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Beira, 2019
I
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNILOGIA
Tema
II
DECLARAÇÃO
Eu, Manuel Fernando Agostinho, declaro por minha honra que esta monografia é resultado do meu
próprio trabalho, e está a ser submetida para a obtenção do grau de Licenciatura em Ciências Actuariais
na Universidade Zambeze, Beira. Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou
avaliação em nenhuma outra Universidade.
____________________________
III
DEDICATÓRIA
Aos meus pais:
Em memória ao meu irmão Joaquim Fernando Agostinho que cedo partiu sem colher os frutos das suas
plantas, o seu ensinamento ficará sempre em mim.
Dedico.
IV
AGRADECIMENTO
Em primeiro lugar a Deus pela bênção, oportunidades, saúde que me proporcionou no decorrer do
curso.
Ao meu supervisor MsC. Américo Datizua pela infinita paciência e dedicação na correcção dos meus
erros e pelo encorajamento.
Ao INGC de Sofala, pelo apoio na obtenção de dados para a realização deste trabalho.
Ao meu pai Fernando Agostinho, meus irmãos Luís, Luísa, Gimo, Joaquina, Alberto, Maria,
Agostinho, Mbanguira, Graça, Helena e Cristina, aos meus sobrinhos Amélia, Nando, Paulina, Tinho,
pelo calor, carinho, amor, compreensão e confiança depositada em mim.
A minha namorada Catarina pela paciência, amor, carinho, atenção, força, confiança, e pelas suas
sábias palavras no momento em que precisava de apoio.
Aos meus colegas pelo espírito de companheirismo e amizade, em particular aos colegas (Rodrigues,
Edson, Veríssimo, Ganha, Rodolfo,) pela oportunidade de conviver convosco com histórias de vida
diferente. Foram muito importantes para mim que para além de colegas e amigos, foram irmãos.
Aos docentes (MsC Américo Datizua, Dr. Armando, Dr. Dinis Simbe, Dr. Júlio Judite) e todos
docentes pelos ensinamentos no decorrer do curso.
V
Resumo
Para a realização deste estudo foram usados dados históricos referentes ao número de afectados,
nos 3 postos administrativo do distrito de Machanga no período 2015 á 2017, tem como
objectivo Avaliar planos de contingência usados na gestão de riscos de calamidades naturais
(cheias) no distrito de Machanga no período 2015- 2017. Analisámos também a necessidade,
disponibilidade e o défice de equipamentos usados na busca e salvamento, assistência alimentar e
nutricional, matérias usados para a construção de estadias temporárias nas zonas de
reassentamento. Posto administrativo de chiloane possui cerca de 18.89% da população local do
distrito, 28.08% para o posto administrativo de Divinhe e o posto de administrativo de Machanga
sede cerca de 53.03%. No ano 2015 chiloane registou cerca de 17.9% de afectados, 2016
registou cerca de 26.9% 2017 registou cerca de 53.8%, Divinhe em 2015 registou cerca de
21.16% da população afectada, em 2016 cerca de 60.4%, 2017 cerca de 60.4% da população
afectada, e o posto administrativo de Machanga sede registou cerca de 73.7% da população
afectada, em 2016 cerca de 64.12% da população afectada e em 2017 registou cerca de 96% da
população.
O número de afectados por posto administrativo pode ser explicado por habitantes que os
mesmos possuem, e por exposição ao risco em que cada uma delas se encontra sendo mas
afectado o posto administrativo de Machanga sede por fazer fronteira com a bacia do save.
VI
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
INGC – Instituto Nacional de Gestão das Calamidades.
PC – Plano de Contingência.
CA – Centro de Acomodação.
VII
Lista de gráficos e tabelas
Lista de Gráficos
Grafico 4- Nivel atisfação da população local pelos trabalhos realizados pelo INGC.................26
Lista de tabelas
VIII
INDICE
DEDICATÓRIA................................................................................................................... IV
AGRADECIMENTO ............................................................................................................. V
Resumo ................................................................................................................................ VI
1.1 Justificativa........................................................................................................................6
1.2 Problematização.................................................................................................................6
1.6.1.Social ..........................................................................................................................8
1.6.2.Cientifica.....................................................................................................................8
1
2.3.Estado de calamidade pública .......................................................................................... 11
2
2.9.4.Princípio de eficiência ...............................................................................................24
3
4.6.5.Proposta de solução .......................................................................................................... 39
5.1.Conclusão ........................................................................................................................ 41
5.2.Recomendações ............................................................................................................... 42
6.1.Referências ...................................................................................................................... 43
6.3.Apêndice ............................................................................................................................. 53
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
O distrito de Machanga esta numa zona de frequente risco das inundações criando assim a
necessidade de se criar um plano de contingência anual que possa suportar os estragos que
possam decorrer das inundações sempre que chova um senário que pode se inverter com a
construção de residências em zonas seguras.
Estes riscos causados pelas calamidades naturais têm efeitos muito negativos, pois as
calamidades destroem uma nação economicamente, socialmente e demograficamente.
As estatísticas disponíveis revelam a ocorrência cíclica de fenómenos naturais que, dado o nível
de exposição do país, provocam efeitos desastrosos principalmente nas populações rurais. Desde
1976 ocorreram pelo menos 45 casos de calamidades causadas por inundações, ciclones, seca,
sismos e outros segundo (INGC).
Em algum momento a procura de zonas que tenham recursos para a subsistência da população,
como é o caso de zonas agrícolas e pesqueiras faz com que a população construa as suas
habitações em zonas de riscos mesmo sabendo que no caso de cheias poderam perder as suas
residências e em alguns casos dependendo da gravidade do fenómeno correm risco de vida.
A lei no 15/2014 de 20 de Junho que aprova a Lei das Calamidades, estabelece princípios e
normas que visam fortalecer as medidas de prevenção e mitigação dos fenómenos calamitosos e
atribui ao Governo, através do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) a
responsabilidade de elaborar e ou actualizar os Planos de Contingência PC, segundo (BR).
Algumas residências foram construídas em zonas de risco, zonas que estão próximas ao rio Save
rio este que separa o distrito de Machanga do distrito de Mambone dificultando assim as acções
de prevenção do instituto nacional de gestão de calamidades no caso de ocorrência de cheias
porque esta população esta próxima a uma área extremamente perigosa na época chuvosa.
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1.1 Justificativa
O País é classificado como ocupando o décimo lugar em termos de países mais
vulneráveis ao risco de desastres. Nos últimos 30 anos, pelo menos 14% da população foi
afectada por uma seca, uma cheia ou uma tempestade tropical e mais de metade dos eventos que
resultaram em desastre (53%) desde 1970 ocorreram nas últimas duas décadas.
A vulnerabilidade face aos desastres resulta da sua localização na foz de nove rios internacionais,
a existência de zonas áridas e semiáridas; a longa extensão do território nacional localizado na
zona de convergência intertropical sujeita a perdas e ganhos excessivos de humidade, a extensa
zona costeira que sofre a influência de ciclones tropicais e a existência de zonas sísmicas activas.
Visto que em algumas regiões do distrito de Machanga, as zonas habitacionais estão próximos ao
rio Save uma zona de extremo risco de inundações na época chuvosa, criando assim uma grande
problemática para a população nesta época.
