos lizamento da lâmina. A da fig. 3, semelhante


. de suta. A da figura 2 é uma suta de articula- à da figura 1, apresenta, como particularida-
ção simples: não há rasgo na base para o des- de, lâmina bem mais longa que a base.

Fig. 2 Fig. 3

MEC - 1965 - 15.000 191


FOLHA DE
AJUSTADOR SUTA INFORMAÇÃO 4212
TECNOL6GICA

A da figura 4 é uma suta de lâmina mina (com um rasgo longitudinal) e a base


angular, muito usada para a verificação de são articuladas por meio de uma outra lâmi-
dentes inclinados nas engrenagens' e para cô- na com rasgo e duas borboletas.
nicos. A da figura 5 é uma suta dupla: a 1â-

. ,
Fig. 4

EXEMPLOS DO USO DA SUTA

Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8


A suta comum na verificação de A suta comum aplicada a uma A suta dupla verificando o ângulo
um perfil oitavado. ponta cônica. de um perfil sextavado.

Fig. 9
A suta comum usada no traçado
de retas paralelas.

QUESTIONARIO

1) De que material é a suta?, Caracterize as partes da suta.


2) Como a suta pode traçar retas paralelas?
3) Para que serve a suta? Como funciona?
4) Exemplifique dois usos da suta.

'2 MEC - 1965 - 15.00


.. COMPARADOR CENTESIMAL FoLHA DE
FRESADOR (TIPOS USUAIS -
FUNCIONAMENTO - INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA
3.8
MONTAGEM)

O comparador, também chamado Re- locamento imperceptível do apalpador, por


lógio Comparador, Comparador de Quadran- exemplo 1 centésimo de milímetro, corres-
te ou Amplificador, apresenta vários tipos, ponde o deslocamento do ponteiro de 1 divi-
dos quais são de uso muito frequente os com são do mostrador. Todos os modelos têm o
mecanismo de engrenagens e cremalheira mostrador móvel, para que se possa fazer a
(figs. 1 e 2). Em qualquer deles, a um des- coincidência do "O" (zero) com o ponteiro.

COMPARADOR COM AMPLITUDE DE 10 mm (fíg. 1)

Mostrador dividido em 100 partes pador). A cada volta do ponteiro grande, o


iguais. O ponteiro grande pode dar o máximo ponteiro pequeno avanqa uma divisão do
de 10 voltas (10 mm de deslocamento do apal- mostrador pequeno.

wli Apalpador
Fig. 1
Fig. 2

COMPARADOR COM AMPLITUDE ACIMA DE 1 mm


Menor que 10 mm - A fig. 2 exem- 50 partes iguais, correspondendo cada parte
plifica o de 3 mm. Mostrador dividido em a 1 centésimo de milímetro.

EWNL*IQNAMENTQ DO WL6GIQ CDMPBRB230R I


33
WGUMAGFLNS E +3UZM#URELM

O mecanismo do comparador é de grande sensibi-


lidade. Uma pressão no apalpador, por mais leve que seja
(deslocamento de centésimos de milímetros), faz o pon-
teiro girar no sentido positivo (+). Cessada a pressão (des-
locamento contrário do apalpador), o ponteiro gira no
sentido contrário (-).

A fig. 3 apresenta, como exemplo, 'um comparador


de mecanismo bem simples, para que se compreenda fàcil-

Fig. 3

61
COMPARADOR CENTESJMAL FBLHA -DE
FRESADOR (TIPOS USUAIS - FUNCIONAMENTO
MONTAGEM)
- INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
3.9
I

mente o funcionamento. O mostrador é de O pinhão R5 (de 10 dentes) dá uma


100 divisões. volta completa, e também o ponteiro, que a
Tendo a cremalheira da haste do apal- êle está prêso.
pador o passo de 1 mm, quando o apalpador
se desloca de 1 mm, resulta: A mola espiral da roda R6 mantém
O pinhão R1 (de 15 dentes) avança 1 todo o mecanismo sob tensão, fazendo com
dente; que o ponteiro e o apalpador voltem às suas
A roda R2 (de 45 dentes) avança 3 den- posições primitivas, quando cessa a pressão
tes;
sobre a ponta do apalpador. Vê-se que, se o
O pinhão R3 (de 12 dentes) avança i/4
de volta; apalpador se deslocar apenas de 0,Ol mm, o
A roda R4 (de 40 dentes) avança 10 ponteiro só avançará de 1 divisão no mos-
dentes; trador.

MONTAGENS USUAIS DQ CjOMPARADOR

Em suporte comum (fig. 4), em mesa de medição de alta precisão (figs. 5 e 6) e em


base magnética (fig. 7).

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7

PRECAUÇÃO IMPORTANTE

O instrumento é sensível e a amplitu- mitam o mínimo possível de deslocamento


de do giro do ponteiro é limitada. Deve-se, da ponta do apalpador.
portanto, procurar sempre condições que per-

CONSERVAÇÃO DO COMPARADOR

1) Evitar que o instrumento sofra choques. 4) Observar sempre as instruções do fabri-


2) Guardá-lo sempre em estojo. cante quanto à lubrificação.
3) Ao montá-lo no suporte, verificar o apêrto
de todos os para£usos.
C O M P A W O R CENTESIMAL F6LHA DE
RETIFICADOR (FINALIDADES DO SEU USO) INFORMAÇAO 2.3
TECNOLÓGICA

Para verificar, por comparação, o pa- ferenças de medidas em relação a uma me-
ralelismo de duas superfícies, ou um alinha- dida-padrão, o mecânico usa o comparador.
mento, ou a excentricidade, ou, ainda, as di-
I

COMPARADOR (figs. 1 e 2) I

É um instrumento de grande precisão


e sensibilidade. Tem, geralmente, o aspecto
de um relógio. Pelo movimento de um pon-
teiro, num mostrador dividido em 100 partes
iguais, o comparador acusa desvios ou dife-
renças de medidas da ordem de CENTÉSIMOS
DE MILÍMETRO.
Qualquer pressão, por mínima que se-
ja, na ponta ou no apalpador, faz com que
êste se desloque e o ponteiro, girando no
mostrador, indica o deslocamento em centé-
simos de milímetro.

1.O) Verificação do paralelismo das faces pla-


nas de uma peça (fig. 3).
O contato do apalpador, em diferentes
pontos da face superior da peça, faz com que
o ponteiro se desloque e dê os valores das
diferenças das alturas.
2.O) Verificação do paralelismo da base da
morsa na retífica ou na 'fresadora.
. A fig. 4 mostra o caso da plaina.

3.O) Verificação da excentricidade de uma


peça montada na placa do torno.
A fig. 5 dá um exemplo de verificação
externa.
A fig. 6 mostra u m caso de verificação
interna.
COMPARADOR CENTESIMAL FBLHA DE
RETIFICADOR (FINALIDADES DO SEU USO) .TECNOLÓGICA
INFORMAÇÁO 2.4

4.O) Verificação do alinhamento das pontas to do .carro, darão desvios do ponteiro, se as


de um torno (fig. 7). p ~ n t a snão estiverem alinhadas.
A peça colocada entre pontas é um
eixo rigorosamente cilíndrico com a superfi- 5.O) Verificação de medidas, comparando-as
cie e os centros retificados. Os contatos do ' com medidas-padrão. As fie. 8 e 9 apre-
apalpador com êste eixo, durante o movimen- sentam um exemplo.

Fig. 8

Coloca-se a medida padrão sobre uma


mesa de medição, por exemplo, blocos de aço
de medidas precisas, denominados blocos-pa-
+
drão, dando o total de 50 mm 3,5 mm +
+ 1,4 mm = 54,9 mm.
Com ligeira.pressão, põe-se o apalpador
em contato com a face superior da medida
padrão (fig. 8). O ponteiro se desloca de al-
guns centésimos na direção da seta. Como o
mostrador do comparador é girante, faz-se o
"traço zero" coincidir com o ponteiro.
Retiram-se da mesa os blocos da medi-
da-padrão. Em seguida, coloca-se a peça cuja Fig. 9
medida se quer verificar, sobre a mesa e em
contato com o apalpador (fig. 9). Se o pon-
teiro se deslocou, por exemplo, de 5 centési-
mos, na diresáo da seta, isto significa que a Se o deslocamento do ponteiro fosse no
+
'

medida da pega é 54,9 mm 0,05 mm = sentido contrário ao da seta de, por exemplo,
= 54,95 mm, ou seja, 5 centésimos de milí- 3 centésimos, a peça teria medida menor que
metro mais que a medida-padrão. o padrão: 54,9 mm - 0,03 mm = 54,87 mm.

QUESTIONARIO
1) A que medida corresponde uma divisão do mostrador no com-
parador?
2) Para que serve o comparador? Cite exemplos.
3) Que é o comparador centesimal?
4) Por que meio o comparador acusa diferenças ou desvios de medidas?
Qual a ordem de grandeza dessas diferenças?
- - -

FBLHA DE
AJUSTADOR G O N I ~ M E T R O E TRANSFERIDOR INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
4311
L

O mecânico tem necessidade de medir O instrumento que usa, para medir ou verifi-
ou verificar ângulos nas peças que executa: a car ângulos, é um Goniômetro ou Transferi-
fim de usinar ou preparar determinadas su- dor.
perfícies com o rigor indicado pelos desenhos.

\
MEDIGÃO DE UM ÂNGULO

A medição ou verificação de um ângu- é o grau. Dividindo-se um círculo qualquer


10 qualquer, numa peça, se faz ajustando-o em 360 partes iguais, o ângulo central corres-
entre a régua e a base do goniômetro. Êste pondente a uma parte é o ângulo de 1 grau.
instrumento possui graduações adequadas, O grau se divide em 60 minutos de ângulo e
que indicam a medida do ângulo formado pela o minuto se divide em 60 segundos de ân-
régua e pela base, e, portanto, do ângulo da gulo. Os símbolos usados são: grau ( O ) , minu-
Peça- to (') e o segundo ("). Assim, 54O 31' 12" se
A unidade prática de medida angular lê: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.

CONIQMETRO

Em geral, o goniômetro, ou instrumen- dro universal, que possui mais duas peças (es-
to de medida angular, pode apresentar, ou um quadro de centrar e esquadro com meia es-
círculo graduado (360°), ou um semi-circulo quadris).
graduado (1800), ou um quadrante graduado O fixador prende o disco graduado e a
(90°). Praticamente, 1 grau é a menor divisão regua. O alinhamento dos traços extremos do
apresentada diretamente na graduação do go-
disco (900 - 90°) fica paralelo aos bordos da
niômetro. Quando possui vernier, pode dar
aproximação de 5 minutos. O goniômetro de régua. No arco, encontra-se um traço " 0 " de
alta precisão aproxima até 1 minuto. referência. Quando a base é perpendicular à
Um tipo de goniômetro muito usado borda da régua, a referência "0" do arco coin-
na oficina é o Transferidor universal (fig. 1). cide com O "90°" do disco. Quando a base é
Suas duas peças fazem parte de um conjunto paralela à régua, os "zeros" do disco e do arco
denominado Esquadro combinado ou Esqua- coincidem.

Troco de referCncio ("O')

Rlgua graduo

Flg. I - Transferidor universal.


Ângulo que se lê n a figura:
50° ( o u o suplemento 1300).

,
MEC - 1965 - 15.000
I
-- --
F6LHA DE
AJUSTADOR GONIBMETRO E TRANSFERIDOR ~NFORMAÇAO
TECNOL6GICA
43/2

Para usos comuns, em casos de medi- No transferidor indicado na fig. 4, a 1â-


das angulares que não exijam extremo rigor, mina, além de girar na articulação, pode des-
o instrumento indicado é o transferidor sim- lizar através da ranhura.
I iples (figs. 2, 3 e 4).

Ranhura

Fig. 4

EXEMPLOS DE USOS DE GONIBMETRO E DO TRANSFERIDOR


As figs. 5 a 7 apresentam alguns casos.

Fig. 7
CARACTERÍSTICAS DO BOM GONIOMETRO OU TRANSFERIDOR

1) Ser de aço inoxidável. 3) Ter as peças componentes bem ajustadas.


2) Apresentar graduação uniforme, com tra- 4) O parafuso de articulação deve dar bom
ços bem finos e profundos. apêrto e boa firmeza.

CONSERVAÇÃO DO GONIOMETRO OU TRANSFERIDOR

1) O goniômetro deve ser manejado com todo 4) Guarde-o em estojo próprio.


o cuidado, evitando-se quedas e choques.
5) O goniômetro deve ser aferido, isto é, de-
2) Evite ranhuras ou entalhes que prejudi- vem ser comparadas diferentes aberturas
quem a graduação. com ângulos padrões precisos.
3) Faça completa limpeza, após o uso, e lu-
brifique-o com 6le0 fino.
QUESTIONARIO

1) Quais são as características do bom goniôrnetro ou transferidor?


2) Que é grau? Que é minuto de ângulo? Que é segundo de ângulo?
3) Para que serve o goniômetro ou transferidor?
4) Qual é a menor divisão angular de um transferidor ou goniôrnetro?
5) Quais as condições de conservação do goniômetro ou transferidor?
6 ) Como o mecânico mede um ângulo de uma peça com o goniômetro ou transferidor?
F6LHA DE
RETIFICADOR GONIOMETRO COM VERNIER INFORMAÇAO 3.3
TECNOLóGICA
-
Para medir um ângulo com aproximação até 5 minutos, usa-se na oficina o Goniô-
metro de Vernier.
GONIOMETRO COM VERNIER (figs. 1 e 2)

É um instrumento medidor de ângulos, o nome de Goniômetro a êste tipo de ins-


de precisão, e feito em geral de aço inoxidá- trumento. Os demais, quase sempre, são cha-
vel. Em mecânica, reserva-se particularmente mados de transferidores.

Fig. 2
Lâmina pequena
É colocada e m lugar da lâmina
grnnde, e m casos especiais de me-
diqões de ângulos.

Fig. 1 - Goniômetro com Vernier

O disco graduado e o esquadro formam com uma das bordas do esquadro, aos lados
uma só peça. O disco graduado apresenta ou às faces do ângulo que se quer medir. A
quatro graduações de O0 a 90°. O articulador posição variável da lâmina em torno do disco
gira com o disco do vernier e, em sua extre- graduado permite, pois, a medição de qual-
midade, há um ressalto adaptável à ranhura quer ângulo e o vernier aproxima esta me-
da lâmina. Estando fixado o articulador na dição até 5 minutos de ângulo.
lâmina, pode-se girá-la de modo a adaptá-la,

USOS DO GQNIUMETRO

As figs. 3 a 6 dão exemplos de diferentes


medições de ângulos de peças ou ferramentas,
mostrando variadas posições da lâmina e do
esquadro.
A fig. 7 apresenta um goniômetro mon-
tado sobre um suporte, que facilita a medição
de ângulos, pois sua base se apóia sobre uma
superfície de referência (a do desempeno, por
exemplo).

Fig. 3

I Fig. q
F6LHA DE
RE?'IFICADOR GONIOMETRO COM VERNãER INFORMACÁO 3.4
TECNOL6GICA
I

EXPLICAÇXO DO VERNIER DE 5 MINUTOS


A medida total do vernier (fig. 8), de Ora, 2 graus correspondem, em minu-
cada lado do "zero", é igual à medida total tos, a 2 O X 60' = 120'.
de 23 graus do disco graduado. Resulta que CADA DIVISÃO do vernier
O vernier apresenta 12 divisões iguais: tem menos 5 minutos do que DUAS DNISÕES
5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60. do disco graduado. A partir, portanto, de tra-
Então, cada divisão do vernier vale 115 mi- ços em coincidência, a l.a divisão do vernier
nutos porque dá a diferença de 5 minutos, a 2.a divisão dá
23O t 12 = (23 X 60') m i n s 12 = 1380'+ 10 minutos, a 3.a dá 15 minutos, etc.
+ 12 = 115'.

Fig. 9

LEITURA D o GONIOMETRO COM VERNIER DE


5 MINUTOS (fig. 9)
O "zero" do vernier está entre o 24 e traço do disco graduado. Resulta a leitura '

o 25 do disco graduado (24O). O 2 O traço completa: 24O10'. Outros exemplos de leitu-


da vernier (2 X 5' = 10') coincide com um ras estão nas figuras 10, 11 e 12.

-.

Fig. 1 0 Fig. 11 Fig. 1 2

Leitura: 90 2W Leitura: 510 15' Leitura: 300 5'

EXERCÍCIO

1 - Faça as leituras das figuras 13 e 14

Fig. 14
FBLHA DE
AJUSTADOR GABARITOS INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
2611

A planeza das faces das peças verifica- trumentos auxiliares de controle, estará então
se por meio de réguas ou planos de controle. habilitado a verificar a forma que vai dando
Os ângulos entre faces podem ser verificados à peça, em obediência aos desenhos orienta-
por esquadros, goniômetros ou transferidores. dores da sua execução. Tais moldes ou mo-
Quando, entretanto, o mecânico necessita delos são chamados gabaritos.
executar uma peça com um perfil complexo
como, por exemplo, o da fig. 1, não bastam
os recursos citados.
Há curvaturas e formas especiais cujo
rigor tem que ser controlado durante a exe-
cução da peça, sem o que ela irá apresentar
defeitos e não poderá ser utilizada.
Em tais casos, o mecânico será obriga-
do a utilizar modelos ou moldes exatos de
partes do perfil. Muitas vêzes, terá mesmo
que confeccionar, antes da execução da peça,
um ou mais moldes do perfil. Com êsses ins- Fig. 1

GABARITOS PADROES (COMERCIAIS)

Para curvaturas em arcos de circunfe- que se quer verificar. Escolhe-se a lâmina


rência, de raios determinados, ou para ângu- adequada a cada verificação, pela indicação
los, de aberturas determinadas, encontram-se (que tem gravada) .do raio de curvatura ou
no comércio gabaritos padrões, já prontos, do ângulo.
constituídos de pequenas lâminas de aço iso- Verifica-se se há ou não coincidência
ladas (figs. 2 e 3), em estojo (fig. 4), ou em
dos perfis da peça e do gabarito, observando-
"canivetes" (figs. 5 e 6). Os gabaritos dos ti-
pos mostrados nas figs. 2, 3, 4 e 5 são também se o contacto contra a luz. Se não passa lumi-
chamados verificadores de curvaturas ou veri- nosidade, está perfeita a coincidência. Se pas-
ficadores de raios. Os da fig. 6 são mais co- sa luz, há frestas correspondentes a irregula-
nhecidos como verificadores de ângulos. ridades no perfil da peça. Estas vão sendo
Consiste o uso dêsses gabaritos em pô- corrigidas por meio de verificações e retoques
10s em contacto com a curvatura ou o ângulo sucessivos.

Fig. 2 Fig. 5

Fig. 4
EstGjo de gabaritos de
curvaturas.

Fig. 3 Fig. 6

MEC - 1965 - 15.000 127


F6LHA DE
AJUSTADOR GABARITOS INFORMAÇÃO
TECNOLóGICA
2612

GABARITOS ESPECIAIS (EXECUTADOS EM CADA CASO)

O exemplo dado na fig. 1 reaparece na Para melhor compreensão, os contor-


fig. 7, para melhor esclarecimento. Como se nos de contacto dos gabaritos foram mostrados
trata de um perfil de forma irregular, deve em traços mais fortes na fig. 7.
o mecânico fazer o trabalho preliminar de
execução dos gabaritos, recortando-os e dando-
lhes acabamento preciso. Os gabaritos são
placas de aço dos tipos A, B, C e D da fig. 7.
Para obter os contornos de contacto, o mecâ-
nico recorre ao desenho da peça, em cujas
vistas encontra os raios de curvatura, os ân-
gulos e as cotas necessárias. Transporta êsses
elementos para a chapa, por meio de traçado.
Recorta os contornos traçados. Dá-lhes, por
fim, cuidadoso acabamento, por meio de
0
limas de diferentes tipos e também, muitas
vêzes, usando um raspador. Fig. 7
)

GABARITOS DIVERSQS

O ferreiro, o serralheiro e o caldeireiro usam como gabarito uma peça inteira, exe-
usam com frequência gabaritos para confeccio- cutada cuidadosamente em primeiro lugar
narem as suas peças. A maioria dêsses gaba- (exemplo: ornatos, peças curvadas, etc.). Na
ritos é de chapa. confecção das demais peças iguais, vai o ope-
Podem ser de dois tipos: 1) chapas re- rador dando-lhe formas sucessivas, cada vez
cortadas 2) simples traçados sôbre chapas. mais aproximadas do gabarito, até atingir
Por vêzes, entretanto, em trabalhos seriados, aquela que com êle coincida.

QUESTIONARIO

1) Em que se baseia o mecânico para fazer um gabarito?


2) Para que serve um gabarito? Cite os seus tipos.
3) De um modo geral, como o mecânico faz um gabarito?
4) Que são os gabaritos padrões encontrados no comércio?

I
I28 MEC - 1965 - 15.000
FÔLHA DE
TORNEIRO VERIFICADORES DE ÂNGULOS INFORMACAO 7.3
MECÂNICO TECNOLÓGICA

No preparo das ferramentas de corte, com ranhuras ou recortes em ângulos rigoro-


usa o mecânico, com frequência, Verificado- samente talhados nas bordas.
res de Ângulos. São placas de aço temperado,

MODO DE USAR

É simples o processo de utilizar


um verificador de ângulos. Consiste ape-
nas em colocar o ângulo padrão do veri-
ficador em contacto com o ângulo que
se quer medir na ferramenta, verificando
se êsse contacto se faz com rigor. É o que
mostra a fig. 1: verificação do ângulo de
uma talhadeira para cortar aço de baixo
teor (60°). Se a talhadeira se destinasse
ao corte de metal diferente, a verifica550
do ângulo se faria em um dos outros en-
talhes, tendo em conta que a experiência
indica o ângulo
-
de 65O para o aço duro,
o de 'O0 para bronze e ferro fundi- Fig. 1 - Verificador de k n , ~ u l od e talhadeiras e brdarnes.
do; e o de 50° para o cobre.

VERIFICADORES DE ANGULOS, DE LAMINAS


ARTICULADAS

O da fig. 2 contém dois jogos de lâmi-


nas: as da direita verificam ângulos de 2 O -
40 - 60 - 80 - 120 - 200 - 300 - 450;
as da esquerda verificam ângulos de l0 - 3O
- 5O - 10° - 14O - 15' - 25O 35'.
A fig. 3 mostra o uso de uma das lâmi-
nas, na verificação de um ângulo chamado
ângulo de folga ou de incidência, nas ferra-
mentas de corte de torno e plaina.
Se há contato exato entre o fio da 1â-

I mina e o topo da ferramenta, o ângulo que se


verifica está correto. Fig. 2 - Verificador d e ângulos.

I A base da ferramenta e a aresta da 1â-


mina devem ficar bem assentadas sobre um
plano.

Fig. 3 - Verificação d o n"ngulo d e u m a ferramenta


d e plaina ou tôrno.

I
MEC - 1965 - 1 5.000 123
I
TORNEIR0 VERIFICADORES DE ÂNGULOS FOLHA DE
INFORMACAO 7.4
MECÂNICO TECNOLÓGICA
i

TIPOS DIVERSOS DE VERIFICADORES DE ÂNGULOS


As figuras abaixo apresentam alguns verificadores para diferentes usos.

Fig. 5 -
Verificador de ângulos
Fig. 4 - Verificador de ângulos universal para ferramentas de ferramentas para roscar.
de tôrno, brocas, porcas sextavadas.

Fig. 6 - Verificador de ângulo de broca. Eig. 7 - Vista da face anterior.

Fig. S - Vista da face posterior.

Verificador de ângulos de ferranzen-


tas de tôrno para rôscas triangulares.
( A s escalas medem os números de fios
por polegada da rosca).

Fig. 9 - Verificador de ângulos diversos de


ferramentas de corte para plaina e tôrlio.

10 - Verificador de dngu- Fig. 11 - Verificador de ângu-


10s de 1200 ou verificador de los de 13j0 o u verificador de
perfil sextavado. perfil oitavado.

'

Os verificadores de 120° e de 135O se rado chamá-los de "esquadro de 120°" e "es-

I I usam, em geral, para ângulos de peças. É er- quadro de 13506'.

MEC - 1965 - 15.000


I
FOLHA DE
TORNEIRO CALIBRADORES DE ROSCAS INFORMAÇÃO 15.7
MECÂNICO . TECNOL~GICA
r

A produção em série exige que todas Nos conjuntos sujeitos a .ajustes é fre-
as peças fabricadas sejam verificadas com o quente a existência de peças roscadas, cuja
máximo rigor. Essa verificação abrange não confecção deve ser verificada com todo o cui-
sòmente as dimensões e o acabamento, mas dado, sem o que não poderão ser aproveitadas,
ainda outros aspectos da execução que possam perdendo-se, pois, tempo, dinheiro e material.
influir no'ajuste, quando as peças tivei-ciii tle
ser montadas no conjunto mecânico no qual
irão funcionar.

CALIBRADORES DE ROSCAS

Fig. 1 Fig. 2

O ajuste de partes roscadas, como a de de anel e controla rosca externa. O verifica-


partes lisas, compreende peças "machosJ' (as dor da fig. 2 é o modêlo comum do Calibra-
de roscas externas) e peças "fêmeas" (as de dor tampão de rôsca, servindo ao controle de
roscas internas). Nestas últimas, as primeiras rôsca interna.
devem penetrar, por meio de giro, obedecen- A extremidade de rosca mais longa do
do a certas normas padronizadas, que prevêem calibrador tampão (fig. 2) verifica o limite
uma folga máxima e uma folga mínima para mínimo: ela deve penetrar suavemente, sem
que o conjunto possa funcionar bem. ser forçada, na rosca interna da peça que está
Além disso, se as roscas (tanto internas sendo controlada. Diz-se que ela passa. A ex-
como externas) têm dimensões e acabamento tremidade de rosca mais curta (à direita, na
que as situam dentro dos limites máximo e fig. 2), não passa na rosca que se estiver veri-
mínimo, resultará a possibilidade do uso de ficando; ela verifica o limite máximo.
qualquer das peças "machos" com qualquer Quanto aos calibradores de anel, com
das peças "fêmeas". Então, as peças em tais um dos tipos se faz rigorosamente o controle
condições são intercam biáveis. Isso significa de um dos limites da rosca externa executada
qiie qualquer parte "fêmea" pode ser trocada na peça: êle passa. O outro calibrador de anel
por outra "fêmea" das mesmas especificações, verifica o outro limite: não passa.
assim como qualquer "macho" poderá ser em- As canaletas ou ranhuras que existem
pregado em lugar de outro, sem que o fun- em ambos os tipos de calibradores, de tam-
cionamento do conjunto mecânico sofra qual- pão e de anel, servem para coletar os cavacos
quer alteração.
ou sujeiras que estejam aderidos aos filêtes
Quando isso acontece, as peças estão das roscas, à medida que se dá a penetração
dentro da tolerância, isto é, entre o limite durante a operação de controle. De qualquer
máximo e o limite minimo especificados para
forma, é conveniente limpar cuidadosamente
a ajustagem.
as rôscas, quer nas peças, quer nos calibrado-
Um dos processos usuais e rápidos de
res, antes de iniciar o trabalho de verificaqão.
verificar rôscas consiste no uso dos Calibra-
dores padrões de rôscas. São peças de aço, tem- Quando o calibrador já estiver adap-
peradas e retificadas, obedecendo às dimen- tado na peça, deve-se sempre verificar se há
sões e condições de execução de cada tipo de esquadro entre um e outro. Se isso não acon-
rdsca (figs. 1 e 2). O verificador de rôsca mos- tecer, ou o furo está com o eixo inclinado ou
trado na fig. 1 é um tipo usual de Calibrador foi executado incorretamente.

MEC E- 1965 - 15.000


I
TORNEIRO FBLHA DE
MECÂNICO
CALIBRADORES DE ROSCAS INFORMAÇÃO
TECNOL6GlCA
15.8

O calibrador não pode oscilar ou apre- Outro verificador adequado, e de mui-


sentar-se frouxo durante o controle, pois, se to uso, mas sòmente para roscas externas, é o
isso se der, a folga é exagerada, não estando, Calibrador de bôca de roletes (figs. 3 e 4). As
pois, a rosca dentro dos limites de tolerância vantagens dêste calibrador sobre o calibrador
desejados. de anel são:
1) permite uma verificação mais rá-
pida;
2) não há desgaste, pois os roletes
giram suavemente contra a rôs-
ca ;
3) permite a regulagem exata con-
forme a tolerância;
4) uso de um só calibrador para vá-
rios diâmetros, uma vez que o
instrumento é ajustável.
Fig. 3 Fig. 4

CALIBRADORES COMUNS

Quando não se exige que as roscas se- a rosca de uma porca, dentro das especifica-
jam executadas com grande precisão e não se qões e medidas do desenho, a porca será o
trata de produção em grande série, o proces- calibrador. O mecânico abre as roscas corres-
so comum é calibrar uma das peças por meio pondentes em diversos parafusos e controla a
de outra ("macho" com "fêmea" ou vice-ver- ajustagem usando a porca.
sa). Por exemplo, preparada cuidadosamente

QUESTIONARIO

1) Que são peças intercambiáveis? Quando estão as peças dentro da tolerância?


2) Que são os calibradores tampão de rosca? Quais as suas particularidades?
3) Que são os calibradores de rosca de anel? Um só verifica o máximo e o mínimo?
4) Que são os calibradores de rosca de roletes? Quais as suas vantagens3
I NOÇõES DE TOLERÂNCIA DE MEDIDAS

Modernamente, na indústria mecânica, nhadas de algarismos adicionais precedidos


o técnico ou o operário encontra com fre- de um dos sinais "mais" ou "menos", ou de
quência - nos desenhos ou nas ordens de ambos.
serviço - certas medidas das peças, acompa-

Em tais casos se diz que qualquer des- cota nominal. Os números em algarismos me-
sas medidas fixa uma tolerância de fabricação nores precedidos de sinal, representam os
ou uma tolerância de usinagem. O número limites da tolerância admitidos para a usina-
principal, em algarismos maiores (nos exem- gem, em relação à cota nominal.
plos acima: 45, 63, 200, 63 e 450) indica a
Exemplo - A medida com tolerância 200 admite dois limites:
1.O) Superior: 200 = 200,000 mm + 0,016 mm = 200,016 mm
2.O)Inferior: 200 = 200,000 mm - 0,013 mm = 199,987 mm
de tal modo que a diferença entre os dois limites tem o valor:

POR QUE A INDÚSTRIA MECANICA MODERNA NECESSITA


DA TOLERÂNCIA NA FAIBRICAGAO

Por três motivos principais: isto é, peças por assim dizer idênticas,
com formas e medidas tão aproximadas
1.O) Máquinas, numerosos aparelhos, enfim entre si, que umas se substituem às ou-
conjuntos mecânicos os mais variados só tras sem que o conjunto mecânico, no
funcionam bem e se conservam por longo qual venham a ser montadas, sofra qual-
tempo quando suas peças se ajustam quer alteração no seu funcionamento.
bem, ou seja, quando têm entre si uma
folga ou um apêrto, controlados por me- 3.O) Uma medida exata, que seja rigorosa-
dições rigorosas. mente a cota nominal indicada no pro-
jeto ou no desenho, é difícil de se obter
2.O) Uma característica importante da indús- na prática, pelas seguintes causas, que
tria moderna é a produção de peças em pr~duzemêrros inevitáveis:
série, isto é, em grandes quantidades, a) Imperfeição dos materiais ou das ferra-
para que o custo do produto possa ser mentas;
o menor possível. Como conseqüência
b) Desgaste das ferramentas ou folgas nos
dessa necessidade econômica, surgiu, ães- órgãos das máquinas;
de o início do século XX, êsse novo
método de produção. Por tal sistema, tô- c) Maior ou menor habilidade do operador
das as peças executadas mediante um que executa a peça;
projeto, um desenho ou uma ordem de d) Imperfeição dos métodos, instrumentos ou
serviço, se tornam peças intercambiáveis, aparelhos de verificação.

DEFINIÇãO DA TOLERÂNCIA

De um modo geral, segundo o estado 2) Usinadas, que são as trabalhadas por ferra-
exigido para as suas superfícies, as peças exe- menta de corte, mas livres;
cutadas ém mecânica são de um dos três gru-
3) Ajustadas, que são usinadas, mas devem
pos seguintes:
ter contato com outras superfícies usina-
1) Brutas, isto é, não trabalhadas por uma das, com maior ou menor folga ou aperto.
ferramenta de corte;
-- - - - C
I' '

F6LHA DE
FRESADOR NOÇUES DE TOLERANCIA DE MEDIDAS INFORMA-
TECNOL661CA
10.2

A tolerância de fabricação só diz res- (figs. 3 e 4), por exemplo, uma bucha, um
peito ao grupo das ajustadas - Um jogo de encaixe prismático.
pesas ajustadas compreende duas partes: 1)
A peça macho, que é a que se encaixa (figs. As figs. 5 e 6 apresentam dois conjun-
1 e 2), por exemplo, um eixo, um prisma; tos ou jogos de peças ajustadas: Fig. 5 - eixo
2) A peça fêmea, que é a que oferece encaixe e furo; Fig. 6 - prisma e encaixe.

Eixo Bucha com furo cllindrico

Pig. 3 Fig. 5

Barra priemdtioa aula com emalxe prisdtlao

€!!i9 Fig. 4
Pig. 2 Fig. 6

O ajuste entre duas pesas pode ser (figs. E r r m ~ l o de um oiao


1 a 4): 1) com folga (Di > De); 2) com aperto
(Di < De); 3) ajuste "exato" (hipótese que só
se realiza por acaso).
Em qualquer dêstes casos, é necessário
fixar uma dimensão máxima e uma dimensão
minima, entre as quais a ajustagem das duas
peças seja possbel.

Denomina-se tolerância (T) a diferença


A IDEAL ea de max entre a cota máximo e a cota minima (fig. 7):
e D min:
Cota ideal (D max + D min) +-2
T = D max-D min. Exemplo na
A COTA REAL é a medida que o medida
operador obtém, quando realiza o acabamento
da peça. Se a cota real está entre o limite 450 +;o,;;
mdximo e o limite minimo, diz-se que a me- T = (450,000 + 0,020) - (450,000 -
dida está dentro da tolerância. - 0,020) = 450,020 - 449,980 = + 0,040

---
r
--
P
FBLHA DE
' NOÇÕES SOBRE PEÇAS INTERCAMBIAVEIS INFORMAÇAO
B FRESADOR E S6BRE CALIBRADORES DE TOLERÂNCLA 10.3
TECNOL6GICA

Sendo pràticamente impossivel fabricar ficação das medidas dentro de tais limites tem
peças que tenham medidas EXATAS, pode-se, que ser feita cuidadosamente durante a exe-
entretanto, executá-las com medidas dentro cução. Para êsse controle se empregam instru-
de certos LIMITES BEM PRÓXIMOS,indicados no mentos de medidas fixas, correspondentes aos
projeto ou desenho. Nestas condições, a veri- limites.

PEÇAS INTERCAMBIAVEIS
I

A execução de peças intercambiáveis, 1) As mesmas peças são tôdas executadas com


em mecânica, é a condição principal da pro- dimensões compreendidas entre um limite
dução em série. As peças que têm medidas máximo e um limite mínimo.
dentro de certos limites são intercambiáveis, 2) mesmas peças, de séries diferen- 1
isto é, podem ser trocadas umas por outras, tes, podem ser montadas sem necessidade
porque constituem conjuntos pràticamente de retoques.
idênticos.
3) Quando desgastadas ou quebradas são r&-
As peças intercambiáveis apresentam pidamente substituidas por peças corres- I

as seguintes caracteristicas: pondentes de série diferente.

CALIBRADORES DE TOLERANCIA

A intercambiabilidade exige precisão.


Esta palavra deve ser entendida, não no sen-
tido rigoroso de medida matemàticamente
exata, mas sim de medida dentro de limites.
A folga ou o apêrto entre peças que se ajus-
tam é, frequentemente, de poucos centésimos
de milímetro, ou menor ainda sendo portanto Fig. I
necessário o controle da precisão. O calibra- Calibrador tampão de tolerância
dor usado para verificar essa precisão se de- rPASSAJ' - " N A 0 PASSA").
nomina Calibrador de Tolerância (figs. 1 a
6). É de aço duro, inoxidável, e tem duas
medidas rigorosamente fixadas: máxima e mi-
nima. Entre elas fica então a medida ideal, média do máximo e do minimo: Dideal =
que é difícil de se obter exatamente. +
= (Dmax Dmin) + 2. Explicou-se também
O calibrador tampão de tolerância da que a tolerância é a diferença entre Dmax e
fig. 1, por exemplo, aplicado a uma bucha,
controla o rigor da medida do seu diâmetro.
A extremidade cilindrica da esquerda, de
Dmin. Resulta que, no caso exemplificado
(fig. l), o diâmetro ideal é D = (50,030 mm
1- 50,000 mm) s 2 = 50,015 mm e a tolerân-
+ f
+
diâmetro 50 mm 0,000 mm, ou seja, . . . . . cia T = 50,030mm - 50,000 mm=0,030mm.
50,000 mm, deve passar através do furo da Se pràticamente fosse possivel, tôdas as peças
bucha. Além disso, a extremidade cilfndrica intercambiáveis teriam a medida ideal. Não 1
+
I

da direita, de diâmetro 50 mm 0,030 mm sendo possivel, as peças são aceitas desde que 1
ou 50,030 mm não passa através do furo da suas medidas estejam dentro dos limites da i
bucha. tolerância. Estes vêm indicados nos desenhos,
Em informação tecnológica anterior foi de acordo com as funções que as peças irão
explicado que a dimensão ou cota ideal é a ter nas máquinas ou nos conjuntos mecânic~s.

107 I
OUTROS 'TIPOS DE CALIBRADORES DE TOLERANCIA
(figs. 2 a. 6)

Passo Ndo oossa Calibradores de tolerância, chatos, para furos.

Corte
Pr#ru traiwamu

Fig: 3
POSBO' 'NSQ parna

Fig. 2

Calibradores de tolerância, chatos, para eixos. Calibradores de tolerância ajustúveis.

A -Passa
(Nw pinos
da brota)

Os pinor cilfbdricos podam s u ajustodos


Fig. 5 a u r t a s tolarinJi1 Fig.
Fig. 4

Os números e símbolos nas placas dos calibradores (por exemplo 125 H71SO) cor-
respondem a medidas e tolerâncias estandardizadas de um sistema internacional. "ISO"
significa International Sistem Organization.
-- -1
- -

' NORMALIZAÇÃO DAS TOLERANCIAS. FBLHA DE


RETIFICADOR CONVENÇõES DO SISTEMA INTERNACIONAL INFORMAÇAO 21.1
. "ISO" DE TOLERÂNCIAS TECNOLóGICA

A intercambiabilidade das peças, que Por tais motivos, verificou-se ser de


se tornou possível em virtude do estabeleci- grande vantagem, para atender a exigências
mento das tolerâncias, teria um efeito restri- técnicas e econômicas da indústria, que se
to se dependesse exclusivamente de certos
padrões adotados em cada fábrica ou em cada criasse um sistema uniforme ou normalizado
região. Ora, os interêsses da indústria exigem de tolerâncias de fabricação.
frequentemente que as peças sejam fabricadas A partir de 1928, as tolerâncias passa-
em um local e montados em outro, às vêzes ram a obedecer ao sistema internacional nor-
distante, em país diferente. Por outro lado,
é comum, na produção industrial, que uma malizhdo "ISA (iniciais da International
certa emprêsa encomende a diversas outras, Standardizing Association). Em 1947, mu-
L mediante um desenho ou projeto padrão, dou-se a denominação do sistema para "ISO"
séries ou partidas de uma mesma peça. (International System Organization).

ELEMENTOS CARACTERfSTICOS DO SISTEMA


INTERNACIONAL "150" DE TOLERÂNCIAS
'
São dois os característicos fundamen- 2) indice numérico, correspondente ao valor
tais: 1) indice literal, correspondente à posi- da tolerância, ou seja, definindo a. qualidade
550 da tolerância em relação à linha "zero"; de fabricação.

ÍNDICES DE POSIÇÃO
1 Letras A a Z (maiúsculas) para as tole- para as tolerâncias dos eixos correspondentes.
râncias dos furos e letras a a x (minúsculas)

Podem existir sistemas normalizados É de uso generalizado o sistema de furo


de tolerância baseados em "furo único" ou em calibrado ~zormalH , no qual a diferença in-
"eixo ~inico". No primeiro caso, fixam-se as ferior do furo é nula, isto é, o diâmetro me-
tolerâncias de uma categoria de furo (H, por nor é igual à cota nominal. A figura apre-
exemplo) e com elas se relacionam as de vá- senta o gráfico simbólico do sistema, pelo qual
rios tipos de eixos. No segundo caso, fixam- se compreendem as posições, em relação à
se as tolerâncias de uma categoria de eixo e linha "zero" das diferentes ajustagens fvro
se variam, com relação a ela, as de vários tipos Aleixo a, furo Bleixo b, furo c/eixo c, etc.
de furos.
I'
-
-- . - - .
DAS TOLERÂNCIAS.--'-"~w-"-
FBLHA-- DE I
1 -NORMALIZACÃO
. - - --
( 21.2
A

NO^^$^
1 . IRETIFICA~~K CONVENÇdES DB
SISTEMA INTERNACIONAL
" I S O DE TOLERÂNCIAS I
I.<. . .
Com o auxilio da figura, pode-se tam- principais tipos de ajustagem, relacionados
bém entender as especificações do quadro com os respectivos ándices de posição, no sis-
abaixo, que indica, de um .modo geral, os tema de furo calibrado normal H.

I ROTATIVAAJUSTAGQUI A-B-GD-E-F-C
PURO '

a-b-c-d-e-r-g
EIXO

DESLIWTE H h
PoRçADA ~~ J 1
FORCADA &IA K k
FORçADb DURA M-N m-n
PBEPISADA p-r-e-t-a-v.., 2 .

São números, de 1 até 16, que se rela- precisão com que devem ser controladas as
ciona, em cada posição (A, B, C, . . . ou a, usinagens das peças:
b, c, . . .), à precisão ou qualidade de fabri- fndices 1-2-3-4: alta precisão (calgos pa-
cação, ou seja, à maior ou menor tolerância drões, calibres, etc.)
exigida, conforme a cota nominal da ajus- fndices 5-6: precisão de ferramentm e
tagem. p e ~ mde máq.irinas
Variando a tolerância na razão direta
'

dos valores das cotas nominais (quanto maior fndices 7-8: tolerdncia de imecânica de
a cota nominal, maior a tolerância), estabe- b o m acnbamento
leceram-se, na normalização "ISO", 13 grupos fndices 9-10-11-12-13-14-15-16: s e m
c$e cotas nominais, desde a de 1 mm até a de piecisão
500 mm, cada grupo com os seus respectivos Assim, as tolerâncias mais finas (de 1i-
limites de tolerância. mites mais próximos) correspondem aos ín-
Quanto aos 16 indices de qualidade, dices mais baixos. Quanto mais alto o número
estão êles classificados da forma seguinte, com índice de qualidade, maior será a tolerância,
a finalidade de caracterizar os graus de qua- e, portanto, menor a característica de precisão
lidade das ajustagens, ou seja, os graus de da ajustagem.

1) Que significam as iniciais "ISA? E as iniciais "ISO"?


2) Quais são os dois elementos característicos do sistema "ISO"?
3) Faça um gráfico dos índices de posição do sistema H do "ISO".
4) Indique 6 tipos de ajustagem (de rotativa até prensada) com os
índices.
5) Faça a classificação dos grupos dos índices de qualidade.
FBLHA DE '
.ELEMENTOS DETERMINANTES DA AJUSTAGEM
RETIFICADOR TOLLERÂNCIA - FOLGA - APÊRTO
INFo~MAFAO
TECNOLóGICA
16.1
I

Para o exame das condições das ajus- quais irão depender dos dois fatores seguin-
tagens, é usual considerar-se o conjunto ci- tes:
lindrico de eixo (peça macho) e furo (peça
1) Dimensões Telatiuas do eixo- e do furo.
fêmea). Poder-se-ão apresentar, nos proble-
mas de acabamento dessas duas peças, dife- 2) Estado de acabamento das superffcies ou
rentes tipos ou categorias de ajustagem, os qualidade de fabricação.

DIMENSõES RELATIVAS DO EIXO E DO FURO


As figs. 1 e 2 apresentam um esquema desenhos, é iquela em torno da qual a ajus-
claro, de eixo e furo, que facilitará as defi- tagem tem que ser necessàriamente feita. Sra-
nições dos elementos dimensionais. ta-se de uma medida técnica, que se exprime
A cota nominal, que vem inscrita nos sempre por um número inteiro de milímetros.

Fzg. 1 Fig. 2

As diferenças (superior ou inferior) são A tolerância, con£orme já se definiu em


consideradas a partir da linha "zero" (linha da outra folha, é a diferença entre a cota máxi-
cota nominal) com um sinal da sua posição: ma e a cota mínima. Vê-se, nas figs. 1 e 2,
+ (mais) se forem acima da linha "zero"; que a tolerância de uma ajustagem pode se
- (men,os) se forem abaixo da linha "zero" situar ou inteiramente acima da cota nominal
(fig. 3). (linha "zero"), sendo então positiva; ou in-
teiramente abaixo, caso em que é negativa.
Mas pode também se situar entre uma parte
LINHA "
e outra, tendo os dois sinais (*).
Define-se como jôgo máximo de uma
ajustagem, a diferença (com o respectivo si-
nal), entre a cota máxima do furo e a cota
minima do eixo. O jôgo minimo é a dife-
rença (com o respectivo sinal ) k t r e a cota
minima do furo e a cota máxima do eixo
(fig. 4).
RETIFICADPJt

Se o jôgo mínimo & positivo (+), trata- Consideremos os casos contrários. Se o


se de uma ajustagenz com folga. jogo máximo é negativo - e, com maior ra-
Tem-se, ainda, com maior razão, uma zão, o jôgo mínimo - trata-se de uma ajusta-
ajustagem com folga quando o jôgo máximo gem com apêrto (fig. 5).
é também positivo.

EXEMPLO NUMÉRICO DE UMA AJUSTAGEM.


INTERPRETACAO GRRFICA E NUMBRICA

Tolerância para o furo:


+ 0,046 mm - O = 0,046 mm.
Tolerância para o eixo:
- 0,015 mm- (- 0,044mm) =
=I- 0,015 mml+ 0,044 mm = 0,059 mm.
Diferença superior no furo =
= Dmax - Cota nom. = 0,046 mm
Diferença inferior no furo =
- (180,000 mm - 0,015 mm) = 180,000 - = Dmin - Cota nom. = O mm
- 179,985 mm = 0,015 mm. Diferença superior no eixo =
As diferenças, que definem as posições = Dmax - Cota nom. = -0,015 mm
dos limites em relação à linha "zero", são as Diferença inferior no furo =
= Dmin - Cota nom. = -0,044 mm.

175TADO DE ACABAMEWQ OU QUALIDADE DE FABRICASAO

Êste fator e ~aracterizadc,pio maior As tolerâncias se exprimem, como se


ou menor valor da tolerância adotada. viu nos exemplos dados, em milésimos de mi-
Quanto menor o valor da tolerância, límetros. Como é usual representar-se o milé-
mais precisa se torna a ajustagem entre eixo simo de milímetro (chamados Micron) pela
letra grega p (''mu"), pode-se exprimir a tole-
A tolerância varia com a cota nominal rância em números inteiros. Exemplo: 46
das peças: quanto maior a cota nominal tanto p (46 mícrons) = 0,046 mm.
maior será o valor da tolerância.

-QITESTZONARIO

Interprete gràficarnente e calcule os elementos das seguintes ajustagens:


1) Furo 60 +V3O 2 ) Furo 6 + t012 3) Furo 10 + ,0psô
~' F6LHA DE
d-L;v
RETIFICADORV FURO PADRPLO‘'H" E SEUS AJUSTES USUAIS INFORMAÇAO 21.3
TECNOLóGICA .

TABELA DAS T O L E U N C I A S DE AJUSTAGEM DO FURO NORMAL "H?"


COM OS EIXOS ESPECIFICADOS NA laaPAGINA
A título de exemplo, está abaixo o quadro das tolerâncias de uso mais comum nas
oficinas mecânicas, desde a cota nominal 1 mm até a cota nominal 500 mm. As tolerâncias
estão indicadas em mícrons (milésimos de milímetros).

QUESTIONARIO
1) Quando o sistema de tolerância ISO se denomina normal?
2) Quais são as equivalências de Dmin. e de Dmax. no sistema normal?
3) Faça os gráficos das ajustagens do furo calibrado iiormal "H" com
OS eixos e, f, g, h, j, m e p.

4) Dê as características da ajustagem H7 com os seguintes eixos:


e7 -f7 - g6 - h6 - j6 - m6 e p6.

151
.
F6LHA DE
RETIFICADOR FURO PADRÃO "H" E SEUS AJUSTES USUAIS INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
21-4

Estabelecido que o diâmetro mínimo do furo "H" É IGUAL à cota nominal, todos os
demais elementos de ajustagem com eixos diversòs ficarão em funqão da posição "H" e o
sistema de tolerância se denomina normal.
Temos, então, no sistema normal: Dmin. de H-Cota nominal de H e, portanto,
+
Dmax. de H-Cota nominal de H Tolerância.
As figs. 1 e 2 dão a representação gráfica do sistema H nas ajustagens com 7 posi-
ções de eixos.

Fig. 2

EMC AJUSTAGEM EMPR~GO EXEMPLOS


Em Órgãos que permitem a j u s t a - Eixos com d i v e r s o s s u p o r t e s ,
e7 LIVRE
gem com ampla f o l g a . axticula~Ões.
Peças r o t a t i v a s , mesmo para Eixos e mancais p r i n c i p a i s de
RoTATIVA velocidades elevadas. maquinas, de c a i x a s de velocl-
dade, de virabrequins.
Peças que deslizam em g u i a s , Hastes de v á l v u l a s , c o r r e d i ç a s ,
g6 DESLIZANTE sem g i r a r , o u r o t a t i v a s de engrenagens de grande precisão*
grande precisao.
6rgãos montados a mão, com au- f i e s a s em seu8 e i x o s , p i s t õ e s
h6 DESLIZANTE
JUSTA .
x i l i o de l u b r i f i c a n t e de f r e i o h i d r h l i c o .
LIGEIRAMENTE Peças f i x a s montadas ou desmon- .
j6 Enchave tamentos em geral.
AüERENTE t a d a s , com pancadas l e v e s .
Peças montadas com pancadas foy Engrenagens e p o l i a s , d i s c o s
m6 FORÇADO
t e s , p a r a boa fixação. de acoplamento .
Peças que devem s e r montadas Coroas de bronze em engr nagenq
I p6 PBENSeo com grande pressão. m o s de. Podas de vagões.
SCMBOLOS DAS FERRAMENTAS

Alargadores cõnicos

Broca de centrar

Broca de guia

Contra molde

-
Cossinete Tarraxa - 49-
Desandador

Compasso de ferreiro 4
Compas~o de centrar R
Compasso de pontas /9
Contra - estampo cl =
I. ' '

SCMBOLOS DAS FERRAMENTAS

Porca calibre

Ferro de soldar

Graminho

Estampo para rebites

Limas murças

Limas bastardas

Macete

Macho

Malho

Mandril para brocas Verificador de ângulo

Martelo Verificador d e
cone morse 3 Q=
Molde
€i7 Verificador de rosca €E
Morsa de mão
@+ Vazador 'd
Mandril - manivela % Vazador chato
V
Punção de bico
'ii'
Fresa escatel
SE
A morsa serve para fixar, por apêrto, por meio de um dispositivo de parafuso e
a peça na qual o mecânico trabalha. A adapta- porca.
ção da peça na morsa e seu apêrto são feitos

A MORSA PARALELA

O tipo usual é o da figura 1. É assim É geralmente fabricada de aço fundido


chamada porque as faces internas das suas ou de ferro fundido. As morsas que suportam
mandíbulas ficam sempre paralelas nos mo- . maior esforço são de aço forjado.
vimentos de abrir e fechar.

\
Fig. 1 - Morsa de bancada de base fixa.

my Corto I r i i r i o r n l da
=.-I,.

Fig. 3
Corte transversal. L

Fig. 2 - Corte mostrando o dispositivo de movimento


da mandibula.

As figuras 2 e 3 mostram claramente como funciona o mecanismo de abertura e'


fechamento das mandíbulas.
F6LHA DE
AJUSTADOR MORSA DE BANCADA INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
212
I

A figura 4 apresenta urna morsa para-


lela giratória. Sua base pode girar horizontal-
mente, por ser articulada sobre outra base
fixa. Para apêrto ou desapêrto da peça, o ma-
nípulo deve ser sempre segurado nas condi-
ções indicadas na figura 4. Esta posição apro-
veita todo o comprimento do manípulo. Como
a alavanca é maior, o mecânico terá que em-
pregar menor esforço. O movimento, no sen-
tido da seta, aperta a peça entre as mandí-
bulas. O movimento contrário desaperta a
mesma.

Fzg. 4
MORDENTES FIXOS

As duas mandíbulas da morsa possuem,


em geral, mordentes de aço carbono duro e
temperado. Suas faces de apêrto são estriadas.
Assim, se evita deslizamento da peça prêsa, em
trabalhos que devam suportar choques ou
grandes esforços. Exemplos: martelar, cortar, Fig. 5
talhar. As figuras 5 e 6 mostram detalhes de
mordentes aparafusados nas mandíbulas.

MORDENrTES DE PROTEÇÃO cikova varo aparter r '


C*opafiW O. C I t O U I D I IIW
muoartu

Servem para proteger as faces já acaba- Fig. 6


das da peça e são adaptados conforme mostra
a figura 7. Devem ser sempre de material mais
macio que o da peça. A escolha do mordente
depende do material da peça e do tipo de tra-
balho a executar. Há mordentes de cobre,
chumbo, alumínio, madeira e couro. Na pro-
teção de peças de aço e de ferro fundido, é
comum o uso de mordentes de chapas de co-
bre dobradas sobre as mandíbulas. Fig. 7

QUESTIONARIO

1) Para que servem os mordentes fixos? De que material são feitos?


2) Para que se usam mordentes de proteção? De que são feitos?
3) Por que a morsa é chamada "morsa paralela"?
4) Para que serve a morsa de bancada?
5) Qual o critério para a escolha dos mordentes de proteção?
6) De que materiais são fabricadas as morsas de bancada?
7) Qual o mecanismo que permite apêrto ou desapêrto, na morsa?
8) Como se deve segurar o manípulo no apêrto ou desapêrto? Por quê?

34 MEC - 1965 - 15.000


F6LHA DE
AJ USTADOR LIXA INFORMAÇAO 41I 1
TECNOLÓGICA

A Lixa serve para o polimento das su- mas de fitas, folhas retangulares ou discos de
perfícies das peças, por meio de um material pano ou de papel, nos quais está colada a subs-
abrasivo. Apresenta-se, para o uso, sob as for- tância abrasiva.

CONSTITUIÇÃO DA LIXA

A figura mostra, para maior clareza, um que os grãos fiquem ligados uns aos ou-
corte bem aumentado de uma lixa, segundo a tros e também ao fundo. É uma cola ani-
direção transversal. Encontram-se três partes mal ou vegetal, ou uma resina sintética.
distintas: 3.O) O fundo, de papel ou de pano, que cons-
1.O) A granulação abrasiva, constituída de titui o suporte comum de toda a granu-
inúmeros grãos duríssimos e de arestas lação abrasiva:
vivas. São êstes grãos que, por atrito, ar- 1) de papel tipo manilha ou de fibra de
rancam minúsculas partículas da super- juta (lixas para madeira, couro e ma-
fície da peça. teriais macios);
2.O) O aglomerante ou aglutinante, ao qual 2) de pano (lixas para metais e lixas de
é aplicada a granulação abrasiva, para fita ou esteira).

1
2nd0
w
-
T
m
r
*-l

*O obrorlvor Aglomemnte

GRANULAÇAO ABRASIVA DA LIXA

Conforme as aplicagões, encontram-se, 3) O "Garnet" ou Granada tem a dureza de


no comércio, lixas de abrasivos naturais (es- 7,5 a 8 na -escala de Mohs.
meril, "flint" e "garnet") e de abrasivos artifi-
4) O Carborundum e o Crystolon são as mar-
ciais (siliciosos e aluminosos).
cas comerciais dos abrasivos artificiais de
1) O Esmeril é um mineral constituído da carbonêto de silício mais usados. Dureza

Dureza de a na
Mohs.
'
mistura de óxidos de ferro e de alumínio.
de dureza de
9,6 na escala de Mohs.
5) O Durexite e o Alundum são as marcas
mais comuns dos abrasivos artificiais de
2) O "Flint" ou Pederneira é o abrasivo na- óxido de alumínio. Dureza 9,4 na escala
tural de menor eficiência. Dureza de 6,8 de Mohs.
a 7 na escala de Mohs.

ESCALAS DE GRANULAÇÃO

Na fabricação, o abrasivo C moído em seja, 400 orifícios (20 X 20) por polegada qua-
vários tamanhos e separado por peneiramen- drada.
to (grãos), ou por meio de deposição lenta das As peneiras de malhas mais finas (pe-
partículas na água (pós). neiras de sêda) são as de n.O 240, isto é, com
A escala antiga de 'g-ranulagão adotava 57.600 orifícios por polegada quadrada (240 X
uma numeração arbitrária. Na escala moder- X 240). Para pós mais finos, os números cor-
na, há correspondência com os números das respondem aos tempos que as partículas levam
peneiras. Assim, a granulaçzo n.O 20 indica para se depositarem no fundo, sendo a profun-
que os grãos passam nos orifícios de uma pe- didade determinada e a água de densidade
neira de 20 orifícios por polegada linear, ou também determinada.

1
MEC - 1965 - 15.000 185
FBLHA DE
AJUSTADOR LIXA INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA
41 / 2

O quadro abaixo compara as escalas antigas e modernas.

SÍMBOLOS ESCALAS ANTIGAS ESCALAS MODERNAS


TIPOS DE DAS
GRANULA- ESCALAS CARBO-
ÇÃO ANTIGAS ESMERIL "FLINT" "GARNET" DUREXITE
RUNDU~J

1210 600
Pd ll/O 500 500
lO/O 400 400
360
9/o 320 320
MUITO 280 280
FINA 81° 280
710 240 240 240
610 410 220 220 220

3/8 180
510 s/o 150 180 180
4/O 2Io 2/O 120 150 150
FINA 120 120
310 110
110 100
210 1O0 1O0

I12 I12 80
I/o 1 8O 80
MÉDIA 1 60
I12 1112 5O 60 60
1 2 1 112 5o 5o

2 112 2 40
n 112 40 40
GROSSA 2 112
2 3 36 36 36
2 112 3 30 30 3O

3 24 24 24
MUITO 3 112 20 20 20
GROSSA 4 16 16
4 112 12 12

1 ) Para que serve a lixa? Quais são as suas partes constituintes?


2) Quais são os abrasivos naturais e quais os artificiais usados nas lixas?
3) Explique como é estabelecida a escala moderna de granula~ãodos abrasivos.

-- - .-e .-.- ,c A",,


LIMA FOLHA DE
AJUSTADOR (NOMENCLATURA - CLASSIFICAÇÃO INFORMAÇÁO 311
CONSERVAÇÃO) TECNOL6GICA

A lima é uma ferramenta temperada, a superfície de um material mais macio, des-


feita de aço carbono. Suas faces são estriadas gasta-o, arrancando pequenas partículas (Li-
ou picadas. Quando a lima é atritada contra malha).

PARA QUE SERVE A LIMA

Com a crescente utilização de máqui- Deve ser usada em pequenas espessuras de


nas na indústria, o uso da lima tem diminuí- material a desgastar (cêrca de 0,2 a 0,3 do
do. É hoje usada sòmente em pequenos tra- milímetro). É a ferramenta manual que o
balhos de desbaste leve e acabamento, em pe- ajustador mecânico mais utiliza (fig. 1).
ças prèviamente desbastadas em máquinas.

Fig. 1

CLASSIFICAÇÃO

Três fatores influem na classificação mas, mais afastadas ou em distâncias médias.


das limas: picado, seção (ou forma) e compri- Existem, assim, três tipos principais de lima,
mento. de cuja escolha depende o desbaste ou o aca-
PICADO - Pode ser simples ou cruzado. bamento (figs. 2 a 7).
Os dois podem apresentar estrias mais próxi-

PICADO SIMPLES PICADO CRUZADO

Fig. 2 - L i m a murça. Fig. 5 - L i m a mzlrça,

Fig. 3 - L i m a bastardinha. Fig. 6 - L i m a bastardinha.

Fig. 4 - L i m a bastarda. Fig. 7 - L i m a bastarda.

Há ainda o picado grosa (fig. 8) que


apresenta dentes isolados e não estrias. É usa-
da em madeira e couro.
Fig. 8 - L i m a grosa.
MEC - 1965 - 15.000
I

LIMA F6LHA DE
AJUSTADOR (NOMENCLATURA - CLASSIFICAÇÃO INFORMAÇAO 312
CONSERVAÇÃO) TECNOL~GICA

SE~ÃO OU FORMA - As figs. 9 a 16 in- COMPRIMENTO - É dado em polega-


dicam os tipos mais usados. das e corresponde à medida do corpo (fig. 1).

Fig. 9 - Lima paralela. Fig. 10 - Lima chata.

I
Fig. 11 - Lima de bordos redondos. Fig. 12 - Lima faca.

- a
Fig. 13 - Lima quadrada. Fig. 14 - Lima redonda.

Fig. 15 - Lima meia-cana. Fig. 16 - Lima triangular.

EXEMPLOS DE ESPECIFICAÇOES DE LIMAS

Lima paralela bastarda de 10", lima redonda muna de 6", lima faca bastarda de 4", etc.

LIMPEZA

A limalha, prendendo-se entre as estrias


do picado, prejudica o corte da lima. É
necessário manter o picado sempre limpo:
Usa-se, para isso, uma escova de fios de aço
e, em certos casos, uma vareta de cobre de
ponta achatada (fig. 17). Fig. 19

C;ONSERVA@O

1) Não coloque limas em contato, para que seus dentes não se


choquem e não se estraguem.
2) Evite choques com a lima.
3) Proteja-a contra a oxidação (ferrugem).
4) Mantenha sempre a lima com cabo próprio. Engaste a espiga
no cabo, com firmeza.
QUESTIONARIO

1 - Para que serve a lima? Como a lima ataca a superficie da peça?


2 - De que material é fabricada a lima?
3 - Quais os cuidados a observar na conservação das limas?
4 - Quando é aconselhável o uso da lima?
5 - Dê quatro exemplos de especificações completas de limas.
6 - Quais os fatores da classificação das limas? Como se classificam?'
7 - Como são as faces da lima?
8 - Como se faz a limpeza do picado?
MEC - 1965 - 15
LIMA FõLHA DE
AJUSTADOR (USOS - RECOMENDAÇÕES)
INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
1311

O uso da lima apresenta certas parti- sável ao mecânico, para que faça melhor
cularidades. O seu conhecimento é indispen- trabalho e obtenha maior rendimento.

PRESSA0 SOBRE A LIMA

Ao iniciar o golpe (fig. 1): a pressão No fim do golpe (fig. 3), PI deve ser
da mão, no cabo, deve ser MENOR do que MAIOR do que P2, porque a distância de Pi à
a pressão da mão, na ponta, isto é, Pl deve pesa é menor.
ser MENOR do que P2, porque a distância da .O movimento de volta da lima se faz
pressão Pi à peça é maior. ALIVIANDO-SE AS P R E S S ~ E S , pois. no retorno,
A medida que a lima avança, a pressão NÃO SE DANDO O CORTE. deve-se evitar DES-
P2 deve ir decrescendo e a pressão Pi deve GASTE OU QUEBRA DOS DENTES.
ir aumentando. Nos casos mais cornuns de limar, o mo-
Assim, no meio do golpe (fig. 2), Pi do de segurar a lima deve ser'o indicado nas
deve ser IGUAL a P2, porque as distâncias são figuras 1 a 4.
iguais.

Fig. 1 Fig. 2

Fig. 3 A moo dlrelta produz


Omovimenta de Ida e volto

RECOMENDAÇOES SOBRE O USO DA LIMA

1) Não use lima mal engastada no cabo.


Ajuste o cabo à espiga.

2) A colocação e a retirada devem ser feitas


como indicam as figuras 5 e 6.

5 ) Não trabalhe com lima muito gasta ou


com lima que tenha limalha agarrada ao
picado.

4) Em superfície estreita, não use lima nova. Fig. 5 Fig. 6

MEC - 1965 - 15.000 71


- I
-

AJUSTADOR
LIMA
(USOS - RECOMENDAÇõES)
FOLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
1312
1 L

1
I
I

Qualquer crosta de ferro fundido, ou de convém, por que geralmente desliza sô-
I forja, ou oxidada (enferrujada), sòmente
deve ser limada com lima bastarda que
bre o latão e oferece muita resistência ao
movimento sôbre o cobre.
já tenha bastante uso. É aconselhável, às
vêzes, eliminar essa crosta, raspando coni 8) Não lime com rapidez nem vagarosamen-
a ponta da lima. te; 60 golpes por minuto é boa média.

6) Para desbaste, use lima bastarda. Para 9) Não dê golpe de lima nem muito longo,
acabamento, limas murças. nem muito curto. Use todo o compri-
mento útil da lima.
7) As limas murças usadas, que não sirvam
para aço duro, são as melhores para li- 10) Não lime continuamente. Controle o tra-
mar latão e cobre. A lima bastarda não balho, nos intervalos.

I 1 - Cite o maior número possível de recomendações sobre o uso da lima.


I
2 - Qual a pressão maior, no início do golpe de lima: no cabo ou na ponta?
3 - Qual a pressão maior, no fim do golpe? E no meio do golpe?
4 - Por que se alivia a pressão, na volta da lima?
1 5 - Qual é a função da mão esquerda na operação de limar? E da mão direita?
6 - Como é feita a colocação da lima no cabo? E a retirada?
7 - Que se deve observar ao limar peças que tenham crosta de fundição ou de forja?
LIMA FBLHA DE
bJUSTAD'R IMFORMAÇÁO 401 1
(CORTE - PREPARO DA SUPERFICIE DA PEGA) TLCNOLÓGICA

A ação cortante da lima depende de três fatores: picado (tipo de' dente), quali-
dade do aço da lima e têmpera da parte picada.

MODO DE AÇÃO DA LIMA SOBRE A SUPERFÍCIE DA PEGA

A pressão sobre a lima deve ser feita durante a fase de ida (fig. 1). Na volta, alivia-
se essa pressão.

Fig. 2 CI- C *v
t rinrttiaf

O picado da lima (a figura 2 mostra Em lima bastarda - 1 milímetro


uma parte aumentada) é um conjunto de nu- Em lima bastardinha - 0,4 do milímetro
merosos dentes de aço. Como recebem pressão Em lima murça - 0,2 do milímetro
e, além disso, são pontiagudos e mais duros
que o material da peça, os dentes fazem inú- A qualidade do Aço da lima deve ser
meros riscos na superfície que está sendo li- tal que produza eficiente desgaste do material
a limar. Além disso, o próprio picado da lima
mada. É, assim, arrancada uma grande quan- deve resistir ao uso, o mais possível. Na fabri-
tidade de pequenos cavacos (Limalha). Pouco cação das limas é empregado Aço carbono es-
a pouco, a superfície da peça vai sendo des- pecial, cuja qualidade é bem controlada por
gastada. análises e experiências.
Conforme o tipo da lima, o picado apre- A têmpera da parte picada da lima é
senta certa distância entre os dentes ou enta- para o fim de endurecê-la, dando-lhe, pois,
lhes. Distâncias aproximadas, nos tipos usuais: melhores condições de corte.

ACABAMENTO DA SUPERFÍCIE DA PEGA

A profundidade dos riscos feitos pelos minuída pelo emprêgo de limas de picado
I
dentes da lima é que determina o grau de mais fino e por uma técnica de trabalho mais
acabamento da superfície da peça. A aspere- eficiente (limagem a traços cruzados).
za ou rugosidade causada pelos riscos será di-

MUDANÇA DE LIMAS

Partindo de superfície bruta, atinge-se cada tipo de picado são aconselháveis os se-
gradualmente o acabamento fino, usando-se guintes limites na espessura do material a des-
sucessivamente limas de picado mais fino. Para gastar na peça:

Lima bastarda - Para remover espessuras de O,3 mm até 0,2 mm


Lima bastardinha - Para remover espessuras de 0,2 mm até 0,l mm
Lima murça - Para remover espessuras abaixo de 0,l mm

I
MEC .- 1965 - 15.000 183
I
--- - .. -
r -

LIMA F6LHA DE
AJUSTADOR
(CORTE - PREPARO DA SUPERF~CIEDA PEÇA)
INFORMA AO 40/2
TEcNoLJlC*
i

Não se deve usar lima bastardinha ou bastarda, para que o trabalho não seja can-
lima murça senão depois do desbaste por lima sativo.

LIMAGEM A TRAÇOS CRUZADOS

Não se consegue bom acabamento, li- a) A lima deve ser inclinada a 45O
mando sempre na mesma direção. Convém
b) Em cada golpe, NO RETORNO DA LIMA,des-
limar a traços cruzados (figs. 3 e 4). O cru-
zamento em duas direções reduz a profundi- loque-a lateralmente cêrca de metade da
dade dos riscos da lima. Além disso, dá um sua largura. .
controle visual do trabalho, pois os últimos c) Dê uma passada, a 45O, de um extremo a
riscos da lima se distinguem bem dos ante- outro da peça.
riores.
d) Cruze a passada seguinte, a 45O, de um
CUIDADOS A OBSERVAR, na limagem a extremo a outro da peça, e assim sucessi-
traços cruzados: vamente.

Aspecto L poça em duai


asiador sucrssiuoz,
7

Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5

QUESTIONARIO

1 - Quais as distâncias aproximadas entre dentes das I'imas bastarda, bastardinha e murça?
2 - De que fatores depende a ação cortante da lima?
3 - Por que o picado da lima arranca cavacos (limalha) da peça?
4 - Quais os limites de espessura de material (a ser removido da peça) que aconselham
os usos de limas bastarda, bastardinha ou murça?
5 - Qual o efeito da têmpera no picado?
6 - Quais os cuidados a observar, quando se lima a traços cruzados?
7 - Na operação de limar, quando se exerce pressão sobre a lima?
FOLHA DE
AJUSTADOR ARCO E LÂMINA DE SERRA INFORMACÃO
TECNOLóGICA
17 / 1

A operação manual de serrar tem três de fenda, engastar uma mola de lâmina, ou
finalidades: 1) cortar barras ou chapas metá- dar à peça certa elasticidade).
licas em pedaços; 2) cortar segundo um con-
torno traçado prèviamente; 3) abrir fendas Para serrar, o mecânico usa o ARCO
numa peça (com a finalidade, por exemplo, DE SERRA, ao qual adapta uma LÂMINA
de apertar um parafuso por meio de chave DE SERRA ADEQUADA.

Cabo de modeira

Fig. 1 - Arco de serra do tipo ajustável (comum).

DIworIfiva Os ajurtogem paro


Itiminas 60 dnvsntrt comphient~

Fig. 2 - Arco de serra d o tipo ajustável (pouco usual).

Cobo de matéria

Fig. 3 - Arco de serra d o tipo ajustável, com cabo revdlver.

ARCO DE SERRA

I3 uma armação de aGo, provida de um serrar grande comprimentz como


cabo de madeira ou de plástico. Apresenta-se, mostra a fig. 4.
geralmente, num dos tipos indicados nas figs.
1, 2 e 3.
I
Nos arcos de serra ajustáveis ou regu-
láveis podem-se montar lâminas de 8", 10" e
12" (comprimentos comerciais).
Em todos os modelos de arco de serra
há um dispositivo, nos extremos, para girar a
lâmina num ângulo de 90°. Torna-se, assim,
Fig. 4
F6LHA DE
AJUSTADOR ARCO E LÂMINA DE SERRA INFORMACÃO
TECNOLóGICA
1712

LÂMINA DE SERRA

É uma peça estreita e fina (fig. 5), de ge toda a lâmina, ela é chamada rígida, de-
aço ao carbono temperável ou de aço rápido. vendo ser usada com cuidado, porque se torna
Estas últimas, em geral; são empregadas nas frágil. Quando apenas o dentado é temperado,
máquinas de serrar. Quando a têmpera abran- ela é denominada flexível, ou semi-flexível.

h Comprimento comercial
r

Fig. 5 - Larnina de serra.

~ A lâmina de serra funciona como se


fosse uma lima, de uma só série de dentes.
Ela corta atritando e destacando pequenas Fig. 6 Fig. 7
partículas do material.
As figs. 6 a 9 mostram algumas das dis-
posições laterais dos dentes, inclinados para
uin e outro lado, com alternações variadas Fig. 8 Fig. 9
(TRAVA). Assim se evita, como mostra a fig.
10, que a lâmina se agarre na fenda do corte
que produz.
A fig. 11 indica os ângulos dos dois
flancos do dente e também mostra a orien-
tação dos dentes com relação à direção do
golpe: o flanco a 90° é o que ataca o ma-
terial.
As lâminas de serra são especificadas Fig. 10 Fig. 11
pelo comprimento (8", 10" ou 12"), pela lar-
gura (1/2" ou 1") e pelo número de dentes
por polegada.
A lâmina de serra deve ser escolhida to mais fino o metal a trabalhar, mais estreito
tendo em conta a natureza do trabalho, a o dentado da lâmina. Comercialmente, o den-
qualidade e a espessura do metal a cortar. tado largo é de 18 dentes por polegada; o
Quanto mais duro o metal a trabalhar, mais médio, de 24 dentes por polegada; e o fino,
estreito o dentado da lâmina. Também, quan- de 32 dentes/polegada.

e INDICAÇõES PRATICAS PARA A ESCOLHA DA LÂMINA


Materiais muito duros ou muito finos Os metais muito macios (chumbo, es-
- usar lâmina de serra de 32 denteslpolega- tanho, zinco) não devem ser serrados com 1â-
da; materiais de dureza ou de espessura mé- mina para metais acima especificada, pois que
dias - usar lâmina de serra de 24 dentes/ o dentado se "cega" fàcilmente. É preferível
polegada; materiais macios e espessos - usar o uso de serras para madeira.
lâmina de serra de 18 denteslpolegada.

88 MEC
I
- 1965 - 15.000
AJUSTADOR MARTELO
I FBLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA I g/ 1

O martelo é uma ferramenta auxiliar 2) a peças em montagem ou desmontagem


do mecânico, de uso frequente na oficina. (exemplos: eixos, chavêtas, pinos, cunhas);
Serve para Produzir choques, cuja ener- 3) para obter deformações permanentes
gia ou potência se aplica: (exemplos: trabalhos de forja, rebitagem,
1) a uma ferramenta de corte, fazendo-a ata- dobrar a frio).
car o material (exemplos: talhadeira, be-
dame) ;

MARTELO

Compõe-se de duas partes (fig. 1): 2) Cabo de madeira, de seção oval, com um
1) Martelo pròpriamente dito, que é urna ligeiro estreitamento na parte próxima ao
peça de aço de forma especial. martelo.

C aba
7
CMPQ

Cunk

Fig. 1 - Martelo de bola (tipo americano).

TIPOS DE MARTELOS

São usuais, na oficina mecânica, os ti- Os pesos dêsses martelos variam desde
pos apresentados nas figs. l , 2, 3 e 4. 150 gramas, para trabalhos delicados, até 800
gramas, para tarefas mais pesadas.

,Ponò cruzado

Fig. 2 Fig. 3 Fig; 4


Martelo de pena reta Martelo de pena cruzada Martelo de pena cruzada
(tipo americano). (tipo europeu). (tipo americano).
I
F6LHA DE
AJUSTADOR MARTELO INFORMACAO
712
TECNOLÓGICA

CARACTERISTICAS DAS PARTES DO MARTELO

1) Face de choque (também chamada panca- 6) O estreitamento do cabo aumenta a flexi-


da) ligeiramente abaulada. bilidade e ajuda o golpe pois age como
2) A bola (semi-esférica) e a pena (arredon- amortecedor e diminui a fadiga do punho
dada no extremo) são usadas para traba- do mecânico.
lhos de rebitagem e de forja. 7) A seção oval do cabo possibilita maior fir-
3 ) O olhal, orifício de seção oval, onde se in- meza para empunhá-lo.
troduz a espiga do cabo, é geralmente es- 8) O engastamento do cabo no olhal é garan-
treitado na parte central. tido por uma cunha de ferro cravada no
4) A cabeça e a bola (ou a pena) são tempera- extremo. Esta cunha abre as fibras da ma-
das e revenidas, para aumentar a dureza e deira e o extremo do cabo fica bem aper-
a resistência ao choque. tado contra a superfície cônica do olhal.
5) Madeira do cabo flexível, sem defeitos, de
boa qualidade.

CONDIÇõES DE U M BOM ENCABAMENTQ

1) Madeira de boa qualidade, flexível, sem 4) Grossura do cabo de acordo com o pêso do
defeitos. martelo e com as proporções da mãci de
2) Ajustamento forçado do extremo do cabo quem martela.
no olha1 do martelo. 5) Comprimento do cabo: 30 a 35 centíme-
3) Uso da cunha para apêrto efetivo. tros.

MODO

A precisão do golpe é a condição essen-


cial. Não se deve empregar muita força, a
fim de evitar rápida, fadiga.
A energia do golpe é bem aproveitada
quando se segura o martelo pela extremidade
do cabo (fig. 5). Esta é a posição correta, pois,
com maior alavanca (distância D), consegue-
se maior eficiência com menor esforço.
No golpe, trabalha sobretudo o punho de
quem martela. O ante-braço auxilia apenas o
impulso. A amplitude do movimento do mar-

Fig. 5

QUESTIONARIO

1) Descreva as características das partes do martelo.


2) Como se usa e como se movimenta o martelo?
3 ) Para que serve o martelo? Indique as três utilidades.
4) Quais são as condições do bom encabamento do martelo?
5) Dê a nomenclatura das partes do martelo e do cabo.
I
FOLHA DE I
REBITES E FERRAMENTAS DE
AJUSTADOR REBITAGEM MANUAL TECNOL~GICA
INFORMACÃO 441 1
, 'I
I

Um dos processos usados para unir £ir- tagem,. Consiste na ligação por meio de rebi-
memente duas ou mais chapas de metal, ou tes, geralmente do mesmo metal das peças
que devem ser unidas.
I
duas ou mais peças chatas de metal, é a rebi- I

O REBITE

É uma peça de aço, cobre, alumínio ou latão, de um dos formatos indicados nas
figs. 1 a 3, nos casos mais comuns.

I I
Fig. 1 - Rebite d e cabeça Fig. 2 - Rebite d e cabeça Fig. 3 - Rebite de cabeça I

redonda. escareada. chata o u plana.


