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Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7

Cadernos PDE

II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE
POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS COORDENAÇÃO
ESTADUAL DO PDE

VALDEMIR DA SILVA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIDADE DIDÁTICA

A COOPERAÇÃO NOS JOGOS E ATIVIDADES POPULARES COMO


FACILITADORA DA SOCIALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM DOS CONTEÚDOS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA

ASSSIS CHATEAUBRIAND – PR/ 2014


VALDEMIR DA SILVA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIDADE DIDÁTICA

A COOPERAÇÃO NOS JOGOS E ATIVIDADES POPULARES COMO


FACILITADORA DA SOCIALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM DOS CONTEÚDOS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA

Unidade Didática apresentada para o


acompanhamento das atividades do de
formação do professor no Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE.

Orientador: Prof. Dr. Adelar Aparecido


Sampaio

ASSSIS CHATEAUBRIAND – PR/ 2014


Ficha para Catálogo da Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2014

Título: A COOPERAÇÃO NOS JOGOS E ATIVIDADES POPULARES COMO FACILITADORA DA


SOCIALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM DOS CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Autor: VALDEMIR DA SILVA

Disciplina/Área: Educação Física

Escola de Implementação Colégio Estadual Chateaubriandense.

Município da escola: Assis Chateaubriand - Pr

NRE Assis Chateaubriand - Pr

Professor Orientador: Dr. Adelar Aparecido Sampaio

IES: UNIOESTE- Marechal Candido Rondon

Relação Interdisciplinar: Não faremos

Resumo: A Educação Física necessita encontrar uma abordagem mais


significativa para os sujeitos aprendizes. Com base nisso, focamos
como objeto de estudo, as atividades pautadas na abordagem da
Cooperação, a fim de que se possa diminuir a competição acirrada
existente entre os sujeitos e regatar o prazer da prática da atividade
física, favorecendo a socialização dos mesmos. O objetivo é
proporcionar atividades da disciplina de Educação Física pautadas na
abordagem da Cooperação e socialização. Como referencial
bibliográfico de apoio, são apresentadas ao longo do projeto a História
da Educação Física e suas Tendências Pedagógicas nos períodos mais
marcantes da história da Educação Física. Ainda, trazemos à tona
referenciais sobre os jogos e brincadeiras populares, esporte, a
importância da Educação Física escolar e a abordagem dos Jogos
Cooperativos. A pesquisa será de caráter descritivo sendo que sua
intervenção será realizada de fevereiro a junho de 2015. A mostra será
composta por aproximadamente 30 sujeitos. O instrumento adotado
para coleta de dados será um questionário, composto por questões
fechadas e abertas. Espera-se com essa intervenção que os alunos
desenvolvam posturas e atitudes mais cooperativas, apresentem maior
aprendizado dos conteúdos e maior abertura à socialização.

Palavras-chave:
Educação Física escolar; Jogos cooperativos; Jogos e brincadeiras.

Formato do Material Unidade Didática


Didático:
Público: Alunos do 1º ano do Curso de Formação de Docentes de Colégio
Estadual Chateaubriandense.
TEMA DE ESTUDO:
Jogos e brincadeiras populares:

A COOPERAÇÃO NOS JOGOS E ATIVIDADES POPULARES COMO


FACILITADORA DA SOCIALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM DOS
CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TIPO DE PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO


Unidades Didáticas

PÚBLICO-ALVO
Alunos do 1º ano do curso de Formação de Docentes.