Na actualidade as calamidades naturais têm atingido níveis alarmantes, no entanto há uma grande
necessidade de se criar modelos ou planos que possam se adequar a recentes problemáticas.
Segundo INGC as regiões próximas aos rios estão expostas aos riscos de inundações nas épocas
chuvosas. obrigando com que exista uma logistica suficeinte para assistir a população afectada ,
dai surge um grande interesse em fazer a pesquisa com seguinte tema:
" Análise dos Planos de contingência usados na gestão dos riscos das calamidades (cheias) no
distrito de Machanga província de Sofala no período 2015-2017 .
1.2 Problematização
Devido a dinâmica actual em que a sociedade se encontra exposta a vários fenómenos
naturais e maléficos a esta mesma sociedade, como é o caso do distrito de Machanga aumenta a
possibilidade de existência de vários e novos riscos ligados a desastres naturais. Por um outro
lado os planos de contingência vem nos aliviar fornecendo directrizes para lidarmos com estas
situações após estes eventuais terem acontecidos. Avendo uma necessidade de conhecer escalas
que as calamidades atingem seria muito útil para a resolução de vários problemas ligados aos
riscos das calamidades.com aumento da população, a procura de locais para erguer a habitação
no distrito de Machanga e cada vez mas frequente.
6
A construção dessas residências por um outro lado e motivado por estar perto das zonas
pesqueiras e zonas em que pratica-se a agricultura e a criação de animas tornando estas zonas
mas atraente para a população daquele distrito sem analisar o factor risco que os mesmos corem
estando a residir nestes locais segundo (INGC).
" Quais seriam os planos de contingência que possibiltariam a melhor assistência aos
afectados pelas calamidades naturais (cheias) no distrito de Machanga no período 2015-
2017?"
1.3 Hipótese
1.3.1 Básica
Se o nível de recursos necessários for igual aos disponibilizados para cobrir o distrito de
Machanga o INGC melhoraria o nível de assistência aos afectados.
1.3.2 Secundaria
Se o nível de recursos necessários não for igual aos disponibilizados para cobrir o
distrito de Machanga o INGC não melhoraria o nível de assistência aos afectados.
1.4 Objectivos
7
1.6. Relevância da pesquisa
1.6.1.Social
A elaboração desta pesquisa é com base na realidade em que a sociedade se encontra vulnerável
refente as calamidades naturais, sendo feito uma análise dos planos de contingência poderá-se
em algum momento traçar novas estratégias que possibilitem o melhoramento, e aumentar a
capacidade de assistência se for necessário. Fazendo com que a sociedade possa voltar a sua vida
normal após os desastres minimizando o sofrimento da população.
1.6.2.Cientifica
Partindo do pressuposto que a criação de uma analise dos planos de contingência poderá em
algum momento catapultar as futuras pesquisas tendo já um modelo de base de dados que poderá
subsidiar a pesquisa seja do instituto nacional de gestão de calamidades, assim, como de todos
aqueles que pretende fazer um estudo neste ramo.
1.7.Enquadramento da pesquisa
O tema em causa enquadra-se na cadeira de Matemática Actuarial-1 e 2 leccionado na
universidade Zambeze, faculdade de ciências e tecnologia do curso de ciências actuariais.
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O clima do distrito de Machanga, segundo a classificação climática de Köppen (Ferro e Bouman,
1987), é do tipo tropical chuvoso de savana (Aw). O distrito no seu todo, também pode ser
influenciado por um clima seco de estepe com inverno seco (BSw) e de clima temperado húmido
(Cw). A precipitação média anual é da ordem dos 870 a 880 mm segundo (Kassam, 1981),
valores médios obtidos durante 29 anos. Em geral, a distribuição das chuvas ao longo do ano,
pode ser irregular e desigual devido às influências climáticas que ocorrem no mesmo distrito.
A evapotranspiração média anual é superior à precipitação média anual, rondando cerca de 1400
a 1500 mm.
O período de crescimento é do tipo normal com período seco, tendo o seu início na segunda
quinzena do mês de Novembro e o seu final no início do mês de Abril. O período húmido, onde a
precipitação é maior que a evapotranspiração, tem a duração de 75 dias e ocorre durante os
meses de Dezembro a Fevereiro.
A temperatura média anual é de 23,4ºC, com temperaturas mais altas nos meses de Dezembro a
Fevereiro. As mínimas ocorrem durante a época fresca nos meses de Junho e Julho.
A geomorfologia geral do distrito é constituída por sedimentos de “Mananga” com camada
superficial de areia inferior a 20 cm de profundidade e por coluviões do mesmo material e de
aluviões Holocénico. Os solos de Mananga são, geralmente, depósitos antigos e sódicos duros de
Pleistoceno.
O distrito é constituído pelas seguintes unidades fisiografias: unidade composta por calcários e
sedimentos do Terciário, e de materiais mais recentes de origem eólica, fluvial e marinha do
Quaternário.
Estes materiais constituem a base originária dos solos que se desenvolvem nesta região da bacia
hidrográfica do rio Save. Como consequência desta origem, alguns destes solos são salinos, o
que resulta nalguns casos, em limitações quanto a aptidão para o regadio, particularmente nos
terraços mais baixos da Planície Aluvial.
Em geral, a maior parte do distrito é ocupada por solos de Mananga, com cobertura arenosa
variável com texturas franco-argilo-arenosa; castanho amarelado; camada arenosa superficial
moderadamente espessa a pouco espessa.
Trata-se de extensas planícies e localmente, de fundo dos vales na zona de cobertura arenosa,
drenagem moderada a imperfeita, com muita variação no contexto de acidez e salinidade.
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10
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2.Situação de emergência
O que é situação de emergência em caso de desastres?
É o reconhecimento legal pelo poder público de situação anormal provocada por desastres,
causando danos suportáveis e superáveis pela comunidade afectada (CALHEIROS, 2005).
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Segundo o glossário do boletim da república:
Assistência humanitária – ajuda prestada as populações afectadas pelas calamidades.
Catástrofe – calamidade que, pela sua duração e impacto extraordinários, provoca maiores
perturbações na vida das pessoas, no tecido económico e social do país e graves danos ao meio
ambiente.
Emergência – estado resultante da ocorrência súbita de uma calamidade que afecta pessoas e
bens e exige medidas urgentes e excepcionais para estabelecer a normalidade.
Mudanças climáticas – variação de longo termo das condições meteorológicas media, causadas
pela natureza ou pela actividade humana.
Planos previsionais – estratégias que, pela sua natureza, são elaboradas para repor perdas
esperadas numa área específica, em caso de ocorrência de uma determinada calamidade.
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Socorro – auxilio imediato prestado perante situações de emergência.
As principais acções a realizar devido aos diversos tipos de fenómenos extremos atrás descritos
estão subdivididas em acções preventivas (antes da ocorrência do evento), reactivas (durante) e
de reposição da vida normal das populações eventualmente afectadas (depois). As medidas
preventivas tanto do Governo como da população são determinantes para a redução do impacto
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das calamidades. A maior parte dessas medidas devem ser levadas a cabo independentemente da
certeza da ocorrência dos fenómenos previstos. A implementação das medidas reactivas depende
Grandemente da ocorrência da ameaça, do local e da população afectada bem como do nível da
sua vulnerabilidade. As medidas de reabilitação dependerão da magnitude das calamidades e
poderão requerer planos específicos.