I
I
\

Na fabricação dos rebites observam-se midade oposta à cabeça (figs. 4 a 6). Nestas I
certas proporções das suas partes, em relação figuras está indicado como determinar o ex- 1
ao diâmetro, conforme está indicado em cada cesso do material necessário para formar a
uma das figuras. cabeça. Resulta um apêrto enérgico de uma
Os comprimentos variam de acordo chapa contra outra, ficando ambas firme-
com a espessura total das chapas que devem mente unidas. Consiste a estampagem no uso
ser unidas. Exemplos de especificações: Re- de um molde que dá, à outra extremidade,
bite de aço de 1/4" X Gr' (1/4" = diâmetro e uma forma semelhante à da cabeça do rebite.
i/2 = comprimento útil c), de cabeça redonda Os furos nas peças a rebitar devem ter
- Rebite de latão de I/s" X 1/4", de cabeça es- diâmetro pouco maior do que o do rebite.
careada - Rebite de alumínio de 3/32" X 1/4", A rebitagem em aço pode ser feita a
de cabeça chata. frio até rebites de cêrca de 6 mm de diâmetro.
O rebite é introduzido através de hros Para os de maiores dimensões, a rebitagem
coincidentes das peças que devem ser unidas, deve ser a quente, com os rebites aquecidos
e depois martelado ou ESTAMPADO na extre- até a cor vermelho-claro.

L~obepci +t' CO~~ÇII

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

%EC - 1965 - 15.000 i 93


rAJUITADOR I REBITES E FERRAMENTAS
REBITAGEM MANUAL DE
I FOLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
I4412

REBITAGEM MANUAL

I Para rebitar por processo manual, usa o mecânico as seguintes ferramentas: o Con-
tra-Estampo (fig. 7), o Repuxador (fig. 8), o Estampo (fig. 9) e o Martelo.

Furo Cabeeo
7

Fig. 8 - Repuxador para rebites.

Fig. 7 - Contra-estampo.
Fig. 9 - Estampo para rebite.

A profundidade P do escareado, para


trabalhos gerais, varia de 0,4 a 0,5 D (fig. 10).
Fig. 10
O contra-estampo, em cujo rebaixo se
aloja a cabeça do rebite (figs. 11 e 12) é aper-
tado entre as mandíbulas da morsa de ban-
cada ou introduzido no furo quadtado de
uma bigorna.

O repuxador para rebite tem a face en-


costada na chapa superior. No seu furo se
aloja a extremidade livre do rebite. Com o
martelo, dão-se golpes na cabeça do repuxa-
dor, a fim de que as chapas se ajustem bem
no local da rebitagem (fig. 11).

O Estampo, que também recebe choques -


estampo

do martelo, deforma a extremidade livre do


rebite, até dar-lhe a conformação adequada,
determinando o apêrto definitivo das chapas
5

(fig. 12). Fig. 11 Fig. 12

1) Explique o uso dos instrumentos de rebitagem manual.


2) Quando é feita a rebitagem a frio? Quando é feita a quente?
3) Que é a estampagem de um rebite?
4) Para que serve a rebitagem? Que é um rebite?
5) Como se determina o excesso de material necessário para formar a cabeça?
6) Qual a fórmula que dá a profundidade do escareado para a rebitagem?

I
196 MEC - 1965 - 15.0C
F6LHA DE
AJUSTADOR PUNÇÃO DE BICO INFORMAÇHO
TECNOLÓGICA
1O/ 1

Para localizar o centro de um furo. a ser


executado, ou para marcar traçados feitos nas
faces de uma peça, o mecânico usa um instru-
mento de ponta cônica, chamado Punção de
bico.
I
1
PUNGÃO DE BICO DE CENTRAR

É uminstrumento de aço cujo cor-


po se apresenta prismático (sextavado ou
octogonal) ou .recartilhado (figs 1 e 2) -
para que não deslize na mão. O bico,
agudo, deve ser temperado.
Fig. 1 - Punção de centrar de corpo prismático.
I
No traçado de uma peça, o centro
de qualquer furo a executar é determi-
nado, em geral, pelo cruzamento de duas
retas ou de dois arcos de circunferência.
Sôbre êste local, coloca-se a ponta aguda
do punção de centrar (fig. 3) e, na sua
cabeça, dá-se uma leve, mas firme pan-
cada de martelo (fig. 4). Resulta, no lu- Fig. 2 - Punção de centrar de corpo recartilhado.
gar, uma marca do bico do punção, que
é um minúsculo furo cônico. Esta marca
Dá-se ligeira inclinação
ajudará, assim, a iniciar bem a ~ ~ e r ~ ~paraã localizar-se
o a pon-
de furar com a broca. ta d o punção.

A marca do punção, que resulta


da energia do golpe do martelo, é regu-
lada de acordo com o tamanho do furo
a ser executado.
O ângulo da ponta do Punção de
centrar varia de 900 a 120°, ou seja,
aproximadamente igual à variação do ân-
gulo da ponta da broca. Fig. 3 Fig. 4

PUNÇÃO DE BICO DE MARCAR

É um instrumento de aço, de pon-


ta cônica e temperada, semelhante ao ;
I

punção de bico de centrar. A única di-


ferença está no ângulo do bico: no pun-
ção de marcar êste ângulo é de 60°.

Fig. 6 - Punção de marcar de corpo frrismático.

MEC - 1965 - 15.000


FaLHA DE
AJUSTADOR PUNÇAO DE BICO INFORMAÇÁO 10/2
L
TECNOLÓGICA
.
FINALIDADE DO PUNÇÃO DE BICO DE MAR-
CAR. - Feito o traçado nas superfícies de uma
peça, como, por exemplo, se vê na fig. 7, é
necessário marcar pontos de referência que
permitam manter os traços, pois êstes podem
apagar-se durante o trabalho de usinagem.
Então sobre as linhas do traçado, imprimem-
se pontos de referência, utilizando-se o punção 7 -

de marcar, em cuja cabeça se dá uma leve e


firme pancada com o martelo. Chama-se a isto
confirmar o traçado. Pode-se admitir, pois, Fig. 7
que êste trabalho de marcar é a fase final do
traçado da peça.

O modo de usar o punção de marcar é distribuição feita de modo que possam desa-
idêntico ao do punção de centrar (figs. 3 e 4). parecer completamente com a usinagem da
As marcas do punção devem ser leves e sua peça.

PUNÇÃO DE BICO AUTOMATICO

O punção de bico automático, de pou-


co uso, dispensa o martelo (fig. 8).
Apóia-se a ponta sobre o traço e calca-
se o punção. Um mecanismo de mola, dentro
da bainha, dispara e produz choque na haste,
cujo bico imprime a marca na peça. A pressão
pode ser regulada, girando a bainha, para au-
mentar ou diminuir a profundidade da marca.
O punção automático imprime marcas uni- Fig. 8
formes.

QUESTIONARIO

1) Em que consiste a confirmação de um traçado? Explique com exemplo.


2) Para que serve o punção de marcar? Qual o ângulo da ponta?
3) Como funciona o punção automático?
4) Para que serve o punção de centrar? Qual o ângulo da ponta?

60 MEC - 1965 - 15.000


FBLHA DE
AJUSTADOR TALHADEIRA E BEDAME INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
251 1

Quando o ajustador tem necessidade Em ambos os casos - desbaste e corte


de desbastar, a mão, grandes espessuras do - é recomendável, então, o emprêgo de ferra-
material de uma peça, não deve usar a lima, menta especial, capaz de cortar ou talhar o
pois o trabalho se torna penoso e demorado. material, por meio dos choques resultantes
Também, por vezes, necessita o mecâ- das pancadas de um martelo. Os dois tipos
nico de cortar chapas de certa grossura, por de ferramentas usadas são a Talhadeira e o
processo manual, sem o uso de um tesourão. Bedame.

TALHADEIRA E BEDAME

Cunha
#
'

Lar -. -

Fig. 1 - Talhadeira.

Cunho Corpo
/ /
Cort

Fig. 2 - Bedame (vista de frente).

Fig. 3 - Bedame (vista lateral).

São ferramentas de aço forjável e tem-


perável, constituídas de um'a simples barra,
e 350 no bedame. Os do corte variam, con-
Eorme o material:
I
cujo comprimento varia geralmente de 150 a
200 mm (figs. I , 2 e 3). C = 50°, para talhar cobre.
O extremo da cunha, que constitui o C = 60°, para aço baixo teor.
Corte, é temperado. As figs. 4 e 5 mostram as
seções da cunha e do corte (ou gume) da C = 65O, para aço médio e alto teor.
talhadeira e do bedame. Os ângulos da cunha C = 700, para ferro fundido e bronze.
são de, aproximadamente, 10ó na talhadeira

Fig. 4 - ,Cunha e Fig. 5 - Cunha e


corte da talhadeira. corte do bedame.

I - 1965 - 15.000
MEC
I
125
1 ' " AJUSTADOR TALHADEIRA E BEDAME
FBLHA DE
INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA
2512
L 1
l

As faces do corte, nos ângulos indica-


dos, se preparam esmerilhando a cunha da
talhadeira ou do bedame e controlando por
meio de um verificador de ângulos do tipo
indicado na fig. 6.
A Aresta do corte deve ser ligeiramente
convexa, como indicam as figs. 1 e 3. Dessa
maneira, o gume tem mais penetração, facili-
tando cortes de chapas quando se queira
acompanhar o traçado. Fig. 6
- As duas faces do corte devem ser igual-
mente inclinadas em relação ao eixo longitu-
dinal da talhadeira ou do bedame (figs. 4 e 5). Nestas condições, como indica a fig. 3, é'ne-
A talhadeira é usada para cortar super- cessária, no bedame, uma folga lateral. Assim
fícies livres (faces, topos de peças, etc.). O se evita que fique a ferramenta prêsa ("encra-
bedame se destina mais ao corte de ranhuras. vada") entre as paredes laterais da ranhura.

USO DA TALHADEIRA E DO BEDAME - AÇÃO CORTANTE

A fig. 7 mostra como se deve empunhar na fig 9 o exemplo de uma cunha penetrando
a ferramenta, com a mão esquerda. Com a na madeira).
mão direita dão-se golpes de martelo na cabeça A fig. 8 mostra claramente a ação cor-
tante da talhadeira ou do bedame e indica os
da ferramenta (talhadeira ou bedame), resul-
nomes dos ângulos. Vê-se que a inclinação
tandO u-ila p*ssÃO DE (P) que faz a mais conveniente da ferramenta é de 380 e
ponta PENETRAR no material (fig. 8), uma vez que 0 ângulo de folga ou incidência deve ser
que ela ATUA COMO SE FOSSE UMA CUNHA (veja de 3O a 8O.

Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9

QUESTIONARIO

1) Que é a talhadeira? Que é o bedame? Para que servem?


2) Por que a aresta de corte da talhadeira e do bedame deve ser ligeiramente convexa?
3) Quais são os ângulos para o corte de: cobre, ferro fundido ou bronze, aços alto, mé-
dio e baixo teor de carbono?
4) Por que o bedame deve possuir uma folga lateral na cunha? I

I MEC - 1965 - I
15.000
I
126 . I
FdLHA DE
AJUSTADOR RÉGUA DE CONTROLE INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
411

A régua de controle serve para o mecâ- das operações de limar ou de raspar superfí-
nico verificar se uma superfície é plana. Seu cies planas.
emprêgo mais frequente se dá na verificação

A RÉGUA DE CONTROLE E SEUS TIPOS

A régua de controle é um instrumento


fabricado de aço ou ferro fundido. As réguas
biseladas exigem têmpera. Todas são retifica-
das, para que possam controlar com precisão
ou rigor. Fig. 1
A régua de controle mais simples apre-
senta seção retangular (fig. 1). As arestas são
vivas. As faces são rigorosamente planas. A re-
tificação se faz cuidadosamente, em faces e
arestas.
Conforme o tamanho e sua aplicação,
utilizam-se réguas de controle de diferentes
formas. As réguas biseladas (figs. 2, 3 e 4) são b i s ratrttea,
as de uso mais frequente no controle de faces
limadas. Fig. 2 Fig. 3

Fig. 4

Há réguas de controle que, para verifi-


cações de grande rigor, apresentam faces es-
treitas retificadas. São usadas, em geral, no
acabamento final de barramentos d i tornos, Foco r.tirioelie/ ' - -,
mesas de máquinas de precisão e ajustes rigo-
rosos de peças deslizantes (figs. 5 a 8). Fig. 6
Algumas vêzes, para evitar deformações
das faces retificadas de controle e das arestas, F=* rotltioodi

as réguas apresentam construção especial. Dois


exemplos são mostrados nas figuras 7 e 8. Ser-
vem para controlar a planeza de guias e su-
perfícies das peças deslizantes das má-
quinas. Fig. 7

Fig. 8
I L

FBLHA DE
AJUSTADOR RÉGUA DE CONTROLE INFORMAÇÃO 412
TECNOL6GICA
-
-

USO DA RÉGUA DE CONTROLE

Aplica-se o fio retificado da régua, ou cie seja aceita como plana, é indispensável que
a face retificada, se for o caso, sôbre a super- sejam comprovados sucessivos contatos da ré-
fície, cuja planeza se quer controlar (figs. 9 a gua no decorrer da operação de acabamento
11). O contato da régua deve ser suave. Não (limar ou raspar). As direções são as indica-
se desliza o fio retificado, ou a face, sôbre a das na figura 12: AB, BD, CD, CA e, ainda,
superfície a verificar. Para que uma superfí- segundo as diagonais AD e BC.

Fig. 10
Fig. 9 Fig. 11

Fig. 12

CONSERVAÇAO

A régua de controle é um instrumento


delicado. Por isso, deve ser objeto de todo o
cuidado, para sua conservação.

I CUIDADOS A OBSERVAR

II
a) Não deslize e não atrite a régua contra a su- d) Após o uso, proteja a régua, contra a oxi-
perf ície. dação.
b) Evite choques com a mesma. e) Guarde-a, de preferência, em estojo.
f) Em caso de oxidação (ferrugem) nas su-
c) Não a mantenha em contato com outros perfícies da régua, limpe-a com pedra-po-
instrumentos. mes e óleo. Não use lixa.
I

I 1
QUESTIONARIO

- Para que serve a régua de controle?


2 - Como se usa a régua de controle?
3 - Para rigor na verificação, que operação se faz nos fios e nas faces de contato das
réguas de controle?
4 - ~ u a i são
s os cuidados para a conservação da régua de controle?
5 - De que material são fabricadas as réguas de controle?
6 - Em que operações é mais frequente o uso da régua de controle?
I
38 MEC - 1965 - 15.c
TRAÇAGEM COM GRAMINHO FOLHA DE
AJUSTADOR (TINTA - MESA DE TRAÇAGEM - GRAMINHO)
INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
1511

Antes de usinar uma peça, o mecânico fato de Cobre ou Verniz, ou Alvaiade, para
precisa, às vêzes, executar um traçado em que os traços se destaquem com bastante ni-
uma ou mais de suas faces, para localizar, com tidez.
rigor, rebaixos, ranhuras, furos, recortes, pla- Além disso, para essa traçagem num só
nos ou outras superfícies que irão caracterizar plano, tornam-se necessários:
e dar a forma definitiva à peça. 1) Um plano rigoroso de referência ou
Tal traçado exige, antes de tudo, que mesa de traçagem, sobre os quais possa des-
as superfícies da mesma recebam uma pintura lizar livremente o instrumento que executa
que, nos casos mais comuns, é feita com Sul- os riscos; 2) O instrumento que faz os riscos.

PINTURA PARA TRAÇAGEM

I
, Passa-se leve camada, por meio de pin- çar deixa riscos bein nítidos. Ao usar sulfato
cel, nas faces da peça que devem receber o de cobre, deve-se tomar cuidado com os ins-
traçado. Utiliza-se, geralmente, verniz ou sul- trumentos para não ficarem manchados. Nas
fato de cobre em faces já usinadas. Resulta faces brutas de peças fundidas ou forjadas
uni fundo com uma cor determinada, no emprega-se o Alvaiade, dis'solvido em água.
qual, depois, a ponta do instrumento de tra-

MESA DE TRAÇAGEM

É um bloco robusto, retangular ou


Plano
quadrado, construído em ferro fundido, com
a face superior rigorosamente plana (figs. 1
e 2). Constitui esta face o plano de referência
para o traçado com graminho. Sôbre ela se
coloca a peça que vai receber o traçado, assim
como o instrumento de traçar. Também, sô-
bre esta face plana, se dispõem os instrumentos
necessários para medidas e controle, tais co-
mo escalas, esquadros, porta-escala (fig. 3),
etc. A mesa de traçagem é também conhecida Fig. 1 -- Mesa de traçagem.
nas oficinas como desempeno de traçagem.

Plano
7

Fig. 2 - Mesa de traçagem portátil ozi


d e bancada. É u m a mesa de precisão.
c o m dimensões menores.

I
MEC - 1965 - 15.000
Fig. 3

75
I
2

TRAÇAGEM COM GRAMINHO FÔLHA DE


AJUSTADOR
(TINTA - MESA DE TRAÇAGEM - GRAMINHO)
INFORMACÃO 1512
TECNOLÓGICA

GRAMINHO

É o instrumento que executa os traços uma graduação na haste suporte e um vernier


ou riscos nas faces da peça (figs. 4 a 6). A junto a esta haste. Um parafuso de regulagem
base do graminho, cuja FACE INFERIOR É PLA- produz deslocamentos para ajustes de medi-
NA,se desloca sobre a superfície plana do de- da. Neste graminho, as alturas da ponta da
sempeno. agulha são, pois, medidas e aproximadas no
A haste, em graminhos comuns, é per- próprio instrumento.
pendicular ao plano da base. A ponta da Para os graminhos que não possuem
agulha do graminho, enquanto êste se deslo- escala, para se acertar a altura da ponta da
ca, risca a face da peça. agulha para executar o traçado, é necessário
Qualquer que seja a inclinação da uma régua graduada vertical, cujo "zero"
agulha, SUA PONTA TRAÇA SEMPRE, NA FACE esteja no seu topo inferior e que fique mon-
DA PEJA, UMA LINHA PARALELA AO PLANO DE tada numa base plana bem ajustada ao de-
REFERÊNCIA, OU SEJA,PARALELA À FACE DA sempeno.
MESA DE TRAJAR. A fig. 3 apresenta uma régua graduada
As figs. 4 a 6 mostram tipos de gra- vertical, montada no porta-escala. Para usá-
minho. No de precisão (fig. 5), um parafuso la, aproxima-se a ponta do riscador da gra-
de regulagem permite ajustes precisos da pon- duação e acerta-se esta ponta na altura de-
.
ta da agulha. O graminho da fig. 6 possui sejada.

Ponta
v',Q~O

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

QUESTIONARIO

1) Quais as tintas mais empregadas na traçagem? Indique os usos.


2) Que é a régua graduada vertical? Para que serve?
3) Como o mecânico localiza, para usinagem de uma peça, os furos e ranhuras?
4) Que é o desempeno? Que é o graminho? -
5) Em graminhos, sem escala, como se determina a altura da agulha para o traçado?
Na maioria das tarefas que executa, o Bordo
mecânico precisa fazer antes um traçado sôbre

5
uma ou mais faces da peça. Este traçado orien-
ta-o na execução de diversas fases do seu tra-
balho. O traçado tem por finalidade marcar.
Bordo
linhas ou pontos de referência na peça, tais
como: contorno da peça, rebaixos, posições de
eixos eQuando
de furos,
a traçagem
etc. é em faces planas, Fig. 1

os instrumentos de mais frequente uso são:


Régua de traçar, Riscador e Esquadro.

13, em geral, uma lâmina de aço (fig. 1) ~ i g 2.


de faces planas e paralelas. Suas bordas ou seus
fios são paralelos e retos.
Cabo
Como seus fios são retos;fazendo-se cor-
rer, junto a qualquer dos dois, uma ponta - .

aguda, esta risca uma reta na face plana da


peça.
Fig. 3
RISCADOR
Cabo
7
É uma haste de aço, de ponta aguda,
endurecida pela têmpera. Os tipos mais usa-
dos estão nas figuras 2, 3 e 4.
~eslizando-o,com ligeira pressão, sôbre
Fig. 4
uma superfície de material mais macio, será
riscada õu traçada uma linha.
Se usado com a régua ou o esquadro,
o riscador traça retas.
Pode também o riscador ser utilizado
juntamente com um Gabarito, que é um mol-
de ou modêlo. Neste caso, fazendo com que
sua ponta acompanhe o contorno do gabarito,
o riscador reproduzirá êste contorno na su-
perfície plana da peça.
Em alguns tipos de riscador (fig. 4),
uma das extremidades é curvada, facil'i-
tar certos traçados.
A ponta do riscador deve ser sempre
afilada na forma cônica.

ESQUADRO Fig. 5

O esquadro é um instrumento com 1â- ou bordas formam ângulo rigoroso de 900


mina de aCo (fig. 5), que serve para o traçado com as faces da base. Estas são também retas
de retas perpendiculares, isto é, de retas que e paralelas.
tenham entre si o ângulo de 900 (ângulo reto). Correndo junto a um dos fios da 1â-
Sua base pode ser de aço, alumínio, ou ma- mina, a ponta do riscador traça uma reta, que
deira chapeada com metal. é perpendicular a qualquer das duas faces da
A lâmina, de faces paralelas e de fios base.
paralelos e retos, é montada na base. Seus fios

I I
MEC - 1965 - 15.000 51
-1
I r 'AJ"Sí*DOR RÉGUA DE TRAGAR, RISCADOR E ESQUADRO
FÔLHA DE
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
612

CONDIGõES PARA U M BOM TRAGADO

'I 1) Use riscazor de aço com ponta bem afi-


lrda.
2) Dê traço fino e nítido.
4) Na maioria dos casos, pinte, antes, a su-
perfície a traçar com uma fina camada de
verniz ou alvaiade. Dessa forma, os'traços
feitos pelo riscador se destacarão com ni-
3) Não repasse o riscador em traço já dado. tidez.
I
USO DOS INSTRUMENTOS
(figs. 6, 7, 8 e 9)

Fig. 6 1 Fig. 7 Fig. 8

CONSERVAGÃO DOS INSTRUMENTOS DE TRAGACEM

1) Limpe e lubrifique os instrumentos de tra-


çagem, após o uso.

2) Evite que sofram choques. Não os ponha


I
em contato com outras ferramentas.

3) De preferência, guarde-os em estojos pró-


prios.

4) Em caso de oxidação (ferrugem), limpe-os


com pedra-pomes e óleo. Jamais use lixa
no esquadro ou na régua de traçar.

5) O esquadro rnerece um cuidado especial.


Verifique ou afira a exatidão do ângulo
de 900, de vez em vez, em comparação com
I um ângulo reto padrão, ou por outro pro-
I cesso adequado.

NOTA: O esquadro é de preferência usa-


do para verificar perpendicularidade; nes-
te caso, em trabalhos de precisão, deve ser
empregado, de preferência, esquadro de
fio retificado (fig. 10).

1 - Quais as condições de um bom traçado?


2 - Que é a régua de traçar? Quais as suas particularidades?
3 - Para que serve o traçado nas faces de uma peça?
4 - Quais os cuidados para a conservação dos instrumentos de traçar?
5 - Para que serve o esquadro? Quais as suas particularidades?
6 - No esquadro, qual o ângulo da borda da lâmina coni a face da base?
7 - Para que serve o riscador? Quais as suas particularidades?
8 - Na traqagem em faces planas, há três instrumentos de muito uso. Quais são?
I
C
52 MEC - 1965 - 1 5
. ESQUADRO FaLHA DE
RETIFICADOR INFORMAÇÁO
TECNOLáGICA
5.1
.. . *.

I
.: O esquadro é um instrumento utilizado junto mecânico em relação a planos ou
com grande frequência pelo mecânico, pois arestas de outras peças com as quais este-
possibilita: jam conjugadas;
1) verificar-se a perpendicularidade de faces 3) verificar-se a perpendicularidade do eixo
ou de arestas de uma peça, isto é, com- geométrico de certas ferramentas, em rela-
provar-se se as faces formam o ângulo de $50 ao plano da peça que será atacado
90°, ou se as arestas formam o ângulo
- de pelas ferramentas.
90°, ou, ainda, se aresta e face se dis-
Além dêsses trabalhos de verificação, o
põem segundo o ângulo de 90°;
esquadro permite, também, a execuqão do
2) verificar-se a perpendicularidade do eixo traçado de retas perpendiculares (veja Ref.
geométrico de certas peças de um con- FIT 6).

ESQUADRO COMUM
O tipo de esquadro de emprêgo
mais generalizado na oficina mecânica se
encontra na fig. 1. É um instrumento
composto de uma lâmina de aço e de
uma base. Esta pode ser de aço, de alu-
mínio ou ainda de madeira chapeada de
metal, com faces paralelas.
A lâmina, de planos paralelos e
de bordas paralelas e retificadas, é mon-
tada na base, de modo que se formam
ângulos de 900, quer entre bordas e fa-
ces internas, quer entre bordas e faces
externas. .: ' I.
Fig. 1
Pode-se, portanto, verificar ângulos de
90° com o esquadro, em qualquer das quatro
combinações: Borda interna com face interna
- Borda. interna com face externa - Borda
externa com face interna - Borda externa
com face externa.
A fig. 2 dá um exemplo do uso do es-
quadro comum na verifica~ãoda perpendi-
cularidade das faces de uma peça. Ao aplicar
o esquadro, suas bordas e faces, assim como
as da peça, devem estar bem limpas.
Verifica-se se há perfeito contato, exa-
minando-se o conjunto contra a luz. Se hou-
ver correta adaptação entre as bordas e as
faces do esquadro e as faces da peça, não passa Fiç. 2
luminosidade. Em caso contrário, percebe-se
claramente luz através da fresta resultante da
imperfeição do contato entre o instrumento
e a peça. . L:. ',. .
,l'..),.t,::; I 1

. '... ....-.. i ? ;. !
! :. ,
t m
f FdLHA .DE
RETlFlCADOR ESQUADRO INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
5.2

Outros tipos de esquadros comuns são os de base larga, mos~adosnas figs. 3 e 4.


Suas bases oferecem amplo e estável apoio. I

Fig. 4

Por êsse motivo, prestam-se bem para desempenos de precisão (fig. 5) ou das mesas
verificações de perpendicularidade sobre su- das máquinas-ferramentas.
perfícies, tais como as das mesas de traçar, dos

ESQUADRO DE FIOS RETIFICADOS


Apresenta faces e bordas acabadas
com extremo cuidado e precisão (fig. 6).
Depois de receberem têmpera, são retifi-
cadas. A lâmina, em geral, é biselada,
para facilitar a verificação do contato. O
vértice do ângulo reto interno é acabado
por um arco de circunferência de pe-
queno diâmetro, o que facilita a perfeita
adaptação de peças com arestas vivas. A
verificação do contato (fig. 7) deve ser
feita contra a luz, conforme foi explica- Fig. 7
do acima. É usaclo em verificações de
precisão.

Tratando-se de instrumento de preci- 3) O esquadro deve ser mantido limpo e lu-


são, o esquadro deve ser usado, guardado e brificado, sobretudo depois do uso.
conservado com todo o cuidado.
4) A oratidão do ângulo de 90° deve ser ve-
1) Evite que o esquadro sofra choques ou rificada, de vez em vez, em comparação
quedas. com um ângulo reto padrão, ou por outro
processo adequado.
2). Não deixe o esquadro em contato com as
ferramentas usuais do mecânico.

QUESTIONARIO
1) Para que serve o esquadro? Quais as regras para sua conservação?
2) Descreva as características de um esquadro comum.
3) Como se verifica perpendicularidade com o esquadro? Quais os
cuidados?
4) Quais as características do esquadro de fios retificados?
FaLHA DE
TORNEIRO BLOCO PRISMATICO PARA APOIO DE PESAS INFORMAÇAO 1 6.1
MECÂNICO TECNOLÓGICA
1

Qualquer peça cilíndrica necessita de 1) Dá uma posição estável à peça;


um apoio especial, quando deve ser traçada
com o graminho ou quando se precisa execu- 2) faz com que o eixo geométrico da peça fi-
tar nela um furo, um desbaste ou uma ra- que paralélo ao plano de referência do tra-
nhura. çado (por onde desliza a base do graminho)
Tal apoio ou \,suporte,denominado Blo- ou à face superior da mesa da máquina (fu-
co prismático, Bloco e m V ou Paralelo e m V, radeira, plaina, fresadora).
preenche duas condições:

O BLOCO PRISMATICO

É uma peça fabricada comumente em Os que possuem ranhuras laterais (fig.


aco ou em ferro fundido e cujas formas mais 1) se prestam ao apoio de peças com fixação
usuais estão mostradas nas figs. 1 a 4. Em- por meio de grampos. As ranhuras laterais são
pregam-se, quase sempre, os blocos prismáti- destinadas à adaptação das garras dos grampos.
Os planos de apoio, em V, formam um
cos aos pares.
ângulo de 900, cujo vértice é centrado em re-
São peças de precisão, recebendo o aca- lação às faces laterais. Tôdas as faces opostas
bamento por retificação. Os de aqo, recebem do bloco prismático são paralelas e cada face
têmpera, além da i c ti£icação. é perpendicular às que lhe são adjacentes.

Fig. I Fig. 2

Fiç. 3

MEC - 1965 - 15.000 119


TORNEIR0 F ~ L H ADE
MECÃNICO sr.oco PRISMATICO PARA APOIO DE PEÇAS
:E:(Nt2FA 16.2

EXEMPLOS DIVERSOS DO USO DOS BLOCOS PRISMATICOS a

As figs. 5 e 7 mostram trabalhos de tra- $50, sobre uma geratriz traçada num cilindro.
çagem em superfícies cilíndricas e a fig. 6 uma A fig. 9 apresenta o exemplo de um trabalho
determinação de centro num topo de cilindro. de furação no cilindro, perpendicularmente
A fig. 8 dá um exemplo de marcação com pun- ao seu eixo

Fig. 7 Fig. 8

Fig. 9

QUESTIONARIO

1) Para que serve o bloco prismático? De que materiais pode ser fa-
bricado?
2) Quais as condições a que um bloco prismático deve satisfazer?
3) Faça esboços de três tipos de blocos prisniáticos.

220 MEC - 1965 - 15.000


FdLHA DE
RETIFICADOR FIXAÇÁO DE PEÇAS NA RETIFICADORA INFORMA~AO 13.1
TEÇNOL6GICA
I

A fixação adequada e precisa é uma


condição essencial para que o mecânico possa
executar um trabalho cuidadoso na retifica-
1) DIRETAMENTE

2) NA PLACA
NA

MAGNÉTICA
MESA DA RETIFICADORA
I
dora. Há três tipos distintos de fixação da
peça: 3) NA MORSA

1) FIXAÇÃO DA BEÇA DZRETAMENTE NA MESA

As figs. 1 a 10 mostram alguns utensílios de fixação, com exemplos do uso.

O parafuso de fixação deve ficar mais


próximo da peça, para aumentar a pressão
sobre ela, ou então a igual distância da peça
e do calço (fig. 7). Nunca se deve, porém,
colocar o parafuso mais perto do calço.
Fig. 7 I
M ~ R S A SDE MANDÍBULAS INCLINADAS

São usadas aos pares (fig. 8) ou tambémisoladas, com um anteparo de fixação junto à I
outra face da ~ e c a .

Fig. 9
W T O N E I R A S (fig. 10)
CUNHAS DE PRESSA0
Numa das abas, com parafusos e gram-
São usadas para fixar peças delgadas na pos, se prende a peça. A outra aba se fixa B
mesa, conforme mostra a fig. 9. mesa, com parafusos.

121
-- - - -
FBLHA DE
RETIFICADOR FIXAÇAO DE PESAS NA RETIFICADORA INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
13.2
I

2) PLACA MAGNÉTICA
Por efeito magnético, permite a fixação
de grande variedade de peças na sua face su-
perior. É utilizada na fixação de trabalhos
leves, suprimindo totalmente as operações de
colocação ou mudança de acessórios de apêrto.
Existem placas de magnetismo permanente
(fig. 11) e placas de eletro-magnetismo, que
funcionam com corrente elétrica contínua.

3) PIXAWO DA PEÇA NA MORSA


É um dos meios de fixasão mais em-
pregados, sobretudo quando as peças não são
de grandes dimensões. .A fig. 12 apresenta um
tipo usual de morsa, girante e de base gra-
duada.
São elementos indispensáveis no pro-
cesso de fixação da peça na morsa os acesssó-
rios das figs. 13 a 16; calços paralelos (figs. 13
e 14) que são paralelepípedos de ferro fun-
dido ou de aço, destinados a dar assento con-
veniente i peça, em determinada altura, en- Fig. 12

w
tre as mandíbulas da morsa; cunhas de apêrto
(fig. 15) e cilindros de apêrto (fig. 16), peças
de aço que têm a função de permitir correta Fig. 15
adaptação da peça entre as mandíbulas da
morsa.
& 63
Fig. 14 Fig. I 6

EXEMPLOS DA FIXA'^^^ NA M6RSA.


USO DE CALGOS, CUNHAS E CILINDROS

Antes de cada assentamento da peça, leve na peça, com, macête, para conseguir
faz-se rigorosa limpeza das superfícies da peça bom assentamento. Por fim, dá-se apêrto
e da morsa. Assenta-se a peça e os acessórios enérgico na morsa.
e dá-se ligeiro apêrto na morsa. Bate-se de

. Fig. 17
Aplrii~7ni1101lio
da face I Aplainamento dn fnrc 7 , perpendicular a 1

I
122
Aplainamento da /uce 3, paralela a 2

- -- - - --- -- --- - - -- --
Aplainamelito da face 4, paralela a 1

--*---
I
FÔLHA DE
,lTORNEIRO O GRAMINHO E SEUS USOS INFORMAÇÃO 16.5
":' MECÂNICO TECNOLóGICA

Ao tratar da centragem de uma peca gulagem permite deslocamentos precisos da


na placa de castanhas independentes inostrou- ponta da agulha.
se que em um dos processos utiliza-se o Gra- O graminho da fig. 3 possui uma gra-
minlzo, instrumento de frequente emprêgo duação na haste suporte e um veariier junto
pelo mecânico em variados trabalhos de ajus- a esta. Um parafuso de chamada, micromé-
tageiri, torno, plaina, fresadora, etc. As figs. trico, produz deslocamentos de precisão. Nes-
1, 2 e 3 apresentam tipos usuais de grami- te graminho, as alturas da ponta da agulha são
iihos. O da fig. 1 é o comuin. No de preci- medidas e aproximadas rio próprio iiistru-
são (fig. 2). um parafuso micrométrico de re- mento.

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3

USOS DO GRAMINHO

O graminho pode ser utilizado: 3) para alinhar peças ou partes de um coil-


junto mecânico;
1) para executar traços ou riscos nas faces das
peças, com a finalidade de localizar pla- 4) para verificar o paralelismo de planos;
nos, ranhuras, rebaixos, orifícios, etc. que
5) para localizar centros em peças brutas ou
devam ser depois usinados;
desbastadas.
2) para nivelar peças ou. partes de um con-
junto mecânico;

MODO DE USAR O GRAMINHO

Quando possui, na base, uma ranhura da sôbre o barramento do torno; sobre uma
em "V" (exemplo da fig. 2), pode o graminho face plana de um dos carros ou do barramento
apoiar-se, em casos especiais, sôbre um cilin- do torno; ou a própria Mesa de uma das m5-
dro ou uma guia prismática, se necessário. Na quinas-ferramentas, como a plaina, a fresado-
maioria dos seus usos, porém, o graminho ope- ra, a furadeira.
ra apoiado, pela base, ein uma SUPERFÍCIE Em certos casos, usa-se o graminho man-
RIGOROSAMENTE PLANA E NIVELADA: a face su- tendo-o parado. Em outros trabalha-se desli-
perior de uma Mesa de traçar; ou a face su- zando-o sôbre a superfície plana e horizontal
perior de uma Placa nivelada e plana, coloca- de apoio.

I I
MEC - 1965 - 15.000 223
O GRAMINHO E SEUS USOS
I FBLHA DE
lNFO~Y*5~0
TECNOLÓGICA
I 1 16.6
i t -

A base do graminho tem sua FACE INFE- ralela ao plano de apoio sobre o qual desliza
RIOR PLANA. A haste do graminho é PERPEN- o graminho.
DICULAR AO PLANO DA BASE. A ponta da agu- Se o graminho é estacionário, a ponta
lha do graminho, enquanto se dá o desloca- do riscador serve como ponto fixo de referên-
mente, risca a face da peça; logo, qualquer cia. Pode servir também para um trajado de
que seja a inclinação da agulha, sua ponta referência no topo da peca (caso de peja que
traça sempre, na face da peca, uma linha pa- está sendo centrada na placa).

EXEMPLOS DOS USOS DO GRAMINHO EM TRABALHOS


NO TORNO

Para que a verificação seja facilitada, a


ponta da agulha deve ficar em posijáo tal que
favoreja a boa, visibilidade, para serem per-
cebidos os desvios da peja.
I

Fig. 4 - Verificação de perpendicularidade Fig. 5 - Centragern de superfícies cilindricas.


da face.

Fig. 6 - Centragem por traçado feito n a face. Fig. 7 - Centragenz d e biicha e m clzlns metades.

QUESTIONARIO

1) Quais as finalidades do graminho? Indique cinco usos.


2) Quais os tipos usuais de graminhos?
3) Dê a nomenclatura das partes de um graminho.
4) Como trabalha o graminho? Quais as características da superfície
sobre a qual assenta o graminlio?

I
MEC - 1965 - 15.000
TRAÇAGEM COM GRAMINHO F6LHA DE
AJUSTADOR (MODO DE EXECUTAR)
INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA
371 1
i

A s faces a q u i vistas do Traçados mas faces A, C e B . Traça


bloco são A, C e E . faces

L ---

U
eng@ Fig. 3
Fig. 1 Fig. 2

Gentragem dos furos.


Peça jd usinada e m parte. Pega pronta:
usinada e furada.

Tmçodo
em E
L5
Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

Para a traçagem, depois de passado na localizam os planos, ranhuras, rebaixos, etc.,


face da peça o verniz de sulfato de cobre, ou a serem usinados.
alvaiade, conforme o caso, o mecânico coloca Também, com as interseções das linhas
a peça sôbre a mesa de traçar. traçadas pelo graminho (fig. 5 ) , se determinam
Em certos casos, a colocação é direta, OS furos a executar.
ficando a peça apoiada sôbre uma das suas As alturas da ponta do riscador são fi-
faces. Em outros casos, é necessário o emprêgo xadas, em cada traçado, por meio da régua
de acessórios para apoiar e manter estável a graduada vertical, apoiada também no desem-
peça sôbre a mesa de traçar. peno.
Feitos os diversos traços, determinados
1.O CASO - O BLOCO METALICO OU A os centros dos furos e ainda os pontos de con-
PEÇA JA TEM FACES USINADAS E PERPENDICU- cordância de arcos e retas, as circunferências
LARES DUAS A DUAS - Estando bem limpos o ou os arcos são traçados seguindo a técnica do
plano da mesa e cada face de apoio da peça, traçado no plano.
esta vai sendo sucessivamente apoiada nas Segue-se a marcação, com o punção, dos
faces e traçada com o graminho nas faces que centros e dos pontos de referência que permi-
tam reavivar o traçado, se necessário.
lhe são perpendiculares. ]E o que mostram, de
maneira esquemática, as figs. 1 a 6. 2 . O CASO -
PEÇASFORJADAS OU FUN-
O traçado sempre se faz deslizando o DIDAS COM FACES NÃO PLANAS -
Neste caso,
graminho sobre o plano da mesa de traçar. A há o emprêgo de acessórios, destinados a dis-
ponta do riscador traça, nas faces da peça, li- por convenientemente a peça, em posição es-
nhas paralelas ao plano da mesa. Estas linhas tável, sôbre o plano da mesa de traçar.

I
MEC - 1965 - 15.000 ld
I- TRAÇAGEM COM GRAMINHO FBLHA DE
-

AJUSTADOR INFORMAÇAO 3712


(MODO DE EXECUTAR) TECNOL6GICA

Três dos acessórios comumente empregados - cantoneira, macaco e bloco em "V"


- estão indicados nas figuras 7, 8 e 9.

Para prender a peça.

Para
Para apoiar
calçar pe!F
cilin-
a peça. dricas.

Fig. 7 - Cantoneira Fig. 8 ,- Macaco Fig. 9


(ângulo reto). ( e m jôgo de três). Bloco e m "V".

O Esquadro é usado frequentemente, diculares entre si, para que a peça seja suces-
Para 0 controle das diversas posições da Peça sivamente apoiada no desempeno, paralela-
sobre a mesa de traçar. mente a tais planos.
A finalidade do traçado é situar, na
peça, furos, pontos de concordância, planos Para a colocação da peça, utilizam-se,
ou outras superfícies a serem usinadase Ter- conforme o caso, calços comuns, macacos, can-
na-se necessária, então, a escolha 2 na peça toneiras ou outros acessórios. AS figs. 10 a 15
- de três planos ideais de referência, perpen- dão um exemplo de colocação e traçado.

e
Peça fundida ( e m bruto). Peça acabada. Traçcrdo paralelo d base.

Fig. 10 Fig. 11

Traçado paralelo ao eixo de ~ i i dr


o stmrtrii

Traçado paralelo ii base.

:o

Fig. .I3 Fig. 14 Fig. 15

É INDISPENSÁVEL O TRAÇADO DAS LINHAS DE CENTRO OU EIXOS,pois que é A PARTIR


DESTAS LINHAS OU EIXOS QUE SE TOMAM AS MEDIDAS PARA LQCALIZAR LINHAS DE CONTOR-
NO Q U CENTROS.

QUESTIONARIO

1) Por que é indispensável o traçado de linhas de centro ou de eixos?


2) Corno se maneja o graminho para fazer o traçado?
3) Quais são as referências para a colocação de uma peça qualquer no desempeno?
4) Como se colocam no desempeno peças com faces já usinadas e perpendiculares?

I 5) Como se colocam peças de forma qualquer? Faça esboços de alguns acessórios.


MEC - 1965 - 15.000I
AJUSiAWR I BROCA HELICOIDAL
(NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS)
I FBLHA DE
TECNOLÓGICA
INFORMAÇAO
I 9/ 1

A broca helicoidal é a ferramenta que, to da broca, cujo corpo se apresenta com ares-
adaptada à máquina, produz na peça um furo tas e canais em forma de uma curva denomi-
cilíndrico, em conseqüência de dois movimen- nada hélice.
tos que se realizam ao mesmo tempo: rotação A broca helicoidal é também chamada
e avanço. broca americana.
O nome "helicoidal" é devido ao aspec-

MATERIAL DA BROCA

Éfabricada, em geral, de aço ao car- lor do atrito, desgastam-se menos, podem tra-
bono. Para trabalhos que exijam, porém, alta balhar com mais rapidez, sendo, portanto,
rotação, usam-se brocas de aço rápido. Estas mais econômicas.
oferecem maior resistência ao corte e ao ca-

TIPOS USUAIS E NOMENCLATURA

Fig. 1 - Broca helicoidal de haste cilindrica.

_Espiga Horte I Corpo


Arosto cortante

rn

Fig. 2 - Broca helicoidal de haste cônica.

As figs. 1 e 2 apresentam dois tipos


usuais, que se diferenciam pela haste.
As brocas de haste cilíndrica usuais
têm, em geral, diâmetros no máximo até 1/2".
São prêsas por meio de mandris.
As brocas de haste cônica são, quase
sempre, as de diâmetros acima de 1/2". Pren-
dem-se por meio de adaptação em furo cônico
do próprio eixo, ou por meio de buchas de '\ Aresta do-~ontg
redução de furo cônico. Fig. 3

FUNÇõIES E CARACTERÍSTICAS DAS PARTES DA BROCA

1) Ponta da broca
É constituída por duas superfícies cônicas A ação da aresta é a de calcar o mate-
que, no seu encontro, formam a aresta da rial, mediante a grande pressão causada pelo
ponta (figs. 1 a 3). O ângulo destas duas movimento de avanço (fig. 3). A aresta da
superfícies cônicas é denominado ângulo ponta não corta o material.
da ponta.

dEC - 1965 - 15.000


-

BROCA HELICOIDAL FOLHA DE


AJUSTADOR (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOLÓGICA
INFORMAÇAO 9/2
I

A fig. 4 mostra, bem ampliado, um as- 3) Haste da broca


pecto da ponta de uma broca helicoidal. Destina-se à fixação da broca na máquina.
As duas superfícies cônicas da ponta da Pode ser cilíndrica ou cônica.
broca se encontram com as superfícies dos ca- As hastes cônicas dão um apêrto mais
nais, formando as Arestos Cortantes (Fios ou usadas nas brocas de
enérgico. Por isso,
Gumes da broca). Na furação, o corte é pro- maiores diâmetros, que produzem maior es-
duzido por estas arestas, como se vê na fig. 5:
fôrqo no corte.
c é o ângulo do gume, f o ângulo de folga ou
de incidência e s o dngulo de saída do cavaco
também conhecido por ângulo de ataque.

2) Corpo da broca
a) Guias - São estreitas superfícies heli-
coidais que mantêm a broca em posição
correta dentro do furo, sem produzir
corte. O DIÂMETRO DA BROCA É MEDIDO
ENTRE AS DUAS GUTAS (fig. 4).

, b) Canais - São ranhuras helicoidais (fig.


5). Devido a esta forma helicoidal e ao
gira da broca, os cavacos produzidos pe-
las arestas cortantes vão sendo elevados
e lançados para fora do furo.
c) Alma - É a parte central da broca (fig.
Fig. 4
4), entre os dois canais. A alma aumenta
I ligeiramente de espessura à medida que
se aproxima da haste, ou seja, os canais
vão se tomando mais rasos. Isso aumen-
ta a resistência da broca, que é sujeita
constantemente a um esfôrço de torção,
durante o corte.
O corpo da broca diminui ligeiramente
de diâmetro, a partir da ponta até a haste na
relação de 1 : 2.000. Dessa maneira, a broca
não se agarra à superfície do furo, quando êste
fôr profundo. Fig. 5

QUESTIONARIO

1) Quais são os tipos usuais de brocas helicoidais (tipos de haste)?


2) Para que servem as guias e os canais?'~ueé a alma da broca?
3) Por que o nome "helicoidal"? Qual o outro nome da broca helicoidal?
4) Explique onde e como se dá o corte, na broca helicoidal.
5) Quais são os materiais de que se fabricam as brocas?
6) Por que as hastes cônicas são usadas nas brocas de maiores diâmetros?

58
MEC - 1965 - 15.000
FBLHA DE
BROCA HELICOIDAL
AJUSTADOR (ÂNGULOS E AFIAÇÃO) TECNOL6GICA
INFORMAÇÃO
2711
I

Devido à forma especial da broca heli-


coidal, é pràticamente impossível medir, di-
retamente e com exatidão, os ângulos c (ân-
gulo cortante), f (ângulo de folga ou de inci-
dência) e s (ângulo de saída ou de ataque), que
influem nas condições do corte com a broca
helicoidal (fig. 1).
A prática indica, entretanto, algumas
regras que, se observadas na afiação da broca,
dão-lhe as melhores condições de corte.
Fig. I

CONDIÇõES PARA QUE UMA BROCA FAÇA BOM CORTE

l.a) O ângulo da ponta da broca deve ser de


llBO, para os trabalhos mais comuns 2

&
(fig. 2). YJ
Valores especiais que a prática já con-
sagrou:
1500, para aços duros;
1250, para aços tratados ou forjados;
100°, para o cobre e o alumínio;
900, para o ferro fundido macio e ligas le-
ves; Fig. 3
600, para baquelite, fibra e madeira.
I

8
2.a) As arestas cortantes devem ter, rigorosa- Fig. 2
mente, comprimentos iguais, isto é, A =
= A (fig. 3).
.-OI
O ângulo de folga ou de incidência deve
ter de 90 a 15O (fig. 4).Nestas condições,
dá-se melhor penetração da broca.
Estando a broca corretamente afiada,
a aresta da ponta faz um ângulo de 1300 com
uma reta que passe pelo centro das guias
(fig. 6).
Quando isto acontece, o ângulo de fol-
ga tem o valor mais adequado, entre go e 150.
4.a)No caso de brocas de maiores diâmetros,
a aresta da ponta, devido ao seu tama- Fig. 4 Fig. 5
nho, dificulta a centragem da broca e tam-
bém a sua penetraqão no metal. É neces-
sário, então, reduzir sua largura. Desbas-
tam-se, para isso, os canais da broca, nas
proximidades da ponta (fig. 5 e 7). Ete
desbaste, feito na esmerilhadora, tem que
ser muito cuidadoso, devendo-se retirar
rigorosamente a mesma espessura, num
e noutro canal.

Fig. 6 Fig. 7

b
MEC - 1965 - 15.000 139
I AJUSTADOR
BROCA HELICOIDAL
(ÂNGULOS E AFIAÇAO)

VERIFICADOR DE ÂNGULOS DA BROCA

Para a verificação do ângulo da ponta, e dos comprimentos das arestas cortantes, usa-
se o tipo de verificador da fig. 8.

AFIAÇÃO DA BROCA

A afiação se faz numa esmerilhadora, Como o ângulo de inclinação do su-


SENDO RECOMENDÁVEL O USO DE UM DISPOSI- porte é 590, para ângulo de ponta de l 180, re-
TIVO DE SUPORTE ANGULAR, como mostra a sulta uma afiação correta, para o que concor-
fig. 9. A broca fica em contacto com a face do re também o uso do verificador (fig. 8), à
rebôlo cilíndrico, como se vê na figura. medida do desenvolvimento do trabalho.
O suporte da broca gira, impulsiona- O rebôlo biselado (à esquerda, na fig.
do a mão, por meio do eixo E. A amplitude 9) serve para o desbaste dos canais, a fim de
dêsse giro é limitada a um ângulo de cêrca reduzir a aresta da ponta da broca.
de 65O.

QUESTIONARIO

1) Quais são os três ângulos do corte?


2) As arestas cortantes devem ter medidas iguais ou desiguais?
3) Qual o melhor ângulo da ponta da broca, para os trabalhos comuns?
4) Em que máquina se afia a broca?
5) Com que se verifica a afiação da broca?
6) Indique os ângulos da ponta da broca para furar: a) aço duro; b) cobre; c) fibra, ba-
quelite e madeira; d) ferro fundido macio; e) aço forjado.
7) Quais os melhores valores do ângulo de incidência ou de folga? Por quê?
8) Qual a inclinação normal das arestas de corte em re1ac;ão ao eixo?
9) Qual o ângulo da aresta da ponta com o diâmetro que passa pelas guias?
FBLHA DE
AJUSTADOR ESCAREADOR INFORMAÇÃO 11/ 1
TECNOL6GICA

Ao mecânico se apresenta, por vêzes, a mecânico a ser construído, não possa ou não
necessidade de rebaixar furos cilíndricos, de deva ficar saliente. Tais são os casos de alguns
modo a formar um encaixe. Destina-se êste, tipos de pinos com cabeça, parafusos, rebites
em geral, à adaptação da cabeça de uma peça de cravação, etc.
de ligação, que, pelas condições do conjunto

TIPOS DE ENCAIXES OU ESCAREADOS

Os casos mais comuns são os indicados o furo; encaixe cônico, ou escareado pròpria-
nas figuras acima: encaixe cilíndrico (fig. l), mente dito (fig. 2); fundo esférico (fig. 3).
ou rebaixo cilíndrico, de maior diâmetro que

Fig. I Fig. 2 Fig. 3

ESCAREADOR

Para executar a operação de rebaixar A fig. 4 mostra um escareador cilín-


o furo ou de escareá-10, usa o mecânico um drico, com guia. A fig. 5 apresenta um esca-
Escareador. É uma ferramenta de aço ao car- reador cônico de haste cilíndrica e a fig. 6
bono ou de aço rápido, que, como a broca, se um escareador cônico de haste cônica.
pode adaptar diretamente no eixo porta-bro-
ca, ou em bucha de redução, ou ainda em
mandril.

Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

r
MEC - 1965 - 15.000 I
FBLHA DE
I AJUSTADOR ESCAREADOR INFORMAÇÃO 1 112
TECNOL6GICA
i
A fig. 7 apresenta outro tipo de escarea-
dor cônico. Na fig. 8 se vê um escareador es-

Espiga
férico, com espiga sextavada para encaixe em
mandril próprio.

Bpigo
I
-Haste

Fig. 7 Fig. 8
MEDIDAS E ÂNGULOS DOS ESCAREADORES
São variadas as medidas, de acordo com os escareadores. Quanto aos ângulos dos esca-
os furos cilíndricos em que devem ser usados readores cônicos, variam de 60° a 900.

MONTAGEM E CENTRAGEM DO ESCAREADOR


Na maioria das vêzes, o escareador é do-se escarear um furo que já tenha sido des-
utilizado logo após a execução do furo. Em locado, pode-se fazer uma centragem simples
tais casos não há nenhum problema quanto à que dá resultados aceitáveis. Para isso, deixa-
centragem. Retirando-se a broca, e, montan- se ligeiramente frouxa a peça, aproximando-se
do-se o escareador (ou na árvore, ou na bucha do furo o escareador em movimento, sem fazer
de redução, ou no mandril), já está feita a cen- pressão. A própria rotação do escareador cen-
tragem para o escareador, que é a mesma cen- tra o furo. Pára-se a furadeira e aperta-se a
tragem da broca. peça. Pode-se, depois disso, fazer o escareado
No caso de escareador cônico, desejan- no furo.

ESCAREADOR COM GUIA DE NAVALHAS INTERCAMBIAVEIS


A fig. 9 mostra um escareador com *'guia As navalhas intercambiáveis se montam
e de navalhas intercambiáveis, usado para re- com as guias correspondentes, que são cilíndri-
baixar furos. cas, ajustam-se ao furo já executado e man-
têm exata centragem.

Fig. 9.

QUESTIONARIO
1) Para que serve o escareador com guia?
2) De que material são feitos os escareadores?
3) Quanto mede o ângulo do escareador cônico?
4) Como se faz a montagem e a centragem de um escareador cônico?
5) Que C o escareador? Dê a nomenclatura das partes.
6) Para que serve o esceareador cônico?
7) Que vantagem apresenta o escareador-rebaixador de navalhas intercambiáveis?
f
I

L2 MEC - 1965 - 15.000I


FBLHA DE
AJUSTADOR MACHOS DE USO MANUAL E DESANDADORES INFORMAÇAO
TECNOLÓOICA,
391 1

As vêzes, necessita o mecânico abrir menta chamada desandador (fig. 1) num furo
rôsca manualmente, ou num furo passante, feito em medida conveniente. O desandador
ou num furo não passante. Utiliza, então, funciona como uma alavanca, que possibilita
uma ferramenta chamada macho (fig. l), ca- imprimir o movimento de rotação necessário
paz de penetrar, pouco a pouco, por meio do à penetração do macho no furo.
movimento de rotação que lhe dá outra ferra-

3 e:::.:.:.:.
,::$33$;

Fig. I

São ferramentas de aço de boa quali- 3 e 4). Não se usa o macho isoladamente. Em
dade, temperado e revenido. Seu corpo apre- geral, são repassados no furo três tipos de ma-
senta a maior parte roscada e interrompida chos que apresentam entre si algumas dife-
por quatro ranhuras longitudinais (figs. 2, renças.

MACHO DESBASTADOR
Filetes de rosca Calor ( marco)
Reconhecido pelo n.O 1,
por entalhe circular, ou por
I Colar na haste - É cônico em certa L!
porção, a partir da extremidade ros-
cada, tendo, por isso, alguns
-
fil.êtes

I
CiI
achatados (fig. 2). Fig. 2 - Macho desbastador.
I
( E ~ C lixe
C quadrado)

MACHO INTERMEDIARIO Hasta ~ilíndrica

N.0 2, ou com dois entalhes


circulares - Sua parte cônica é me-
nor do que a do macho n.O l, apre-
sentando uns poucos filêtes achata-
dos (fig. 3). Fig. 3 - Macho intermediário o u de corte.

MACHO ACABADOR
N.O 3, ou com três entalhes
circulares - Apenas a entrada (cêr-
ca de dois filêtes achatados) é côni-
ca. O restante do corpo apresenta
dentes de perfil triangular de vér- Fig. 4 - Macho acabador.
tice agudo (fig. 4).
DESANDADORES
Os desandadores são de aço. Para ma- na fig. 1 (vista lateral) e na fig. 5 (vista de
chos grandes e médios usa-se o tipo mostrado planta).

I I
MEC - 1965 - 15.000
181
F6LHA DE
, AJUSTADOR MACHOS DE USO MANUAL E DESANDADORES TECNOLÓGICA
INFORMAÇÁO 3912

Neste tipo os braços são rosqueados. adotar os seguintes valores:


Dêsse modo, é possível a adaptação, no corpo, C = 25 d, para metais duros.
de braços de comprimentos diferentes, con- C = 18 d, para metais macios.
forme o esforço exigido pela operação. Sendo Os furos mais profundos exigem maior
C o comprimento total do desandador e d o esforço para a penetração.
diâmetro do macho, a experiência aconselha

O desandador funciona como alavanca. Assim, quanto


maior for o seu comprimento, menor esforço será necessário
para a penetração do macho.
Para roscar com machos pequenos, o que exige menor
esfôrço, empregam-se os desandadores dos tipos apresentados
nas figs. 6 e 7. Encaixa da mocha

C H81
J
Fig. 7
MODO DE ROSCAR COM MACHO E DESANDADOR

A fig. 8 mostra a posição de segurar o desandador


para girar o macho e fazê-lo penetrar no furo. É necessária,
a princípio, certa pressão nos braços do desandador, para
que as arestas cortantes dos filêtes do macho ataquem a
parede do furo, penetrando no metal. A partir de certo
,momeilto, o esfôrço de corte é dificultado pela acumulação
dos cavacos de metal nas ranhuras do macho. Gira-se então
o desandador em sentido contrário, evitanda-se assim que,
pelo excesso de pressão, venha o macho a quebrar-se.
Para roscar furos passantes, bastam os machos n . O s 1
e 2 (desbaste e corte). Para furos não passantes é que se
torna necessário o n . O 3.

TABELAS DE FURAÇÃO PARA PASSAR MACHOS


ROSCA MÉTRICANORMAL ROSCA WHITWORTHNORMAL
Diâmetro ~ i â m ter o Diâme t r o Diâme t r o ~ i â m e t r o ~ i â m e t r o Diâmetro Diâmetro
externo do da broca externo do da broca externo do da broca externodo da broca
macho em em macho em em macho en em macho em em
mm mm mrn mm polegada polegada polegada polegada
2,6 2,05 18 15,s 1/16" 3/64' 7/8" 49/64"
3 2,s 2O 17,5 3/32 " 5/64" 1 I' 7/8 "
4 3,3 22 19,5 1/8 " 3/32" 11/8" 63/64"
5 4 ~ 2 24 21 5/32 " 1/8 " 1 1/4" 1 7/64"
595 4,6 27 24 3/16" 9/64" 1 3/8" 1 7/32'
6 5 30 26,5 7/32" 11/64" 1 1/2" 1 11/32"
7 6 33 29-5 1/4" 13/64" 1 5/8" 1 7/16"
8 6,8 36 32 5/16' 1/4" 13/4" 19/16"
9 798 39 35 3/8 " 5/16" 1 7/8" 1 21/32"
10 8,5 42 37,5. 7/16" 23/64" 2" 1 25/32"
11 995 45 40,5 1/2 " 27/64" 2 1/4" 2 1/64'
12 10,5 9/16" 31/64' 2 1/2' 2 17/64'
48 43
14 12 5/8 " 17/32" r 23/4" 231/64"
16 14 52 47 3/4" 21/32 " 3" 2 47/64"

--
..r- .-,c .cnnn
FERRO FUNDIDO FdLHA DE
AJUSTADOR (TIPOS, USOS, CARACTERÍSTICAS) INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
19/ 1

O ferro fundido é um material metá- 5) Fácil de ser trabalhado pelas ferramentas


lico refinado em fornos próprios, chamados manuais e de ser usinado nas máquinas.
fornos cubilô (fig. 1). Compõe-se, na sua Pêso específico: 7,8g/ cm3.
maior parte, de Ferro, pequena quantidade
6) Funde-se a 1.200° C, apresentando-se
de Carbono e quantidades também pequenas
muito líquido, condiqão que é a melhor
de Manganês, Silicio, Enxôfre e Fósforo. De-
para a boa moldagem de peças.
fine-se o ferro fundido como uma Liga Ferro-
Carbono que contém de 2,5 % a 5 % de car-
bono. Pelas suas características, o ferro fun-
O ferro fundido é obtido na fusáo da dido cinzento se presta aos mais variados tipos
gusa; é, portanto, um ferro de segunda fusáo. de construção de peças e de máquinas, sendo,
impurezas do minério de ferro e do assim, o mais importante do ponto de vista da
carváo deixam, no ferro fundido, pequenas fabricação mecânica.
porcentagens de Silicio, Manganês, Enxôfre e
Fósforo.
O Silicio favorece a formação de Ferro
Fundido Cinzento.
O Manganês favorece a fonnação de
Ferro Fundido Branco.
Tanto o silício como o manganês me-
lhoram as qualidades do ferro fundido. O
mesmo não acontece com o Enxofre e o Fós-
foro, cujas porcentagens devem ser as menores
possíveis para náo prejudicarem sua quali-
dade.

CARACTERf STICAS

Ferro fundido cinzento

1) O carbono, neste tipo, se apresenta quase


todo em estado livre, sob a forma de palhe-
tas pretas de Grafita.

2) Quando quebrado, a parte fraturada é es-


cura, devido à grafita.

3) Apresenta elevadas porcentagens de car-


bono (3,5 % a 5 5)e de silício (2,5 %).

4) Muito resistente à compressão. Não resiste


bem à tração.
Fig. I

MEC - 1965 - 15.000 97


FBLHA DE
FERRO FUNDIDO
AJUSTADOR (TIPOS, USOS, CARACTERÍSTICAS) INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA 1912
L

Ferro fundido branco

1) O carbono, neste tipo, é inteiramente o branco .e pode ser trabalhado com ferramen-
combinado com o ferro, constituindo um tas comuns de oficina, isto é, sofrer acaba-
mento posterior como aplainamento, tornea-
.
carbonêto de ferro (Cementite).
mento, perfuração, roscamento, etc.; ao passo
2) Quando quebrado, a parte fraturada é que o branco só pode ser trabalhado com
brilhante e quase branca. ferramentas especiais, e, assim mesmo, com
3) Tem baixo teor de carbono (2,5 a 3 %) dificuldade, ou então com esmeril. Além
de silicio (menos de 1 yo). disso, o ferro fundido cinzento apresenta
ainda apreciável resistência à corrosão. Possui,
4) Muito duro, quebradiço e difícil de ser
usinado. Pêso específico: 7,1 g/cm3. também, mais capacidade de amortecer vibra-
ções do que o aço. O emprêgo do ferro fun-
5) Funde-se a 1.160° C, mas não é Para dido branco se limita aos casos em que se
a mO1dagem, Porque Permanece Pouco busca dureza e resistência ao desgaste muito
tempo em estado bem líquido. altas, sem que a peça necessite ser ao mesmo
Concluímos, assim, que o ferro fundido tempo ductil. Por isso, dos dois tipos de ferro
cinzento é menos duro e menos frágil do que fundido, o cinzento é o mais empregado.

I QUESTIONARIO

1) Quais os usos do ferro fundido cinzento?


2) Quais são as características do ferro fundido branco?
3) Quais são as influências do enxofre e do fósforo no ferro fundido?
4) Quais são os dois tipos principais de ferro fundido?
5) Quais são as influências do silício e do manganês no ferro fundido?
6) Quais são as características do ferro fundido cinzento?

i
98 MEC - 1965 - 15.000
AJUSTADOR
AÇO AO CARBONO FBLHA DE
INFORMAÇÁO 111
I
(NOÇÕES GERAIS) TECNOLóGICA
1

O aço é mais importante dos mate-


O O aço apresenta inúmeras característi-
riais metálicos usualmente empregados nas cas. As mais importantes estão ilustradas nas
oficinas. A grande maioria das peças de má- figuras abaixo.
quinas são feitas de aço, por ser um material O aço é uma liga de ferro e carbono,
que tem propriedades mecânicas muito con- na qual a quantidade de carbono varia de
venientes. Sua cor é acinzentada. 0,05 a 1,7 %.

Pode ser forjado. Pode ser laminado.

-TrefiloCBo de arames

Pode ser trabalhado por


ferramentas de corte.
Pode ser estirado e m
fios (trefilado).

Pode ser soldado. Pode ser dobrado.

Pode ser curvado. Apresenta grande resis-


tência a ruptura.

I
MEC - 1965 - 15.000 31
AJUSTADOR
AÇO AO CARBONO
(NOÇOES GERAIS)
I FBLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
I 112

Os aços, que têm maior quantidade de macios, vulgarmente conhecidos por FERRO
carbono, podem ser endurecidos por um pro- ou AÇO DOCE. Quando esmerilhados, despren-
cesso de aquecimento e resfriamento rápido dem fagulhas em forma de riscos (fig. 9).
Os aços, que têm grande porcentagem
chamado TÊMPERA.
de carbono, adquirem têmpera, são mais du-
0 s aços, que têm Pequena quantidade ros e desprendem fagulhas e m formas de "es-
de carbono, não adquirem têmpera: são aços trelinhas" (fig. 10).

Fig. 10

FASES PARA A OBTENÇÃO DO AÇO

a) Derrete-se o minério de ferro, juntamente b) A gusa segue para o misturador, podendo


com um fundente (pedras calcáreas) em ser, também, transformada em peças bru-
fornos apropriados, usando-se o coque tas ou em lingotes.
como combustível. Obtém-se, dessa forma, c) Do misturador, a gusa segue para os for-
gás de iluminação, escória e gusa. nos de transformação em aço, denomina-
dos Bessemer, Siemens-Martins e elétri-
COS.

RESUMO
Mil0
f-----FundrnR~~

QUESTIONARIO

1) Como pode ser reconhecido o aço?


2) Que é o aço?
3) Todos os aços ao carbono podem ser endurecidos? Por quê?
4) Por que o aço é o material mais empregado nas oficinas mecânicas?
1,
5) Como são chamados os aços de pequena quantidade de carbono?

12 MEC - 1965 - 15.0


Aço FBLHA DE
AJUSTADOR (FORMAS COMERCIAIS)
INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
14/ 1

Para diferentes usos industriais, o aço camada de zinco, por meio de banho, e Cha-
se apresenta usualmente sob as formas de Ver- pas Estanhadas (folhas-de-flandres) que, pelo
galhões, Perfilados, Chapas, Fios e Tubos. mesmo processo, são revestidas de uma camada
Particularmente a denominação "Perfilados" de estanho.
se reserva aos vergalhões de aço de secções Os tubos de aço podem ser: Com cos-
especiais como "L" (cantoneiras), "T", "Du- tura; comuns, os que resultam da curvatura
plo T", "Z", "U", etc. de chapas estreitas, cujas bordas são encosta-
Os Aços de baixo teor de Carbono (até das e soldadas por processo automático, e Sem
0,30 %) se apresentam em todas as formas costura, produzidos por meio de perfuração, a
acima indicadas. Os Aços de Têmpera, isto é, quente, em máquinas chamadas Prensas de
de médio e alto teor de carbono (acima de Extltusão. Ambos os tipos podem ser galvani-
0,30 %) se encontram no comércio mais co- zados ou não.
mumente sob as formas de vergalhões (chatos,
quadrados, redondos, sextavados), de chapas
e de fios. São também comuns os aços chatos, TABELAS COMERCIAIS
de têmpera, para molas.
As chapas de aço são, em geral: Chapas A título de exemplo, seguem-se tabelas
Pretas, tais como saem dos laminadores, Cha- parciais de Aços, com pesos unitários, para
pas Galvanizadas, que sáo revestidas de uma cálculos e orçamentos.

PESOS EM I' POR METRO


1/2"19/16" 1 5/8"1 3/4"

(continua) I
I I
MEC - 1965 - 15.000 73
i
Aço F6LHA DE
INFORMAÇÁO
AJUSTADOR (FORMAS COMERCIAIS) TECNOLÓGICA 1412

(continuação)
--
AÇOS QUADRADO, REDONDO, SEXTAVADO ( vEEGALEÕEs: 6m - PESOS EM QUILOS POR METRO)
MEDIDA
H
2 1/4" 25,620
2 5/16" 27,060
2 3/8" 28,540
2 7/16" 30,060
2 1/2" 31,620
2 5/8" 34,870
2 3/4" 38,270
2 7/8" 41,820
3" 45,540

s&L II
CANTONEIE LBAS IGUAIS PI&BFILADOS "T" DE ABAS ICBAIS
ESPESSURA DE ESPESSWB DE 3/16'
ABAS ABAS kg/m
l"xltl 1,730
1 1/8"xl 1/8" 1,960
1 1/4"x1 1/41' 2,190
1 1/2I1x1 1/2" 2,660
1 3/4"xl 3/4' 3,150
2 "x2 I' 3,630
2 1/4"x2 1/4" 4,090
2 1/2"x2 1/2" 4,570
2 3/4"x2 3/4" 5,040

II CHAPAS PRETAS I
ESPESSWB
II
ESPESSUBA
FIEIRA "USOt1lkglm2 FIEIRA "USOn

QUESTIONARIO

1) Como é fabricado o tubo sem costura? E o tubo com costura?


2) Quais são as formas dos aGos para usos industriais?
3) Quais são os tipos de chapas?

MEC - 1965 -
1
15.000

I I
FaLHA DE
AJUSTADOR USOS INDUSTRIAIS DOS AÇOS-LIGAS INFORMAÇÁO 18/1
TECNOLÓGICA

PORCEN-
TIPO DO
AÇO-LIGA TAGEM DA CARACTERÍSTICAS DO AÇO USOS INDUSTRTAIS
ADIÇAO

Resistem bem a ruptura e ao Peças de automóveis


lalOyo .
Peças de máquinas
choque, quando temperados e
de níquel revenidos Ferramentas

Resistem bem a tração Blindagem de navios


a %' Muito duros - Temperáveis Eixos - Hastes de freios
de níquel em jato de ar Projetis

Válvulas de motores térmicos


Inoxidáveis
20 a 50 % Resistências elétricas
Resistentes aos choques
de níquel Cutelaria
Resistentes elétricos Instrumentos de medida

Resistem bem a ruptura Esferas e rolos de rolamentos


Até 6 % Duros Ferramentas
de cromo Não resistem aos choques Projetis - Blindagens
-

11 a 17 % Inoxidáveis
Aparelhos e instrumentos de
de cromo medida - Cutelaria

20 a 30 % I Resistem a oxidação, mesmo a


altas temperaturas
Válvulas de motores a
explosão
de cromo
I Fieiras - Matrizes

4
w 0,5 a 1,5 % Grande resistência
0.
W
de cromo
125 a 5 %
Grande dureza - Muita resis-
tência aos choques, torção e
Virabrequins - Engrenagens
Eixos - Peças de motores de
Z
W de níquel flexão grande velocidade - Bielas

8a25% Inoxidáveis Portas de fornos - Retortas


de cromo Resistentes à ação do calor Tubulações de águas salinas e
18 a 25 % Resistentes à corrosão de ele- gases - Eixos de bombas
de níquel mentos químicos Válvulas - Turbinas

Mandíbulas de britadores
7a20% Extrema dureza Eixos de carros e vagões
de manganês Grande resistência aos choques Agulhas, cruzamentos e curvas
e ao desgaste de trilhos
Peças de dragas

Resistência à ruptura
Molas - Chapas de induzidos
1a3% Elevado limite de elasticidade de máquinas elétricas
de silício Propriedade de anular o
Núcleos de bobinas elétricas
magnetismo

AEC - 1965 -
I
FÔLHA DE
AJUSTADOR USOS INDUSTRIAIS DOS AÇOS-LIGAS INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
1812

i TIPO DO
AÇO-LIGA
PORCEN*
TAGEM DA
ADIÇÃO
CAISACTERÍSTICAS DO AÇO USOS INDUSTRIAIS

3
' 1 % silício Molas diversas
0 3 "3.
ow C 1 % manga-
Grande resistência a ruptura
Molas de automóveis e de car-
-qjz nês Elevado limite de elasticidade ros e vagões
rn 4
2
2 Dureza - Resistência a ruptu- Ferramentas de corte para al-
Z
I ÕF 1 a 9 % de ra - Resistência ao calor da tas velocidades
tungstênio abrasão (fricção) Matrizes
I gzZ Propriedades magnéticas Fabricação de ímãs
Fi
Dureza - Resistência a ruptu- Não é comum o aço-molibdê-
õL$ @l
go - ra - Resistência ao calor da nio simples - O molibdênio
ZQ abrasão (fricção) se associa a outros elementos
I
Uureza - Resistência a ruptu- Não é usual o aço-vanádio sim-
ra - Resistência ao calor da ples - O vanádio se associa a
abrasão (fricção) outros elementos

Propriedades magnéticas fmãs permanentes


Dureza - Resistência a ruptu- Chapas de induzidos
ra - Alta resistência à abrasão Não é usual o aço-cobalto sim-
(fric~ão) ples

8 a 2 0 % de Excepcional dureza em virtu-


tungstênio de da formação de carbonêto Ferramentas de corte, de todos
Resistência de corte, mesmo os tipos, para altas velocidades
1 a 5 x d e
vanádio com a ferramenta aquecida ao
Cilindros de laminadores
rubro, pela alta velocidade
Até 8 % de Matrizes
A ferramenta de aço rápido
molibdênio Fieiras
que inclui cobalto, consegue
3a4Zde usinar até o aço-manganês, de Punções
cromo grande dureza

Camisas de cilindro removí-


0,85 a veis, de motores a explosão e
1,20 %.de Possibilita grande dureza su-
alumínio de combustão interna
perficial por tratamento de ni-
Virabrequins - Eixos
0,9 a 1,80 % tretação (termo-químico)
de cromo Calibres de medidas de dimen-
sões fixas

MEC - 1965 - 15.0


F6LHA DE
AJUSTADOR A TÈMPEFM DO AÇO INFORMAÇAO
TECNOLÓOICA
2911

FASES DA OPERAÇAO

1.O) AQUECIMENTO lento e uni- um modo geral, como exemplo, a tempera-


forme até que o aço adquira por completo a tura de têmpera pode atingir aproximada-
temperatura de têmpera (aproximadamente mente os valores a seguir:
50° acima do ponto de transformação). De
Aços meio-duros (0,4 a 0,6 % de carbono): 750° + 50° = 800° C
Aços duros (0,6 a 0,8 % de carbono): 735O + 50° = 785O C
Aços extra-duros (0,8 a 1,5 Q/, de carbono): 720° + 50° = 770° C

2.O) MANUTENÇÃO DA TEMPE- 3.O) RESFRIAMENTO - Passa-se a


RATURA DE TÊMPERA - Entre o mo- peça o mais ràpidamente possível do fogo para
mento em que o PIROMETRO (aparelho o banho de resfriamento. Deixa-se que se res-
indicador da temperatura do forno) mostra a frie ràpidamente até cêrca de 400° C. A par-
temperatura da têmpera e o momento em que tir daí, a temperatura deve baixar lentamente.
a peça se torna totalmente aquecida, passam O resfriamento, assim em duas fases, diminui
alguns minutos. Deve-se manter a peça no as possibilidades de deformação da peça e de
forno, portanto, mais algum tempo: cêrca de ocorrência de fendas ou fissuras na massa do
3 minutos para peças delgadas e 10 minutos aço, devido às tensões internas.
para peças pesadas.

TEMPERATURAS E CORES DE AQUECIMENTO

1.O) Os técnicos ou operários de gran- racterísticas por que passa a superfície da


de experiência avaliam as temperaturas, com peça. Eis uma tabela:
grande aproximação, por meio das cores ca-

Castanho escuro 520° C - 580° C Vermelho cereja escuro 750° - 780° C


Castanho avermelhado 580° C - 650° C Vermelho cereja 780° - 800° C
Vermelho escuro 650° C - 750° C Vermelho cereja claro 800' - 830° C

Êsse método de avaliação pelas cores, peraturas exige um aparelho de medida sen-
ainda que muito usado, conduz a erros até sível e delicado, que se denomina PIRBME-
150° C aproximadamente, pois depende de TRO. Os tipos usuais são:
apreciações pessoais pouco rigorosas. Não é
a) pirômetro termoelétrico;
aconselhável em têmperas de responsabilida-
de, das quais devam resultar propriedades b) pirômetro btico;
muito especiais do aço. c) pirômetro de dilatação;
2.O) A determinação precisa das tem- d) cones fusíveis.

1) Para trabalhos comuns de tratamen-


to térmico (ferramentas manuais), realiza-se o
aquecimento na forja, com carvão ligeira-
mente umedecido e envolvendo bem a peça
(fig. 1).
2) Ainda em trabalhos comuns, usa-se
o aquecimento, por vêzes, por meio do ma-
çarico de oxiacetileno. Sdka dB*b
Fig. 1 - Aquecimento na forja.
F6LHA DE
I
AJUSTADOR . A TEMPERA DO AÇO INFORMAÇÃO 2912 II
TECNOL6GICA
r

Fig. 2 - Aquecimento n o forno a óleo. Fig. 3 - Aquecimento n o forno elétrico. .

3) Em trabalhos de responsabilidade, bilidade, usam-se líquidos em elevada tem-


utilizam-se os fornos a óleo (fig. 2), ou a gás peratura: sais químicos (cloretos e nitratos);
(do mesmo tipo), ou ainda os fornos elétricos chumbo em fusão; óleos minerais. As peças
(fig. 3). são mergulhadas totalmente nesses banhos,
4) Também em têmperas de responsa- durante o tempo necessário.

MEIOS DE RESFRIAMENTO

Os fluidos usados na têmpera têm a 3) óleos vegetais e minerais. Produz


finalidade de provocar o resfriamento rápido têmpera mais suave, sendo lento o resfria-
das peças, das quais êles retiram o calor. São mente em relação aos dois primeiros fluidos
usados, em geral, um dos seguintes banhos de
têmpera:
1) água, com temperatura de 15 a 4) corrente de ar frio, para fraca ve-
20° C (água fria). Produz a chamada TEM- locidade de têmpera. É usada na têmpera de
PERA SECA, que endurece bem o aço, sendo aços rápidos;
rápido o resfriamento;
2) solução de água e soda ou cloreto 5) banhos de sais quimicos ou de chum-
de sódio. Produz a chamada T ~ M P E R A bo fundido, OU de zinco fundido. São também
MUITO SECA; usados para a têmpera de aços rápidos.

QUESTIONARIO

1) Quais são os meios de aquecimento para tratamento térmico?


2) Indique as particularidades das fases da operação de têmpera do aço.
3) Quais as temperaturas de têmpera? Quais os meios de resfriamento?

144 MEC - 1965 - 15.000


FOLHA DE
AJUSTADOR REVENIMENTO D O AÇO INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
30/ 1

O revenimento do ajo tem a importan- ta de pequena diminuição da dureza. Assim,


te finalidade de anular pràticamente a fragili- pois, o revenimento é um tratamento térmico
dade que resulta da têmpera do metal, à cus- que só se aplica ao aço temperado.