APRESENTAÇÃO / PLANO NORTEADOR

A Unidade Didática é um trabalho que faz parte do Programa de


Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do
Estado do Paraná. É uma das formas de atividades estipuladas como metas
dentro das produções didáticas.
Este trabalho terá como principal alvo os professores de Educação Física
do Ensino Médio e Formação de Docentes com o objetivo de subsidiar e
colaborar nos pressupostos teóricos e práticos da disciplina de Educação Física,
servindo como ferramenta para melhoria da prática pedagógica. Tem como eixo
norteador as Diretrizes Curriculares de Educação Física do Paraná e tem como
conteúdo estruturante Jogos e Brincadeiras bem como os demais conteúdos
propostos para a Educação Física. Os conteúdos Jogos e Brincadeiras
populares apresentam se como opções de atividades que efetivem os Jogos
Cooperativos enfocando também a ludicidade e a inclusão social para uma
efetiva valorização da cultura corporal.
Fazendo uma análise da minha própria prática pedagógica e observando
as aulas de outros colegas da área, fica evidente uma tendência para a
esportivização, as vezes exagerada, o esporte atrelado e sendo utilizado à
competitividade buscando de certa forma vencer a qualquer custo.
Dentro dessa perspectiva acontecem vários problemas no decorrer das
aulas: desinteresse dos alunos, desrespeito aos menos habilidosos, exclusão,
medo, entre outros. Sendo assim este trabalho buscará refletir e mostrar
caminhos e alternativas para tentar mudar esta prática oferecendo através dos
Jogos Cooperativos perspectivas de mudanças e metodologias diferenciadas
para as aulas.
JUSTIFICATIVA
Compreendendo algumas literaturas da área e buscando aplicá-las na
escola o Coletivo de Autores (1992) deixa claro que os trabalhos científicos
desenvolvidos por autores brasileiros e estrangeiros ainda não apontam uma
teoria amplamente aceita na qual se explicite seu objeto de estudo. No entanto,
ao final do Ensino Fundamental, o esperado, de acordo com as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, é que a Educação Física tenha contribuído
para que os alunos tenham se apropriado de reconhecer o próprio corpo, adquirir
uma expressividade corporal consciente e possa refletir criticamente sobre as
práticas culturais (PARANÁ - SEED, 2008).
Na consideração da realidade por nós destacada, alvo de nossas
observações, quando nossos estudantes chegam de séries anteriores ou de
colégios, pouco se pergunta o que este estudante viveu naquele ambiente.
Mesmo esperando que tenham tido as melhores experiências, nem sempre é
assim e muitos deles chegam até nós com diversas dificuldades e sem requisitos
necessários para dar sequência aos seus estudos.
Na Educação Física não é diferente. Para aprender outros conteúdos,
precisamos que este aluno tenha vivenciado situações anteriores que o
qualifique a uma nova fase, em sequência de desenvolvimento crescente. No
entanto, nem sempre é o que acontece e muitos já chegam até nós com
dificuldades, deixando um rastro de interrogações a respeito de: como organizar
situações de aprendizagens, possibilitando suas participações em todas as
atividades no mesmo grau e nível dos outros para que se apropriem do
conhecimento e sejam ampliadas suas possibilidades nas ações humanas?
Conforme orientam as Diretrizes Estaduais (PARANÁ, 2008), esses conteúdos
devem ser aplicados na escola, mas de uma forma diferenciada, simplificada
para não causar ainda mais afastamento e consequentemente dificultar as
aprendizagens.
Considerando essa realidade evidenciada, é importante que se realize um
resgate daquilo que sustenta as condições de aprendizagens para ampliar seus
conhecimentos, oferecendo possibilidades para que o sujeito apreenda a
expressão corporal como linguagem. Neste sentido de ampliação das
possibilidades das ações humanas encontramos uma justificativa para estudar,
compreender e aplicar o esporte e os jogos e brincadeiras populares para os
alunos do ensino de formação de docentes, pois estes conteúdos aplicados
como uma abordagem cooperativa, segundo as Diretrizes Curriculares do
Paraná para a Educação Física (PARANÁ, 2008), podem facilitar a aproximação,
a socialização, aprendizagem motora, e condições para discutir as diversidades
existentes na escola, inclusive mudando regras, participando das atividades sem
a preocupação de ganhar ou perder e consequentemente transferir essas
aprendizagens para todas as ações humanas, fazendo com que o sujeito
aprendiz tenha maiores oportunidades em suas relações sociais.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Proporcionar atividades da disciplina de Educação Física pautadas na


abordagem da cooperação visando o desenvolvimento da aprendizagem e
socialização dos alunos do curso de Formação de Docentes do Colégio
Chateaubriandense.