A listagem das actividades a realizar antes, durante e depois da ocorrência de calamidades,
Decisão (INGC 2012) que identifica quatro fases de intervenção:
1.prevenção/mitigação
2.Prontidão
3.resposta e
4.recuperação.
A sua implementação pode ser de nível central (Planificação, monitoria, supervisão e assistência
técnica), Provincial (monitoria e apoio técnico aos distritos) e distrital ou comunitário
(implementação das operações).
2.4.1.Medidas Pró-activas
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Identificação e divulgação das rotas de evacuação bem como locais que possam servir de
abrigo temporário (vide detalhes na sessão referente a gestão de centros de acomodação);
Verificação do nível de preparação de escolas, hospitais, centros de saúde e outros
serviços sensíveis e essenciais (fornecedores de energia, comunicações, transportes,
etc.).
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Elaboração do plano de recuperação rápida, reassentamento e reconstrução ainda no
âmbito da emergência;
Identificação de espaços para criação de infra-estruturas de emergência para o
atendimento aos doentes sempre que necessário;
Divulgação permanente das informações para o consumo público.
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2. Tornar as informações do aviso prévio menos técnicas e adaptadas a realizadas das
comunidades em risco,
3. Torna-los mais precisos em termos de prever potenciais riscos e a probabilidade de
ocorrência,
4.Proporcionar informação relevante e de confiança para gerir e mitigar o impacto de um
desastre ao nível do individual, familiar, comunitário e sociedade em geral.
O sistema integrado em destaque deve esforçar-se para contemplar os seguintes aspectos:
2.4.5.Telecomunicações de emergência
O sector de telecomunicações de emergência assegura o estabelecimento de serviços de
comunicação de Voz via Rádio e transmissão de dados. Este serviço tem como finalidade
providenciar um meio de comunicação de emergência seguro e confiável que inclui:
Instalação de uma rede de Rádio de comunicação em todos os locais operacionais
(COEs/CENOEs móveis);
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Instalação de uma infra-estrutura de Rádio de comunicação capaz de operar 24 horas em
todos os locais operacionais, incluída identificação, treinamento e gestão dos operadores
dos rádios;
Gestão e alocação de frequências de chamada.
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onde elas podem receber assistência médica, alimentação, abrigo e protecção. Apesar do CA não
proporcionar uma solução duradoira ou definitiva, a sua boa gestão proporciona um refúgio
temporário onde serviços e assistências vitais e que salvam vidas podem ser oferecidos (vide
abaixo a relação de possíveis abrigos temporários).
O CA não pode ser visto como algo que se deve promover ou manter a todo o custo. O seu
Estabelecimento deve ser visto como opção de ultimo recurso ou ultima alternativa viável
para garantir a protecção, abrigo, segurança e bem-estar das pessoas deslocadas.
Uma vez tomada a decisão de se estabelecer um CA, devem ser observados os seguintes
princípios:
1.coordenação e parceria,
2.liderança,
3.participação,
4.auscultação activa.
Estes princípios são corporizados pelas seguintes medidas:
Identificação atempada do local apropriado para o estabelecimento do CA;
Garantia do registo e acesso a documentos de identificação para a população;
Estabelecer o sistema de gestão do centro incluindo uma liderança claramente definida
(Termos de referência) assegurando a mobilização e participação activa da população
afectada;
Assegurar a manutenção das infra-estruturas do CA bem como a recolha e partilha de
informação sobre a evolução do Centro;
Monitorar a provisão de serviços pelos actores humanitários com base nos padrões
internacionalmente aceites;
Coordenar a provisão de serviços integrados no CA visando prevenir situações de
violência baseada no género (VBG) e propagação de doenças transmissíveis incluindo o
HIV&SIDA;
Identificar lacunas e prover serviços de protecção e assistência evitando a duplicação de
esforços;
Resolver as disputas resultantes da ocupação dos espaços e garantir a ordem e segurança;
O material para abrigo poderá ser disponibilizado há famílias que recorram aos Centros de
Acomodação ou que sejam dirigidas aos Bairros de Reassentamento.
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2.4.9.Recuperação Inicial
As intervenções de recuperação inicial ou normalização da vida das populações afectadas
serão Coordenadas pelo Gabinete de Coordenação do Reassentamento (GACOR) em
colaboração com o Grupo de Recuperação Inicial da HCT. O maior enfoque das intervenções
nesta área encerra aspectos não cobertos pelos restantes sectores, particularmente a reintegração,
uso e aproveitamento da terra, criação e diversificação dos meios de subsistência, infra-estruturas
e aspectos de governação. Estas acções visam entre outros objectivos catalisar as acções de
redução de vulnerabilidade e do risco de calamidades e, por isso, uma monitoria contínua ou
levantamento da situação nas primeiras 72 horas da ocorrência do evento é fundamental para
definir o tipo de meios necessário para intervenção. Contudo, em caso de calamidades com
magnitude e impactos significativos e que requeiram recursos avultados para intervenção,
pondera-se a condução de uma Avaliação de Necessidade pós calamidades (ANPS) para
determinar custos estimados dos danos, as necessidades e intervenções de recuperação necessária
e respectiva mobilização de recursos.
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conceito, para avaliar o nível de risco associado a um determinado acontecimento, precisamos de
determinar o seu grau de indesejabilidade, assim como a probabilidade da sua ocorrência.
2.7.2.Risco Futuro
Diz respeito a antecipação do risco, ou seja a compreensão antecipada da provável concretização
de um risco ainda não existente. Isto é evidente nos processos de planificação de investimentos a
todos os níveis, nos quais é possível identificar e avaliar o risco que vai ser criado com a
implementação do investimento, segundo (PDRRD).
Este risco pode ser expresso de várias formas:
1. Em zonas onde se verifica degradação ambiental e social, mas para as quais ainda não se
conhece o potencial de afectação por fenómenos físicos. Neste caso o risco pode ser criado pela
acção da degradação ambiental;
2. Em zonas onde ainda não existem elementos socioeconómicos expostos, mas onde há
presença de fenómenos naturais que podem constituir uma ameaça;
3. Em zonas onde ainda não existem elementos socioeconómicos expostos e não se conhece a
existência de fenómenos físicos perigosos.
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Esta diferenciação entre risco actual e futuro é importante considerando que para cada um deles
pode ser desenvolvida uma acção de transformação ou adaptação. Este processo em geral é
conhecido por Gestão do Risco de Desastres.
O risco futuro pode ser abordado a partir de acções de gestão prospectiva. Esta modalidade de
gestão inclui as práticas centradas em garantir que o risco futuro não se crie nem se consolide em
determinado território. É prospectiva porque actua sobre situações que ainda não se
materializaram e que podem ser tratadas no contexto dos processos de planificação.
O risco actual deve ser gerido a partir de acções de gestão correctiva. Esta modalidade inclui as
práticas de intervenção para a redução do risco já existente.