NOÇÃO DO FENBMENO DO REVEPJIMENTO

Devido ao resfriamento rápido, a têm- de carbono), as experiências demonstram que


pera produz tensões internas, que tornam o reaquecendo-se após a têmpera, entre 200°
aço muito frágil. ~ e a ~ u e c e n d o -os eaço, após a e 3250, isto é, révenindo-se, pràticamente se
têmpera, até que uma gota d'água borbulhe anula a fragilidade (o aço fica com alta resi-
na superfície do aço (ou seja, até cêrca de liência). Continua entretanto muito satisfató-
100°), êsse reaquecimento apenas alivia as ten- ria a dureza, apesar de inferior à da têmpera.
sões internas. A partir daí, prosseguindo-se no Conforme, pois, as instruções do fabricante
aquecimento, dá-se gradualmente diminuição do aço, em certa temperatura da faixa acima
da dureza e diminuição da fragilidade. Nos indicada (2000 a 325O), faz-se cessar o aqueci-
aços de boa têmpera, sobretudo os destinados mento, mergulhando-se a peça na água ou no
a ferramentas de corte (com 0,7 Q/, ou mais óleo ou expondo-a naturalmente ao ar.

AQUECIMENTO DO AÇO PARA O REVENIMENTO

Em instalaçôes industriais importantes,


faz-se o aquecimento em fornos a gás, em for-
nos elétricos ou em banhos de óleo aquecido
ou ainda em banhos de sais minerais, ou chum-
bo em fusão. O controle da temperatura se faz
por meio de pirômetros.
Comumente, na oficina mecânica, para
as ferramentas manuais comuns, usa-se um dos
processos indicados nas figuras 1 e 2.
REVENIMENTO AO CALOR DA FORJA (fig.
1). A ferramenta, após a têmpera, é exposta
acima do fogo da forja, recebendo o calor por
irradiação. Como o controle da temperatura
é visual (pelas côres do revenimento), tal pro- Fig. 1
cesso sujeita o mecânico a erros, pois as fuma-
ças de carvão, que se desprendem, dificultam
apreciar a coloração adequada ao revenimento. o
REVENIMENTO
AO CALOR DE UM BLOCO
DE A ~ O
AQUECIDO (fig. 2).
êste o processo mais aconselhável nos
É
trabalhos usuais da oficina. Um bloco volu-
moso de aqo de baixo teor é aquecido ao ver-
melho. A ferramenta temperada, e polida na. Calor Imodiado
parte a ser revenida, é exposta, nessa região,
ao forte calor que se irradia do bloco. A fer-
ramenta vai sendo progressivamente aquecida
até surgir a coloração que indique o momento
de revenir.
OBSERVAÇÃO:
Tratando-se de peças mais espêssas, de- Fig. 2
ve-se apoiá-las diretamente no bloco aquecido.

MEC - 1965 - 15.000 145


I
FGLHA DE
AJUSTADOR REVENIMENTO DO AÇO INFORMAÇAO
TECNOLóGICA 3012

CORES DO REVENIMENTO

Se uma barra temperada for bem poli- do em virtude do aquecimento. As cores do


da e depois submetida ao calor, nota-se que revenimento são úteis para indicar as tempe-
adquire sucessivamente diversas côres, à me- raturas aproximadas, à simples vista, quando
dida que aumenta a temperatura. São as cha- O operário OU O técnico adquire bastante prá-
madas côres do revenimento. Resultam das di- tica. Eis a tabela das cores.
ferentes camadas de óxido que se vão forman-

Amarelo claro
Amarelo palha
Amarelo
Amarelo escuro
Amarelo de ouro
Castanho claro
Castanho avermelhado
Violeta
Azul escuro
Azul marinho
Azul claro
Azul acinzentado

MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA DO REVENIMENTO

1 Como no caso da têmpera, uma vez atin- calor por alguns momentos, de modo a per-
gida a temperatura desejada (acusada pelo pi- mitir que o grau de aquecimento se torne uni-
rômetro ou pela cor), mantém-se a peça ao forme na peça.

RESFRIAMENTO

Alcançada a temperatura adequada, faz- no revenimento. Deve-se, entretanto, sempre


se cessar a exposição ao calor e, em geral, se que possível, em peças de responsabilidade,
deixa a peça resfriar-se naturalmente ao ar. evitar o resfriamento rápido, que poderá cau-
É êste um meio de resfriamento lento, que sar fissuras ou fendas. Usam-se, além do ar,
evita a criação de tensões internas. outros meios de resfriamento tais como a água
A velocidade de resfriamento não influi e o óleo.

QUESTIONÁRIO

1) Por que não convém o revenimento com aquecimento na forja?


2) Qual a finalidade do revenimento? Aplica-se ao aço doce? Por quê?
3) Quais os dois processos comuns de aquecimento para revenir? Explique-os.
4) Como se resfria a peça no revenimento?
5) Quais os limites de temperatura para o revenimento?
6) Cite as côres e as respectivas temperaturas mais usuais no revenimento.

MEC
I
- 1965 - 15.000
' RETIFICADOR Aço FÔLHA DE
INFORMACÃO '1.31
(CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇKO) TECNOLóGICA

Dos materiais metálicos o aqo é o mais que se presta, em virtude das suas proprieda- -

importante, pela variedade de utilizações a des mecânicas.

CARACTERÍSTICAS

1) Côr acinzentada. 8) Apresenta boa resiliência, isto é, resiste


bem aos choques.
2) Pêso específico - 7,8 kg/dm3 ou
7,s g/cm3. 9) Deixa-se soldar, isto é, uma barra de aço
liga-se a outra pela açáo do calor (solda
3) Temperatura em que se funde - 1.350 autógena) ou pela açáo combinada do
a 1.400° C. calor com os choques, na bigorna ou no
3 martelete (caldeamento).
4) Maleável (larnina-se bem).
10) Com determinadas porcentagens de car-
5) Dúctil (estira-se bem em fios). bono, apresenta condi@es especiais de
6) Tenaz (resiste bem à tração, à compressáo dureza (adquire Têmpera).
e a outros esforços de deforma~áolenta). 11) Com determinadas porcentagens de car-
bono, é mais elástico.
7) Deixa-se trabalhar bem pelas ferramen-
tas de corte. 12) Oferece grande resistência à ruptura.

Para fins práticos, classificam-se os aços Quando se diz, por exemplo, que um
pela resistência à ruptura. Esta característica aço tem a resistência de 45 kg/mm2, isto signi-
mecânica se verifica experimentalmente em fica que o fio dêste aço, com a seçáo de 1 mm2,
laboratórios. A resistência à ruptura é medida rompe-se, quando o esforço aplicado nos ex-
em quilogramas por milímetro quadrado tremos fôr de 45 kg.
(abreviatura: kg/mm2).

INFLUENCIA DO CARBONO NAS


CARACTERfSTICAS DO AÇO

I
A porcentagem de carbono influi em
importantes características do aço. Quando
Aumenta o carbono no aço resulta:
1) Aumento da dureza e da resistência à tra-
2) Diminuição da Resiliência e da Maleabili-
dade.
Sòmente se consegue efeito sensível da
têmpera (endurecimento do aço) a partir de
0,4 % de carbono. A têmpera, aumentando a
I
ção.
dureza do aqo permite-lhe usos industriais de
grande importância.

CLASSIFICAÇAQ DQS AGOS

Há duas classes gerais: Aços ao Carbo- casáo, a adição de um ou mais dos elementos
no e Aços fipeciais ou Aços-Liga. Estes são seguintes: Níquel, Cromo, Vanádio, Cobalto,
os que, além do carbono, recebem, na fabri- Silicio, Manganês, etc.
.~
. .

. .
Aço F6LHA DE
RE'TIFICAWR (CARACTERÍSTICAS E - CLASSIFICAWO) INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA 1.32 -
I

I
CLASSIFICAÇAO DOS AÇOS AO CARBONO E SEUS USOS GERAIS

zq-
QUANTO A TÊMPERA

Não
MALEABILIDADE
E
SOLDABILIDADE

Grande
USOS

Chàpas - Fios - Parafu-


maleabilidade.
Extradoce adquire sos - Tubos estirados -
Fácil para
têmpera Produtos de caldeiraria
soldar-se

Não Barras larninadas e perfi-


Maleável
Doce adquire ladas - Peças comuns de
Soldável
têmpera mecânica

Apresenta Difícil Peças especiais de máqui-


Meio-doce início para . nas e motores. Ferramen-
de. têmpera soldar-se tas para a agricultura

Muito
Adquire Peças de grande duréza -
difícil
Meioduro boa Ferramentas de corte -
para
têmpera 1 Molas - Trilhos
soldar-se

Duro Adquire Não Peças de grande dureza e


a têmpera se resistência - Molas - Ca-
ExtI;i-Duro fácil .solda bos - Cutelaria

QUESTIONARIO

1) Com mais carbono no aço, que acontece com a resiliência e a maleabilidade?


2) Quais as características do aço?
3) A partir de que porcentagem de carbono o aço se endurece na têmpera?
4) Para fins práticos, como se classificam os aços?
5) A dureza e a resistência à tra~ãoaumentam com mais carbono no aço?
6) Compare três características práticas do aço meiodoce, aço doce e aço duro?
7) Que são aços especiais? Cite elementos que tornam especial o aço.
E RETIFICADOR
AÇOS AO CARBONO E AÇOS ESPECIAIS
INFLUENCIAS DOS ELEMENTOS CONSTITUINTES
FoLHA DE
INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
1-34

Manganês Vanádio
Os aços com 1,5 a 5 O;1, de manganês Melhora, nos aços, a resistência à ira-
são frágeis. O manganês, entretanto, quando ção, sem perda de dutilidade, e eleva os limi-
adicionado em quantidade conveniente, au- tes de elasticidade e de fadiga.
Os aços-cromo-vanádio contêm, geral-
menta a resistência do aço ao desgaste e aos mente, de 0,5 a 1,5 yo de cromo, de 0,15 a
choques, mantendo-o dútil. 0,3 yo de vanádio e de 0,13 a 1,l Oj', de car-
O aço-manganês contém usualmente de 11 bono.
a 14 % de manganês e de 0,8 a 1,5 0/, de car-
bono. Silício
Aumenta a elasticidade e a resistência
Tungstênio dós aços.
Os aços-silício contêm de 1 ' a 2 O;1, de
É geralmente adicion;ido aos aços com
silício e de 0,l a 0,4 yo de carbono.
outros elementos. O tungsthio aumenta a O silício tem o efeito de isolar ou supri-
resistência ao calor, a dureza, a resistência à mir o magnetismo.
ruptura e o limite de elasticidade.
- 0 s aços com 3 a 18 yo de tungstênio e Cobalto
0,2 a 1,5 % de carbono apresentam grande Influi favoràvelmente nas propriedades
resistência mesmo em elevada temperatura. magnéticas dos aços. Além disso, o cobalto,
em associação com o tungstênio, aumenta a
Molibdênio resistência dos aços ao calor.
Sua ação nos aços é semelhante à do Alumínio
tungstênio. Emprega-se, em geral, adicionado
Desoxida o aço. No processo de trata-
com 0 cromo, produzindo os c r o m ~ m O - mento termo-químico chamado nitretaçáo,
libdênio, de grande resistência, principal- combina-se com o azoto, favorecendo a forma-
mente a esforços repetidos. ção de uma camada superficial duríssima.

1) Quais os elementos que compõem os aqos-ligas usuais?


2) Indique algumas das influêhciab de cada elemento sobre os aqos.
3) O que são os aqos-carbono? O que são os aços-ligas?
4) Quais as influências do carbono, manganês r silício nos aqos comuns?
5) Quais as influências do fósforo e do enxofre nos aços?
NOÇõES GERAIS DOS TRATAMENTOS
TÉRMICOS DO AÇO I FBLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOL6GICA I 12.1

É do conhecimento do homem, há se que, não sòmente as temperaturas, mas


muitos séculos, que o aquecimento e o res- também a velocidade' de variação das tempe-
friamento do aço modificam suas proprieda- raturas, influem para dar ao ago certas pro-
des. O estudo da estrutura interna do aço, priedades mecânicas.
por meio do microscópio, e as numerosas ex-
periências feitas para atender às exigências Todo processo no sentido de alterar a
industriais levaram à conclusão de que as estrutura do aço por meio de aquecimento e
mudanças íntimas na estrutura metálica obe- resfriamento é denominado tratamento tér-
decem a condições determinadas. Descobriu- mico.

FASES DO TRATAMENTO TÉRMICO

Todo tratamento térmico comporta 2) Manutenção numa temperatura determi-


três fases distintas: nada
1) Aquecimento 3) Resfriamento.

FZNALIDADES DO TRATAMENTO TiIRMICO DOS AGOS

Qualquer tratamento térmico do aço 2) seja para restabelecer no aço (cuja estru-
pode servir: trutura se alterou pelo trabalho de marte-
1) seja para dar-lhe propriedades particulares lagem ou de laminaçáo, por exemplo, ou '
(tais como dureza ou maleabilidade, por por outro tratamento térmico) as proprie-
exemplo) qlxe permitam seu emprêgo em dades que êle apresentava anteriormen-
condições mais favoráveis; te.

TIPOS DE TRATAMENTO TÉRMICO DOS aços


Há duas classes importantes de trata- 2.a) Os que modificam as características me-
mentos térmicos dos aços: cânicas e as propriedades do aço, por
1.a) Os que modificam as características me- processos termo-químicos, isto é, aqueci-
cânicas e as propriedades do aço, por mento e resfriamento, com reações quí-
simples aquecimento e resfriamento, es-
micas. Tais processos apenas modificam
tendendo-se a tôda a massa do mesmo.
a estrutura e as características mecânicas
São:
de uma camada superficial do aço. São:
a) Têmpera
b) Revenimento a) Cementação
c) Recozimento b) Nitretação

CARACTERIZAÇAO GERAL DE CADA UM DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS

Em poucas palavras, será explicado, a peratura, igual ou acima de um chamado


seguir, em que consiste cada tratamento tér- ponto de transformação do aço e, em seguida,
mico. resfriado bruscamente pela imersão na água,
no 6le0, ou por exposição a uma corrente de
ar, conforme o caso.
Efeitos principais da têmpera: endu-
É o tratamento térmico por meio do rece o aço, mas, ao mesmo tempo, o torna
qual um aço é aquecido até determinada tem- frágil.
-w
NOÇõES GERAIS DOS TRATAMENTOS FGLHA DE
RETIFICADOR INFORMAÇÃO 12.2
TÉRMICOS DO AÇO TECNOLÓGICA
-

É o tratamento térmico que consiste Efeitos principais do revenimento: dá


em reaquecer um aço já temperado, até uma ao aço dureza pouco inferior à da têmpera,
certa temperatura bem abaixo do ponto de mas reduz grandemente a fragilidade.
transformação, deixando-o depois resfriar-se
lenta ou bruscamente, conforme o caso.

RECQZIMENTO

É o tratamento térmico que se faz Efeitos principais de recozimento:


aquecendo um aço a uma temperatura igual abranda o Aço temperado (isto é, suprime a
ou 'maior que a de têmpera, deixando-o de- dureza da têmpera), recupera o Aço prejudi-
pois resfriar-se lentamente dentro de cinzas, cado ;belo superaquecimento, melhora a es-
ou areia, ou cal viva. trutura intima dos aços fundidos, laminados
Particularmente, um recozimento cha- ou forjados e anula tensões internas.
mado normalização se aplica aos aços depois
de fundidos, ou laminados, ou forjados.

Consiste em aquecer o aço, juntamente tando as peças e o material cementante den-


com um outro material sólido, líquido ou tro de caixas apropriadas. O resfriamento
gasoso, que seja rico e m Carbono, até tempe- deve ser lento. Depois da cementação, tem-
ratura acima do ponto de transformação. Esse pera-se o aço cementado.
I aquecimento se faz durante várias horas, es-

NITRETAÇÃO

É um processo semelhante à cemen- Efeitos principais da cementação e da


tação. O aquecimento do aço, porém, se faz nitretação: aumentam a porcentagem de car-
juntamente com um corpo gasoso denomi- bono em uma fina camada superficial do aço,
nado Azôto. Em geral, êste tratamento termo- sem modificar a estrutura do interior da peça,
químico é aplicado em aços especiais que que pode ser até aço doce. Desta forma, o aço
contêm certa porcentagem de Alumínio para que foi cementado, ao ser temperado, tem
diminuir ou limitar a penetração do azoto na endurecida apenas a sua camada superficial,
massa do aço. enquanto a nitretação endurece também, sem
necessitar de têmpera.

QUESTIONARIO
1) Em poucas palavras, diga o que é cada um dos tratamentos térmicos.
2) Quais as finalidades do tratamento dos aços?
3) Quais são os tratamentos térmicos que sòmente alteram a camada superficial do aço?
4) Quais são os tratamentos térmicos que atingem toda a massa do aço?

I 5) Que é um tratamento térmico? Quais são as suas fases?


I
FGLHA DE
FERRAMENTAS DE A ç o RAPiDo DA
AJUSTADOR (ÂNGULOS E PERFIS)
INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
1611

Tendo em vista a obtenção das melho- periências, de que resultou o estabelecimento


res condições técnicas. e econômicas, em cada de certos ângulos na ferramenta de corte,
tipo de trabalho ou em cada tipo de material /assim como de determinados perfis.
i a usinar, foram feitos numerosos ensaios e ex-

GARACTERIZAGÃO DOS ANGULQS QA FERRAMENTA DE CORTE


A fig. 1 apresenta as três vistas de uma
ferramenta de corte da plaina (Ferramenta de
desbastar à direita) nas quais estão indicados
os seguintes ângulos:

s = ângulo de saída ou de ataque posterior.


c = ângulo do gume ou ângulo de cunha.
f = ângulo de folga frontal ou de incidên-
cia.
sl = ângulo de saída lateral.
fl = ângulo de folga lateral.
af = ângulo da aresta de corte frontal.
al = ângulo da aresta de corte. lateral.
ap = ângulo de folga da ponta.
ab = ângulo do bico ou de resistência.

Soma c + f = ângulo de corte.


A concordância das arestas frontal e la-
teral se faz geralmente por um arco de peque-
na curvatura, sendo o raio r variável de 0,5
mm a 3 mm, conforme a natureza do trabalho
(fig. 2).
Os ângulos f e fl (folgas frontal e late-
ral) são sempre de,40 a 50 nas ferramentas de
plaina.
A tabela abaixo indica valores dos di-
versos ângulos, para diferentes materiais.
Fig. 2 1

VALORES USUAIS DOS ANGULOS DA FERRAMENTA DE CORTE


S A ~ D A ARESTA
MATERIAL A APLAINAR S A ~ D A CUNHA FOLGA LATERAL LATERAL
s C f e fl sl a1
Ferro fundido duro 0' 86'8 85' 4Oa 5' 5Oa 10o oo- I
co h
%
$0
Ferro fundido macio
Aço e x t r a duro
5
10
81a80
76a75
4 a
4 a
5
5
12a18
10a15 O
.ae 00
oao
rlm
Aqo duro 20 66a65 4 a 5 12a20 a
Aço doce 22a3064a55 4 a 5 15a25 oa
a+ 4-A A
Bronze e l a t ã o duros
Bronze e l a t ã o macios
O
10
86.85
76a75
4 a
4 a
5
5
Oa(-4')
O a 5
z,:!
tu o
MP( Q,
Cobre 16 70 a 69 4 a 5 20 a 30 u k
Aluniinioemetaiemaoioa 40 46 a 4 5 4 a 5 15a20 8 @ãUJ
a
Plásticos Oa(-5Oj86 a 90 4 a 5 20 a 35 'i A

I
MEC - 1965 - 15.000 8
FERRAMENTAS DE AÇO RAPIDO DA PLAINA F6LHA DE
AJUSTADOR (ÂNGULOS E PERFIS)
,NFo~~Ac. 1612
TECNOLÓGICA

Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5

As figs. 3 e 4 mostram as estrias ou ra- Para remover essa aspereza basta que,
nhuras da superfície aplainada que resultam na ferramenta de alisar (Fig. 5), se esmerilhe
respectivamente do uso de uma ferramenta de um pequeno achatamento medindo 1, 5 a 2
ponta aguda e de uma ferramenta de ponta vêzes o avanço por golpe.
arredondada.

O ÂNGULO DE OBLIQUIDADE DO CORTE

Na saída lateral da ferramenta de des- fórmula deduzida matemiticamente derermi-


bastar, devem ser distinguidos dois ângulos. na o valor de 170 aproximadamente para o
Realmente, além do ângulo sl de saída lateral ângulo de obliquidade do corte.
(que se mede num plano perpendicular ao eixo I

longitudinal da ferramenta), há o ângulo real


de saída lateral ou ângulo de obliquidade do
corte, que se mede num plano CC' (Fig. 6)
perpendicular à aresta lateral de corte. Êste
&n&lo influi no enrolamento do cavaco, ao
qual determina a direção de saída.
O ângulo de obliquidade do corte de-
pende de três ângulos (Fig. 6): s (saída pos-
terior), sl (saida lateral) e a1 (ângulo da aresta
lateral de corte).
No caso, por exemplo, da fig. 6, sendo
s = 100, sl = 15O e a1 = 40°, o cálculo de uma
Fig. 6 - Plano CC' perpendicular à aresta
lateral de corte.

EXEMPLQS DE ALGUNS PERFIS DAS FER&%MENTAS' DE CORTE DE PLAlNA

I
I
86
Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9 Fig. 10 Fig. 11 Fig. 12

MEC
I
I
- 1965 - 15.000
FERRAMENTAS DE CORTE DA PLAINA FBLHA DE
AJUSTADOR (CARACTERÍSTICAS E FORMAS GERAIS) INFORMAÇAO
TECNOLóGICA 21/ 1

O mecânico usa, na plaina limadora, duro, para usinar o ferro fundido, o aço e ou-
uma ferramenta de corte, de material muito tras ligas ou metais.

FORMAS GERAIS DA FERRAMENTA DE CORTE


C
São as indicadas nas figs. 1, 2 e 3. A
fig. 1 apresenta uma ferramenta reta, fixada,
e apertada por meio de calço, no porta-ferra-
menta. A fig. 2 apresenta uma ferramenta
curva, utilizada apenas nos casos em que o
balanço b deva ser muito grande.
A forma curva facilita uma certa flexão,
evitando que a ferramenta se rompa ou se
enterre no material, quando a pressão do corte
se torna muito grande.
Nas figs. 3 e 4 está a nomenclatura das
partes de uma ferramenta de corte. Apresen-
ta-se ela em perspectiva na fig. 3 e em três
vistas da extremidade cortante, na fig. 4. Fig. 1 Fig. 2

Arrrf

anti

Fig. 3 Fig. 4

Assim se procura facilitar o conheci- entendimento das posições dos diversos ângu-
mento da forma da parte ativa da ferramenta, los que influem na ação cortante.
para possibilitar, oportunamente, o melhor

CONDIÇ6ES A QUE DEVE SATISFAZER A FERRAMENTA DE CORTE

1) Ser de material muito duro e resistente ao riências e a prática indicam como os que
desgaste e ao calor. dão maior rendimento para a ação cortante.
2) Ser rígida e perfeitamente fixada no seu 4) Ter bom acabamento nas superfícies de
suporte. folga ou incidência (face frontal e flanco)
3) Ser bem preparada na parte cortante, de e na superfície de saída do cavaco ou de
modo a apresentar ângulos que as expe- ataque (face) (fig. 4).

MATERIAL DA FERRAMENTA DE CORTE

Para cortar bem e resistir, durante Rápido, ou de um Carbonêto Metálico extre-


muito tempo, ao calor resultante do atrito, a mamente duro.
parte útil da ferramenta deve ser ou de Aço
..-a .-,- ----e
FERRAMENTAS DE CORTE DA PLAINA FBLHA DE
AJUSTADOR (CARACTERÍSTICAS E FORMAS GERAIS) I~FORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
21/2

O aço rápido é muito empregado por- O carbonêto metálico se apresenta em


que, uma vez temperado, adquire grande du- pequenas pastilhas, duríssimas e de diferentes
reza que se mantém inalterada até a tempe- formas, que são soldadas na ponta da ferra-
ratura de 550 a 6000 C. menta da plaina. São mais duras que o aço
rápido.

CONSTITUIÇÃO DA FERRAMENTA DE CORTE

A ferramenta de corte pode ser: 1) tipo (fig. 7); 4) "bite", ou-seja, pequeno prisma de
monobloco, isto é, toda ela de aço rápido (fig. aço rápido (fig. 8), que se fixa conveniente-
5) forjada e esmerilhada pelo mecânico; 2) mente em suporte reto (fig. 9) ou inclinado
calçada com bico de aço rápido, por meio de (fig. 10), prendendo-se, por sua vez, o suporte
solda elétrica ou solda forte (fig. 6); 3) com no porta-ferramenta da plaina.
bico soldado de pastilha de carbonêto metálico

Fig. 5 Fig. 6
Suportes debites

Bite de oco ta@


Pastilha de corboneto

v Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9 Fig. 10

ÂNGULO DE SAfDA DO CAVACO,


TAMBÉM CHAMADO ÂNGULO DE ATAQUE

É o ângulo s, que faz com que o cavaco ou negativo (fig. 13), conforme as condições
deslize pela face, diminuindo o atrito. Pode de trabalho exigidas e a espécie do material a
ser um ângulo positivo (fig. 1l), nulo (fig. 12) usinar.

Fig. 11 Fig. 12 Fig. 13


FOLHA DE
TORNEIRO FERRAMENTA DE DESBASTAR INFORMACÁO 2.5
MECÃNICO TECNOL~GICA

A operação de desbastar consiste em tro: à medida desejada como definitiva. Atin-


remover, da peça em rotação no torno, o ca- ge-se aproximadamente à medida de£initiva
vaco mais .grosso possível (o cavaco de maior por meio de novos passes da ferramenta para
seção), tendo em conta a resistência da ferra- acabamento. Essa operação final, depois do
menta de corte e da máquina, bem como a desbaste, requer passes leves da ferramenta de
conservação do gume cortante da ferramenta. corte, que devem ser constantemente contro-
Visa o desbaste a obter, com o máximo lados por instrumentos de medida ou por
de rendimento, uma medida na peça que seja calibradores de medida.
ligeiramente superior, de cêrca de 1 milíme-

FERRAMENTA DE DESBASTAR

Particularmente, no caso do torno, é A ferramenta é de desbastar h direita


usual denominar-se Ferramenta de desbastar (figs. 1 e 3) quando, ao cortar, se desloca no
a que produz a operaqão de DESENGROSSAR sentido do CABEJOTE MÓVEL PARA O CABEJOTE
COM PASSES FORTES, nos casos de cilindrar, ou FIXO.É de desbastar à esquerda quando, ao
de tornear cônico, isto é, de operar o corte cortar, se desloca no sentido do C A B E ~ O T E
de modo tal que a ponta da ferramenta se FIXO PARA O CABEÇOTE MÓVEL (figs. 2 e 4).
desloque respectivamente paralela ou incli-
nada em relação ao eixo da peça.

Fig. I - Ferramenta reta de des- Fiç. 2 - Ferrame~zta reta de des-


bastar à direita. bastar a esquerda.

Fig. 3 - Ferramenta cur-ua de des- Fig. 4 - Ferramenta curva de des-


bastar a direita. b a s t a ~9 esquerda.

FORMA DA PARTE ÚTLL DA FERRAMENTA DE


DESBASTAR, FACES E ARESTAS
A parte útil ou cortante da ferramenta para melhor rendimento ao corte.
é esmerilhada de modo a formar duas arestas Os ângulos, suas denominações e valo-
de corte ou gumes e a preparar certas faces res práticos, serão estudados oportunamente.
que se dispõem. em ângulos determinados

I
MEC - 1965 - 15.000 5
1

I TORNEIRO FERRAMENTA DE DESBASTAR


F6LHA DE
INFORMACÃO
1
I MECÂNICO TECNOLóGtCA
2.6
1

Com o auxílio das figs. 5 e 6 serão


aqui caracterizadas apenas as superfícies oii
Faces e as arestas da parte cortante.

Face de saída o u ataque: A B C D A


Face frontal: A B B " A n A
Face ponta1 secundária: BCC"BnB
Aresta de corte, g u m e o u fio: A B
Aresta de corte secundária: BC
Aresta frontal o u de incidência: BB'

A inclinação da aresta de corte AB


tem grande influência sôbre a duração do fio
cortante, podendo produzir maior ou menor
pressão de corte, maior ou menor vibração,
. devido à su~erfíciedo cavaco a arrancar. O
I

ângulo r (figs. 7 e 8) chama-se ângulo de ren-


dimento. çiiicontato. Kesiilta aí maior pressão e a pos-
Para um mesmo avanço a e uma rnes- sibilidade de maior vibração. Sobretudo,
ma profundidade p de corte das duas ferra- quando no desbaste de peças de pequeno
mentas das figs. 7 e 8, vê-se que, no caso da diâmetro, convém, portanto, ferramenta com
fig. 8, há maior extensão da aresta de corte aresta de corte inais inclinada, como na fig. 7.

A seção transversal m n o p da haste da


ferramenta (fig. 9) deve ser tal que a barra
de aço possa resistir ao esforço de flexáo que
resulta da pressão de corte, ou seja, a pressão
que se produz sôbre a aresta cortante, quando
o cavaco é arrancado.
A seção da ferramenta deve ser esco-
lhida tendo em conta a seção do cavaco a
arrancar, isto é, a área resultante do produto Fig. - 9
a X p (avanço vêzes a profundidade do corte,
figs. 7, 8 e 9). A regra usual é adotar-se uma
área da seção da ferramenta 80 a 100 vêzes
a área da seção do cavaco. Por exemplo, para se adotar a seção de 16 mm X 25 mrn = 400
um cavaco a cortar de 5 mm2 de seção, pode- min2. Realmente, 80 X 5 mm2 = 400 niin2.

QUESTIONÁRIO

1) De um modo geral, em que consiste a operação de desbastar?


2) Para que serve a ferramenta de desbastar? Quais os seus deslocamentos?
3) Quais são os nomes das faces e arestas da parte útil da ferramenta?
4) Explique a influência da inclinação da aresta de corte da ferramenta.
5) Como deve ser escolhida a seçáo da ferramenta de desbastar?

.h

MEC - 1965 - 15.000


. . .
FÔLHA DE
TORNEIRO FERRAMENTA DE 1:ACEAR INFORMACAO 2.7
MECÂNICO TECNOL~GICA

A operação de facear serve para remo- RAÇÃO QUE PERMrrE, NO TORNO,


A OBTEN~ÁO
ver material da peça eni rotação no torno, DE SUPERFÍCIES PLASAS.
fazendo o bico da ferramenta avançar em .4 operação de facear pode ser, não sò-
direção perpendicular ao eixo da peça. Por mente por desl~nste(passes profundos), mas
ineio do faceamento são feitos, no torno, os também em semi-acnl~omentoou eni acaba-
planos dos topos das peça, os planos transver- mento (sucessivos passes leves, com controle
sais dos rebaixos ou os cantos vivos clos re freqiiente das >medidas).
baixos. Em suma, o faceamento é uma OPE-

Fig. 1
f i c ~trlilrnta
?
fric,r!ci 1. ti
reta d e
direita.
/ 1 Fig. 2
lu?-iuiiiriita reta d e

Fig. 3 Fig. 4
-tirnentcr reta d e Ferrarrirtr t c ~reta de
-ror ir dirr,ita. facear 2 esquerda.

5
F P Iramenta curva d e
direita.

FERRAMENTA DE FACEAK

Apresenta as formas das figuras 1, 2, lado do cabeçote iiióvel. Nas figs. 2, 4 e 6 a


3 e 4 (ferramenta reta de facear) ou as das ferramenta é de facear à esquerda, ou seja,
figuras 5 e 6 (ferramenta curva de facear). produz planos do lado do cabeçote fixo.
Nas figs. 1, 3 e 5 a ferramenta é de Existe também outro tipo de ferra-
~ , é, ela produz planos do
fncenl- N d l l ~ i t ( isto menta de facear, que trabalha ciliildrando
FBLHA D5
TORNEIRO FERRAMENTA DE FACEAR INFORMAÇAO 2.8
MECÂNICO TECNOL~GICA

fl I= f 1 Ferramenta faca

Fig. 7 Fig. 8

em passes profundos, com pequeno avanço e para os lados, isto é, se o gume é lateral, o
produzindo faceamento no rebaixo que deixa corte se dá do centro para o exterior; se a
na peça. As figs. 7 e 8 mostram as duas fer- face é inclinada para trás, isto é, se o gume
ramentas: faca direita e faca esquerda. é frontal, o corte se dá do exterior para o
O faceamento com as ferramentas in- centro, qualquer que seja a forma da ferra-
dicadas nas figs. de 1 a 4 é feito do centro menta: reta ou curva.
para o exterior da peça. Quando a ferramenta
tem a face de saída ou de ataque, conforme As ferramentas das figs. 1, 2, 3 e 4 são
indicado nas figs. 5 e 6, o corte é feito do montadas com pequena inclinação em relação
exterior para o centro. O que influi, então, ao eixo longitudinal da peça. As das figs. 5,
no sentido de deslocamento da ferramenta, é 6, 7 e 8 são fixadas com o eixo longitudinal
a forma da face de ataque: se ela é inclinada perpendicular ao eixo longitudinal da peça.

FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA


FERRAMENTA DE FACEAR

Por meio da fig. 9, podem ser caracte-


rizadas estas faces e arestas:
Face de saída ou ataque: ABCDA
Face lateral: ABB'A'A
Face frontal: BCC'B'B
Aresta de corte, gume, fio: BA
Aresta de corte secundária: BC
Aresta frontal ou de incidência: BB'
Os ângulos, que influem no corte, se-
rão examinados,oportunamente. Fig. 9

1) Em que consiste a operação de facear? O faceamento permite desbaste e acabamento?


2) Quais os tipos mais comuns de ferramenta de facear?
3) De que depende o sentido de deslocamento da ferramenta ao se fazer o faceamento?
4) Por que não se deve forçar a ferramenta de facear num desbaste pesado?

l J
1 !6 MEC - 1965 - 15.000
FOLHA DE
TORNEIRO
MECÂNICO
FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
3.5

Sangrar é a operação em que a ferra- 'dire~ãotransversal do seu eixo geométrico.


menta de corte se desloca perpendicularmen- A operação de sangrar é, também, frequente-
te ao eixo longitudinal da peça, produzindo mente, destinada a cortar a peça transversal-
desbaste a partir do exterior da peça para o mente, para o que, em passes sucessivos, se
seu centro. Por meio desta operação se exe- vai aprofundando o bico da ferramenta até
cutam canais ou ranhuras na peça, segundo a que êle atinja pràticamente o centro.

FERRAMENTA DE SANGRAR

A ferramenta de sangrar, também de- te, afia-se a aresta de corte ou gume com LI-
nominada Bedame, apresenta usualmente uma GEIRA INCLINA~ÃO,a fim de conseguir a com-
das formas indicadas nas figs. 1 e 2 pleta remoção de rebarbas na parte a ser des-
Quando se prepara o bedame para cor- tacada da peGa (fig. 2).

Fig. 1 - Ferramenta de sangra? Fig. 3 - F e ~ r a m e n t ade salngrar


(para canais). (para corte).

Sob a forma de bite, para montagem


num porta-ferramenta (fig. 3), o bedame é
uma simples lâmina de aço, cujo aspecto está
mostrado nas três vistas da fig. 4. Já é encon-
trado no comércio com as inclinações laterais
fi
-LLL-GL=~-~---

que se vêem na terceira vista da fig. 4 e que


servem para dar as folgas necessárias num e
noutro plano do canal aberto na peça. Essa
ferramenta é geralmente conhecida sob os no-
mes de bite-bedame ou bedame de lâmina.
Fig. 3

- Fig. 4

VIBRAÇÃO 1 FERRAMENTA DE SANGRAR

A ferramenta de sangrar é a mais frá- de vibracão, porque o bico tende a penetrar


gil de todas as ferramentas do torno. Sua se- e a levantar a peça, quando existe qualquer
ção é muito delgada, em virtude das inclina- folga nos mancais da árvore.
ções laterais que determinam as folgas. Para evitar êsse inconveniente, usa-se
Quando se fixa a ferramenta normal- montar a ferramenta ao contrário, inverten-
mente (com bico para cima), produz-se gran- do-se também o movimento de rotação da ár-
-
- 1965 - 15.000
m
MEC 71
I 1 VRI\LIRV
FERRAMENTA DE SANGRAR (BEDAME) INFORMAÇÃO 3.6
,
1
MECÃNICO TECNOL6GICA
I I

vore do torno, como mostra a fig. 5. Empre- casos, a inversão da ferramenta e da rotação
ga-se também o bedame "pescoço de cisne" forçam a árvore do torno contra os seus man-
ou bedame de "gancho" (fig. 6), fixado ao con- cais inferiores, eliminando pràticamente a vi-
trário e ainda com inversão da rotação da ár- bração. A desvantagem é que, conforme a
i vore. Esta £erramenta turva oferece maior fle- pressão do corte, a placa montada no extremo
1
xibilidade que a ferramenta r'eta. Nos dois da árvore tende a deslocar-se.

FACES E ARESTAS DA PARTE CORTANTE DA


FERRAMENTA QE SANGRAR

As figs. 7 e 8 facilitam a caracterização


das faces e arestas da parte útil:
Face de saída o u ataque: ABCDA
Face frontal: ABB'A'A
Faces laterais: AA'DA e BB'CB
Aresta de corte (Única): AB.
Ao afiar a aresta de corte, é convenien-
I
I te dar-lhe um ligeiro arredondamento, como
mostra, com exagêro, a fig. 8. Com isso se cur-
va e se desprende obliquamente o cavaco. Se
não fôr tomada esta precaução, há possibili-
dade de acumulação forçada de cavacos no
bico da ferramenta. Esta se agarra dentro da
ranhura e por ser frágil, pode-se romper de-
vido à pressão.
No caso do bedame de corte, convém Fig. i' Fig. 8
repetir a observação da primeira página: a
aresta cortante ou fio deve ter ligeira inclina-
ção, para facilitar a remoção das rebarbas na
parte a ser destacada da peça (fig. 2).

1) Em que consiste a operação de sangrar? Qual a direção da ferramenta?


2) Quais as formas da ferramenta de sangrar? Que é bedame?
3) Que é bite-bedame? Como se monta êste bite para o corte?
4) Como se evita a vibração da ferramenta de sangrar?
5) Indique as faces e arestas do bedame. Explique as particularidades do fio ou gume.
I
MEC - 1965 - 15.000
AJUSTADOR FLUIDOS DE CORTE
FõLHA DE
iNFoamAsiio
TECNOLóGICA
3111 1
!
I
I

A usinagem de qualquer metal produz Para evitar êstes inconvenientes, utili-


sempre calor, o qual resulta da ruptura do zam-se, nas oficinas mecânicas, os Fluidos de
material pela ação da ferramenta e do atrito Corte.
constante-entre os cavacos arrancados e a su-
perfície da mesma (fig. l).
O calor assim produzido apresenta dois
inconvenientes :
1.0) aumenta a temperatura da parte tempe-
rada da ferramenta, o que pode alterar
suas propriedades;
2.0) aumenta a temperatura da peça, provo-
cando dilatação, erros de medidas, defor- Fig. 1 (ampliada).
mações, etc.

FLUIDOS DE CORTE

Os fluidos de corte geralmente empre- Função refrigerante


gados são: 1) Fluidos Refrigerantes;.2) Fluidos
Como o calor passa de uma substância
Lubrificantes; 3) Fluidos Refrigerantes-Lubri-
mais quente para outra mais Iria, êle é absor-
f icantes.
vido pelo fluido (fig. 3). Por esta razão, o óleo
1) Fluidos refrigerantes - Usam-se, de pre- deve fluir constantemente sobre o corte. Se fôr
ferência, como fluidos refrigerantes: usado em quantidade e velocidade adequadas,
a) ar insuflado ou ar comprimido, mais o calor será eliminado quase imediatamente
usado nos trabalhos de rebolos; e as temperaturas da ferramenta e da peça se-
b) água pura ou misturada com sabão co- rão mantidas em níveis razoáveis.
mum, mais usadas na afiação de ferra-
mentas, nas esmerilhadoras.
Não é recomendável o uso de água,
como refrigerante, nas máquinas-ferramentas,
por causa da oxidação das peças. .
2) Fluidos lubrificantes - Os mais emprega-
dos são os óleos. São aplicados, geralmente,
quando se deseja dar passes pesados e pro-
fundos, nos quais a ação da ferramenta con-
tra a peça produz calor, por motivo da de- Fig.. 2 (ampliada).
formação e do atrito da apara (cavaco) sô-
bre a ferramenta.

Função lubrificante
Durante o corte, o óleo forma uma pe-
lícula entre a ferramenta e o material, impe-
dindo quase totalmente o contacto direto
entre os mesmos (fig. 2).

Função anti-soldante
Algum contacto, de metal com metal,
sempre existe em áreas reduzidas. Em vista
da alta temperatura nestas áreas, as partículas
de metal podem soldar-se à peça ou à ferra- Fig. 3 (ampliada).
menta, prejudicando o seu corte. Para avitar
isto, adicionam-se, ao fluido, enxofre, cloro
ou outros produtos químicos.
TIPO DE TRABALHO
MATEI1IAL A TRABALHAR Reti- ROSCAR
Tornear F u r a r Fresar .o ponta c, machos
nar ficar dé i e r r . on'tarraxa
Aço a o carbono 1 2
0,18 a 0,30%C 2 2 2 1O 8
R t = 50 kg/mm2 2 8
Aço ao carbono 0,30 3
-
a 0,60%C A o s - l i g a
P 3 3 3 3 10 8
Rt= 90 k g / p 9
Aço ao carbono acima 3
de 0,60$C -A o s - l i g a 3 3 3 3 1O 8
Rt- 90 kg/mm 8 4
3
Aços i n o x i d á v e i s 3 13 3 3 12 6 7
F e r r o fundido 1 1 1 1 10 9 8
5
Aluminio e s u a s l i g a s 7 7 7 11 7 7
7
1 1
Bronze e l a t ã o 2 2 1 11 8
2 8
Cobre ;L 7 2 2 11 4 7

Oleq minera1,com 1%de


1 Aseco enxofre em po
2 k u a com 5% de Óleo s o l ú v e l bieo mineral com 5% de
enxofre em pó
3 agua com 8% de Óleo s o l ú v e l 10 Agua,c/lS/a de carbonato de s ó d i o , 1%
de borax e 0.5% de o l e o mineral
4 6 l e o mineral com 1 2 % de gordura l1 h a com 1%de carbonato de s ó d i o e
animal l a d e borar
5 Querosene 12 Água com 1%de carbonato de s ó d i o e
0 , 5 % de Óleo mineral
6 Gordura animal com 30% de a l v a i a d e 1 3 taiade, - -
g u a r r a z , 40% ~ n x Ô f r e , 30% Ai-
30%

7 Querosene com 30% de Óleo mineral

QUESTIONARIO

1) Quais são as duas propriedades características do óleo de corte?


2) Cite as três classes de fluido de corte.
3) Para que servem os fluidos de corte?
4) Qual o fluido de corte recomendado pela tabela para tornear alumínio?

MEC
I
- 1965 - 15.000
ABRASIVOS EM P ó E .EM PEDRAS FBLHA DE.
AJUSTADOR - AS PEDRAS DE AFIAR -
INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA
2411

Tem grande importância o afiamento A granulaçáo do abrasivo determina o


da ferramenta de corte, isto é, o preparo con- grau de acabamento do trabalho. Comercial-
veniente da aresta de corte formada pela in- mente, a granulação é especificada por núme-
terseção da face de folga ou incidência com a ros, seguindo os seguintes grupos:
face de saída do cavaco ou de ataque.
1) Abrasivos muito grossos - n."" e 10;
Com o afiamento, obtém-se uma aresta
2) grossos - n.""2, 14, 16, 20 e 24;
de corte igual e resistente. A prática indica
que as arestas de corte perfeitamente prepa- 3) médios - n.""O, 36, 46 e 60;
radas, ou seja, bem afiadas, concorrem decisi- 4) finos - n."" 70, 80, 90, 100, 120;
vamente para um EXTRAORDINÁRIO AUMENTO 5) extra-finos - n.""50, 180, 220 e 240;
DE DURAÇÃO DA FERRAMENTA e para a obten-
6) em pó - n."" 280, 320, 400, 500, 600.
ção, na peça, de superfícies de fino acaba-
mento. A classificação dos abrasivos se faz por
Para Preparo das arestas de cor- meio de peneiras, à exceção dos mais finos, em
te, depois de desbastadas as faces da ferramen- que exigem um processo hidráulico de se-
ta na esmerilhadora, são frequentemente uti- paração.
lizadas, na oficina, as Pedras de Afiar, consti-
Esses abrasivos pulverizados, por causa
tuídas, em geral, de ligas artificiais de Abra-
mesmo de sua extrema finura, são os que se
sivos muito finos.
usam especialmente para operações de acaba-
Abrasivos finos - denominados mento, capazes de determinar boa qualidade
abrariuos 0s grãos de arestas vivas, extrema- do estado de superfície das peças, precisão de
mente duros, destinados a produzir o desgaste formas e arestas bem iguais e definidas. Usam-
das peças em trabalho, por meio do atrito. se assim os abrasivos em pó:
Empregam-se, com frequência, para
usos industriais os Abrasivos artificiais: 1) diretamente, em seu estado normal, mis-
turado com óleo, para o acabamento das
1) Abrasivos Siliciosos, constituídos de carbo- superfícies das peqas, pela operação que,
nêto de silício de dureza Mohs 9,6; geralmente, é denominada rodagem;
2) Abrasivos Aluminosos, obtidos pela fusão 2) aglomerado, por meio de ligantes especiais,
da bauxita (minério de óxidos de alumí- para constituir as pedras abrasivas, também
nio, silício e ferro; dureza 9,4. para rodagem ou para afiação.

PEDRAS DE AFIAR

São peças de abrasivo artificial muito mente variados, contra a superfície da peça
fino que, uma vez aglomerado, recebe pren- em acabamento. O desgaste se faz progressiva-
sagem capaz de lhe dar formas variadas (fig. mente, removendo lentamente todas as rugo-
sidades e defeitos superficiais até se obter uma
l), tais como prismas, cilindros, meias-canas, superfície polida ou "espelhada",
etc.
Para o uso, seja na rodagem, seja na
afiação de ferramentas, passa-se óleo na su-
perfície da pedra, a fim de evitar que os poros
desta sejam obstruídos e para permitir a re-
moção das partículas de metal que são arran-
cadas pela ação do abrasivo.
Consiste a rodagem em atritar a pedra
oleada, por meio de movimentos constante- Fig. 1

MEC - 1965 - 15.000 113


nuluxo1 V vi> &1v1 su lj ULVI I lju~u-~u
AJUSTADOR
I - AS PEDRAS DE AFIAR -

AFIAÇÃO NA PEDRA OLEADA

É uma operação de grande importân-


cia para o mecânico e que dêle exige muita
habilidade e prática, até que consiga obter a
melhor aresta de corte possível.
Pode-se dizer que, em cada caso, o me-
cânico adota uma técnica manual especial,
resultante da sua experiência e de sua habili-
dade. Não obstante, apresenta-se na figura 2,
um exemplo do uso da pedra de afiar na afia-
ção da aresta cortante de um raspador.
Depois de pingadas algumas gotas de
óleo na superfície da pedra, o operador segura
a ferramenta na posição indicada na figura,
com certa inclinação, pressiona-a contra a pe-
dra e dá-lhe movimentos de cêrca de 80 milí-
metros, para a frente e para trás. A pressão
deve ser dada ao empurrar a ferramenta, ali- Fig. 2
viando-a no golpe de volta. O gume não deve
ficar perpendicular à direção do movimento,
mas sim inclinado a cêrca de 450.

QUESTIONARIO

1) Que se obtém com o afiamento da aresta de corte? Quais as vantagens?


2) Que são abrasivos? Para que servem os abrasivos pulverizados?
3) Para que servem as pedras abrasivas? Por que se usa óleo na afiação?

I
' I
L
114 MEC - 1965 - 15.000
I
FaLHA DE
AJUSTADOR REBOLO INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
221 1

O rebolo é a ferramenta cortante que dro de pequena espessura ou um disco (figs.


trabalha, girando a grande velocidade, nas 1 e 2), com um furo central, por meio do
esmerilhadoras e nas retificadoras. Na sua qual se adapta no eixo da máquina esmeri-
forma mais comum, o rebolo é um cilin- lhadora.

MONTAGEM DO REBOLO

A fig. 3 apresenta o caso do rebolo pla- Furo ' Furo

no e a fig. 4 o da montagem do rebolo cilíndri-


co. O primeiro trabalha esmerilhando com sua
periferia, enquanto o segundo trabalha es-
merilhando na face.
NOTA: AS guarnições, de papel grosso espe-
cial, são indispensáveis na montagem do re- owhsao
bolo. Fig. 1 Fig. 2

CONSTITUIJÃO DO REBOLO

Os rebolos usados modernamente se


compõem de uma substância mista formada
de dois elementos:
1.O Os A brasivos, que são inúmeros GRÃOS DE
ARESTAS VIVAS, extremamente duros, destina-
dos a produzir o desgaste das peças em tra-
balho, por meio do atrito (fig. 5).
2.O O Aglomerante ou Aglutinante é o ma-
terial que assegura a adesão das partículas
abrasivas (fig. 5).
Na massa do rebolo há ainda espaça-
mentos ou poros, que são vazios ou cavidades
Fig. 4
com função muito importante na ação de es-
merilhar o metal (fig. 5).

Fig. 5

ABRASIVOS ARTIFICIAIS

Até fins do século passado, sòmente se ta, que se aplica ainda hoje aos rebolos, de
conheciam os abrasivos naturais. Dêstes, um maneira geral: Rebolos de Esmeril. O esmeril
dos mais empregados era o Esmeril, mineral tem dureza inferior a 9 na Escala de Mohs,
de cor preta, com cêrca de 40 % de óxido de que é uma escala padrão de dureza na qual o
ferro e 60 % de óxido de alumínio. Dêle vem Diamante ocupa o número 10: o mais duro.
a denominaqão comum, mas raramente exa-
F6LHA DE
AJUSTADOR REBOLO INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
2212

Nò ano de 1891, pesquisas técnicas le- 2.0) Abrasivos Aluminosos, obtidos no forno
varam à descoberta de abrasivos artificiais de elétrico, pela fusão da Bauxita (minério
dureza muito próxima de 10, mais vantajo- de Óxidos de Alz~minio,Silício e Ferro).
sos do que o esmeril para os usos industriais.
Dureza Mol-is: 9,4. Nomes comerciais mais
São êles:
comuns: Aloxite (da The Carborundum
1.O A brasivos Siliciosos, constituídos de Car- Company) e Alundum (da The Norton
bonêto de Silicio, fabricados em fornos
elétricos e com dureza 9,6 (Mohs). No- Compan y). Recomendam-se para metais
mes comerciais mais comuns: Carborun- mais resistentes à tração, como o A ~ O
eO
dum (da The Carborundum Company) BRONZE FOSFOROSO.
e Crystolon (da The Norton Company).
Recomendam-se para metais de fraca re- A granulação dos abrasivos é classifi-
sistência à tração (FERRO FUNDIDO, LA-~-Ão, cada por números, correspondentes às quan-
COBRE, ALUMÍNIO) e para MATERIAIS NÃO tidades de malhas por polegada das ~eneiras
METÁLICOS. nas quais se faz a separação dos grãos.

ACLOMERANTES

Sendo os aglomerantes os retentores ou do dos grãos abrasivos e, portanto, cons-


suportes dos grãos abrasivos, a sua resistência tante renovação da eficiência do corte.
assume grande importância. Esta se chama Usado, por isso, nos rebolos de afiação
grau do rebolo. Os tipos de aglomerantes são: de ferramentas.
1.') Aglomerante vitrificado, de argila (cau- 3.0) Aglomerantes Elásticos, que podem ser
lim) fundida. Muito resistente e empre- de RESINA, BORRACHA OU GOMA-LACA. SU-
gado na maioria dos rebolos. portam elevado calor na esmerilhação, sen-
2.O) Aglomerante Silicioso, de SILICATO DE SÓ- do, pois, usados para os rebolos de alta
DIO.Permite desprendimento mais rápi- velocidade, os de corte e os de acabamento.

ESPAÇAMENTO ENTRE OS GRÃOS ABRASIVOS

este espaçamento, chamado estrutura De dois rebolos de igual numero (gra-


na especificação comercial dos rebolos influi nulação) e igual grau (resistência do aglome-
grandemente na ação esmerilhadora. São os rante), mas de diferentes estruturas (espaça-
vazios (entre os grãos) que retêm as partículas mentos), um cortará mais ràpidamente que
arrancadas do metal, até que sejam expelidas o outro. A estrutura do rebôlo pode ser: den-
pela força resultante do movimento giratório sa, média ou aberta.
do rebolo.

. QUESTIONARIO

1) Quais são os aglomerantes usuais dos rebolos?


2) Que é o rebôlo? Como se monta no eixo?
3) Que influência tem o espaçamento na granulação do rebôlo?
4) Quais são os abrasivos artificiais empregados nos rebolos?
5) Como é constituído o rebôlo? Dê ,explicação completa.

1 J
110 MEC - 1965 - 15.000
F6LHA DE
AJ USTADOR ESPECIFICAÇ~ESCOMERCIAIS DOS REBOLOS INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
2311

Os rebolos são especificados comercialmente pelas formas, medidas e constituição da massa.

ESPECIFICAÇõES DE FORMAS E MEDIDAS

A figura 1 apresenta o esquema do rebôlo guns de formas especiais, usados em geral para
de forma usual. As figuras 2 a 6 mostram al- trabalhos de retificação e afiação.

1 Ataque
Fig. I Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

Fig. 1 - Rêbolo plano o u de disco - Dimen- inenor X Altura X Diâmetro do


sões: Diâmetro X Espessura X Diâ- furo X Espessuras de paredes.
metro do furo. Fig. 5. - Rebolo de prato - Dimensões: Diâ-
Fig. 2 - Rebôlo plano rebaixado - Dimen- metro maior; X Diâmetro menor X
sões: Diâmetro X Altura X Diâ- X Altura X Diâmetro do furo X Es-
metro do furo X Diâmetro do re- pessuras de paredes.
baixo X Espessuras de paredes. Fig. 6 - Rebôlo cilindrico - (Em fornia de
Fig. 3 - Rebôlo de copo, cilindrico - Di- anel) - Dimensões: Diâmetro ex-
mensões: Diâmetro X Altura X terno X Diâmetro interno X Al-
X Diâmetro do furo X Espessuras tura.
de paredes. As setas mais fortes mostram, nas diver-
Fig. 4 - Rebôlo de copo, cônico - Dimen- sas figuras, as faces esmerilhadoras de cada
sões: Diâmetro maior X Diâmetro tipo de rebôlo apresentado.

ESPECIFICAÇOES DA CONSTITUIÇAO DO REB6LO

Os fabricantes de rebolos adotam um Se for encontrada, por exemplo, a mar-


código universal, constituído por letras e nú- cação 38A80-K5VBE, típica da "The Norton
meros, para indicar a constituição da massa. Co.", isso indica o mesmo rebolo anterior-
Os elementos dessa codificação definem: tipo mente especificado, com as seguintes particu-
de abrasivo (por uma letra); granulação (por laridades: o abrasivo A (aluminoso) tem um
um número); grau (por uma letra); estrutzira número 38 e o aglomerante V (vitrificado) é
(por um número); aglomerante (por uma le- de símbolo BE, representando ambos (n.0 38
tra). e símbolo BE) tipos especiais fabricados pela
Por exemplo, o rebolo que, no disco de "The Norton Co.".
papel, traz a marcação A80-K5V tem abrasi- Outro exemplo: Rebolo GA46-H6V10
vo aluminoso (A) de granulação 80, resistência da "Lhe Carborundum Co.". A letra G é um
do aglomerante de grau K, estrutura ou espa- prefixo particular do fabricante, assim como
çamento 5, sendo o seu aglomerante vitrifica- o número 10 final.
do (V).

DESIGNAGÃO DOS ABRASIVOS

Letra A para os absasivos aluminosos. D para os abrasivos de diamante, usados em


Letra C para os carbonetos de silício. Letra casos especiais.

I
MEC - 1965 - 15.000 11
MUITO GROSSA GROSSA MÉDIA FINA EXTRA-FINA Pb

8 12 30 70 150 280
1O 14 36 8O 180 320
16 46 90 220 400
2O 6O 1 O0 240 500
24 120 600

DESICNAÇÃO DO GRAU
As letras indicativas da resistência ou dureza do aglomerante seguem a ordem alfa-
bética, à medida do aumento da dureza:

EXTRA-MACIO MACIO MÉDIO DURO EXTRA-DURO

A-B-C-D-E-E-G H-I-J-K L-M-N-O P-Q-R-S T-U-W-Z

r
ESPAÇAMENTO CERRADO ESPAÇAMENTO MÉDIO ESPAÇAMENTO ABERTO

0-1-2-3 4-5-6 7-8-9-10-11-12

VITRIFICADO SILICIOSO RESINbIDE BORRACHA GOMA-LACA

Letra V Letra S Letra B Letra R Letra E


-

1 ) Como são especificados os rebolos de um modo geral, no comércio?


2) Dê os nomes de seis tipos de rebolos.
3) Como se especi£ica a constituição de um rebolo?
4) Interprete as especificações: 1.O) C36-04B 2.O) A46-L4S 3.O) C90-L8V.
FOLHA DE
T~RNEIRO ESMERILHADORAS DE COLUNA INFORMACÃO
MECÂNICO E D E BANCADA TECNOLOGICA 7.1
L

A Esmerilhadora é a máquina na qual da Máquina de Esmerilhar ou simplesmente


o mecânico faz o desbaste e a afiação das ares- Esmeril. Êste último nome não é conveniente,
tas cortantes de variados tipos de ferramentas, pois o Esmeril, pròpriamente dito, é um mi-
com o fim de dar-lhes certos ângulos de corte, neral granulado que, devido à sua dureza, se
que sejam favoráveis ao bom rendimento do usa, por vêzes, nos trabalhos de desgaste por
trabalho. atrito.
A esmerilhadora é também denomina-

OXGiWS J2.A MAQUINA


R'otetw contra taguacr
A esmerilhadora é máquina
extremamente simples, conforme se
vê nas figuras 1 e 2: um motor elé-
trico a cujo eixo se prendem, por
meios adequados, dois discos de
material cortante ( Abrasivo). O
abrasivo é um material granulado
e duro, em pequenas partículas,
que, em contato, a grande velaci-
dade, com a superfície da ferra-
menta, produz um corte ou des-
gaste por atrito, particularmente
denominado a brasão.
Todos os demais órgãos da
esmerilhadora são acessórios des-
tinados a proteger os discos (ou
Rebolos), proteger o operador con-
---- _
-___ tra fagulhas resultantes da abrasão
e para colocar a ferramenta em po-
sição própria (figs. 1 e 2).

Fig. 1 - Esmerilhadora d e coluna o u pedestal. Fig. 2 - Esmerilhadora de bancada.

TIPOS USUAIS DE ESMERILHADORAS

O da fig. 1 é a Esmerilhadora de Colu- A potência do motor elétrico mais usual


na ou Esmerilhadora de Pedestal, utilizada nos é de 1 HP. O motor gira a altas velocidades:
trabalhos comuns de preparo das arestas cor- os números mais usuais são de 1.450 e 1.750
tantes das ferramentas de corte manuais, de rpm.
torno, de plaina, brocas, etc.

MEC - 1965 - 15.000 121


TORNEIR0 ESMERILHADORAS DE COLUNA F ~ L H ADE
MECÂNICO E DE BANCADA INFORMACAO
TECNOLÓGICA
7.2
C I

O tipo da figura 2 é a Esmerilhadora 1/ 4 HP, ou 1/ 3 H P ou, no máximo, 1/2 HP.


de Bancada, para trabalhos mais leves. Nesta, Os limites de velocidade são também de 1.450
os motores se apresentam com potências de e 1.750 r.p.m.

APOIOS DA FERRAMENTA

Os apoios da ferramenta são articula- ranzentas) nas quais o apoio tem articulações
dos para permitir a colocação da aresta de diversas, peças de fixação da ferramenta e gra-
corte em contacto com a superfície do rebôlo, duações de precisão, para se obterem ângulos
na posição apropriada (exemplos nas figuras rigorosos. Nessas máquinas a afiação se faz la-
3, 4 e 5, no caso de ferramentas de torno). teralmente, na face de um rebôlo especial (Re-
Há esmerilhadoras (Afiadoras de Fer- bÔ1o Cilindrico).

Fig. 3 Fig. 4

RECIPIENTE PARA AGUA

Com o atrito, a ferramenta se aquece. é ela refrigerada, evitando-se que se alterem


É necessário, de vez em vez, mergulhá-la na as propriedades de corte do aço.
água contida no recipiente próprio. Com isso,

QUESTIONARIO

1) Para que serve a esmerilhadora?


2) Explique as funções do apoio da ferramenta e do recipiente de água.
3) Que é abrasáo? Que é abrasivo?
4) Quais são os dois tipos de esmerilhadoras mais usados nas oficinas?
5) Indique as potências dos motores (HP) e as rotacões usuais (r.p.m.) dos dois.
6) Quais são os órgãos principais da esmerilhadora? E os acessórios?

122 MEC - 1965 - 15.000


-

FURADEIRA FBLHA DE
INFORMAÇAO 8/ 1
(~LAsSIFICA@O- TIPOS PORTATIL I$ SENSITIVA) TECNOL~GICA
.
A furadeira é a máquina com a qual se material da peça, mediante pressão longitu-
produzem furos circulares nas peças, por meio dinal.
do giro de uma ferramenta de corte, com certa A ferramenta de corte usada na fura-
velocidade. Tem a sua penetração forçado no deira em gera', uma Broca Ou um
reador.

FURADEIRA E1,ÉTRICA PORTÁTIL

Motor Engrenagens
A fig. 1 mostra um tipo usual. A trans-
missão da rotação do motor ao eixo porta-bro- Presa0

ca ou árvore se faz através de um jogo de en-


grenagens.
A pressão axial, para a penetração da
broca, é dada pelo esforço manual do ope-
rador.
O mandril porta-broca é um acessório
com garras de aço que serve para fixar a bro- Fig. 1
ca. O mais comum é do tipo "Jacobs".

FURADEIRA SENSITIVA DE BANCADA

Furadeira sensitiva é toda aquela em


que o avanço (penetração da broca) é feito
manualmente. Na fig. 2 está um modêlo co-
mum. O funcionamento é claro, à simples
vista da figura.
A transmissão da rotação se faz por
correia adaptada aos gornes de duas polias em
degraus, o que permite a mudança da rotação. Fig. 2
No caso da fig. 2, a broca pode girar
com três velocidades, conforme a correia es-
teja no 1.0, 2.O ou 3.0 degraus.
O mecanismo de penetração (Avanço
da Broca) é idêntico ao da fig. 4, referente a
furadeira sensitiva de coluna.

FURADEIRA SENSITIVA DE COLUNA

Na fig. 3 se vê uma furadeira sensitiva


de coluna.
A transmissão da rotação se faz:
1) por polias em degraus e correia, do motor
ao eixo intermediário superior;
2) por engrenagem cônica, do eixo interme-
diário superior ao eixo porta-broca ou ár-
vore.
Fig. 3
MEC - 1965 - 15.000 55
FURADEIRA FaLHA DE
AJUSTADOR IWFORMAÇÁO 812
:CLASSIFICAÇÃO - TIPOS PORTATIL E SENSITIVA] TECNOLÓGICA

Para o avanço, o mecanismo usado é,


geralmente, o que indica a fig. 4:
1) o eixo porta-broca ou árvore gira dentro
de uma bainha, em cuja parte posterior há
uma cremalheira (fig. 4);
2) o eixo porta-broca ou árvore, ao mesmo
tempo que gira, pode abaixar-se (Avanço
da Broca) ou elevar-se, por meio da ala-
vanca de avanço ligada ao pinhão; quando
se puxa a alavanca, no sentido da seta, o
pinhão gira, arrasta a cremalheira, a árvo-
re desce e a broca, girando, exerce, ao
mesmo tempo, pressão contra a peça
(fig. 4).

VELOCIDADE OTAÇÃO

É definida pelo núrnero de rotações da fig. 3, por exemplo. há três velocidades dife-
broca em um minuto (rpm). Depende do mo- rentes, conforme a correia esteja no no
tor e da trans~nissão.No caso da furadeira da 2.O ou no 3.O degraus da polia.

ESPECIFICAq6ES DE UMA FURADEIRA

As características a considerar são: 3) Curso ou avanço máximo da broca.


1) Diâmetro máximo do furo que faz. 4) Distância máxima entre a árvore e a mesa.
2) Velocidade de rotação do eixo porta-broca 5) Distância máxima entre o centro da árvo-
ou árvore. re e a coluna.

QRG-Ã.8 E>: VCIAIS DE UMA FUKA IRA

1) O motor elétrico (para o giro da broca). axial, para forçar a penetração da broca
2) O dispositivo de transmissão do giro do na peça.
motor à broca. 4) O dispositivo fixador da broca (mandril
3) O mecanismo de pressão longitudinal ou porta-broca).
5) O dispositivo fixador da peça.

CLASSIFICAÇÃO GEKAL DAS FURADEIRAS - KESUMO


1) Furadeiras portáteis. 4) Furadeiras radiais.
2) Furadeiras sensitivas (de bancada e de co- 5) Furadeiras múltiplas.
luna).
3) Furadeira de avanço automático (geralmen-
te são de coluna).

QUESTIONARIO

1) Quais as partes mais importantes de uma furadeira sensitiva de coluna?


, 2) Qual a classificação geral das furadeiras?
3) Que é uma furadeira sensitiva? Cite dois tipos.
4) Quais são os órgãos essenciais de uma furadeira?
5) Como funciona uma furadeira sensitiva?
6) Como é feita a transmissão da,rotacão na furadeira elétrica portátil?
7) Quais são os dois movimentos da broca, quando fura?

I MEC - 1965 - 15.0


56
AJUSTADOR
ROTAÇÃO POR MINUTO E AVANÇO F8LHA DE
INFORMAÇAO 3811 1
NA OPERAÇÃO DE FURAR TECNOL6GICA i
I

A eficiência da broca, ao furar, .de- avanço por rotação. Esta folha, portanto, in-
pende: formará sobre velocidade de rotação e avan-
1) da afiação tecnicamente correta da ço, fatores de grande importância dos pontos
mesma; 2) da velocidade de rotação; 3) do de vista técnico e econômico.

VELOCIDADE DE ROTAÇÃO

A ação cortante da broca sòmente pode elevada, há a produção de excessivo calor,


ser eficaz quando a rotação se faz a uma ve- devido ao aumento dos efeitos do atrito. Re-
locidade conveniente. sulta o rápido desgaste ou a inutilização da
A velocidade de rotação de uma broca broca. Se, ao contrário, é baixa a rotação,
é o número de voltas que ela dá e m u m mi- perde-se tempo inùtilmente. Além disso,
nuto. As voltas ou rotações por minuto são nesse caso, a broca não exerce a mesma ação
indicadas pela abreviatura "r.p.m.". cortante que teria se operasse a uma veloci-
dade conveniente.
Os valhres das velocidades de rotação
No caso de furação no torno, com a são dados por tabelas, de acordo com expe-
broca prêsa no cabeçote móvel, a velocidade riências, para diferentes diâmetros das brocas
de rotação a ser considerada é a da peça, pois, e para diferentes materiais a furar. Apresen-
nêste caso, a broca fica parada. tam-se, a seguir, como exemplos, duas tabe-
Não se deve trabalhar com velocidade las, para brocas de aço ao carbono e de aço
de rotação arbitrária. Se a rotação é muito rápido.

I
MEC - 1965 - 15.000 I
179
I

ROTAÇÃO POR MINUTO E AVANÇO FBLHA DE


AJUSTADOR NA OPERAÇÃO DE FURAR INFORMAÇAO 3812
TECNOL6GICA
I

ROTAÇÃOPOR MINUTO PARA BROCAS DE AÇO RAPIDO (r.p.m)


DIÂ~~~ETROS MATERIAIS A FURAR
DAS
BROCAS ERONZE FERRO FSaaO AÇO DE AÇO DE
Aço BAIXO Aço AÇO
EM EM E FUNDIDO FIIM)IDO TEOR DE XE
' OR DE DE
POR Jmo FWIDO
poleg. mni LATÃO MACIO DURO CARBONO CARBONO RAbdENTA
1/16" 1 , 6 - 9 170 4 278 6 111 3 660 -
3 056 2 440
1/8" 3,2 9170 4 584 2 139 3 056 1 830 2 745 1 528 1 220
3/16" 4.8 6 112 3 0 5 6 1 4 2 6 2 037 1 210 1 830 1 019 807
1/4" 6,3 4 5 8 5 2 292 1 070 1 528 915 1 375 7 64 610
5/16" 7.9 3 660 1833
' 856 1 222 732 1 138 611 490
3/8" 9,5 3056 1 528 713 1 019 610 9 15 510 407
7/16" 11.1 2 614 1 310 611 873 52 2 784 437 3 48
1/2" 1 2 . 7 2 287 1 146 535 764 458 688 382 305
5/8" 1 5 , 9 1 8 3 0 9 17 428 611 366 569 306 245
3/4" 19.0 1525 764 357 509 305 458 2 55 203
7/8" 22.2 1 307 655 306 43 6 26 1 3 92 218 174
1" 2 5 , 4 1 143 573 267 382 229 349 191 153
1 1/4" 3 1 , 7 915 458 214 306 183 275 153 122
1 1/2" 38.0 762 382 178 2 55 153 212 127 102
1 3/4" 44.4 654 32 7 153 218 131 196 109 87
2" ,50,8 571 287 134 191 115 172 95 77

Qualquer máquina de furar tem nú- abaixo de 915 rpm, velocidade recomendada
mero limitado de velocidades de rotação, por pela tabela.
exemplo: 142 rpm - 226 rprn - 350 rprn -
AVANÇO - Na execução do furo, à
555 rprn - 890 rprn - 1410 rpm.
medida que a broca gira, é necessário que ela
Consultando-se a tabela, para determi- penetre no material, quer por pressão ma-
nada broca e determinado material a furar, nual, quer automàticamente.
deve-se adotar, na furadeira, a velocidade logo
O avanço da broca é a medida da sua
abaixo do valor da tabela.
penetração no waterial, em milímetros o u
fração de milímetro por volta (abreviadamen-
EXEMPLO: te mm/volta ou mmlv ou mm/r).
O avanço manual não pode ser medido
Entre as seis velocidades acima indica- porque é irregular, depende da ação pessoal.
das, para furar aço de baixo teor de carbono O avanço automático, porém, é regulado. Há
com uma broca de aço rápido de 318" (2.a furadeiras automáticas com um ou mais avan-
tabela) deve-se p6r a furadeira a funcionar na ços, por exemplo, 0,l mm/v - 0,2 mm/v -
velocidade de 890 rpm. &te é o valor logo O,3 mm/v.

QUESTIONARIO

1) Que é a velocidade de rotação? Como se exprime e qual a abreviatura?


2) Que é o avanço da broca? Como se exprime e qual a abreviatura?
3) Determine as rprn para furar latão com broca de aço ao carbono de 3/8" (tabela).
4) Determine as rprn para furar aço £undido com broca de aço rápido de 3/4"(tabela).

180 MEC - 1965 - 15000


FBLHA DE
AJUSTADOR FIXAÇÃO DE PESAS NA FURADEIRA INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
2811

Para furar uma peça na furadeira, tor- Um dos acessórios mais empregados
na-se necessário fixá-la em posição bem deter- para a fixação de peças na furadeira é a morsa.
minada e de maneira estável, firme.

MORSA DE MAQUINA
Na forma, a morsa de máquina (fig. 1)
se apresenta diferente da morsa de bancada.
O princípio de funcionamento é, en-
tretanto, o mesmo. Sôbre uma base fixa, fa-
zendo corpo com a mandíbula fixa, se desloca
a mandíbula móvel, por meio de um parafuso
de rosca quadrada, em geral.
A porca dêste parafuso se acha no outro
bloco da base, que fica oposto à mandíbula
fixa. A mandíbula móvel é guiada no seu des-
locamento. Possui um ressalto em sua parte
inferior, que se encaixa em um rasgo da base. Fig. 1
Por meio de orelhas com rasgos e para-
fusos com porcas, faz-se a fixação da morsa
na mesa da máquina. Tôdas as máquinas-
ferramentas possuem mesa de ferro fundido
com ranhuras de seção em "T" (fig. 2). Nestas
ranhuras são introduzidas as cabeças quadra-
das dos parafusos de fixação. Em tais condi-
ções, pode a morsa ser deslocada sôbre a mesa,
pelo desapêrto das porcas. Localizando-a cui-
dadosamente no ponto desejado, é aí firmada
pelo apêrto das porcas. Fig. 2

FIXAÇÃO DIRETA

Por vêzes, não se pode ou não convém


usar a morsa. Prende-se então a peça direta-
mente na mesa da máquina. Para issó, usam-se
dispositivos variados, compreendendo calços,
placas com ranhuras, parafusos e porcas, blo-
cos em degraus, blocos em "V", etc. A fig. 3
apresenta um exemplo: montagem direta-
mente na mesa da furadeira para fixar um
cilindro de aço a ser furado.

Fig. 3

OBSERVACÃQ IMPORTANTE

Não é aconselhável o mecânico firmar neira, SÒMENTE SE FURA UMA PESA QUANDO
a peça com a mão, para ser furada, salvo se a ELA SE ACHA FIRMEMENTE FIXADA, OU NA
broca é fina e a forma da peça permite segu- MORSA, OU DIRETAMENTE NA MESA.
rá-Ia e apoiá-la com firmeza. De outra ma-

MEC - 1965 - 15.000 141


1
F6LHA DE
AJUSTADOR FIXAÇÃO DE PEÇAS NA FURADEIRA INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
2812
I

.
Cixa~So6 IUI cfllndro

Com a face em "V" para frente. C o m a face plana para frente.

Fig. 4 - Morsa de mandíbula reversível.

Fig. 5 - Morsa reforçada para


trabalhos pesados.

O deslocamento da mandíbula móvel,


nos casos das morsas das figuras 4 e 5, se faz
por meio de uma chave que se encaixa na es-
piga de seção quadrada do parafuso.
Fig. 6 - Mmsa universal.
A morsa universal, do tipo apresentado
na figura 6, permite a fixação da peça em
posições inclinadas. Para isso, possui um corpo
basculante em torno de um eixo e duas hastes
articuladoras, com borboletas, para fixar a
peça na posição desejada.

O calço regulável de apêrto (fig. 7) é


usado, de preferência, na fixação de peças
muito grandes que não cabem entre as man-
díbulas de morsas comuns. A peça é apertada
entre a mandíbula móvel e um encosto mon-
tado na mesa da máquina. Podem ser utiliza- Fig. 7 - Calço regulável de apêrto.
das também dois calços dêste tipo, fixadas à
mesa.

QUESTIONARIO

1) Como deve ser prêsa a peça a ser furada?


2) Quais os meios de fixação direta da peça na mesa da furadeira?
3) Para que serve a morsa, como acessório da furadeira?
4) Quais as diferenças entre a morsa de máquina e a morsa de bancada?
. I

-
142 MEC - 1965 - 15.000
FBLHA DE
AJUSTADOR MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL DE FITA INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
45/1

A máquina de serrar horizontal de fita, ra, apresenta maior rendimento que a máqui-
devido ao movimento contínuo da fita de ser- na de serrar alternativa.

NOMENCLATURA E FUNCIONAMENTO

A fig. 1 apresenta o aspecto geral de


uma serra horizontal de fita de um dos mo-
delos mais modernos. A fig. 2 mostra a mes- nnotda da scrm

ma máquina, destacando apenas, entretanto,


os mecanismos mais importantes que, na fig.
1, estão encobertos pela caixa da armação da
serra e pelo barramento.
Os volantes ou as polias da serra têm os
seus eixos girando em mancais adaptados a
uma armação complexa, de cantoneiras e pla- op3ftobo

cas de aço. Serve ela, ao mesmo tempo, de as-


sento para a cobertura de chapa que consti- pr ormocdo do .
tui a caixa da armação. Estas partes não apa-
recem na fig. 2, para não complicá-la.
As polias ou volantes da serra de fita Fig. 1
estão dispostas num mesmo plano, inclinado .
em relação ao plano superior do barramenta. m&
A fita de serra é adaptada nos gornes
dos vdlantes e esticada por um dispositivo de
parafuso. Nas guias, há três rolos, dois hori-
zontais e um vertical (fig. 3), entre os quais
passa a fita de serra, em posição vertical. Co-
r
mo os volantes são inclinados, resulta que a
fita de serra sofre uma certa torção, antes e
depois de passar entre os rolos. A peça, aper-
tada horizontalmente na morsa, é cortada pela
serra segundo um plano vertical.

Rolos
Fig. 2
Fenda de
""

Fig. 3

A mola helicoidal, prêsa ao pé e à ar-


mação, facilita o levantamento desta e serve
para aliviar a pressão da serra (fig. 4). Por
outro lado, a bomba a óleo, com o corpo prê-
so ao barramento e o êmbolo articulado com
a armação, serve para permitir seguro e mns-
tante avanço à fita de serra, à medida que
executa o corte (fig. 4).
Fig. 4

MEC - 1965 - 15.000 201


>
AJUSTADOR MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL DE FITA
FBLHA DE
:YC"N",~-~$~:
4512 1
A transmissão do motor elétrico ao volante
condutor se dá por polias em degraus e correia, e
por meio de um mecanismo de redução de velo-
cidade.

No tipo de máquina apresentado nas figs.


1 e 2, as polias permitem 4 velocidades e o meca-
nismo redutor de velocidade é o que está esque-
màticamente mostrado na fig. 5: o eixo da polia,
em degraus, superior, com um parafuso sem fim,
engrena com uma roda dentada prêsa no mesmo
eixo do pinhão dentado que, por sua vez, engrena rsai,
com a engrenagem interior do volante condutor Fig. 5
da serra de fita.

VELOCIDADES PRATICAS

Menores velocidades para materiais mais


duros; maiores velocidades para materiais mais
macios.

VELOCIDADE 1

Aços de ferramentas Bronze Aço forjado a frio


Aços duros Ferro fundido Perfilados leves de aço cobre
Aço de baixo teor em Latão (tubos e barras) Alumínio
perfilados pesados Tubos de aço e ferro Madeira
b

I NOMEROS DE DENTES POR POLEGADA DA FITA DE SERRA I


MATERIAIS

Pèrfilados de aço doce leves, tubos de aço e de ferro.


Perfilados de aço doce pesados,. tubos de latão.
Aços duros, bronze, ferro fundido, latão em vergalhões.
Alumínio, cobre, metal patente, aço forjado a frio.

1) Por que a serra de fita dá mais rendimento no corte que a alternativa?


2) Num esboço esquemático simples, mostre o funcionamento da serra horizontal de fita.
Explique como a fita de serra passa nas guias.
3) Indique, por materiais, quatro velocidades práticas da serra (faça 4 esquemas).
4) Indique, por materiais a cortar, os números de dentes da fita de serra (5 casos).

MEC - 1965 - 15.000


I
MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL FaLHA DE
AJUSTADOR ALTERNATIVA TECNOL6GICA
INFORMAÇAO 4611

A máquina de serrar horizontal alter- grande produção, tem sido constantemente


nativa é usada exclusivamente para o fracio- aperfeiçoada, a partir de um tipo simples, de
namento de materiais em pedaços a serem total acionamento mecânico, até os tipos mo-
trabalhados depois manualmente ou em ou- dernos, com certos móvimentos hidráulicos e
tras máquinas. Para se tornar máquina de dotados de diferentes velocidades de corte.