Objetivos Específicos

 Contribuir para o desenvolvimento de aprendizagem dos conteúdos da


Educação Física;
 Propor atividades para o envolvimento dos sujeitos em todas os
momentos da prática da Educação Física, favorecendo a melhoria da
cooperação e socialização;
 Oferecer subsídios para a reflexão sobre as práticas do esporte na escola;
 Resgatar o prazer do jogo e da participação na Educação Física,
diminuindo a competição acirrada entre os alunos;
 Produzir um artigo com os resultados do estudo.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS PARA CONTEÚDOS DA


DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO BASEADOS NA PEDAGOGIA
HISTÓRICO-CRÍTICA
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado
nas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes
propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação
Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos
capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal
consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de
organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que
possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo
pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas
de Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam
nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões.
Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por
meio da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no
tecnicismo e na desportivização das práticas corporais. Por exemplo: ao se tratar
do histórico de determinada modalidade, na perspectiva tecnicista, os fatos eram
apresentados de forma anacrônica e acrítica. No entanto, no encaminhamento
proposto por estas Diretrizes, esse mesmo conhecimento é transmitido e
discutido com o aluno, levando-se em conta o momento político, histórico,
econômico e social em que os fatos estão inseridos.
Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o
conteúdo ‘teórico’, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha
como eixo central a construção do conhecimento pela práxis (ação – reflexão –
ação), isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão corporal, o
aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre
o movimento corporal, tudo isso segundo o princípio da complexidade crescente,
em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental
quanto no Ensino Médio.
Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação
Física na Educação Básica, embasados na perspectiva histórico-crítica dos
conteúdos (GASPARIN, 2005) é necessário:
1. PARTIR DA PRÁTICA SOCIAL DOS ALUNOS - Para motivar o aluno a
aprender deve-se partir de suas preocupações = tomada de consciência da
realidade e dos interesses dos alunos. Assim, é importante levar em conta,
inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo
proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento
caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do
conhecimento escolar.
2. Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema,
o professor propõe um desafio – PROBLEMATIZAÇÃO – remetendo o aluno ao
cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos prévios,
identificação dos principais problemas postos pela prática e pelo conteúdo,
debatendo-os a partir da visão do aluno. Nesse sentido pode-se transformar o
conteúdo formal em desafios, no sentido de criar uma necessidade para que o
educando, através de sua ação, busque o conhecimento;
Deve detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática
social e, em consequência, que conhecimento é necessário dominar. Por
exemplo, levantar a seguinte questão sobre o jogo: todo jogo é necessariamente
competitivo? Será que existe alguma maneira de jogar sem que exista um
vencedor no final?
3. Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o conteúdo
sistematizado – INSTRUMENTALIZAÇÃO -, para que tenham condições de
assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades
relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal. A
instrumentalização é o caminho através do qual o conteúdo sistematizado é
posto à disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem. Ao incorporá-
lo, o transformem em instrumento de construção pessoal e profissional, pois, não
se adquire o conhecimento por si mesmo e sim para equacionar e/ou resolver
questões sociais que desafiam o professor, os alunos e a sociedade. Ainda neste
momento, o professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias, para
que o jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos estabelecidos.
4. Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos
alunos que criem outras variações de jogo, vivenciando-as. Neste momento, é
possível também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o
processo de ensino/aprendizagem, transformando-se intelectual e
qualitativamente em relação à prática realizada. É a CATARSE, ou seja, a forma
de entender a prática social. É a síntese, momento em que o aluno estrutura em
uma nova forma, seu pensamento sobre as questões que conduziram seu
processo de aprendizado. É a demonstração do ponto de chegada em que o
aluno atingiu, sendo também o momento de avaliação que traduz o crescimento
do aluno, o seu nível superior de conhecimento, a sua apropriação dos
conteúdos.
5. É a confirmação de que aquilo que o educando somente conseguia realizar
com a ajuda dos outros agora o consegue sozinho, ainda que trabalhando em
grupo. Nesse sentido, professor e aluno modificaram-se intelectual e
qualitativamente em relação a suas concepções sobre o conteúdo. Nessa fase
verifica-se o avanço de um estágio de menor compreensão científica a uma fase
de maior clareza e compreensão.
Espera-se que o professor desenvolva um trabalho efetivo com seus
alunos na disciplina de Educação Física, cuja função social é contribuir para que
ampliem sua consciência corporal e alcancem novos horizontes, como sujeitos
singulares e coletivos.
O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não
refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais
historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática
pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar
ideias e atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de
experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos
em que se efetiva, sejam de nossa interação social nos diferentes contextos em
que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

O material didático pedagógico é de fácil aquisição por ter custo baixo,


mas de suma importância tê-los para atingir determinados objetivos. Trata se de
balões; bolas de borrachas, bolas de futsal, vôlei, basquete, handebol; venda
para os olhos; pratinho de ração para cachorro para jogar o frisbee; lençóis,
cones; arcos(bambolês), jornal velho; colchonetes; cordas individuais e corda
coletiva; bolinhas de tênis; barbante.
Módulo 1
Conteúdo: Jogos e Brincadeiras populares
Apresentação e socialização da proposta baseada na
Cooperação
Período previsto: 1º Bimestre Previsão de aulas: 6
Objetivo: Apresentar a proposta de trabalho baseada na Cooperação;
Introdução à abordagem cooperativa através de atividades de socialização.
Ideias chaves a reter: respeito, organização, disciplina, cooperação,
socialização, agrupamento, diversão, aproximação.