A iminência de situações de desastre requer acções de previsão, preparação e prontidão para
garantir um nível adequado de resposta. Face a estas situações devem desenvolver-se acções de
gestão reactiva.
2.8.1.Análise do risco
Processo de uso de informação susceptível de identificar factores de risco e de estimar a
probabilidade de ocorrência de um efeito adverso para a saúde e segurança (Sousa Uva et al,
2004).
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2.8.2.Avaliação de factores de risco:
Refere-se à quantificação dos factores de risco (Sousa Uva et al, 2004).
2.8.3.Avaliação do risco
É utilizado para determinar as prioridades de gestão do risco, através da comparação do nível de
risco com referências pré-determinadas, objectivos fixados ou qualquer outro critério (Sousa Uva
et al, 2004).
Para Bovy (2008) todo megaevento apresenta uma estrutura padrão com as áreas de gestão e suas
respectivas funções. Uma delas é referente à comissão de monitoramento, a qual é responsável
por todo o monitoramento do megaevento, pela gestão dos riscos e contingências, pela troca de
informações e conhecimentos por meio dos treinamentos.
O monitoramento dos megaeventos tem como objectivo reduzir os possíveis riscos que podem
ocorrer durante o evento. Quando surgem grandes problemas, os planos de contingência e os
esquemas alternativos devem ser encontrados sobre liderança do centro de monitoramento
(Bovy, 2008).
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2.9.1Princípios de gestão de calamidades
Segundo o boletim da república na lei 15/2014 no artigo no 4 Constituem princípios de
gestão das calamidades os seguintes:
2.9.2.Princípio de solidariedade
O princípio da solidariedade caracteriza a motivação individual e colectiva de apoiar as pessoas
afectadas pelas calamidades;
2.9.3.Princípio de justiça
O princípio de Justiça compreende a universalidade e a equidade:
A equidade significa que a gestão de calamidades beneficia de modo igual a todos os cidadãos
afectados, tendo em conta as prioridades ditadas pela especial condição de vulnerabilidade de
determinadas pessoas ou grupos de pessoas.
2.9.4.Princípio de eficiência
A eficiência significa que a gestão das calamidades é feita de acordo com as políticas, planos e
estratégias de prevenção e mitigação das calamidades, visando impedir ou reduzir o impacto na
vida das pessoas;
2.9.5.Princípio de racionalidade
A racionalidade significa que a gestão das calamidades deve ser feita de modo a que os recursos
disponíveis beneficiem a todos os afectados.
A gestão das calamidades deve ser feita tendo em conta a solidariedade, a participação das
pessoas afectadas, das associações cívicas e organizações não-governamentais, bem como a
cooperação internacional.
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CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA
3.2.Pesquisa Bibliográfica
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública
em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio,
gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão.
Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou
filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido
transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas. Iremos observar livros da INGC
que falam a cerca dos planos de contingência.
25
Para este método a colecta de dados será baseado em consultas bibliográfica e outros materiais
físicos existente para poder subsidiar o estudo em causa.
3.2.3 Técnicas de pesquisa
De acordo com MARCONI E LAKATOS (2003) Técnica é um conjunto de preceitos ou
processos de que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou nonnas,
a parte prática. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos.
3.2.3.1 Observação
Utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em
ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenómenos que se deseja estudar. Pode ser:
Sistemática, Assistemática; Participante, Não-participante; Individual, em Equipe; naVida Real
(Markoni 2003).
3.2.1.Observação Directa
Segundo SEVERINO (2003:36) a observação directa é aquele em que o pesquisador procura
observar no terreno para melhor compreender as causas do fenómeno ou problema de estudo,
abstendo-se de anotações e possíveis conclusões. Para este método bibliográfico o estudo será
feito no campo para maior percepção das causas que lidam com planos de contingência na gestão
de calamidades.
Para esta técnica iremos fazer uma observação nas zonas mas afectadas do distrito de Machanga
para ver quais são factores que influenciam as cheias nestas zonas.
3.2.2.Inquérito
Para AMARAL (2001:133) o inquérito é uma técnica baseada num conjunto de perguntas
previamente preparadas dirigidas para o grupo pesquisado. Esta técnica servirá para colher
informações da população do distrito de Machanga para avaliar o nível de satisfação da mesma a
cerca das assistências efectuadas pelo INGC no momento da ocorrência e depois da ocorrência
das cheias.
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CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÀLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
60000
número de habitantes por posto
50000
adiministrativo
40000
30000
20000
10000
0
Divinhe Chiloane Machanga Sede total
Numero de habitantes 11147 16538 31188 59000
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4.2.Conhecimento da existência do Instituto Nacional de Gestao de Calamidades por parte
da populacao local
Para melhor compreender o problema estudado foi feito um inquerito a populacao residente no
distrito de Machanga,cujo resultados são apresentados a seguir.
Foram inqueridos 250 pessoas na primeira questao, onde 60 pessoas disseram que já ouviram
falar do INGC o que corresponde cerca de 24%, 190 disseram que ainda não ouviram falar o
que corresponde cerca de 76% dos entrevistados.
Na segunda (2) questao: 50 pessoas disseram que conhecem na INGC no distrito de Machanga o
que corresponde cerca de 20% dos inqueridos e 200 pessoas diseram não conhecem o que
corresponde cerca de 800 das pessoas inqueridas.
Quando perguntamos a cerca do papel que o INGC tem 40 pessoas disseram que conhecem o
papel que a instituicao possui a nivel do distrito o que corresponde cerca de 16% e 210 pessoas
disseram que não conhecem o papel do INGC o que corresponde cerca de 84% dos inqueridos.
250
210
200
200 190
150
100
60
50
50 40
0
Sim Não
28
4.3. Nivel de assistencia da INGC no distrito de Machanga segundo os inqueridos
Nesta questão a nossa maior preocupação foi perceber o nível de assistência que a população
atribui para INGC, para esta questão também foram 250 pessoas a respondê-la no inquérito e nos
possibilitou a seguintes dados por conhecer:
Primeira questão- nas 250 pessoas inqueridas na primeira questão onde procuramos saber se no
momento das Cheias o INGC fornece alimentos suficientes para o distrito de Machanga, 30
inqueridos responderam sim o que corresponde cerca de 12%, 60 pessoas responderam não o que
corresponde a cerca de 24 % e 155 pessoas o que corresponde a cerca de 64% disseram que não
sabem.
Segunda questão – nas 250 pessoas inqueridas na segunda questão onde perguntamos se a
INGC, tem recursos humanos e matérias suficientes para socorro da população no momento das
cheias 19 inqueridos responderam sim o que corresponde cerca de 7.6%, 81 responderam não o
que corresponde cerca de 32.4%, e 150 inqueridos disseram que não sabem o que corresponde
cerca de 60% dos inqueridos.
Terceira questão- nas 250 pessoas inqueridas quando perguntamos se no momento das cheias
são evacuados para areas seguras a tempo 100 inqueridos responderam sim o que corresponde a
cerca de 40%, 150 inqueridos responderam não o que corresponde a cerca de 60 % e nesta
questao nenhum inquerido disse que nao.