NOMENCLATURA E FUNCIONAMENTO DA SERRA


HORIZONTAL ALTERNATIVA

O mecanismo principal da máquina, transformação do movimento circular contí-


que é o de acionamento da lâmina de serra, nuo do motor elétrico, por meio do sistema
obedece, em qualquer tipo, ao princípio de de biela-manivela e corrediça, em movimento
retilíneo alternativo.
A fig. 1 apresenta o tipo
mais simples de máquina de ser-
rar horizontal alternativa, de
uma só velocidade.
A rotação do motor, atra-
vés de correia e polias, pinhão e
engrenagem, se transmite ao vo-
lante da biela. A articulação bie-
la-manivela faz com que o arco
da serra deslize na corrediça, em
movimento retilíneo alternativo
(movimento de "vaivém").
A cada rotação completa
do volante, no sentido da seta,
corresponde um golpe da serra,
em duas fases: a de corte ou
ativa na ida, e a de retorno, na
qual a lâmina não corta.

A corrediça é articulada e tem um pêso, que é deslocável. Compreende-se que,


suporte que lhe dá guia para o levantamento na máquina da fig. 1, o contrapêso, deslocado
e o abaixamento do arco, quando se procede para a esquerda, faz com que a pressão da
à colocação e ao apêrto do material na morsa. lâmina sôbre o material aumente, acontecen-
Caso se torne necessário aumentar a do o contrário quando o contrapêso é movido
pressão da serra sôbre a peça, usa-se o contra- para a direita.

MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL HIDRAULICA

Excetuando o mecanismo do movimen- Ia), os movimentos da máquina de serrar da


to alternativo (para o qual a transmissão é fig. 2 são de transmissão hidráulica.
mecânica por meio do sistema biela-manive-

MEC - 1965 - 15 000 20


MAQUINA DE SERRAR HORIZONTAL FõLHA DE
AJUSTADOR ALTERNATIVA
INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA 4612
I

Os órgãos da bomba hi-


dráulica (válvulas, cilindros, etc.)
constituem um só mecanismo,
cuj-s partes interiores trabalham
em banho de óleo.
A lâmina da serra corta no
curso de volta.
O dispositivo hidráulico
permite: 1) avanço progressivo
da lâmina, durante o corte, isto
é, a pressão da lâmina sôhre o
material aumenta com regulari-
dade; 2) na segunda fase do
curso, a lâmina não tem contato
com o material; 3) no final do
corte completo, automàticamente
o arco se levanta e o motor é des-
ligado.

Fig. 2

A máquina do tipo da fig. 2 tem três dades são para materiais macios e as menores
velocidades de trabalho: 80, 100 ou 135 gol- velocidades para materiais duros.
pes da lâmina por minuto. As maiores veloci-

RELAÇÃO ENTRE O NOMERO DE GOLPES DA


LÂMINA E A VELOCIDADE DE CORTE

Sejam: D o diâmetro da biela (em mm) dente qualquer da lâmina é 2D. No fim de N
e N o número de golpes por minuto. Em golpes (ou seja, em 1 minuto), tem-se a velo-
cada golpe, o caminho percorrido por um cidade V:
2 DN DN
V = 2 X D X N milímetros ou V = 1 O00 m/min ou V = -
500 m/min

500 V
Resulta, como valor de N: N =
D

A velocidade V é um valor obtido por tar, na máquina, a velocidade de trabalho


experiências e, em geral, dado por tabelas, (n.O de golpes por minuto) que mais se apro-
conforme o material a cortar. Regulando-se xime do valor calculado da fórmula.
a biela, mede-se D. Dessa forma, pode-se ado-

NÚMERO DE DENTES DA IAMINA

São muito usadas as lâminas de 14 dentes por pol.egada. Em materiais mais ma-
cios, empregam-se as de 10 dentes/ l".

QUESTIONARIO

1) Explique o funcionamento da máquina de serrar horizontal alternativa.


2) Dê a nomenclatura das partes da máquina, usando uma gravura de catálogo.
3) Indique quais as particularidades da serra horizontal alternativa hidráulica.
4) Deduza as fórmulas da velocidade de corte (V) e da velocidade de trabalho (N).
I

-- - a>.-- .r..,,. .C,-,,-,"


PLAINA LIMADORA FBLHA DE
AJUSTADOR (NOMENCLATURA - CARACTERÍSTICAS)
INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
201 1

A Plaina limadora é uma das máquinas mesa móvel apropriada, tem um deslocamen-
que permite a obtenção de Superfícies planas, to lateral compassado (fig. 1).
quando a sua ferramenta cortante ataca o Dessa forma, em passes ou passadas
metal de uma peça. paralelas e sucessivas, a ferramenta corta a
A ferramenta de corte da plaina lima- superfície da peça, da qual arranca cavacos.
dora é dotada de um movimento retilíneo Pode-se dizer que, na plaina limadora,
de "vaivémJJ (movimento retilineo alterna- a ferramenta tem o movimento principal en-
t ivo). quanto a peça tem o movimento de alimen-
Ao mesmo tempo, a peça, fixada numa tação.

PARTES PRINCIPAIS DA PLAINA LIMADORA (fig. I):

1) Corpo, que é a estrutura reforçada de 3) Cabeçote de ferro fundido, também cha-


ferro fundido, contendo o mecanismo de mado aríete ou torpedo, que é móvel e
movimento. suporta a ferramenta.
2) Base de ferro fundido, que suporta o 4) Mesa, de ferro fundido, suporte da peça.
corpo. 5) Motor elétrico, órgão produtor do movi-
mento.

I
MEC - 1965 - 15.000 I
99
--

I
? !. AJUSTADOR
PLAINA LIMADORA
(NOMENCLATURA - CARACTERÍSTICAS)

TRABALHOS QUE A PLAINA LIMADORA PODE EXECUTAR


F6LHA DE
INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
20/2
,
- I

O principal trabalho da plaina lima- executar: 1) superficies cilindricas (figs. 4 e


dera é de usinar superfícies planas (figs. 2 5); 2 ) superficies cônicas (figs. 6 e 7 ) ; 3 ) rodas
e 3). dentadas cônicas (fig. 8); 4 ) perfis especiais
Com dispositivos especiais e peças aces- (fig. 9).
sórias pode, entretanto, a plaina limadora

Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5

*
.
.r\,-i

Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8 Fig. 9

ESPECIFICAÇÕES DE UMA PLAINA LIMADORA


CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
I

1) Curso máximo e curso mínimo do porta- 5) Avanços verticais automáticos do porta-


ferramenta. ferramenta.
2) Deslocamentos máximos da mesa: a) 6) Avanços transversais automáticos da
transversal; b) vertical. mesa.
3) Distâncias máxima e mínima da mesa ao 7 ) Golpes do cabeçote, por minuto.
guia do cabeçote. 8 ) Dimensões da mesa.
4 ) Deslocamento vertical máximo do porta- 9 ) Potência do motor, em HP.
ferramenta. 10) Pêso total da plaina.

DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS ENTRE UMA PWNA LIMADORA


E UMA PLAINA DE MESA

1) Na plaina limadora, a FERRAMENTA FAZ O 2) Na plaina de mesa, a PESA É QUE FAZ O


CURSO DO CORTE e a PESA TEM APENAS PE- CURSO e a FERRAMENTA O A V A N ~ OTRANS-
i'
QUENOS AVANJOS TRANSVERSAIS DE ALIMEN- VERSAL. Destina-se a trabalhos grandes de
TAÇÃO. O curso máximo da plaina lima- corte superior a 1.000 mm.
dora é de 600 mm e, excepcionalmente, ,
atinge 1.O00 mm.
I
I
100 MEC - 1965 - 15.00b I
COMO FUNCIONA A PLAINA LIMADORA FBLHA DE
AJUSTADOR (CABEÇOTE E AVANÇOS AUTOMATICOS) INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
321 1

Quanto ao funcionamento, podem-se 2) Plaina limadora hidráulica, na qual o


distinguir dois tipos de plainas limadoras: Motor elétrico aciona uma Bomba a óleo
que, por meio de diversos comandos e vál-
1) Plaina limadora mecânica, na qual os mo- vulas, produz os movimentos principais.
vimentos do cabeçote, da mesa e do Porta- Será estudada nesta fôlha apenas a
Ferramenta são de transmissão mecânica; plaina limadora mecânica.

MECANISMO DO MOVIMENTO DO CABEÇOTE

Fig. 2 - Volante.

Fig. 1

O movimento rotativo do motor elé- Quando o pino descreve o arco ABC


trico (transmitido através da caixa de mu- (fig. l), o balancim vai da posição P1 a P2 e
dança de velocidade) é transformado em arrasta o cabeçote ou torpedo, com certa uelo-
movimento retilineo alternativo ("vaivém") cidade é o curso ativo ou de corte. Quando
do cabeçote, por meio de um sistema de Biela o pino completa a circunferência, descrevendo
oscilante ou Balancim (figs. 1 e 3) e de o arco cda, o balancim volta à posição P1,
manivela instalada no Volante ou Engrena- com maior velocidade, porque o a r c o cda é
gem principal (figs. 1 e 2). menor do que o arco abc, e traz, em recuo, o
O comprimento da manivela (isto é, a cabeçote: é o curso de retôrno. Neste curso
distância do pino ao centro do volante) pode não há corte, devido a um dispositivo ade-
ser regulado (fig. 2), de modo a ser aumen-
quado do porta-ferramenta, que é articulado
tado ou diminuído o curso do cabeçote: se
o pino está mais distante do centro, o curso e sòmente recebe pressão no avanço.
é maior; se está mais perto, o curso do cabe- A posição do golpe do cabeçote é regu-
çote é menor. Para isso, a chave de regulagem lada pelo mecanismo mostrado na fig. 1 : para-
do curso (no outro lado da plaina) move a fuso, porca articulada com balancim e dispo-
engrenagem cônica (fig. 2), faz girar o para- sitivos de manobra: chave, engrenagem cônica
fuso e desloca o pino. e trava.
COMO FUNCIONA A PLAINA LIMADORA F6LHA DE
AJUSTADOR (cABEÇOTE E AVANÇOS AUTOMATICOS) INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
3212

-
MECANISMO DO MOVIMENTO DE ALIMENTAGÃO

Êste mecanismo, que produz o desloca- montada no eixo do parafuso de avanço trans-
mento transversal da mesa, fica fora do corpo versal T (figa 4). Resulta que 0 parafuso dá
uma fração de giro e arrasta a mesa, por meio
da plaina, o que está indicado na fig. 4.
de uma porca.
A cada retorno do cabeçote, o excêntrico O avanço é regulado pelo desloca-
(fig. 4) aciona, pela alavanca AJ a unha U. mento do pino B do excêntrico, afastando-o
Esta engrena na roda dentada R, que está ou aproximando-o do centro.

Fig. 4

MECANISMO DE AVANÇO VERTICAL AUTOMÁTICO


DO PORTA-FERRAMENTA

Muitos tipos de plainas são equipados


com êste mecanismo.
No cabeçote, há uma alavanca de des- Alavanco ole
des/oeomen+o
locamento em conexão com eixos, engrena-
gens cônicas e porca, que transmitem giro ao
parafuso do carro porta-ferramenta (fig. 5).
Na guia da plaina está instalado um
batente. No curso de volta do cabeçote, a
alavanca entra em contato com o batente, dá
uma fraçáo de giro no seu eixo, resultando o
avanço do carro porta-£erramenta. A ampli-
tude do avanço é regulada pelo seletor. Fig. 5

156 MEC - 1965 - 15.000


FBLHA DE
AJUSTADOR OS ANRIS GRADUADOS DA PLAINA LIMADORA 3311
~~o'g$,<.pA
Há, na plaina limadora, em geral, dois mento de uma fração determinada (1 / 10 mm,
Anéis graduados, também denominados Cola- por exemplo) do passo do parafuso. Dessa
res micrométricos: um funciona ligado ao forma, por meio do anel graduado, pode-se
parafuso de movimento do carro porta-ferra-
fixar antecipadamente ou uma profundidade
menta; outro, ao parafuso de movimento
transversal da mesa. de passe (no carro porta-ferramenta) ou um
Ambos obedecem ao mesmo avanço transversal da peça (no carro suporte
cada divisão do anel corresponde ao desloca- da mesa).

ANEL GRADUADO DO €XRRO PORTA-ERfakMENTA

É muito comum, nas


plainas nacionais, a gradua-
ção de 40 divisões iguais no
anel, correspondendo a um
passo de 4 mm. do parafuso do
carro (figs. 1 e 2).
Quando se desloca ape-
nas uma divisão do anel, em
relação a um traço de referên-
cia, resulta, então, como me- Q

dida v do avanço vertical da


ferramenta:

4 mm 4
---
v=
40 divisões - 40 -

--1 = 0,l mm
Fig. I Fig. 2 I
- 10

Como exemplo, supo-


nha-se que é necessário dar um
passe de 1,5 mm de profun-
didade na peça. Manobra-se
a manivela e encosta-se a ponta
da ferramenta na face superior
da peça (fig. 3). Ajusta-se o
anel graduado no "zero" e
aperta-se o parafuso de fixa-
ção.
Fig. 3 Fig. 4

Desloca-se a mesa e gira-se novamente a manivela até que o traço "15" do anel
coincida com o traço de referência (fig. 4). O passe é de 1,s mm, pois a ponta da ferra-
menta baixou de 15 divisões X 0,l mm = 1,5 mm.
Outro exemplo: se fosse necessário dar um passe de
2 mm, far-se-ia a coincidência do traço "20" com a referên-
cia, pois: 20 divisões X 0,l mm = 2 mm.
Nas plainas com graduações em polegadas (norte-ame-
ricanas e inglêsas) encontra-se, por exemplo, o anel graduado
com 250 divisões (fig. 5) e o parafuso do carro com 4 fios por
polegada. Então, profundidade de passe correspondente a
uma divisão do anel graduado será: Fig. 5
1/4polegadas 114 1 1 1
250 divisões = w T X W = ~ =

MEC - 1965 - 15.000 157


FBLHA DE
AJUSTADOR OS ANÉIS GRADUADOS DA PLAINA LIMADORA INFORMAÇAO 3312
TECNOLÓGICA

ANEL GRADUADO DO CARRO SUPORTE DA MESA

Nas plainas nacionais há, por exemplo,


a graduação de 50 divisões iguais (fig. 6),
correspondendo a um passo de 5 mm do
parafuso de movimento transversal da mesa.
Deslocando-se sòmente uma divisão do
anel, a partir do traço de referência, ter-se-á
como medida do avanço lateral 1 da mesa:

5 mm 5
----- 1
1= - 0,l mm
50 divisões - 50 - 10

Exemplos: 1) Deseja-se um avanço


transversal da mesa de 2,6 mm. Coloca-se o
"zero" do anel na referência, aperta-se o anel,
inovendo-se em seguida a manivela do avanço
lateral até o "26".
Tem-se, de fato:
26 divisões X 0,l mm = 2,6 mm, que é
o deslocamento desejado da mesa. 2) Deseja-se
um avanço transversal da mesa de 3,5 mm.
Gira-se a manivela até que a referência coin-
cida com o traço "35", porque: 35 divisões X
0,l mm = 3,5 mm.

Nas plainas norte-americanas e inglêsas


(graduações em polegadas), pode-se encontrar,
por exemplo, o anel graduado com 200 divi-
sões (fig. 7) e o parafuso do movimento trans-
versal com 5 fios por 1". O avanço lateral
correspondente a uma divisão do anel gra-
duado será então:

1/ 5
1/5 polegada ----
200 divisões - 200 - 5
x

Fig. 7

I
158 MEC
I
- 1965 - 15.000
RECOMENDAÇõES SOBRE O TRABALHO NA FOLHA DE
AJUSTADOR I ' PLAINA LIMADORA
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA 3411

1) Conserve a plaina limpa e bem lubrifi- 5) Assegure-se de que não há cavacos nas
cada. superfícies de assentamento ou de fixação
da morsa, dos calços e da peça.
2) Empregue a chave ou a manivela ade-
quada. Quando não estiver em uso, guar- 6) Remova cuidadosamente as rebarbas re-
de-a em lugar próprio. sultantes de aplainamento anterior, a fim
de evitar defeitos no assentamento e na
3) A mandíbula de morsa defeituosa, arra-
fixação da peça.
nhada ou amassada é prejudicial. O me-
cânico verdadeiro é cuidadoso. Na fixa- 7) Escolha a ferramenta apropriada, esmeri-
ção de material grosseiro (em barras, pe- lhando-a e afiando-a na pedra. O profis-
ças fundidas ou forjadas) use latão, cobre sional é frequentemente julgado pelas
ou papelão para proteger as mandíbulas. ferramentas que usa.
4) Os calços de fixação e apêrto devem ser 8) Para assentar a peça, empregue um ma-
mantidos limpos, sem rebarbas, sem em- cête de material macio (metal). Nunca
penos, com faces paralelas e esquadreja- use uma chave da plaina.
das. Examine-os antes de usá-los. Esteja
certo de que, pelo menos, se acham lim- 9) Não martele a peça enèrgicamente com
pos e sem rebarbas. Não martele com o macête. Bata-o levemente na peça, o
uma peça grosseira ou áspera sobre um bastante para conseguir o assentamento
calço de fixação. desta.

IEC - 1965 - 15.000


I
171
&
I FBLHA DE
RECOMENDAÇ6ES SOBRE O TRABALHO NA
AJUSTADOR PLAINA LIMADORA TECNOLóGICA
3412
r

10) Não dê novo apêrto na morsa, depois de b) coloque uma tira de papel de sêda
assentada a peça. Se o fizer, poderá resul- sobre a superfície e embaixo da ferra-
tar provàvelmente um ligeiro levanta- menta;
mento da mesma em relação ao seu c) mova a manivela do carro porta-ferra-
assento. menta, baixando a ferramenta até que
sua ponta toque de leve o papel.
11) Para determinar rigoroso assentamento
da peça, use tiras de papel de sêda, como 15) Ao fixar uma peça de forma complexa
"calibradores de espessura", entre os cal- ou irregular, verifique se o porta-ferra-
ços e a própria peça. inenta e, também, a parte inferior do
cabeçote passarão livremente pela peça
12) Não aperte enèrgicamente uma peça del-
em todo o comprimento do golpe e, tam-
gada entre as mandíbulas da morsa. Se o
bém, em toda a largura do corte.
fizer, poderá acontecer que ela se deforme
e fique empenada, mesmo depois de 16) Certifique-se sempre de que o porta-fer-
afrouxado o apêrto. ramenta está adequadamente colocado e
de que trabalhará livremente. Qualquer
13) Antes de fixar novamente a morsa, que descuido pode causar a inutilização da
tenha sido retirada da mesa, certifique-se
de que estão limpas e sem mossas ou re- peça-
barbas as superfícies da mesa e da face 17) Para inclinar a base do porta-ferramenta,
inferior da base da morsa. nunca use o martelo. Se o fizer, podem
resultar mossas que provivelmente con-
14) Para ajustar a ponta da ferramenta de correrão para emperrar o bloco porta-
corte a uma superfície já acabada ou à ferramenta.
face de um bloco padrão, proceda assim:
a) verifique se o porta-ferramenta está 18) Mantenha boa conservação para todos os
firme e na posição adequada; acessórios da plaina.

(RECOMENDACbES TRADUZIDAS DO LIVRO "MACHINE TOOL OPERATION",


DE HENRY D. BORGHARDT E AARON AXELROD - EDIT. MAC. GRAW-HILL BOOK)
VELOCIDADE DE CORTE, AVANÇO E TEMPO FdLHA DE
AJUSTADOR DE CORTE NA PLAINA LIMADORA
INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
351 1

VELOCIDADE DE CORTE

A velocidade de corte V da ferramenta material da ferramenta de corte. As experiên-


I
da plaina é um VALOR PRÁTICO, que se expri- cias, no sentido de determinar os valores ade-
me em METROS POR MINUTO e que resulta de quados da velocidade de corte em diferentes
experiências científicas. Varia com a nature- casos, visam a conseguir economia e melhor
za do material a cortar e com qualidade do técnica de usinagem.

VELOCIDADES DE CORTE NA PLAINA (em metros por minuto)

MATERIAL A APLAINAR

Ferro fundido duro


COM FERRAMENTA
DE AÇO CARBONO
COM FERRAMENTA
DE AÇO RAPIDO
I
Ferro fundido médio
Ferro fundido macio
Aço baixo teor de 40 a 60 kg/mm2
Aço duro de 80 a 90 kg/mm2
Aço fundido
Aço para ferramentas
Bronze duro
Bronze macio
Latão e alumínio

RELAÇAO ENTRE A VELOCIDADE DE CORTE E O


NUMERO DE GOLPES

Sendo V a velocidade de corte em me- ou seja, 2 C milímetros. Para se ter o percurso


tros por minuto, N o número de golpes por correspondente a cada golpe, em METROS, bas-
minuto e C o curso, em milímetros, da ferra- ta dividir 2 C mm por 1 000:
menta da plaina, a fórmula da velocidade
assim se apresenta: 2C
000 metros.

No fim de 1 MINUTO, tempo durante o


Realmente, por definição da mecânica, qual o cabeçote da plaina dá N golpes, tem-se
a velocidade é o percurso realizado por um a velocidade de corte
móvel na unidade de tempo. No presente caso,
a velocidade é o curso da ferramenta, em ME- v=---12O00
C
XN metros,
TROS,durante o tempo de 1 MINUTO. Ora, em
cada golpe, a ponta da ferramenta percorre C
milímetros na ida e C milímetros no retorno, pois êsse é o percurso na unidade de tempo.

O PROBLEMA PRATICO DO CORTE NA PLAINA

A prática aconselha velocidade da plai- indicada para o material da peça a aplainar e


na adequada a cada tarefa. Consiste então o para o aço da ferramenta de corte. Da última
problema em determinar o valor de N mais fórmula se tira o valor de N:
aproximado de uma das velocidade (golpes por
minuto) da plaina, tendo em conta que se 1000 V
N=
deve adotar a velocidade de corte que seja a 2C '

I
MEC - 1965 - 15.000 173
I
VELOCIDADE DE CORTE, AVANÇO E TEMPO FBLHA DE
". '1 * .AJUSTADOR INFoRMAFAo 35,2
DE CORTE NA PLAINA LIMADORA TECNOL6GICA
I

Obtido o valor de N pelo cálculo desta


fórmula, basta compará-lo com a escala de ve-
locidades da caixa de mudança (número de
golpes por minuto), para se adotar a veloci-
dade conveniente ao trabalho. Desloca-se en-
tão a alavanca de mudança para a posição do
número de golpes LOGO ABAIXO DO CALCU-
LADO OU do número igual ao calculado, se,
por coincidência, existir na gama de veloci-
dades.
Exemplo - Deseja-se aplainar uma me-
dida de 250 mm (1 = 250 mm) em uma peça
de ferro fundido de dureza média (V = 14 me-
troslmin). Calcular o número de golpes a ado- Fig. I
tar se a gama de velocidades da plaina é: 8
- 11 - i 7 - 23 - 35 - 50 - 74*- 102 gol- 1000x14 14.000
pes/min. N = 2 X 270 - 540 = 26 golpes/min

I Tem-se (fig. 1)
C = 250 mm
(com folgas) e
+ 20 min = 270 mm
aproximadamente.
Usa-se então a velocidade imediatamen-
te inferior da gama da plaina, isto é, 23 'gol-
pes/minuts.
I

AVANÇO E TEMPO DE EXECUÇÃO DO CORTE NA PLAINA

Além dos elementos velocidade e curso, - Calcular o tempo de execução de uma pas-
já considerados, intervém, nos problemas de sada completa de profundidade p (passe do
cálculo de aplainamento, o avanço a, ou seja, a anel graduado do porta-ferramenta) na peça
alimentação ao corte que a peça oferece ifer- da figura, sendo V = 14 m/min, L (largu-
ramenta, numa profundidade P ou passe, ao ra) = 40 mm, 1 (comprimento) = 250 mm e
ser dado cada golpe. a = 0,2 mm (avanço por golpe). Velocidades
Aplicação ao cálculo do tempo de corte da plaina:

8 - 11 - 17 - 23 - 35 - 50 - 74 - 102 golpes por minuto.

I
40 mm 1000 V 14.000 14.000
Tem-se t =
0,2 mm X N
e N=
2C 2 +
(250 20)- 540 = 26 golpes/minuto.

Adota-se a velocidade logo abaixo de N, isto é, 23 golpes/minuto.


Resulta então:

40 mm --- 40
4,6 - 8 minutos e 7 décimos aproximadamente.
t=
0,2 mm X 23-

I
174 MEC - 1965 - 15.000
TORNEIRO
MECÂNICO I T 6 R N O MECÂNICO HORIZONTAL
(NOMENCLATURA E CARACTERISTICAS) I
FBLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA

O Tbrno mecânico horizontal e uma rota~ão,por meio de uma ferramenta de corte


máquina que executa trabalhos de tornea- que se desloca continuamente, com sua aresta
mento destinados a remover material da cortante pressionada contra a superfície da
superfície de urna peça em movimento de = peça.

Fig. I - Torno mecânico horizontal. Vista de fvente.

Fig. 2 Fig. 3
Tdrno mecânico horizontal com t~ansmissão T ô r n o mecânico horizon-
externa. Vista lateral. , tal com transmissão inter-
na. Vista lateral.

NOMENCLATURA

As figs. I e 2 representam um tôrno torno, no qual o motor e a transmissão se


mecânico harizontal do tipo clássico, com acham na caixa do pé, não havendo assim
mator elétrico e transmissão dispostos exter- polias ou .partes móveis salientes, que cons-
namente. tituem perigo para o operador.
A fig. 3 mostra a vista lateral de outro
TORNEIRO TORNO MECÂNICO HORIZONTAL F6LHA DE
INFORMAÇAO
MECÂNICO (NOMENCLATURA E CARACTERÍSTICAS) TECNOL6GICA
1-2

Os tornos modernos tendem a se tor- pondente (fig. 4). ,Apresentam um aspecto


nar cada vez mais blindados, com a quase compacto de linhas simples e de arestas mais
totalidade do mecanismo alojada no interior acentuadas.
das estruturas do cabeçote fixo e do pé corres-

' I

Vista de frente Vista lateral

Fig. 4 - T ô r n o mecânico horizontal

CARACTERÍSTICAS DO TORNO HORIZONTAL

São consideradas características mais importantes as seguintes:


1) Distância máxima entrepontas (D, na fig. 4).
2) Altura das pontas em relação ao barramento (A, na fig. 4).
3) Altura da ponta em rela~ãoao fundo da cava.
4) Altura da ponta em relação à mesa do carro.
5) Diâmetro do furo da árvore.
6) Passo do fuso roscado ou número de fios por 1" do mesmo
7) Número de avanços automáticos do carro.
8) Roscas de passos em milímetros (caixa Norton).
9) Roscas de passos em polegadas (caixa Norton).
10) Roscas módulo e diametral Pitch (caixa Norton).
11) Número de- velocidades da árvore.
12) Potência do motor em HP.

QUESTIONARIO

1) No aspecto externo, em que diferem os tornos modernos dos -antigos? Qual a vanta-
gem principal, quanto ao novo aspecto externo?
2) Diga as características principais de um torno mecânico horizontal.
3) Em que consiste a operação de tornear?

i
34 MEC - 1965 - 15.000
TORNEIRO TORNO MECÂNICO HORIZONTAL F6LHA DE

MECÂNICO ' (FUNCIONAMENTO)


INFORMAÇÃO
TECNOLóGICA
10.3

Sendo o tôrno a máquina na qual se 2) Fazer deslocar a Ferramenta, enquanto


remove material da superfície de uma peça ataca a superfície da peça. É o movimento
em rotação, por meio de uma ferramenta de de avanço (Ma).
corte, que se desloca continuamente, os seus Para isso, são necessárias diferentes ve-
têm que permitir, ao locidades; conforme a espécie de material a
tempo, dois movimentos principais: tornear, a qualidade da ferramenta de corte
e a natureza do trabalho a executar. Há, tam-
1) Fazer girar a Peça, que está suportada e bém, com frequência, a necessidade de in-
prêsa por meios o movi- verter o sentido das rotações, a fim de que
mento de corte (Mc). sejam possíveis certas operações no torno.

Z da Olowsnca

ESQUEMA DO MECANISMO DE FUNCIONAMENTO


DO TORNO

Para fazer êsses dois movimentos, pos- 3) transmjtir os movimentos, a partir do mo-
sui o torno robustas estruturas de "ferro" tor elétrico;
(barramento, pés, cabeçotes e carro) que su- 4) modificar os movimentos ou as velocida-
portam o conjunto de órgãos e de mecanismos des;
destinados às seguintes funções: 5) comandar as modificações dos movimentos
1) prender ou suportar a peça a tornear: ou das velocidades.
A figura apresenta um esquema geral
2) fixar a ferramenta de corte; dos órgãos e mecanismos do torno.
*
I
MEC - 1965 - 15.000 155
J

.TORNEIR6 TORNO MECÂNICO HORIZONTAL FBLHA DE


' MECÂNICO (FUNCIONAMENTO)
INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
10.4
C I

I FUNÇõES DOS 6RGÃOS E MECANISMOS DO TORNO


I
I Acompanhando as indicações das le-
tras, na figura, podem-se distinguir:
'

A - transmissão da rotação do motor elé-


locidades de rotação do fuso ou da
vara, determinando a variação da ve-
locidade de deslocamento do carro e,
portanto, da ferramenta. Este mecanis-
trico à polia inferior de velocidades; mo constitui a chamada caixa de câm-
B - transmissão da rotação à árvore ou ao bio ou caixa Norton;
eixo principal do torno, entre polias G - mecanismo de movimento manual do
que permitem mudança de velocidades; carro;
C - mecanismo de redução da velocidade H1 - mecanismo de movimento automático
da árvore, permitindo obter um nú- de avanço do carro transversal do tôr-
mero duplo de velocidades nesse eixo no, estando o carro longitudinal pa-
principal (daí dizer-se que o "tôrno rado;
está dobrado" quando se engrena êste
H2 - mecanismo de movimento automático
mecanismo);
de avanço longitudinal do carro;
D - mecanismo de inversão da marcha do I - mecanismo de movimento automático
carro do tôrno;
de avanço longitudinal do carro, usado
E - mecanismo de ligação (engrenagens da mais para abrir roscas;
grade); - mecanismo de movimento manual da
J
F - mecanismo de variação rápida das ve- espera.

QUESTIONARIO

1) Quais são os dois movimentos principais do tôrno?


2) Por que se usam diferentes velocidades da peça e da ferramenta?
3) Quais são as funções gerais dos órgãos e mecanismos do torno?

156 MEC - 1965 - 15.000


TORNEIRO
MECANICO I AVENTAL, CARRO E ESPERA DO TORNO
I FBLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLóGICA I 10.5

AVENTAL DO TORNO

Fig. 1

É umacaixa de ferro fundido, adaptada 3) AVANÇO AUTOMATICO DO CARRO TRANSVER-


na parte anterior do carro longitudinal. Con- SAL DA VARA - Estando a porca aberta, mo-
tém o mecanismo de movimento longitudinal ve-se a alavanca A2, para a posição que
do carro ao longo do barramento do torno, produz o acoplamento das luvas LI. A ro-
assim como o mecanismo de movimento auto- tação da vara determina as rotações de R2,
mático transversal do carro transversal. A R3, P (parafuso semfim), R4 (roda heli-
fig. 1 indica todos os mecanismos do avental. coidal), P1, R1 e P3. Estando P3 engre-
nado na cremalheira, o carro se move ao
1) MOVIMENTO MANUAL DO CARRO - Estando longo do barramento.
o pinhão P1 desligado (alavanca AZ), gi-
ra-se o volante V. A rotação do pinhão 4) AVANÇO AUTOMÁTICO TRANSVERSAL DA ES-
P2 faz girar R1 e o pinhão P3, que, engre- PERA INFERIOR - Estando a porca aberta,

nado na cremalheira, produz o desloca- move-se a alavanca A2 para a posição que,


mento longitudinal do carro. desligando as luvas L1, acopla ao mesmo
tempo as luvas L2. A rotação do fuso não
2) AVANÇO AUTOMATICO DO CARRO ATRAVÉS se transmite ao pinhão P1, por estar des-
DO FUSO (para abertura de roscas) - Mo- ligado e, assim, o carro do torno não se
ve-se a alavanca Al. Os pinos das metades move. Através, porém, de R2, R3, P e R4,
da porca aberta movem-se nos rasgos do a rotação se transmite a R5 que engrena
disco D e fecham a porca, engrenando-a com o pinhão P4, montado no topo do
com o fuso. A rotação do fuso determina parafuso de deslocamento transversal da
o avanço longitudinal do carro. espera inferior.

~4cr 101.9 IC nnn 1 i:


TORNEIR0 - F ~ L H ADE
MECANICO
AVENTAL,'CARRO E ESPERA DO TORNO INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
10.6

CARRO DO TORNO

É uma forte peça de ferro fundido, ten-


do ranhuras trapezoidais na parte inferior, que
se adaptam em guias prismáticas do barra-
mento do torno, para facilitarem o seu desli-
zamento longitudinal (figs. 2 e 3). As duas
guias prismáticas externas (fig. 3) são as que
servem de apoio ao carro. A guia prismática
interna e o ressalto achatado servem para o
deslocamento do cabeçote móvel. Todas essas
guias são rigorosamente retificadas, para que
o movimento da ponta da ferramenta se faça
sempre paralelamente ao alinhamento da pon-
ta e da contraponta.

I Na parte inferior do carro está o para-


fuso de movimento que se conjuga a uma por-
ca, determinando o deslocamento transversal
Fig. 2

do mesmo. este deslocamento se faz manual-


mente, pelo volante, ou automàticamente,
através do mecanismo do avental, conforme
foi explicado (fig. l), sendo guiado pelo en-
caixe em rabo de andorinha existente na par-
te inferior. Um anel graduado, no eixo do
volante, permite deslocamentos micrométri-
cos do carro transversal. I I
Fig. 3

A ESPERA

É o órgão que serve de base ao porta- graduação angular, para mostrar qualquer in-
ferramentas. O deslocamento da espera se faz clinação da direção de avanço da ferramenta
girando o volante, que move um parafuso em relação ao eixo da peça que está sendo tor-
conjugado a uma porca existente na mesma. neada.
Um anel graduado, no eixo do volante, faci-
lita a execução manual de avanços micromé- O porta-ferramenta é o órgão superior
tricos da ferramenta de corte. A base da es- que suporta e prende a ferramenta de corte,
pera apresenta uma base cilíndrica, com uma mediante parafusos de apêrto.

QUESTIONARIO

1) Mediante os esquemas da fig. 1, explique os diversos movimentos


do carro do torno.
2) Para que servem as guias prismáticas?
I 3) Quais são as funções do carro transversal e da espera?

1521 MFC - 10Xri - I ri nr


TORNEIR0 MECANISMO DE INVERSÃO DO AVANÇO DO FOLHA DE
INFORMACAO 12.3
MECÂNICO CARRO DO T O R N O - MECANISMO DA GRADE TECNOLÓGICA
C

MECANISMO DE INVERSÃO DO MOVIMENTO DO CARRO


(INVERSOR DE AVANÇO)

O mecanismo de rotação, transmitido meio da roda R1 (fig. 2). Esta roda R1 é,


através de eixos, rodas dentadas, vara ou fuso, então, o comêço de todo o mecanismo de des-
para produzir o deslocamento do carro longi- locamento automático da ferramenta de corte.
tudinal é derivado da árvore do tôrilo por

A transmissão do movimento
se faz, logo no início, através do
mecanismo inversor da rotação (figs.
1, 3 e 4). O exame destas figuras
esclarece o funcionamento do dis-
positivo. A alavanca exterior mano-
bra uma peça P, que se desloca em
torno do eixo do inversor e leva o
conjunto das rodas R2 e K3 a uma
das posi~õesseguintes:
Pos~jÃo1 - R3 engrena coin
RI. Em virtude de R2, a rotação
de R4 terti sentido contrário ao de
R1 (fig. 1). P'ig. 1 - Marcha i~zuertidn. I'ig. 2 - Esquema da derivação
d e marcha.
PosrjÃo 2 - R2 e R3 não en-
grenam com R1. O sistema esti em
<'
ponto morto". Não transmite, pois,
rotação ao eixo do inversor, que co-
manda o mecanismo de avanço do
carro (fig. 4).
Pos~jÃo3 - R2 engrena com
R1. Como K3 fica desengatada, o
conjunto funciona apenas com :i
engrenagens e, em conseqüência,
R1 e R4 giram no mesmo sentido
(fig. 3).
Como R1 e R4 têm o inesmo
diârtietro, o eixo do inversor gira
à mesma velocidade da árvore do
torno. As rodas R2 e R3 são sim-
ples transmissoras da rotação, não
alterando a velocidade de rotação F;~3
. - Mai.chu d i r e t i F'ig. 3 - Avanço desligado
entre a árvore do tôrno e o eixo do
inversnr '

MEC.4NTSMO DA G U D E

As engrenagens da grade formam um e o fuso, nos tornos que não possuem caixa
dispositivo de ligação entre o eiso I do in- Norton. A grade é uma peca de ferro fundido
versor de avanco e o eixo condutor A da articulada em torno do eiko A, podendo ser
caixa Norton (figs. 5 e 6), ou entre o inversor
TORNEIR0 MECANISMO DE INVERSA0 DO AVANÇO DO FBLHA DE
MECÂNICO CARRO DO TORNO - MECANISMO DA GRADE
INFORMAÇÃO
TECNOL~GICA
12.4
I I

fixada, devido ao rasgo F e


pela porca P, em diferentes
posições. O seu rasgo longitu-
dinal E serve para a montagem
de UMA OU MAIS engrenagens
intermediárias, por meio de
parafusos com buchas e por-
cas.
Este dispositivo permite
a montagem de variadas com-
binações de engrenagens.
CASODE SIMPLES TRANS-
MISSÃO SEM ALTERAR A VELOCI-
DADE - Basta montar no eixo
I do inversor e no eixo A da
'caixa Norton (ou no fuso, se
não houver caixa Norton) duas
rodas R5 e R8 com o MESMO
NÚMERO DE DENTES. Então R8,
R5, R4 e a árvore têm a mes-
ma velocidade de rotação. Fig. 5 Fig. 6

CASODE ALTERAJÃO DA VELOCIDADE DE


ROTAÇÃO - Basta que as rodas, que substi-
tuírem R5 e R8, tenham números de dentes
diferentes, para se dar mudança de rotação.
Por exemplo: roda de 60 dentes na posição
R5 e roda de 120 dentes na posição R8. Re-
I sultado: o eixo A terá metade da rotação do
eixo I. As rodas intermediárias não alteram
I a rotação.
Outro meio de modificar a rotação
consiste em montar na grade, em um mesmo
eixo, duas rodas de números de dentes dife-
rentes (fig. 7). Mesmo que as rodas extremas
R5 e R8 tenham o mesmo número de dentes,
há mudança de rotação. Tomemos o exemplo
da fig. 7. Segundo a regra, a redução se obtém
dividindo o produto dos números de dentes
das rodas condutoras pelo produto dos das
I conduzidas:

I , Redução =
40 X 30 30
60 x 4 0 6 0 = 2
1

QUESTIONARIQ

1) Para que serve o inversor de avanços?


2) Para que serve o mecanismo da grade?
3) Em que caso se dá a transmissão sem alteração da velocidade de rotação?
4) Em que caso se dá a transmissão com alteração de rotação?
TORNEIRO
. .---. I RFCOMENDACBES SBRRE O USO DO T Õ ~ O 1 1.7

I Tratando-se de máquina de grande pre-


cisão, de mecanismo complexo, de constante
emprêgo na oficina e de custo elevado, todos
11) Concentre-se em seu trabalho. Uma falha
de atenção
-
pode
- causar sério acidente.
12) Nunca deixe a chave de apêrto encaixada
os cuidados devem ser adotados pelo opera- na placa de castanhas.
dor a fim de manter o torno sempre em or-
dem e bem conservado, assim como para usá- 13) Não tome desordenadamente as medidas
10, convenientemente, conforme as técnicas de da peça. Os detalhes dos desenhos ou dos
trabalho mais adequadas e as indispensáveis esboços são dimensionados visando a fins
determinados. Execute-os dentro dos li-
'normas de segurança.
Algumas regras gerais, consagradas pela mites especificados.
prática, são dadas em seguida, -para orienta- 14) Não desperdice tempo trabalhando com
ção dos principiantes. precisão ou cuidado maiores do que os
exigidos pelo desenho ou pelo esboço.
15) Não procure justificar-se quando inutili-
1) Aprenda bem as funções dos seus diver- zar uma peça. Assuma a responsabilidade,
Isos órgãos. e procure executar peça melhor da próxi-
ma vez,
2) Mantenha-o convenientemente lubrifica-
16) Não manobre qualquer alavanca nem gire
do.
qualquer manípulo do tôrno, senão de-
3) Conserve-o limpo e em ordem. A máqui- pois que,conheça os resultados da mano-
na suja não é adequada a um trabalho. bra.
4) Compreenda e planifique completamente 17) Não deixe que os cavacos ou aparas se acu-
a tarefa, antes de iniciá-la. mulem em torno da ferramenta de corte.
5) Observe se o tôrno está bem equipado e, Quebre-os com um gancho. Melhor ain-.
em seguida, trabalhe com prudência, e da é, em certos casos, esmerilhar a ferra-
menta, dando-lhe um "quebra-cavaco"
de modo ordenado. (rebaixo de forma adequada).
6) Conserve afiadas as ferramentas de cor- 18) Não trabalhe no torno com camisa de
te. As ferramentas embotadas ou "cegas" mangas compridas. Mantenha-as enrola-
atrasam a produção, dão mau acabamen- das acima do cotovelo.
to e impõem ao tôrno um injustificado 19) Não use paletó ou avental folgados, quan-
ou desnecessário esforço. do trabalhar no torno.
7) Execute um corte que possa ser bem su- 20) Não use também gravatas longas ou anéis.
portado pela máquina, pela peça e pela 2 1) Não trabalhe no torno e converse ao mes-
ferramenta de corte. Várias sucessões de mo tempo. Se -você precisa falar, pare a
cortes leves desperdiçam tempo, obrigan- máquina.
do o operador a trabalho desnecessário.
22) Não deixe de usar óculos de proteção,
8) Tome interêsse pelo seu trabalho. Utilize quando tornear peças cujos cavacos sal-
a máquina como se estivesse trabalhando tem.
I para si próprio,
i

23) Não tente verificar um furo, sem antes


9) Afie, na pedra com óleo, os gumes das proteger-se da ferramenta, a fim de evi-
ferramentas de corte, depois que tenham tar ferimentos no braço ou na mão.
sido esmerilhados, o que aumenta a du- 24) Ao limar uma peça no târno, não o faça
ração dos mesmos. arqueando o braço esquerdo sôbse a pla-
10) Aprenda a ter responsabilidade. Isso é um ca.
requisito indispensável para que uma pes- 25) Nunca coloque a mão ou os dedos em uma
soa possa trabalhar. peça ou ferramenta que esteja girando.

MEC - 1965 - 15.000


. ..-- -r . h

F6LHA DE
TORNEIRO RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DO T O R N O INFORMACÃO 1.8
MECÂNICO TECNOLÓGICA

26) Não saia deixando o torno em movimen- Não deixe também peças ou ferramentas
to. Se £ar obrigado a afastar-se da máqui- sobre o barramento do torno.
na, desligue-a antes. 28) Não torneie com o carro transversal e a
27) Não deixe cair ou chocar-se a placa de cas- espera muito salientes em relação à cor-
tanhas, a placa lisa ou a placa de arrasto rediça da sua base.
contra as guias do barramento do torno.

IMPORTANTES PRECAUÇOES ANTES DE 1


TRABALHO NO TORNO

Um hábito que se deve adotar, ao apren-


der o manejo do torno, é o de certificar-se de
1) a porca do carro não está engrenada no
fuso; I
que o carro se move livremente ao longo das
guias do barramento, antes de pôr a máquina
em rotação.
2) as alavancas de avanço não estão ligadas;
3) a trava do carro não está apertada;
I
A primeira medida que o mecânico ex-
perimentado deve tomar, quando vai traba- 4) as guias do barramento estão lubrificadas;
lhar em um torno, é mover o carro ao longo
das guias, manualmente, para assegurar-se de
que:
.
5) a peça passará livre pelo carro, quando em
rotaqão. I
-
NOTA: AS recomendações e precauqões, enunciadas acima foram traduzidas dos livros:

- "Machine Shop Theory and Prac- - "Machine Too1 Operation", de Hen-


tice", de Albert M. Wagener e Har- ry D. Burghardt e Aaron Axebrod
lon R Arthur - Edit. D. Van Nos- - Edit. Mc. Graw Hill Book Co.
trand Co. Inc. Inc.
FÔLHA DE
TORNEIR0 UTILIDADE DO TORNO MECÂNICO E INFORMAÇÃO
TECNOLQGICA
1.9
MECÂNICO OPERAÇGES QUE REALIZA

O torno mecânico é máquina-ferramen- 5) '1 ornos de platô, em geral de eixo hori-


ta de muita utilidade lias oficinas mecânicas, zontal. Servem para tornear peças curtas,
não sòmente porque se presta à execução de mas de grandes diâmetros, como aros de
grande variedade de trabalhos, mas também rodas de locomotivas e vagões.
porque a sua ferramenta de corte é relativa-
mente simples e, na maioria dos casos, pode 6) Tornos automáticos e semi-automáticos,
ser preparada na própria oficina. que possuem mudança automática de ali-
mentação e emprêgo automático, em uma
Determinadas operações, que normal- ordem determinada, das ferramentas ne-
mente se fazem em outras máquinas, tais cessárias a cada operação. Nos tornos dêste
como a furadeira, a fiesadora e a retifitadora, tipo, que servem para a grande produção
também se podem executar no torno, com seriada, o material das peças a tornear
adaptações relativamente simples. tem movimentos de rotação e avanço de
O torno é uma verdadeira máquina
alimentação.
universal, porque pode substituir, até certo De um modo geral, são comuns a todos
ponto, outras máquinas-ferramentas. os tipos de tornos, com as variações de dis-
positivos ou dimensões exigidas em cada caso,
Os tornos mecânicos podem ser classi- '
os seguintes mecanismos e partes:
ficados nos seguintes tipos:
1) Partes que suportam ou alojam os dife-
1) Tornos horizontais, de árvore horizontal e
rentes mecanismos (barramento, pés, ca-
barramento horizontal.
beçotes, caixas).

2 ) Tornos verticais, com árvore vertical. 2) Mecanismos, que transmitem e transfor-


mam o movimento de rotação da árvore
3) Tornos-revólver, no qual várias ferramen- (polias, engrenagens, redutores).
tas, montadas em porta-ferramentas ade-
quado, atacam a Peça sucessivamente, em 3) Mecanismos que possibilitam o desloca-
operações diversas, pelo acionamento de mento da ferramenta ou da peça, em di-
certos comandos rápidos. São tornos para ferentes velocidades (engrenagens, caixa
trabalhos em série, de grande produção. de câmbio, inversor de marcha, fuso, va-
ra, etc.).
4) Tornos copiadores - São os que produzem
uin movimento combinado, obrigando a 4) Partes de fixação da ferramenta e da peça
ferramenta a cortar. um perfil na p e ~ a , a tornear.
que acompanha, por meio de uma guia,
um outro semelhante tomado como mo- 5) Comandos dos movimentos e das veloci-
dêlo. dades.
/ TORNEIRO
MECiNICO
UTILIDADE DE TORNO MECÂNICO E
OPERAÇõES QUE REALIZA
FBLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLóGICA

OPERÀÇÕES QUE O TORNO REALIZA


A feramenta de corte, conforme a sua posição ou a sua forma, pode ataczr a peça
externa ou internamente.
1) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotação
da peça. Eis alguns exemplos, em operações externas (figs. 1 a 3).

Desbaste cilindrico Alisamento cili~zdrico Rôsca cilindrica


externo. externo. externa.
Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3
2) Operações em que se dá deslocamento da ferramenta perpendicularmente ao eixo de
rotação da peça. Exemplos em ooperações externas. (figs. 4 a 6).

Faceamento d esquerda. Faceamento à direita. Sangramento.


Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

Torneamento cônico. Torizeamen to de perfil.


Fig. 7 Fig. 8
3) Operações com deslocamento oblíquo em relação ao eixo de rotação da peça (fig. 7).

4) Operações com deslocamentos combinados, em direções diferentes (fig. 8).

Torneamento cilindrico Faceamento interno. Torneamento cdnico Torneamento


I interno. Fig. 10 interno. de perfil
Fig. 9 Fig. 11 int~rno.
Fig. 12
Qualquer dos quatro tipos gerais de operações citados pode ser também executado
internamente, em furos. Exemplos (figs. 9 a 12).
QUESTIONARIO
1) Por que o torno mecânico é uma das máquinas-ferramentas de
maior utilidade?
2) Cite os mecanismos e partes que, em geral, são comuns a todos os
tipos de tornos.
3) Indique e caracterize seis tipos de tornos mecânicos.
4) Cite os nomes de diversas operações externas e internas que o
torno realiza indicando os deslocamentos da peça e da ferramenta.
I
42 MEC
I
- 1965 - 15.000 I
1
I
FÔLHA DE

i
i
TORNEIRO FIXAÇÃO DA FERRAMENTA DE CORTE
(NORMAS GERAIS)
INFORMACÃO 1.1 1
MECÂN ICO TECNOLÓGICA

A fixação da ferramenta de corte no importância, pois influem no rendimento e


porta-ferramenta do torno e sua posição cor- na qualidade do trabalho, assim como na du-
reta em relação à peça a tornear são de grande ração do corte da própria ferramenta.

PQSIÇÃO DA FERRAMENTA EM RELAÇÃO A PEGA

A ponta da ferramenta deve ficar à trabalho se torna defeituoso. Oferece, tam-


Altura do Eixo Geométrico (ou do centro) bém, o perigo da ferramenta "enterrar-se" no
da Peça (fig. 1). Então, os ângulos f (formado material, quebrando-se ou arrancando a peça.
na frente), c (ângulo da cunha ou do gume Admite-se que, em operação de corte
da ferramenta) e s (formado na parte supe- pesado (grandes cavacos), a ponta da ferra-
rior), nas ferramentas bem afiadas, terão .os menta fique ligeiramente acima do centro
valôres capazes de produzirem bom rendi- (cêrca de 1/40 do diâmetro da peya, até um
mento para o corte.

Fig. 1 Fig. 2

Para se obter a altura desejada, em máximo de 2 mm), para que não se dê flexão
cada fixação de ferramenta, é usual o em- da ferramenta e pressão exagerada sobre o
prêgo de um ou mais calços de aço, entre a carro do torno.
parte inferior da ferramenta e a base do Quanto ao ângulo do eixo longitudinal
porta-ferramenta (fig. 2). da ferramenta com o eixo longitudinal da
Se a ponta da ferramenta fica abaixo peça, o valor é variável, conforme o tipo de
do centro da peqa, a aresta cortante tem maior trabalho. Por exemplo, reto (900) na operação
penetração, a ferramenta fica forçada, o metal de desbastar (fig. 3) e pouco inferior a 90°
é arrancado, os cavacos têm saída difícil e o na operação de facear (fig. 4).

Fig.. 4

AEC - 1965 - 15.000


I TORNEIRO
MECANICO I FIXAÇÃO DA FERKAMENTA DE CORTE
(NORMAS GERAIS) I F6LHA DE
INFORYAÇAO
TECNOLóGICA
1 1
1-12

TIPOS DE PORTA-FERRAMENTA

São usuais os indicados nas figs. 5, 6 e 7: o de poste (fig. 5), o de placa ajustável
(fig. 6) e a tôrre quadrada (fig. 7).

Fig. 5
R Fig. 6

Os dois prirneiros se prestam A fixação último, mais reforçado, serve para trabalhos
da ferramenta de corte em trabalhos leves. O pesados, nos quais é grande o esforço de corte.

Para que a ferramenta conserve bem tato superior no porta-ferramenta (figs. 9


seu corte, prodiiza trabalho de bom acaba- e 10). No exemplo da fig. 9, a placa de
rnento e não trepide, deve ser ri'gida, isto é, apêrto deve estar bem nivelada, para que
não deve flexionar, por pouco que seja, em se dê completo contato entre sua face in-
virtude da pressão de corte. ferior e a face superior da ferramenta de
corte.

Fig. 8 Fig. 9

Para que urna ferramenta de corte fi-


que rígida, são necessários:
1) ter seção proporcional ao esforço de corte.
Se êste fôr grande, usa-se ferramenta ro-
busta. Se fôr pequeno, não há inconve-
niente no uso de uma seção estreita;
2) ter o mínimo possível de saliência em re-
lação ao porta-ferramenta (figs. 8 e 10), isto
é, o balanço b deve ser o menor possível;
3) ser enèrgicamente apertada, com as maio- Fig. 10
res superfícies possíveis de apoio e de con-

44 MEC - 1965 - 15.000


USO DA PLACA UNIVERSAL DE FOLHA DE I
TBRNEIRO INFORMACÃO 2.1 i
~v~ECÂNICO TRÊS CASTANHAS TECNOLÓGICA

A placa universal de três castanhas é 3) exige cuidados na lubrificação. A ranhura


muito usada na oficina mecânica, pois permite não deve ser lubrificada, para evitar que
centragem rápida da peça; apresenta, entre- os cavacos e suieiras a ela adiram, influin-
tanto, os seguintes inconvenientes: do -na precisão da centragem ou daniflca-
1) não serve para a fixação e centragem de cando a placa.
I
peças de qualquer forma, mas sòmente Quando é necessário muita precisão na
I
para peças cilíndricas ou hexagonais; centragem de uma peça na placa, não convém
2) depois de certo tempo de uso, devido ao usar a placa universal, mas a placa de casta-
desgaste no seu complicado mecanismo, nhas que se movem independentemente umas
não oferece centragem precisa; das outras.

MONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL


NA ARVORE DO TORNO

I Cuidados a tomar:
1) Coloque a placa sobre um calço de madeira apropriado, no barramento do torno,
como mostra a fig. 1.

Fig. /

2) Limpe e lubrifique cuidadosamente a rôs- 4) Ajuste a placa contra o topo da árvore,


ca da árvore e a face do flange. Qualquer com a mão direita, e, com a esquerda, gire
sujeira ou rebarba nessa face pode tornar lentamente o tôrno, até que o encosto da
defeituosa a centragem da peça. placa fique apertado na face do flange.
3) Limpe a rosca da placa com grampo pró- Nunca se deve montar a placa com o torno
prio (fig. 2). em movimento.

DESMONTAGEM DA PLACA UNIVERSAL DA ARVORE

I 1) Ligue as engrenagens de redução da mar-


cha do torno.
2) Coloque um calço de madeira entre uma
da fig. 1, que impedirá qualquer choque
da placa contra as guias do barramento.
I
das castanhas e ~ a sguias posteriores do
barramento (fig. 3).
-
3) Gire manualmente a árvore no sentido in-
dicado pela seta (fig. 3), para afrouxar o
apêrto.
4) Desatarraxe a placa à mão, colocando an-
tes sobre o barramento a peça de madeira Fig. 3

IMEC - 1965 - 15.000 I


49
TORNEIRO
MECÂNICO
USO DA PLACA IJNIVERSAL DE
TRÊS CASTANHAS I INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
DE 1
5) Uma vez desmontada, deite a placa apoia- rior da placa, possam concorrer para eni-
da sobre as castanhas. Conl isso se evita perrar o seu mecanismo.
que os cavacos, por acaso caídos no inte-

CUIDADOS COM A PI,XCI$ I_JNIVEKSAL,

1) Não prenda na placa peças fundidas em 4) Lubrifique com graxa os pinhões e a coroa
bruto ou barras em bruto, com larninaçáo dentada da placa. Niio convém lubrificar a
defeituosa. ranhura espiral, a fiin de evitar a aderên-
2) Não introduza canos no rnanípulo da cha- cia de sujeira ou cavacos.
ve de manobra com a finalidade de aumen- 5) De vez em quando, ou se houver alguma
tar o braço de alavanca e tornar mais enér- anormalidade no funcionamento da placa,
gico o apêrto. desmonte-a e limpe cuidadosamente todas
3) Para tornar melhor o apêrto da peça, as peças do seu mecanismo.
basta usar a chave de manobra nos três
encaixes dos pinhões da placa.

KECOMENDAIiõES SOBRE A FIXAUÃO D E PEgAS


NA PLACA L7N1VERSAL

1) No caso de peças de grandes diâmetros, 3) Não fixe peças cônicas na placa, pois não
prenda-as nos últimos degraus, evitando há possibilidade de mantê-las firmes.
que as castanhas fiquem muito 4) A peça bruta, com empenarnento ou irre-
ou seja, com pequeno encaixe nas ranhu- gularidade, não deve ser fixada na placa
ras (fig. 4). universal. Esta só é usada para a centragem
2) A parte saliente da peça (figs. 5 e 6) não de peças bem uniformes.
deverá, em regra geral, ser superior a três
vêzes o diâmetro da peça (A 3 d).

Fig. 4 Fig. 5

1) Quais são os inconvenientes quanto ao uso da placa universal?


2) Quais as fases da montagem da placa universal na árvore do torno?
3) Quais as fases e os cuidados na desmontagem da placa da árvore?
4 ) Quais os cuidados para conservacão da placa universal?
5) Indique algumas regras relativas i fixaqão na placa universal.

i0 MEC - 1965 - 15.01


FOLHA DE
TORNEIRO
MECANICO
OS ANÉIS GRADUADOS DO T O R N O INFORMAÇAO
TECNOL~GICA
2.3

Para remover certa espessura de mate-


rial, ou seja, "dar um passe", o torneiro ne-
cessita fazer avançar a ferramenta contra a
peça, na medida determinada. A fim de que
o trabalho se execute de modo preciso, a me-
dida da espessura a remover deve ser fixada
e garantida por um mecanismo que, além de
produzir o avanço, permita o exato e cuida-
doso controle dêste avanço.
O torno mecânico possui mecanismos
que atendem a tais condições:
1.0) no carro transversal, cujo deslocamento é
sempre perpendicular ao eixo da peça ou
à linha de centros do torno;
2.0) na espera, onde se situa o porta-ferra-
menta, que pode ser inclinada a qual-
quer ângulo, pois sua base é rotativa e o carro, fazendo-o avancar ou recuar, confor-
dispõe de graduação angular. me o sentido da rotação do parafuso (fig. 1).
Os dois mecanismos possibilitam o O controle dos avanços, em qualquer
avanço da ferramenta por meio de um sistema dos carros, se faz por meio de graduações cir-
parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas culares existentes em torno de buchas ou
fixas, pela rotação de um volante ou de ma- anéis cilíndricos solidários com os eixos dos
nivela. Com o giro do parafuso, a porca (que parafusos de movimento, e junto aos volantes
é prêsa à base do carro) desloca-se e arrasta ou às manivelas (fig. 1).

OS ANaIS GRADUADOS

Os anéis graduados, também chamados Nas tarefas de tornearia, principalmen-


colares micrométricos, são os dispositivos cir- te na execução de roscas, os anéis graduados
culares, que determinam e controlam as me- podem servir às seguintes finalidades:
didas de que devem avanqar os carros, mesmo
que os avanços tenham de ser muito peque- 1) Graduar a penetração da ferramenta, na
nos. operação de roscar.
Sobretudo nos trabalhos de acabamen-
to e de execução de roscas (nos quais são ne- 2) Dar a penetração à ferramenta, para uma
cessários pequenos passes de espessuras pre- determinada medida.
cisas) o emprêgo do anel graduado evita difi- 3) Permitir um ponto de referência para
culdades ou erros. O torneiro pode garantir
um determinado avanço da ferramenta, gi- acertar novamente a posição de uma fer-
rando o anel graduado de um certo número ramenta que tenha sido deslocada durante
de divisões, a partir de uma referência fixa. a operação.

ANEL GRADUADO PAR-4 PKOFUNDID44DES DE CORTE EM


VALORES MIYTRICOS

Para explicar como se controla a pene- duado tenha 80 divisões iguais, conforme a
tração, admitamos que o parafuso do carro figura 2.
tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra-

I I
MEC - 1965 - 15.000 51
TORNEIRO
MEC*NICO I OS ANÉIS GRADUADOS DO T O R N O
I FOLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLóGICA I 2.4,

Nestas condições, uma volta completa


do anel graduado fará com que a porca, e por-
tanto a ferramenta montada no carro, avance
de 4 mm.
Se fôr feito o deslocamento de apenas
uma divisão do anel, o avanço a ou penetra-
ção da ferramenta terá a medida:
4mm 1mm
a=---- - 0,05 mm.
80 - 20
Aplicaçóes
1) No anel da fig. 2, qual o número de divi-
sões a deslocar para se ter uma profundi-
dade de corte na ferramenta de a' = . . . .
= 0,25 mm? Resposta: n = 0,25 t 0,05 =
= 5 divisões.
2) Com um parafuso de passo p = 6 mm e
um anel de 60 divisões iguais, qual o avan-
ço a da ferramenta que corresponderá a Fig. 2
1 divisão?
6mm 1 mm
Resposta: a = - 0,1 mm.
-
60 - 1O

ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADE EM


FRASÕES -DECIMAIS DA POLEGADA

EXEMPLO - O parafuso tem 8 fios por pole- 11 = 0,015"


RESPOSTA: t 0,001''' = 15 divisões
I gada e o anel graduado apresenta 125 divisões
iguais. Calcular o avanço correspondente a 1 2) Com parafuso de 4 fios Por polegada e
divisão do anel. um anel de 125 divisões, calcular a pro-
Uma volta completa do anel graduado fundidade de corte correspondente a l
I

dará o avanço de 1/8" à ferramenta. Portan- divisão.


to. o deslocamento de aDenas 11125 do anel
determinará o avanço o; a profundidade de
I
corte a:

Aplicações
Como a penetração da ferramenta é radial,
1) Com o anel e o parafuso do exemplo an-
obtém-se no diâmetro uma redução de duas
terior, calcular qual o número de divisões vêzes a penetra5ão dada. ~ ~se a penetra-
~ i ~
adeslocar para se ter Uma profundidade çãodaferramentafôrde0,1mm,odiâmetro
de corte de a' = 0,015". sofre uma redução de 0,2 mm.

QUESTIONARIO

1) Indique três finalidades do anel graduado no torno.


2) Explique como funciona o anel graduado e como pode determinar e controlar a pe-
netração transversal da ferramenta.
3) Com o passo p = 6 mm e 120 divisões do anel, calcular o avanço ou a profundidade de
corte a.
4) Num anel micrométrico cujas divisões correspondem a 0,05, quantas divisões é preciso
girar para um passe de 0,75 mm de profundidade?

i2 MEC - 1965 - 15.00


ROTAÇÃO POR MINUTO N O TOKNO F6LHA DE
TORNEIR0 INFORMAÇÁO 3.1
MECANICO (TARELAS) TECNOLóGICA

O número de rotações da árvore do Por exemplo, para tornear material


torno não pode ser adotado, à vontade, arbi- macio. usa-se maior número de rotacões aue
trariamente9 pelo torneiro. a sua para material duro. Para um mesmokate;ial
determinação de alguns fatores, dentre os a tornear, emprega-se maior número de rota-
quais são de grande importância a espécie do
material a tornear, a espécie do material da ções quando a ferramenta é de aço rápido do
ferramenta de corte, o diâmetro da peça, o que no .Caso de ser a ferramenta de aço ao
tipo de operação (desbaste, acabamento). carbono.

INDICAÇÃO DAS ROTAÇÕES

O número de rotações é sempre con- minuto", isto é, o número de rotações no


siderado em relação ao tempo de 1 minuto. A tempo de 1 minuto.
abreviatura "r.p.m." significa "rotação por

Os tornos mecânicos têm, em geral, 1.0) 16 diferentes "r.p.m.": 17 - 23 - 28 -


variações reduzidas de "r.p.m." 37 - 45 - 59 - 74 - 98 - 121 - 158
Nos tornos antigos, de polias em de- - 200 - 264 - 319 - 420 - 532 - 700
graus, são comuns as variações de 8 a 12 rota-
~ õ e sdiferentes. Exemplo (caso de 9): 44 - 7 1 r.p.m.
- 112 - 177 - 280 - 354 - 450 - 560 - 2.0) 36 diferentes "r.p.m.": 14 - 16 - 19 -
900 r.p.m. 22 - 25 - 28 - 32 - 37 - 42 - 48 - 56
Nos tornos modernos, o cabeçote fixo -64-75-85 -98 - 113 - 128 - 146
- 169 - 192 - 222 - 260 - 300 - 340
i

coiltém complicados jogos de engrenagens de


mudanças, que permitem variações mais am- - 385 - 445 - 500 - 580 - 665 - 765 -
plas, como se mostra rios dois exemplos se- 895 - 1025 - 1175 - 1335 - 1530 -
' guintes: 1750 r.p.m.

DETERMINAÇÃO DAS "r.p.m." ADOTADAS NOS TRABALHOS DE TORNO

Existem três processos:


1.0) Cálculo mediante o emprêgo de uma a tornear, material das ferramentas de
fórmula matemática, sendo conhecidos o corte e tipos de operação (desbaste, aca-
diâmetro da peça e um valor chamado bamento.).
"velocidade de corte", dado por tabelas. Só será apresentado aqui o terceiro
caso, o de tabelas.
OBSERVAÇÃO:
Em qualquer dos processos, obtido um
A velocidade de corte dada em tabelas determinado número de "r.p.m.", adota-se o
já considera o tipo de material a ser torneado, igual da gama de velocidades do torno, se
o da ferramenta e a espécie de trabalho, isto houver. Em geral, porém, não há coincidência.
é, se se trata de desbaste ou de acabamento.
DEVEM SER ADOTADAS ENTÃO AS "r.p.m."
2.O) Uso de um gráfico, conhecidos tambéni LOGO ABAIXO DAS OBTIDAS pelo cálculo ou pe-
os dois elementos citados. los gráficos ou tabelas.
3.0) Emprêgo de tabelas de "r.p.m." em que A título de exemplo se encontram, no
diferentes diâmetros das peças são consi- verso, tabelas resumidas de "rotações por
derados em relação a diversos materiais minuto" para certos casos.

I
MEC - 1965 - 15.000
I TORNEIRO
MECíiNICO I R O T A G Ã O POR MINLTTC) N O T O R N O
(TABELAS)
I FõLHA DE
iNFOKYACI0
TECNOLÓGICA
1 1 13.2

Q TABELA DE nr.p .r" PARA DESBASTE COM FEBUMENTA DE ACO AO CARBONO


DIÂMETBOS
1 WTERIAL A TORNEAR 1 NO
- DE ROTAÇÕES POR MINUTO ( r.p.=
-
) I I
Ferro fundido 68 6 0 5 3 48 42 38 35 32 29 27 2 5 2 4 21 1 9
Aço doce 136 119 106 95 8 5 76 6 9 6 4 5 9 55 5 1 48 42 38
Aço eemi-duro 114 99 . 8 8 80 71 6 4 5 8 5 3 49 45 42 40 35 32
Aço duro 68 6 0 53 48 42 3 8 3 5 32 2 9 27 2 5 2 4 21 19
Bronze 182 1 5 9 1 4 1 127 1 1 3 1 0 2 9 3 8 5 78 73 68 64 57 51
Latão e Aluminio 296 259 230 207 184 1 6 6 1 5 0 1 3 8 1 2 7 1 1 8 110 1 0 3 92 83
@ TABELA DE "r.p.mn
-
PARA ACAR =TO COM F W T A

DIÂMETROS I
UTERIAL A TORNEAR MINUTO (r.p.m )
F e r r o fundido
Aço doce
Aço semi- duro
Aço duro
Bronze .
Latão e Alumínio

1 MATERIAL A TORNEAR 1 NO
- DE MINUTO
F e r r o fundido
Aço doca
Aço semi-duro
Aço duro
Bronze
Latão e A l d n i o
@ TABELA DE "r.p.mn P.ARA ACABAMENTO COM FEWtAMENTA DE AÇO R&IDO
DIÂMETROS (m)- 28 32
MATERIAL A TORNEAR -0 DE BOTAÇ~ESPOR M I N ~ o (r.p.a )
F e r r o fundido 205 179 159 143 1 2 7 1 1 5 1 0 4 95 88 82 76 72 6 4 57
Aço doce 241 298 265 239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 1 4 7 1 3 6 1 2 7 1 1 9 1 0 6 95
Aço eemi-duro 250 219 195 175 1 5 6 1 4 0 1 2 7 1 1 7 1 0 8 100 9 3 8 8 78 7 0
Aço duro 182 159 141 127 1 1 3 1 0 2 9 3 85 78 7 3 6 8 6 4 57 5 1
Bronze 341 298 265 239 212 1 9 1 1 7 4 1 5 9 1 4 7 1 3 6 1 2 7 1 1 9 1 0 6 9 5
Latão e Alumínio b68 497 442 398 354 318 289 2 6 5 2 4 5 227 212 1 9 9 1 7 7 ~ 5 9
EXEMPLOS: 3.0) Obter, nas. tabelas, as r.p.m. para desbas-
tar ferro fundido corn ferramenta de aço
1.0) Obter, nas tabelas, as r.p.m. para desbas- rápido, diâmetro da peça 40 mm. Res-
tar aço duro com ferramenta de aço rá- posta: 111 r.p.m. (tab. 3).
pido, diâmetro da peça 55 tnm. Res-
posta: 69 r.p.m. (Tab. 3). OBSERVA~ÃO:
No caso de diâmetros que não constam
2.') Obter, nas tabelas, as r.p.m. para traba- nas tabelas, tomar a ''r.p.m.J', indicada para
lhos de acabamento em latão coni ferra- menor + próximo. Exemplo: para des-
menta de aço ao carbono, diâmetro da bastar bronze com ferramenta de aço rápido,
peça 90 mm. Resposta: 106 r.p.m. (tabela diâmetro da peça 72 mm, deve-se trabalhar
I
2).
I
com 91 r . ~ . m .
L
I
68 MEC - 1965 - 15.000
FaLHA DE
TORNEIR0 BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇÃO 3.3
MECÃNICO TECNOLÓGICA
I

Para se tornear urna peça que deva ser contraponta. Quando se precisa tornear, pren-
ap~iadaentre a ponta e a contraponta, é ne- dendo a peça na placa e apoiando o outro
cessário fazer centros nas faces dos dois topos. extremo na contraponta, também se pratica
Os centros são furos de forma cônica, aos uin furo de centro, na face dêsse outro topo,
quais se adaptam os cones da ponta e da para adaptação da contraponta.

TIPOS USUAIS DE CENTROS

Fig. I

Fig. 4

O mais comum é o. centro simples, careada a 1200. Há também o centro prote-


como se vê na figura 1 . Compõe-se de uma gido do tipo da figura 3: em lugar da entrada
entrada tronco-cônica de 600. Segue-se um escareada a 120°, há um pequeno rebaixo
furo cilíndricb. Na parte tronco-cônica se cilíndrico. Tanto o escareado a 120°, como o
adapta a ponta ou a contraponta, cujos cones rebaixo, têm a função de proteger a parte
são de 600. O furo cilíndrico permite que fi- cônica contra choques que possam produzir
que livre o extremo da ponta ou da contra- mossas, deformações ou rebarbas capazes de
ponta e é, ao mesmo tempo, um pequeno prejudicarem o rigor da centragem.
depósito de óleo, que serve à lubrificação O cone do centro e o cone da ponta
dessas partes em contato e sujeitas a atrito devem ter o mesmo ângulo (600), para per-
devido à rotação da peça. mitir a ajustagem exata da ponta ou da con-
A figura 4 mostra claramente como se traponta. Se assim não acontecer, a pega girará
ajusta a ponta do tôrno no interior do orifí- mal guiada e o torneamento será iniperfeito.
cio de um centro simples. Deiiiais, a ponta e a contraponta se desgas-
Outro tipo é o centro protegido indi- tam mais ràpidaniente, se a centragem não
cado na figura 2. Além das partes cônica e for correta.
cilíndriica, êste centro possui uma entrada es-

I
- I PALT - I
M F ~ E; nnn
TORNEIR0 F ~ L H ADE
MECÂNICO
BROCAS DE CENTRAR INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA
3.4

BROCAS DE CENTRAR

Para a execusão dos centros nas peças, sua forma, executam, numa só operação, o
usam-se brocas especiais, as Brocas de centrar, furo cilíndrico, o cone e, ainda, o escareado
cujos tipos mais comuns são indicados a se- (fig. 6).
guir: broca de centrar simples (fig. 5) e As medidas dos centros devem ser ado-
broca de centrar com chanfro de proteção tadas em proporção com os diâmetros das
(fig. 6). A primeira é, em geral, de aço car- peças. A tabela abaixo apresenta dados práti-
bono; e a segunda de aço rápido. Devido à cos.

.-

Fig. 5 Fig. 6

'DIAMETROS MEDIDAS DAS BROCAS D I ~ E T R O&I-


DAS PEÇAS (mm) MO DO ESCARE5
d D C C D o (E' (rnrn).
5 a 15 1.5 5 2 4O 4
16 a 20 2 6 3 45 5
21 a 30 2.5 8 3.5 50 6.5
31 a 40 3 10 4 55 7.5
41 a 60 4 12 5 66 10
61 a 100 5 14 6.5 78 12.5
A
Fig. 7

EXECUGÃO DO CENTRO

Não convém executar o centro na fu-


radeira, a não ser que, pela sua forma, a peça
não possa ser fàcilmente prêsa na placa.
O melhor processo de executar furo de
centro é o mostrado na figura 8, utilizando-se
a broca de centrar, montada em mandril fi-
xado no cabeçote móvel, e a peça prêsa na
placa universal.
Como a broca é fraca, deve-se operar
com avanço bem lento e com a velocidade da
árvore de acordo com a tabela para brocas.
Se o avanço for rápido, resulta a que-
bra da ponta da broca, que fica encravada no
furo já iniciado.

QUESTIONARIO

1) q u e são os centros da peça? Para que servem os centros?


2) Quais são os tipos usuais de centros?
3) Quais s5o os tipos comuns de brocas de centrar?
4) Para que serve o escareado de 1200? E o rebaixo cilíndrico?

70 MEC - 1965 - 15.000


MECÂNICO
CABEÇOTE M6VEL DO T O R N O
I FaLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA I 4.8

Para firmar o mangote, após a regula-


gem da posição desejada da contraponta, atua-
se na trava, dando-lhe pequeno movimento
angular. Resulta o apêrto do escavado de duas
buchas cilíndricas internas contra o mangote,
que fica assim imobilizado.
Os deslocamentos longitudinais do man-
gote podem ser regulados por um dos dois
meios seguintes:
1) Graduação retilínea na parte superior ou
na lateral (fig. 2). Fig. 2
2) Graduação circular no eixo do volante.
Quando se usa a contraponta (no tor-
neamento externo), é conveniente aproximar
bem o cabeçote móvel da peça, para que a pro-
jeção do mangote (distância D na fig. 2) seja
a menor possível.
Na parte posterior do cabeçote, na
união do corpo com a base (fig. 3), há dois
traços de referência, para regulagem da posi-
ção que coloca a contraponta no alinhamento
da ponta. Nesta posição, os traços coincidem.
Em trabalhos de grande precisão, não
convém confiar apenas nesta coincidência dos
traços de referência. Há niétodo rigoroso de
verificação do alinhamento da ponta e contra-
ponta, que será estudado oportunamente.
Há tornos em que o cabeçote apresenta, 1) Verifique o alinhamento da ponta e con-
na parte posterior, uma graduação de um lado traponta.
e de outro do traço de referência. Tal gradua- 2) Fixe o cabeçote firmemente no barra-
ção facilita a regulagem do deslocamento la- mento.
teral da contraponta, em certas operações de
torneamento cônico. 3) Adote a menor projeção D (fig. 2) possí-
O uso correto do cabeçote móvel exige vel, no torneamento externo.
os seguintes cuidados: 4) Trave o mangote, no torneamento externo.

QUESTIONARIO

1) Quais são os cuidados no uso correto do cabeçote móvel?


2) Explique o funcionamento do mecanismo interno de deslocamento da contraponta.
3) Quais são as finalidades do cabeçote móvel?
4) Como se denominam as partes mais importantes do cabeçote móvel?
5) Como se regula o alinhamento da ponta e contraponta, no próprio cabeçote móvel?

9n MEC - 1965 - 15.000


FÔLHA DE
TORNEIRO PLACA ARRASTADORA E ARRASTADORES INFORMACÃO 5.1
MECÂNICO TECNOLÓGICA

A placa arrastadora e o arrastador são dade transmitir o movimento de rotação da


usados quando se torneia uma peça entre- árvore à peça suportada entre a ponta e a
pontas, isto é, montada entre a ponta e a con- contraponta.
traponta. A fig. 1 mostra claramente a função
dêstes acessórios. O arrastador, firmemente prêso à peça,
A placa arrastadora, montada por meio transmite a esta o movimento de rotação da
de rosca na árvore do torno, tem corno finali- placa, funcionando como órgão intermediário.

Piom orrmtodom ou placa dr ormsta

PLACA ARRASTADORA

Fabricada geralmente em ferro fundi-


do, apresenta-se nos três tipos das figs. 2: 3
e 4.
PLACADE RANHURA (fig. 2) - Neste
tipo se adapta um arrastador de haste curva
@ (-J (6,
como o indicado na fig. 7. Quando o arrasta-
Fig. 2
dor está fixado na peça, a extremidade da haste
Placa de arrasto, de ranhura.
se aloja na ranhura.
PLACADE (fig. 3) - É a que, qua-
PINO PLACADE S E G U R A N ~ A (fig. 4) - Neste
se sempre, acompanha os acessórios normais tipo de placa o arrastador fica alojado no seu
do torno. Com ela se emprega um arrastador interior, que tem a forma de um cilindro raso
de haste reta como os indicados nas figs. 5 e e Ôco. A haste do arrastador se encaixa numa
6. O pino da placa, em contato com a haste ranhura interna. É uma placa que protege o
do arrastador, determina o seu giro e, por- operador contra possíveis pancadas do arras-
tanto o da peça. tador em movimento.

Fig. 3 Fig. 4
Placa de arrasto, de pino. Placa de arrasto, de segurança.

MEC - 1965 - 15.000


-
93
TORNEIR0
MECÂNICO
PLACA AKRASTADOKA E ARRASTADORES
FBLHA DE
INFORMACÁO 5.2
I
I TECNOLÓGICA
1

I
MONTAGEM E DESMONTACEM DA PLACA ARRASTADORA

A colocação da placa arrastadora na ár- decer a normas semelhantes às já expostas (veja


I vore do torno ou a sua remoção devem obe- Ref. FIT 6.1).
I

ARRASTADORES

O tipo de arrastador mais empregado é o de haste reta (figs. 5 e 6) que trabalha com
a placa de pino ou com a placa de segurança.

Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8

O arrastador de haste curva (fig. 7) se tal que impeça o deslizamento do arrasta-


usa com a placa de ranhura. Há ainda o arras- dor, quando se dá a pressão do córte da
tador de mandíbulas reguláveis (fig. 8). Os ferramenta;
arrastadores de haste curva oferecem maior se-
gurança contra acidentes. 3) ao colocar a peça entrepontas com o arras-
No uso dos arrastadores deve-se obede- tador nela adaptado, deve-se pôr o pino
cer às seguintes normas: da placa em contato com a haste do arras-
tador. É crrado encostar-se o parafuso de
1) escolher um arrastador em cujo orifício a
aperto do arrastador no pino da placa de
peça tenlxi pequena folga. É errado o em-
prêgo de um arrastador que tenha diâme- arrasto;
tro interno inuito maior que o da peça a 4) para colocar entrepontas uma peça que já
tornear; tenha superfície usinada no local de adap-
2) fixar fiririemente o arrastador na superfí- tação do arrastador, deve-se proteger essa
cie da peça pelo enérgico apêrto do para- parte usinada com chapa de cobre 011 de
fuso ou dos parafusos. O apêrto deve ser outr'o material macio.

1 ) Para que serve a placa arrastadora? Para que serve o arrastador?


2) Quais os tipos de placas arrastadoras?
3 ) Explique como trabalha cada tipo de placa de arrasto.
4) Quais as normas para o uso dos arrastadores?

94 MEC - 1965 - 15
P O N T A E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA FOLHA DE
TORNEIRO PEÇA ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE INFORMACÁO 5.3
MECÂNICO DA DILATAÇÃO DA PEÇA ENTREPONTAS TECNOLÓGICA

As pontas do tôrno são cones duplos de se adaptam aos centros da peça a tornear. cutli
aço, temperados e retificados, cujos extremos o fim de apoiá-la (figs. I e 2).

PONTA E CONTKAPONlA

Chama-se ponta o cone duplo que é


montado na árvore do tôrno. O cone duplo
igual, que se monta no mangote do cabeçote
móvel, se chama contraponta (fig. 1).
O cone da haste dos dois (ponta e
contraponta) é estandardizado pelo sistema
"Morse" O cone da uonta é sempre de 60°
(fig. 2).
Fig. 1

MONTAGEM DA PONTA, DA CONTRAPONl'A E DA PECA

1) Verifique se os cones de 60° estão em per-


feitas condições para adaptação nos cen-
tros da peça. Qualquer mossa ou rebarba
prejudicará a correção do trabalho de
tornear.

2) Limpe cuidadosamente a ponta, a contra-


ponta e os furos cônicos de encaixe da ár-
vore do tôrno e do mangote do cabeçote
móvel. Partículas de pó, cavacos, etc. im-
pedirão a perfeita adaptação e prejudica-
rão a correta centragem da peça a tornear. 4) Adapte um centro da peça na ponta, apro-
Com estôpa enrolada em uma haste de xime cuidadosamente a contraponta do
metal pode-se fazer a limpeza dos furos outro centro. Gire o volante do cabeçote
cônicos. até perceber um ajustamento perfeito.
Êste se dá quando a peça pode girar sem
3) Lubrifique com graxa o furo de centro da folga, mas também sem estar pressionada
peça do lado da contraponta. entre a ponta e a contraponta.

REMOGÃO DA PONTA E DA CONTRAPONTA

1) Para retirar a ponta da árvore do torno, 2) Para afrouxar o apêrto da haste da contra-
mantém-se sua extremidade, envolvida em ponta no mangote, gira-se o volante do
estopa, coni uma das mãos. Com a outra cabeçote móvel da direita para a esquerda,
mão, dá-se uma pancada firme em uma até que as extremidades internas da con-
haste própria que tenha sido introduzida traponta e do parafuso de movimento do
no furo da árvore. Dêsse modo se conse- mangote se toquem. Com uma ligeira
gue afrouxar o apêrto da haste da ponta pressão, girando no niesmo sentido, con-
e esta é retirada, em seguida, com todo o segue-se afrouxar a contraponta.
cuidado, protegida pela estôpa.

I I
MEC - 1965 - 15.000 95
TORNEIRO
MECÃNICO
ONTA E CONTRAPONTA. MONTAGEM DA PESA
ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA
' DILATAÇÃO DA PEGA ENTREPONTAS I FOLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA 1 1.4

CONTRAPONTA REBAIXADA E SEU USO

3) serve pari facilitar oacompleto


-
Êste tipo de contraponta (fig.

faceamento do topo das peças mon-


tadas entrepontas.
Vê-se, pela fig. 3, que a ponta
da ferramenta de facear atinge, sem
embaraço, a borda do furo do cen-
tro. Lom o emprego desta contra-
ponta não deixa a ferramenta sobra
de corte no topo faceado. Sòmente
nos casos de faceamento se aconselha o uso da contra- Fig. 3
ponta rebaixada. É um acessório cuja ponta, por suas
medidas reduzidas, se quebraria fàcilmente em traba-
lhos mais pesados.

INFLUENCIA DO CALOR DE A T R I T O - DILATAÇÃO E CONTRACÃO DA PEGA


A peça bem montada entre a ponta e vocar deformação na peça e danificar o torno.
a contraponta deve girar sem folga, mas tam- Conforme o grau de calor, pode ser alterada
bém sem estar pressionada. Ao ser desbastada, também a têmpera das portanto, du-
porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da
rante a operação, deve-se manter sempre bem
ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo
atrito com a contraponta. O calor produz a lubrificado o centro e a contraponta. Deve-se,
dilatagão da peça. Estando ela sem ?alga, re- ainda, corrigir, de vez em quando, a ajusta-
sulta pressão sôbre as pontas, capaz de pro- gem da contraponta no centro.

PONTA ROTATIVA

Neste tipo de ponta, que


é adaptado no mangote do ca-
beçote móvel, não há atrito. A
ponta de aço pròpriamente
dita, temperada e retificada,
gira com a peça (fig. 4).
É montada dentro de
uma bainha,
bainiha, cuja parte poste-
pos '
rior é em cone Morse, para se
adaptar no furo do mangote.
Entre a bainha e a haste da
ponta rotativa se instalam três rolamentos, um dos quais de encôsto. Assim, a ponta gira
suavemente e suporta bem esforços radiais e axias ou longitudinais.

1) Que são a ponta e a contraponta? Para que servem?


2) Indique quais as providências para a montagem e desrnontagem das
pontas. ,

3) Explique o que é a contraponta rebaixada. Quando é usada esta


contraponta?
4) Explique qual a influência do calor de atrito. Que é a ponta ro-
tativa?
.- --- - - -- .- - - - -- - -.. -------

TORNEIR0 FERRAMENTA DE CORTE DO T O R N O F6LHA DE

MECÂNICO (NOÇÕES GERAIS)


INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
7.5

O mecânico utiliza, no torno, uma fer- para usinar o ferro fundido, o aço e outros
ramenta de corte, de material muito duro, metais ou ligas.

FORMA GERAL DA FERRAMENTA E NOMENCLATURA


DAS SUAS PARTES

A ferramenta de corte é uma barra de A fig. 2 mostra as três vistas do extre-


aço (paralelepípedo alongado), na qual um dos mo cortante da ferramenta, para facilitar o co-
extremos recebe forma própria, com ângulos nhecimento das diversas partes denominadas
determinados, por meio das operações de es- na fig. 1. Nas diversas figuras em que serão
merilhamento e afiação. A fig. 1 apresenta um examinados os ângulos que influem no corte,
tipo comum de ferramenta de corte do torno, a ferramenta se apresenta sempre em uma ou
com a nomenclatura das suas partes. mais das vistas da fig. 2.

Fig. 1 Fig. 2

CONDIÇ6ES GERAIS A QUE DEVE SATISFAZER A


FERRAMENTA DE CORTE

1) Ser de material muito duro e resistente ao periências e a prática indicam como os


calor. que dão maior rendimento à ação cortan-
te do gume da'ferramenta.
2) Ser rígida e perfeitamente fixada no seu
suporte. 4) Ser bem polida nas superfícies em- que se
fêz a afiação (face frontal e flanco) e na
3) Ser bem esmerilhada na parte cortante, de superfície de saída do cavaco (face supe-
modo a apresentar os ângulos que as ex- rior).

MATERIAL DA FERRAMENTA DE CORTE

Para cortar bem e resistir, durante me a porcentagem do carbono. Após tem-


muito tempo, ao calor resultante do atrito, a perado e revenido, apresenta um grau de
parte cortante da ferramenta deve ser, de pre- dureza suficiente para cortar bem o aço e
ferência, de Aço Rápido ou de um Carbonêto outros metais e ligas, mas resite mal ao ca-
Metálico muito duro. Usa-se, também, muito lor do atrito desenvolvido durante o corte
raramente o Aço ao Carbono, de menor ren- da peça. O seu aquecimento, mesmo ligei-
dimento. ro, perto de 280° C, anula completamente
a dureza adquirida pela têmpera. Serve,
1) Aço ao Carbono - O aço utilizado para portanto, apenas para trabalhos leves de
ferramenta de corte contém 1,2 a 1,6 % acabamento e para o corte de metais ma-
de carbono e tem dureza variável, confor- cios.
---- -- - -

TORNEIR0 FERRAMENTA DE CORTE DO TBKNO FÔLHA DE


MECÂNICO (NOÇÕES GERAIS) TECNOLÓGICA
INFoRMAcAo
7.6

2 ) Aço Rápido - É uma liga de ferro, car- 3) Carbonêto Metálico - É mais duro que o
bono e tungstênio. Apresenta também, em aço rápido, apresentando-se em pequenas
menores porcentagens, outros elementos pastilhas, duríssimas e de diferentes for-
como cromo, cobalto, vanádio e molibdê- mas. Suas marcas mais conhecidas são: Wi-
nio. Fica muito duro (grau 65 da escala dia, Carboloy e Estelite. Estas pastilhas
de dureza "Rockwell C"), uma vez tempe- são soldadas numa haste de aGo, que for-
rado, até a temperatura de 550 a 6000 C. ma o corpo da ferramenta de corte.

CONSTITUI(;,'ÃO DA FERRAMENTA DE CORTE

I
Fig. 6

Fig. 8

d ferramenta de corte pode ser: 3) Com bico soldado de pastilha de carbonêto


metálico (fig. 5).
1) Monobloco, isto é, toda ela de aço carbono
ou de aço rápido, forjada e esmerilhada 4) Sob a forma de "bite". É êste um pequeno
pelo mecânico (fig. 3). prisma de aço rápido (fig. 6) que se fixa
convenientemente em suporte reto (fig. 7)
2) Calçada com bico de ajo rápido, por meio ou em suporte inclinado (fig. 8). O su-
de solda (fig. 4). porte é fixado no porta-ferramenta do tôr-
no.

QUESTIONARIO

1) Quais as partes mais importantes de uma ferramenta de corte?


2) Quais as condições gerais a que deve satisfazer a mesma?
3) Quais os materiais usados na sua fabricação?
4) Quais são os tipos de ferramentas de corte, quanto à sua constituição ou ao modo de
fabricá-las? Quais os materiais da parte útil e do corpo?

I
126 MEC - 1965 - 15.00
TORNEIRO
MECÂNICO I ÂNGULOS DAS FERRAMENTAS DE CORTE
(CARACTERIZAÇÃO E VALORES USUAIS)
I
FGLHA DE
INFORMACAO
TECNOL~GICA
1 7.7

Para a obi lição das melhores condições


( ta, de uma só vez, na ferramenta de desbastar,
técnicas e econômicas, em cada tipo de traba- em que se apresentam todos êles. Na maioria
lho ou de material a usinar, foram feitas nu- das ferramentas de torno aparecem ângulos
merosas experiências, de que resultou o esta- em condições semelhantes. Há poucas exce-
belecimento de determinados perfis, assim co- ções, como na ferramenta de sangrar e nas fer-
mo de certos ângulos nas ferramentas de corte. ramentas de alisar. Nessas não se encontra a
O conhecimento dos perfis vem sendo dado, totalidade dos ângulos que, na presente folha,
nesta série de Informações Tecnológicas, em serão discriminados e caracterizados em rela-
cada tipo de ferramenta que se estuda. A ca- ção à ferramenta de desbastar.
racterização dos ângulos, porém, pode ser fei-

CARACTERIZAÇÃO DOS ANGULOS DAS FERRAMENTAS


DE CORTE

Na fig. 1 se mostram as três vistas de


uma ferramenta de corte do torno (Ferramen-
ta de desbastar à direita), nas quais estão in-
dicados os seguintes ângulos, cujas denomi-
nações são:
sl = ângulo de saída ou de ataque lateral;
s = ângulo de saí'da ou de ataque frontal;
c = ângulo do gume ou ângulo de cunha;
f = ângulo de folga (frontal) ou incidência;
f l = ângulo de folga ou de incidência lateral;
af = ângulo da aresta de corte frontal;
a1 = ângulo da aresta de corte lateral;
ap = ângulo de folga da ponta;
ab = ângulo do bico ou de resistência;
+ +
Soma c f ou c fl = ângulo de corte.
A concordância das arestas frontal e la-
teral se faz geralmente por um arco de peque-
na curvatura, variando o raio r de 0,5 mm a
3 mm, conforme a natureza do trabalho. -

Os ângulos f e fl (folgas frontal e late-


ral) são, em geral, de 6 O a 80 para a maioria
das ferramentas de torno, em trabalhos nos
metais usuais.
O valor do ângulo de folga é de grande
influência nas condições do corte, porquanto Fig. I
é êle que possibilita a penetração do bico da
ferramenta.
O ângulo de saída ou de ataque fixa a Quanto maior o ângulo de saída ou de
posição da face de ataque ou face de saída, sô- ataque, mais facilitada será a penetração da
bre a qual desliza o cavaco. Da inclinação e cunha da ferramenta, menores o atrito do ca-
curvatura desta face dependem a pressão e o vacó e o calor do atrito. Fica diminuída, po-
atrito exercidos pelo cavaco removido da peça. rém, a resistência da ferramenta.

I
MEC - 1965 - 15.000 1
O ângulo de saída ou de ataque varia material. Há casos em que convém mesmo um
com a dureza do material a tornear: seu valor ângulo de saída nulo (fig. 2) e, às vêzes, um
deve ser tanto menor quanto mais duro for o ângulo de saída negativo (fig. 3).

Fig. 2 .
VALORES USUAIS DOS ÂNGULOS DA FERRAMENTA DE CORTE

MATERIAL A TORNEBR

0 ANGULO DE OBLIQUIDADE DO CORTE

Na saída lateral da ferramenta de des- aresta lateral de corte). Sendo, por ex., s ,=
bastar, devem ser distinguidos dois ângulos. = 10°, sl = 15" e a1 = 40°, o cálculo dá um
Além do ângulo de saída lateral (que se mede valor de 1 7 O 42' para o ângulo de obliquida-
num plano perpendicular ao eixo longitudi- de de corte.
na1 da ferramenta) há o ângulo real de saida
lateral ou ângulo de obliquidade do corte,
que se mede num plano CC' perpendicular à
Plano CC' prrptndiculor à
aresta lateral de corte (fig. 4). Êste ângulo in- erecto loterol dk corte.
flui no enrolamento do cavaco, ao qual de-
termina a direção de saída.
O ângulo de obliquidade do corte na
ferramenta de desbastar depende de três ân-
gulos (fig. 4): s (saída posterior que moderna-
mente está sendo abandonado neste tipo de
ferramenta), sl (saída lateral) e a1 (ângulo da

QUESTIONARIO

1) Qual o valor usual dos ângulos de folga nas ferramentas de torno?


2) Quais as influências: do ângulo de folga? do ângulo de saída?
1) Qual o valor dos ângulos de folga nas ferramentas .de torno?

128 MEC - 1965 - 15.000


TORNEIR0 CONSIDERAÇÕES TECNOL6GICAS SOBRE A INFORMACÃO
FOLHA DE 9.3
MECÂNKo AFIAÇAO DAS FERRAIkfENTAS DE TORNO TECNOLÓGICA

0 s ângulos adequados ao corte se obtêm convenientes ao corte que o torneiro vai' e z e r


pelo esmerilhamento, seguido de afiação na no material.
pedra, das faces de folga ou de incidência Costuma-se denominar afiação da fer-
(frontal, ou lateral, ou, então, as duas) e da ramenta a operação completa de preparo da
face de saída (também chamada face de ata- cunha, compreendendo o esmerilhamento para
que). Dessa forma se prepara, no bico da fer- desbaste e a afiação na pedra para acabamen-
ramenta, a cunha com o ângulo e a posição to e aperfeiqoamento das arestas cortantes.

AFIAÇÃO DAS FACES DE FOLGA OU DE XNCIDÊNCIA

Fig. I Fig. 2 Fig. 3

Para se preparar a face que forma o 2.0) o rebôlo destinado à afiacão de ferra-
ângulo de folga ou de incidência, emprega-se, mentas deve ser reservado sòmente para
'
de preferência, um rebolo que corta na face essa operação.
(figs. 1, 2 e 3). Na falta dos rebolos indicados nas £i-
Nos dois casos, a afiação se faz na face guras acima, pode-se afiar a ferramenta na
plana do rebôlo que, como se vê na figura 3, periferia de um rebôlo plano. É êste um pro-
é uma coroa circular. A ferramenta deve ter cesso de frequente emprêgo nas nossas ofici-
sua base firmemente assentada sôbre um nas. Deve ser evitado, sefnpre que possível,
apoio, com a inclinação adequada ao ângulo pois produz desgaste irregular do rebôlo, o
de folga que se pretende obter. que, além de prejudicial à sua duração, influi
Para boa conservação do rebolo dois desfavoràvelmente nas condições de afiação
cuidados são indispensáveis: da ferramenta.
1.O) a ferramenta deve ficar em contato com A face de folga ou de ataque deve ser
toda a face plana do rebôlo, para o que sempre plana. Por isso, não é aconselhável
deve ela ser deslocada constantemente, prepará-la na periferia do rebôlo plano, pois
sôbre o apoio, para um lado e outro. esta produziria uma face côncava que difi-
Assim se evita a formação de canaletas cultaria ou impediria o correto controle do
ou o arredondamento das guias do re- ângulo.
bolo;

AFIAÇAO DA FACE, DE SAfITA OU DE ATAQUE

Para ferramentas com a face de saída tato com a coroa plana do rebôlo, na incli-
plana, a afiação se faz também em rebolo que nação desejada para o ângulo de saída.
corta pela face. A ferramenta é posta em con-

MEC - 1965 - 15.000 145


e - - TORNEIRO .
CONSIDERAÇÕES TECNOLÓGICAS SOBRE A
AFIAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE TORNO
FBLHA DE
INFoRM*cAo 9.4
: MECÂNICO TECNOL~GICA
I
i

A £igura 4 mostra essa posição da fer-


ramenta.
A face de saída deve ser tão limpa e
polida quanto fôr possível.
Quando a ferramenta é especial, com
face de saída curva, a afiação deve ser feita
em pequenos rebolos que cortam na perife-
ria e que têm granulação fina.
w dt olopui

USG DA PEDRA DE AFIAR Fig. 4

Depois de esmerilhadas as cunhas da A técnica manual de afiar é pessoal e


ferramenta no rebôlo, 6 necessário aguçar as seu sucesso depende da habilidade e da prá-
arestas 'Ortantes, que se faz numa pedra tica do operador (figs. 5, 6 e 7). A duração
de afiar untada de óleo. Passando a pedra no
do gume é aumentada quando, na afiação, se
gume da ferramenta, removem-se as rebarbas
produzidas pelo rebolo, resultando arestas prepara uma estreita faixa junto à aresta
uniformes, aprimoradas e resistentes, que (0.5 mm de largura) com inclinação de cerca
melhoram a qualidade do corte e concorrem da metade do valor do ângulo de saída ou
para a maior conservação do gume (fig. 5). de ataque (fig. 8).

-
-
I

I
Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8

RECOMENDAÇõES SOBRE A OPERAÇÃO DE AFIAR

1) Evite que a ferramenta se aqueça durante entretanto, para diminuir a duração do


a esmerilhação. A operação depende de corte. O rápido aquecimento produz ainda
paciência. Exige cuidado e atenção. dilatações superficiais das quais resultam
fendas ou fissuras no aço da ferramenta.
2) Dê pressão atenuada à ferramenta, contra
o Grande pressão determina rápido 3, limpos e retificados.
aquecimento que, se não afetar a têmpera 4) Utilize pedras de afiar com granulação
do aço da ferramenta, poderá concorrer, adequada e untadas de óleo.

QUESTIONARIO

1) Quais são as duas fases da operação completa de afiar uma ferramenta?


2) Como se afiam as faces de folga?
3) Como se afia a face de safda?
4) Quais as vantagens da afiação na pedra untada de &O?
5) Quais são os cuidados nq esmerilhação e afiação? E na conservação do rebôlo?

146 MEC
.
- 1965 - 15.000
TORNEIR0 FÔLHA DE

MECÂNICO
FERRAMENTA DE ALISAR INFORMAÇÁO
TECNOL6GlCA
8.3

Os trabalhos de alisar servem para dar De qualquer moido, o alisamento, além


o acabamento final à superfície da peça, de- de dar bom aspecto à superfície usinada no
pois de ter sido desbastada. Modernamente torno, a melhora, se tiver que trabalhar sob
êste acabamento no torno é de pequena im- o efeito do atrito. Quanto mais lisa for uma
portância, pois, para conseguir elevada qua- superfície, mais reduzida será o artito.
lidade das superfícies, é melhor acabar a peça
numa retificadora mecânica.

FERRAMENTA DE ALISAR

A ferramenta de alisar pode ter uma Os dois tipos devem ser cuidadosamen-
das formas indicadas nas figs. 1 e 2. A de te afiados na pedra untada de óleo. Quanto
fig. 1 é a Ferramenta de alisar de bico urre- mais caprichada for a afiação dos gumes des-
dondado, mais comum. Apresenta U M LIGEIRO sas ferramentas, mais aprimorado será o ali-
ACHATAMENTO N A PONTA, MEDINDO 1,5 A 2 SamentO da Superfície.

Fig. 1 - F e w a m e n t a d e a l i s n ~d e bico Fif. 2 - Ferramenta d e alisar de bico


arredondado. quadrado.

VÊZES O AVANCO POR GOLPE. É RIGOROSAMENTE Na operação de alisar deve haver tam-
PARALELO À SUPERF~CIE A ACABAR. A da fig. bém unia refrigeração abundante, que con-
2 é a Ferramenta de alisar de bico quadrado. serve a aresta cortante da ferramenta. É tam-
Seu gume, também rigorosamente paralelo à bém conveniente que as ferramentas de alisar
superfície em acabamento, é largo, produ- trabalhem com profundidade de corte e avan-
zindo mais acentuada pressão de corte, razão 50 reduzidos e com rotação elevada.
pela qual esta ferramenta provoca trepidação O grau de acabamento de uma super-
quando há folga, por menor que seja, nos fície alisada é relativo e depende das condi-
mancais da árvore. O avanço, por volta, pode ções de ajustagem a que a peça deverá satis-
ir até perto da metade da largura do gume. fazer quando for montada num conjunto
mecânico.

MEC - 1965 - 15.000 137


. .

TORNEIR0 FERRAMENTA DE ALISAR F ~ L H ADE


MECÂNICO
INFORMACAO
TECNOLóGICA
8.4
L I

Fig. 3

Fig. 6 Fiç. 7

Ferramenta de alisar de bico arredon- fície usinada, e é o que se faz na ferramenta


dado - A forma do bico permite o alisa- de alisar, ESMERILHANDO UM PEQUENO ACHA-
mento em variados casos, como se vê nas figs. TAMENTO NA PONTA, ou arredondando a mes-
3 a 7. ma com um raio maior. A ponta deve tam-
As ferramentas usadas no desbaste dei- bém ser cuidadosamente polida na pedra de
xam as superfícies estriadas, como mostra a afiar. Para que, com êsse achatamento, se
fig. 8, ou onduladas, conforme se vê na consiga um corte liso, é necessário controlar
fig. 9. sua largura, de modo QUE TENHA DE 1,5 A 2
Consegue-se evitar a aspereza da super- v Ê z ~ sA MEDIDA DO AVANJO POR VOLTA.

Fig. 5' Fig. 9 Fiç. 10


,FACES E ARESTA DE CORTE

Face de saída ou de ataque - ABCD laterais ou de incidência lateral; planas, ligei-


(figs. 2 e 10). Face frontal ou de incidência ramente inclinadas, dando folgas laterais.
frontal: plana na de bico quadrado (fig. 2) e Aresta de corte - Existe sòmente no
curva na de bico arredondado (fig. 10). Faces bico, nas duas (figs. 2 e 10).

QUESTIONARIO

1) Que é a operação de alisar? Quais os seus efeitos na peja?


2) Quais são os dois tipos de ferramentas de alisar?
3) Explique o efeito do ligeiro achatamento do bico.

h8 MEC - 1965 - 15.000


TORNEIR0 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS FBLHA DE
INFORMAÇÁ~ 12.1
MECÂNICO TRIANGULARES TECNOLÓGICA
I

Entre as ferramentas de abrir roscas depois esmerilhadas com a parte útil ou cor-
usadas pelo mecânico, são usuais os bites de tante calçadas em aço rápido (fig. 2) ou com
aço rápido montados em porta-ferramentas pastilhas soldadas de duríssimo carbonêto me-
(fig. l ) e as ferramentas forjadas em aco tenaz tálico (figs. 3 e 4).

Fig. I

FERRAMENTA DE ABRIR ROSCA TRIANGULAR POR


PENETRASAO PERPENDICULAR

Apresenta o aspecto que se vê em A pequena superfície frontal achatada


perspectiva na figura 2. A figura 5, mostra faz, com a perpendicular, um ângulo de folga
detalhes característicos da ferramenta quanto ou de incidência frontal f cujo valor é nor-
aos seus perfis e ângulos. malmente f = 60 (figs. 2 e 5).
As folgas laterais, das faces A e B (fig.
O bico é afiado a 600 na ferramenta
5), variam conforme o passo da rôsca seja à
de abrir rôsca" métrica (fig. 7) e a 55O na fer-
direita ou à esquerda. Para a rôsca à direita
ramenta de abrir rosca Whitworth (fig. 8).
adota-se a folga lateral de 70 à direita (face
O vértice do perfil triangular recebe, A) e de 3O à esquerda (face B, figs. 5 e 6).
na afiação, um pequeno achatamento a que Para a rôsca à esquerda, os ângulos serão os
varia de acordo com a medida p do passo da 'mesmos em valor, mas dispostos ao contrário.
rosca. Para o passo métrico (rosca de 60°) Quanto ao ângulo de saída ou ataque
pode-se adotar a = p + 16. Para o passo in- s deve ser nuló (s = o), para rôsca de precisão
glês (rosca W - 550) adota-se a = p + 6, dan- e para rôscas em bronze, latão e ferro fundi-
do, em seguida, um perfil curvo ao bico, pois, do. Para abrir filêtes de rôscas em outros me-
segundo as normas da rosca Whitworth, seu tais aconselh'a-se, em geral, s = 20. O máximo
filêre é arredondado no fundo com um raio r , valor admissível é s = 6O. Quanto menor o
cujo valor é, em relação ao passo, r = 0,1373p ângulo de saída, mais perfeita será a repro-
(figs. 5, 7 e 8). dução do perfil da ferramenta na peça.

Fig. 5

IMEC - 1965 - 15.000 1


- - . ..-

FOLHA DE
TORNEIR0 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS INFORMACÃO 12.2
MECÂNICO TRIANGULARES TECNOLÓGICA
I

FERRAMENTA. DE ABRIR ROSCA TRIANGULAR POR


PENETRAÇÃO OBLÍQUA

A fig. 9 mostra as três vistas, com os


detalhes e ângulos dos perfis de um dos tipos
de ferramenta usados.
Os flancos A e B apresentam ângulos
de folga laterais da mesma forma que a ferra-
menta de penetraqão perpendicular.
I
Como o deslocamento é paralelo a uril
flanco do filête, trabalha a ferramenta apenas
I numa aresta cortante, como mostra, por exem-
plo, a fig. 10, em que o gume de corte é A.
Por isso, a saída ou o ataque pode ser igual à
, de uma ferramenta de desbastar.

A figura 11 mostra uni


1 outro tipo de ferramenta de
abrir rosca triangular por pe-
netração oblíqua.
Tebrica~nente,os ângu-
10s da ponta são de 60° para o
passo métrico e de 550 para o
Whitworth. Para melhor aca-
bamento do filête usa-se, na
' prática, 550 ou 56O para a
rôsca métrica, e 500 ou 51°
Fig. 1 I
para a rôsca Whitworth. As- Fig. I 0
sim, a ferramenta tra.baIha
com a folga que se vê na fig.
10, do lado B, atacando o ma-
terial segundo o gume A e
produzindo bom acaba~ento
no flanco contrário do filête,
isto é, no flanco à direita.
Fiç. 13

As regras são as já conhecidas para 2) o gume deve ficar na altura do eixo da


outros tipos de ferramentas: peça, usando calços, se necessário (fig. 12);
1) a ferramenta é fixada na posição horizon- 3) o eixo longitudinal da ferramenta deve ser
tal (fig. 12); perpendicular ao da peça (fig. 13).

1) Quais são os tipos de ferramentas de roscas triangiilares?


2) Quais são as características e os ângulos da ferramenta de penetra~ãoperpendicular?
3j Quais as características da de penetração oblíqua?
4) Cite as regras normais de posição na fixação das ferramentas.

I
178 MEC - 1965 - 15.000
I TORNEIRO
MECÃNICO I FERRAMENTA DE ABRIR ROSCA QUADRADA
- SUPORTES FLEXÍVEIS -
I FOLHA DE
TECNOLÓGICA
INFORMA~AO 1 1
15.1

A ferramenta de abrir rosca quadrada É semelhante à ferramenta de sangrar


é feita de barras de aço ao carbono ou de -bi- (bedame), da qual se distingue pelas duas ca-
tes de aço rápido e ataca o material segundo racterísticas seguintes: 1.0) a parte útil é mais
a aresta frontal AB, retilínea e horizontal (figs. curta; 2.0) os ângulos das folgas laterais (fl)
1 e 2). são diferentes e dependem da inclinação do
filête da rosca quadrada.

Fig. I Fig. 2

Os ângulos de folga frontal (f) e de saí- Quando o passo da rosca for à direita,
da (s) devem ter os valores usuais, indicados na a face BB' deve ter maior folga lateral (fl) que
tabela geral de ângulos das ferramentas de a face AA' (fig. 1). Quando o passo for à es-
corte. querda, BB' deve ter menor ângulo de folga
As faces laterais apresentam ligeira in- lateral que AA'.
clinaqão para trás, de cêrca de 10.

Fig. 3

A execução de um filête de rosca qua-


drada consiste na abertura de uma ranhura
helicoidal cuja profundidade deve ser aproxi-
madamente igual à largura e, ainda, igual à
metade do passo da rôsca (p + 2). A inclinação Fig. 4
desta ranhura helicoidal varia com o passo da
rosca e com o diâmetro da peça.
A fim de que a ferramenta possa atacar
bem até o fundo da rôsca, é necessário que as
folgas laterais sejam bem preparadas de acôr- Quando o passo for inferior ou, no lilá-
do com a inclinação do filête (figs. 3 e 4). A ximo, igual a 114 do diâmetro da peça no fun-
~
,
1
folga f~ = 40 (ou 4O a 6O - fig. 3) é, pela ex-
periência, a que permite ataque mais desem-
do da rosca, uma das faces laterais deverá ter
a folga de 80 e a outra face a folga de 2 O (fig.
baraçado da ferramenta de corte. Pelo exame 5), conforme a rosca for num sentidq ou no
, da fig. 4, sendo i o ângulo de inclinação do contrário: 1) Para ferramenta de roscar exter-
filête e f i = 40, se estabelecem as fórmulas se- no e passo à direita, 80 na face BB' e 2 O na
guintes, dos valores dos ângulos a e b: face AA'; 2) Para ferramenta de roscar inter-
no e passo à direita, 8O na face AA' e 2 O na
face BB'.

IMEC - 1965 - 15.000


TORNEIR0
MECÂNICO
FERRAMENTA DE ABRIR RoSCA QUADRADA
- SLTPORTES FL.EXÍVEIS -
INFORMAFíO
F ~ L H ADE
TECNOL~GICA
,
Quando o passo da .rosca for à esquer-
da, invertem-se as posições dos ângulos acima
indicados.
A largura da aresta AB é, teòricamente,
igual à metade do passo (p +- 2). Na prática,
porém, dá-se-lhe um ligeiro aumento: 0,04 a
0,05 mm a mais que a medida da metade do
passo da rosca.

POSIÇÕES DA FERRAMENTA

O movimento de penetração é perpen- Como a ferrarnenta é frágil e tem ares-


dicular ao eixo da peça (fig. 6). A aresta, ho- ta de corte larga, pode ser montada com o
rizontal, fica à altura do centro da peça (fig. 7). gume para baixo, o que evita quebrá-la e di-
i~iinuia vibração.

Fig. 6

SUPORTES FLEXÍVEIS

As ferramentas de roscar, assim como a que resulta bom acabamento; 3) Aumenta o


de sangrar, devem trabalhar, de preferência, rendimento da operação, pois dispensa certos
montadas eni suportes flexíveis. cuidados que, no caso de um suporte comum,
São porta-ferramentas especiais (exem- são imprescindíveis.
plo, o tipo da fig. 8), construidos de tal forma
que se flexionam ligeiramente quando a fer-
ramenta recebe grande pressão de corte. Por
causa da larga extensão de contacto da aresta
cortante da ferramenta, nas operações de san-
grar e de abrir rosca (sobretudo a quadrada)
é que convém o uso do suporte flexível.
Oferece êste as seguintes vantagens: 1)
Evita a ruptura da ferramenta, pois a flexibi-
lidade da haste curva do suporte alivia as for-
tes pressões ocasionais de, corte e não permite
que.a aresta da ferramenta se agarre à ranhu- Fig. 8
ra; 2) Produz melhores condições de corte, do

I ) Quais são as características da fertamenta de abrir rosca quadrada?


?
2) Explique as particularidades dos ângulos de folga laterais.
3) De que dependem os ângulos de folga laterais?
4) Por que se usam os suportes flexíveis? Quais as suas vantagens?
TORM EI R 0 O TORNEAMENTO CÔNICO PELO PROCESSO FOLHA DE
INFORMACÁO 13.1
MECÂNICO DE DESALINHAMENTO DA CONTRAPONTA TECNOLÓGICA

Ao montar a
peça destinada ao
torneamento cônico
por meio dêste pro-
cesso, dá-se um pe-
queno deslocamento
transversal e à con-
traponta (fig. 1 ) .
Ê s s e deslocamento
não é qualquer: cal-
cula-se, tendo e m
Fig. I
conta certas medidas
da peça e da parte
cônica que se deseja
tornear.
Resulta, das condições de montagem feituoso contato do cone da ponta com o cone
da peça entrepontas, um desalinhamento, do do furo de centro. Isso acontece tanto na
eixo geométrico da peça, em relação ao eixo ponta como na contraponta. Nos trabalhos de
do torno. estes dois eixos passam a formar, grande precisão, tal defeito é prejudicial, mo-
portanto, um pequeno ângulo (fig. 1). tivo por que é aconselhável o uso de pontas
O torneamento cônico pelo processo de esféricas, como está mostrado na fig. 3.
desalinhamento da contraponta sòmente é No torneamento de uma série de peças
realizável nas seguintes condições: cônicas iguais, é indispensável que os furos de
centro sejam executados com grande cuidado
1.o) peças colocadas entrepontas;
e precisão, sem o que haverá variação sensível
2.0 torneamento de cones externos nas conicidades.
(conseqiiência do 1.O item);

3.0) cones de pequena conicidade.

Em cones de muita conicidade o pro-


cesso é impraticável porque é muito limitada
a medida do deslocamento lateral que se pode
dar à contraponta.
Conforme se viu no estudo do cabeçote
móvel, existe, na sua base, um dispositivo de
porca e parafuso que possibilita o pequeno Fig. 2
desvio transversal do corpo do cabeçote em
relação à sua base.
O processo de torneamento cônico, coni
desvio da contraponta, oferece a vantagem de
permitir a execução do cone com o avanço
automático do carro. Como se realiza, com
frequência, para a obtenção de cones compri-
dos (e de pouca conicidade), é de interêsse o
uso do avanço automático.
Como se mostra, com exagêro, na fig.
Fig. 3
2, o desvio lateral dá como resultado o de-
TORNEIR0 O TORNEAMENTO CBNICO PELO PROCESSO F6LHA DE
MECÂNICO DE DESALINHAMENTO DA CONTRAPONTA INFORMAÇÃO 13.2
TECNOL6GICA
b I

CALCULO DO DESALINHAMENTO DA CONTRAPONTA

-4 peça, mon-
tada entrepontas e
prêsa pelo arrasta-
dor, gira em torno
do seu eixo geomé-
trico XX' que, com
o desalinhamento e
da contraponta. não
é paralelo à direção
do deslocamento da
ferramenta. Fica en-
tão uma superfície
cônica (fig. 4).
Sendo C o
comprimento total Fig. 4
da peça, c o compri-
mento do cone, D o diâmetro maior e d o di2rne~ronienor do cone, calcula-se o desali-
nliamento e da contraponta pela fórmula:
(D - d) X C 1.O exemplo: Sendo D = 42 mm, d = 38 mm, C = 160 mm e
e=
2Xc c = I 20 mm, resulta:
(42 - 38) X 160 -- 4-
X-160 2 X 160 160
e= - 2,66 mm ou
2x120 - 2 X 1 2 0 120 - 6 0
aproximadamente, e = 2,7 m m
2 O exemplo: Sendo D = 46 mm, d = 40 mm, C = 130 mm e c = 100 mm, tem-se:
(46 - 40) X 130 6 X 130 3 X 130 390 -
e= - 3,9 mm.
2 X 100 -2 X 1 0 0 100 - 100
Em lugar de todas as medidas indicadas, pode-se, às vêzes, ter apenas, como ele-
mentos de cálculo, o comprimento total da peça (C) e a conicidade dada em percentagem.
Aplica-se, então, a fórmula:
conicidade
e= X C
2
1.0 exemplo - Sendo L = 164 mm e a conicidade de 8 %, tem-se 8 % = 0,08.
O 08
Então e = LX 164 = 0,04 X 164 = 6,56 mm
2
2.0 exemplo - L = 120 mm e a conicidade de 6 %. Sendo 6 yo = 0,06, resulta: e =
-- X 120 = 0,O3 X 120 = 3,6 mm.
-- 2

QUESTIONAR10

1) Calcule e sendo C = 140 mm e a conicidade de 8 %.


2) Quais são as condições em que é realizável o torneamento cônico com o desalinhamento
da contraponta?
3) Como se evita o contato defeituoso das pontas com os furos de centro das peças? Qual
o tipo de ponta que pode ser utilizado?
4) Indique as duas fórmulas para cálculo do desalinhamento do cabeçote móvel.
5) Calcule e sendo: D = 38 mm, d = 34 mm, C = 140 mm e c = 100 mm.

. .-- -- - - - -- I
TORNEIR0 FOLHA DE

MECÂNICO
FEKRAWIENTA DE FORMA OU DE PERFILAR INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
5.7

As vêzes, no torno, precisa-se dar à peça Êste trabalho é, entretanto, difícil, exi-
uma forma variada mas regular, cujo perfil, ge muita perícia, redobrados cuidados e fre-
formado de retas e curvas, seja simétrico em quentes controles da forma por meio de mol-
relação ao eixo geométrico da peça. Serve essa des ou modelos chamados Gabaritos. Para uma
operação para tornear um Sólido de revolu- só peça ainda serve. Para o torneamento de
ção perfilado. A usinageii~no torno pode ser várias peças, em série, é, entretanto, uma ope-
feita, como está na fig. 1, por movimentos ração imprópria, capaz de produzir, apesar dos
combinados de avanços transversais e longi- cuidados, variações de formas e de medidas,
tuclinais da ferramenta. além de exigir longo tempo.

1114

Fig. 1

FERRAMENTAS DE FORMA OU DE PERFILAR

No torneamento de sólidos de revolu- Outros exemplos estão mostrados nas


ção de perfil variado é melhor o uso de ferra- figs. 3, 4, 5 e 6.
mentas cujas arestas de corte tenham as mes-
mas formas a dar à peça, como se vê na fig. 2, No torneamento de perfis relativamen-
desde que a linha de 'Orte (perinietro) lião te grandes não é o elnprêgo de uma
seja muito grande, pois neste caso há muita iinica ferramenta, pois um gume'muito ex-
trepidação o que prejudica o acabamento po-
tenso produz forte pressão de corte, resultan-
dendo quebrar a ferramenta e danificar a
peça. Essas ferramentas de forii-ia ou de per- do trepidação, o que causa o mau acabamento
filar permitem assim a execução de sulcos- da peça e 0 desgaste rápido da aresta cortante.
meia-cana, abaulamento de topos, arredonda- Para tornear perfis semi-esféricos (fig. 3) ou
mento de arestas, superfícies esféricas. etc., esféricos (figa 6) que não sejam de grande raio,
conforme o contorno que for dado As arestas a ferramenta de perfil produz resultado satisfa-
cortantes. tório.

L"
Fig. 3 Fig. f Fig.
- 5 Fig. 6

MEC - 1965 - 15.000 99


FdLHA DE
TORNEIRO
MECÃNICO
FERRAMENTA DE FORMA OU DE PERFILAR INFORMAÇÁO
TECNOLóCICA
5.8

Para qualquer operação de perfilar, é com a forma aproximada, que se vê na


aconselhável um desbaste prévio, com ferra- fig. 7.
mentas comuns, que dê à peça uma forma A fig. 9 mostra uma ferramenta de per-
aproximada da que se deseja obter. Por exem- filar substituível, firmemente engastada nu-
plo, para o esférico da fig. 8, obtido por meio ma base de aço, servindo de porta-ferramenta
da ferramenta fig. 9, faz-se um desbaste, antes, e fixada por parafusos.

rzg. Efg. 8
Fig. 9

FERRAMENTAS DE PERFIL CONSTANTE

Na fabricação de uma série de peqas 1) ferramenta prismática de perfil constante


iguais, as ferramentas de perfilar do tipo indi- (fig. 10) - fabrica-se em aço rápido, na
cado não permitem afiação direta, pois esta fresadora. Recebe têmpera e depois é re-
alteraria o perfil. Perdido o corte, pelo uso, é tificada em retificadoras planas. A afiação,
necessário preparar de novo o mesmo perfil e na face de saída ou de ataque não altera o
afiá-lo corretamente. este processo atrasa a perfil;
produ~ão.
Usam-se, então, as Ferramentas de per- 2) ferramenta circular de perfil constante (fig.
fil constan,te, cuja afiação se faz, horizontal ou 11) - é usinada no torno, depois tempe-
obliquamente, apenas na face de saída ou de rada e retificada. Pode também receber su-
ataque (figs. 10 e 11). cessivas afiações na face de saída, sem que
São montadas em porta-ferramentas o perfil fique alterado.
próprios e se apresentam em dois tipos:

de &do uu de ataque

FemmenfaC I R U I O ~

dC OlGqW

Fig. I I Fig. I0

QUESTIONARIO

1) Quais são os processos de tornear perfis? Qual o mais conveniente?


2) Que são ferramentas de perfilar? Dê exemplos de usos.
3) Qual a vantagem das ferramentas de perfil constante?

1O0 MEC - 1965 - 15.000


TORNEIRO FOLHA DE

MECÃNICO
O USO DA BROCA HELICOIDAL N O TORNO INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
4.5
I

A broca helicoidal 6, por vêzes, usada 2) para a execução de furo, definitivo, com
em trabalhos no torno. Eis alguns casos: diâmetro pequeno, quando não é posslvel
fazer nêle penetrar uma ferramenta de
1) para a execução de furo, que deva ser pos-
torno;
teriormente torneado no seu interior por
uma das ferramentas de torno, tais como 3) para a execução de furo em peça fixada na
a de broquear, a de facear interno, ou a espera superior. Em tal caso, monta-se a
de abrir rosca interna; broca na árvore do torno.

BROCA FIXADA NO CABEÇOTE MOVEL

No caso mais comum do uso da broca dem ser de haste cilíndrica, não exigindo gran-
no torno, é ela fixada no cabeçote móvel, en- de pressão de corte, faz-se a fixacão no man-
quanto a peça se prende geralmente numa pla- gote por meio de um mandril (fig. 1).
ca de castanhas: a broca é então fixa, a peça As brocas maiores devem ser de haste
possui o movimento de corte e o avanço é cônica e se fixam, ou diretamente no mangote,
dado manúalmente no volante do cabeçote se forem iguais os cones Morse, ou por meio
móvel, pelo deslocamento do mangote. da bucha de redução que for adequada (fig. 2).
Para brocas até cerca de 1/2", que po-

\
I . Ir'-
Fig. 1

MODO DE GUIAR A BROCA AO INICIAR O FURO

A aresta da ponta da broca ao iniciar até que suas arestas cortantes tenham pene-
a penetração na peça, devido A rotação desta, trado bem na peça.
tende a desviar-se, podendo assim descentrar Em trabalhos comuns, usa-se guiar a
o furo. I? necessário, portanto, guiar a broca, broca, no inicio do furo, por iueio de uma

1 I
MEC - 1965 - 15.000 87
-.-e . . . --
TORNEIR0 FÔLHA DE
MECÂNICO O USO DA BROCA HELICOIDAL NO T O R N O INFORMAÇÁO
TECNOLõGICA
4.6
I

peça de aço doce ou de latão, podendo ter,


num dos topos, uma ranhura em "V" para en-
costo (fig. 3). Fixa-se esta peça no porta-ferra-
menta do torno, de modo a ajustar as duas
faces da ranhura em "V", sem pressão, ao cor-
po da broca.

Fig. 3

PRECAUCõES PARA EXECUTAR FURO CENTRADO

Fig. 4

É aconselhável usar, antes da execução 2) Pode-se também usar, na iniciação do furo


do furo, ou a broca de centrar, ou uma broca uma ferramenta chata de centrar, de pon-
curta, ou ferramenta chata de centrar. ta aguda (fig. 5), montada no porta-ferra-
menta. Este processo não é usado com mui-
1) Havendo necessidade de centragem rigo- ta frequência.. É aconselhável, no caso de
rosa, o furo pode ser iniciado com uma execução de furos em série, porque de-
broca de centrar (fig. 4). A broca helicoi- manda menos tempo, visto ficar a broca
dal, montada, depois no mandril (ou di- helicoidal fixada no mandril ou no cabe-
retamente no mangote, ou em bucha de çote móvel, durante toda a duração do tra-
redução), será guiada normalmente, sem balho. Para iniciar cada novo furo, afasta-
desvios. se a broca helicoidal e aproxima-se do topo
da peça a ferramenta de centrar.

QUESTIONARIO

1) Cite três casos de utilização da broca no torno.


2) De que forma trabalha mais comumente a broca no torno?
3) Indique o processo de guiar a broca, para furo no torno.
4) Indique os métodos de executar furo centrado.

88 MEC - 1965 - 15.000


FOLHA DE
TORNEIRO RECARTILHAS INFORMACAO 6.1
MECÂNICO TECNOL~GICA
-- -

Se certas pe~astiverem superfícies ru- A superfície estriada se denomina re-


gosas, ao serem utilizadas manualmente per- cartilhado, que é também o nome da opera-
mitem melhor aderência, são seguradas entre cão por meio da qual se produz tal rugbsidade.
os dedos com mais firmeza. É o caso das ca-
beças dos parafusos de manobra dos instru-
mentos de medida, dos cabos de certos uten-
sílios ou ferramentas e dos manipulos de al-
guns órgãos de máquinas.
Pelo emprêgo de uma ferramenta espe-
cial, denominada Recartilha, obtém-se, no tôr-
no, a superfície com rugosidade ou aspereza
desejada. A ferramenta executa, na superfí-
cie da peça, uma série de estrias ou sulcos, pa-
ralelos ou cruzados.

RECARTILHAS

As recartilhas, que dão nome ao con- O tipo mais usado de recartilha é o da


junto da ferramenta, são roletes de aço tem- fig. 1. Na haste de aço se articula uma cabeça,
perado, extremamente duros. Na sua super- na qual estão montados dois roletes recarti- i
fície cilíndrica, apresentam uma série de den- lhadores. Conforme o desenho do recartilha-
tes ou estrias que penetram, mediante grande do que se quer dar à superfície, usam-se re-
pressão, no material da peça, transformando cartilhas com roletes de estrias inclinadas ou
a superfície lisa em superfície estriada ou ru- não, com maior ou menor afastamento.
gosa. As figuras 2 a 7 apresentam tipos usuais
Em geral, a superfície externa dos ro- de roletes recartilhadores. Com a recartilha
letes da recartilha não é perfeitamente cilín- de dois roletes, como êstes têm estrias de in-
drica: há uma ligeira convexidade ou uma clinações contrárias, resultam sulcos cruzados.
leve concavidade, conforme a aplicação a dar O recartilhado simples se faz, em geral, com (
à ferramenta. recartilha de um só rolete, não articulada.

Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6 Fig. 7


Grosso Médio Fino Grosso Médio Fino
inclinado. inclinado. inclinado. reto. reto. reto.

REGARTILHADO

Monta-se a recartilha no porta-ferra- tra um detalhe do recartilhado de um cilin-


menta do torno, fixando-a como se fosse uma dro, com a recartilha de dois roletes, que pro- 1

ferramenta usual de tornear. Na fig. 8 se mos- duz, de uma vez, o estriado cruzado.

MEC - 1965 - 15.000 . 107


TORNEIR0 RECARTJTILIIAS FOLHA DE
INFORMAÇAO 6.2
MECÂNICO TECNOLÓGICA
1

Os roletes são arrastados pela rotação da


peça, e como estão firmemente pressionados
contra ela, imprimem, lia sua superfície, o de-
senho de estrias cruzadas, à medida que o car-
ro porta-ferramenta se desloca paralelamente
ao eixo longitudinal da peça que está sendo
trabalhada.
Vê-se que o recartilhado é uma opera-
ção que demanda grande pressão no contacto
entre a ferramenta e a superfície da peça. Exi-
ge, pois, cuidados:
1) para que não sejam deformadas as peças
fracas;
contacto com a superfície da peca. A partir
2) Ou descentradas as peças na pia- de um dos extreinos desta, em cêrca de 1 a
ca; 2 mm de largura, aplicam-se com forte pres-
3) ou estragados os centros das peças entre são os roletes. Quando as estrias se apresen-
pontas. tam com a profundidade desejada, liga-se a
Deve-se executar o recartilhado em marcha automática do carro, lubrifica-se bas-
mais de um passe, para que seja menor a pres- tante (exceto para bronze e ferro fundido) e
são. Monta-se a recartilha no porta-ferramen- executa-se o recartilhado com baixa rotação e
ta, de modo que os dois roletes fiquem em pequeno avanço.

TABELA DE PROPORÇõES DOS RECARTILHADOS

Levam-se em conta o material e as di- recartilhado. Eis uma pequena tabela que es-
mensões das peças. para dar boa aparência ao pecifica dimensões (ver figs. 9 e 10).

1
-r

Fig. 9 - Simples.

4
Fig. 10 - Cruzado.

QUESTIONÁRIO

1) Que é o recartilhado? Para que se faz? Que é a recartilha?


2) Quais são as particularidades dos roletes? Quais os tipos usuais de roletes?
3) ~ x ~ l i como
~ u e se faz o recartilhado. Quais as c~iidadosa tomar?

108 MEC - 1965 - 15.000


F6LHA DE
TORNEIRO FERRAMENTA DE BROQUEAR INFORMAÇAO 8.1
MECÂNICO TECNOLÓGiCA
3

Quando o torneiro fura uma peça no A operação que o torneiro executa para
tôrno, com uma broca, obtém geralmente o desbaste e o acabamento das superfícies in-
uma superfície interna rugosa que nem sem- ternas dos furos, com diâmetro preciso e bom
pre se apresenta bem centrada e perfeita- estado de superfície, se chama broquear. Por
mente cilíndrica. Por outro lado, as brocas essa operação se produzem interiormente
de diâmetros grandes são muito caras e, por tanto superfícies cilíndricas como superfícies
isso, raramente se usam nos trabalhos de cônicas.
tôrno.

FERRAMENTA DE BROQUEAK

Fig. I Fig. 2

Fig. 3 Fig. 4

A ferramenta de broquear, de aço ao


carbono ou de aço rápido forjado, apresenta,
em geral, a forma indicada na fig. 1.
Atua, no interior do furo, da maneira
mostrada nas figs. 2 e 3. Outro tipo de ferra- Fig. 5 - Czirva, para furos passantes.
menta de broquear consiste em um bite de
aço rápido fixado, por meio de um parafuso,
perpendicularn~enteao eixo longitudinal de
uma haste própria, montada no porta-ferra-
menta (fig. 4).
Nesta haste há um orifício transversal,
de seção retangular, para o alojamento do
Fig. 6 - Reta, inclinada, para furos não passantes.
I
bite.
Quanto à forma geral, os tipos usuais
de ferramentas de broquear estão mostrados
nas figs. 5, 6 e 7, em suas respectivas posições Fig. 7 - Curva, para ranhuras internas.
de usinagem:
. .- - - -
TORNEIR0 FERRAMENTA DE BROQUEAR
FÔLHA DE
INFORMAÇAO 8.2
MECÂNICO TECNOLÓGICA

I - CARACTERÍSTICAS DA FERRAMENTA DE BROQUEAR

São fabricadas geralmente na forja, a Alguns técnicos aconselham para êste


partir de barras de aço de seção quadrada ou ângulo 450. O ângulo de folga usual é f = 6O
redondd. A porção da haste que penetra no e o ângulo de saída mais empregado para
furo recebe uma seção cilíndrica mais redu- trabalhos comuns em aço ao carbono é
zida. O bico, encurvado, é forjado de tal ma- s = 29O (fig. 10).

Fiç. 8

L*0% Fig. 9 Fig. ia

neira que a parte mais elevada da aresta de Figura, a seguir, uma tabela de valores
corte fica à altura do eixo da barra, como se dos ângulos de folga ou incidência e de saída
vê na fig. 8. ou ataque para alguns materiais, com ferra-
A curvatura do bico deve dar uma in- mentas de broquear de aso rápido (indicadas
clinação lateral segundo o ângulo de 30°. O por R) e com ferramentas de pastilhas de
ângulo de direção é também de 30° (fig. 9). carbonêto metálico (CM):

MONTAGEM DA F E R U M E N T A DE BROQUEAR

A ferramenta, que deve ter a maior


grossura possível, de acordo com o diâmetro
do furo a broquear, é fixada no porta-ferra-
menta, mantendo-se o comprimento da parte
útil um pouco maior que a profundidade do
furo.
Pode ser montada normalmente (fig.
11) ou invertida (fig. 12). No segundo caso,
evita-se a trepidação, se houver folga na ár-
vore do torno. Em qualquer das duas posi-
Fig. 11 Fig. 12
ções, o bico deve ficar ligeiramente acima do
centro da peça.

QUESTIONARIO

1) Em que consiste a operação de broquear?


2) Quais são os tipos de ferraineiltas de broquear?
3) Dê as características da ferramenta e os ângulos de corte usuais.
4) Explique particularidades sobre a montagem da ferramenta de broquear.

I136 MEC - 1965 - 15.00


FBLHA DE
TORNEIRO FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO INFORMACAO 14.5
MECÂNICO TECNOLÓGICA

A operação de facear interno ou a de nos fundos dos furos não passantes, ou nos re-
rebaixar interno serve para terminar o tor- baixos internos de qualquer tipo.
neamento com uma ferramenta apropriada,

FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO

A mesma ferramenta pode tanto facear posição do seu gume em relação à face em usi-
como rebaixar. Sua ponta é bem aguda (figs. nagem, a ferramenta de facear interno não
1, 2 e 3) para a obtenção de cantos vivos na deve ser utilizada em trabalho de desbaste
interseçáo da superfície cilíndrica interna do grosso mas apenas em operações de acaba-
furo com os planos transversais do fundo ou mento.
do rebaixo. Como as demais ferramentas de torno,

(vista de cima).

Eig. 1 - Ferramenta de facear interno (visto de lado).

Sua aresta cortante deve fazer um ân- a de facear interno é forjada em aço ao car-
gulo de 80 a 1 2 O com o plano transversal que bono ou em aço rápido, esmerilhada e afiada
por ela está sendo executado, como está na para formar as faces, os ângulos e as arestas de
fig. 2. Vê-se, na fig. 3, a posição em que a fer- corte. Após essa preparação, passam ainda pe-
ramenta faceia o fundo do orifício. Observa- los processos de têmpera e revenimento. As
se, ainda, na fig. 2, que apenas uma pequena ferramentas de usinagem interna (broquear,
parte da aresta cortante, próxima ao bico, ata- facear interno, abrir rosca interna) são de con-
ca a superfície do material. fecção mais difícil que as de torneamento ex-
Por ter ponta bem aguda, e devido à terno, devido às suas formas especiais.

Fig. 3

FERRAMENTA DE BITE DE FACEAR INTERNO

Para evitar o trabalhoso processo de for- de aço rápido, bem esmerilhado, afiado no
jamento da ferramenta, pode-se usar um bite extremo cortante e montado etn suporte pró-

I
MEC - 1965 - 15.000 19
FÔLHA DE
TORNEIRO FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO INFORMACÁO 14.6
MECÂNICO TECNOLÓGICA

prio. Possui êste um rasgo in-


terno, de seção quadrada ou
retangular, no qual se aloja o
bite, em posição inclinada. Sua
fixaqão se faz por meio de um
parafuso de apêrto, ou pela
pressão de uma haste que for-
ça o bite contra a parede do
furo quadrado. A fig. 4 mostra
uma ferramenta de tal tipo,
com o bite faceando o fundo Fig. 4
do orifício.

POSIGãO DA FERRAMENTA DE FACEAR INTERNO

O eixo longitudinal do corpo da ferra- malmente, fique o bico cortante no mesmo


menta, na fixação desta, deve ser disposto pa- nível do centro da peça (fig. 6). Algumas vê-
ralelamente ao eixo geométrico da peça (fig. zes, quando for fina a haste da ferramenta,
5). Os deslocamentos da ferramenta de facear convém dispor o bico ligeiramente acima do
interno estão indicados na fig. 5. centro. Com a pressão do corte, a haste sofre
Quanto à altura, monta-se a ferramenta pequena flexão e o gume se coloca pràtica-
no porta-ferramenta de forma tal que, nor- mente à altura do centro.

Fig. 5 - Ferramenta de facear vista de cima.

QUESTIONARIO

1) Quais as finalidades das operações de facear interno e de rebaixar


interno?
2) Quais as particularidades da ferramenta forjada de facear ou de
rebaixar interno?
3) Dê explicação sobre outro tipo de ferramenta de facear interno.
4) Indique: a) qual a posição da ferramenta de facear interno (altura
e direqão; b) quais os sentidos dos deslocamentos da ferramenta.

96 MEC - 1965 - 15.000


.TORNEIR0 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS INTERNAS F ~ L H ADE
INFORMAÇAO 16.9
MECÂNICO TECNOLÓGICA

As ferramentas de abrir roscas internas, na sua forma geral, podem apresentar-se se-
I
gundo do& tipos: ferramenta forjada e bite.

FERRAMENTA 'FORJADA DE ABRIR ROSCAS INTERNAS

É fabricada a partir de uma barra de


aço carbono ou de aço rápido. Seu aspecto é o
indicado, em perspectiva, nas figs. 1 e 3. I
I A extremidade útil é forjada, esmeri-
lhada e afiada de acordo com a forma do fi-
lête que se deseja abrir internamente, em uiri
Fig. I

furo já praticado na peça. A ferramenta da


fig. 1 é apresentada novamente, em suas três
vistas, na fig. 2. Destina-se ela ao corte de fi-
lête triangular interno. A ferramenta mostra-
da na fig. 3 serve para a abertura de filête
trapezoidal.
c41
';i1 &

As ferramentas forjadas devem ser usa- Fig. 2


das de preferência na abertura de roscas em
furos de pequena profundidade. Em furo pim-
fundo e estreito, torna-se necessário diminuir
sensivelmente o diâmetro da haste redonda.
Além disso, devendo ser ela comprida, flexio-
na-se fàcilmente devido à pressão de corte, Fig. 3
está sujeito a quebrar-se e, por outro lado,
não permite bom acabamento da rosca.
Em todo o caso, sendo indispensável o
uso de uma ferramenta de haste fina e coiil-
prida deve-se fixá-la de modo tal que o bico
fique um pouco acima do centro da peça: com
a ligeira flexão, o gume vem colocar-se na al-
tura conveniente.
Ao montar a ferramenta de roscar in-
terno, recomenda-se o cuidado de dar-lhe po-
sição correta em relação à superfície a atacar.
Para isso emprega-se o escantilhão, da manei-
Fig. 4
ra indicada na fig. 4.
De um modo geral, os ângulos de afia-
ção da ferramenta de roscar interno são idên-
ticos ao da ferramenta de roscar externo. En-
tretanto, recomenda-se, conforme o caso, um
ângulo de folga ou incidência frontal mais
acentuado, para evitar que a aresta frontal ou
a face frontal da ferramenta venha atritar con-
tra a superfície que está sendo atacada ou con-
tra a superfície do filête.
A fig. 5 mostra uma ferramenta de ros-
car triangular interno, na posição em que está
abrindo o filête na parede interna do furo de
uma peça.
TORNEIR0 FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS INTERNAS
F ~ L H ADE
MECÂNICO : ~ ~ ; \ ~ ~ + G1~6.10
I

BITE DE ABRIR ROSCA INTERNA

É uma pequena peça de aço rápido, em Quando o furo a roscar não é vazado, a
cuja extremidade útil se esmerilham e se afiam rosca é terminada numa ranhura cilíndrica
os ângulos e o perfil do tipo de rosca que deve (rebaixo de saída), preparada antes no fundo.
ser aberta. O bite é montado num suporte Neste caso adota-se um sistema de apêrto di-
próprio, reforçado, de forma cilíndrica, con- ferente (fig. 7), uma vez que s parafuso no
forme ilustra a fig. 6. Aí se aloja num orifício topo de ataque impediria o acabamento da
transversal, de seção quadrada ou retangular, rosca no fundo. O parafuso é disposto no topo
no qual é apertado por meio de um parafuso contrário e o apêrto é transmitido através de
de pressão. uma haste alojada num furo central.

Fig. 6 Fig. 7

OBSERVAJ~ES
:

1) A parti: livre da ferramenta forjada deve 3) A altura do gume deve coincidir com a al-
ter o comprimento estritamente necessá- tura do eixo da peça.
rio a cada operação, de acordo com a pro-
fundidade do furo. 4) É preferível ouso do porta-ferramenta com
bite ao emprêgo da ferramenta forjada,
2) O bite deve ter também o comprimento es- que apresenta dificuldade em sua confec-
tritamente necessário para não embaraçar ção e, em certos casos, não executa acaba-
a manobra do porta-ferramenta no inte- mento tão bom quanto o do bite.
rior do furo.

QUESTIONARIO

1) Quais são os dois tipos de ferramentas de abrir roscas internas?


2) Por que não convém a ferramenta forjada em furo profundo e
estreito?
3) Quando a ferramenta é fina e comprida, qual o cuidado na sua
montagem?
4) Quanto aos ângulos, qual a particularidade da ferramenta de abrir
rosca interna?
5) Explique como trabalha o bite na abertura de rosca interna.

228 MEC - 1965 - 15.000


TORNEIR0 CALIBRADORES C6NICOS - (CONE - F6LHA DE
MECÂNICO VERIFICAÇÃO - CONES NORMALIZADOS)
INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA
14.1

A superfície cônica desempenha fun- Os cones são utilizados, principalmen-


ção de grande importância nos conjuntos ou te, nas fixações de ferramentas rotativas
dispositivos mecânicos. Permite o cone um (exemplos: cones Morse, métrico, "standard"
tipo de ajustagem com a característica espe- americano e Brown Sc Sharpe) e em conjuntos
cial de poder proporcionar enérgico apêrto desmontáveis (tais como polias ou engrena-
entre peças que devam ser montadas ou des- gens montadas em eixos) nos quais seja in-
montadas com certa frequência. dispensável a rigorosa concentricidade.

ELEMENTOS DE EXECUGÃO E VERIFICAÇÃO DO CONE

São os seguintes (figs. 1 e 2): Diâmetro


maior (D), diâmetro menor (d), comprimento
(C) e ângulo (a) da geratriz do cone com o
seu eixo geométrico.
A conicidade pode ser fixada:
1) ou pelo ângulo a em graus;
2) ou pela porcentagem de conicidade,
D-d
dada pela fórmula e % = X 100.
C
Exemplo:
D=34mm; d = 2 8 m m . e C = .....
= 120 mm. A conicidade é então e Cr, = . . . .

3) ou pela inclinação da geratriz do


cone, dada em porcentagem pela fórmula Fig. 2

VERIFICAÇÃO DOS CONES - CALIBRADORES CÔNICOS

O correto controle da execução de um Emprega-se, também, ou uma peça ma-


cone exige, à vista do exposto: 1.O) verifica- cho, ou uma peça fêmea, já usinada, para
ção de medidas; 2.0) verificação da conicida- servir de Calibrador, respectivamente, para a
de; 3.O) verificação de regularidade da forma. peça fêmea (Fig. 5) ou para a peça macho
Ora, numa peça, os diâmetros e o ân- que está sendo torneada.
gulo do cone não podem ser medidos com A verificação da ajustagem dos cones
grande precisão usando os instrumentos co- interno e externo se faz por contato. Para isso,
muns de medição. dão-se quatro traços equidistantes (a giz ou a
Por isso, na prática, utilizam-se Cali- lápis especial, oleoso) segundo as geratrizes,
bradores cônicos que, conforme o caso, será no cone exterior. Introduz-se êste no cone
um Calibrador tampão cônico retificado (Fig. interior e gira-se suavemente um contra o
4) ou uma Bucha de furo cônico retificado outro. Ao retirar, se os traços estiverem apa-
(Fig. 3), de dimensões e proporções normali- gados em toda a sua extensão, o contato dos
zada~. cones está correto.
MECÂNICO CALIBRADORES CBNICOS - (CONE - INFORMAÇAO
FBLHA DE
TORNEIRO VERIFICAÇAO - CONES NORMALIZADOS) TECNOLÓGICA 14.2
,

CONES NORMALIZADOS

Em geral, as máquinas-ferramentas cas, alargadores, machos, escareadores, cen-


possuem árvores ou eixos com furos cônicos tros, buchas de redução, etc.). Todos êstes
destinados à fixação das hastes cônicas das cones são normalizados, sendo mais comuns
ferramentas rotativas ou de acessórios (bro- os dos sistemas métrico e moi-se.
TABEH,A DE DIMENSOES DOS CONES MCTRICOS
(CONICIDADE 1 : 20) - MEDIDAS EM min

TABELA DE DIMENSíSES DOS CONES MOKSE


MEDIDAS EM mm (Figs. 6 e 7)

Os outros sistemas de cones mais co- Standard Americano (conicidade aproxiinada


muns, sobretudo em fresadoras, são: Brown . de 1 : 24); e Jarno (conicidade de 1 : 20).
& Sharpe (conicidade aproximada de 1 : 24);
l J
1 :92 MEC - 1965 - 15.000 '
TORNEIRO
MECÂNICO I CABEÇOTE FIXO DO TORNO - ARVORE
REDUTOR DE VELOCIDADE DA ARVORE I FÔLHA DE
iNFORA4AFAO
TECNOLÓGICA
115.3 1
O cabeçote fixo do torno contém a Ár- canismo de mudanja de velocidade da árvore
vore, ou eixo principal de rotacão, e, em ge- na caixa do pé do tôrno, ou então o cabeçote
ral. os mecanismos de redu.ção e de inversão fixo é uma caixa de câmbio de velocidade.
de marcha (fig. 1 ) . Muitos dos toriios moder- Neste último caso, contém o cabeçote fixo di-
nos possuem árvore com monopolia (uma só versos pares distintos de engrenagens que,
polia) e não com polia ern degraus, como combinados por acionamento de alavancas ex-
mostra a fig. 1. teriores, permitem rápidas e fáceis mudanças
No caso de monopolia, ou há um me- de velocidade da árvore do tôrno.

Fig. 1 - rMeconisrno do cnbeçote f i x o .

ARVORE

É um eixo Ôco, de aço especial (por Na árvore, estão montadas externamen-


exemplo aço-cromo-níquel), endurecido, reti- te (fig. 1) a polia, que recebe a rotação do mo-
ficado e superacabado, de modo a apresen- tor elétrico, e as engrenagens de transmissão
necessárias. Quando o dispositivo de redução
tar superfícies finamente polidas nos contac-
ou "de dobrar" é do tipo da fig. 1 (moderna-
tos dos mancais (fig. 2). Assenta a árvore em mente o mais usado), há ainda o mecanismo
mancais & bronze fosforoso. Junto ao rebaixo de acoplamento, capaz de permitir a marcha
posterior, fica em contacto com um manca1 direta (acoplamento fechado) ou a marcha re-
de encosto, que recebe a pressão longitudinal duzida (acoplamento aberto).
resultante do esforço de corte exercido pela
ferramenta.
A conicidade do furo, na parte interior.
se destina ao alojamento da ponta de aço.

I
MEC - 1965 - 15.000
I
205
TORNEIRO
I CABEÇOTE FIXO DO ,TORNO - ARVORE
REDUTOR DE VELOCIDADE DA ARVORE

i
I FBLHA DE
iNFORMA~A0
TECNOLóGICA
115.41

MECANISMO DE REDUÇAO DA VELOCIDADE DA ARVORE

Fig. 1 - A polia P gira livremente na (1.igadas por uma bucha e deslizantes no seu
árvore do torno ("polia louca") e constitui um eixo E) se desengrenam das rodas dentadas su-
só conjunto com a roda de engrenagem A e periores A e D (deslocamento para a esquerda)
a parte esquerda da luva L de acoplamento. quando a luva de acoplamento se fecha. Neste
A parte direita desta luva desliza longitudi- caso produz-se marcha direta.
nalmente na árvore, por meio de rasgos de Na marcha com velocidade reduzida, o
chavêta ou de estrias, com pequeno desloca- acionamento da alavanca exterior engrena as
mento, suficiente para que, ao acionar-se uma rodas B e C com as rodas A e D (deslocamento
alavanca exterior, ela se una à parte esquerda para a direita), ao mesmo tempo que a luva
ou dela se afaste. A fig. 1 mostra a luva aberta. de acoplamento se abre (posição da fig. l),
As duas rodas dentadas inferiores B e C resultando a marcha reduzida.

REDUTOR DE VELOCIDADE DA ARVORE MANOBRADO


POR EXCÊNTRICO

Nos tornos antigos, é êste o tipo de me-


canismo redutor mais comum. O exame da
fig. 3 faz compreender o funcionamento. A
polia em degraus, ligada solidàriamente à roda
dentada A, forma um conjunto que gira livre
na árvore ("polia louca"): Um pino de engate

-
liga a roda dentada D à polia em degraus
ou as desliga. A roda D é prêsa à árvore.
Pela alavanca E se gira uma bucha de
furo excêntrico, o que faz o conjunto das ro-
das B e C engrenar nas rodas A e D ou, ao
contrário, desengrenar.
Na posição indicada na fig. 3, as qua-
tro rodas estãa engrenadas e o pino de en-
gate solto. A rotação 'da polia em degraus se Fig. 3 - Vista do cabeçote, por cima.
transmite por A, através das rodas B e C, à
roda dentada D, resultando marcha reduzida sengrenam de A e D. Move-se o pino de en-
da árvore. gate, que prende a roda D à polia em degraus,
Acionando-se a alavanca do excêntrico e a marcha será direta, tendo então a árvore
E em sentido contrário, as rodas B e C se de- a mesma rota~ãoda polia em degraus.

1) Quais são os órgãos e mecanismos do cabeçote fixo?


2) Quais são as características da árvore e como é ela apoiada?
3) Explique, resumidamente, o funcionamento do redutor de marcha
do sistema de luva de acoplamento.
4) Explique, resumidamente, o funcionamento do redutor de excên-
trico.
TORNEIRO
MECÂNICO I PRINCIPIO DOS MECANISMOS DE REDUÇÃO
DA VELOCIDADE DA ARVORE DO TORNO
I F6LHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA I 15.5

Fig. 1

Então, as 400 rotações da polia, através do


Observe a alavanca exterior na posição
sistema redutor, ficam reduzidas apenas a 50
1, abrindo a luva de acoplamento e engrenan-
do as rodas dentadas A-B e C-D (fig. 1). r.p.m. na árvore (400 -+ 8 = 50).
O que produz a MARCHA REDUZIDA é Realmente, quando a polia P dá 8 vol-
essa combinação das engrenagens A-B e C-D. tas, a roda A (de 35 dentes) executa também
8 voltas e a roda B (com o dobro do número
Pela abertura da luva, dá-se o desvio ou a de-
rivação do movimento de rotação através do de dentes, 70) realiza apenas a metade das
sistema redutor constituído pelas rodas B evoltas, 4.
C, as quais se acham firmemente ligadas por A roda C (20 dentes) também dá 4 vol-
uma bucha que gira no eixo E. tas, pois está ligada à roda - enquanto a roda
Os números de dentes das rodas de uma
D (com 4 X 20 dentes = 80 dentes) efetua a
engrenagem têm uma relação determinada. quarta parte das rotações de C, isto é, 1 volta.
Suponhamos que a polia P (ligada sem- Vê-se, pois, que ''&brando o torno"
(isto é, engrenando o redutor), a velocidade
pre à roda dentada A) gire com 400 r.p.m. Se-
jam, por exemplo: A, roda condutora, com da árvore (400 r.p.m.), no exemplo dado, fi-
35 dentes; B, roda conduzida, com 70 dentes;
cou 8 vêzes menor que a velocidade da polia
C (ligada a B pela luva), roda condutora, com
que gira livre sobre a árvore (50 r.p.m.).
20 dentes; e roda conduzida, com 80 dentes. Para se fazer o cálculo de uma redução
Têm-se, então duas relações : de velocidade por engrenagens, basta dividir
A 35 1 C 2O 1 o produto dos números de dentes das rodas
-----
- - e . = j = j - ~ = condutoras
~ pelo dos números de dentes das
rodas conduzidas. No exemplo dado, tem-se:
A redução de velocidade se obtém multipli-
cando as duas relações: 35 X 20 700 1
Redução -
1 1 1 70 X 80 =5600=8'
TXa=F
TORNEIR0 PRINCÍPIO DOS MECANISMOS DE REDUÇAO F ~ L H ADE
INFORMAÇÃO
MECÂNICO DA VELOCIDADE DA ARVORE DO T O R N O TECNOLóGICA

MARCHA DIRETA

Para se obter a mesma velocidade da A e D e, ao mesmo tempo, fecha a luva de


polia (400 r.p.ni.) para a rotação da peqa a tor- acoplamento. Nestas condições, as 400 r.p.m.
ilear, ligada à árvore, basta mover a alavanca se transmitem diretamente da polia à árvore,
exterior para a esquerda (posição 2 da fig. 1). porque o fechamento da luva torna a polia
O mecanismo da alavanca é tal que desengre- em degraus solidária com a árvore do torno.
i-ia, por deslizamento, as rodas B e C das rodas

EXEMPLO DO CALCULO DE REDUÇÃO N O CASO DO


REDUTOR DE EXCRNTRICO

Procede-se de modo parecido:


Sejam: Roda A, condutora (25 dentes);
B, conduzida (50 dentes); C, condutora (20 -
dentes); e D, conduzida (60 dentes). Observe
a fig. 2.
Aplicando-se a regra resulta:

---
25 X 20 500
------
1
Redução
- 50 X 60 - 3000 - 6

De fato, enquanto a polia em degraus


dá 6 voltas, a roda A (25 dentes) efetua tam-
bém 6 voltas; a roda B (50 dentes) executa 3
voltas: a roda C (20 dentes) realiza também 3
voltas; e a roda D (60 dentes) dá 1 volta.
Fiç. 3

NUMERO DE VELOCIDADES

I
O número de velocidades da árvore do 8 velocidades da árvore: 4 velocidades por
torno, com os mecanismos indicados, é depen- acionamento direto e 4 velocidades reduzidas,
dente do número de degraus da polia. Para ou com o "torno dobrado".

QUESTIONARIO

1) Como se produz a marcha da árvore do torno com redução?


2) Explique o princípio da redução de velocidade empregando as ro-
das: A (16 dentes) - B (48 dentes) - C (15 dentes) - D (60 dentes).
3) Qual a regra para calcular uma redução por engrenagens?
FOLHA DE
TORNEIR0 PLACA DE QUATRO CASTANHAS INFORMACÃO 16.3
MECÂNICO INDEPENDENTES TECNOLÓGiCA

V'írias operações de tornearia mecânica exigem que a peça seja prêsa, apenas por
uma das partes, em uma placa que possa mantê-la firmemente durante a usinagem. A
placa de quatro castanhas independentes é uin dos tipos utilizados para êsse fim.

PLACA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES

E um acessório destinado à fixação de peças nos casos


em que material é irregular, geralmeqte, fundido, forjado
ou com laminação defeituosa, nos casos de peças muito pe-
sadas, ou, ainda, nos casos em que se pretende fazer uma
centragem rigorosa com o auxílio do comparador. Seu corpo
é, em geral, de ferro fundido ou aço fundido. As castanhas
para o apêrto das peças são de aço e endurecidas por têmpera.

O nome desta placa se deve ao fato de que cada uma


das castanhas é separadamente deslocada, no sentido radial,
aproximando-se ou afastando-se do centro. Para isso, usa-se
a chave mostrada na fig. 1, encaixando-a no orifício quadra-
do dos parafusos que se alojam em cada uma das quatro
ranhuras da placa, por trás da castanha (figs. 1 e 2).

Como mostra a fig. 2, cada castanha possui canaletas


laterais, que servem de guia ao seu deslocamento. Além
disso, a parte inferior da castanha que se ajusta ao parafuso
é roscada. Movendo-se a chave num sentido, o parafuso gira
e sua rôsca determina o deslocamento radial da castanha,
que se comporta como se fora uma porca, na direção do
centro da placa (movimento do apêrto). Movimentando a
chave no sentido contrário, a castanha se desloca afastando-
se do centro da placa (movimento de desapêrto).

A placa de quatro castanhas apresenta, no centro, um


furo cilíndrico que fica alinhado com o da árvore do torno.
Essa disposição permite a passagem de peças longas que de-
vam ser torneadas. A placa se atarraxa no extremo da árvore
do torno por meio de uma rôsca interna situada na sua
parte posterior, no prolongamento do furo cilíndrico cen-

As castanhas são reversíveis, isto é, podem ser encai-


xadas nas ranhuras respectivas, ficando todos os degraus vol-
tados para o centro (fig. I ) ou, ao contrário, para a perife-
ria (fig. 2).
A placa de quatro castanhas independentes é muito
utilizada, porque pode prender, em geral, peças de variadas
formas. Além disso, devido ao inoviineiito independente das
castanhas, permite centragexn pràticamente exata da peça.
Presta-se bem A fixacão de pecas fundidas em bruto, de peças
cie formas irregulares e de peças que já tenham uma parte

I
i IMEc - 1965 - 15.000 I I
22 1
I '
I 1

I TORNEIR0 PLACA DE QUATRO CASTANHAS FBLHA DE


INFORMACÃO
MECÂNICO INDEPENDENTES TECNOLÓGICA
16.4
I

torneada. Dispõe, geralmente, de diversos ras- i


gos radiais e furos, que possibilitam a monta-
gem de grampos, contrapesos e outros acessó- Peço o f i r
rios necessários à colocação do trabalho numa
determinada posição.
As circunferências concêntricas, grava- 4
das na face anterior da placa, a. distâncias de-
terminadas, facilitam a centragem aproxima-
da de peças cilíndricas.
Para a fixação, e centragem aproxima-
da, de peças cilíndricas, assim se procede
"

(fig. 4):

1.O) abrem-se as castanhas concêntricamente,


tomando como referência as circunferên-
cias da face, num diâmetro pouco 1 7 ~ i o r
que o da peça (por exemplo: 147 mm >
> 145 mm);
2.O) encaixa-se a peça e fecham-se as castanhas,
apertando-as na ordem 1-2-3-4.
No caso de peças não cilíndricas, deve-
se observar as duas regras seguintes (exemplo
na fig. 5) :
'

1.O) abrir as castanhas 2 e 3 de modo que fi-


quem distantes do centro aproximada-
mente das medidas a e b indicadas na
peça; Êstes processos, entretanto, iião dão a
centragein definitiva; êles apenas simplificam
2.O) encostar a peça nas castanhas 2 e 3 e fe- o trabalho, pois deve-se sempre proceder a .
char as castanhas 1 e 4 até o apêrto com- uma verificação, depois de prêsa a peça e, se
pleto da peça. necessário, corrigir a posição da mesma.