O que são jogos cooperativos

Ao destacarmos os jogos cooperativos, podemos compreender que Terry


Orlik (1978), é a principal referência em termos de pesquisa e trabalhos sobre
esse tema. Atividades cooperativas são aquelas em que todos participam sem
ter o compromisso de ganhar, mas sim participar de forma lúdica, prazerosa,
descontraída, descompromissada de ter que vencer sempre. Segundo Orlik
(1978, p. 23):

Os padrões de comportamento fluem dos valores que são


adquiridos durante as brincadeiras e os jogos da infância, dos
modelos que estamos expostos e dos reforços que resultam do
engajamento em certos atos. Em resumo, somos socializados
para tipos construtivos ou destrutivos de comportamento.

Nas palavras de Orlik, nós professores conhecedores do desenvolvimento


das potencialidades humanas devemos proporcionar atividades que venham
construir o sujeito com base nas suas experiências boas vividas principalmente
no ambiente escolar. Essas atividades passam por sensações de prazer, e de
alto-estima.
Orlick (1989) define de forma magistral o que é cooperar: “A cooperação
exige confiança porque, quando alguém escolhe cooperar, conscientemente
coloca seu destino parcialmente nas mãos de outros.” (ORLICK,1989, in
SOLER,2007,p.7)
Platão já desenvolvia uma forma parecida para se desenvolver
conhecimento sobre as pessoas, dizia ele:

É com esse intuito, de conhecer nossos pares através da brincadeira que


podemos aceita-lo melhor. Soler (2003) utiliza de vários segmentos de jogos
para atingir determinados objetivos, são eles:
· Jogos cooperativos para apresentação;
· Jogos cooperativos para aproximação;
· Jogos cooperativos para afirmação;
· Jogos cooperativos para ligação;
· Jogos plenamente cooperativos;
· Jogos cooperativos para descontrair;
· Jogos cooperativos de confiança;
· Jogos cooperativos para resolução de conflitos;
· Jogos cooperativos utilizando paraquedas, este não utilizaremos neste
trabalho. Destacaremos atividades baseando nos seguimentos sugeridos por
Soler (2003):

Jogos cooperativos para apresentação


Jogos cooperativos para aproximação
Jogos cooperativos para ligação
Nestas atividades propostas focalizamos cinco passos fundamentais para
alcançar as expectativas de aprendizagens. 1º Pratica Social Inicial; 2º
Problematização; 3º Instrumentalização; 4º Catarse/Avaliação; 5º Pratica Social
Final.
1º Pratica Social Inicial é, neste sentido, abordar o assunto e deixar
que os alunos pratiquem assim como eles entendem ou aprenderam na sua
vivencia.
2º Problematização se dá a partir da intervenção do professor que gera
algum questionamento sobre aquela pratica.
3º Instrumentalização é exatamente a base que sustenta a ciência, é
ensinar e dar suporte cientifico daquela atividade.
4º Catarse/Avaliação investigar o que ficou e como ficou a atividade
depois de explanado o assunto.
5º Pratica Social Final identifica a construção do conhecimento pela
intervenção do professor.
É importante que o professor utilize estas etapas por conteúdo e não por
atividade. Neste caso aqui utilizaremos o conteúdo Jogos e Brincadeiras, mas o
foco é exatamente a socialização e a cooperação.
Brotto (1997) demonstra o que é jogar de forma cooperativa e como é
jogar de forma competitiva. Aqui fica claro os objetivos de cada segmento,
compare:
Quadro 1: comparação entre situação cooperativa e competitiva