29
180
150
155 150
160
140
120
100
100
81
80
60
60
40 30
19
20
0
0
Sim Não Nao sabe
1 -No momento das Cheias a INGC fornece alimentos suficientes para o teu distrito ?
2 - A nivel do teu distrito a INGC tem recursos humanos e materiais suficientes para a ajudar a
populacão no momento das cheias?
3 - No momento das cheias são evacuados para areas seguras a tempo ?
Sim
22%
Não
78%
30
4.5.Pessoas afectadas pelas cheias no distrito de Machanga
. O número de pessoas afectadas pelas cheias no distrito de Machanga por posto
administrativo é explicada pela densidade populacional que cada posto administrativo possui e
pelas vulnerabilidades a eventos calamitosos em que elas se encontram.
45000
40000
35000
30000
25000
adiministrativo
20000
15000
10000
5000
0
Chiloane Divinhe Machanga Sede total
2015 2000 3500 23000 28500
2016 3000 10000 20000 33000
2017 6000 10000 30000 46000
31
população afectada e em 2017 registou cerca de 30000 afectados o que corresponde
cerca de 96% da população.
Sendo o posto administrativo de Machanga sede o mais afectado pelas cheias no distrito de
Machanga devido a sua localização geográfica o ano 2017 foi o ano que registou o maior número
de afectados seguidos do ano 2016,as cheias nestes 3 anos afectaram com grande intensidade o
posto administrativo de Machanga sede e Divinhe.
32
Os recursos materiais que foram usados durante o ano 2015, 2016 e 2017 para dar assistência aos
afectados no distrito de Machanga, em 2015 foram encaminhados 500 chapas, em 2016 foram
650 chapas criando uma subida de cerca de 23% em relação a 2015, em 2017 foram 450 chapas
registando uma descida em cerca de 30.7%, em 2015 foram 120 barrotes disponíveis, 2016
foram 100 barrotes disponíveis criando um decréscimo de 16.6%,2017 foram 70 barrotes criando
um decréscimo de cerca de 30 % em relação ao ano anterior, foram disponibilizados 30 baldes
em 2015, 60 baldes em 2016 registando uma subida de 100% em relação ao ano anterior, e em
2017 foram disponibilizados 50 baldes registando um decréscimo de cerca de 16.6%, em 2015
foram disponibilizados 19 colchoes,2016 25 colchões registando um acréscimo em c 24%, em
2017 disponibilizaram 18 colchões criando um decréscimo em cerca de 25% em relação ao ano
anterior, botas plásticas disponibilizadas em 2015 foram 13,em 2016foram 14 registando uma
subida de cerca de 7%,em 2017 foram 17 registando uma subida em cerca de 21%, quites de
abrigo disponível em 2015 foram 13, 2016 foram17 quites registando um acréscimo em cerca de
30%, em 2017 foram 19 registando um acréscimo em cerca de 15% em relação ao ano anterior,
rolos plásticos disponibilizados em 2015 foram 10,em 2016 foram 12 rolos registando um
acréscimo de duas unidades o que corresponde a cerca de 20% e em 2017 foram 9 rolos o que
representa o decréscimo na ordem dos 30% em relação ao ano anterior, rolos de arrame
queimado foram disponibilizados cerca de 7 em 2015, 7 em 2016 e 11 em 2017 registando uma
subida de 4 unidades o que corresponde cerca de 36.3 unidades, mantas disponibilizados em
2015 foram 26, 2016 foram disponibilizadas 50 registando um acréscimo em cerca de 92.3% e
em 2017 foram disponibilizados 40 mantas criando um decréscimo de 10 unidades em relação ao
ano anterior o que corresponde 20%, em 2015 foram disponibilizados cerca de 6 tendas, em 2016
foram disponibilizados 4 criando um decréscimo de 33% e em 2017 7 mantas criando um
acréscimo de cerca de 75%.
Os recursos são disponibilizados de acordo com a necessidade em que o local encontra por isso
um dos factores chaves que explica a oscilação de recursos disponíveis em cada ano no gráfico 2.
É a questão de números de afectados registados em cada ano e recursos disponíveis também em
cada ano para poder suportar as questões de logística após as cheias.
33
O Distrito de Machanga para assuntos de emergência conta com 24 comités locais de gestão de
risco de calamidades e a nível do Governo esta institucionalizado um (01) conselho Técnico de
gestão de calamidades.
Com estas estruturas criadas se pretende fazer face respostas as emergências no Distrito de
Machanga (garantir mecanismo de prevenção e mitigação).
4.5.2.Operações de Busca e Salvamento
Sob a coordenação da Unidade Nacional de Protecção Civil (UNAPROC), que integra o INGC,
Ministério da Defesa Nacional (MDN), Ministério do Interior (MINT) e Cruz Vermelha de
Moçambique (CVM), as operações de busca e salvamento serão realizadas em caso de
emergência para salvaguardar a vida das populações afectadas ou em risco.
quantidade necessario,disponivel e defice
120
100
80
60
40
20
0
Necessa Disponiv Deficil Necessa Disponiv Deficil Necessa Disponiv Deficil
rio 2015 el 2015 2015 rio 2016 el 2016 2016 rio 2017 el 2017 2017
Barcos 5 2 3 4 2 2 6 2 4
Motor de Barco 5 2 3 4 2 2 6 2 4
Remos 20 10 10 16 8 8 17 15 2
Colete Salva Vidas 40 23 17 27 13 14 29 22 7
Boias Salva Vidas 8 5 3 8 4 4 12 10 2
Botas de Borracha 29 18 11 24 10 14 32 28 4
Capas de chuva 30 19 11 20 8 12 28 22 6
Lanternas 16 12 4 16 8 8 17 15 2
total 153 91 60 119 55 64 147 116 31
Ano 2015 – existia uma necessidade de 153 equipamentos de busca e salvamento diverso, foram
disponibilizados 91 itens que corresponde cerca de 59.4%,o défice foi de 60 itens o que
corresponde cerca de 40.6%.
34
Ano 2016 – existia uma necessidade de 119 equipamentos, foram disponibilizados 55 o que
corresponde a cerca de 46.3% e o défice foi de 64 equipamentos o que corresponde cerca de
53.7%.
Ano 2017 – existia uma necessidade de 147 equipamentos, foram disponibilizados 116 o que
corresponde cerca de 78.9% e o défice foi de 31 equipamentos o que corresponde cerca de
21.1%.
No distrito de Machanga foi possível notar a presença da sociedade civil que ajuda ao INGC nas
acções necessárias, o INGC no distrito de Machanga conta também com ajuda da cruz vermelha
nas acções de busca e salvamento, fornecimento de pessoal técnico para assistir os afectados e
quando necessário a CVM fornece barco para poder ajudar a transportar as pessoas afectadas
para zonas seguras.