MONTAGEM E DESMONTAGEM DA PLACA NA


ARVORE DO TORNO

Devem ser observados os mesmos cui- peito da colocação e remoção da placa univer-
dados e regras que já foram indicados a res- sal

QUESTIONARIO

1) Par2 que serve a placa de quatro castanhas independentes?


2) Em que casos convém mais o seu eniprêgo? Por quê?
3) Explique o funcionainento da placa.
4) Para que servem as circunferências concêntricas da face da placa?
5) Explique a centragem aproximada: 1) de peças cilíndricas; 2) de
peças não cilíndricas.
II
TORNE1198 NOCOES SOBRE CENTRAGEM DE PEÇAS NA PLA- FOLHA DE
INFoRMAcÁO I
bAEêÂNICO CA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES TECNOLÓGICA 16.7 1t
I

Pela centragem procura-se conseguir a rios processos de centragem de peças na placa


coincidência de um determinado ponto da de quatro castanhas independentes. Serão a I

peça com a linha dos centros do torno. Há vá- seguir indicados três dêles. I
i I
I
1) PROCESSO DO GIZ I

No caso de peça em bruto ou apenas


desbastada, a centragem a giz é satisfatória.
Procede-se da seguinte maneira (figs. 1 e 2):
a) Monta-se a peça, centra-se aproximadamen-
te e aperta-se.
b) Põe-se o tôrno em marcha lenta.
c) Aproxima-se um pedaço de giz da superfí-
cie da peça, próximo às castanhas, segu- Fig. 2
fando-o £irmemente numa só posição (fig.
1). As partes salientes ficarão marcadas
pelo giz. ples e o menos preciso de todos. Quanto
d) Desaperta-se a castanha A e aperta-se a cas- mais curto for o traço de giz, mais descen-
tanha B (£ig. 2 - centro 1) de modo que trada estará a peça e, portanto, maior o
a peça se desloque na direção oposta às deslocamento necessário para se conseguir
marcas de giz. Faz-se nova tentativa e pro- a centragem desejada.
cede-se de modo idêntico até que a peça Uma vez feita a centragem da peça pró-
fique centrada. Quando estiver centrada, ximo à placa, deve-se centrar a extremidade
o traço de giz aparecerá uniformemente da mesma. por meio de golpes de martelo ou
em tôrno da peça. É êste um processo sim- macête.

2) PROCESSO DO GRAMINHO

1.O caso - Centro da peça já marcado


com punção.
!
a) Passa-se verniz ou giz na face da peça prè-
I
viamente usinada.
b) Verifica-se se a centragem já está certa, en-
costando a ponta da agulha do graminho
na marca do centro e girando lentamente
a placa (fig. 3). Se estiver exata a centra-
gem, a ponta da agulha permanece na mar-
ca do centro durante todo o giro. O gra- Fig. 3
minho poderá, também, ser apoiado sobre
o barramento ou sobre a face plana de um
dos carros do torno.
c) Se a p e p estiver descentrada ou excêntrica,
a ponta da agulha descreverá, durante o
giro, uma circunferência nas proximida-
des do centro marcado (fig. 4). Quanto
Fig. 4
mais descentrada a peça maior será essa
circunferência (fig. 4 a). e) Com tentativas, chega-se à centragem êor-
d) Desapertando as castanhas, desloca-se a pe- reta e a ponta da agulha do graminho
ça convenientemente e repete-se a verifi- coincidirá então com o centro marcado,
cação (fig. 4 b). durante todo o giro (fig. 4 c).

I
MEC - 1565 - 15.000 22: 1
TORNEIRO
MECÂNICO
NOÇC>ESSOBRE CENTRAGEM DE PEÇAS NA PLA-
CA DE QUATRO CASTANHAS INDEPENDENTES
FGLHA DE
INFORMASAO
TECNOLÓGICA ,6.8
I

Este processo de centragem é indicado afasta da agulha, desaperta-se a castanha


de preferência para peças curtas. dêsse lado e aperta-se a que lhe fica oposta.
2 . O caso - Não há marca de centro na e) Repetem-se as fases c e c1 até que a perife-
face da peça. ria da peça, durante o giro da placa, fique
a) Centra-se aproximadamente a peça. sempre à mesma .distância da agulha, o
b) Regula-se a ponta da agulha do graminho que indica que a pesa está centrada.
na altura da peça, próximo à placa. f) Centra-se a extreinidade da peça batendo
c) Gira-se lentamente .a placa. Se a peça não com o martelo ou com macête.
estiver centrada, a ponta da agulha, con- O processo da centragem com grami-
forme a posição da peça durante o giro da iiho é aceitável, mas não apresenta grande ri-
placa, se aproxima ou se afasta da perife- gor. Por êsse motivo deve ser usado quando
ria da mesma. se trate da centragem de peças ainda sujeitas
d) Marca-se a posição em que a peça mais se a outra operação de acabamento.

3) PROCESSO DO COMPARADOR

O e~nprêgodo comparador tipo relógio


permite a centragem mais precisa. Os desvios
da peça excêntrica, por mínimos que sejam,
são claramente acusados no mostrador.
A figura 5 apresenta o exemplo de uma
verificação de centragem pela superfície ex-
terna da peça. A figura 6 o de uma verifica-
ção pela superfície interna. Fases:
a) Monta-se o comparador sobre o barramen-
to ou sobre a face do carro do torno, em
posição conveniente.
6 ) Ajusta-se o apalpador (fig. 5) ou a ponta
de coritacto da alavanca (fig. 6) na super.
fkie da peça, com pressão tal que o pon-
teiro se desloque até uma volta completa.
c) Gira-se o mostrador do comparador, de mo-
do a levar o "zero" em coincidência com o
ponteiro.
d) Gira-se a placa do torno, a mão, ao mesmo
tempo que se observa á oscilação do pon-
teiro, a fim de verificar a variação da ex- '
faz-se nova verificação. O deslocamento
I centricidade. corretivo da peça deve ser de metade do
e) Pára-se o giro, quando o ponteiro acusar o maior desvio que se tenha observado. A
desvio máximo. peça estará centrada quando o poi~teiro,
f) Desapertam-se e apertam-se as castanhas, permanecer parado, durante o giro da
v como foi indicado nos casos anteriores e mesma.

QUESTIONÁRIO

1) Quais as linhas da peça e do torno que ficam em coincidência


quando uma peça está corretamente centrada?
r
2) Como se centra por meio do giz?
3) Como se faz a centragem usando o graminho?
4) Explique como se verifica a centragem com o comparador.

C
226 MEC - 1965 - 15.000I
1
- -. -- - 7

A S APRESENTAÇXO, TIPOS E N O M E N C W U R A l NFBLHA


F O R ~DE
~çAo
FRESADOR 3' DAS FRESADORAS TECNOLóGICA
1.I

As fresadoras são máquinas ferramentas Juntamente com o torno mecânico, cons-


de vandes recursos e que se destacam pela titui a base indispensável i realização de qua-
forma e modo de trabalhar das ferramentas se todos os trabalhos da indústria mecânica
(fresas). (fig. 1.) (trabalho de metais).

Fig. 1

1. Suporte auxiliar do mandril. 17. Comando do movimento vertical.


2. Braço de comando. 18. Corpo.
3. Suporte de mandril. 19. Alavanca de reversão.
4. Torpedo. 20. Base.
5. Mandril porta ferramenta.
6. Arvore. A fresa dispõe de arestas cortantes dispos-
7. Aparelho divisor. tas simètricamente ao redor de um eixo e gira
com movimento uniforme arrancando mate-
8. Alavanca para mudança de rotação.
ria1 da peça que é impelida contra ela. Daí a
9. Suporte. formação de um cavaco de espessura variável
10. Contraponto. o que reduz, sobremodo o tempo de usinagem.
11. Macaco.
As fresas podem ser de corte periférico
12. Alavanca para mudança de avanço. ou frontal, e quanto ao traçado dos dentes
13. Limitadores de curso. podem ser cilíndricas, cônicas e de forma.
14. Mesa.
Na fresadora se distinguem dois movi-
15. Comando do movimento transversal. mentos essenciais:
16. Comando do movimento longitudinal. 1. na ferramenta = rotação contínua.
r-
F6LHA DE
I FRESADOR APRESENTAÇÃO, TIPOS E NOMENCLATURA INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
1.2
t I

2. na peça = fixa a uma mesa móvel segundo 3 eixos ortogonais ou dotada de movimento
giratório.

Fig. 2

As fresadoras, por suas características de trabalho, .podem ser de vários tipos:

1. fresadora vertical.
2. fresadora vertical semi-automática para
furos oblongos.
3. fresadora horizontal.
4. fresadora horizontal semi-automática.
5. fresadora horizontal semi-automática pa-
ra furos oblongos.
6. fresadora tipicamente copiadora.
7. fresadora para engrenagens cilíndricas.
8. fresadora pantográfica.
9. fresadora-plaina.
10. fresadora universal.
(Segundo especificações da Indústria
Brasileira de .Máquinas-ferramentas)

As fresadoras universais, nas quais bàsi- condições de trabalho tanto nas linhas de pro-
camente deverão ser executadas as tarefas pre- dução como nos trabalhos de manutenção, gra-
vistas dêste curso, apresentam excepcionais ças à sua.versailidade e alto rendimento.
d F6LHA DE
1.3
I
FRESADOR APRESENTAÇÃO, TIPOS E NOMENCLATURA INFORMACAO
TECNOLóGICA

I
Nas fresadoras universais a fresa pode - fixar a peça durante toda a operação;
ocupar uma posição qualquer no espaço e - realizar fresagens equiangulares, em
trabalhar em qualquer ângulo satisfazendo,
torno de uma peça circular (dentes de
portanto, a todas exigências do trabalho,
realizando inúmeras formas e perfis de peças engrenagens);
mediante o emprêgo de fresas adequadas. - executar ranhuras helicoidais, ao longo
É também usada para produção em série de uma superfície cilíndrica;
e apresenta as seguintes características essen- - dispositivo para plainar vertical, com mo-
ciais :
vimento alternativo;
- mesa fixadora da peça, orientável segundo
- dispositivo para fresar cremalheiras;
o eixo da fresa;
- dispositivo para fresar um eixo vertical ou - mesas circulares giratórias (platôs girató-
oblíquo; rios) a 360°, com divisor para fresagens es-
peciais.
- possibilidade de adaptação à mesa de um
aparelho divisor universal para a fresagem
de engrenagens cilíndricas ou cônicas de A fresaáora universal, automática, têm
dentes retos ou helicoidais. O divisor per- todos os movimentos (avanços da mesa) auto-
mite : máticos.

Fig. 3 Fig. 4
.
L- F6LHA DE
+. I,'<'.
FRESADOR 1.- ?
. LIMPEZA E CONSEVAÇAO DAS FRESADORAS INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA 1.4

Uma fôlha de papel colocada sob a peça A êsse armário devem ter acesso sòmente
permite a retenção e retirada do cavaco sem os responsáveis pela fresadora e pela reafia-
que se esparrame pela mesa da fresadora. As ção das ferramentas.
vêzes recorre-se a um pedaço de couro ou A reparação ou substituição de parafu-
oleado, ou a uma caixa de ferro, baixa; adap- sos, porcas, pinos, arruelas, molas, etc. que se
tável à base de alguns acessórios, como a mor- estraguem, deve ser feita imediatamente.
sa, por exemplo. Se um acidente mais grave ocorrer, provi-
Uma tela de arame ou um punhado de dencie a reparação, porém, investigue a causa
estôpa colocado num ponto conveniente, serve e corrija o defeito, a fim de evitar sua re-
de filtro para o óleo de corte e retem os petição.
cavacos. Os tirantes que prendem os porta-fresas
Com pequenos recursos e um pouco de costumam gastar-se e terminam por não ofe-
imaginação facilita-se a limpeza diária com- recer a segurança a que são destinados. Veri-
pleta da fresadora. fique-os e substitua-os antes que provoquem
Terminado o período de trábalho diário, acidentes graves.
ou após o uso de um acessório ou ferramenta, Antes de ligar a fresadora, examine os
habitue-se a limpá-lo e passar uma camada de travadores para que êles não impeçam ou di-
óleo viscoso ou graxa nas partes polidas, guias ficultem os movimentos.
e parafusos etc. Faça-o, porém, com um pano Verifique periòdicamente os limitadores
ou um punhado de estôpa; nunca com os fixos para que as mesas não ultrapassem os
dedos. limites estabelecidos e funcionem quando
Isto evita a ferrugem, os acidentes e a necessário.
desagradável tarefa de remover a grossa ca- Para a boa conservação da fresadora, o
mada de pó que #e agrega à graxa excessiva mais importante talvez seja a lubrificação.
colocada nessas partes. Algumas partes, como as guias, os fusos
Não use lixa, lima, qualquer objeto ou e os mancais devem ser lubrificados várias
droga que arranhem ou desgastem a máquina vêzes durante o dia. Outras partes, basta uma
ou os acessórios. vez por dia. Há também partes que devem
Conserve-os limpos e sempre com uma ser lubrificadas cada semana, mês, semestre
fina camada de óleo. ou ano. Examine cuidadosamente a fresadora
Após o uso de uma ferramenta, habitue- e veja que há conjuntos que devem trabalhar
se a examiná-la detidamente e, se necessário, imersos num banho de óleo. Complete os ní-
providencie a sua reafiação imediatamente, veis quando o óleo chegar ao limite mínimo
substituindo-a por uma já reafiada ou nova. ou substitua-o completamente quando neces-
É bom costume utilizar-se um armário sário. Antes de fazer a substituição lave as
onde são guardadas as ferramentas de reserva, caixas com querozene.
reafiadas ou novas, e da qual se separou uma Examine as bombas de óleo e providen-
parte para as ferramentas que devem ser re- cie a reparação antes que elas deixem de
paradas ou reafiadas. funcionar.
-

I FRESADOR
5'
PRINCIPAIS OPERAÇõES DAS FRESADORAS
F6LHA DE
INFORMAÇÁO 1.5
TECNOL6GICA

I - .-

Fresoqam de perf i 6 Fresagem de faces Fresogern de fdrmas

Fresagem com
t r e m de fresas

Fresagem Frasagem por


de comes penetração

' -
+ A

27
i
F6LHA DE
FRESADOR FRESAS - DIREÇÃO DE CORTE INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
7.6

As fresas apresentam diferentes e variadas formas. Além de poderem ser cilíndricas,


cônicas e de forma, o seu variado perfil possibilita fresagens as mais diferentes o que re-
duz consideràvelmente o tempo de usinagem, melhor qualidade e menor custo. Apresen-
tamos abaixo, alguns tipos de fresas mais utilizadas no trabalho com fresadoras.

I
Fig. 1 Fkg. 2
Montando-se o cabeçote vertical nas fresadoras é possível a fresagem de superfícies
planas horizontais, verticais, inclinadas e perfiladas como apresentam as figuras 3, 4, 5 e 6.

- " o -
~ u a n d onuma determinada peça existirem diversas formas de perfis, pode-se coiiibinar
várias fresas que atendam às suas características e teremos aí os chamados "trens de fresas"
(fig. 7). Tal recurso possibilita um ótimo rendimento de trabalho bem como fácil usina-
gem da peça.

O processo de corte nas fresadoras universais consiste, bàsicamente, de 2 movimentos


essenciais: um de rotação contínua da ferramenta e outro da peça fixa a uma mesa móvel
segundo 3 e'ixos ortogonais ou dotada de movimento giratório.
A direção da fresagem normal é aquela em que a peça e fresa se movimentam em sen-
tido contrário (fig. 8).
Em condições especiais, no caso de material de baixa resistência ao corte (alumínio,
zamak, plásticos e ligas de antimônio), em fresagem de acabamento, pode-se fresar com a
ferramenta e o material deslocando-se no mesmo sentido (fig. 9). Este processo permite
excelentes condições de acabamento e menor consumo de energia, porém sòmente deve ser
utilizado para trabqlhos de acabamento naqueles materiais.
a = direção do avanço da peça
F = s m t i d o de rotação da fresa

a =avanço da ferramenta e m m l m i n .
a =avanço por dente
L = profundidade do passo
â = ângulo de folga
b = ângulo de saida

avanço = a
deslocação d o eixo da fresa = d'
avanço = a'
deslocação d o eixo da fresa = d

L = profundidade de corte
E = espessura da fresa
V = velocidade de corte e m m l m i n .

ÂNCULOS ,DE CORTE DAS FRESAS

ÂNGULOADE ÂNGULO DE
MATERIAL A USINAR SAfDA b SAfDA A

Aço R = 40 - 45 kg/m2 18O 7O - 8'


Aço R = 50 - 60 kg/m2 15' - 16' 7O

Aço R = 65 - 75 kg/m2 10° 6O


Aço R = 80 - 95 kg/m2 8O 5O
Ferro fundido 10° 6O
Ligas de alta resistência 15O 7O - 8O
Alumínio e ligas de baixa
resistência 23O - 28' 8O - 10°
VELOCIDADE DE CORTE FBLHA DE
FRESADOR (Definição) I N FORMACA0
TECNOL6GICA
1.8

i. DEFINIGAO sendo, a velocidade de corte é maior para a


superfície plana.
Velocidade de corte é o comprimento do
material que a ferramenta pode cortar num
certo tempo e dentro de boas condições eco- d) Tipo da fresa:
nômicas e produtivas.
Entre uma fresa de lâminas postiças e
Éindicada em metros por minutos . . . uma fresa cilíndrica, para usinar uma super-
(m/min), Por segundo (m/seg.), pés fície plana, verificaremos que tendo a primei-
Por minutos (péslmin) Ou pés Por segundo ra as lâminas mais espaçadas e menor contato
(~és/seg). com a peça, recebe menos calor e tem mais
A velocidade de corte (VC) varia em tempo para Se resfriar do que a freSa cilín-
função de diversos fatores, entre os quais os drica.
seguintes: A velocidade de corte é mais alta para
a fresa de lâminas postiças do que para a
fresa maciça.
a) Material da Feça:

Aumentando a dureza ou a resistência e) Das condiçoes d e fhaçZo da peça e


à tração do material da peça, diminue a ve- da frõsa:
locidade de corte (VC), e vice-versa. Peças delgadas ou irregulares que não
O alumínio é macio e tem pouca resis- oferecem boas condições de segurança ou fer-
I tência a tração: velocidade de corte (VC) alta. ramentas que pela construçáo apresentam di-
Os aços em geral são duros e tem altas resis- ficuldades de prêsa, têm velocidade de corte
I tências: velocidade de corte (VC) baixa. reduzida.

b) Do material d a fmrarncl.nta (frosa) f) RefrigeraçGo:


O trabalho de corte de materiais, produz
As fresas são feitas de aço carbono ou
calor. Os cortes intermitentes permitem um
aço rápido ou, ainda, de aços especiais e cal-
resfriamento automático das ferramentas. As
çadas com metal duro.
ferramentas maiores do que a superfície de
Os aços rápidos resistem mais ao calor trabalho têm um corte intermitente.
do que os aços carbonos e menos do que os Há casos, porém, que as ferramentas de.
metais duros. vem ser resfriadas com ar ou líquido.
As velocidades de corte são mais altas O tipo, a qualidade e a quantidade do
para os metais duros (Carbonetos); mais bai- refrigerante influem e alteram a velocidade
xas para os aços carbonos e médias para os do corte.
aços rápidos.
g) As aondiçúes da mdquina:
c) Tipo do fresado: As máquinas rígidas, sólidas e bem ajus-
tadas, dão melhores resultados do que as má-
EXEMPLO: quinas em mau estado de conservação. A ve-
Uma superfície plana é mais fácil de ser locidade de corte é mais alta para as pri-
usinada do que uma ranhura em "T". Assim meiras.

30
- - - -

I VELOCIDADE DO CORTE FBLHA DE


FRESADOR Determinação de VC, cálculo e fórmula INFORMAÇAO
simplificada de rpm TECNOLóGICA

2. DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE CORTE


Para a determinação da velocidade de corte é necessário conhecer-se alguns elementos:
diâmetro da fresa (D) e rotações por minuto (rprn). Calcula-se a VC multiplicando-se o
diâmetro da fresa (D) por ,r (3,14) a fim de obter o perímetro da circunferência; o resul-
tado é multiplicado pelo número de vêzes que essa circunferência gira em um minu-
to (rprn).
Assim temos a fórmula:

Exemplo:
Uma fresa de 51 mm de diâmetro usinando a 75 rprn qual será sua VC?

As velocidades de corte são indicadas em tabelas prèviamente preparadas. Assim, torna-se


necessário calcular a rpm, a fim de manter a velocidade de corte (VC) indicada.

3. CALCULO DE R P M (DEDUÇAO)
Para o cálculo de rprn deduz-se da fórmula conhecida de VC.
Se V C = D X n X r p m
deduzindo temos:

Exemplo :
Do exercício anterior temos:
VC = 12.010,5 mm/min
D=51mm
,r = 3,114

rprn =
12.010,5 - 12.010,5 = 75.
51 X 3,14 - 160,14
EXERCÍCTO:
Calcular o número de rpm a ser dada numa fresa de 32 mm de diâmetro, quando
a velocidade de corte indicada é de 25 m/min.
A solução será:
VC - 25 m/min
-- - 25 X 1.000
rprn = -- = 249.
D X n 32mmX3,14 32X3,14

4, CALCULO DE RPM (FõRMULA SIMPLIFICADA)


Ao executar o cálculo de rprn foi necessário efetuar as seguintes operações:
1.O) É preciso transformar m/min a mm/min, para que as unidades sejam as mesmas no
numerador e no denominador da fração;
2.O) É preciso multiplicar um número inteiro por um fracionário, constante, que é 3,14;
3.O) É preciso dividir um número inteiro por um número fracionário;
4.O) Pode acontecer que a divisão seja de um número fracionário decimal por um nú-
mero fracionário decimal.
VELOCIDADE DO CORTE FBLHA DE
FRESADOR Determinação de VC, cálculo e fórmula INFORMAÇAO 1-10
simplificada de rpm TECNOL6GICA

I
Isto porque:
1.O - nas máquinas operatrizes, a velocidade é SEMPRE DADA EM METROS POR MINUTO;
2.O - os desenhos técnicos têm sempre suas cotas em mm e, portanto, as leituras das
medidas nas peças são sempre feitas em mm;
3.O - é uma constante diuisora.
Pode-se simplificar essa fórmula. Façamos, por exemplo:
VC
rprn = -, perfeitamente igual à anterior.
DXn
Estude agora a igualdade:
VC - VC 1 5 5 - 5 1
rpm =--
DXn
-D
X - como se fosse:
?r
- ----
6 - 3 x 2 3 ' 2
1
Sabe-se que n é constante e que, portanto, - também é constante. Pode-se, pois, efe-
+
tuar a operação 1 r, achando-se: 0,3 18:
?r !

A fórmula anterior ficaria assim escrita: "7 v ..


VC
rprn = -X 0,318
D
A qual pode ser simplificada, lembrando que a velocidade é sempre.dada em m/min e
que os diâmetros são sempre dados em mm.
As unidades são diferentes.
Pode-se, porém, reduzí-las à mesma unidade, (transformar tudo a mm) e para isto basta
multiplicar VC por 1000, pois o metro tem 1 000 mm:

I
VC X 1 O00
rprn = -X 0,318, que pode ser assim expressa:
D
VC
rprn = -X 1 O00 X 0,318.
D
Efetuando a operação 1 000 X 0,3 18 tem-se 3 18, simplesmente, ficando a fórmula
VC
rprn = -simplif icada para:
DXT
rpm = - X 318
D

1 - Para uma fresa de 75 mm de diâmetro, cuja velocidade de corte indicada é de


130 m/min, calcular as rprn (usar fórmula simplificada).
rprn = 47,7

EXERCÍCIC -

1) Calcule e confira rprn nos seguintes casos:


1.1 V C = l l m / m i n D = 55mm - 63,6
1.2 V C = 160m/min D = 20 mm - 2544
1 . 3 VC = 250 m/min D = 120 mm - 662,5
2) Determinar a VC e calcular rprn sabendo:
Alisar ferro fundido com fresa de lâminas postiças de 150 mm de diâmetro.
VC = 20 - 25 = 22,5 m/min
3) Determinar a velocidade de corte, consultando a tabela, nos seguintes casos:
3.1 Desbastar aço 70 kg/mm2, sendo: pr = 2 mm e fresa de haste.
3 . 2 Alisar aço até 75 kg/mm2, sendo pr = 0,5 mm e fresa de disco.
3.3 Alisar alumínio com fresa cilíndrica, sendo pr = 1 mm e a = 100 - 150.
3.4 Desbastar aço beneficiado até 75 kg/mm2 com fresa de disco, sendo a = 25 - 35
e pr = 6 mm.

_I

32
VELOCIDADE DE CORTE E
AVANÇO PARA FRESAGEM.
(TABELA) I FBLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOL~GICA I 1.11

"v'' e "a" para as ferramentas de aço carbono diminuindo com 30 %


VC - velocidade de corte em m/min.
a - avanço em min/min.
pr - profundidade de corte em rnm.
-

FRESAS CILíXDRICXS XLIS,\R DESILUTAR


(largura até 100 mm) pr até 1 mm pr até 5 mm p r até 8 mm
VC a VC a VC a

Aço até 100 kg/mm2 10-14 35-45 10-12 45-70 8-10 25-35
Aço até 75 kg/mm2 14-18 45-70 12-14 70-100 10-12 40-60
Aço até 70 kg/mm2 18-22 60-90 16-18 . 90-150 12-14 60-80
Ferro fundido 14-18 70-1O0 12-14 100-170 10-12 70-100
Metais leves 200-300 100-150 150-250 150-300 150-200 90-150
Latão 40-60 100-160 30-40 160-220 30-40 100-150
TRTS.\S COM I-T'ISTTS
(largura até GO mm)
Aço até 100 kg/mm2 16-18 45-55 12-14 15-25 12-14 10-15
Aço até 75 kg/mm2 18-20 55-16 14-16 25-40 14-16 15-25
Aço até 70 kg/mm2 20-24 75-100 16-18 35-55 16-18 20-30
Ferro fundido 18-20 80-1 10 14-16 40-75 14-16 30-40
Metais leves 150-180 70-100 140-180 50-90 140-180 30-50
Latão 50-60 100-140 30-40 60-100 30-40 40-60
FRES !S C,ILíSDRTC.iS
COA1 CC)I171-I- FIlOS-1-1
(largura até 100 mm)
Aço até 100 kg/mm2 12-40 30-40 10-12 45-60 8-10 23-35
Aço até 75 kg/mm2 16-18 40-60 12-14 70-90 10-12 35-55
Aço até 70 kg/mm2 20-22 60-80 16-18 90-130 12-14 55-75
Ferro fundido 16-18 70-90 12-14 100-150 10-12 60-80
Metais leves 200-300 90-140 150-250 140-280 150-250 80-140
Latão 40-60 90-150 30-40 150-250 30-40 90-140
-%,y?yr;?J,
r.
... . .. -5
(largura até 200 mm)
,. *+:,--r
Q.iz'c,
..
:-&
b,23? .-;*fi
::i
-.A.
;\.&;i*.&-;T$>5.: $2:

Aço até 100 kg/mm2 15-20 20-35 12-15 35-50 10-12 15-25
Aço até 75 kg/mm2 20-25 30-60 16-18 60-75 12-15 30-40
Aço até 70 kg/mm2 25-30 40-70 20-25 70-100 15-20 35-50
Ferro fundido 20-25 40-80 18-22 90- 120 12-18 45-60
Metais leves 200-400 80-150 200-300 150-300 200-300 70-150
Latão 50-80 90-150 40-60 180-220 40-60 90-120
FRT-SA - DISCOS
(largura até 20 mm)
Aço até 100 kg/mm2 10-14 10-20 10-12 40-60 8-10 20-30
Aço até 75 kg/mm2 14-18 15-25 12-14 70-90 10-18 30-50
Aço até 70 kg/mm2 18-22 20-45 16-18 90-120 12-14 40-70
Ferro fundido 14-18 25-50 12-14 100-150 10-12 50-90
Metais leves 200-300 60-120 150-250 150-300 150-200 80-150
Latão 40-60 40-75 30-40 140-200 30-40 70-120
RCU
(largura até' 3 mm)
Aço até 100 kg/mm2 25-30 30-40 20-25 20-30 15-20 10-15
Aço até 75 kg/mm2 35-40 45-60 30-35 35-50 25-30 20-25
Aço até 70 kg/mm2 45-50 60-75 40-45 45-60 35-40 25-30
Ferro fundido 30-40 60-80 30-35 45-60 20-30 25-30
Metais leves 300-400 200-400 300-350 150-200 200-300 80-140
Latão 30-40 90-150 40-60 150-220 40-60 70-130

3
FBLHA DE
FRESADOR FIXAÇÃO DE PEÇAS NA FRESADORA 1NFORMAÇAO
TECNOLWICA
1.12

Para furar ou Eresar uma peça na fre- Um dos acessórios mais empregados
sadora, torna-se necessário fixá-la em posição para a fixação de peças na fresadora é a morsa.
bem determinada e de maneira estável, firme.

MOMA DE MAQUINA
a
Na forma, morsa de máquina (fig. 1)
se apresenta diferente da morsa de bancada.
O princípio de funcionamento é, en-
tretanto, o mesmo. Sôbre uma base fixa, £a-
zendo corpo com a mandíbula fixa, se desloca
a mandíbula móvel, por meio de um parafuso
de rôsca quadrada, em geral.
A porca dêste parafuso se acha no outro
bloco da bse, que fica oposto à mandíbula
fixa. A mandíbula móvel é guiada no seu des-
locamento. Possui um ressalto em sua parte
inferior, que se encaixa em um rasgo da base.
Fig. 1
Por meio de orelhas com rasgos e para-
fusos com porcas, faz-se a fixação da morsa
na mesa da máquina. Tôdas as máquinas-
ferramentas possuem mesa de ferro fundido
com ranhuras de seção em "T" (fig. 2). Nestas
ranhuras são introduzidas as cabeças quadra-
das dos parafusos de fixação.. Em tais condi-
ções, pode a morsa ser deslocada sôbre a mesa,
pelo desapêrto das porcas. Localizando-a cui-
dadosamente no ponto desejado, é aí firmada
pelo apêrto das porcas.
Fig. 2
FIXAGXO ESPECIAL
Por vêzes, não se pode ou não convém
usar a morsa. Prende-se então a peça direta-
mente na mesa da máquina. Para isso, usam-se
dispositivos variados, compreendendo calços,
placas com ranhuras, parafusos e porcas, blo-
cos em degraus, blocos em "V", etc. (Fig. 2a)

FIXAÇÃO NO PLATO GIRATORIO


As operações de fresagem circular con-
sistem em obter, por meio de uma fresadora,
superfície de revolução cilíndrica, cônicas ou
mesmo com perfis quaisquer. Rste tipo de
trabalho é realizado no platô giratório que
consiste num dispositivo de base giratória Fig. 3
(parafuso sem-fim e engrenagem) no qual
e x i ~ euma graduação de O0 a 360°.
Para as operações de regulagem e de
trabalho, o platô pode ser manobrado manual-
mente por meio de um volante ou manivela.
A montagem eventual de um tambor
graduado sobre o eixo do parafuso sem-fim,
permite controlar um ângulo de rotação com
aproximação de 1' (um minuto). Fig. 3. Fig. 2 0

34
FBLHA DE
FRESADOR FIXAÇÁO DE PEÇAS NA FRESADORA TECNOL~GICA
INFORMAÇÁO 1.1 3

u
C o m a face e m "V" para frente. C o m a face plana para frente.

Fig. 4 - Morsa de rr~andibulareversiuel.

Fig. 5 - Morsa reforçada para


trabalhos pesados:

O deslocamento da mandíbula móvel,


nos casos das morsas das figuras 4 e 5, se faz
por meio de uma chave que se encaixa na es- Fig. 6 - Morsa universal.
piga de seção quadrada do parafuso.

A morsa universal, do tipo apresentado


na figura 6, permite a fixação da peça em
posições inclinadas. Para isso, possui um corpo
basculante em torno de um eixo e duas hastes
articuladoras, com borboletas, para fixar a
peça na posição desejada.

O calço regulável de apêrto (fig. 7) é


usado, de preferência, na fixação de peças
muito grandes que não cabem entre as man-
díbulas de morsas comuns. A peça é apertada
entre a mandíbula móvel e um encosto mon-
tado na mesa da máquina. Podem ser utiliza-
dos também dois calços dêste tipo, fixados à Fig. 7 - Calço regulável de apêrto.
mesa.
I
-7 r FRESADOR FIXAÇÃO DE PEÇAS NA FRESADORA
FBLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOL6GiCA
1 14 I

,
6

Placa Universal

Fig. 8

Mandril poro Fresa


Porofuso de fixofÓo
da fresa

\ calco poroleio
Fig. 10 Fig. I 1

Chapas e parafusos de aperto, reguláveis ou simples (figs. 12, 13, 14, 1.5 e 16).

Bloco Hexagonal
P
,Colco opoiodor
7
Calco de opêrto
I

Fig. 12 Fig. 13
Enc6sto fixo
Fixasão na mesa
Encosto regulável

FC(

I
-- Corte l
n R

R
Parafusos
1

Fig. 14 Fig. 15 Fig. 16


FBLHA DE
FRESADOR .* a FIXAÇAO DE PEÇAS NA FRESADORA INFORMAÇAO
TECNOL~GICA 1.15
>

-. .-.
Fig. 17
t Fig. 18
t

I - Peça 4 - Calços retificados Adição de u m cilindro inverte o sen-


2 - Mandibula fixa 5 - Eixo do parafuso tido de torção da mandibula mdvel.
3 - Mandibula mdvel 6 - Cilindro de aço

A mandibula mdvel tende a levantar a peça; obriga-


nos ao uso de macête de cobre para assentar a peça.

I - Peça 4 - Macaco Fig. 19


2 - Chapa de fixação 5 - Calço retificado
3 - Calço escalo7zado 6 - Pnrafzlsos

Fig. 20

37
FBLHA DE
ESQUADRO INFORMAÇAO 1.16
TECNOLóGICA

Outros tipos de esquadros comuns são os de base larga, mostrados nas figs. 3 e 4.
Suas bases oferecem amplo e estável apoio.

Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5

Por êsse motivo, prestam-se bem para desempenos de precisão (fig. 5) ou das mesas
verificações de perpendicularidade sobre su- das máquinas-ferramentas.
perfícies, tais como as das mesas de traçar, dos

ESQUADRO DE FIOS RETIFZCADOS


Apresenta faces e bordas acabadas 4
com extremo cuidado e precisão (fig. 6).
Depois de receberem têmpera, são retifi-
cada.. A lâmina, em geral, é biselada,
para facilitar a verifica~ãodo contato. O
vértice do ângulo reto interno é acabado
por um arco de circunferência de pe-
queno diâmetro, o que facilita a perfeita
adaptação de peças com arestas vivas. A
verificação do contato (fig. 7) deve ser
feita contra a luz, conforme foi explica- Fig. 6 Fig. 7
do acima. É usado em verificações de
precisão.

CONSERVAÇÃO

Tratando-se de instrumento de preci- 3) O esquadro deve ser mantido limpo e lu-


são, o esquadro deve ser usado, guardado e brificado, sobretudo depois do uso.
conservado com todo o cuidado.
4) A exatidão do ângulo de 90° deve ser ve-
1) Evite que o esquadro sofra choques ou rificada, de vez em vez, em comparação
quedas. ' com um ângulo reto padrão, ou por outro
2) Não deixe o esquadro em contato com as processo adequado.
ferramentas usuais do mecânico.

--
FBLHA DE
FRESADOR OS m É I S GRADUADOS DA FRESADORA INFORMAÇÃO
TECNOLóGICA
1.20

Para remover certa espessura de mate- produzir o avanço, permita o exato e cuida-
rial, ou seja, "dar um passe", o fresador ne- doso controle dêste avanço.
cessita fazer avançar a peça eontra a ferra- O controle dos avanços, em qualquer dos
menta, na medida determinada. A fim de que movimentos, se faz por meio de graduações
o trabalho se execute de modo preciso, a me- circulares ou anéis cilíndricos solidários com
dida da espessura a remover deve ser fixada os eixos dos parafusos de movimento, e junto
e garantida por um mecanismo que, além de aos volantes ou às manivelas.

Os anéis graduados, também chamados Nas tarefas de fresa, principalmente na


colares micrométricos, são os dispositivos cir- execução de abertura de dentes, os anéis gra-
culares, que determinam e controlam as me- duados podem servir às seguintes finalidades:
didas de que devem avançar os carros mesmo
que os avanços tenham de ser muito pequenos. 1) Graduar a penetração da ferramenta,
Sobretudo nos trabalhos de acabamento na operaqão de fresar dentes de engrenagem.
ou de abertura de dentes (nos quais são neces- 2) Dar a penetração à ferramenta, para
sários pequenos passes de espessuras precisa) uma determinada medida.
o emprêgo d o anel graduado evita dificul-
dade ou erros. O fresadar pode garantir um 3) Permitir um ponto de referência para
determinado avanço da ferramenta, girando o acertar novamente a posição de uma ferra-
anel graduado de um certo número de divi- menta que tenha sido deslocada durante a
sões, a partir de uma referência fixa. operação.

ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADE DE CORTE EM


VALORES M~TRICOS
Para explicar como se controla a pene-
tração, admitamos que o parafuso do carro
tenha o passo p = 4 mm e que o anel gra-
duado tenha 80 divisões iguais, conforme a
figura 1.
Nestas condiçóes, uma volta completa do
anel graduado fará 'com que a porca, e por-
tanto a ferramenta montada no carro, avance
de 4 mm.
Se for feito o deslocamento de apenas
uma divisão do anel, o avanço a ou penetra-
ção da ferramenta terá a medida:
Fig. 1
-

FRESADOR OS ANÉIS GRADUADOS DA FRESADORA


FBLHA DE
INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
1-21 1
APLICAÇ~ES
: 2) Com um parafuso de passo p = 6 mm
e um anel de 60 divisões iguais, qual o avanço
1) No anel da fig- 1, qual 0 ~ ~ ú m e de
ro a da feramenta que corresponderá a 1 divi-
divisões a deslocar para se ter uma profundi- são?
dade de corte na ferramenta de a' = 0,25 mm?
6 mm 1 rnm
Resposta a = - = 0,l mm.
Resposta: n = 0,25 t 0,05 = 5 divisões. 60 1O

ANEL GRADUADO PARA PROFUNDIDADES EM


FRA(sãES DECIMAIS DA POLEGADA

Uma volta completa do anel graduado


0 parafuso tem 8 fios por polegada e 0 dará o avanço de 1/8" ? ferramenta.
i Portan-
anel graduado apresenta 125 divisões iguais. to, o deslocamento de apenas 11125 do anel
determinará o avanqo ou a profundidade de
Calciilar o avanço correspondente a 1 divisão
do anel.
- -. ---,.-,,;-r+
.--
corte a:
.- a " - -
• -
. ;; ;
- A - -

, t

)>i..ALC 1''
L*

$.',:;,$$&&.$ l'f 1 1" 1


a=- .
L 125=-X-- -= 0,001".
1 8 * Q
1 8x125 1.o00
R

APLICAÇ~ES
: 2) Com um parafuso de 4 fios por pole-
gada e um anel de 125 divisões, calcular a
1) Com o anel e o parafuso do exemplo
profundidade de corte correspondente a 1
anterior, calcular qual o número de divisões
divisão.
a deslocar para se ter uma profundidade de
corte de a' = 0,015". RESPOSTA:

n = 0,015" t 0,001" = 15 divisões.


FGLHA DE
FRESADOR MONTAGEM DAS FRESAS INFORMACAO
TECNOLÓGICA
2.1

a eb - suportes cilíndricos retificados


c - rolamentos COiil rolos cônicos
d - porca rasgada
e - parafuso de fixação da porca
'f - face dianteira
g - ranhuras
m - arrastadores
j - furação axial
k - parte interna cônica para centragem
(superfícies retif icadas)

1 - montagem comum
2 - montagem para desprender o cone
t - haste
a - arruela
e - porca, passo a esquerda
3 - haste em 3 partes
t - haste
e1 - porca com contrapino
e2 - porca intermediária

1 - luva intermediária
a - cône tipo americano
b - cone Morse
2 - luva intermediária
a - cone Morse
b - cône Brown & Sharp
t - haste de fixação
f - fresa
d - luva
e - porca extratora

I
FÔLHA DE_
FRESADOR MONTAGEM DAS FRESAS INFORMACAO
TECNOLÓGICA
2.2

1 - mandril cone Morse para fresa com furo


roscado
2 - mandril cone Morse para fresa com furo
liso
3 - mandril pinça para fresas com haste ci-
líndrica
a - corpo do mandril (cone tipo ame-
ricano
b - p i n ~ arasgada

a - suporte cilíndrico
b - luva-guia
c - anéis dentro do suporte
d - porca
e - anéis de distância
f - fresa para ranhurar "3 cortes"
g - ranhura para chavêta

1 - fresa com lâminas independentes, mon-


tada no nariz do eixo
a - nariz do eixo
b - centragem
c - arrastadores
d - parafuso de fixa550
2 - fresa-serra para cortar sobre o eixo
a - fresa
b - eixo
c - anéis de distância
d - flanges
VERIFICAÇAO DAS SUPERFÍCIES DE ASSENTO FBLHA DE
FRESADt E DA POSIÇAO DA MORSA DA FRESADORA INFORMACIO
TECNOL~GICA 3.6

Para se fresar uma peça com rigor ou As verificações ou os testes a fazer na


precisão, deve-se antes do seu assentamento morsa são:
proceder a certas verificações na morsa. 1) planeza e paralelismo da superfície de
Com isso se evita que cavacos ou sujeira assento para a peça (fundo da morsa);
entre a morsa e a mesa, ou entre a Inorsa e 2) planeza e esquadro da face interna da
a peça, ou ainda amassamentos, rebarbas ou mandíbula fixa;
arranhões, venham a ser causa de sensíveis 3) perpendicularismo da face da mandí-
erros, capazes até de inutilizarem a peça. bula fixa com relação ao mandril;

i - V~~R~FICAÇAO
DE PLANEZA 1 PARAX'ELISMO DO
FUNDO DA MORSA (fig. 1)

I '
Colocam-se, no fundo da morsa, dois cal-
ços paralelos de precisão, iguais ou maiores
do que a largura do fundo, e dispostos trans-
versalmente. Monta-se um comparador no
mandril da fresadora, por meio de uma haste
cilíndrica. Põe-se o apalpador do comparador
em contato, sob ligeira pressão, com a face
superior do paralelo. Move-se a mesa da fre-
sadora, a mão, para a frente e para trás, obser-
vando-se atentamente o ponteiro do compa-
rador.
Fig. I
Se a morsa estiver correta, o ponteiro não
acusará desvio. Procede-se idênticamente com
o apalpador sobre o outro paralelo.

2 - VERIFICAÇAO DO PBRALELISMO DA FACE DA


MANDfBULA FIXA COM A DIREÇÃO R 0 CQRTE (fig. 2)

Coloca-se o comparador no mandril de


modo que o apalpador toque a face interna
da mandíbula fixa, sob ligeira pressão. Move-
se a mesa, a mão, de um extremo a outro da
mandíbula, observando-se o ponteiro. Se êste
não apresentar desvios, a direção do corte é
paralela à face interna da mandíbula fixa da
morsa.

Fig. 2
VERIFICAÇAO DAS SUPERF~CIESDE ASSENTO FBLHA DE
FRESADOR INFORMAFIO
E DA POSIÇAO DA MORSA DA FRESADORA TECNOLóG,CA

3 - VERIFICASAO DO PERPENDICULARISMO DA FACE DA


MANDÍBULA FIXA COM A DIREÇÃO DO CORTE (fig. 3)

Da posição anterior (fig. 2) g'ira-se a mondril


I

morsa a 90° para a posição indicada na fig.


3 e coloca-se novamente o apalpador, sob
leve pressão, em contato com a face interna
da mandíbula fixa. Move-se a mesa, a mão,
para um lado e outro, e observa-se o ponteiro
do comparador. Caso não se registrem desvios
do ponteiro, a direção do corte é perpendi-
cular h face interna da mandibula fixa da
morsa.
Fig. 3

CUIDADOS A TOMAR ANTES DOS TESTES

Limpeza rigorosa do fundo da morsa, das faces internas das mandíbulas e dos aces-
sórios (calços e esquadro).

PROVIDIÊNCIAS PARA ELIMINAR AS INCORREÇõES

1.O CASO) FUNDO DA MORSA - 3.O e 4.O CASOS) PARALELISMO E


I
Colocip?io de calços de papel entre a mesa e PERPENDICULARISMO DA FACE DA
a morsa, seguida de novos testes até que o MANDÍBULA EM RELAGÃO A DIRE-
mostrador do comparador dê uma s6 leitura ÇÃO DO CORTE - Afrouxa-se a fixação
durante todo o deslocamento da mesa. da morsa na base, bate-se de leve com o ma-
cête e fazem-se novos testes até que não se
2.O CASO) FACE INTERNA DA verifiquem mais desvios do ponteiro no mos-
MANDfBULA - Uso de calços até que a trador. Por fim, aperta-se em definitivo a
face interna da mandíbula fique em esqua- fixação da morsa.
dro. Verifica-se isso por meio de novos testes,
observando o ponteiro no mostrador.
FBLHA DE
FRESADOR MEDIÇÕES ESPECIAIS INFORMAÇÁO 3.1
TEcNOLÓGICA
I

1.O Caso: determinar o diâmetro do cilindro

- -
2 2 d
(1) tang oc = --
A 30 30

(3) d = tang cc 30 (4) d = 30 X 0,41421 = 12,426 mm.

2.O Caso. Tendo-se o cilindro, determinar x do triângulo equilátero abaixo

(1) cc = 30 AC
(3) tang = = -
AB
OD
(2) OB = AC
sen = = Y (4) AB =
tang =
Cálculo de v Cálculo de AB

L
OD R 14 AC 2 20 P.: ;
Y = sen cc -- - 28 min AB = -- - 34, 662 mm
sen = 0,5 tang = tang oc 0,577

Cálculo de x

x =y + R - AB = 28 + 14 - 34,662 = 42 - 34,662 = 7,338 mm.


1
2 : FRESADOR ;
I NOÇGES DE TRIGONOMETRIA
I FoLHA DE_
INFORMAÇAO
TECNOL6GICA

1.1 - Ângulos complementares, são dois ângulos que somados dão 90°.
11.1 - COMPLEMENTO de um ângulo, é o ângulo que falta ao outro para com-
pletar 90°.
11.2 - EXEMPLOS:

No exemplo 1, o ângulo hachuriado é o COMPLEMENTO do ângulo de 45O e mede:

No exemplo 2, o ângulo hachuriado é o COMPLEMENTO do ângulo de 32O 30' e me-


de: 90° - 32O 30' = 89O 60' - 32O 30' = 57O 30'.

No exemplo 3, o ângulo hachuriado é o COMPLEMENTO do ângulo de 27O 35' 45"


e mede:

1.2 - ÂNGULOS INTERNOS DE UM TRIÂNGULO: - a soma dos ângulos internos


de um triângulo é igual a 180°. No triângulo retângulo, como um ângulo é reto
(90°), os outros dois juntos valem 90° e um é COMPLEMENTO do outro.
Assim, conhecendo-se o valor de um dos ângulos, pode-se calcular o outro subtrain-
do-se de 90° o valor do ângulo conhecido. Observe a figura abaixo:

O ângulo B (30°) tem como COMPLEMENTO O ângulo C (60°)


Porque :

O ângulo C (60°) tem como COMPLEMENTO O ângulo B (30°)


Porque:
90° - 60' 30°
FBLHA DE
FRESADOR- 5. NOÇõES DE TRIGONOMETRIA INFORMAÇAO
TECNOLóGiCA
5.4

1.3 - DETERhfINAGÃO DOS LADOS DE UM TRIÂNGC'LO RETANWLO:


Conhecendo-se dois lados de um triângulo retângulo, pode-se determinar o outro
com o auxílio do teorema de pitágoras.
13.1 - Lembre-se que o enunciado do TEOREMA DE PITAGORAS é o se-
guinte:

"O QUADRADO DA HIPO'SENUSA É IGUAL A SOMA DOS QUA-


DRADOS DOS CATETOS*,
Por exemplo, se um triângulo tem seus catetos medindo, respectivamente,
3 cm e 4 cm, a hipotenusa medirá 5 cm, pois:
h2 = 32 + 42 .

Bcm

1.4 - DETERMINAçAO DOS ÂNCTULOS DE UM TRIÃNGULO RETARGVLO:


Conhecendo-se dois lados de um triângulo retângulo pode-se também, encontrar os
outros dois ângulos internos aplicando-se conhecimentos de trigonometria, que pas-
saremos a estudar:
1.5 - DENOMINAÇÃO DOS LADOS DE UM TRIÂNPULO RETANGULO:
No triângulo retângulo abaixo, em rela~áoao ângulo B, s5o êstes os nomes dados
aos ládos: . '

Os nomes dos lados podem ser memorizados facilmente, pois:


HIPOTENUSA: é o lado maior:
OPOSTO: é o lado que se opõe ao ângulo que foi considerado;
ADJACENTE: é o lado que se une com a hipotenusa para formar o ângulo con-
siderado.

OPOSTO E ADJACENTE, VARIAM DE ACORDO COM


É PRECISO LEMBRAR QUE OS LADOS;
os ÂNGULOS QUE FOREM CONSIDERADOS.
ASSIM,COMPARE-OS NOMES DOS LADOS DOS
TRIÂNGULOS 1 E 2.

68
FBLHA Dlj
FRESADOR NOÇõES DE TRIGONOMETRIA INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
5.5

Adjacente Oposto

' A H I P O T E N U S A é sempre o lado maior


O L A D O OPOSTO se opõe ao ângulo B
FACIL
É no triângulo 1 ao ângulo C, no
RECONHECER 1 triângulo 2.
QUE: O L A D O A D J A C E N T E liga-se à hipote-
nusa para formar o ângulo B ou
o ângulo C.

2. - RELACõES NQ TRIÂNCULO RETÂNGULO OU


FUNGõES TRIGONOMÉTRICAS
2.1 - Observe os três triângulos retângulos superpostos: BAC, BDE e BFG, fazendo o
seu estudo em relação ao ângulo B.

FG (oposto) por BG (hipotenusa)


30
-- - 0,5
6O
DE (oposto) por BE (hipotenusa)
DIVIDINDO-SE: :
45
-- - 0,5
90
AC (oposto) por BC (hipotenusa)
70
--
140 - 035 .

VERIFICA-SE
QUE O RESULTADO FOI SEMPRE O MESMO E QUE HOUVE UMA R-ELAÇÃO
CONSTANTE.
69
FRESADOR
I NOÇBES DE TRIGONOMETRIA

2.2 - A ESSA RELAÇÃO CONSTANTE (lado oposto dividido pela hipotenusa), DA-
SE O NOME DE SENO DO ÂNGULO B.

2 . 3 - DIVIDINDO-SE AGORA:
BF (adjacente) por BG (hipotenusa)
BD (adjacente) por BE (hipotenusa)
IO RESULTADO SERA
SEMPRE
AB (adjacente) por BC (hipotenusa) O MESMO
A RSTE RESULTADO, OU A ESSA RELAÇAO CONSTANTE (lado adjacente
dividido pela hipotenusa), dá-se o nome de co-SENODO ÂNGULO B.

2.4 - SE, NUM TERCEIRO CASO, DIVIDIRMOS:

a
FG (oposto) por BF (adjacente)
DE (oposto) por BD (adjacente)
AC (oposto) por AB (adjacente)
I TER-SE-A O MESMO RESULTADO

ou UMA RELAÇÃO CONSTANTE.

A ESTA RELAÇÃO CONSTANTE (lado oposto dividido pelo lado adjacente),


DA-SE O NOME DE TANGENTE DO ÂNGULO B.

2.5 - AO CONTRARIO DIVIDINDO-SE:


BF (adjacente) por FG (oposto)
O RESULTADO É INVERSO DO
BD (adjacente) por DE (oposto)
ANTERIOR, MAS É CONSTANTE.
AB (adjacente) por AC (oposto)
NESTE CASO, A CONSTANTE (lado adjacente dividido pelo lado oposto),
RECEBE O NOME DE GO-TANGENTE DO ÂNGULO B.

RESUMINDO-SE, PODE-SE T E R O SEGUINTE:


FG - DE - AC - lado oposto ao ângulo B = SENO de B
1.0) ------
BG BE BC hipotenusa

BF - BD - -
AB - lado adjacente ao ângulo B
2.0) -
BG
--
BE BC hipotenusa = CO-SENO de B

FG DE AC - lado oposto ao ângulo B


3.0) -=-=--
BG BE BC lado adjacente ao ângulo B = TANGENTE de B

BD - --
4.0)
BF
- =- - 'AB - lado oposto ao ângulo B = CO-TANGENTE
FG DE AC lado adjaCente ao ângulo B de B .

2 . 6 - PROCESSO MNEMBNICO: É: necessário que as relações do SENO, CO-SENO,


TANGENTE e CO-TANGENTE, sejam memorizadas.
EXAMINE O TXI-TNCULO NA PAGINA SEGUINTE.
AS SETAS INDICAM QUAL O LADO A SER DIVIDIDO POR OUTRO
PARA SE DETERMINAR A FUNÇÃO QUE CADA UMA DELAS APONTA.
F6LHA DE
FRESADOR NOÇõES D E T R I G O N O M E T m INFORMAÇAO
TECNOLóOICA
5.7

oposto
I '
I) hipotenusa = Sen B
adjacente
') hipotenusa = Cos B

I oposto
adjacente
=T g B

1 adjacente
4, oposto
= Cotg B .

Observando o triângulo retângulo abaixo, colocar como numerador e denomina-


dor, respectivamente as letras minúsculas (a, b e c) que representem as relações
trigonométricas de Seno, Co-Seno, Tangente e Co-Tangente. Notar que as relaçõefi
variam conforme se considera o ângulo B ou C.

ÂNGULO C ÂNGULO B

Sen C = Sen B =

Cos C = Cos B =

Tg C= Tg B=

Cotg C = Cotg B =

OBSERVAÇ~ES: Note bem que o triângulo ABC, considerando-se o ângulo B, tem-se: a =


= hipotenusa; b = lado oposto; e c = lado adjacente. Considerando-se o ângulb C: n =
= hipotenusa; b = lado adjacente; e c = lado oposto.

VERIFIQUE AS RELAÇÓES ENCONTRADAS NO QUADRO ANTERIOR. COM-


PARANDO-AS, PODE-SE CHEGAR AS SEGUINTES CONCLUSBES:
1.O) Sen C = Cos B
2.O) Cos C = Sen B
3.O) T g C = Cotg B
4.O) Cotg C = T g B
PRESADOR -
'.?,+\>

2:
'#.;'i
,:
; NOÇõES DE TRIGONOMETRIA
FBLHA DE
IhIFORMACAO
TECNOL~GICA I -
.u I

- DEDUÇÃO DE
I 4

I I Dominados os conhecimentos sobre as funções, pode-se abordar a dedução dos têrmos das
f6rmulas organizadas no quadro anterior (item 3) e referentes ao ângulo C.

Para se verificar se a dedução está certa, pode-se atribuir valores fictícios As fórmulas da
primeira coluna horizontal, como exemplo. Assim fazendo-se:
Sen C = 0,4
E substituindo-se as letras pelos seus
valores numéricos, ter-se-á:

1.O) Sen C = -aC 2.O) Sen C X a = c 3.O) a =-


C
Sen C

I
I
i
i.
I

72
NOÇõES DE TRIGONOMETRIA
FBLHA DE
INFORMAÇAO 5.9
I
FRESADOR TECNOL6GlCA

5 - APLICAÇÃO DA DEDUÇÃO DOS TRRMOS DAS FORMULAS


5 . 1 - Com o triângulo retângulo abaixo, fazer os 12 exercícios diferentes pela ordem,
em relação ao ângulo C.

1 c = 4sm Fu4;
~ ~ 7
~ -~ a
- ~ ~ c =~ 4 c~ m~ g L . ~ = v ~ Sen_53°10'=0,8
_
~
. -
- .,. < ,- ..

a .=
cm i:--;,:- . . ..
-. &.
;*+!+%i~.

... .,
. ;;,..e. i%&
Sen 53O 10' = o,8
..:,:v:,>< "::',,
.. .-,:;.:~.-7:r:;;r.~.r
Z...'

ir:d:' :' - a = 5 cm
.. : -.
~
i
. j :::
..-'
yr!>:-y-::f +>:;.:
. . >:-. ~-,;?*4;, ;: 3z:.m*=zF'
:,-:i,:? '::::-:;::,!
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72.,>.*.
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..
. ..<.
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~;.:.:~\~%.3&~c$b;~7?
, .<
&*y
L.&$

Sen C = a= C=

5.2 - Com o triângulo retângulo abaixo, fazer os 12 exercícios diferentes pela ordem,
considerando o ângulo B.
NOÇÕES DE TRIGONOMETRLQ

Sen 36O 50' = 0,6

T g 36O 50' = 0,75

6 - C0,NCLUSÕES
Considerando-se o que ficou dito sobre ângulos complementares e relativamente às con-
clusões do item 3, pode-se concluir:
6.1 - Sen 30° = Cos 60° =0,5
6.2 - Cos 30° = Sen 60° = 0,866

I 6.3
6.4
6.5
- T g 30° = Cotg 60° = 0,5773
- Cotg 30° = T g 60° = 1,732
- A FUNÇÃO DE UM ÂNGULO I3 IGUAL A CO-FUNÇÃO DO SEU COM-
PLEMENTO, ISTO 13:
Sen 30° = Cos (90° - 30°) = Cos 60°
Sen 45O = Cos (90° - 45O) = Cos 450
Sen '75O = Cos (90° - 75O) = Cos 15O
T g 25O = Cotg (90° - 25O) = Cotg 65O
6.6 - COMPLETAR AS IGUALDADES:
Sen 30° 20' = Cos
Cos 16O 24' = Sen
T g 48O 19' = Cotg
Cotg 70° 36' = T g

7 - PROBLEMAS DE APLICAÇÃO:
7.1 - Achar o ângulo de conicidade do cone 7.2 - Num tronco de cone, de 100 mm de
representado abaixo: comprimento, os diâmetros medem 40,5 mm
e 30 mm. Determinar o ângulo de conicidade

I,
m
----.
O .-.-. .O
rt m
8,
a,

e 80 + 100 -

74
SENO
GRAUS GRAUS
O' 10" 20' 30' 40' 50' 60'

O 0,flOOOO 0,00291 0,00582 0,00873 0,01164 0,01454 0,01745 89


1 0,01745 0,02036 0,02327 0,02618 0,02908 0,03199 0,03490 88
2 0,03490 0,03781 0,04071 0,04362 0,04653 0,04943 0,05234 87
3 0,05234 0,05524 0,05814 0,06105 0,06395 0,06685 0,06976 86
4 0,06976 0,07266 0,07556 0,07846 0,08136 0,08426 0,08716 85
5 0,08716 0,09005 0,09295 0,09585 0,09874 0,10164 0,10453 84
6 0,10453 0,10742 0,11031 0,11320 0,11609 0,11898 0,12187 83
7 0,12187 0,12476 0,12764 0,13053 0,13341 0,13629 0,13917 82
8 0,13917 0,14205 0,14493 0,14781 0,15069 0,15356 0,15643 81
9 0,15643 0,15931 0,16218 0,1>6505 ,0,16792 0,17078 0,17365 80
10 0,17365 0,17651 0,17937 0,18224 0,18509 0,18795 0,19081 79
11 0,19081 0,19366 0,19652 0,19937 0,20222 0,20507 0,20791 78
12 0,20791 0,21076 0,21360 0,21644 0,21928 0,22212 0,22495 77
13 0,22495 0,22778 0,23062 0,23345 0,23627 0,23910 0,24192 76
14 0,24192 0,24474 0,24756 0,25038 0,25320 0,25601 0,25882 75
15 0,25882 0,261631 036443 0,26724 0,27004 0,27284 0,27564 74
16 0,27564 0,27843 0,28123 0,28402 0,28680 0,28959 0,29237 73
17 0,29237 0,29515 0,29793 0,30071 0,30348 0,30625 0,30902 72
18 0,30902 0,31178 0,31454 0,31730 0,32006 0,32282 0,32557 71
19 0,32557 0,32832 0,33106 0,33381 0,33655 0,33929 0,34202 70
20 0,34202 0,34475 0,34748 0,35021 0,35293 0,35565 0,35837 69
21 0,35837 0,36108 0,36379 0,36650 0,36921 0,37191 0,37461 68
22 0,37461 0,37730 0,37999 0,38268 0,38537 0,38805 0,39073 67
23 0,39073 0,39341 0,39608 0,39875 0,40142 0,40408 0,40674 66
24 0,40674 0,40939 0,41204 0,41469 0,41734 0,41998 0,42262 65
25 0,42262 0,42525 0,42788 0,43051 0,43313 0,43575 0,43837 64
26 0,43837 0,44098 0,44359 0,44620 0,44880 0,45140 0,45399 63
27 0,45399 0,45658 0,45917 0,46175 0,46433 0,46690 0,46947 62
28 0,46947 0,47204 0,47460 0,47716 0,47971 0,48226 0,48481 61
29 0,48481 0,48735 0,48989 0,49242 0,49495 0,49748 0,50000 60
30 0,50000 0,50252 0,50503 0,50754 0,51004 0,51254 0,51504 59
31 0,51504 0,51753 0,52002 0,52250 0,52498 0,52745 0,52992 58
32 0,52992 0,53238 0,53484 0,53730 0,53975 0,54220 0,54464 57
33 0,54464 0,54708 0,54951 0,55194 0,55436 0,55678 0,55919 56
34 0,55919 0,56160 0,56401 0,56641 0,56880 0,571l.9 0,57358 55
35 0,57358 0,57596 0,57833 0,58070 0,58307 0,58543 0,58779 54
36 0,58779 0,59014 0,59248 0,59482 0,59716 0,59949 0,60182 53
37 0,60182 0,60414 0,60645 0,60876 0,61107 0,61337 0,61566 52
38 0,61566 0,61795 0,62024 0,62251 0,62479 0,62706 0,62932 51
39 0,62932 0,63158 0,63383 0,63608 0,63832 0,64056 0,64279 60
40 0,64279 0,64501 0,64723 0,64945 0,65166 0,65386 0,65606 49
41 0,65606 0,65825 0,66044 0,66262 0,$6480 0,66697 0,66913 48
42 0,66913 0,67129 0,67344 0,67559 0,67773 0,67987 0,68200 47
43 0,68200 0,68412 0,68624 0,68835 0,69046 0,69256 0,69466 46
4-4 0,69466 0,69675 0,69883 0,70091 0,70298 0,70505 0,70711 45
r

60' 60' 40' 30' '310' 10' O'


GRAUS GRAUS

C 0-S E N O
C
TABELA DE TRIGONOMETRIA FBLHA DE
FRESADOR COSENO - SENO INFORMAÇAO 5.12
TECNOLOGICA

UNHAS TRIGONOMnRICAS - (cmtinzqih)

CO-SENO
GRAUS GRAUS
W 1W ZMY 30' g(Y 50' 80'

0 1,00000 1,00000 0,99998 0,99996 0,99993 0,99989 0,99985 89


1 0,99985 0,99979 0,99973 0,99966 0,99958 0,99949 0,99939 88
2 0,99939 0,99929 0,99917 0,99905 0,99892 0,99878 0,99863
3 0,99863 0,99847 0,99831 0,99813 0,99795 0,99776 0,99756 86
4 0,99756 0,99736 0,99714 0,99692 0,99668 0,99644 0,99619 85
5 0,99619 0,99594 0,99567 0,99540 0,99511 0,99482 0,99452 84
6 0,99452 0,99421 0,99390 0,99357 0,99324 0,99290 0,99255 83
7 0,99255 0,99219 0,99182 0,99144 0,99106 0,99067 0,99027 82
8 0,99027 0,98986 0,98944 0,98902 0,98858 0,98814 0,98769 81
g 0,98769 0,98723 0,98676 0,98629 0,98580 0,98531 0,98481 gg
10 0,98481 0,98430 0,98378 0,98325 0,98272 0,98218 0,98163 79
11 0,98163 0,98107 0,98050 0,97992 0,97934 0,97875 0,97815 78
12 0,97815 0,97754 0,97692 0,97630 0,97566 0,97502 0,97437 77
13 0,97437 0,97371 0,97304 0,97237 0,97169 0,97100 0,97030 76
14 0,97030 0,96959 0,96887 0,96815 0,96742 0,96667 0,96593 75
15 0,96593 0,96517 0,96440 0,96363 0,96285 0,96206 0,96126 74
16 0,96126 0,96046 0,95964 0,95882 0,95799 0,95715 0,95630 73
17 0,95630 0,95545 0,95459 0,95372 0,95284 0,95195 0,95106 72
18 0,95106 0,95015 0,94924 0,94832 0,94740 0,94646 0,94552 71
19 0,94552 0,94457 0,94361 0,94264 0,94167 0,94068 0,93969 70
20 0,93969 0,93869 0,93769 0,93667 0,93565 0,93462 0,93358 69
0,93358 0,93253 0,93148 0,93042 0,92935 0,92827 0,92718 68
22 0,92718 0,92609 0,92499 0,92388 0,92276 0,92164 0,92050 67
23 0,92050 0,91936 0,91822 0,91706 0,91590 0,91472 0,91355 66
0,91355 0,91236 0,91116 0,90996 0,90875 0,90753 0,90631 65
25 0,90631 0,90507 0,90383 '0,90259 0,90133 0,90007 0,89879 64
26 0,89879 0,89752 0,89623 0,89498 0,89363 0,89232 0,89101 63
n 0,89101 0,88968 0,88835 0,88701 0,88566 0,88431 0,88295 62
28 0,88295 0,88158 0,88020 0,87882 0,87743 0,87603 0,87462 61
29 0,87462 0,87321 0,87178 0,87036 0,86892 0,86748 0,86603 60
30 0,86603 0,86457 0,86310 0,86163 0,86015 0,85866 0,85717 59
31 0,85717 0,85567 0,85416 0,85264 0,85112 0,84959 0,84805 58
a 0,84805 0,84650 0,84495 0,84339 0,84182 0,84025 0,83867 57
33 0,83867 0,83708 0,83549 0,83389 0,83228 0,83066 0,82904 56
3 4 , 0,82904 0,82741 0,82577 0,82413 0,82248 0,82082 0,81915 55
35 0,81915 0,81748 0,81580 0,814U 0,81242 0,81072 0,80902 54
36 0,80902 0,80730 0,80558 0,80386 0,80212 0,80038 0,79864 53
37 0,79864 0,79688 0,79512 0,79335 0,79158 0,78980 0,78801 52
38 0,78801 0,78622 0,78442 0,78261 0,78079 0,77897 0,77715 51
39 0,77715 0,77531 0,77347 0,77162 0,76977 0,76791 0,76604 M)
40 0,76604 0,76417 0,76229 0,76041 0,75851 0,75661 0,75471 49
41 0,75471 0,75280 0,7,5088 0,74896 0,74703 0,74509 0,74314 48
42 0,74314 0,74120 0,73924 0,73728 0,73531 0,73333 0,73135 47
4 0,73135 0,72937 0,72737 0,72537 0,72337 0,72136 0,71934 46
4 0,71934 0,7l732 0,71529 0,71325 0,71121 0,70916 0,70711 6

W 40' 30' 20' 10' V


GRAUS GRAUS

SENO

I
76
TABELA DE TRIGONOMETRIA FbLHA DE
FRESADOR TANGENTE - CO-TANGENTE INFORMAGÁO27
TECNOLÓGICA 5-13

LINHAS TRIGBNOMETRIçAS - (crmtEauag&)

TANGENTE
GRAUS GRAUS
0' 10' 230' 36' 40' 50' $O9

O 0,00000 0,00291 0,00582 0,00873 0,01164 0,01455 0,01746 89


1 0,01746 0,02036 0,02328 0,02619 0,02910 0,03201 0,03492 88
2 0,03492 0,03783 0,04075 0,04366 0,04658 0,04949 0,05241 87
3 0,05241 0,05533 0,05824 0,06116 0,06408 0,06700 0,06993 86
4 0,06993 0,07285 0,07578 0,07870 0,08163 0,08456 0,08749 85
5 0,08749 0,09042 0,09335 0,09629 0,09923 0,10216 0,10510 84
6 0,10510 0,10805 0,11099 0,11394 0,11688 0,11983 0,12278 83
'i 0,12278 0,12574 0,12869 0,13165 0,13461 0,13758 0,14054 82
8 0,14054 0,14351 0,14648 0,14945 0,15243 0,15540 0,15838 81
9 0,15838 0,16137 0,16435 0,16734 0,17033 0,17333 0,17633 80
10 0,17633 0,17933 0,18223 0,18534 0,18835 0,19136 0,19438 79
11 0,19438 0,19740 0,20042 0,20345 0,20648 0,20952 0,21256 78
12 0,21256 0,21560 0,21864 0,22169 0,22475 0,22781 0,23087 77
13 0,23087 0,23393 0,23700 0,24008 0,24316 0,24624 0,24933 76
14 0,24933 0,25242 0,25552 0,25862 0,26172 0,26483 0,26795 75
15 0,26795 0,27107 0,27419 0,27732 0,28046 0,28360 0,28675 74
16 0,28675 0,28990 0,29305 0,29621 0,29938 0,30255 0,30573 73
17 0,30573 0,30891 0,31210 0,31530 0,31850 0,32171 0,32492 72
18 0,32492 0,32814 0,33136 0,33460 0,33783 0,34108 0,34433 71
19 0,34433 0,34758 0,35085 0,35412 0,35740 0,36068 0,36397 70
20 0,36397 0,36727 0,37057 0,37388 0,37720 0,38053 0,38386 69
Zf 0,38386 0,38721 0,39055 0,39391 0,39727 0,40065 O,AO403 68
0,40403 0,40741 0,41081 0,41421 0,41763 0,42105 0,42447 67
23 0,42447 0,42791 0,43136 0,43481 0,43828 0,44175 0,44523 66
24 . 0,44523 0,44872 0,45222 0,45573 0,45924 0,46277 0,46631 65
25 0,46631 0,46985 0,47341 0,47698 0,48055 0,48414 0,48773 64
26 0,48773 0,49134 0,49495 0,49858 0,50222 0,50587 0,50953 63
27 0,50953 0,51319 0,51688 0,52057 0,52427 0,52798 0,53171 62
28 0,53171 0,53545 0,53920 0,54296 0,54673 0,55051 0,55431 61
29 0,55431 0,55812 0,56194 0,56577 0,56962 0,57348 0,57735
80 0,57735 0,58224 0,58513 0,58905 0,59297 0,59691 0,60086 59
31 0,60086 0,60483 0,60881 0,61280 0,61681 0,62083 0,62487 58
32 0,62487 0,62892 0,63299 0,63707 0,64117 0,64528 0,64941 57
33 0,64941 0,65355 0,65771 0,66189 0,66608 0,67028 0,67451 56
34 0,67451 0,67875 0,68301 0,68728 0,69157 0,69588 0,70021 55
35 0,70021 0,70455 0,70891 0,71329 0,71769 0,72211 0,72654 54
36 0,72654 0,73100 0,73547 0,73996 0,74447 0,74900 0,75355 53
27' 0,75355 0,75812 0,76272 0,76733 0,77196 0,77661 0,78129 52
38 0,78129 0,78598 0,79070 0,79544 0,80020 0,80498 0,80978 51
39 0,80978 0,81461 0,81946 0,82434 0,82923 0,83415 0,83910 50
- 40 0,83910 0,84407 0,84906 0,85408 0,85912 0,86419 0,86929 49
41 0,86929 0,87441 0,437955 0,88473 0,88992 0,89515 0,90040 48
42 0,90040 0,90569 0,91099 0,91633 0,92170 0,92709 0,93252 47
43 0,93252 0,93797 0,94345 0,94896 0,95451 0,96008 0,96569 46
44 0,96569 0,97133 0,97700 0,98270 0,98843 0,99420 1,00000 45

64.P 60' 40' 30' $30' 10' 0'


GRAUS GRAUS

CO-TANGENTE

77
TABELA DE TRIGONOMETRIA FdLHA DE
FRESADOR CO-TANGENTE - TANGENTE INFORMAÇAO27
TECNOLóGICA 5-14

LINHAS TRIOONOMPllZICAS - (coatinzsajtao)

CO-TANGENTE r

GRAUS GRAUS
O' 10' M' 30' 40' Fiop 60'

O 343,77371 111,88540 114,58865 85,93979 68,75009 57,28996 89


1 57g996 49,10388 42,96408 38,18846 34,36777 31,24158 28,63625 e8
2 28,63625 26,43160 24,54176 22,90377 21,47040 20,20555 19,08114 87
3 19,08114 18,07498 17,16934 16,34986 15,60478 14,92442 14,30067 86
4 14,30067 13,72674 13,19688 12,70621 12,25051 11,82617 11,43005 85
5 11,43005 11,05943 10,71191 10,38540 10,07803 9,78817 9,51436 54
6 9,51436 9,25530 9,00983 8,77689 8,55555 8,34496 8,14435 83
7 8,14435 7,95302 7,77035 7,59575 7,42871 7,26873 7,11537 82
8 7,11537 6,96823 8,82694 6,69116 6,56055 6,43484 631375 81
9 6,31375 6,19703 6,08444 5,97576 5,87080 5,76937 5,67128 80
18 5,67S28 5,57638 5,4845l 5,39552 5,30928 5,22566 , 5,14455 79
11 5,14455 5,06584 4,98940 4,91516 4,84300 4,77286 4,70463 78
i2 4,70463 4,63825 4,57363 4,51071 4,44942 4,38969 4,33148 77
13 4,33148 4,27471 4,21933 4,16530 4,11256 4,06107 4,01078 76
14 4,01078 3,96165 3,91364 3,86671 3,82083 3,77595 3,73205 75
i5 - 3,73205 3,68909 3,64705 3,íXim 3,56557 3,52609 3,48741 74:
16 3,48741 3,44951 3,41236 3,37594 3,34023 3,305231 8,27085 73
17 3,27085 3,23714 3,20406 3,17159 3,13972 3,10842 3,87768 72
18 3,07168 3,04749 3,01783 2,98869 2,96004 2,93189 2,90421 71
19 2,90421 2,87700 2,85023 2,82391 2,79802 2,77254 2,74748 70
20 2,74748 2,72281 2,69853 2,67462 2,65109 2,62791 2,60509 69
21 2,60509 2,5&61 2,56046 2,53865 2,51715 2,49597 2,47509 68
22 2,47509 2,45451 2,43422 2,41421 2,39449 2,37504 2,35585 67
23 2,35585 2,33693 2,31826 2,29984 2,28167 2,26374 2,24604 66
24 2,24604 2,22857 2,21132 2,19430 2,17749 2,16090 2,14451 65
25 2,14451 2,12832 2,11233 2,09654 2,08094 2,06553 2,05030 64
26 2,05030 2,03526 2,02039 2,00569 1,99116 1,97680 1,96261 63
27 1,96261 1,94858 1,93470 1,92098 1,90741 1,89400 1,88073 62
28 1,88073 1,86760 1,85462 1,84177 1,82906 1,81649 1,80405 61
29 1,80405 1,79174 1,77955 1,76749 1,75556 1,74375 1,73205 60
30 1,73205 1,72047 1,70901 1,69766 1,68643 1,67530 1,664218 59
31 1,66428 1,65337 1,64256 1,63185 1,62125 1,61074 1,60033 58
32 1,60033 1,59002 1,57981 1,56969 1,55966 1,54972 1,53987 57
33 1,53987 1,53010 1,52043 1,51084 1,50133 1,49190 1,48256 56
34 1,48256 1,47330 1,46411 1,45501 1,44598 1,43703 1,42815 55
35 1,42815 1,41934 1,41061 1,40195 1,39336 1,38484 1,37638 54
36 1,37638 1,36800 1,35968 1,35142 1,34323 1,33511 1,32704 53
37 1,32104 1,31904 1,31110 1,30323 1,29541 1,28764 1,27994 52
38 1,27994 1,27230 1,26471 1,25717 1,24969 1,24227 1,23490 51
39 1,23490 1,22758 1,22031 1,21310 1,20593 1,19882 1,19175 M)
44 1,19175 1,18474 1,17777 1,170$5 1,16398 1,15715 1,15037 49
41 1,15037 h14363 1,13694 1,13029 1,l2369 1,11713 1,11061 48
42 1,11061 1,10414 1,09770 1,09131 1,08496 1,07864 1,07237 47
43 1,07237 1,06613 1,05994 1,05378 1,04766 1,04158 1,03553 46
44 1,03553 1,02952 1,02355 1,01761 1,01170 1,00583 1,00000 45

60" 50' 40' 30' rUI' 10' 0'


GRAUS GRAU5

TANGENTE

78
ENCAIXE EM "RABO DE A N D O R I N H A (FBMEA)
Medisão com auxilio de cilindros retificados.

Cálculo de y
. AB
(1) Cot cc. = -donde AB ou y = OB cot oc
OB

(3) y = OB X cotg OZ. = 5,5 X 1,732 = 9,526

Cálculo de x
4x = 78 - (2y + 2R) = 78 - (18,052 + 11) = 78 - 29,052 = 48,948 mm.
FBLHA DE
FREâADOR MEDIÇAO DE RABO DE ANDORINHA INFORMAÇÁO 5.16
TECNOL6GICA

FORMULA SIMPLIFICADA: MACHO

1 + cotang. -
* 2

2h
l=L-
tang.

FORMULA SIMPLIFICADA: FÊMEA

Fórmula para calcular x

80
FBLHA DE
FRESAS PARA RASGOS
FRESADOR (TIPOS ESCATEL OU DE TOPO E DE DISCO)
INFORMAÇAO
TECNOLbGICA
6.7
1

As fresas são ferramentas de corte rota- denominação indica, servem para cortes de
tivas, geralmente de aço rápido ou com den- ranhuras estreitas ou de rasgos de chavêta.
tes soldados de metal duro (carbonetos). Po- Compreendem duas classes: 1) as que apre-
dem ser também constituídas de um corpo sentam corte no tÔpo'(DE TOPO ou ES-
de aço ao carbono tenaz ao qual se adaptam CATEL); 2) as que, tendo forma de disco,
ou se soldam os dentes cortantes de aço rá- apresentam dentes com corte não sbmente
pido. na sua periferia, mas também nos lados (DE
As FRESAS PARA RASGOS, como a DISCO).

