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DEZ 2001 NBR 14782


Indicador de temperatura para
termorresistência - Calibração por
ABNT – Associação comparação, utilizando gerador de
Brasileira de
Normas Técnicas
sinal
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ABNT/CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:005.11 - Comissão de Estudo de Sensores Termoelétricos
NBR 14782 - Temperature indicator for resistance thermometer - Calibration by
comparison using signal generator
Descriptors: Temperature indicator. Calibration
Copyright © 2001,
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.01.2002
de Normas Técnicas
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Impresso no Brasil
Palavras-chave: Indicador de temperatura. Calibração 7 páginas
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Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Símbolos e abreviaturas
5 Requisitos
6 Método de calibração
7 Resultados
ANEXO
A Bibliografia

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma contém o anexo A, de caráter informativo.

1 Objetivo

Esta Norma prescreve o método de calibração de indicador de temperatura para termorresistência, por comparação,
utilizando gerador de sinal.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 12550:1998 - Termometria - Terminologia

NBR 13772:1997 - Termorresistência - Calibração por comparação com termorresistência de referência


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2 NBR 14782:2001

3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1 indicador de temperatura para termorresistência: Indicador de temperatura usado com termorresistência que indica
o valor da temperatura de forma analógica ou digital, utilizando meios elétricos ou eletrônicos para tratamento da
resistência do sensor.

3.2 gerador de sinal de referência: Gerador de sinal, em ohms, com capacidade para gerar sinais na faixa equivalente à
gerada pela termorresistência para a qual o indicador é aplicado.
4 Símbolos e abreviaturas
Os símbolos e abreviaturas utilizados nesta Norma são os seguintes:

Ω - Ohm
f/c Cu - fios/cabos de cobre
d.d.p. - diferença de potencial (elétrico)
INMETRO - Instituto Nacional de Normalização, Metrologia e Qualidade Industrial
5 Requisitos
5.1 Instrumento-padrão
O padrão a ser usado na calibração de indicador de temperatura para termorresistência pode ser um gerador de sinal, uma
década de resistência ou um instrumento de medição de resistência elétrica. Deve ser calibrado periodicamente no
INMETRO, ou em laboratórios por ele credenciados ou em órgãos de reconhecida credibilidade, de modo a garantir a sua
rastreabilidade. Deve ter registros de controle de periodicidade de calibração, relatos sobre fatos importantes ocorridos,
etc.
NOTA - O padrão deve apresentar resolução e exatidão compatíveis com a incerteza de medição pretendida.

5.1.1 Instrumento de medição de resistência elétrica


O instrumento de medição utilizado como padrão é um medidor de resistência elétrica. Ele pode ser um ohmímetro ou uma
ponte de resistência.
5.1.2 Gerador de sinal
O gerador de sinal pode gerar sinal, em ohms, de forma contínua ou em valores discretos; porém, em ambos os casos,
deve-se observar o efeito do casamento de impedância entre o gerador de sinal e o instrumento a calibrar, visto que
grandes diferenças de impedância podem provocar erros na calibração.
5.1.2.1 Classificação do gerador quanto ao número de terminais
Os geradores de sinal podem ser classificados em dois tipos:
5.1.2.1.1 Gerador com saída em dois terminais
Gerador que fornece uma resistência elétrica em dois terminais.
5.1.2.1.2 Gerador com saída em quatro terminais
Gerador que fornece uma resistência elétrica em quatro terminais.
5.2 Indicador a calibrar
Com exceção de casos especiais, existem três possíveis tipos de conexão elétrica nos indicadores de temperatura para
termorresistência, conforme descrito a seguir:
5.2.1 Indicador a dois fios
Indicador que mede a resistência de uma termorresistência, utilizando apenas dois terminais. Isso implica medir a
resistência dos cabos, em conjunto com o sensor.
5.2.2 Indicador a três fios
Indicador que mede a resistência de uma termorresistência, utilizando três terminais. Através de uma corrente duas vezes
maior do que a corrente elétrica de polarização, consegue-se eliminar na medição a resistência dos cabos de ligação. Essa
corrente percorre o segundo e o terceiro fio em sentido contrário ao da corrente principal, gerando uma d.d.p. simétrica em
um dos fios do circuito principal de polarização do sensor resistivo.
5.2.3 Indicador a quatro fios
Indicador que mede a resistência de uma termorresistência, utilizando quatro terminais. Dois fios estão conectados em
uma fonte de corrente, a fim de polarizar o sensor resistivo, e dois fios estão ligados no medidor de tensão elétrica.
Portanto, quando se mede a tensão, está se medindo a d.d.p. sobre o sensor resistivo, eliminando-se a resistência da
cablagem.
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NBR 14782:2001 3

5.3 Cablagem e conexões

As interligações entre o gerador de sinal e o indicador devem ser feitas por condutores elétricos homogêneos. As ligações
devem ser feitas de modo a minimizar quedas de tensão, fugas de corrente, resistências de contato, geração de força
termoelétrica espúria e captação de ruídos que interfiram nos resultados das medições. Blocos de terminais e chaves
seletoras, se usados, devem estar protegidos contra correntes de ar e radiações que provoquem gradientes térmicos.

6 Método de calibração

6.1 Local

Deve prover espaço físico adequado à montagem da aparelhagem e apresentar:

a) nível de iluminação mínimo de 600 lx;

b) tensão elétrica com valor nominal e estabilidade dentro das especificações requeridas pelos instrumentos;

c) condições ambientais com valores nominais e estabilidade dentro das especificações requeridas pelos instrumentos e
que proporcionem conforto ambiental;

d) malha de aterramento para os instrumentos.