35
ASSISTENCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO DISTRITO DE
MACHANGA NO PERIODO 2015-2017
70
60
50
40
30
20
10
0
Necessar Disponiv Deficil Necessar Disponiv Deficil Necessar Disponiv Deficil
io 2015 el 2015 2015 io 2016 el 2016 2016 io 2017 el 2017 2017
Cereais (ton) 26 10 16 28 12 16 30 11 19
Feijão (ton) 5 2 3 6 4 2 6 2 4
Óleo (ton) 2 1,5 0,5 3 2 1 5 3 2
Açucar (ton) 3 2 1 5 1 14 6 4 2
Sal (ton) 1 1 0 2 1 1 6 5 1
Ração de reserva (ton) 8 6 2 10 2 8 8 3 5
BP5 (ton) 1 1 0 2 1 1 3 1 2
total (ton) 46 23,5 22,5 56 21 43 64 29 35
Ano 2016 - o distrito de Machanga tinha uma necessidade estimada em cerca de 56 toneladas de
diversos alimentos, deste foram disponibilizados cerca de 21 toneladas o que corresponde cerca
de 37.5%, tendo um défice de 43 toneladas o que corresponde a cerca de 62.5%.
Ano 2017 – o distrito de Machanga tinha uma necessidade de 64 toneladas, destes foram
disponibilizados 29 toneladas o que corresponde cerca de 45.3%, registando um défice de 35
toneladas o que corresponde cerca de 54.7%.
Portanto assume-se que o ano 2015 foi o ano que houve maior necessidade em relação aos outros
anos e foi o ano em que foram disponibilizados maiores quantidades de produtos alimentares as
36
vitimas das cheias e por sua vez não foi o ano que registou maiores vítimas das cheias
demonstrando assim uma distribuição de produtos alimentares. Isto em algum momento pode ser
explicado pela disponibilidade de recursos por cada ano.
4.5.4.Centros de acomodação
No distrito de Machanga existem os seguintes Centros de acomodação
NO Centros de acomodação temporário
1 Missão católica
2 EPC de Mupine
1 Beiapeia-I
2 Beiapeia-II.
4.6.Análise do risco
Por outro lado, o acentuado nível de exposição do distrito de Machanga ao perigo de
inundações está relacionado com os seguintes aspectos:
Topografia irregular do distrito;
Existência de bairros construídos nas zonas baixas e próximas a bacia do Save;
Inexistência ou deficiente Funcionamento de sistemas de escoamento das águas pluviais e
residuais Na vila sede;
O despejo desenfreado dos resíduos sólidos nas valas de drenagens e as irregularidades
na limpeza e manutenção das mesmas na vila sede.
37
também a análise de risco de epidemias como malária e cólera pelo sector da saúde (MISAU) e
respectiva ligação com os factores ambientais e a análise da situação de segurança alimentar.
38
4.6.3. A Gestão do Risco de Desastres no distrito de Machanga
A Gestão do Risco de Desastres é um processo permanente de análise, planeamento, tomada de
decisões e implementação de acções destinadas a identificar, prevenir e reduzir as possibilidades de um
fenómeno potencialmente destrutivo causar danos ou perturbações graves na vida das pessoas, nos
meios de subsistência e nos ecossistemas dos territórios, assim como responder adequadamente em
caso de impacto e recuperar os meios de vida, serviços e sistemas após a ocorrência de um desastre
segundo (PDRRD).
No distrito de Machanga a gestão prospectiva, reactiva, correctiva dos riscos de inundações é elaborado
pela delegação provincial de Sofala nos aspectos de análise, planeamento, tomada de decisões e
implementação de acções destinadas a identificar, prevenir e reduzir, porque a nível distrital não
existem recursos humanos a disposição ou qualificados para exercer estas actividades.
39
Revisar e estudar os riscos de cada posto administrativo, revisão de recursos: humanos e
materiais, assistências diversas, grupos de busca e salvamento, abrigos provisórios e
acampamentos temporários existentes nos postos administrativos;
Incentivar os membros da delegação distrital a buscar por novas possibilidades de auxílio a
população e soluções para problemas recorrentes aos desastres que assolam o distrito;
Buscar junto aos órgãos competente os benefícios que possam melhorar a condição de vida aos
residentes, montando projectos para retirada de casas em situação de risco, limpeza e
preservação de rios e nascentes, elaborar junto aos órgãos da prefeitura um crescimento
ordenado do município em harmonia com a biodiversidade existente no local.
40
CAPITULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1.Conclusão
Após a realização da pesquisa notou-se claramente que a actualização dos planos de contingência é
feito de acordo com a necessidade que a instituição que o gere possui, a actualização é realizada
mediante os dados dos acontecimentos passados.
O distrito de Machanga é afectado em grandes proporções pelas cheias atingindo assim um número
significativo da população residente neste distrito sendo a vila sede do distrito o mais afectado pelas
cheias, seguido do posto administrativo de Divinhe.
O posto administrativo de Machanga sede registou um número significativo de afectados nos 3 anos de
estudo em algum momento por ser o mais povoado dos três existentes naquele distrito e pela sua
localização geográfica que se encontra aos redores da bacia do Save.
No distrito de Machanga quando estamos a nos aproximar da época chuvosa onde é que regista-se as
inundações elas são antecipadas pela Realização de simulações de ocorrência de situação de
emergência envolvendo os principais actores do governo, sociedade civil, parceiros e a população local
com o intuito de aprenderem a se portar no caso de acontecer este mal que é previsto.
Em relação a exposição do risco das calamidades (cheias),o Posto administrativo de Machanga sede
tem um risco actual tendo em conta que esta exposta a um risco actual no caso de ocorrência de
inundações por possuir residências nas proximidades da bacia do save.
41
5.2.Recomendações
5.2.1. Ao INGC
Recomenda-se que após o anúncio de eventuais calamidades as autoridades competentes
possam dar inicio a evacuação da população nas zonas de risco para poder minimizar o número
de afectados;
Os recursos a serem disponibilizados para o apoio as pessoas afectadas que estão nos locais de
reassentamento e nas zonas afectadas devem ser significativos de modo a responder as
necessidades básicas da população;
A contratação de pessoas especializadas na gestão de riscos como actuários e outros para poder
avaliar impactos causados pelas cheias e poder desenhar um modelo de gestão capaz de
melhorar as ocasiões futuras;
A criação de um departamento distrital que possa gerir duma maneira autónoma os
equipamentos de busca e salvamento;
Construir um sistema de drenagem das águas que possibilite o escoamento das águas em
momentos de inundações;
Aquisição de meios circulantes terrestres e marítimos suficientes que pertencam exclusivamente
ao distrito para poder facilitar no monitoramento a nível das zonas que frequentemente são
afectadas pelas cheias;
Aumentar o recurso humano ao nível do distrito;
5.2.2.A população do Distrito de Machanga
Recomendamos que a população local compareçam nas campanhas de ensaio de como se portar
no momento das cheias fornecidas pelo instituto nacional de gestão de calamidades para se
inteirarem mas do que eles fazem e da finalidade do mesmo.
A população deve obedecer os avisos prévios que a INGC tem dado antes da ocorrência das
cheias para estarem nas zonas seguras.
5.2.3.Aos futuros pesquisadores
Que busquem avaliar os planos de contingência de modo a se adequar com o distrito de
Machanga em questões necessidades.
42
CAPITULO VI: REFERÊNCIAS E ANEXOS
6.1.Referências
Elaboração de Plano de Contingência Apostila do aluno 1ª Edição Brasília – DF 2017
ASTRO, António. Luiz Coimbra Ministério da integração nacional Secretaria de defesa civil
Manual de planeamento Em defesa civil Volume ii.