Fig. 1 - Fresa de topo de dois dentes Fig. 2 - Fresa de tôpo de dois dentes
retos, com haste cilindrica. retos, com haste cônica.

Fig. 3 - Fresa de tôpo de dois dentes Fig. 4 - Fresa de tôpo de dois dentes
helicoidais, com haste cilindrica. helicoidais, com haste cônica.
Aspectos dos topos

@ Dentes c/pastilhas Fig. 7 - Fresa de topo, de dentes múltiplos


Dentes simples
Fig. 5 Fig. 6 helicoidais, de haste cônica.

FRESAS DE TOPO

As figs. 1 a 4 e a fig. 7 apresentam tipos bonêto, ambos de dois dentes ou cortes.


usuais de fresas de topo com haste. A fig. 5 Há ainda fresas de topo sem haste ou
mostra o aspecto da extremidade cortante de ocas (fig. 9) que são adaptadas em man-
uma fresa de aço rápido e a fig. 6 o topo dris próprios, por um dispositivo de ranhu-
cortante de uma fresa com pastilhas de car- ras.

Fig. 8 - Cunha de corte. Fig. 9 - Fresa de tôpo sem haste ou Oca,


e m duas vistas.
I
FRESAS PARA RASGOS FBLHA DE
FRESADOR (TIPOS ESCATEL OU DE TOPO E DE DISCO) INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
6.8
1

Nas fresas de topo de dentes helicoidais, ÂNGULOS


há que distinguir um ângulo i de inclinação MATERIAIS I

da hélice (figs. 4, 7 e 9) variável de S0 a 20°, A INCLI-


conforme o material a'fresar. Tendo em con-
i
ta a fig. 8, que representa esquemàticamente
o gume, a tabela ao lado apresenta valores Aço macio
usuais dos ângulos f (folga), s (saída) e i (in- Materiais duros
clina~ãodos dentes helicoidais), para alguns
materiais.

FRESAS DE DISCO

I É
São empregadas para cortes profundos.
frequente o uso da fresa de disco de três
cortes, um dos quais na periferia e os dois
dispositivo facilita a saída dos cavacos e per-
mite corte mais suave.
A tabela abaixo contém dados práticos
outros laterais e alternados. As figs. 10 e 11 para a escolha das fresas de disco de três
apresentam aspectos dêste tipo de fresa. Tal cortes.

Fig. 10
Fig. 11

DIMSÕES E ÂNGULOS DE FRESAS DE DISCO COM T R ~ SCORTES


MATERIAIS ÃNGULOS DIÂMETROSEXTERNOS DAS FRESAS (mm)
-
r

I A li'M3SA' FOLGA - f SAÍDA s INCL1N.-i 60 75 90 110 130 150 1 7 5 200


1
I Aço macio 5O 12' 12' a 1 5o 'a 8 10 12 14 16 18 20 20
I
I
Materiais 8
'
I
,
duros
Metais
leves 6'
3O

a 8'
s0
25'
9'

20'
a 12'

a 30'
W
n
g
16

6
18

7
20

8
22

10
24

10
26

12
28

12 14
30

16 22 22 27 27 32 40 40
I DIÂMETROS DOS FUBOS DAS FRESAS (mm)
F6LHA DE
FRESADOR RANHURAGEM PARA CHAVÊTAS INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
8.1
L

Fig. 1

RANHURAS PARA CHAVETAS

As operações de ranhuragem para chavê- este método tem menor precisão do que
tas podem ser realizadas por dois métodos o precedente, porque, durante o passe, a fresa
diferentes: sofre o fenômeno descrito para a fresa em T:
- Por ranhuragem tangencial afastamento da beirada cortada em "oposiçãof'
l) - uma para ranhurar 'Or- e aproximação da beirada cortada em "concor-
te ou 3 cortes, a espessura da fresa corres- dância,,.
pondendo A largura da chavêta; é o processo
utilizado mais comumente para obter-se uma Exemplo - Fresagem de um alojamento
canelura com largura precisa e perfeitamente de chavêta paralela, com extremidades urre-
centrada. A melhor regulagem é obtida mon- dondadas.
tando-se a peça entre pontas no aparelho di-
visor. A técnica operacional que permite o má-
Calcular as condições de corte, como no ximo de precisão é a seguinte: (fig. 2): dar,
item 1. O curso total da operação é igual A alternadamente, um movimento longitudinal
entrada da fresa mais O comprimento Útil da em direção de ui e u2 utilizando-se para isto as
r d ~ u r a Se
. a canelura não atravessa a Peça, escoras para comando automático e as escoras
apresenta necessariamente uma parte final micrométricas. Durante cada curso fazer pe-
curva que corresponde ao raio da fresa. netrar progressivamente a fresa no material
Por fresagem de tôpo (fig. 2). - este 1/20 do seu diâmetro, por meio do volante
método necessita fresas com dois dentes retos
de subida d o suporte da mesa (9, ou seja,
ou helicoidais (figura l), hastes cilindricas
1/10 de d por curso ida e volta. Quando a
OU cones Morse, chamadas "fresas escatel", e
profundidade total do passe é atingida, rea-
é realizado em fresadoras com cabeçote ver-
lizar ainda um ou dois cursos alternados, sem
tical (fig. 2). O pequeno diâmetro das fre-
penetração.
sas conduz naturalmente a utilizar as maio-
res velocidades da árvore da máquina, a fra- Qualquer outro modo utilizado para exe-
gilidade da ferramenta limitando a/N a va- cutar a operação provocará o defeito apresen-
lores compreendidos entre 0,02 e 0,05. tado pela fig. 3.

97
.
-
F6LHA DE
FRESADOR CHAVSTAS - TABELA INFORMAÇAO
TECNOLôGICA 8.2

A chavêta, como o para£uso, é um meio de ligação não permanente, entre elementos


de máquinas. Evitando o deslizamento na transmissão de forças, a chavêta tem seu grande
emprêgo na fixação de rodas dentadas, polias, volantes, acoplamentos, etc., aos seus res-
pectivos eixos.
As chavêtas classificam-se em transversais e longitudinais, sendo estas Últimas as mais
empregadas. Temos: as chavêtas de disco (Woodruff), usadas para eixos de pequenos diâ-
metros; as chavêtas encaixadas e chavêtas com cabeça, utilizadas na transmissão de gran-
des forças e as chavêtas redondas, empregadas para pequenos es£orços.

w
p.+- 0bs:- O comprimento L não deve ser superior o 2 d

CHAVETAS
.
DIÂME TRO CHAVETAS ENCAIXADAS PARARBO CHAVETASDE CABECADA,,
Doi
EIXO*d"d o b c d, d2 e f g I h t tr d3
I1 - 12 4 4 7 d - 2,5 d + 1,5 6

13-17 5 5 8 d-3 d+2 7,5


18-22 6 6 5,5 3 3,5 3,s 3 6 6 9 d-3,5 d+2,5 45
23-30 8 7 7,5 4 4,5 4,5 3 8 8 10 d-4 d+3 10
31 - 38 10 8 8,5 5 5,5 5 3 10 10 12 d -5 d+ 3 11,5

39- 64 12 8 9 5 5,5 5 3 10 10 12 d-5 d+ 3 13


45-50 14 9 12 6 7 6 3 10 10 14 d-5,5 d+3,5 13,5

51-58 16 10 12 6 7 6 4 10 10 15 d-6 d+ 4 14,5


59-68 I8 11 16 8 9 7 4 13 14 16 d- 7 d+4 16

69- 78 20 12 16 8 9 7 4 14 14 19 d - 7,5 d+4,5 17


79-92 2 4 / 4 20 10 11 8 4 16 18 22 d-8,5 d+5,5 19
93-110 28 16 20 10 11 8 6 18 20 26 d-I0 d +6 20
- .
FOLHA DE
FRESADOR APARELHO DIVISOR INFORMAÇ~O
TECNOL6GICA
9.1
I

O aparelho divisor universal é consti-


tuído de uma carcaça inclinável com uma
coroa acoplada à árvore e a um parafuso sem-
fim que a aciona, e montada sôbre uma base
que se fixa à mesa da fresadora.
A coroa do divisor tem 40, 60 ou 80
dentes. As mais comuns têm 40 dentes.
Fazendo a manivela girar uma volta com-
pleta, a coroa gira 1 dente.
Sendo a coroa de 40 dentes, o movimento
1

dela corresponde à de volta.


40 Fig. 1 - Perspectiva de um divisor universal

NOMZNUATUM DO ASiXREZHO DIUISQR

Fig. 2 - Aparelho divisor universal

A e B = Corpo do divisor Mi = Engrenagem helicoidal


C = Contra-ponto N = Engrenagem helicoidal
D = Corôa O = Bucha excêntrica regulável
E = Parafuso de rosca sem-fim, P = Parafuso
F = Manivela comando do divisor Q = Disco divisor
G = Agulha
H = Disco divisor R = Trava
I = Trava S = Alavanca
L e M = Engrenagens de transmissão T = Setor móvel

RELAÇÁO DOS DISCOS

Comumente as máquinas fresadoras pos-


suem 3 discos divisores distintos:
F6LHA DE
FRESADOR DMSOR - DMSOES SIMPLES INFORMAÇAO 9.2
TECNOLÓGICA

Broco do setor

- C0 do diviaui

CEm
Número de voltas e fração de voltas da manivela = C (coroa)
5 N (número de divisão)
$ .

1
Relação do divisor = -
40

Exemplo 1: C = 40
N=28

40 40 i2
- 28 - I + -= separa-se a fraçáo do inteiro e opera-se da
----
28
seguinte forma:
12 : 4 9
28 : 4
-
-
3x3
7x3
---
- I l - 1 volta + 9 furos no disco 21
Exemplo 2: C = 40
N = 35

40 40 5
----
N - 35 - 35
+
1 -= 1 volta + 3 furos no disco 21

35 : 5
5 :5
- ,
- 1 Xx 33 -
---3
P1 - 1 volta

Exemplo 3: C = 40
N = 55

40 40 : 5
--
55
- 55:5
- 181 xx 33 - -
24
33 = 24 furos no disco 33.

% n-
BROCA HELICOIDAL FBLHA DE
FRESADOR ÂNGULOS E AFIAÇÃO INFORMACAO
TECNOLÓGICA
12.1

Devido à forma especial da broca heli-


coidal, é pràticamente impossível medir, di-
retamente e com exatidão, os ângulos c (ân-
gulo cortante), f (ângulo de folga ou de inci-
dência) e s (ângulo de saída ou de ataque), que
influem nas condições do corte com a broca
helicoidal (fig. 1).
A prática indica, entretanto, algumas
regras que, se observadas na afiação da broca,
dão-lhe as melhores condições de corte.
Fig. I

CONDIÇÕES PARA QUE UMA BROCA FACA BOM CORTE


l.a) O ângulo da ponta da broca deve ser de
118O, para os trabalhos mais comuns
(fig. 2). ws
Valores especiais que a prática já con-
sagrou :
1500, para aços duros;
1250, para aços tratados ou forjados;
100°, para o cobre e o alumínio;
900, para o ferro fundido macio e ligas le-
ves;
600, para baquelite, fibra e madeira.
I
Za) As arestas cortantes devem ter, rigorosa- Fig. 2 Fig. 3 v "
menti, comprimentos iguais, isto é, A = ' I i

= A (fig. 3).
3.a) O ângulo de folga ou de incidência deve
ter de 90 a 15O (fig. 4). Nestas condições,
dá-se melhor penetração da broca.
Estando a broca corretamente afiada,
a aresta da ponta faz um ângulo de 1300 com
uma reta que passe pelo centro das guias
(fig. 6).
Quando isto acontece, o ângulo de fol-
ga tem o valor mais adequado, entre 9O e 150.
4.a) No caso de brocas de maiores diâmetros,
a aresta d a ponta, devido ao seu tama- Fig. 4 Fig. 5
nho, dificulta a centragem da broca e tam-
bém a sua penetração no metal. É neces-
sário, então, reduzir sua largura. Desbas-
tam-se, para isso, os canais da broca, nas
proximidades da ponta (fig. 5 e 7). Rste
desbaste, feito na esmerilhadora, tem que
ser muito cuidadoso, devendo-se retirar
rigorosamente a mesma espessura, num
e noutro canal.

Fig. 6
f .,S'S FRESADOR
I BROCA HELICOIDAL
ÂNGULOS E AFIAÇXO
I FBLHA DE
INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA I 12.2

--,IFICADOR DE ÂNGULOS DA BROCA

Para a verificação do .ângulo da ponta, e dos comprimentos das arestas cortantes, usa-
se o tipo de verificador da fig. 8.

Fig. 9

A afiação se faz numa esmerilhadora, Como o ângulo de inclinação do su-


SENDO RECOMENDÁVEL O USO DE UM DISPOSI- porte é 590, para ângulo de ponta de 1180, re-
TIVO DE SUPORTE ANGULAR, como mostra a sulta uma afiação correta, para o que concor-
fig. 9. A broca fica em contacto com a face do re também o uso do verificador (fig. 8), à
rebolo cilindrico, como se vê na figura. medida do desenvolvimento' do trabalho.
O suporte da broca gira, impulsiona- O rebolo biselado (à esquerda, na fig.
do a mão, por meio do eixo E. A amplitude 9) serve para o desbaste dos canais, a fim de
dêsse giro é limitada a um ângulo de cêrca reduzir a aresta da ponta da broca.
de 6 5 O .
FBLHA DE
FRESADOR REBAIXAR FURO INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA 12.3

Rebaixar furo é uma operação que se beças de parafusos. Com êste rebaixo, as ca-
faz geralmente na fresadora. beças dos parafusos ficam embutidas, apre-
sentando um aspecto mais agradável e evi-
Os rebaixos são feitos com uma ferrã- tando o perigo das partes salientes. Em alguns
menta chamada escatel. casos, o rebaixo serve para alojar flanges de
A operação de rebaixar quase sempre se buchas, usando-se geralmente, na sua exe-
destina a executar um alojamento para as ca- cução, rebaixador de lâmina.

FASES DE EXECU(S1KO

Fig. 1 - Fresa escatel. Fig. 2 - Rebaixador de Fig. 3 - Rebaixador


Zdmina. forjado.
l.a Fase
Escolha a ferramenta adequada ao tra-
balho (figs. 1, 2 e 3).

2.a Fase
Prenda a peça na morsa (fig. 4).

Fig. 5

Fig. 4

Fase
Prenda a ferramenta no mandril (fig. 5)
ou diretamente no cone da árvore da máqui-
na (fig. 6).

4.a Fase
Determine a r.p.m.

5.a Fase
Acerte a ferramenta no furo da peça até
que os gumes tomem contato e regule a pro-
fundidade que deve ser rebaixada (fig. 7). Fig. 6

A
125
7.a Fase
Verifique o rebaixo com paquímetro (fig.
8) ou com calibre de profiindidade (fig. 9).
Fig. 7

Fig. 6 Fig. 9
CREMALHEIRA F6LHA DE
FRESADOR (APARELHO DIVISOR ESPECIAL E FdRMULAS) INFORMAÇÁO
TECNOL~GICA
12.5

M = Mddul
4550

As divisões podem ser efetuadas com auxílio do anel ou com o aparelho especial par?
divisões longitudinais.

-X
B A 4 Pf. Nv

Pc = Passo circular = Mx T
Pf = Passo do fuso da mesa
Nv = Número de voltas do disco

A C Mn 22
XB ~ ~ fNV
. = n

Exemplo 1. Abrir uma cremalheira M n.O 2 N voltas = 1 Fuso = 5 mm

-Ax - - C M n - 2 X 3,14 - 2 X 22 - 4 X 11 - 56 X 44
-
B D - Pf. Nv - 5 x 1 5 X l X 7 - 5 - X 7 - 70 X 28

Exemplo 2. Abrir uma cremalheira M n.O 2 N voltas = 1 Fuso 114" = 6,35 mm

A C 2 X 3,14
- 2 x 22 - 8 X 11 - 80 X 44
XB ~ 6,35 X 1= - 6,35 X 7 - 12,7 X 7 - 127 X 28

8
127
CHAVETA "WOODRUFF" FBLHA DE
FRESADOR TABELA TECNOL6GICA
INFORMAÇÃO 13.1

Frequentemente, surge nas máquinas a TABELA DE CHAVETA TIPO "WOODRUFF"


necessidade de chavêtas. O seu emprêgo é
comum nas manivelas, polias, volantes e nos
seus respectivos eixos.
A chavêta se apresenta de muitas formas
e tamanhos de acordo com a necessidade de
cada caso. Uma das formas mais comuns é a
constituída de um meio disco chato com fun-
do redondo ou chanfrado chamada "Wood-
ruff" fig. 1. Estas chavêtas são de execução
mais simples tornando-as assim, mais econô-
micas e de boas qualidades.
Uma boa norma para dimensionar uma
chavêta "Woodruff" em função do eixo, con-
siste em dar-lhe uma largura igual a 114 do
diâmetro do eixo e um raio igual ao do mes-
mo, escolhendo-se então, a chavêta normali-
zada (vide tabela ao lado) que mais se apro-
ximar destas medidas.
Para se fresar tal tipo de chavêta, usa-se
uma fresa tipo "Woodruff" de haste cilín-
drica paralela e dentes retos (DIN 850). Para
tal fresagem, deve-se utilizar, de preferência,
fresadoras pequenas de comandos sensíveis. A
penetração deve ser feita por comando ma-
nual do volante de subida do suporte da
mesa.

Fig. 1

VELOCIDADES DE CORTE RECOMENDADAS


- Aços duros e com ligas: V = 10 m/min;
- Aço meio duro: V = 16 m/min;
- Aço doce: V = 20 a 25 m/min.
*
I-' -J
:)L FRESADOR
&.'
ENGRENAGENS RETAS
L. - - -

- SISTEMA MODULO FOLHA DE


INFORMAÇAO
1
13.2 1
TECNOLóGICA
I

!
. -

I
I
I
I

De - Diâmetro externo s - Cabe~ado dente


Dp - Diâmetro primitivo t - Pé do dente
I Di -Diâmetro interno L - Comprimento do dente
E - Espessura do dente Pc - Passo circular
V - Vão do dente f - Folga
cc - Ângulo de pressão N - Número de dentes
h - Altura do dente M - Módulo
I
I , FORMULAS PARA DENTES NORMAIS QUADRO DOS NOMEROS DAS FRESAS

DP De Nf 1 2 3 4
1) M = - OU M=
N NS2
Nd 12-13 14-16 17-20 21-25
2) De = M X (N + 2)
Nf 5 6 7 8
PC Mn MX3,14
3) E=2- OU - -
2 - 2
-
135 ao
Nd 26-34 35-54 55-134
= 1,57 M infinito

4) Pc=MXn
Nf = Número da fresa
1,57 M
5) f = = 0,157 M Nd = Número de dentes da engrenagem
10 ..
'I
6) l i = t + s = 2 M + f = 2 , 1 5 7 X M R E L A P O DE MCSDULOS NORMAIS
7) t = 0,157 M + M = 1,157 M - 0,5 - 0,75 - 1 - 1,25 - 2 - 2,25 - 2,5
8) s = l M
9) L = 1 0 M
- 2,75 - 3 - 3,25 - 3,5 - 3,75 - 4 - 4,25
10) D p = M X N - 4,5 - 5 - 5,25 - 5,5 - 5,75 - 6 - 6,5
11) D i = D e - 2 h = D p - 2 t - 7 - 7,5 - 8 - 8,5 - 9 - 9,5 - 10 - 11
12) .c = ângulo de pressão 15O e 20° - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - 18 - 20
132 e . -
.#
' L 1

F6LHA DE
FRESADOR DIVISA0 DIFERENCIAL INFORMAÇAO
TECNOL6GiCA
13.3

NOMENCLATURA E ESQUEMA DO DIVISOR


MONTADO PARA DIVISÃO DIFERENCIAL

A = ENGRENAGEM DA ARVORE K = PINO EXPANSIVO DA ARVORE


B = ENGRENAGEM INTERMEDIARIA L = EIXO-FUSO DO DIVISOR
C = ENGRENAGEM INTERMEDIARIA M = EIXO DO DISCO
D = ENGRENAGEM DO FUSO DIVI- N = ,'3ETOR MOVEL
SOR O = DISCO DIVISOR
E = ENGRENAGEM INTERMEDIARIA P = GRADUAÇÃO DO CABEÇOTE
AUXILIAR Q = FIXADOR DO DISCO
F = BANDEIRA R = PLACA DO ARRASTADOR
G = BANDEIRA AUXILIAR S = PONTO DO DIVISOR
H = MANIVELA DO DIVISOR T = FIXADOR DO ARRASTADOR
I = FIXADOR DA FACE GRADUADA U = FACE GRADUADA
J = ROSETA DE ENGRENAGEM V = ÍNDICE DE INCLINAÇÃO

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DIVISÃO DIFERENCIAL

Desejando-se fresar uma engrenagem que terminar as engrenagens da relação existente


tenha 51 dentes, o problema torna-se dife- e o cálculo do disco divisor.
rente porquanto a relação coroa sobre divisão
C Exemplo:
-forma uma fração de valores primos en-
N Para fazer-se 5 1 divisões temos :
tre si.
Neste caso usa-se a divisão diferencial, ---
c 40
que consiste em multiplicar a diferença entre 51 ' N
o número base e o número real pelo número Convenciona-se 50 como número base.
de dentes da coroa.
O número base convencional, que deve ser o 40 - 40.(51 - 50) - 40.1 - 40 - 4
-- -- ----
mais próximo possível do real, possibilita de- 51 5O 50 50 5

..
b.
T
133
I
-5
i'

Montagem
de

I
4 engrenagens

I
I

4
Para determinar as engrenagens, multiplica-se - por um número também convencional.
5
O resultado indicará as engrenagens necessárias para fazer 5 1 divisões.
Acompanham a fresadora universal as seguintes engrenagens: 24, 24, 28, 32, 36, 40,
44, 48, 48, 56, 64, 72, 86 e 100.

Engren. A - -4
- 8 32

i
I Engren. B

OBSERVA~ÃO:
5 T =w

O numerador corresponde à engrenagem A que será montada no pino expansivo da


árvore e o denominador à engrenagem B, que deve ser montada no pino do disco divisor.
h?,

Portanto:
32 - engrenagem do
-- pino expansivo da árvore
40 engrenagem do pino do disco divisor
No exemplo citado as engrenagens determinadas 32 e 40 dentes resolvem o problema.
. . e

F6LHA DE
FRESADOR I DNISÃO DIFERENCIAL INFORMAÇAO 13.5
TECNOLÓGICA

1' '

Cálculo do Divisor

4
Com a relação encontrada -, calcula-se o divisor convencionando também um ou-
5
tro número que multiplicado determinará a quantidade de furos e disco.
Convencionando 4 para o cálculo temos

-4x - =4 16 (furos)
5 4 20 (disco) '
Outro exemplo: Calcular as engrenagens e o divisor para se fresar uma engrenagem
de 127 dentes.

Cálculo das Engrenagens

120 é o número base.

Cálculo do Divisor
- =-- 4x - =1
- 40 5 5 (furos)
120 12 3 5 15 (disco) '
OBSERVAÇÃO:
NO cálculo do divisor, empregar sempre a fração com o número base.

A
1 - Sendo dados c = 40 e N = 77, calcular as engrenagens -
B e divisor.
Para se montar as engrenagens no divisor é necessário observar o sentido da rosca
sem-fim.
a) Quando a rosca sem-fim for à direita têm-se:
1) Aumentando o n.O base e montando-se o divisor com 2 engrenagens coloca-se
uma intermediária.
2) Diminuindo o n.O base e montando-se o divisor com 4 engrenagens colocam-se
2 intermediárias.
3) Aumentando o n.O base e montando-se o divisor com 4 engrenagens não se co-
loca intermediária.
4) Diminuindo o n.O base e montando-se o divisor com 4 engrenagens coloca-se
uma intermediária.
b) Quando a rôsca sem-fim for à esquerda tem-se o contrário.
--
I- FBLHA DE
FRESABO- 'Q7@ MEDIÇÃO DE DENTES DE ENGRENAGENS INFORMAÇAO 13.6
!de. : + rECNOL6GICA
L

Engrenagens são elementos de máquina Um controle eficiente de engrenagens


cada vez mais importantes. São empregadas consiste principalmente em supervisionar a fa-
para a transmissão de movimentos ou de fôr- bricação, permitindo assim, aperfeiçoá-la. A
ças e se encontram em quase todos os meca- interpretação dos resultados das medições efe-
nismos, aparelhos, máquinas ou motores. As tuadas permite descobrir e eliminar as fontes
exigências quanto a sua qualidade e precisão de êrro.
crescem constantemente. Tais exigências nos Normalmente contenta-e, em medir a
levam à necessidade de um controle eficiente espessura dos dentes de engrenagens e even-
nas engrenagens. tualmente a excentricidade das mesmas.

MEDIÇAO COM PAQUÍMETRO

Fig. 1

A medição da espessura dos dentes de Efetua-se a medida regulando a haste


engrenagens se faz com um paquimetro espe- vertical na medida H, previamente calculada
cial constituido de duas escalas perpendicula- e depois ajusta-se a haste horizontal na me-
res entre si (fig. l). dida C e faz-se a leitura na mesma.
Essa medida 6 feita no diâmetro primi-
Para se determinar essas medidas preci-
I tivo (pontos ab) conforme o indicado na fi- samos conhecer N, M, H e o C teórico.
gura 2.
Aconselha-se, para maior precisão, fazer- Nas engrenagens do sistema módulo (M),
se a medição em três dentes eqiiidistantes e calcula-se a altura H e a espessura C pelas
depois tira-se a mCdia entre elas. fórmulas:

Fig. 2
J

F6LHA DE
FRESADOR MEDIÇÃO DE DENTES DE ENGRENAGENS INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
13.8

MEDIÇAO COM MICRÔMETRO

Para se obter maior precisão na medição para as medidas "W" sendo indicado também
dos dentes de engrenagens, existe um micrô- o número de dentes sobre os quais se deve
metro o qual é compôsto de dois pratos, sendo medir.
um na haste fixa e outro na haste móvel A tabela anexa refere-se sòmente ao
(fig. 4). M = 1.
A medição é feita numa extensão de den- Quando se tratar de uma engrenagem de
tes segundo o número de dentes e ângulo de M = 2, S... ou outro qualquer, basta multi-
pressão da engrenagem. A posição Para se plicar o resultado referente ao M = 1 pelo
efetuar esta medida é conforme a indicada ~ ó d desejado.
~ l ~
na figura 5 e 6.
EXEMPLO:
4 medida "W" é de valor especial, pois
permite o ajustamento direto nas máquinas. Uma engrenagem com 20 dentes, mó-
As espessuras dos dentes para o engrenamento dulo 2,5 e ângulo de pressão de 15O, para a
sem folga são examinados, (fig. 6) medindo verificação da medida "W" na tabela consiste
uma distância "W" no círculo de base que no seguinte:
representa vários passos mais a espessura de 1 - Consulte a tabela na coluna de 15O re-
um dente. ferente a Mn = 1.
Para medida de 4 dentes, temos: 2 - Procure na coluna de N (n.O de dente)
o valor dado, igual a 20 dentes.
M4=3 Pc+S
3 - Verifique na coluna "n" o número de
E quando se medir em N (número de dentes, que devem ser medidos, igual

I dentes) será:
Mn = (n - 1) Pc +S
Para os ângulos de engrenamentos de
a 2.
4 - Toma-se a constante que se segue na
coluna de Mn = 1, que é 4,6706.
5 - Multiplica-se a constante (4,6706) pelo
14O 30', 15O e 20° e para os números de den-
módulo conhecido (2,5)
tes de 4 até 300 foram calculados e fixados
em tabelas (anexas) os respectivos valores 4,6706 X 2,5 = 11,676.

Fig. 5 Fig. 6

138
MEDIÇÃO DE DENTES DE ENGRENAGENS FBLHA DE
FRESADOR TABELA INFORMAÇAO 13.9
TECNOLóGICA
ir

Continuo

139
I FRESADORirnl= r.1
, J
:: . MEDIÇÃO DE DENTES DE ENGRENAGENS
TABELA
FBLHA DE
INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA
13.10

Continuoçõo .

140
-. - * - k

FBLHA DE
ENGRENAGEM HELICOIDAL
FRESADOR (Estudo de construção da engrenagem) TECNOL6GICA
INFORMAÇAO
15.1 a

M = Módulo
Mf = Módulo frontal
Dp = Diâmetro primitivo
De = Diâmetro externo
Pn = Passo normal
Pf = Passo frontal
N = Número de dentes
aparente
cc = Ângulo da hélice

M
Mf=-
COS =
h=2,157 X M

cos = X De
M=
N + 2 cos
-- -"

<,
Exemplo: N = 32 '
,.,!+?,f.$!
.%>.
! L'

'+I+* .-~;,:r; -
M = 4 ;3 <%.I

e~+~~ap~,,-,'y~'
! :h & t i ;+
k&&.~-~&&&~&&&~-,~
F.2
-, , ,;= 2009..
-C
1 COS

M 4 4
-- - 4,25 mm
Mf=-
cos cc cos 20° 0,939

Dp = Mf X N = 4,25 X 32 = 136 mm
De=Dp +
2 M = 136 (2 X 4) = 136 + + 8 = 144mm
Pn = M T = 4 X 3,14 = 12,56 mm

Pn 12,56
pf=- x -- - 13,37 mm
cos cc 0,939 NOTA:
Para a abertura dos dentes usa-se uma fresa
N 32 32 para número aparente = Na, que no exemplo,
Na=X------ - 38.
cos cc 0,939 - 0,827 será a fresa n.O 6-M 4.

151
-
Dp = Diâmetro primitivo
Dr = Comprimento da hélice
Mf = Passo da hélice
h = Passo do fuso
M = Relação do divisor

A C engrenagens motores
- =
B engrenagens movidas

Exemplo 1 - m = 20° Dp = 136 mm Pf = 5 mm Divisor 1/40


Dp X 126 X 3,1416
7.r
Ph = - 1 177,Ol (êste número deve ser substituído por outro
tg 0,363- -
aproximado que se decomponha em maior número de fatores, por exemplo 1 176).
I ENGRENAGEM HELICOIDAL F6LHA DE
INFORMAÇÁO 15.3
FRESADOR MONTAGEM DA FRESA TECNOLÓGICA
r

Eixo da ferramenta

Fresagem normal

Eixo da mesa inclinada \


T = inclinação da mesa

i Ângulo da hélice

Eixo do ferromenta

.7

/
Eixo da mesa nor
/'
9. \

Fresagem com cabesate universal

T = lnclinacáo do cabecote

Nos dois casos o eixo da ferramenta deve trabalhar tangente à hélice.


TABELA DOS NOMEROS PRIMOS

COMPARAÇAO DE MEDIDAS EM
POLEGADAS E MILíMETROS

Milime- Frayões de Polegada Milime- Frações de Polegada Milíme- Pole- Milíme- Pole- Milime-
tros Polegada Decimal tros Polegada Decimal tros gada tros gada tros
' f , s,::;.
2, :c- i,

'
0,3968 jll/32,,., 0,3437 43/64; 0,6718 f17.0653 1 25.3995 22 558.789
0.7937 i2:3$6K, 0,3593 $&@$..il.l/.16.i 0,6875 ~17.1621 2 50.7990 23 584.189
i;1906 318 0,3750 45/64 0,7031 - J7.8590 3 76,1986 24 609.588
15874 25464 n; 0,3906 Z8,/33rr 0,7 187 ';,68.2559 4 101.598 25 634.998
1.9843 13/32 0,4062 ,10$h 47/64 0,7343 f18.6527 5 126.998 26 660.007
2.3812- 27/64 0,4218 :!O;%$@$$ 314 0,7500 ',-19.049íi 6 I 152.397 27 (385.407
2.7780 7/16
3.1749 29/64
3.5718 15/32
0,4531 .a$&. .
0,4375 ;i&&% 49/64

0,4687 @~[@.&&$'
0,7656
2v?2+. 0,7812
31/64 0,7968
iã9.4465
219.8433
20.2402
7
P
9
. 176.797

205.196
228.596
28 710.806
29 736.206
30 761.605
3.9685 31/64 0,4843 .,$&@@i l&./.16:lS90,8125
c 20.6371 10 253.995 31 787.004
4.3655 112 0,5000 -12';"6997' 53/61 0,8281 21.0339 11 279.394 32 812.404
4.7624 33/64 0,5156 ~13",09@ 27/32 0,8437 21.4308 12 304.794 _ 33 837.804
5.1592 17/32 0,5312 ..13.4934' 55/64 0,8543 21.8277 - 13 330.194 34 863.203
5.5561 35/64 0,5468 d3.8903 718 0,8750 22.3215 14 355.593 35 888.603
5.9530. 9/16 0,5625 14.2812 57/64 0,8906 .-22.6214 15 380.993 36 914.002
6.3498: "37/64 - 0,5781 '?4'%&@' 29/82 ' 0,9062 723.0183 16 406.392 37 939.401
6.7467 19/32 0,5937 t5.08~9 59/64 0,9218 '23.4151 17 431.792 38 964.801
7.1436 39/64 0,6093 r5.47T8' 15/16 0,9375 24.8120 18 457.191 39 990.200
7.5404 518 0,6250 15:8?47. 61/64 0,9531 '
'24.2089 19 482.591 40 1015.600
7~93731 41/64 0,6406 16:.~715- 31/32 0,9687 24.6057 20 507.990 41 1040.999
83342 21/32 0,6562 .I6:6$pd 63/64 0,9843 '25.0026 21 *5/a.390
.
- . - ' , - :
,
i . .-
-i
<
I,

36 polegadas correspondem a 1 jarda e 1 jarda equivale à 914 mm


FBLHA DE
FRESADOR CAIXA DE MUDANÇAS DE ENGRENAGENS INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
15.5

ENGRENAGENS FORNECIDAS COM O EQUIPAMENTO "STAWDARD'"

Duas de 24 dentes. Duas de 48 dentes. Uma de cada com número de dentes conforme
tabela abaixo:
28 40 86

32 44 72 1O0

Para helicoidal à esquerda, usar uma intermediária. Para helicoidal à direita, usar
duas engrenagens de mudança e nenhuma intermediária.

PRECAUGÃQ

Não usar avanço automático para avanços abaixo de 72 000 mm. Avançar manual-
mente por meio da alavanca "X" do cabeçote divisor. Não usar avanço rápido para
avanços abaixo de 240 000 mm.
As duas engrenagens condutoras (B e D) e as duas engrenagens conduzidas (A e C),
podem ser trocadas para obter-se quatro possíveis combinações, de forma que quando o
arranjo interferir ou não alcançar, as outras combinações poderão ser experimentadas.
Engrenagem " A não deve ser substituída por "B" nem "C" por "D" e vice-versa.

- --
--
- ,

TABELA DE HgLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE


FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) INFORMAÇAO 15.6
TECNOLôGICA
--

I ENGRENAGENS DE MUDANÇA PARA AVANGOS DE 16,060 2t 62.832 mm


D AVANÇO A B C A B C D

100 ,; ;39.288: 32 100 44 24 44 28 72


100 39:60?,,.: 24 64 44 24 100 64 72
100 ;:-40:008-' L
24 64 32 24 56 32 64
100 40yry6'- "- 24 40 24 24 72 56 86
100 46.32~L 24 40 28 28 100 56 72
86 40.944 24 72 44 24 44 40 100
100 41,954 28 72 44 24 48 28 64
100 41:!$36 -
i 24 56 40 24 56 44 86
100 41.856 24 64 40 32 64 44 100
86 .241.880 24 44 32 28 56 32 72
100 " 4 $ ; 0 ~ ~ 0 .28
.~ 64 40 24 40 32 86
100 42:624 24
L 44 28 28 64 44 86
86 42872 32 72 40 28 40 32 100
86 4Zi864, 24 100 64 24 40 24 64
86 .431200 24 64 48 32 72 44 86
100 43.416 28 72 40 32 56 40 100
86 ":4%632 24 44 24 24 64 44 72
86 $32752 28 100 56 32 64 40 86
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32 72 44 40 72 44 100
28 72 44 28 64 56 100
24 56 40 44 100 48 86
24 40 24 24 72 64 86
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86 48.720' 24 44 32 24 64 48 72
100 . 48.849, 28 64 40 32 56 44 100
86 yT8,ggqrE:, 28 44 32 28 72 56 86
i00 k9.086~i.i 24 44 24 24 44 40 86
86 49.128 40 100 44 28 44 40 100
100 49.368 24 56 48 32 64 44 86
86 49.608 32 72 40 28 48 44 100
86 49.992 24 64 40 24 40 24 56
100 50.016 28 100 64 28 48 32 72
64 $3@$32"! 24 86 48 40 100 56 86
86 u5.&.400:i ; 24 I 64 56 24 44 48 100

PRECAUÇÃO
Para esta página da tabela usar sòmente avanço manual.
Não usar o automático ou o rápido nos avanços indicados nesta página.
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE
FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) TECNOL6GICA
INFORMAÇAO 15.7
I

ENGRENAGENS DE JDANGA PARA AVANÇOS DE 6 2 . b ~A 97.416 mrn

AVANÇO
-
A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D
- 1 - ?

PRECAUÇÃO

Não usar avanço automático para avançar abaixo de 72.000 mm.


Não usar avanso rápido para os avanços indicados nesta página.

157
I
I
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE I
FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milimetros) INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
15.8

.
AVANÇO
I: f
A B C D AVANÇO
I
1 D AVANÇO
1

97.680~ 40 86 56 64 ' 2 11d.02. ! 64 1128.41


-97.752'; 64 44 28 100 i::ll$.6% j 86 123.43
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100 138.14

I PRECAUÇXO

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1 158
- ,bs. ' FRESADOR
I TABELA DE HZLICE EM FRESADORAS COM
FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros)
FBLHA DE
INFOU~CÃO
TECNOL6GICA
1 11
15.9

A B C D 1 AVANÇO I
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64 48 48
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48 56 48
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100 56 24
72 40 32
28 64 86
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56 40 48
44 28 24
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44 100 86
64 44 40
100 48 28
56 32 28
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64 40 24
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100 64 32
100 56 28
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64 44 48
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32 64 56
72 44 24
64 40 44
56 44 40

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1
.
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE
FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) INFORMAÇAO 15.10
TECNOLóGICA

ENGRENAGENS DE MUDANÇA LRA AVAN ~3 i < -;O A 239.21 rnm

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D


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11
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PRECAUGAO

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160
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM F6LHA De
*. ! ,FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
15.1 1
I

NGRENAG - -ur NÇA PARA \ N ~ L)E 24o.000 mr

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D

240.00 64 32 28 56 261.91 100 56 44 72 286.66 86 48 48 72


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241.10 72 40 48 86 262.68 56 100 86 44 288.00 72 40 32 48
241.37 64 28 44 100 262.78 86 48 44 72 288.74 56 32 44 64
241.87 86 32 24 64 263.33 64 28 48 100 288.96 56 100 86 40
241.92 72 40 56 100 264.00 44 48 48 40 290.90 64 44 40 48
242.42 100 44 32 72 264.50 72 28 24 56 291.67 100 64 56 72
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244.20 100 64 56 86 266.66 64 32 40 72 293.18 86 44 40 64
244.37 64 40 28 44 267.29 56 32 28 44 293.33 64 32 44 72
244.46 44 24 40 72 267.84 100 56 40 64 293.88 48 28 40 56
245.02 56 32 28 48 267.91 72 48 64 86 294.00 56 32 28 40
245.47 72 44 40 64 268.06 86 44 32 56 294.53 72 64 48 44
245.59 64 32 44 86 268.75 86 48 40 84 294.65 100 56 44 64
245.71 48 72 86 56 268.80 64 32 56 100 294.86 86 40 32 56
246.41 56 24 44 100 269.40 44 28 40 56 295.63 86 48 44 64
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247.51 72 48 44 64 271.54 72 28 44 100 297.67. 64 24 40 86
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250.06 64 40 56 86 275.21 64 100 86 48 301.39 72 32 48 86
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251.42 64 48 44 56 277.78 100 48 40 72 303.05 100 44 40 72
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253.39 86 56 44 64 279.31 64 40 32 44 304.75 64 28 40 72
253.70 100 44 40 86 280.01 56 24 32 64 305.45 64 32 28 44
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255.14 64 28 40 86 280.68 64 28 44 86 305.57 100 48 44 72
255.72 72 44 56 86 281.25 100 32 24 64 306.19 64. 28 48 86
255.82 100 48 44 86 281.30 72 40 56 86 306.98 100 40 44 86
256.01 64 40 48 72 281.47 86 40 24 44 307.15 86 48 40 56
256.66 44 48 56 48 281.59 64 24 44 100 307.20 64 28 56 100
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257.14 72 48 40 56 282.84 72 48 44 56 308.57 72 28 32 64
258.00 86 40 32 64 282.86 48 32 44 56 308.59 48 56 48 32
259.20 72 32 48 100 283.80 86 32 44 100 309.60 72 100 86 48
260.47 56 24 40 86 284.45 64 24 32 72 311.11 56 24 40 72
260.62 86 44 40 72 285.72 100 56 48 72 311.69 100 44 32 56
261.82 64 32 24 44 286.51 56 24 44 86 312.48 100 48 40 64

PREGAUSAU

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TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FõLHA DE
PRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milímetros) TECNOL6GICA
INFORMAÇAO 15.12
L

-,NGRENAGeNS DE IUDANS ' PARA AVANGOS DE 312.5- 1, 416.66 nim

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D


,
312.58 64 44 56 86 342.86 100 40 32 56 376.01 86 48 56 64
312.72 86 32 48 72 343.63 72 64 56 44 377.14 64 32 44 56
313.49 64 28 32 56 343.66 72 44 56 64 378.00 72 40 56 64
313.97 100 64 72 86 343.73 100 48 44 64 371.41 86 24 44 100
314.16 72 40 32 44 343.99 86 40 48 72 380.95 100 56 64 72
314.30 44 24 40 56 344.45 72 28 48 86 2.380.98 100 56 64 72
315.00 72 48 56 64 345.60 72 32 64 100 i 381.82 . 56 32 40 44
315.54 86 40 44 72 348.86 100 32 40 86 : .382.22. 86 48 64 72
315.77 72 28 44 86 349.08 64 48 48 44 , 383.!?kZ, 100 32 44 86
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316.80 72 24 44 100 351.62 72 32 56 86 38Ei.01;. 56 32 44 48
318.19 100 44 28 48 351;82 86 44 48 64 .385.70e:' 72 28 40 64
318.94 100 56 64 86 352.01 64 40 44 48 387.00:'. 86 40 48 64
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322.49 86 32 28 56 355.20 100 44 56 86 : 390.91.' 86 44 40 48
322.51 86 48 48 64 355.56 64 24 40 72 391.10: 64 24 44 72
323,26 48 28 44 56 - 356.38 . 56 24 28 44 '.1391:85L, 64 28 40 56
324.00 72 40 48 64 357.,12 100 48 40 56~:39'1:$$+ 56 24 28 40
324.34 86 28 44 100 . 357.22 64 28 56 86 :;'.392.88'
,392.$4& 72 48
48
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327.26 72 44 40 48 ' 358.80' 100 56 72 86 ::3t94.94!5 72 28 64 100
327.43 64 24 44 86 360.00':; 72 24 28 56 .- &-6.Ò0$ 72 40 44 48
327.60 86 56 64 72 -:361,P0,2 86 32 56 100 :<3'98.65!*2 100 28 40 86
328.13 100 32 28 64 : 3+63$0:.: 100 44 32 48 {~998;9$i; 64 28 32 44
328.37 86 40 28 44 :: -363.$2' 100 44 48 72 . . 100
jiIO@:fl1bL?
+I. 40 48 72
329.11 64 40 48 56 '364.85- 86 44 56 72 4$i6j:43? *:
86\
*
40 56 72
329.16 64 56 48 40 365,7-1.- 64 28 48 72 -t<tliO-1,886~?~ 72 32 64 86
330.00 44 48 48 :
32 365.9g- 64 24 32 86
86
44 48
40
56
64
330.24 _ 86 40 64 100 ? 1366,$3' 56 40 48 32
333.34 100 48 48 72 :,366.67: 44 24 40 72 24 56 100
334.44 86 48 56 72 .366.70 100 40 44 72 32 48 64
334.87 100 40 48 86 -367.34.' 100 28 24 86 40 44 56
335.04 - - 86 44 40 56 i.368.38 . 72 24 44 100 44 64 86
335.23 64 28 44 72 368.57. 86 48 48 64 48 56 44
336.00. 56 48 48 :
40 370.30 72 40 48 56 100 44 48 64
336.62 72 44 48 56 ;:371.26 72 32 44 86 28 40 72
337.51 72 32 40 64 : 3'71.52 - 72 100 86 86 44 56 64
L
337.70 72 100 86 44 ' 312.10 a 100 48 64 64 56 48 32
337.87 86 48 44 56 f373.34 64 48 56 100 40 44 64
339.41 72 40 44 56 ' 314.02 48 28 40 86 32 64 100
340.90 100 44 40 64 375.00e 100 48 48 86 56 72 64
342.24 56 24 44 72 i'-375.26 86 40 32 44 '14l'6.66' 100 32 40 72
,I L-- -

PRECAUGÃO

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162
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a63
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE
FRESADOR FUSO DE 6 rnm E DIVISOR 1 / 4 0 (em milímetros) INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
3 5-14
L

NGRENAG JS DE M )AB$ PARA VANt )E 661.92 A 84 10 mm.


AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D

601.92 86 40 56 48 685.68 100 56 64 40' 799.92 100 48 64 40


603.12 86 44 72 56 687.36 72 44 56 32 804.24 86 28 48 44
603.36 6 28 44 40 687.60 100 24 44 64 806.16 100 64 86 40
610.80 56 24 48 44 688.08 86 40 64 48 810.96 86 28 44 40
611.04 100 24 44 72 698.16 64 28 56 44 814.56 64 24 56 44
612.24 100 28 40 56 700.08 100 48 56 40 818.16 100 48 72 44
613.68 100 64 72 44 701.28 100 56 72
'

44 820.80 86 44 56 32
614.40 86 24 40 56 703.68 86 48 72 44 822.96 72 48 64 28
616.08 56 24 44 40 704.16 64 24 44 40 825.12 100 32 44 40
617.04 72 24 48 56 705.36 72 28 64 56 829.20 86 28 72 64
619.20 86 24 72 100 709.44 86 32 44 40 833.28 100 24 40 48
623.28 100 44 64 56 714.24 100 28 40 48 837.12 100 24 72 86
624.96 100 24 40 64 716.64 86 24 40 48 837.60 100 56 86 44
625.44 86 44 64 48 717.60 100 28 72 86 840.00 72 24 56 48
627.84 100 32 72 86 720.00 72 32 64 48 842.40 86 28 64 56
628.32 72 40 64 44 725.52 86 32 72 64 843.84 100 32 72 64
628.56 44 24 40 28 727.20 100 48 64 44 844.32 86 44 72 40
630.00 72 32 56 48 731.52 64 24 32 28 848.64 72 32 44 28
631.92 86 28 48 56 732.96 100 44 86 64 853.44, 64 24 32 24
636.48 100 44 56 48 733.44 44 24 40 24 857.04 100 32 64 56
637.92 100 28 64 86 734.64 100 28 48 56 859.92 86 32 64 48
640.08 64 28 56 48 737.04 86 24 48 56 864.00 72 32 64 40
642.96 100 48 72 56 740.64 72 28 48 40 872.64 100 44 64 40
645.12 86 28 56 64 744.24 100 24 64 86 875.04 100 48 56 32
648.00 72 32 48 40 746.64 64 24 56 48 880.08 48 24 44 24
651.12 100 24 56 86 750.00 100 28 56 64 884.64 86 28 48 40
651.60 100 44 86 72 750.48 86 40 64 44 888.96 100 24 64 72
653.28 56 24 28 24 752.40 86 24 56 64 895.92 64 24 56 40
654.48 72 24 40 44 754.32 64 28 44 32 897.60 72 28 64 44
655.20 86 28 64 72 756.00 72 32 56 40 900.00 72 24 40 32
656.16 100 32 561 64 762.00 100 72 64 28 903.12 86 32 56 40
656.64 86 40 56 44 763.68 100 44 56 40 909.12 100 24 40 44
658.32 64 28 48 40 764.40 86 24 64 72 914.40 64 24 40 28
660.00 56 32 44 28 767.76 100 56 86 48 916.32 72 24 56 44
663.36 86 40 72 56 768.00 64 28 56 40 916.80 100 24 44 48
666.72 100 32 64 72 770.16 56 24 44 32 921.36 86. 28 40 32
668.88 86 24 56 72 771.36 100 56 72 40 925.68 72 28 48 32
670.08 86 28 40 44 774.00 86 48 72 40 933.36 56 24 40 24
672.00 100 64 86 48 777.84 100 24 56 72 935.04 100 28 48 44
673.20 72 28 48 44 779.28 100 28 40 44 938.16 86 32 64 44
673.44 100 28 44 56 780.48 86 24 40 44 942.96 100 28 44 40
675.12 100 40 72 64 785.52 72 32 64 44 946.08 86 24 44 40
675.60 86 28 44 48 785.76 100 28 44 48 947.76 86 28 72 56
678.96 72 28 44 40 788.40 86 24 44 48 954.48 100 32 56 44
681.84 100 32 40 44 792.00 72 24 44 40 960.00 72 24 64 48

ECAUGÃO

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164 .
TABELA DE H*LICE EM FRESADORAS COM FBLHA DE
FRESADOR FUSO DE 6 mm E DIVISOR 1/40 (em milimetros) INFORMAÇÃO
TECNOLóGICA
15.1 5

'5UAN,'CA PARA AVANGOS DE 9 G l . s ~ ' ' "'^" '

AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D AVANÇO A B C D

964.32 100 32 72 56 1182.5 86 24 44 32 1636.3 100 24 72 44


967.44 86 32 72 48 1194.5 100 24 86 72 1645.7 72 24 64 28
977.28 100 44 86 48 1200.0 72 24 40 24 1658.6 86 28 72 32
979.68 100 28 64 56 1204.1 86 24 56 40 1666.6 100 24 40 24
981.84 100 40 72 44 1206.2 86 28 72 44 1675.2 100 28 86 44
982.80 86 28 64 48 1227.4 100 32 72 44 1680.0 72 24 56 24
987.36 72 28 64 40 1228.6 86 24 40 28 1714.3 100 28 64 32
990.00 72 24 44 32 1234.3 72 24 48 28 1720.1 86 24 48 24
1000.1 100 32 64 48 1246.8 100 28 64 44 1750.1 100 24 56 32
1003.4 86 24 56 48 1249.9 100 24 40 32 1791.6 100 24 86 48
10Q5.8 64 24 44 28 1250.9 86 24 64 44 1800.0 100 24 72 40
1007.8 100 32 86 64 1260.0 72 24 56. 32 1833.4 100 24 44 24
1008.0 72 24 56 40 1272.7 100 24 56- 44 1842.9 100 28 86 40
1013.5 86 28 44 32 1279.9 64 24 56 28 1920.0 72 24 64 24
1023.8 100 28 86 72 1285.7 100 24 72 56 1928.6 100 28 72 32
1026.7 56 24 44 24 1290.0 86 24 48 32 1935.1 86 24 72 32
1028.6 100 28 48 40 1316.4 100 28 86 56 1954.6 100 24 86 44
1032.0 86 24 48 40 1320.0 72 24 44 24 1965.6 86 24 64 28
1047.4 72 24 64 44 1326.7 86 28 72 40 1999.9 100 24 48 24
1050.0 100 32 56 40 1333.4 100 24 64 48 2006.6 86 24 56 24
1055.5 86 32 72 44 1343.8 100 24 86 64 2150.2 100 24 86 40
1066.6 64 24 40 24 1350.0 100 32 72 40 2211.4 86 24 72 28
1071.4 100 28 40 32 1351.4 86 24 44 28 2250.0 100 24 72 32
1072.3 86 28 64 44 1371.4 100 28 64 40 2285.8 100 24 64 28
1075.0 86 24 40 32 1375.2 100 24 44 32 2293.4 86 24 64 24
1080.0 72 24 48 32 1375.9 86 24 64 40 2303.5 100 28 86 32
1090.8 100 24 48 44 1399.9 100 24 56 40 2333.3 100 24 56 24
1094.6 86 24 56 44 1402.6 100 28 72 44 2571.4 100 24 72 24
1097.3 64 24 48 28 1407.4 86 24 72 44 2580.0 86 24 72 24
1100.2 100 24 44 40 1428.7 100 24 40 28 2666.6 100 24 64 24
1102.1 100 28 72 56 1433.3 86 24 40 24 2687.5 100 24 86 32
1105.7 86 28 48 32 1440.0 72 24 64 32 3000.0 100 24 72 24
1120:l 6\4 24 56 32 1454.6 100 24 64 44 3071.5 100 24 86 28
1125.1 100 24 72 64 1465.9 100 32 86 44 3583.4 100 24 86 24
1131.6 72 24 44 28 1474.3 86 24 48 28
1142.9 100 24 64 56 1493.3 64 24 56 24
1146.7 86 24 64 48 1500.0 100 28 56 32
1151.8 100 28 86 64 1505.0 86 24 56 32
1152.0 72 24 64 40 1535.8 100 24 86 56
1161.1 86 32 72 40 1543.0 100 28 72 40 I
1166.6 100 24 56 48 1548.0 86 24 72 40
1172.6 100 40 86 44 1571.5 100 24 44 28
1173.4 64 24 44 24 1576.8 86 24 44 24
1178.6 100 28 44 32 1600.1 100 24 64 40 k&@g$$$
1179.4 86 28 64 40 1612.6 100 32 86 40 i"4f;;Ass:,g

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.
FRESADORA COM O FUSO DE 1 //a" E DIVISOR 1/40

USO DA TABELA DE DECIMAIS EQUIVALENTES

Quando a hélice for maior que 149,31, 1.O) 167,5 + 3,5833 = 46,7446
usa-se 1 jogo de 6 engrenagens.

um dos decimais da tabela, iniciando de pre- 46,67 monta-se da seguinte forma:


ferência, pelo maior. No caso do quociente
estar contido na tabela de hélice, mesmo que 64 X 56 X 86
aproximadamente, usam-se as engrenagens 3.O) 24 X 32--
X 24
L

correspondentes ao niimero do quociente


montados conjuntalnente com as engrenagens 4.0) hva:
Multiplica-se o resultado da fia-
do decimal equivalente que tomamos como ção por 10 que é o constante da máquina
e, teremos 167,2222, sendo êste o resul-
Ex.: Cálculo das engrenagens para uma hé- tado aproximado da hélice desejada.

766
F6LHA DE
FRESADOR CURVAS ("CAMES") INFORMACAO 16.1
TECNOL6GICA

Curvas ("carnes") são mecanismos com su- o seguidor move-se em uma direção
perfície ou entalhe de forma especial, desti- perpendicular ao eixo do "carnes".
nado a produiir um movimento particular
num segundo elemento denpminado "segui- 2.O Curvas cilí'ndricas, nas quais o se-
'dor". A forma da curva ("carhe") depende do guidor move-se paralelamente ao
movimento que se deseja e do tipo de segui- eixo das mesmas.
dor empregado. O tipo de curva ("carne") é Tipos de movimento. As curvas ("cames")
determinado pela relação exigida entre par- podem ser projetadas para um mo-
tes e pelo movimento de ambas. vimento uniforme, variado ou harmônico.
~i~~~de curvas (ucamesn). A direçgo do Em muitos casos, a combinação dêstes movi-
movimento do seguidor em relação ao eixo mentos, com superfícies dispostas de modo a
das curvas (“carnes'') detemina dois tipos ge- provocar KIma elevação ou quebra brusca, ou
rais dos mesmos: a manter estacionário o seguidor, determinam
a forma completa da superfície das curvas
1.O Curvas radiais ou de placa, nas quais ("cames")

Comes de flonco
Carnes de face

Cgmes eilhdriço com Camcs cilíndrico de


ranhura extremidade

169
J
I FRESADOR CURVAS ("CAMES")

CALCULO DO PASSO DA HÉLICE - Ph


FOLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
16.2

I
j
I
Para determinar o passo da hélice têm-se que conhecer elementos como penetração
da ferramenta por grau.
Exemplo:
Calcular o passo da hélice (Ph), sabendo-se que a penetração da ferramenta (pr) é
igual a 5 mm num ângulo de 22O 30'.
pr X 360°
Ph =
8
_ I
.. - ._ x - , . ---
__.
._. A
".,,,
Então,

A C
Determinação das Engrenagens - -
B D
pf = passo do fuso = 6 mm
C = coroa = 40 dentes

Outro exemplo:
Determinar o passo da hélice sendo dados: pr = 20 e oc = 70°.

102,85
Na fração encontrada encontra-se um resultando com decimais, assim é im-
240
possível a determinação das engrenagens.
Mas, se aproximar o valor de Ph ao mais próximo do real que seja divisível pelo
seu denominador 240, então o cálculo determinará as engrenagens. Esta aproximação
altera a penetração sem prejudicar o funcionamento do carnes.
Então aproximando Ph temos:
FBLHA DE
FRESADOR "DIAMETRAL PITCH" INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
17.1

As engrenagens de fabricação norte-ame- Ainda por "Diametral Pitch" (passo dia-


ricana são calculadas pelo sistema "Diametral metral) entende-se o número de dentes dividi-
Pitch". No Brasil, Alemanha, França etc. é do pelo diâmetro do círculo primitivo medido
adotado o sistema Módulo.
em polegadas. O número de dentes por pole-
Compreende-se por "Diametral Pitch"
gada da circunferência do círculo primitivo
(DP) o número de dentes por uma polegada
no diâmetro primitivo (Dp). é igual a n-(polegada da circunferência pri-
Quando se diz que uma engrenagem de DP
mitiva) --. Uma roda de DP igual a 22 tem
DP = 20 compreende-se que a referida engre- r
nagem possui 20 dentes em uma polegada portanto: n - 22 = 7 dentes por uma pole-
(1"). gada.

2-18
Dt- 6
n - 1,9i Z
Dp- 3"

FORMULA:

N N+2
Diametral Pitch (DP) = - ou
DP De
N+2 2
Diâmetro externo (De) =
DP ou D p + =

N . De N
Diâmetro primitivo (Dp) =
N+2
OU -
DP

Número de dentes (N) = Dp . DP


r
Espessura do dente (1 = e) - -
2 . DP
FGLHA DE
FRESADOR "DIAMETRAL PITCH" INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
17.2

Altura da cabeça (h2) = De ; Dp ; 1"


Ni-2 N DP
1,157
Altura do pé (h) = -
DP
2,157
Altura do dente (h) =-
DP
N'
Distância entre centros (D) = --
N2 +
2 . Dp
Exemplo:
Desejando-se fresar uma engrenagem "Dia- DP = 12, calcular os demais dados necessá-
metral Pitch" com 18 dentes (N = 18) e rios.

De =
N4-2 - 18+2
= 1,666"
DP - 12
N 18
- 1,500"
D p = ~ --
- -12
2,157 2,157
h=------
DP
-
12
- 0,179"
Di = De - 2h = 1,666" - 0,358" = 1,308".

TABELA DE CONVERSAO DE MÓDULO MÉTRICO EM "DIAMETRAI. PITcH"

Passo Altura do Dente Altura do Dente


Módulo - Módulo Passo
Métrim Circunferencial d= A= Diametral Métrico Circunferencial Diametral
M 1 (polegadas) Pitch M (polegadas) Pitch

0,3530 72,0000 2,1166 12,0000


0,4230 60,0000 '. 2,3090 11,0000
0,5050 50,2656 2,3100 10,9900
, 0,5080 50,0000 2,5260 10,0530
0,5290 48,0000 2,5400 10,0000 &
0,5520 46,0000 2,6950 9,4250 _
0,5770 44,0000 2,8220 ~ 0 0 0 0,
0,6050 42:OOOO 3,0320 8,3770
0,6350 40,0000 3,1750 8,0000
0,6680 38,0000 3,2340 7,8540' '
0,7055 36,0000 3,5370 7,1810
0,7470 34,0000 3,6285 7,0000
0,7937 32,0000 4,0425 6,2830
0,8080 31,4160 4,2330 6,0000
0,8466 30,0000 4,5480 5,5850
0,8980 28,2740 5,0530 5,0260
0,9070 28,0000 5,0800 5,0000
0,9770 26,0000 5,3900 4,7120
1,0110 25,1328 5,5580 4,5690
1,0160 25,0000. 6,0640 4.1890
l,0580 '2"4;000q , 6,3500 4,000.6
1,1040 23,0000. 6,5690 3,8660
1,1545 22,0000, 7,0740 3,5900
1,1550 21,9900 7,2570 3,5000
1,2095 21'0boa'" 7,5790 3,3500
1,2700 20,pooo 8,0850 3,1416
1,3368 19,0000 8,4670 3,0000
1,3475 18,8490 9,0960 2,7900
1,4110 '. 18,0000 9,2360 2,7500
1,4940 17,0000 . 9,6010 2,6450
1,5160 16,m'so 10,1060 2,5130
1,5875 16,0000 10,1600 2,5000
1,6170 15,7000 10,6110 2,3930
1,6930 f15,OOOO . 11,1170 2,2848
1,7960 14,1370 11,2890 2,2500
1,8140 14,0000 11,6230 2,1850
1,9538 13,0000 12,1270 2,0940
2,02 1o 12,5660 12,7000 2,0000
TABELA DE IKWLICE EM FRESADORAS FBLHA DE
FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇAO 17.3
TECNOL6GICA

EM HÉLICES
POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO D E 1/4" E DIVISOR 1/40

P h A B C D P h A B C D P h A B C D
"-670; 24 86 24 iw i:5?7: 24 44 28 roo ;1;886. 24 56 44 ioo
HLLILLS ~LM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR
HÉLICES EM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLi-iA DE
FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
17.7

H~LICES EM POLEGADA
FRESAD A COM O FUSO DE 114" E BIVISOR 1/40

- - .-e
HELICES EM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLHA DE
FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA 17.9

HÉLICES EM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE I/# E DIVISOR 1/40

.,.-
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS F6LHA DE
FRESADOR (em polegadas)
INFORMAÇAO 17.10
TECNOL~GICA

HÉLICES EM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

182
I
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS F6LHA DE
FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA
17.1 1

POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE 1/4' E DIVISOR 1/40
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLHA DE
FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
17.13

6 HELICES EM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

.,.-
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLHA DE
FRESADOR (em polegadas) TECNOLóGICA
INFORMAÇÃO 17.15

HELICES EM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

iai.
HELICES EM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE I/# E DIVISOR 1/40
F3LHA DE
R' - FRESADOR
TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS
(em polegadas) TECNOLÓGICA
INFORMAÇÁO 17.18
.
HELICES EM POLEGADA
I FRESADORA COM O FUSO DE l/dl E DIVISOR 1/40

-
a
.
48 36.46 100 24 56 64 [ r l . ~ ~ % ~ ~roo
.l 40 72 44
""
th4~95.1
33.00 40 36.46 IWJ 24 28 32 86 28 64 48
33.33 100 24 32 40 36.67 48 24 44 24 i40.95. 86 zq 64 56
33.33 roo 48 64 40 36.67 64 aq 44 32 )4qF$5. 86 24 32 28
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TABELA DE HÉLICE EM FRESADORAS FBLHA DE
FRESADOR (em polegadas) INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA
17.19

I.

HELICES EM POLEGADA
FRESADORA COM O FUSO DE 1/4" E DIVISOR 1/40

4- I
I

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L. I
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I DIARIA
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0 3 0 0 -

DIARIA
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~ % ~ g C ; g ~ ~
I DO FUSO

. 3 HELICE EM
POLEGADAS
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I DO DIVISOR~
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I I I - O
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DIARIA

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O
DO FUSO

3 HÉLICE EM
I POLEGADAS
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DIÁRIA
I
1 29 INTERME-
! DIARIA
I
~3 ENGRENAGEM
DO FUSO
-
I RETIFICADOR
I OBJETIVOS DA RETIFICAÇÁO. CONDIÇÕES DE
TRABALHO. AÇÃO CORTANTE DO REBOLO. I I~~!$,"~Aç~o
TECNOLÓGICA

A Retificação com Rebolos A brasivos Nenhum processo manual, por cuida-


é um processo moderno e aperfeiçoadíssimo doso e demorado que seja, poderá exceder
de acabamento das superfícies. Resulta da ne- em rigor o de acabamento de uma superfície
cessidade de precisão imposta pelo notável por meio da retificação mecânica.
progresso da indústria mecânica.

IE SE FAZ A RETIFICAÇÃO
1) Para dar melhor acabamento às superfícies 3) Para retificar peças que tenham sido de-
que tenham sido usinadas em outras má- formadas ligeiramente durante um pro-
quinas ferramentas, como, por exemplo, cesso de tratamento térmico (têmpera, re-
: a furadeira, o torno, a plaina, a fresadora. venimento, recozimento, cementação, ni-
Estas máquinas elaboram superfícies nas truração).
quais os gumes das ferramentas deixam 4) Frequentemente, o acabamento de uma
rugosidades ou saliências e rebaixos. Po- peça para dar-lhe medidas precisas e su-
dem estas ser quase insignificantes, mas perfícies de alta qualidade, sòmente pode
impedem o emprêgo da peça nos casos em ser feito depois de estar ela endurecida
que se exija alta qualidade de superfície. pela têmpera, ou pela cementação, ou
Para dar às superfícies tal grau de perfei- ainda pela nitruração. Em tais casos, de-
ção de forma e de precisão de medidas que vido à dureza da superfície a atacar, sò-
permita a obtenção de peças intercambiá- mente é possível o emprêgo dos rebolos.
veis, isto é, peças pràticamente idênticas Suas partículas abrasivas, de dureza e fi-
e por isso capazes de ser substituídas umas nura extremas, e, além disso, a precisão da
pelas outras. É essa uma exigência da in- manobra que determina o leve contato do
dústria moderna que, para atender a ra- rebôlo com a superfície, permitem o aca-
zões econômicas, produz peças seriadas em bamento desejado, pela gradual remoção
grande escala. de camadas finíssimas de material.

A retificação exige o estabelecimento 4) forma do rebolo;


das seguintes condições de trabalho:
5) modo de fixação da peqa;
1) qualidade do abrasivo do rebolo, tendo
em conta a espécie e a dureza do mate- 6 profundidade da passada do rebolo;
rial cuja superfície vai ser retificada; 7) velocidade de rotação do rebôlo;
2) granulação do rebolo (tamanho dos grãos 8) velocidade da peça;
abrasivos) à vista do acabamento que se
deseja obter; 9) velocidade de avanço lateral da peça;
3) tipo de aglomerante dos grãos abrasivos 10) espécie e quantidade do líquido refrige-
do rebôlo; rante.
I I 1, 1
OBJETIVOS DA RETIFICAÇXO. CONDIÇÕES DE FGLHA DE
TRABALHO. AÇÃO CORTANTE DO REBOLO. TECNOLÓGICA
.2

AÇÃO CORTANTE DO REBOLO

Os rebolos, de variadas formas e di- deza, até embotar. Devido à sua estrutura
versos tamanhos, são verdadeiras ferramentas cristalina, quebra-se e apresenta novas ares-
cortantes dotadas de milhares de dentes duros tas cortantes contra a face que está atacando
e agudos - os grãos abrasivos - cuja adesão (fig. 2).
se mantém por uma substância aglomerante O processo de fratura é gradual, pros-
(figs. 1 e 2). seguindo com o avanço do trabalho. Chega

Os grãos abrasivos cortam


efetivamente minúsculas :partí-
culas dii superfície contra a qual
se põem em contato e mediante
a velocidade de rotação do re-
bolo.
Os tamanhos das partí-
culas de material destacado de-
pendem da granulação do rebolo.

1) Os grânulos grossos cortam


cavacos ou partículas maiores,
e a superfície fica áspera. Es- Fig. 1 Fig. 2
ta é uma AÇÃO DE DESBASTE
OU ESMERILHADORA apenas.

2) Os grânulos finos cortam cavacos menores um momento em que cada partícula abrasiva
e produzem uma superfície mais lisa, mais desgasta-se tanto e o atrito produz tal calor
bem acabada. Esta é uma AÇÃO DE ACABA- que ela se solta do aglomerante e é expelida
MENTO OU DE RETIFICAÇÃO. da superfície do rebolo pela pressão resultante
do atrito. Nova partícula, de arestas agudas,
Cada grão abrasivo vai cortando gra- toma o seu lugar e dessa forma prossegue a
dualmente a superfície até perder sua agu- ação cortante do rebolo.

QUESTIONARIO

1) Qual a necessidade industrial que exige o processo de retificação?


2) Quais são as finalidades da retificação?
3) Quais as condições de trabalho necessárias à retificação?
4) Explique, com um esboço, a ação cortante do rebôlo.
I
FaLHA DE
RETIFICADOR RETIFICADORA PLANA INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
1.4

Ao fim do curso, em cada extremo, o


batente toca a alavanca de comando hidráuli-
co que, atuando nas válvulas, inverte o sen-
tido do movimento.
Para operações preparatórias, a mesa
pode ser deslocada pelo giro da roda manual.
Um sistema de pinhão dentado e cremalheira
i produz o movimento.

1 I Movimento transversal da mesa


A cada inversão de curso, por um dis-
positivo automático, o carro suporte da mesa
arrasta-a num pequeno avanço transversal,
para oferecer superfície de ataque ao rebolo.
Há dispositivos próprios para limitar o curso
transversal. Nas máquinas das figs. 1 e 3, o
deslocamento transversal máximo é de 6".
Também se dá movimento transversal àl,mesa
r girando a mão, a roda respectiva.

Movimento vertical do rebôlo


Faz-se manualmente, na roda superior. Fig. 3 - Retificadora plana vertical
O avanço micrométrico do rebôlo contra a
lace da peça é regulado e controlado com ex-
trema precisão por um anel graduado. Possi- madas de espessuras em centésimos de milí-
bilita, dessa forma, passadas de sensível deli- metro ou em milésimos ou décimos milésimos
cadeza, capazes de desgastar o material em ca- da polegada.

ESPECIFICAGOES DE UMA FKETIFICADORA PLANA

São usuais as seguintes: Número de velocidades de avanço


Dimensões da mesa transversal da mesa
Curso transversal máximo Graduação micrométrica do avanço
Velocidade do rebôlo (rpm) transversal automático.
Curso longitudinal máximo Graduação miciométrica do avanço
Avanço vertical máximo do rebôlo vertical do rebôlo
~ i â m e t i omáximo do rebôlo Potência do motor do rebôlo e do mo-
Número de velocidades de avanço lon- tor do sistema hidráulico
gitudinal da mesa

QUESTIONARIO

1) Que operação executa a retificadora plana? Qual a ferrailienta de


corte?
2) Quaís 6s dois tipos gerais de retificadora plana?
3) Utilizando uinn gravura de catálogo, explique ~esurnidarnei:te como
funciona uma rctificadora plana.
P
- - ---- - - - -- -- -
. -- --- . -

RECOMENDAÇÕES E REGRAS DE SEGURANÇA- FõLHA DE


RElIFICADOk SOBRE O TRABALHO NA RETIFICADORA PLANA ,NFOIM*~AO
TECNOL~GICA 7.5
.
1) Certifique-se de que a peça está firme e Se não conseguir que o eixo penetre,fà-
adequadamente fixada. cilmente no furo- do rebôlo, raspe ligei-
ramente a bucha de chumbo.
2) Verifique, por leves pancadas de martelo,
se o rebôlo dá um som claro. Caso isso 8) Não retire jamais um- retificador de dia-
não aconteça, provàvelmente o mesmo mante do quarto de ferramentas, sem
terá fraturas ou trincas e, portanto, deve antes aí verificar se o diamante está fir-
ser rejeitado para uso na retificadora. memente engastado- no corpo da ferra-
Monte um perfeito. menta. Com isso, poderá evitar a res-
ponsabilidade por um estrago que não
3) Certifique-se de que o rebôlo está mon- praticou. Evitará, também, em caso de
.tado corretamente na retificadora, e com defeito, inutilizar a ferramenta, caso a
a- necessária proteção. pedra jássteja frouxa.

Fig. 1 - Retificadora vista de frente Fig., 2 - Retificadora uista de lado

4) Tenha cuidado quanto à velocidade do 9) 0 rebôlo de abrasivo, como qualquer


rebôlo, que deve girar dentro do limite outra ferramenta de corte, perde a forma
de seguranja. Se tiver dúvida quanto à correta e se embotã, com o uso. Retifi-
velocidade, consulte o instrutor. Não que-o e recondicione-o de vez em quan-
confie exclusivamente na sua memória. do.
5) Lembre-se de mudar as "rpm" do eixo, 10) Verifique se os batentes de inversão do
quando tiver que substituir o rebôlo por movimento longitudinal da mesa estão
outro bem maior ou bem menor. corretamente ajustados.
618 Retifique sempre o rebolo, depois de 11) Nas operações de fixar a peqa, limpar ou
substituí-io por outro. Qualquer excen- . lubrificar, talvez seja necessái-io mover
tricidade, por laenoi que seja, inutilizará manualmente a mesa. Desloque primei-
o trabalho. raineilte o reb0lo.
RETIFICADOR
I RECOMENDAÇGES E REGRAS DE SEGURANÇA
SOBRE O T R A B A L ~ ONA RETIFICADORA PLANA I I
FOLHA DE
N
TECNOL~GI~A
~
1 lo6 1
~ ~ ~

127 Não tente £azer a máquina trabalhar 16) Verifique se todo o equipamento de se-
quando a correia está deslizando. Preste gurança (guardas e protetores) está em
especial atenção à correia de acionamento seu lugar.
do eixo do rebôlo. 17) Evite conversa quando a retificadora es-
13) Mantenha sempre protegidos os instru- tiver funcionando.
mentos de medição e de controle, quando 18) Enrole as mangas da camisa.
não estiverem em uso. 19) Não use gravata.
14) Na retificação de acabamento, se for ne- 20) Mantenha a camisa enfiada no cós das
cessário parar a máquina por muito tem- calças. Qualquer parte solta da sua ca-
po (por exemplo, para a merenda ou misa pode ser apanhada entre a peça e o
durante a noite), não ponha o rebôlo rebôlo em alta velocidade, e arrastá-lo
para a máquina.
em contato, imediatamente após a par-
tida do motor. Muitas peças têm sido 21) Use um gorro ou um casquete. Cabelos
inutilizadas pela não observância desta longos e despenteados são causa de aci-
dentes perigosos.
regra. Deixe a máqulna girar livremente,
durante 5 minutos, para aquecimento. 22) Não são de boa regra brincadeiras e gra-
cejos durante o trabalho. Lembre-se de
15) Ao executar qualquer operação, em qual- que outras pessoas trabalham próximo e
quer tipo de retificadora, use óculos de em volta de você. A segurança de todos
proteção. deve ser resguardada.

NORMAS TRADUZIDAS DO LIVRO "MACHINE TOOL OPERATION" DE HENRY D. BURGHARDT E AARON AXEL-
ROD (Edit. MC GRAW-HILL BOOK)
- -
-
-

MEIOS DE FIXAÇÃO DA PEÇA NA MESA DA FBLHA DE


RETIFICADOR RETIFICADORA PLANA. PLACA MAGNÉTICA. INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
1.7

I Uma das condições para a perfeição e o ri-


gor do trabalho de retificação é a cuidadosa
e exata fixação da peça cuja superfície vai ser
retificada.
2) entre as mandíbulas da morsa, prèviamente
fixada na mesa da retificadora; 3) numa placa
magnética, por sua vez fixada na mesa da re-
tificadora pelos meios normais (grampos e
Podem ser utilizados três processos de parafusos com porcas).
fixação: 1) diretamente na mesa da máquina;

FIXAÇãO DIRETA -
NA
. MESA
- - DA
. RETIFICADORA

As peças maiores, e cuja forma per- fusos de fixação. Da mesma forma como se
mite o emprêgo de grampos, parafusos, calços, fixam peças diretamente na mesa da. plaina
etc., podem ser fixadas diretamente na mesa limadora (assunto tratado em informação tec-
da retificadora. Dispõê esta mesa - como a nológica anterior), procede-se, para a fixação
de várias outras máquinas ferramentas, por de peças na mesa da retificadora plana, utili-
exemplo a furadeira, a plaina e a fresadora - zando-se, conforme a conveniência, os diver-
de ranhuras com a seção de um "tê" invertido sos tipos de grampos, cunhas, cantoneiras, etc.
nas quais se podem alojar as cabeças dos para-

Uma vez fixada a morsa na mesa pelos trole usual de precisão da morsa e sua fixação
meios normais (parafusos através das ranhuras - paralelismo do fundo, da face da mandí-
em "T" da mexa e das fendas das orelhas exis- bula móvel, etc - de modo semelhante ao
tentes na base da morsa), prende-se a peça a indicado quando se tratou da operação da
retificar entre as mandíbulas. Usam-se os cal- morsa na plaina limadora (informação tecno-
ços que forem necessários e procede-se ao con- lógica anterior).

CUIDADOS A TOMAR PARA A FIXAÇÃO

A peça a retificar deve ser submetida - seja diretamente na mesa, seja na morsa -
a rigorosa limpeza. Também devem estar constitui uma providência importantíssima,
perfeitamente limpos todos os dispositivos e sem a qual o trabalho de retificação pode vir
acessórios de fixação, tais como parafusos, a ser totalmente inutilizado.
porcas, arruelas, grampos, placas, calços, can- Deve-se lembrar que qualquer sujeira,
toneiras, morsas e ranhuras da mesa. por leve que seja, ou uma pressão de apêrto,
O controle prévio das partes ou dos capaz de empenar ou deslocar a peça, pode
acessórios (calços de precisão, por exemplo) concorrer para um trabalho defeituoso de re-
que podem influir na correta fixação da peça tif icação.

FIXAÇX? NA PLACA MAGNÉTICA

Usa-se fixar, na face plana de uma Há dois tipos diferentes de placas mag-
Placa Magnética, as peças pequenas ou de néticas que, embora com aparência exterior
pouca espessura, sujeitas fàcilmente a defor- semelhante, se caracterizam pelo processo de
mação ou de fixação difícil senão impossível magnetização da sua face superior que, em
pelos outros processos indicados. ambos, é plana e lisa.
r

F6LHA DE
MEIOS DE.FIXAÇÃO DA PEÇA NA MESA DA
RETI FICADOR
RETIFICADORA PLANA. PLACA MAGNÉTICA.
INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA 1.8
I

1.O) A PLACA ELETROMAGNÉTICA


Fig. 1 -, fixa fortemente a peça por netos, quando o fio de alimentação da placa
atraçáo eletromagnética. A face superior é é ligado a uma tomada de corrente continua.
., formada por um certo número de pólos mag- Não se pode ligar a placa magnética à cor-
néticos, separados por metais não magnéticos. rente alternada.
Bobinas de fios isolados criam os eletromag-

Circuitos mognétlcos
Fixoçõo. com / E%@ A Fio de olimenta~do
grompo e
parafueo

Ranhura
da mesa

Fig. 1

2.O) A PLACA DE MAGNETISMO PERMANENTE

Fig. 2 - não exige corrente elétrica.


