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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

TAYSA MARA DE CARVALHO

ESTUDO DE CASO – RESENHA CRÍTICA: Projeto de reforma da previdência tem


mudanças na regra de transição

ITABIRITO
2020
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

TAYSA MARA DE CARVALHO

ESTUDO DE CASO – RESENHA CRÍTICA: Projeto de reforma da previdência tem


mudanças na regra de transição

Estudo de caso apresentado ao Curso de Pós Graduação


à Universidade Estácio de Sá como requisito à obtenção
de pontos da Disciplina Direito Previdenciário.

ITABIRITO
2020
O sistema de previdência brasileiro é um ponto de grande discussão no cenário
atual tendo em vista a discrepância entre custeio e concessão de benefícios, o que a cada
ano vem causando um rombo nas contas públicas.
A previdência social consiste em um sistema compulsório e contributivo de
proteção social, que se difere dos outros nichos que compõe a seguridade social.
Somente tem direito aos benefícios da previdência social aqueles que contribuíram com
o sistema.
Contudo, no decorrer dos anos a receita auferida com as formas de custeio da
previdência social em relação a concessão de benefícios, criaram o “déficit da
previdência” o que gerou a imperiosa necessidade de revisão da legislação atual, com
fulcro de ao final equilibrar as contas da União.
Nesse cenário o ex-presidente Michel Temer reafirmou a necessidade de que a
idade mínima para concessão do benefício de aposentadoria seja de 65 anos
independentemente do gênero do beneficiário (homem ou mulher) visando que, ao final
a medida associada a outras mudanças consiga diminuir o rombo previdenciário.
Além da idade mínima para concessão do benefício, foi proposto que a regra de
transição seja aplicada a todas as pessoas que já estiverem contribuindo quando da
aprovação do novo texto legal, não se restringindo apenas aos homens com mais de 50
(cinquenta) anos e as mulheres com mais de 45 (quarenta e cinco anos), com proposta
inclusive de uma transição relativa a idade mínima para aposentadoria.
A proposta é que com a transição de idade mínima para aposentadoria homens
e mulheres passem a se aposentar com 65 (sessenta e cinco) anos, contudo, seja a idade
mínima fixada gradativamente.
No caso dos trabalhadores rurais a proposta é aumentar o tempo de
contribuição e manter a idade mínima de aposentadoria, 55 (cinquenta e cinco) anos
para mulheres e 60 (sessenta) anos para homens.
Percebe-se que as mudanças propostas pelo Presidente Michel Temer irão
beneficiar os cofres públicos e representarão um retrocesso nos direitos já adquiridos
pelos trabalhadores.
É fato que a previdência social hoje constitui um regime em processo de
falência e caso não seja tomada nenhuma mudança, há o risco de que várias pessoas que
contribuíram com o sistema não tenham, ao final, direito aos benefícios do sistema.
Desta feita, faz-se necessário uma reforma geral da previdência, não só no que
tange a concessão de benefícios como também nas regras de custeio. Hodiernamente
vemos a aplicação de preciosos recursos – que poderiam ser aplicados em outras áreas
como previdência, saúde e educação – sendo desviados por políticos corruptos,
utilizados para verbas de gabinetes, ou pior, direcionadas para o fundo partidário.
É necessário sim uma reforma previdenciária, contudo, primordialmente
precisamos de uma reforma político administrativa, pois, esses gargalos de verbas
públicas podem sim equilibrar as contas da previdência privada sem que se sacrifique os
direitos dos trabalhadores.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.

JORNAL NACIONAL. Projeto de reforma da previdência tem mudanças na regra de transição.


Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/04/projeto-de-reforma-da-previdencia-
tem-mudancas-na-regra-de-transicao.html. Acesso em 03 de maio de 2020.

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