MARCONI e LAKATOS Fundamentos de Metodologia Científica 5 Edição São Paulo Editora
Atlas S.A.
GOODE, William J., HATI, Paul K. Métodos em pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Nacional,
1968. Capítulo 21.
Plano de contingência para a época chuvosa e de ciclones 2016-2017 (INGC).
SOUSA, J., Riscos dos agentes biológicos: manual de prevenção. Lisboa – 2ª Edição, IDICT,
Lisboa, 2001.
LEI n.º 15/2014 de 20 de Julho que Estabelece o regime jurídico da gestão das calamidades,
compreendendo a prevenção, mitigação dos efeitos destruidores das calamidades,
desenvolvimento de acções de socorro e assistência, bem como as acções de reconstrução e
recuperação das áreas afectadas.
Plano Director para a Redução do Risco de Desastres em Moçambique para o período 2017-
2030.
Plano de contingência 2015/2016 do Instituto nacional de gestão de calamidade.
43
6.2 .Anexos
Assembleia da República:
Lei n.º 15/2014:
Estabelece o regime jurídico da gestão das calamidades, compreendendo a prevenção, mitigação dos
efeitos destruidores das calamidades, desenvolvimento de acções de socorro e assistência, bem como as
acções de reconstrução e recuperação das áreas afectadas.
CAPÍTULO I
Disposições gerais
ARTIGO 1
(Objecto)
1. A presente Lei estabelece o regime jurídico da gestão das calamidades, compreendendo a
prevenção, mitigação dos efeitos destruidores das calamidades, desenvolvimento de acções de socorro
e assistência, bem como as acções de reconstrução e recuperação das áreas afectadas.
2. O objectivo referido no número anterior é prosseguido através de actividades multissectoriais
e pluridisciplinares, envolvendo as estruturas da sociedade e os cidadãos individualmente, casos de
calamidades já consumados, mas também prevenir a sua ocorrência ou os seus efeitos no futuro,
mediante uma postura proactiva.
3. A execução das acções de gestão de calamidades deve ser efectuada de forma
descentralizada, observando-se as competências dos órgãos de administração pública das circunscrições
territoriais abrangidas, sem prejuízo do princípio de ajuda mútua órgãos centrais do Estado.
44
4. A gestão de calamidades é desenvolvida em todo o território nacional, podendo ser
desenvolvida fora do território nacional no quadro de compromissos internacionais e em cooperação
com outros países ou com organizações internacionais.
ARTIGO 2
(Âmbito de aplicação)
A presente Lei aplica-se aos órgãos e instituições da administração pública e aos cidadãos e outras
pessoas colectivas públicas ou privadas, que no desempenho das suas funções concorrem para
prevenção e mitigação das calamidades.
ARTIGO 3
(Gestão das Calamidades)
A gestão das calamidades compreende as políticas, os planos e estratégias de prevenção e mitigação,
visando impedir ou reduzir o impacto das calamidades na vida das populações ou comunidades.
ARTIGO 4
(Princípios)
Constituem princípios de gestão das calamidades:
a) O princípio da solidariedade caracteriza a motivação individual e colectiva de apoiar as pessoas
afectadas pelas calamidades;
45
iv. A racionalidade significa que a gestão das calamidades deve ser feita de modo a que os recursos
disponíveis beneficiem a todos os afectados.
A gestão das calamidades deve ser feita tendo em conta a solidariedade, a participação das pessoas
afectadas, das associações cívicas e organizações não-governamentais, bem como a cooperação
internacional.
ARTIGO 5
(Cooperação de outras organizações)
1. As organizações públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras, cujo objecto concorra para a
gestão das calamidades têm o dever especial de, no caso de iminência ou da ocorrência de calamidade,
cooperar, sujeitando-se às instruções do órgão do Estado responsável pela gestão de calamidades.
2. Sempre que se prevejam ou ocorram calamidades, tanto as populações como as diversas
entidades públicas ou privadas cujo objecto concorra para a gestão de calamidades, desencadeiam por
sua iniciativa as medidas apropriadas, de acordo com os planos e programas estabelecidos.
3. Quando, nas situações referidas no número anterior, a entidade responsável pela gestão de
calamidades àquele nível deve solicitar apoio e, se necessário, intervenção da entidade de escalão
imediatamente superior.
CAPÍTULO II
Medidas de prevenção e mitigação
ARTIGO 6
(Prevenção)
1. A prevenção toma como base a história das calamidades ocorridas, a análise dos respectivos
impactos, os estudos de causar calamidades no nosso país e no mundo.
2.prevenção de fenómenos hidro meteorológicos que possam causar calamidades.
3. Compete ao Governo regular, também, o controlo dos abalos sísmicos e as previsões de
mudanças de tempo, tendo em vista a emissão de avisos e alertas às comunidades locais.
ARTIGO 7
(Medidas de carácter preventivo)
46
1. O Conselho de Ministros aprova a legislação relativa a edificação e outros empreendimentos
que os torne mais resistentes ao impacto das calamidades, nomeadamente cheias, ciclones, incêndios e
outros.
2. Compete aos governos provinciais e ao representante em vigor da presente Lei, as zonas de
risco de calamidades nas respectivas áreas de jurisdição, onde é interdita a construção de habitações,
mercados e outras infra-estruturas, excepto mediante aplicação de tecnologias de construção adequadas.
3. O órgão de coordenação de gestão de calamidades promove cursos de formação em matéria
de gestão de calamidades para as entidades públicas, privadas e outras, sobretudo a nível local.
ARTIGO 8
(Mitigação)
1. A mitigação toma como base a história das calamidades país e no mundo.
2. A mitigação constitui um conjunto de medidas que visam impedir ou reduzir o impacto das
calamidades, em particular as causadas pelas secas, cheias ou ciclones.
3. Compete ao Governo promover a produção de culturas resistentes à seca.
ARTIGO 9
(Prontidão)
As estruturas de gestão das calamidades devem manter-se sempre prontas para acções de emergência.
ARTIGO 10
(Prontidão operacional)
1. A prontidão operacional é o estado de preparação de condições de resposta imediata às
calamidades, nomeadamente o plano operativo, formação, educação cívica, simulação, reservas
47
f) Selecção atempada de alternativas de reassentamento, tendo em conta a vontade e cultura das
populações;
g) Manutenção em estado operacional do equipamento afectado à emergência;
h) Realização de acções correctivas de modo a se preparar melhor para gestão de situações futuras;
i) Resposta pronta aos comandos do órgão executivo de gestão de calamidades;
j) Representação nas reuniões do órgão operativo de emergência por dirigentes autorizados e
abalizados;
k) Preparação de planos previsionais para o restabelecimento pós calamidades e melhoria da situação
anterior, nomeadamente projectos de criação de emprego para pessoas afectadas e vulneráveis, maior
capacidade para enfrentar calamidades futuras, o reforço das infra-estruturas visando o
desenvolvimento da comunidade e a redução da sua vulnerabilidade;
l) Preparação antecipada de contratos-modelo para a aquisição de bens e serviços de urgência, nos
termos do Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado e a negociar previamente com potenciais fornecedores de bens e
serviços em período de emergência.