Sua face superior é formada de vários ímãs
permanentes. O circuito dêsses ímãs é fechado
por meio de uma chave, criando uma enérgica
aderência entre a face superior da placa e a
peça a retificar.
Em ambos os tipos de placas, a aderên-
cia resultante do fechamento dos circuitos
magnéticos é suficiente para resistir à pressão ~ckw
produzida pelo contato do rebolo da retifica- Fig. 2
dora girando a alta velocidade.
O processo de fixação na placa magné- base de ferro ou aço, que se aplica sôbre a
tica sòmente é aplicável às pesas de metais placa.
sensíveis à magnetização (ferro, aço e ferro Não se usa líquido refrigerador na pla-
fundido). Se o material não for magnético, é ca magnética, a não ser que tenha constituição
necessário antes £ixá-10 adequadamente numa especial apropriada à refrigeração úmida.

1) Explique as características dos dois tipos de placas magnéticas.


2) Como se faz a fixação direta na mesa da retzicadora plana?
3) Quais os três tipos de fixação da peça na retificadora plana?
4) Quais os cuidados a tomar para a fixação da peça?
I
1

FBLHA DE
FORMAS DOS REBOLOS DE RETIFICAÇAO. INFORMAÇÁO .1,11
RZTIFICADOR FIXAÇÃO DO REBOLO NO EIXO:
I
TECNOL6GICA

Os fabricantes norte-americanos de re- As dimensões normais, em geral em po-


bolos estabeleceram uma classificação estan- legadas (mais usuais), ou em milímetros, são
dardizada de formas, cujos tipos estão mostra- referentes ao diâmetro exterior, à espessura
dos abaixo, e que tem aplicação no Brasil, e ao furo. As demais dimensões detalhadas,
onde é muito comum o uso dos materiais de rebolos de formas especiais, se encontram
abrasivos de procedência "Norton" e "Car- sempre especificadas nos desenhos dos catálo-
borundum". gos dos fabricantes.

FORMAS DOS REBOLOS

1.0 GRUPO - REBOLOS DE DISCO

Figs. 1 a 7

2.O GRUPO
REBOLOS DE PICATO as

Figs. 8 a 15

Figs. 16 a 27
*. - - r&-
-
--
I
I FORMAS DOS REBOLOS DE RETIFICAÇAO. FGLHA DE
,
i h C . RETIFICADOR FIXAÇÃO DO REBOLO NO EIXO. INFORMACAO '
'1 12
i TECNOLÓGICA
I

'.

C:)I
,U I ' FIXAGÃO DO REBOLO NO EIXO DA RETIFICADORA
11 \ , . 4.

I>&# d h . 1 L#B .. ' A, , I

.A correta montagem de um rebolo no . . , . r ,I, L: . 1 . L I

eixo é de grande importância. Evita danos


possíveis na peça a retificar e previne prová-
veis acidentes pessoais.
O rebôlo é uma peça frágil que não
deve estar sujeita a choques. Além disso, du-
rante o seu trabalho, em alta rotação, fica
submetido ao efeito de uma força centrífuga.
Antes da montagem, portanto, DEVE SER BEM
EXAMINADO, pois pode apresentar trincas ou
outros defeitos. Um dos meios de testá-lo con-
siste em dar-lhe leve pancada, com um pe-
queno martelo: um som muito claro e carac-
terístico indica o rebôlo perfeito.
Os processos de montagem do rebolo de -
furo e do de anel estão mostrados nas figs. Fig. 28 Fig. 29
28 e 29.
O rebolo de furo se monta sempre aper-
tado entre dois flanges fundidos e usinados bolo, quando da rotação do eixo. Não é acon-
com um rebaixo na face interna (fig. 28). selhável apertar-se exageradamente a porca. O
Deve o rebolo estar sempre rigorosamente sentido da rosca do eixo deve ser tal que a
centrado, quer em relação ao eixo, quer em porca tenda a apertar quando o rebolo gira.
relação aos flanges. O diâmetro do eixo é dependente, em
13 indispensável que o contato se faça caso, do diâmetro e da espessura do rebôlo e
através de discos de papel grosso especial, que da sua velocidade circunferencial. O eixo
já são pregados, na fábrica, em ambas as faces deve-se ajustar livremente no furo do rebôlo,
do rebôlo. Êsse contato se dá apenas nas es- mas sem qualquer jogo. Uma bucha de chum-
treitas coroas circulares salientes, nas bordas bo forra o furo do rebolo.
dos flanges. Na fig. 29 se vê, com clareza, o dispo-
A porca deve ter o apêrto justo sufi- sitivo de montagem dos rebolos cilíndricos de
ciente para produzir o arrastamento do re- anel ou rebolos lapidários.

I QUESTIONARIO
1

1
1) Faça Os esbosos de várias formas de rebolos.
I
i
2) Indique, com esboços, alguns tipos de perfis de rebolos.
1
3) Por que é importante a montagem do rebôlo? Qual o meio simples
I
de testar um rebôlo, antes de montá-lo no eixo?
t
4) Explique, com esboços simples, as montagens do rebolo de furo e
I
I do de anel.

i
j

+
f
.
CONDIÇõES GERAIS PARA A ESCOLHA DE F6LHA DE
; IETIFICADOR REBOLO DE RETIFICAÇÃO INFORMACÁO
TECNOLÓGICA 1-13
I
Os rebolos para retifica~ão,de varia- As características relativas à espécie do
dos tipos e formas, devem ser escolhidos para Abrasivo, granulação, grau, estrutura e tipo
cada tarefa, tendo em conta as recomendações de aglomerante já foram, ,em,têrmos gerais,
e especificações dos fabricantes.
-. . definidos (57 que trata especialmente de re-
- , bolos). -. .I
. . . .. ---
\ .

CONDIÇõES GERAIS PARA A ESCQLHA DO9 REBOLOS

I - MATERIAIS A SEREM RETIFICADQS


Influem nas cinco características do rebôlo:

I MATERIAIS A RETIFICAR I NATUREZA DO ABRASIVO I


Aços e a ç o s - l i g a I oxido de aluminio (UOXITE ou ALUNDUM) : i
F e r r o fundido i Carbureto de s i l i c i o ( CARBORUNDUM ou CRYSTOLON)
Ligas e m e t a i s não f e r r o s o s Carbure t o de s i l i c i o ( CARBORUNDU~~ou CRYSTOLON)
Outros, não m e t á l i c o s Carbureto de s i l i c i o ( CARBORUNDUM ou CRYSTOLON),

MATERIAIS A RETI FI CAR TIPO DE GRANULAÇÃO

I I
Duros e quebradiços
Brandos e m a l e i r e i s

UTERIAIS A RETIFICAR
I
Granulação a b r a s i v a f i n a
~ r a n u l a ç ã oa b r a s i v a mais g r o s s a

GRAU DO AGLOMERANTE
'I
Duros Aglomerante de grau macio
Brandos ) Aglomerante de grau duro I
MATERIAIS A RETIFICAR ESTRUTURA DA GRANULAÇÃO
Duros e quebradiços ~ r a n u l a ç ã oc e r r a d a ,
Brandos e maleáveis Granulação a b e r t a

I TIPO DO AGLOMERANTE

Quanto ao kipo do aglomerante, a escolha pode, às vêzes, depender do material a


retificar, mas frequentemente influem também outras condições, tais como a velocidade
do rebôlo ou sua pressão contra a peça.

2 - PRECIS&O E ACABAMENTO DESEJADOS NA RETIFICAÇÃO


I .
Influem em duas características do rebôlo:

TIPO DE TRABALHO TIPO DE ~ A N U L A Ç Ã O TIPO DE AGLOMERANTE


Desbaste Grossa Vitrificado .t . !
L

Semi-acabamento ~6dia Vitrificado I

~e t i f i c a ç ã o f i n a Fina Ilesinbide-Borracha-~analaca -
I
. . . .
.
v w
r'&
CONDIÇõES GERAIS PARA A ESCOLHA DE FBLMA DE
RETIFICADOR REBBLO DE RETIFICAÇÃO INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
1,I 4

9 - AREA DE CONTATO DO REBOLO COM A SUPERFÍCIE A RETIFICAR


1nPlui em três características do rebôlo:

I Grosso I Macio I

4 - NATUREZA DA OPERAÇÃO

Influi apenas na espécie de aglomerante.

II ~smerilhação pesada,
TIPO DE OPERAÇXO I TIPO DE AGLOYEBANTE
rebarbação de peças fundidasl BesinÓide-~orracha-~omalaca I
I Corte com rebolos de disco
IBetifica~Íode precis~o(cilin&ica.internaouplinr)~
- Vitrificado I
mrnpi0)l BssinÓide-~orracha- aia laca
[Betif icação de alta qyalidade (rolamentos~pm I
5 - VELOCIDADE DO REBOLO

Influi em duas características do rebôlo:

1.O) Quanto mais alta a velocidade do rebolo em rela~ãoà velocidade da peça, mais bran-
do deve ser o grau do aglomerante.
2.O) Os aglomerantes orgânicos (resinóide-borracha-goma-laca)devem ser empregados para
velocidades mais altas.

6 - VELOCZDA.DE DO AVANÇO OU PRESSA0 DO REBOLO


CONTRA A PESA

Só influi no grau do aglomerante. Quanto mais alta a velocidade ou maior a pres-


são- mais duro deve ser o grau do aglomerante.

EXEMPLO DE UMA TABELA DE REBOLOS PARA RETIFICAÇbO PLANA

I Ferro MATERIAIS
fundido
A RETIFICAR
,
ABRASI V0
C a b . sillcio
(~~ANULAÇ~O
30 ou 36
GRAU
I ou J
Aço doce e aço fundido Ox. alaminio 36 ou 46 I 1 J ou K
Aço de ferramentas Ox. aluminio 36 ou 46. H
Aço rápido Ox. alumlnio 46 C ou H
Aço inoxitável macio Carb. silioio 36 H
Alumini o Carb. silloio 30 a 46 H ou I
Cobre Carb. silicio 30 ou 36 H ou I
Bronze fosforoso Ox. aluminio 36 ou 4 6 H
CAUSAS E DEFEITOS NA RETIFICAÇÁO. FBLHA DE
RETIFICADOR? , RECONDICIONAMENTO E RETIFICAÇAO DOS INFORMAÇAO 1 15
REBOLOS. TECNOL6GICA

I CAUSAS DE TRABALHO IMPRECISO OU DE MA APARÉNCIA


1) Aquecimento e empenamento da peça de-
vido ao uso de rebôlo muito duro.
4) Folga no eixo, determinando vibração.
5) Rebolo não balanceado, desequilibrado,
2) Rebolo embotado, isto é, com as arestas ou seja, com seu pêso desigualmente dis-
cortantes desgastadas. tribuído em relação ao centro.
3) Rebolo "entupido", com a superfície en- 6) Rebolo deformado: 1) ou a periferia não
crustada de cavacos da peça. é rigorosamente circular e centrada; 2) ou
a face não é paralela à direção do corte.

CAUSAS QUE INFLUEM NO RAPIDO DESGASTE DE


UM REBOLO

I 1) Ser macio; 2) Ser muito delgado;


3) Trabalhar com pouca velocidade;
5) Estar o rebôlo forçado no corte;
6) Existir furos ou ranhuras na peça.
4) Ser alta a velocidade da peça;

CAUSAS QUE INFLUEM PARA O REBOLO SE TORNAR


LUSTROSO OU LISO
1) Ser duro; 2) Ter granulação muito fina; 4) Ser baixa a velocidade da peça;
3) Trabalhar com alta velocidade; 5) Ficar "entupidoJJcom cavacos.

CAUSAS DO "EMPASTAMENTO" DA SUPERFÍCIE DO REBOLO


Na retificação ou no esmerilhamento à sua superfície: "entopem" o rebôlo. São
I
de materiais macios (latão, bronze, alumínio, causas de tal inconveniente: 1) Ser duro o .
aço de baixo teor), as finíssimas partículas i;ebÔlo; 2) Ter estrutura muito densa; >3)Mo-
removidas da peça se acumulam entre os grâ- vimento muito lento da peça.
nulos cortados do rebôlo e aderem fortemente
..
RECONDICIONAMENTO E EàETIFICAFÃO DOS REBOLOS
A vista dos diversos defeitos enumera-
dos é necessário manter sempre o rebôlo lim-

RECONDICIONARé fazer com que


o rebolo corte bem.
po, com sua forma exata e com o corte afiado.

retificação. As apresentadas nas figs. 1 e 2


retificam a superfície do rebolo por meio de
I
cortadores rotativos de aço, com a forma de
RETIFICAR~dar forma exata ao re- discos, ou de caneluras angulares (estrelados,
bolo para que produza esmerilhação precisa fig 1) ou de superfícies onduladas (fig. 2). São
ou para que tenha determinado perfil. êstes os retificados dos tipos "Huntington" e
Há variados tipos de ferramentas de "Norton".

Oiaca ondulado

Fig. I
CAUSAS E DEFEITOS NA RETIFICAÇÃO. P6LHA DE
RETIFICADOR RECONDICIONAMENTO E RETIFICAÇAO DOS INFORMACAO 1,I 6
REBOLOS. TECNOLÓGICA
-
Na fig. 3 se vê um retificador de cilin- ilustra um dos modos de montagem de um
dro de aço estriado tipo "Hoss" e na fig. 4 retificador, em suporte adequado.
um retificador de bastão abrasivo. A fig. 5 I'

Fig. 4

-
m F I . ( = a B O R DE REBOLOS' CQM PONTA DE DIAMANTE
I

Sendo o diamante o mais duro material


que se conhece, o retificador de ponta de '
diamante - montado em supor're especial na
mesa que lhe dá avanço micrométrico-cons-
titui a melhor e mais precisav'ferranienta
* I
de
rebolos.

A fig. 6 apresenta um tipo de retifica-


dor de um só diamante. Há também tipos de
dois ou mais diamantes. Não se utilizam
diamantes de gemas preciosas e sim os dia-
mantes industriais de dois tipos:

I ) Negro, que é o mais duro, mas não


dá arestas agudas; 2) "Bort" (da Africa do
Sul), de mais uso para retificação de rebolos
porque tem arestas muito afiadas.

Sòmente se deve empregar o retificador


de diamante firmemente montado em suporte
próprio, na mesa da retificadora. As figs. 7 e
8 indicam os ângulos de inclinação em relação do
ao rebolo. âar

Para retificar, desloca-se o diamante


transversalmente ao rebôlo, devagar, e usan-
do refrigerante. Os avanços devem ser de
0,0001" a 0,0002" para rebolos macios e de
0,0003" a 0,0005/' para rebolos duros.

QUESTIONARIO

I ) Quais as causas de trabalho impreciso na retificação de uma peça?


2) Quais as causas que influem: 1) no desgaste do rebolo? 2) para
"ilustrar"?
3) Quais as causas do "entupimento" da superfície do rebôlo?
4) Quais os tipos comuns de retificadores de rebolos? Faça esboços.
5) Indique as características e como se usa o retificador de diamante.
I
- MODALIDADES DE RETIFICAÇAO PLANA. F6LHA DE
RETIFICADSR 1 APROXIMAÇAO MICROMÉTRICA DO REBOLO INFORMAÇAO 1-17
E DA PESA. TECNOLÓGICA

MODALIDADES DE RETWICASÃO PLANA

Podem-se distinguir três modalidades ções relativas da superfície a retificar e do


de retificação plana, tendo em conta as posi- eixo do rebôlo.

orro tronsvwsal

Rodo de o w w o
transversal do m s o
com anel groditodo

Fiç. 1 Fig. 5

Periferia
Superfície de ataque
de um rebôlo de copo de copo
.:.:..,.>.,:.'...
:

Rebdlo ,,
'i,
de copo

Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 Fig. 6

Retificaçáo de Superficie Horizontal com Retifi'caçáo de Superfície Horizontal com


rebolo de Eixo Horizontal. É o caso re- rebolo de Eixo Vertical. Caso do esque-
presentado esquemàticamente na fig. 2, ma da fig. 6, aplicável à retificadora do
sendo utilizado, por exemplo, o tipo de tipo da fig. 5, com cabeçote vertical.
máquina retificadora dã fig. 1. Nesta Usa-se também rebolo de Copo (figs. 4
modalidade, a periferia do rebolo é a e 6).
superfície de ataque. Usa-se o Rebôlo de
Disco.

2.a) Retificação de Superfície Vertical com Deve-se observar que, no 1.O caso, há
rebôlo de Eixo Horizontal - O exemplo pequena &eu, de contato entre o rebôlo e a
está no esquema da fig. 3, que pode ser peça: uma estreitíssima faixa transversal da
realizado no tipo de retificadora da fig. periferia do rebôlo. No 2.O e no 3.O casos, a
1. O rebolo é o de Copo, cuja face de área de contato é muito maior, correspon-
ataque, no topo, tem a forma de uma dendo à área da coroa circular, cujo diâmetro
coroa circular (fig. 4). maior é o diâmetro do rebolo.

- -a
MODALIDADES DE RETIFICAÇÃO PLÀNA. FGLHA DE
RETIFICADOR APROXIMAÇÃO MICROMÉTRICA DO REBOLO INFORMAÇAO . 1.18
E DA PEÇA. TECNOLÓGICA

APROXIMAÇAO MICROMÉTRICA NA RETIFICADORA

Qualquer Ique seja modalidade de reti- retificadoras americanas e inglêsas, a gra-


ficação plana, trata-se de operação de acaba- duação e o dispositivo mecânico permitem
mento que exige extrema precisão. Por isso, aproximação até de 0,0005" (= 0,012 mm).
dispõe a retificadora de meios rigorosos de Nas retificadoras de graduação métrica a
regular e de controlar a precisão. aproximação atinge a 0,01 mm.
Consiste o sistema de aproximação mi-
2) Na roda de avanço transversal da mesa
crométrica em mecanismos de deslocamento
(figs. 1 e 5), há outro anel graduado, que
gradual (parafuso ou engrenagens), em co-
£ixa e controla insignificantes deslocamen-
nexão com uma roda de manobra, cujo giro
tos da peça, no sentido transversal. Em
é medido em divisões de um anel graduado.
retificadoras americanas e inglêsas, o anel
Tais mecanismos têm princípio de funciona-
micrométrico dá aí aproximações até de
mento semelhante aos da plaina limadora, por
0,001" (= 0,025 mm).
exemplo, com a diferença de que é maior o
Para ilustração, indica-se a seguir como
grau de aproximação.
funciona, por exemplo, o mecanismo de apro-
Nas retificadoras das figs. 1 e 5 há nor-
ximação vertical do rebôlo, com anel gra-
malmente dois anéis graduados.
duado, para permitir deslocamentos precisos
1) Na roda superior, para dar aproximação do eixo do rebolo até de 0,0005 da pole-
inicrométrica ao rebôlo, na vertical. Nas gada.

EXEMPLO R& de manobra


cam anel graduado
Admitamos os seguintes dados: Anel
graduado da roda de manobra com 100 divi-
sões iguais (fig. 7). Relação das engrenagens
cônicas: 2,5 (por exemplo, roda de 35 dentes
engrenando com roda de 14 dentes). Parafu-
sos de 8 fios por polegada para o desloca-
mento vertical do eixo do rebôlo.
Para que o eixo do rebôlo se desloque
verticalmente de I/s" (uma volta completa),
é necessário que a roda de manobra (com o
anel baduado) dê 2 e i/2 voltas.
Então, uma só volta da roda de mano- rebôlo, em conseqüência, o avanço vertical de
bra desloca o eixo do rebôlo, na vertical, de: apenas:

da polegada. O deslocamento de uma só gra- da polegada.


duação da roda de manobra dará ao eixo do

1) Quais são as modalidades de retificação plana? Faça esboço.


2) Quando há pequena área de contato? Quando há grande área de
contato?
3) Por que é importante a aproximação micrométrica na retificadora?
4) Dê uma explicação breve e clara de como funciona o dispositivo
de aproximação micrométrica vertical do rebôlo.
RETIFICADOR
LOCIDADES DE TRABALHO NA RETIFICAÇAO
PLANA. REFRIGERAÇÁO E LUBRTFICAÇÁO.
I
F6LHA DE
INFORMACÁO
TECNOL6GICA 1 2.5

Em todos os tipos de retificadoras pla- . do corte); 2) velocidade de translação da peça;


nas existem os mecanismos necessários para 3) velocidade de avanço transversal; 4) velo-
fixar as melhores condições possíveis, reco- cidade do rebôlo.
mendada pelos fabricantes das máquinas e dos
rebolos, quanto aos seguintes fatores que in- A primeira condição já foi tratada em
fluem na técnica e na economia do trabalho: infofmaqão tecnológica anterior. Serão exami-
1) aproximação do rebôlo (ou profundidade nadas aqui as velocidades de trabalho.

VELOCIDADE DE TRANSLASÃO DA PESA

É a velocidade VT do movimento lon- O valor médio da velocidade da peça,


gitudinal da mesa, que se desloca alternada- em retificaçúo plana, recomendado pelos fa-
mente num e noutro sentido. Numa fase do bricantes fica entre 10 e 11 metros por mi-
movimento de mesa (fig. l) os sentidos das nuto (35 pés por minuto).
velocidades do rebôlo e da mesa são os mes-
mos; na fase seguinte, os sentidos são contrá-
rios. A velocidade de translaçáo da-peça -
que é a velocidade do movimento longitudi-
nal da mesa - influi grandemente sobre o re-
bolo e deve ser considerada na escolha dêste.
Velocidade mais alta da peça em geral des-
gasta mais depressa o Rebdlo do que a velo-
cidade mais baixa. Fig. 1 - Mesa (vista longitudinal)

VELOCIDADE DE AVANÇO TRANVERSAL

É a lenta velocidade VA (fig. Z), por


alimentação automática ou manual, com que
a mesa avança transversalmente, para oferecer
superfície de corte ao rebolo. I
O avanço, em cada curso da mesa, não
deve exceder, em geral, da metãde da espes-
sura do rebolo. Adotam-se avanços -menores
que a média nos trabalhos finos de acaba- Fig. 2 - Mesa (vista transversal)
mento.

A velocidade de rotação do rebôlo é de PARA CADA TIPO DE REBOLO. Por suas expe-
grande importância: 1.O) Se for adotada velo- riências no estabelecimento de granula$io, es-
cidade muito baixa, há desperdício de abra- trutura e grau adequados, é o fabricante do
sivo e o trabalho produz pouco rendimento; rebôlo quem mais está apto para especificar
2.O) Se for empregada velocidade muito alta, os rebolos corretos para os diversos trabalhos.
há'aumento dé fôiça centrífuga e, como con-
sequência, a possibilidade de quebra do re- A VELOCIDADE DO REBOLO DEPENDE
PRINCIPALMENTE DO TIPO DE AGLOMERANTE.
bolo.
É DE TODO INTERÊSSZ EMPREGAR SEMPRE Devem-se distinguir, para o rebolo,
A VELOCIDADE INDICADA PELO FABRICANTE, duas espécies de velocidade.

1) VELOCIDADE PERIFÉRICA, ou
VELOCIDADE TANGENCIAL
Adotada pelas experiências e que se so, em metros, de um ponto P da periferia
exprime em metros por segundo: é o percur- do rebolo, durante o tempo de um segundo
(fig. 3). Designa-se pela letra V.
VELOCIDADES DE TRABALHO NA RETIFICAÇÃO FOLHA DE
RETIFICADOR INFOWAFÃO 2.6
PLANA. REFRIGERAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO. TECNOLÓGICA

L
I '.

Na prática, em geral, se adotam: V =


= 25 a 33 m/seg para rebolos de ,aglomerante
I vitrificado ou silicioso e V = 33 a 60 m/seg,
para resinóides ou de borracha. r Fig. 3

2) VELOCIDADE DE R ~ T A @ O DO REB~LO
Adotada na prática da oficina, é o nzimero de rotações do rebôlo, no tempo de
1 minuto (r.p.m.).

RELAÇÃO ENTRE A VELOCIDADE PERIFÉRICA E A


VELOCIDADE DE ROTAGAO DO REBOLO
..
Sendo D (em mm) o diâmetro do re-
VedeD: N =
1 O00 X 60 X V
= 19.100-
v
bolo e N o número de r.p.m., tem-se, em um 3,14 X D D
só giro do rebolo, o percurso linear: r X D = EXEMPLO:
3,14 X D Sendo V = 25 m/seg e D = 350 mm
= 3,14 X D m m = metros. (diâmetro do rebôlo), obtém-se a rotação a
1 O00
dar ao rebôlo:
Em N voltas do rebolo', no tempo de 1
minuto, resulta a velocidade em metros por
3,14 X D X N
minuto: metros por minuto.
1 O00
OBSERVAÇÃO :
Finalmente, dividindo por 60, tem-se a Para que um rebôlo mantenha a sua
velocidade periférica: velocidade periférica (V m/seg), à medida
3,14 X D X N que, pelo desgaste, se dá diminuição do seu
V= ~ / s e (metros
g por segun-
diâmetro, deve-se aumentar- as suas "r.p.m.".
do). É o que se conclui pelo exame da fórmula da
Desta fórmula se tira N em função de velocidade periférica.

I? aconselhável que se mantenha um mantém o rebolo limpo e concorre para di-


jato de fluido de corte sôbre a parte da peça minuir a aderência dos cavacos do material.
em contato com o rebolo em movimento. A ~ubrificaçãodiminui o atrito, evita
A refrigeração evita que o calor resul- a incrustaçZo de cavacos e concorre para me-
tante do atrito possa deformar a peça. Nos lhorar o acabamento da superfície.
casos de peças já temperadas, o calor pode Em cada caso, deve ser empregado o
ser tal que concorra para alterar os efeitos da fluido de corte segundo as indicações da ta-
têmpera. Além disso, o jato de refrigerante bela da informaeo tecnológica sôbre "Refri- -
geração e Lubrificação".

QUESTIONARIO

1) Explique o que é a velocidade de translaçáo da peça. Em que influi?


2) Que é a velocidade de avanço transversal? Para que serve o avanço
transversal?
3) Defina as velocidades periférica e de rotação do rebolo e dê a
fórmula.
4) Para que servem a refrigeração e a lubrificação?
I

VERIFICAÇKO DA PERPENDICULARIDADE DE ' F6LHA DE *


RETIFICADOR PLANOS OU DE ARESTAS RETIFICADAS. ,NFOIMA~ÃO 2.7
TECNOLÓGICA I

I
- i I

A verif icação da,perpendicularidade de


r. -
duas faces ou de duas arestas de uma peça eòrdn
bisulado
que está sendo retificada, constitui uma ope-
ração de alto rigor, que exige por isso, méto-
dos de trabalho muito cuidadosos e instru-
mentos de controle de grande precisão e de
esmerado acabamento.
Serão examinados, nesta folha de infor-
6,
mação tecnológica, quatro dos processos de
verificação mais empregados. c .
Fig. I Fig. 2

Aplicado o esquadro na peça, como mostra,


Aplicação direta, aos planos ou às ares- por exemplo, a fig. 2, verifica-se, contra a luz,
tas retificadas, de um esquadro de alta preci- o contato. Se êste for perfeito, não passa lu-
são, temperado, de fios retificados. minosidade.
Este esquadro (fig. 1) tem suas faces e
bordas perfeitamente acabadas. Depois de re- PROCESSO
1 ceberem têmpera, são retificadas. A lâmina,
em geral, é biselada, para facilitar a verifica- Uso de um desempeno de precisão, sô-
ção do contato. O vértice do ângulo reto in- bre o qual se apóia a peqa, de encontro ao fio
terno é acabado por um arco de circunferên- da lâmina de um esquadro de precisão, de
cia de pequeno diâmetro (1 a 3 m'm), para a um dos tipos de base larga ou de base com
perfeita adaptação de peças de arestas vivas. apoio.

Fig. 3 Fig. 5

Os esquadros das figs. 3 e 4 são ambos 3.O PROCESSO


de precisão e suas bases dão amplo e estável
apoio. Os fios das lâminas ficam então rigo-
rosamente perpendiculares ao plano do de-
Uso de um desempeno de precisão, sô-
bre o qual se apóia a peça, de encontro, na
. 1
outra face, à geratriz de um cilindro retifi-
sempeno, quando 0 esquadro é neste assen- cada de alta precisão ou a uma coluna de
tado. A fig. 5 mostra como se faz a verificação. de perpendicularidade, temperado e
de alta precisão.
I ' . ...1 .

VERIFICAÇÁO DA P E R P E N D I C U m A D E DE - F ~ L H ADE
INFORMACIO 2.8
.

RETIFICADOR P W O S OU DE ARESTAS RETIFICADAS.


I TECNOL6GICA
I

Foco de contoto

Fig. 6 Fig. 7

O cilindro padrão (fig. 6) tem suas duas Com ligeira pressão do apalpador (pou-
bases rigorosamente perpendiculares a qual- cos centésimos de milímetro), ajusta-se sua
quer geratriz da sua superfície cilíndrica. ponta no padrão, que fica encostado a um
Também a coluna padrão' (fig. 7) possui as anteparo de precisão (fig. 9). Move-se o mos-
duas bases rigorosamente perpendiculares a trador, de modo que o "zero" coincida com
qualquer dos quatro planos estreitos talhados o ponteiro.
nas suas arestas longitudinais e cuidadosa-
Retira-se o padrão e ajusta-se ao ante-
mente retificadas. A fig. 8 indica o modo de
paro, cuidadosamente, a face da peça que se
se proceder ao controle.
deseja verificar (fig. 10). Se o ponteiro se
mantiver no "zero", está rigorosa a perpendi-
cularidade da base com a face em contato com
PROCESSO
a apalpador.
Uso do comparador centesimal, tipo Conforme as dimensões do padrão e da
relógio, sôbre um desempeno de precisão e peça, essa verificação pode-se fazer sôbre o
com o emprêgo de um padrão, por exemplo, suporte de precisão do comparador, que pos-
o cilindro ou a coluna de precisão.
-,
ir
sui anteparo adequado. c,
; t

Fig. 9 Fig. 10

QUESTIONARIO

Explique, com esboços ainão livre, cada um dos quatro processos de


verificação de perpendicularidade de duas faces de uma peça, con-
forme foi explanado nesta informação tecnológica.

- v - . -

68 -- - -- -
RETlf lCADOR ': I PRINCIPAIS DEFEITC
RETIFICAÇÃO
APRESENTADOS NA
SUAS CAUSAS I FÔLHA DE
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA I 2.9

DEFEITOS CAUSAS

- Velocidade excessiva do rebolo


- Passada muito forte
- Velocidade de tr$nslação muito forte
ou muito fraca (conforme a profun-
didade da passada)
- Ataque muito brusco do rebôlo
- Descida irregular do rebôlo
- Escorregamento ("patinar") das cor-
reias
- Movimento irregular da mesa
- Má retificação do rebôlo
- Rebolo muito duro, lustroso ou em-
pastado
- Rebolo de grana muito fina
- Refrigeração insuficiente ou mal di-
rigida
- Líquido de refrigeração de composi-
@O mal dosada

- Jôgo na árvore porta-rebolo


- Mau estado do mecanismo de transla-
ção da mesa
- Rebolo desequilibrado
- Rebolo muito duro, lustroso ou em-
pastado
- Rebolo de grana muito fina

- Jôgo na árvore porta-rebolo


- Deformação da mesa ou das guias
- Rebolo muito mole
L

PONTA E CONTRAPONTA MO~TAGEM DA FBLHA DE


RETIFICADOR PEÇA ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE INF~RMA~ÃO 9.1
TECNOLóGICA
- DA DILATAÇÃO DA PEÇA ENTREPONTAS
I

As pontas do tôrno são cones duplos de se adaptam aos centros da p e p a tornear, com
aço, temperados e retificados, cujos extremos o fim de apoiá-la (figs. 1 e 2).

Chama-se ponta o cone duplo que é


montado na árvore do tôrno. O cone duplo
igual, que se monta no mangote do cabeçote

-
móvel, se chama contraponta (fig. 1).
O cone da haste dos dois (ponta e
contraponta) é estandardizado pelo sistema
" ~ o r s e "'O cone da ponta é sempre de 600 \ I
PmIM
(fig. 2). b

Fig. I

MONTAGEM DA PONTA, DA CONTRAPONTA E DA PEGA

1) Verifique se os cones de 60° estão em per- Hmto


feitas condições para adaptaçáo nos cen-
tros da pep. Qualquer mossa ou rebarba
prejudicará a correçáo do trabalho de
tornear.

Limpe cuidadosamente a ponta, a contra-


ponta e os furos cônicos de encaixe da ár- Fig. 2
vore do tomo e do mangote do cabeçote
móvel. Partículas de pó, cavacos, etc. im-
pedirá~a perfeita adapta@o e prejudica-
rão a correta cenmgem da p e p a tornear. 4) Adapte um centro da pep na ponta, apre
Com estôpa enrolada em uma haste de &me cuidadosamente a contraponta do
metal pode-se fazer a limpeza dos furos outro centro. Gire o volante do cabeçote
cônicos. até perceber um ajustamento perfeito.
Este se dá quando a p e p pode girar sem
3) Lubrifique com graxa o furo de centro da folga, mas também sem estar pressionada
peça do lado da contraponta. entre a ponta e a contraponta.
I .

REMOÇÃO DA PONTA E DA CONTRAPONTA

1) Para retirar a ponta da árvore do tôrno, Para afrouxar o apêrto da haste daixín
o
c
mantém-se sua extremidade, envolvida e m ponta no mangote, gira-se o volante do
estôpa, com uma das mãos. Com a outra cabeçote móvel da direita para a esquerda,
mão, dá-se uma pancada firme e m uma até que as extremidades internas da con-
haste própria que tenha sido introduzida traponta e do parafuso de movimento do
no furo da árvore. Dêsse modo se conse- mangote se toquem. Com uma ligeira
gue afrouxar o apêrto da haste da ponta pressão, girando no mesmo sentido, con-
e esta é retirada, em seguida, com todo o segue-se afrouxar a eontraponta.
cuidado, protegida pela estôpa. -'
PONTA E CO&RAPONTA. MONTAGEM DA PEÇA FBLHA -DE - -7
RETIFICADOR ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA INFORMAÇAO 9.2
DILATAÇbO DA PESA ENTREPONTAS TECNOLÓGICA
_--

4j.1:~ $,I jl 8 a a CONTRAPONTA REBAIXADA E SEU USO

este tipo de contraponta (fig.


3) serve para facilitar o completo
faceamento do topo das peças mon-
tadas entrepontas.
. Vê-se, pela fig. 3, que a ponta
da ferramenta de facear atinge, sem
' embaraço, a borda do furo do cen-
tro. Com o emprêgo desta contra-
ponta não deixa a ferramenta sobra
de corte no topo faceado. Sòmente
nos casos de faceamento se aconselha o uso da contra-
ponta rebaixada. É um acessório cuja ponta, por suas
medidas reduzidas, se qpebraria fàcilmente em traba-
lhos mais pesados.

I INFLUENCIA DO CALOR DE ATRITO-DILATAÇAO E CONTRAÇAO DA PEGA


A peça bem montada entre a ponta e vocar deformação na peça e danificar o torno.
a contraponta deve girar sem folga, mas tam- . Conforme o grau de calor, pode ser alterada
bém sem estar pressionada. Ao ser desbastada, tambbm a têmpera das portanto, du-
porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da rante a operação, deve-se manter sempre bem
ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo
atrito com a contraponta. O calor produz a lubrificado o centro e a contraponta. Deve-se,
dilatação da peça. Estando ela sem' folga, re- ainda, corrigir, de vez em quandoJ a ajusta-
sulta pressão sobre as pontas, capaz de pro- gem da contraponta no centro.

PONTA R10;TA"TVA
Neste tipo de ponta, que
é adaptado no mangote do ca-
beçote móvel, não há atrito. A
ponta de aço pròpriamente
dita, temperada e retificada,
gira com a peça (fig. 4).
É montada dentro de
uma bainha, cuja parte poste-
rior é em cone Morse, para se
adaptar no furo do mangote. ' 0-
~ n i r ea bainha e a hasté da
ponta rotativa se instalam três rolamentos, um dos quais de encosto. Assim, a ponta gira
suavemente e suporta bem esforsos radiais e axias ou longitudinais.

QUESTIONARIO
1) Que são a ponta e a contraponta? Para que servem?
2) Indique quais as providências para a montagem e desmontagem das
pontas.
3) Explique o que é a .contraponta rebaixada. Quando é usada esta
contraponta?
4) Explique qual a influência do calor de atrito. Que é a ponta ro-
tativa?
-

*I* .
' ' l-l-Aw&' PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA FBLHA DE
'RETI FICADOR RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS INFORMAÇÁO 9.3
TECNOL6GICA

Os principais defeitos apresentados durante os diferentes processos de retificação se-


rão apresentados com suas causas. A identificação das causas permitirá ao retificador a
possibilidade de resolver suas dificuldades.

1. RETIFICAÇÃO GILfNDRICA ENTRE PONTAS. II


I
--'
I
DEFEITOS CAUSAS I

1 . 1 QUEIMADURAS E FENDAS - Baixa rotação da peça I

- Velocidade de translação muito .forte


- Passada muito profunda I
- Ataque muito brusco do rebolo i
- Escorregamento ("patinar") das cor- I
reias I
- Má movimentação da peça
- Má retificação dò rebôlo
- Rebolo muito duro, lustroso ou em-
pastado
- Rebolo de grana muito £ina
- Refrigeração insuficiente ou mal di-
rigida
- Líquido de refrigeração de composi-
ção mal dosada
+ .
1 . 2 CONICIDADE DAS PECAS - Má posição da mesa
- Rebolo muito mole

1 , 3 ESPIRAS - Má posição das lunetas


- Má fixação da peça
- Mau alinhamento das pontas
-Excesso de lubrificação nas guias da
mesa
- Jôgo excessivo ou desgastes anormais
da máquina
- Má diamantagem do rebôlo

1 . 4 ESTRIAS - Má relação de velocidades


peça-rebolo
- Má diamantagem de rebolo:
-diamante muito pontudo ou em
mau estado
- retificação do rebolo muito gros-
seira
- Rebolo muito duro

95
- --
- -
PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA FóLHA DE
RETIFICADOR RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS INFORMAÇÁO
TECNOL6GICA
9.4

DEFEITOS CAUSAS
-

-Jogo na árvore porta-rebolo


- Flutuamento da mesa
- Má diamantagem do rebôlo:
1 .5 IRBEGULARIDADES DAS
DIMENSGES DAS PEGAS - diamante muito mole ou muito pe-
queno;
- porta-diamante mal fixado;
- refrigeração insuficiente

1 . 6 EACETAS PRÓXIMAS COM - Má fixação da peça


CANTOS (ARESTAS) VIVOS
- Profundidade excessiva do passo
- Velocidade excessiva do rebôlo
- Vibrações da máquina
- Rebolo desequilibrado
- Rebolo muito duro
-Rebolo de grana muito fina

1.7 FACETAS COM CANTOS - Má movimentação da peça


(ARESTAS) ARREDONDADAS
- Má movimentaqão do rebôlo
- Jôgo na árvore porta-rebôlo
- Rebolo desequilibrado

1 . 8 FACETAS EM HÉLICE -Arvore porta-rebolo em mau estado


- Falta de simetria dos rasgos de lubri-
ficação nos mancais da árvore
- Rebolo desiquilibrado
- Arrendodamento falso do rebôlo
-Face de trabalho do rebôlo em mau
estado
- Líquido de refrigeração sujo
L
- Má posição do centro da peça
i .Y DEFORMAÇAO DAS PECAS -Mau alinhamento das pontas da má-
quina

>
RETIFICADOR
I PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA
RETIFICAÇAO E SUAS CAUSAS I FOLHA DE
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
1 9.5

..- ...- REFEITOS CAUSAS

- Fixação defeituosa entre pontas

1 .10 FALTA DE CONCENTRICI- - Má posição das lunetas


DADE EM DIFERENTES PAR- - Pontas mal montadas
TES NA MESMA PEGA I

-hlau alinhamento dos centros da peça


- Deformações na estrutura da máquina

- Centros das peças mal feitos ou dife-


rentes
- Mau alinhamento dos centros
- Excesso ou falta de jogo entre pontas
e peças
1, Ll, QVALIZAGAO DAS PEÇAS
- Ângulos diferentes das pontas
- Pontas da máquina em mau estado
- Movimentação defeituosa da peqa
- Refrigeração intermitente

1.12 PEÇAS C B N C A W (Eh- CASO - Má posição das lunetas


DE PESAS LONGAS)
- Profundidade excessiva do passo

1.13 PEÇAS CONVEXAS (EM CASO - Falta de lunetas


DE PEÇAS LONGAS) ' . .
- Rebolo muito duro

- Movimento irregular da mesa


- Excentricidade da árvore porta-rebolo
- Má diamantagem (vibração do dia-
mante)
- Rebolo muito mole
- Líquido de refrigeração sujo
- . .. --

FBLHA DE
RETIFICADOI
- PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA INFORMAÇÁO
RETIFICAPO E SUAS CAUSAS TECNOL6GICA

i. RETIFICAÇAO INTERNA
I
-
DEFEITOS CAUSAS
1.1 QUEIMADURAS E FENDAS - Velocidade excessiva do rebolo
-Velocidade muito fraca da peça
- Passada muito forte
- Ataque muito brusco do rebolo
- Velocidade de translação muito forte
- Falta de potência do motor
- Escorregamento ("patinar") das cor-
reias
- Má retificação do rebolo
- Rebolo muito duro ou lustroso
- Rebolo de grana muito fina
-Refrigeração insuficiente ou mal di-
rigida
- Líquido de refrigeração de composi-
ção mal dosada

- Má posição da mesa
- Mau paralelismo dos 'eixos, peças e
1.2 CONICIDADE rebolo
- Arvore porta-rebolo muito longa
- Rebolo muito mole

1 . 9 FACETAS
- Velocidade excessiva do rebolo
- Movimentação defeituosa da peça
- Má movimentação do rebôlo
- Jôgo na árvore porta-rebolo
- Arvore porta-rebolo muito fraca
- Vibrações da máquina
- Rebolo desequilibrado
- Rebolo muito duro
- Rebolo de grana muito fina

1 . 4 PEGAS ABAULADAS - Arvore porta-rebolo muito longa (falta


(ENTRADA 'E S A ~ D A ) de rigidez)
- Curso muito longo do rebôlo
- Rebolo muito duro

I
REGRAS GERATS DA "NORTON COMPANY" F6LHA DE
RETIFICADOR PARA A ESCOLHA DE REBOLOS INFORMACAO 10.3
TECNOLÓGICA

i - FA'TORES QUE AFETAM A ESCOLHA DO ABRASIVO

Propriedades Físicas do Material a Esmerilhar

Use rebolos Alundum (de óxido de silício) para materiais de baixa resistência à
I alumínio) para materiais de alta resistência à tração, tais como: ferro fundido cinzento,
tração, tais como: aço carbono, aço liga, aGo ferro fundido em coquilhas, latão, bronze ma-
rápido, ferro maleável recozido, ferro batido, cio, alumínio, cobre, ligas muito duras, car-
bronzes tenazes. bonêtos cementados e materiais não metáli-
Use rebolos Crystolon (de carbureto de cos (mármore, pedras, borracha, couro).

2 - FATGRES QUE AFETAM A ESCOLHA DA GRANULAÇÃO

A) Volume do material a remover C) Propriedades físicas do material a esme-


Rebolo tosco para corte rápido (exceto em rilhar
materiais muito duros).
C I ) Granulagem graúda para materiais
macios e dúteis.
B) Acabamento desejado
Granulagem fina para acabamento supe- C2) Granulagem fina para materiais du-
rior. ros e frágeis.

3 - FATORES QUE AEETAM A ESCOLHA DO GRAU

A) Propriedades físicas do material a esme- peça com relação à velocidade do re-


ri1ha.r bolo, tanto mais duro o grau.
Al) Rebolos duros para materiais macios. C2) Quanto mais alta a velocidade do re-
bolo com relação à velocidade da pe-
A2) Rebolos macios para materiais duros.
ça, tanto mais macio o grau.
B ) Area de contato
D ) ~ i t a d ode conserclação da retificadora
Quanto menor a área de contato, tanto
mais duro o rebôlo.
A existência de vibração e de peças
principais gastas, na máquina, exige geral-
mente um rebôlo mais duro do que aquêle
C) Velocidade do rebôlo e velocidade da peça
que trabalharia bem em máquina apresen-
C1) Quanto mais alta a velocidade da tando bom estado de conservação.

4 - FATORES QUE AFETAM A ESCOLHA DA ESTRUTURA

A estrutura (espaçarnento dos grãos) A2) Materiais duros, quebradiços exigem


diz respeito ao número de fios cortantes por um rebôlo com espaçamento cerrado
unidade de área da face do rebôlo, assim co- dos grãos de abrasivo (exceto os car-
mo ao número e tamanho dos vãos entre os
bonêtos cementados).
grãos de abrasivo.

A) Propriedades físicas do material a esme-


B) Acabamento desejado
rilhar Acabamento fino exige o emprêgo de
Al) Materiais macios, mas tenazes e dú- rebolos com espaçamento mais cerrado das
teis, exigem um rebolo com espasa- partículas de abrasivo do que O necessário
mento folgado dos grãos de abrasivo. para os acabamentos médio e tosco.
RETIFICADOR
I REGRAS GERAIS DA "NORTON COMPANY"
PARA A ESCOLHA DE REBOLOS I F6LHA DE
iNFORMiCA0
TECNOLÓGICA
1 10.4 )
C ) Natureza do trabalho sem centros (centerless), afiação de
ferramentas e fresas são geralmente
C1) Desbaste e outros trabalhos com apli-
mais bem executadas com rebolos de
cação variável de pressão exigem es-
espaçamento médio dos grãos.
paçamento folgado dos grãos.
C4) Pressões excessivas, com tendência a
C2) Esmerilhação de superfícies requer
destruir a forma de rebolos perfila-
espaçamento largo.
dos, exigem rebolos com espaçamento
C3) Retifica~ão cilíndrica, esmerilhaqão cerrado dos grãos.

5 - FATORE: !UE AFETAM A ESCOLHA DO


JYTE

A liga de uso mais generalizado é a do B2) Rebolos resinóides, de goma laca e


tipo vitrificado. Contudo, em alguns casos, de borracha, são os melhores para ve-
exigências do funcionamento e execução tor- locidades acima de 1.980 metros por
nam vantajosa ou imperativa a escolha de
minuto.
outros tipos.
C) Acabamento desejado
A) Dimensões do rebolo
Al) Rebolos delgados para corte, e outros Rebolos resinóides, de borracha ou de
sujéitos a flexão, exigem ligas resi- goma laca, são geralmente os melhores para
nóides, de goma laca ou de borracha. o acabamento espelhado.
A2) Rebolos sólidos de diâmetros muito
grandes reguerem
i_ -
..7_
liga siliciosa.
Ressalva a publicação da "Norton Com-
B) Velocidades de funcionamento pany" - da qual foi feito o presente extrato
B1) Rebolos vitrificados são geralmente - que as regras e circunstâncias citadas são
os melhores para as velocidades abai- um tanto flexíveis e que há exceções em al-
xo de 1.980 metros por minuto. guns casos.
FÔLHA DE
RETIFICADOR PLACA UNIVERSAL DE TRÊS CASTANHAS INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
7 7.1

A Placa Universal é um dos acessórios porque, apenas pelo giro de uma chave ajus-
da Retificadora que serve para a fixação de tada no furo lateral (fig. l), movimentam-se
peças a serem Retificadas. O tipo mais co- as garras oú castanhas, AO MESMO TEMPO,num
mum, de três castanhas, é utilizado sobretudo fechamento concêntrico, até produzirem enér-
para peças cilíndricas ou hexagonais. A placa gico apêrto da peça.
universal permite centragem rápida da peça,

I CONSTITUIÇAO E FUNCIONAMENTO DA PLACA UNIVERSAL


O corpo da placa, em duas partes, é de
ferro fundido ou de aço. Apresenta um ori£í-
cio no centro e três ranhuras radiais (segun-
do ângulos de 120°) nas quais se encaixam
as três castanhas ou garras que produzem o
apêrto da peça (fig. 1).
No interior da placa está encaixado um
prato circular, em cuja parte anterior existe
uma ranhura, de se550 quadrada, em espiral,
formando uma rôsca plana. Nesta se adaptam
os dentes das bases das castanhas. Na parte
posterior do prato há uma coroa cônica cir-
cular, na qual se engrenam três pinhões cô-
nicos, cujo giro é dado pela chave da fig. 1.
O exame das figs. 1, 2 e 3 permite clara com-
preensão dos movimentos para apêrto e de-
sapêrto da peça. estes correspondem à apro-
m o i u bo chave
ximação ou ao afastamento simultâneo das
três castanhas, em relação ao centro da placa. Fig. 1 - Placa universal, chave e jôgo de castanhas.
O giro da chave determina a rotação

-
do pinhão cônico que, engrenado na coroa
- 1
cônica, produz o giro do prato. Como a ra- A . ,..
nhura da parte anterior do prato é em
espiral, os dentes inferiores de cada cas-
tanha são obrigados a deslizar nessa ra-
nhura, aproximando-se GRADUAL E SI-
MULTÂNEAMENTE do centro da placa.
Na operação de desapêrto, dá-se giro em
sentido contrário, e as castanhas se afas-
tam.
A placa universal é fixada na ár-
vore da Retificadora, por meio da rosca,
na parte posterior do seu furo central,
tendo um encosto que se põe em con-
tato, no apêrto, com um flange da ár-
vore (fig. 2).
Para que a centragem se faça si-
multâneamente, durante o giro do prato,
é necessário que os dentes inferiores das
castanhas tenham posi@es diferentes, em
cada uma. ''A .'f

Fig. 3
RETIFI IDO
I PLACA UNIVERSAL DE TRES CASTANHAS
I INFORMAÇÁO
.LHA DE
TECNOL6GICA

Cada castanha sòmente pode ser en- 3) desloque o prato em sentido inverso, o
caixada na ranhura própria. Assim, as três bastante para que o início da rosca plana
castanhas têm os números 1, 2 e 3, correspon- desapareça (f ig. 5);
dentes aos dos rasgos respectivos.
4) encaixe a castanha n.O 1, até que ela en-
Regras para a colocação das castanhas: coste na rosca plana;
I
1) limpe cuidadosamente as castanhas e os 5) gire o prato no sentido da seta (fig. 4) para I
rasgos;
"' gire o prato até que o início da rosca apa-
que a castanha n.O 1 se engrene na rosca I
plana. Encaixe, a seguir, as castanhas n.O
I reça no fundo da ranhura n.O 1 (fig. 4); 2 e n.O 3, procedendo da mesma forma.

Fig. 5 Fig. 4

CASTANHAS

Cada placa é normalmente equipada diâmetros externos pode pegar peças pelo
com dois jogos de três castanhas, todas elas lado interno com furos de diversos diâmetros.
de aço duro temperado, e rigorosamente aca; As castanhas, para grandes diâmetros exter-
badas. Um jogo serve para apertar peças de nos, podem prender as peças em qualquer
maiores diâmetros e outro para peças de me- um dos degraus, de acordo com a peça a ser
nores diâmetros (fig. 1). Além disso, sendo as torneada.
castanhas em degraus, o jogo para pequenos

QUESTIONARIO

1) Para que serve a placa universal? Por que produz centragem rápida?
2) Para quais peças é mais adequado o uso da placa universal?
3) Explique as regras para colocação das castanhas.
4) Explique resumidamente a constituição e o funcionamento da placa.
5) De que material são as castanhas e quais são as suas características?
6) Para que servem os dois jogos de castanhas?
VELOCIDADE DE TRABALHO NA RETIFICAÇÃO FÔLHA DE
CILÍNDRICA E CONICA. INFORMAÇAO 11-3
REFRIGERAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO TECNOL6GICA
b A

Nos trabalhos de retificação há que Na prática, em geral, se adotam V = 25


considerar a velocidade do rebôlo, a veloci- a 33 metros por segundo para rebolos de
dade da peça e o avanço transversal. Obtém- aglomerante vitrificado ou silicioso e V =
se o máximo rendimento quando simultânea- = 33 a 60 metros por segundo para rebo-
mente são adotadas e contraladas estas velo- los resinóides ou de borracha.
cidades, de acordo com tabelas e recomenda-
ções dos fabricantes de rebolos. Além disso, 2) A velocidade de rotação do rebôlo, adotada
é importante ressaltar que o desgaste do re- na prática da oficina, é o número de ro-
bolo será maior ou menor conforme a relação tações do rebôlo no tempo de l minuto
entre a velocidade da peça e a velocidade do (r.p.m.).
rebolo.
Relação entre a velocidade periférica e a
velocidade de rotação do Rebôlo
A velocidade de rotação do rebolo é de
grande importância: Sendo D (em mm) o diâmetro do re-
bolo e N o número de r.p.m. tem-se, em um
1.O) Se for adotada velocidade muito baixa,
há desperdício de abrasivo e o trabalho só giro do rebolo, o percurso linear: XD =
produz pouco rendimento. 3,14 X D
=3,14XDmm= metros.
1 O00
2.O) Se for empregada velocidade muito alta,
há aumento de força centrífuga e, como Em N voltas do rebôlo, no tempo de
conseqüência, a possibilidade de quebra 1 minuto, resulta a velocidade em metros por
do rebolo. 3,14 X D X N
minuto: metros por minuto.
É DE TODO INTERÊSSE EMPREGAR SEM- 1 O00
PRE A VELOCIDADE INDICADA PELO FABRICANTE, Finalmente, dividindo por 60 tem-se a
PARA CADA TIPO DE REBOLO. Por suas expe- velocidade periférica:
riências no estabelecimento de granulação,
grau e estrutura adequados, é o fabricante do 3,14 X D X N
rebolo quem mais está apto para especificar v= 1 O00 X 60
m/seg (metros por se-
os rebolos corretos para os diversos trabalhos. gundo).
A VELOCIDADE DO REBOLO DEPENDE Desta fórmula se tira N em função de
PRINCIPALMENTE DO TIPO DE AGLOMERANTE. V e de D:
Devem-se distinguir, para o rebôlo,
duas espécies de velocidade.
1) A velocidade periférica ou uelocidade tan-
gencial, adotada pelas experiências e que
se exprime em metros por segundo: é o Sendo V = 25 m/seg e D = 350 mm
perpercurso, em metros, de um ponto P (diâmetro do rebôlo) obtém-se a rotação a dar
da periferia do rebolo, durante o tempo 25
de um segundo (ver figura). Designa-se ao rebôlo: N = 19.100 X --
350
pela letra V.

Para que um rebôlo mantenha a sua


velocidade periférica (V metros por segundo),
à medida que, pelo desgaste, se dá diminuição
do seu diâmetro, deve-se aumentar as suas
"r.p.m.". É o que se conclui pelo exame da
fórmula da velocidade periférica.
VELOCIDADE DE TRABALHO NA RETIFICAÇÃO FELLHA DE
RETIFICADORFMI
rn
CILÍNDRICA E CBNICA. INFORMACAO~ . 1.4
REFRIGERAÇÃO E LUBRIFICAÇAO TECNOLÓGICA

ií CADA TIPO DE OPERAGÃ(


1-

i São recomendadas as seguintes: 3) Na retificação interna - 10 a 30 metros


por segundo.
1) Na afiação de ferramentas - 23 a 30 me-
tros por segundo. 4) Na retificação de superfícies - 20 a 30 me-
tros por segundo.
2) Na retificação cilíndrica - 28 a 33 metros
por segundo.
I

VELOCIDADE DA PEW

Tanto a velocidade periférica como a A prática aconselha observar uma rela-


velocidade de rotação têm as mesmas defini- ção entre a velocidade da peça e a velocidade
ções dadas para as velocidades do rebôlo e do rebôlo, para diminuir o desgaste dêste
calculam-se pelas mesmas fórmulas, conside- último. De um modo geral, entretanto, po-
rando-se o giro de um ponto P qualquer da dem ser adotados os valores seguintes para
periferia da peça (ver figura). velocidade da peça.
I

VELOIDADEFFBIF&ICAS
DA PEÇA EM 1 6 1 2 )
~S~ POR SEGUNDO
MbTãRIAL
DESBASTE I ACABAMENTO RETIFICAÇXO INTERNA
AÇ 0 0.15 a 0.20 m/eeg
Aço temperado O, 20
Aço liga O, 15
Ferro fundido 0.25 a 0.30
Latão e bronze 0,30 a 0,35
~ l u d noi 0.30 a 0,35

VELQC1 . . PDE DE-


.

É a velocidade com que o rebolo se milímetros por volta da peça. Empregam-se


desloca lateralmente, ao longo da peça. Deve os avanços maiores para a operação de desbas-
ficar êste avanço entre os limites de 25 (r, a te e os avanços menores para o acabamento.
75 % da espessura do rebôlo, medidos em

aconselhável que se mantenha um


É mantém o rebôlo limpo e concorre para di-
jato de fluido de corte sobre a parte da peça minuir a aderência dos cavacos do material.
em contato com o rebolo em movimento. A lubrificação diminui o atrito, evita
A re£rigeração evita que o calor resul- a incrustração de cavacos e concorre para me-
tante do atrito possa deformar a peça. Nos lhorar o acabamento da superfície.
casos de peças já temperadas, o calor pode ser Em cada caso, deve ser empregado o
tal que concorra para alterar os efeitos da fluido de corte segundo as indicações da ta-
têmpera. Além disso, o jato de refrigerante bela (veja Ref. FIT 69).

1) Defina as velocidades periférica e de rotação do rebolo e dê a


fórmula.
2) Que é a velocidade de avanço transversal? Quais os seus valores
usuais?
3) Em que inflrzi a relação entre as velocidades do rebôlo e da p e ~ a ?
4) Para que servem a refi-igeração e a lubrificação?
F6LHA DE
AS MAQUINAS DE RETIFICAR INFORMAÇAO 11.5
INTERNAMENTE TECNOLóGICA
1

As máquinas de retificar as superfícies


internas, chamadas, às vêzes, de retificadoras
de furos calibradores, são comparáveis a um
torno equipado exclusivamente para trabalhar
peças prêsas num mandril. (fig. 1)
1 - PRINCfPIO DE FUNCIONAMENTO
A geratriz ativa ou cortante do rebôlo
confunde-se, no fim da operação, com a gera-
triz da superfície a obter.

São utilizadas: para os furos, a super- Fig. 1 - Retificadora interna


fície cilíndrica do rebôlo, e para as áreas pla-
nas de extremidade, uma das duas superfícies
planas do rebolo.
Trajetória de ataque do rebôlo.
Os movimentos de penetração são efetua-
dos por passes sucessivos, depois de cada trans-
lação de avanço do rebôlo.
O trabalho por ataque direto é rara-
-mente possível por causa do risco de flexão
das árvores porta-rebolo.

3 - FUNCIQNAMEN'TO NOK,MAL
(Eig. H)
A - Para retificar furos.
Fig. 2 - Retificadora d e revolução interna '
O dispositivo porta-peça é fixado no
suporte da máquina. O porta-peça é orientá- contrário, haveria um balanço exagerado da
vel, a fim de permitir a realização de furos peça que impediria a usinagem.
cônicos. O comando de rotação (Mc) da peça
é frequentemente obtido por meio de motor C - Para retificar superfícies planas
elétrico autônomo. (em extremidade de eixo).
O dispositiuo porta-ferramenta ou por- Pode-se agir com o rebôlo como foi
ta-rebolo recebe três movimentos que se apli- dito acima ou ainda orientando-se o porta-
cam ao rebolo: peça perpendicularmente ao eixo do porta-
1.O - Rotação (M'c); rebôlo. Procede-se sempre por meio de passes
2.O - Translação longitudinal alter- sucessivos.
nativo (Ma), cujo comprimento iguala apro-
ximadamente o comprimento a furar: 4 - MONTAGEM DA PECA E SR
3 . O - Translação transversal (Mp). (SR = supafície de refert?.ncia)
Nas máquinas recentes êste movimento
de penetração é uniforme e independente do A peça é montada com castanhas de
movimento de vaivém (Ma). aço temperado ou doce ou por meio de um
mandril liso como num torno.
No fim do trabalho, o rebolo efetua
alguns vaivéns longitudinais (Ma), enquanto Posição - A centragem (SRI) e o esco-
o (Mp) é suprimido. ramento (SR2) são dados pelo porta-peça.
(Eixos do suporte e da peça confundidos).
B - Para retificar as superfícies exter-
nas de reuoluçáo. Arrastamento - É obtido por aderência
\
O rebôlo age em "mergulho", ou por entre as castanhas apertadas do mandril ou,
meio do carro. excepcionalmente, por "bridagem" (I).
O comprimento da peça é limitado,
(1) Colocaçáo de um dispositivo destinado a fixar
devendo L ser inferior ou igual a D. Em caso uma peça (N. T.).
C-- - - -7.77,-

3 4+~&i'
.-i -- - FBLHA DE
L( JRETIFICADOR ii. I
AS MAQUINAS DE RETIFICAR
INTERNAMENTE
áf
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
11.6
- -.,

5 .- MONTAGEM DA FERRAMENTA- 4 - O recuo do rebôlo (Mp) de O, 1 mm que,


REBOLO [figura 3) em seguida, sai do furo (Ma):
'v
O rebôlo é fixado na extremidade do 5 - A retificação do com o diamante;
porta-reb~lo.
Diâmetro dos rebolos - Escolher 0s 6 - A volta automática do rebôlo à posição
rebolos com um diâmetro máximo compati- de trabalho e de funcionamento;
vel com o do furo a produzir: 4 rebolo 2 0,75
do diâmetro do furo a retificar. Reduzir o
balanço ao mínimo.
A rapidez do trabalho aumenta com o
diâmetro do rebôlo e a precisão com o diâme-
tro da árvore porta-rebolo.
Os rebolos 4 2 30 têm um furo central
de 8 a 12 mm e são montados diretamente na
extremidade da árvore. Os rebolos de C$ < 30
são providos de uma haste de aço, em parte
incorporada na massa abrasiva e segura no
porta-rebolo por meio de uma pinça.

6 - ARVORES PARA RETIFICAÇÃO


INTERNA RETIFIC.AÇA0 com C O N T R O L E automático ,
Não seria econômico utilizar a mesma
árvore para retificar os furos de qualquer 7 - A colocação no lugar do calibre (acaba-
diâmetro ou comprimento, porque necessà- mento). Quando o calibre entra a cota
riamente teria ela um diâmetro pequeno e é atingida;
um balanço, em muitos casos, excessivo. Por
8 - O recuo do rebôlo, que se afasta. Simul-
I esta razão, existem árvores porta-rebolos amo-
viveis com diâmetro e comprimento apropria- tâneamente, os movimentos (Mc), (Ma),
dos, que comportam: uma parte fixa, mon- (Mp) cessam, assim como a lubrificação.
tada sem folga num) suporte, e um eixo ro- A precisão obtida é da ordem de 3 p.
tativo ou árvore, pròpriamente dita.
A árvore gira com uma rotação de
5.000 a 30.000 r.p.m.

7 - A RETIFICAÇÃO COM CONTROLE


AUTOMATICO DO DIAMETRO
RETIFICADO (fig. IV)
Depois da montagem da peça e de es-
tarem em funcionamento os movimentos de
rotação (Mc) e (M'c), o rebolo é posto em
contato com a peça.
A série de movimentos automáticos efe-
tuados compreende:
1 - O movimento de vaivém (Ma);
Fig. 3 - A1nores porta-rebôlo para furos
2 - O movimento de penetração (Mp);
Retificação dos rebolos - O acabamen-
3 - A colocação no lugar do calibre de con- to da retificaçáo é precedido por uma d6reti-
trôle (desgaste).
ficação" do rebolo por meio de diamante. As
Quando êste calibre entra, o desbaste máquinas comportam, em geral, um disposi-
de retificação termina. tivo para a retificação automática do rebolo.
I
I

RETI FICADOR BALANCEAMENTO DE REBOLOS


FGLHA DE
INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
11.7 ,
I

Os rebolos em rotação são perigosos e,


por esta razão, deve-se tomar diversas precau-
ções a fim de garantir a segurança do operá-

1 rio que os utiliza. Citamos a seguir quatro


pontos fundamentais a observar.
Mmtw na ordem:
1 - Montagem correta do rebolo sobre o b.e.bd

1 eixo de rotação;
2 - Bom balanço inicial, para impedir os
fenômenos vibratórios e as deformações;
3 - Retificações frequentes para restabelecer
o balanço e a forma;
4 - Existência de dispositivos de proteção
para o caso de rutura do rebôlo, consti-
tuídos por um cárter (ou protetor) des-
tinado a reter os fragmentos projetados.
m (a:cdrter

Fig. I - Montagem de um reÓÔEo plano


1 - I INTAGÉM Do$ REBOLOS
A - Rebolos planos sôbre cubos-f lan-
ges (fig. I)
a) Montagem sôbre o cubo (fig. I, 1 )
Examinar o rebôlo quanto a dimen-
sões, características, aparência e presença de
arruelas plásticas sôbre as faces. É necessário
que a folga do rebôlo sobre o cubo seja
de 0,05 mm.
Pôr o rebolo sôbre o cubo-flange prin-
cipal.
Colocar o flange superior.
Ligar os dois flanges, por ,apêrto dos
parafusos de fixação. (O travamento deve ser
progressivo, e efetuado mediante apêrtos su-
cessivos dos dois parafusos diametralmente Fig. I I - Balanceamento dos rebolos
opostos) - Verificar se, entre os flanges e o
rebôlo o contato é regular.
b) Montagem sôbre o eixo porta-rebelo (fig.
I, 2) 2 - BALANCEAMENTO DO REBOLO
Fazer entrar o conjunto rebolo e flan- (fig. 11)
ge no cone da árvore porta-rebolo. Colocar a
arruela de apoio e aparafusar a porca no sen- É indispensável que haja equilíbrio
tido da rosca. Travar sem exagêro. perfeito dos rebolos a fim de obter-se bom
trabalho e evitar as vibrações. Esta operação
é, em geral realizada em aparelhos para ba-
lanceamento estático.
Colocar o rebôlo sobre as facas da má-
quina de balancear.
O desequilíbrio faz rodar o rebolo, de
modo que a parte mais pesada fica para baixo
(fig. 11, 2).
L

F6LHA DE
RETIFICADOR BALANcEAMENTO DE REBOLOS INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
11.8
- 1

Introduzir os dois massalotes de equili-


bração (contra-pêsos) na ranhura existente
para êste fim, e colocá-los horizontalmente
(fig. 11, 3).

Aproximá-los da mesma distância no


sentido das setas a fim de compensar o dese-
quilíbrio.

Fazer girar o conjunto de 90° e termi-


nar o balanceamento.

Fazer girar em seguida de 180° e veri-


ficar o balanceamento. Experimentar depois
em diversas posições. O rebolo, mesmo livre,
deve permanecer equilibrado em qualquer
posição, fato que demonstra haver sido alcan-
çado o equilíbrio do mesmo.

. 1
1 RETIFICADOR
CALIBRADORES CBNICOS - (CONE
VElZIFICAÇAO - CONES NORMALIZADOS)
-- FBLHA DE
INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
18.1

A superfície cônica desempenha fun- Os cones são utilizados, principalmen-


çáo de grande importância nos conjuntos ou te, ' nas fixações de ferramentas rotativas
dispositivos mecânicos. Permite o cone um (exemplos:' cones Morse, métrico, "standard"
tipo de ajustagem com a característica espe- americano e Brown & Sharpe) e em conjuntos
cial de poder proporcionar enérgico apêrto desmontáveis (tais como polias ou engrena-
entre peças que devam ser montadas ou des- gens montadas em eixos) nos quais seja in-
montadas com certa frequência. dispensável a rigorosa concentricidade.

ELEMENTOS DE EXECUÇÃO E VERIFICASAO DO CONE

São os seguintes (figs. 1 e 2): Diâmetro 3) ou pela inclina~ãoda geratriz do


maior (D), diâmetro menor (d), comprimento cone, dada em porcentagem pela fórmula
(C) e ângulo (a) da geratriz do cone com o R-r
seu eixo geométrico. i%=--- C X 100.
A conicidade pode ser fixada:
1) ou pelo ângulo a em graus;
2) ou pela porcentagem de conicidade,
D-d
dada pela fórmula e % = X 100.
C
Exemplo:
D=34mm; d=28mm e C = .....
= 120 mm. A conicidade é então e % = . . . .
YP

34 - 28 1 1 Fig. 1 Fig. 2
X 100=-X 100=--
120 2o %-

VERZFICAÇAO DOS CONES - CALIBRADORES CBNICOS

O correto controle da execução de um Emprega-se, também, ou uma peça ma-


cone exige, à vista do exposto: 1.O) verifica- cho, ou uma peça fêmea, já usinada, para
ção de medidas; 2.0) verificação da conicida- servir de Calibrador, respectivamente, para a
de; 3.O) verificação de regularidade da forma. peça fêmea (Fig. 5) ou para a peça macho
ora, numa peça, os diâmetros e o ân- que está sendo torneada.
gulo do cone (não podem ser medidos com A verificação da ajustagem dos cones
grande precisão usando os instrumentos co- interno e externo se faz por contato. Para isso,
muns de medição. dão-se quatro traços equidistantes (a giz ou a
Por isso, na prática, utilizam-se Cali- lápis especial, oleoso) segundo as geratrizes,
bradores cônicos que, conforme o caso, será no cone exterior. Introduz-se êste no cone
um Calibrador tampão cônico retificado (Fig. interior e gira-se suavemente um contra o
4) ou uma Bucha de furo cônico retificado outro. Ao retirar, se os traços estiverem apa-
(Fig. 3),-de dimensões e proporções normali- gados em toda a sua extensão, o contato dos
zadas. cones está correto.

Fig. 5 I
CALIBRADORES C6NICOS - (CONE - F6LHA DE
RETIFICADOR VERTFICAÇAO - CONES NORMALIZADOS) INFORMAÇÁO ? 8.2
TECNOLÓGICA I
.

Em geral, as mdquinas-ferramentas cas, alargadores, machos, escareadores, cen-


possuem árvores ou eixos com 'furos cônicos tros, buchas de redução, eic.). Todos êstes
destinados à fixação das hastes cônicas das cones são normalizados, sendo mais comuns
ferramentas rotativas ou de acessórios (bro- os dos sistemas métrico e morse.

TABELA DE DIMWSOES DO3 C Q N S MÉlrkiCBS


(COiY1CIDA.DE i : 20) - MEDIDAS EM mrn

TABELA DE DIRYIENSO.ES DOS CONES MORSE


MEDIDAS EM rnm '(I? 6@e 7)

Os outros sistemas de cones mais co- Standard Americarop (conicidade aproximada


muns, s,obretudo em fresadoras, são: Brown de 1 : 24); e Jarno (conicidade de 1 : 20).
& Sharpe (conicidade aproximada de 1 : 24);
RETIFICAÇÃO C6NICA FBLHA DE
18.3
RETIFICADOR EM' BALANÇO E ENTRE PONTAS
INFORMAÇÁO
. TECNOLÓGICA

A retificação das peças com superfície


de revolução cônica, externa ou interna, é
realizada por dois processos:
li0 - ENTREPONTAS,
para as superfícies cô-
nicas externas, cujo ângulo de inclina-
ção não exceda de 15O.
2.O - EM BALANÇO,
para superfícies cônicas
externas ou internas, quando L L 5 D,
sendo D = diâmetro e L = compri-
mento.

PARAA RETIFICAÇÃO CÔNICA EXTERNA


ENTRE PONTAS:a placa porta-peça deve. ser
inclinada de acordo com o ângulo de incli-
nação do cone a ser produzido. (A inclinação Regulagem da inclinação p/ cone
pode variar de +ou - 15O).

dois parafusos de regulagem de orientação e


os de imobilização da placa (ver prancha 15
DIMENS~ES LINEARES: diâmetro maior fig. V, 1, 3).
D, diâmetro menor d, comprimento L.
CONICIDADE OU relação entre a diferen-
ça dos diâmetros e o comprimento do cone =
- D - d = tangente do ângulo de conici-
L
dade. e-

INCLINAÇÃOOU relação entre a diferen-


ça dos raios e o comprimento do cone =
- R - r - D - d = tangente do ângulo
L - 2L
de inclinação.
Este valor é utiiizado diretamente
quando da regulagem da peça.
Peças típicas (Execução de cones)

PARAA RETIFICAÇÃO CÔNICA EM BALAN-


ÇO: a placa porta-peça deve ficar paralela à
mesa. O cabeçote porta-peça deve ser incli-
A - ENTRE PONTAS (fig. 111, 2). O pro-
nado de acordo com o ângulo de inclinação
cesso convém na retificação dos cones externos
do cone a produzir. (A inclinação pode variar
de grande comprimento, com ângulo de in-
de O0 a 90°).
clinação 4 15O. Não permite a retificação
interna. Verificar a regulagem de orientação
com relação à geratriz ativa do rebolo.
REGULAGEM - Calcular o ângulo da
inclinação em graus, ou a inclinação em por- B - EM BALANÇO (fig. 111, 3). O pro-
centagem, de acordo com o tipo de graduação cesso convém na retificação dos cones exter-
da mesa. nos e internos com ângulo de inclinação até
Orientar, com o valor calculado, a pla- 90°. É necessário centrar as peças com o com-
ca porta-peça com relação à mesa. Travar os parador-amplificador.
, . . I - -- -- - ----.,.---- ..._..__-- _
RETIFICAÇXO C6NICA. F6LHA DE
INFORMAÇAO , , .18:4
- i iTIFICADOR Ehf BALANÇO E ENTRE PONTAS TECNOL6GICA
- -7 .+ -- - - -
I

4 - VER1FICAC;ãO DA REGULAGEM Deslocar a peça longitudinalmente e


DA I N C L I N A P O NA RETIFICA- fazer com que o apalpador siga uma geratriz.
ÇÃO CONICA O ponteiro do comparador não deve desviar-
se. Em caso de desvio, inclinar a placa porta-
A regulagem Por leitura sobre setor peça o suficiente para obter 0.
graduado carece de precisão, porém, a veri-
ficação da inclinação deve ser feita com exa- d) EM BALANÇO COM UM CONE-PADRÃO
. tidão, antes ou durante a usinagem. Abaixo (externamente). Apertar a haste cilíndrica do
figuram diversos processos de verificação. cone-padrão nas castanhas do mandril; inter-
por uma folha metálica de proteção e regular
Ex.: Seja executar um cone (ângulo de sua concentricidade com o eixo.
inclinação igual a l0 30'). Regular a inclinação como foi dito no
A - VERIFICAÇÃO
ANTES DA RETIFICA- item até obter O-
çÃo e) EM BALANÇO (internamente). Mon-
a) ENTREPONTAS COM UM "CILINDRO- tar sôbre o comparador-amplificador o apal-
PADRÃO" (figura V, 1). pador auxiliar para furos, e regular como foi
Pôr entre pontas um cilindro retificado dito acima-
de comprimento útil = 100 mm. Calcular o B - VERIFICAÇÁO
DURANTE A RETIFI-
deslocamento y para 100 mm, ou seja: CAÇÃO
seno l0 30' X 100 = 0,0261 X 100 = 2,61. Com um calibre-padrão:
Montar o comparador-amplificador sô- a) CONEEXTERNO. Podem ocorrer dois
bre o porta-rebolo, o apalpador horizontal no defeitos:
plano axial da peça e perpendicular ao eixo 1.O - o contato se dá. sôbre o diâme-
da mesa da máquina. tro menor: o ângulo obtido é pequeno (fig.
Deslocar a mesa, a fim de colocar cada V, 3);
extremidade do cilindro em frente ao apalpa- 2.O - o contato se dá sôbre o diâme-
dor. Durante êste deslocamento, o ponteiro tro maior: o ângulo obtido é grande (fig.
deve movimentar-se da quantidade correspon- V, 4).
dente ao deslocamento calculado, ou seja: b) CONEINTERNO: 1.O - O contato se
2,61 mm. dá sobre o diâmetro menor (ângulo muito
Regular a inclinação até a obtenção grande);,
dêste deslocamento. 3.O - o contato se dá sobre o diâme-
tro maior (ângulo muito pequeno).
b) EM BALANÇO COM UM CILINDRO-
PADRÃO.O deslocamento da mesa para um Em todos os casos, a regulagem pode
comprimento de 100 mm será então de: . . . ser considerada boa quando o calibre entra.
tg 10 90, 00 = 2,63. proceder = como foi em contato com todo o comprimento do cone
dito acima, usando um cilindro-padrão aper- obtido (fig. V, 5).
tado nas castanhas do mandril universal. An-
tes de efetuar a regulagem verificar se o man-
dril está centrado.
c) ENTREPONTAS COM UM CONE-PADRÃO
que possua o mesmo ângulo de inclinação
(I0 30') que a peça a usinar (fig. V, 2).
REGULAGEM. Calcular o ângulo da in-
clinação em graus ou a inclinação em por-
centagem. Destravar o cabeçote porta-peça e
incliná-lo com o valor calculado. Travar nesta
posição.
Verificar a regulagem da orientação
com relação à geratriz ativa do rebolo.
Montar o cone-padrão entre pontas e o
comparador sobre o eixo porta-rebolo. (Apal- Contròles
pador no plano axial).
DEFEITOS

1.5 FACETAS - Velocidade de passagem muito forte

- Régua mal fixada


- Jogo na árvore porta-rebolo
- Escorregamento ("patinak") das cor-
- Má movimentação da peça

- Mau alinhamento das guias laterais


- Deformação da régua
- - Diamantagem defeituosa dia rebolo de
arrastamento .

- Insuficiência de material a retirar


(sobretudo em peças pesadas)
-. --
---- - Rotação irregular da peça
- -.
-
-e

- Má posijão da régua
--

- Barras tortas
- Pressão excessiva
- Má posição da régua
-Régua muito dura
- Mau alinhamento das guias laterais
- Ressalto na entrada ou na saída
I
DEFEITOS CAUSAS

I . 1 ARRANCAMENTQS DE - Régua em mau estado


MATERIAL - Excentricidade da árvore porta-rebôlo
- Movimento irregular do rebolo de
arrastamento
-Má diamantagem (vibração do dia-
mante)
- Empastamento do rebolo de trabalho
(de corte) i

- Rebolo muito mole . *


-.
I

j.
- Líquido de refrigeração sujo J

1 . 2 QUE1 MADURAS E FENDAS - Velocidade excessiva do rebolo de tra-


balho
1

I
-Velocidade muito fraca ou muito forte
da peça (segundo a profundidade da
passada)
- Passada muito profunda
- Ataque muito brusco do iebôlo .
- Escorregamento ("patinar") das cor-
reias ..
- Má movimentação da peça
I
- Má retificação do rebolo
-Rebolo muito duro, lustroso ou em-
pastado
- Rebolo de grana muito fina r
I
i
I
- Refrigeração insuficiente ou mal di-
rigida
- Líquido de refrigeração de composi-
I
ção mal dosada

- Má posição da régua

I . 3 CONICIDADE DAS PEÇAS


- Rebolo de trabalho muito mole
- Rebolo de trabalho muito estreito
I
- Rebolo de trabalho mal endireitado
- Rebolos não paralelos

- Ovalização inicial exagerada das peças


I
- Má posição da rigua
- Rebolo de trabalho muito duro
- Refrigeração irregular ou insuficiente
1 . 4 QVALIZAÇÃO DAS PEÇAS

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