JOGOS COOPERATIVOS JOGOS COMPETITIVOS


Visão de que “tem pra todos” Visão de que “só tem pra um”
Objetivos comuns Objetivos exclusivos
Ganhar juntos Ganhar sozinho
Jogar com Jogar contra
Confiança mútua Desconfiança / suspeita
Todos fazem parte Todos à parte
Descontração / atenção Preocupação / tensão
Solidariedade Rivalidade
Diversão para todos Diversão às custas de alguns
A vitória é compartilhada A vitória é uma ilusão
Vontade de continuar jogando Pressa pra acabar com o jogo
Fonte: Brotto (1997)

1º Pratica Social Inicial: Todos devem expressar aquilo que sabe sobre
atividades cooperativas.
2º Problematização: Por que não vivenciamos mais as práticas
cooperativas na escola?
3º Instrumentalização: assistir ao vídeo.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Wu1_rPba6hI – Paralimpíadas de
Seattle – EUA (1992). Vencer sim, mas sozinho nunca.
Utilizaremos aqui algumas atividades propostas por Soler (2003) na
tentativa de atingir nossas expectativas de aprendizagens

Atividade: Um pouco de mim


Material: não tem
Desenvolvimento: O professor pede para que todos os alunos se
organizem em círculo. Organizando de tal forma que do seu lado direito inicia se
com a letra A do seu nome de forma crescente. Assim, todos terão que perguntar
os seus nomes para que consigam organizar o círculo.
Quando é finalizado o círculo, o professor pergunta de um por um seu
nome completo.
Variações da atividade: O professor vai mudando os questionamentos.
Ex: Pede para que eles se organizem de forma da letra que inicia seu
sobrenome. Depois que eles se organizem de forma da letra que inicia no nome
do seu pai, sua mãe, cidade onde nasceu. Depois uma palavra que define seu
pai, sua mãe. Uma palavra que define o próprio aluno. Essa atividade tem como
objetivo a aproximar e conhecer os amigos da sala.
Atividade: Formando grupos
Os participantes andam livremente pelo espaço do jogo. O professor cria
alguns critérios para formar grupos: cor dos cabelos, nº dos sapatos, mês de
aniversário, comida favorita, cor dos olhos. Sempre terão que ter algo em
comum.

Atividade: Conhecendo com as mãos


Material: Venda para os olhos.

Disposição: Todos em círculo dando as mãos, menos um, que


representará uma cego.
Desenvolvimento: No centro do círculo se colocará um participante
vendado: o cego. Depois de dar três voltas sobre si mesma, se dirigirá a
qualquer pessoa do círculo e apalpará seu rosto para tentar reconhece-la. Se
conseguir, troca de lugar com ela.
No começo dos trabalhos sugiro que diminua a quantidade de pessoas
no grupo. Por exemplo, 5 pessoas em um grupo e um vendado.
Objetivos: * Percepção tátil; * Percepção dos outros; * Vivenciar uma
atividade sem utilizar a visão.
Atividade: Teia
Material: rolo de barbante
Desenvolvimento: De dois em dois, amarra-se a ponta do barbante na
perna próximo do tornozelo dos dois participantes uma ponta em cada um.
Dispersos na sala, ao sinal do professor os alunos começam caminhar entre
eles, de maneira que vai virando uma verdadeira Teia de aranha. Por dois
minutos ou mais caminha se. Ao sinal do professor os alunos deverão parar de
caminhar. O professor então pedirá que comecem a desfazer tudo o que eles
fizeram tentando desemaranhar toda aquela teia. Terá aluno, passando por
baixo, por cima, se arrastando, agachando, etc.
Objetivo da atividade: Cooperação, liderança, aproximação, respeito.

Atividade: Toque Massagem.


Material: não tem
Desenvolvimento: Alunos em círculo, próximos uns dos outros. Um
deverá fazer massagem nas costas e ombros do outro, iniciando para o lado
direito. As técnicas utilizadas são as seguintes: amassar pão, tocar piano, catar
piolho, karate ; Após realizar toda a série, mudar de lado.

JOGOS PLENAMENTE COOPERATIVOS

Atividade: Mantenha o balão no ar


Material: Pacote de balões com cores iguais. (um balão para cada
participante)
Desenvolvimento: Cada aluno recebe um balão e enche-o. Todos
deverão manter seu balão no ar sem toca-lo com as mãos. Pode usar a cabeça,
os pés, o ombro, o peito, a coxa, as costas.
No decorrer da atividade o professor coloca um ou mais balões de cor
diferente, todos deverão manter seu balão no ar e mais o balão diferente.

Atividade: Não deixe o balão cair.