ARTIGO 11
(Prontidão estratégica)
1. A prontidão estratégica é o estado de preparação sistemática do país para prevenir potenciais
efeitos das alterações climáticas e reduzir a sua vulnerabilidade às calamidades.
2. A prontidão estratégica compreende a identificação de potenciais alterações climáticas,
legislação, educação.
ARTIGO 12
(Planos de contingência)
O Governo aprova anualmente planos de contingências, tomando como base as previsões climáticas.
ARTIGO 13
(Planos de gestão de calamidades)
48
Sem prejuízos de outros que se mostrarem necessários, integram o plano nacional de gestão de
calamidades, planos de previsão de riscos de ocorrência de:
a) Cheias;
b) Inundações;
c) Seca;
d) Ciclones;
e) Incêndios;
f) Queimadas;
g) Epidemias;
h) Erosão;
i) Aluimentos de terras;
j) Derrames de hidrocarbonetos.
ARTIGO 14
(Demarcação das zonas de risco)
O Governo garante a demarcação das zonas de risco susceptíveis de serem afectadas por calamidades,
bem como as medidas de prevenção e de mitigação dos respectivos efeitos, tomando em conta a
vulnerabilidade, meios de sobrevivência, padrões básicos de segurança alimentar e acordos de
assistência humanitária.
ARTIGO 15
(Sistema de aviso prévio)
1. O sistema de aviso prévio é coordenado a nível central pela instituição de coordenação de
gestão das calamidades e integra as diferentes instituições responsáveis pela previsão e monitoria de
fenómenos susceptíveis de causar calamidades.
2. O aviso prévio pode ser local ou nacional, conforme a área territorial abrangida pelo risco de
ocorrência da calamidade.
CAPÍTULO III
Sistema de alerta
ARTIGO 16
(Sistema de alerta)
49
1. O sistema de alerta compreende, designadamente alerta amarelo, laranja e vermelho:
a) O alerta amarelo é activado quando há previsão de ocorrência de um fenómeno susceptível de causar
danos humanos ou materiais;
b) O alerta laranja é activado quando há eminência de ocorrência de um fenómeno capaz de causar
danos humanos e materiais;
c) O alerta vermelho é activado quando os danos humanos e materiais estão a ocorrer em proporções
tais que poderão transformar-se em calamidade.
2. Compete ao Governo activar os alertas e regular o comportamento exigível às pessoas, aos
órgãos e às instituições públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiros que concorrem para a gestão
das calamidades.
ARTIGO 17
(Emergência)
As calamidades podem produzir emergência local ou nacional:
a) A emergência é local quando atinge unidades territoriais, nomeadamente de povoação, localidade,
posto administrativo, distrito ou província;
b) A emergência é nacional quando atinge, ao mesmo tempo, mais de uma província.
CAPÍTULO IV
Sistema de gestão de calamidades
ARTIGO 19
(Gestão das calamidades)
1. Da política, estratégias, programas e planos de emergência e de contingências, bem como das
respectivas estruturas.
2. A gestão das calamidades é organizada e coordenada pelo Governo.
ARTIGO 20
(Participação dos Serviços de Defesa Civil)
1. Os Serviços de Defesa Civil participam na execução dos planos de emergência,
nomeadamente nas operações de busca e salvamento de pessoas e bens sitiadas, bem como em acções
humanitárias.
50
2. Em caso de eminência ou ocorrência de acidente grave ou calamidade, os governadores
provinciais e os administradores distritais determinam medidas preventivas ou de socorro, mobilizando
e instruindo os Serviços de Defesa Civil públicos ou privados, em particular militares e paramilitares.
ARTIGO 21
(Informação)
1. Os órgãos de comunicação social, públicos ou privados, devem providenciar informação
adequada sobre a gestão das calamidades.
2. Declarado um alerta, os órgãos de comunicação social difundem, a nível nacional, ou local,
os comunicados sobre a gestão das calamidades.
ARTIGO 22
(Ajuda internacional de emergência)
A ajuda internacional de emergência é regulada pelo Governo e compreende a autorização de entrada
de pessoas e bens com vista à ajuda humanitária das populações afectadas.
ARTIGO 23
(Fundo de gestão de calamidades)
1. Compete ao Conselho de Ministros a constituição de um fundo de gestão de calamidades,
permanente e descentralizado, para suportar os encargos dos diversos órgãos e organismos que
intervêm na gestão de calamidades.
2. São fontes do fundo de gestão de calamidades:
a) As dotações do Orçamento do Estado;
b) Doações;
c) Outras.
ARTIGO 24
(Seguros contra calamidades)
1. O Governo promove acções visando a consolidação da cultura de seguros contra
calamidades.
2. Consideram-se nulas as cláusulas apostas em contratos de seguro visando excluir a
responsabilidade das seguradoras por efeito de situação de calamidade formalmente declarada.
51
ARTIGO 25
1. Privadas devem cooperar com os órgãos de direcção, planeamento e coordenação da gestão
de calamidades.
2. A cooperação referida no número anterior desenvolve-se, entre outros, nos seguintes
domínios:
a) Levantamento, previsão, avaliação e prevenção dos riscos provocados por fenómeno natural ou pelo
homem e análise da vulnerabilidade das populações a eles expostos;
b) Estudo de formas adequadas de protecção das pessoas em geral, das instalações, dos serviços
essenciais, das infra-estruturas sócio económicas e do património cultural;
c) Investigação no domínio dos novos equipamentos e tecnologias adequadas à prevenção de
calamidades, busca, salvamento, prestação de socorro e assistência às populações afectadas por
calamidades;
d) Estudos geoclimáticos;
e) Estudos de formas adequadas de preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.
ARTIGO 28
(Colecta de bens destinados à assistência)
1. O Estado encoraja todas as acções tendentes à angariação de bens com vista à prestação de
socorro e assistência às vítimas de calamidades.
2. Com vista a tornar transparente o processo de angariação, canalização e distribuição de
doações nos termos do número anterior, o Conselho de Ministros estabelece os procedimentos para o
respectivo controlo.
52
6.3.Apêndice
Este guião de inquerito semi- estruturada esta inserida no projecto de pesquisa com o tema " análise
dos planos de contingência usados na gestão dos riscos das calamidades (cheias) no distrito de
Machanga província de Sofala no período 2015 - 2017.”. Os dados colhidos serão mantidos em sigilo,
e tem como finalidade a elaboração do trabalho do fim do curso.
1. Idade
20 a 30 anos ( )
30 a 40 anos ( )
40 a 60 anos ( )
1.1 Sexo:
Feminino ( )
Masculino ( )
Sim ( )
Não ( )
Sim ( )
Não ( )
Sim ( )
Não ( )
Não Sabe
3.2.A nivel do teu distrito a INGC tem recursos humanos e materiais suficientes para a ajudar a
populacão no momento das cheias?
Sim ( )
Não ( )
Não sabe
3.3.No momento das cheias são evacuados para areas seguras a tempo?
IV.Nivel de Satisfação
Meu muito obrigado pela atenção e colaborações prestadas para este trabalho
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