6.2 Pontos de calibração

O número e os valores dos pontos em que o indicador é calibrado dependem do tipo de indicador e da faixa compreendida.
O usuário pode, entretanto, acordar com o laboratório calibrador quantos e quais são os pontos de calibração.

6.3 Ligação dos equipamentos e instrumentos

A ligação pode ser classificada quanto ao instrumento-padrão utilizado. A ligação ao indicador a ser calibrado varia em
função das seguintes alternativas:

a) do número de fios de ligação;

b) do instrumento utilizado como padrão.

6.3.1 Calibração utilizando como padrão um instrumento de medição elétrica

A seguir são estabelecidas as alternativas possíveis:

6.3.1.1 Indicador a dois fios

Conforme figura 1.

Figura 1 - Gerador e indicador a dois fios


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6.3.1.2 Indicador a três fios

Conforme figura 2.

NOTA - Obrigatoriamente devem ser utilizados três fios na conexão entre o gerador e o indicador.

Figura 2 - Gerador a dois fios e indicador a três fios

6.3.1.3 Indicador a quatro fios

Conforme figura 3.

NOTA - Quando possível, utilizar um instrumento de medição elétrica com configuração a quatro fios.

Figura 3 - Gerador a dois fios e indicador a quatro fios

6.3.2 Calibração utilizando como padrão um gerador de sinal

A seguir são estabelecidas as alternativas possíveis:

6.3.2.1 Indicador a dois fios

Conforme figura 4.

Figura 4 - Gerador a dois fios e indicador a dois fios


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6.3.2.2 Indicador a três fios

Conforme figura 5.

Figura 5 - Gerador a dois fios e indicador a três fios

6.3.2.3 Indicador a quatro fios

Conforme figura 6.

Figura 6 - Gerador a dois fios e indicador a quatro fios

6.4 Calibração

Para efetuar a calibração, proceder de acordo com os seguintes passos:

a) utilizar fios/cabos de cobre com dimensões iguais e valor ôhmico conhecido, compensando-o quando aplicável;

b) ligar a instrumentação envolvida e o indicador a calibrar e aguardar por um período especificado pelos fabricantes
para que o sistema atinja o regime permanente de aquecimento;

c) a calibração é feita de modos diferentes para os casos em que o padrão é um instrumento de medição elétrica ou
quando o padrão é um gerador de sinal calibrado:

c.1) caso em que o padrão é um instrumento de medição elétrica (ver figuras 1, 2 e 3):

c.1.1) regular o valor de saída do gerador, em ohms, equivalente ao valor da temperatura que se deseja calibrar,
medindo-o com o instrumento de medição elétrica;

c.1.2) anotar o valor indicado pelo instrumento de medição elétrica;

c.1.3) desconectar os cabos do instrumento de medição elétrica e ligá-los ao indicador em calibração;

c.1.4) anotar o valor indicado pelo instrumento em calibração;

c.1.5) repetir c.1.2 a c.1.4 em função do número de leituras por ponto;

c.1.6) realizar pelo menos duas séries de medição, sendo uma na ascendente outra na descendente;

c.2) caso em que o padrão é um gerador de sinal calibrado (ver figuras 4, 5 e 6):

c.2.1) regular o valor da temperatura que se deseja calibrar no gerador de sinal;

c.2.2) anotar o valor mostrado pelo indicador, para a temperatura selecionada;

c.2.3) repetir c.2.2 em função do número de leituras por ponto;

c.2.4) realizar pelo menos duas séries de medição, sendo uma na ascendente outra na descendente.
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7 Resultados

7.1 Avaliação dos resultados

Deve ser verificada a coerência dos resultados obtidos após as medições. Havendo inconsistência, retornar à seção 6.

NOTA - A coerência está relacionada à linearidade das correções ou desvios.

7.2 Incerteza da calibração

Na avaliação da incerteza dos resultados de calibração deve-se considerar pelo menos o seguinte:

a) incerteza do instrumento-padrão;

b) resolução do instrumento-padrão, quando aplicável (pois já deveria estar incluída na incerteza do padrão);

c) erros aleatórios introduzidos nas interligações e conexões entre o gerador de sinal e o indicador em calibração,
quando aplicável;

d) resolução do instrumento em calibração;

e) metade da maior diferença encontrada no mesmo ponto sobre os ciclos crescentes e decrescentes de medição;

f) desvio-padrão das leituras, do instrumento em calibração;

g) desvio-padrão do instrumento-padrão de medição elétrica, quando aplicável;

h) desvio-padrão das leituras do gerador/calibrador, quando aplicável.

Para uma avaliação completa da incerteza de medição na calibração, recomenda-se consultar os documentos indicados no
anexo A.

7.3 Certificado de calibração

Para elaboração do certificado de calibração, recomenda-se consultar os documentos indicados no anexo A.

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/ANEXO A
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Anexo A (informativo)
Bibliografia

A lista a seguir é uma relação não exaustiva de documentos recomendados, em geral mais aplicáveis com relação ao
assunto em questão. Porém, outros documentos podem ser consultados.
A.1 Incerteza de medição

Guia para a Expressão da Incerteza de Medição.

Edição revisada (Agosto 1998). INMETRO-ABNT-SBM.

Versão Brasileira do Documento de Referência EA-4/02 (Referência Original do Editor: EAL-R2). Expressão da Incerteza
de Medição na Calibração.

Versão Brasileira do Documento de Referência EA-4/02-S1. Suplemento 1 ao EA-4/02. Expressão da Incerteza de


Medição na Calibração.

A.2 Certificado de calibração

NBR ISO/IEC 17025:2001 - Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração.

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