Semelhante atividade anterior, apenas não pode dar toques no balão,
deve manter o balão sempre em contato com o corpo.
Material: Pacote de balões (um balão para cada participante)
Desenvolvimento: Cada aluno recebe um balão e enche-o. Todos
deverão manter seu balão em contato com o próprio corpo. Pode usar a cabeça,
os pés, o ombro, o peito, a coxa, as costas. Não pode bater no balão, apenas
mante lo em contato com o corpo.
Ao final das atividades, todos deverão estourar seu balão, promovendo
mais um momento de descontração e bem estar entre seus alunos.

Jogos cooperativos para

descontrair

Atividade: O nó
Material: não tem
Desenvolvimento: Todos formando um círculo de mãos dadas, exceto
um, que ficará fora do círculo, só observando. As pessoas do círculo devem
passar por cima e por baixo das mãos dos companheiros. Quando tiverem feito
um verdadeiro nó, chamam o observador para desatar o nó. Ele deve indicar
ao grupo qual caminho seguir.
Atividade: Brincando de bicho
Material: não tem
Desenvolvimento: Todos em círculo de mão dadas, o professor dirige as
regras do jogo. Para todos os alunos é dado o nome de um animal, Ex: tigre,
mas isso é falado no ouvido de cada um, ao ponto que ele pense que só “ele” é
tigre. Dito isso o professor explica que quando ele gritar o nome de um animal,
quem tiver o nome deste animal, deverá abaixar se e puxar a mão dos amigos
dos dois lados com ele, se ele conseguir, ganha ponto. Acontece que todos terão
o mesmo nome do animal, e ao grito do professor todos abaixarão e puxarão os
outros. Quando perceberem a brincadeira todos estarão caídos no chão. É uma
grande brincadeira. Discussão: Na gana, e ansiedade de vencer, todos acabam
perdendo.

Atividade: Nó no barbante
Material: 1 Rolo de barbante
Desenvolvimento: Corte vários pedaços de 0,50 cm de barbante e
distribua um pedaço para cada aluno. Todos deverão fazer nó nos barbantes,
mas observando que só pode usar uma mão, hora com a mão direita, hora com
a mão esquerda.

Atividade: Espelho
Material: não tem
Desenvolvimento: De dois em dois, de frente um para o outro. Bate duas
palmas, e faz sinal de positivo, duas palmas e faz sinal de negativo, duas palmas
e faz sinal de positivo para direita, duas palmas e faz sinal de positivo para
esquerda. Quando os dois já estiverem “treinados”, o jogo pode ser mudado, ou
seja, quando os dois fizerem sinais iguais, na mesma posição, terá que tocar no
ombro do outro, quem tocar primeiro pontua.

Atividade: Tocar no companheiro

Material: não tem


Desenvolvimento: De dois em dois de frente um para o outro, um
tentando tocar o outro na perna ou na cabeça. Cada toque na perna vale 1 ponto,
cada toque na cabeça vale 2 pontos. Objetivo é esquivar se e defender se e
fazendo com que o companheiro toque o menos possível em você.

Atividade: Rolo compressor


Material: 15 colchonetes, ou pode se fazer no chão mesmo
Desenvolvimento: Todos deitados um do lado do outro, o primeiro
começa a rolar por cima de todos os outros até chegar no final da coluna. Assim
sucessivamente, até que todos tenha rolado em cima de todos.

Jogos cooperativos de confiança

Atividade: Confiança
Material: não tem
Desenvolvimento: Todos os participantes formando duplas, um de frente
para o outro, com uma pequena distância entre eles e com os braços semi
estendidos e as mãos espalmadas na direção do parceiro. No meio mais um
colega. Este deverá ser impulsionado para ambos os lados, deixando seu corpo
cair até as mãos do colega (Maria mole). Observar para que o peso e estatura
sejam equilibrados para assim favorecer a atividade.
Ao sentir segurança no grupo, pode-se aumentar o número de
participantes, exemplo: quatro, seis..., sempre com somente um no centro do
círculo!

Atividade: Anjo da guarda


Material: Vendas para os olhos
Desenvolvimento: Alunos em duplas. Uma das pessoas será vendada e
a outra deverá conduzir seus passos no caminho indicado e que possui
obstáculos. Uma vez completado o percurso, trocam de lugar.

Atividade: Colunas no escuro


Material: 2 Vendas para tapar os olhos
Desenvolvimento: Em colunas, de olhos vendados, só o último da
coluna, sem venda nos olhos. Cada coluna deve estabelecer um código de sinais
para conduzir-se. Pode ser um toque ou simplesmente falando. Só que o sinal
deve passar do último até o primeiro da coluna.

Atividade: transportando

Material: não tem

Desenvolvimento: Em grupos de 3, um dos alunos será transportado.


Dois alunos une seus braços segurando também nos braços do companheiro de
frente, fazendo uma cadeira, o terceiro aluno sentará nesta “cadeira e será
transportado até determinado local indicado pelo professor.

JOGOS COOPERATIVOS PARA

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

Atividade: Chegar do outro lado sem sair da linha


Material: não tem
Desenvolvimento: Em duas colunas em quantidade igual, em pé, um do
lado do outro, cada uma delas sobre uma linha da quadra. Todos deverão chegar
na outra ponta da coluna, sem sair de cima da linha, ou seja, terão que se se
ajudarem para que o companheiro chegue do outro lado sem sair da linha.

Atividade: Chegar do outro lado usando jornal


Material: folhas de jornais
Desenvolvimento: Em duplas, cada aluno com uma folha de jornal na
mão e um jornal sobrando. Os dois alunos deverão chegar do outro lado da
quadra sem pisar no chão, usando o jornal para ir alternando as posições.
Em busca de uma identidade que nos permita atingir certos objetivos
buscaremos atividade que correspondam com as perspectivas iniciadas, para
tanto a Equipe Multidisciplinar Santos, apostila dos jogos cooperativos 2005
acredita que devemos fazer algumas perguntas quando se trata de jogos
cooperativos. São essas:

O jogo reflete bom humor? Permite que os participantes riam


todos juntos? Reflete a ideia de que, às vezes, faz sentido fazer
coisas que não têm sentido? O jogo estimula a cooperação? Os
participantes podem jogar com os outros e não contra os outros?
Pode-se ter prazer no jogo e não no resultado? O jogo é
positivo? Anima os participantes a apoiarem-se? Há ausência de
comentários críticos? Os participantes se sentem bem durante e
depois do jogo? O jogo é participativo? Entusiasma todos a
jogarem em vez de observarem? Os participantes se sentem
mais unidos depois do jogo? O jogo permite que os participantes
sejam criativos e espontâneos? Permite a recreação, a
possibilidade de mudá-lo? Há igualdade de participantes no
jogo? É um jogo em que o facilitador é também mais um
jogador? Cada participante pode estabelecer seu próprio ritmo?
O jogo evita projeções pessoais e facilita a participação coletiva?
O jogo oferece um desafio? Tem espírito de aventura? O jogo
leva em conta os participantes? Coloca ênfase no
desenvolvimento ou no resultado? O jogo é divertido?
(SANTOS, 2005)

Tendo essas perguntas em mãos, cabe a nós professores buscar as


respostas para elas. Para isso podemos iniciar conhecendo as diferenças entre
os sujeitos envolvidos no processo educacional.
Utilizaremos aqui, algumas atividades sugeridas por Soler (2003) para
atingir nossos objetivos gerais e específicos, pré definidos neste trabalho.
SOLER (2003, p.78)
4º Catarse/Avaliação – Esta poderá ser dialogando com os alunos sobre
competir e cooperar e como é praticar atividades de forma a vivenciar novas
experiências.
5º Pratica Social Final – Os alunos deverão organizar um jogo de acordo
com o que eles vivenciaram nas práticas pautando na cooperação.
Módulo 2
Conteúdo: FUTSAL e FUTEBOL
Período previsto: 1º bimestre Previsão de aulas: 8
Objetivo: Conhecer o universo do futsal e futebol; garantir o direito de acesso
e de reflexão sobre as práticas do futebol. Propor atividade para diminuir
competição acirrada entre os alunos.
Ideias chaves a reter: Cooperação, múltiplas experiências; conhecimento
básicos de técnicas, táticas, regras básicas do futsal.

Para falarmos um pouco mais dos conteúdos da Educação Física é de


suma importância que conhecemos o que diz a lei, então buscamos na
Declaração Universal dos Direitos Humanos Artigo l, explica que “Todos os
seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de
razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade”.
(A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos documentos básicos
das Nações Unidas e foi assinada em 1948. Nela, são enumerados os direitos
que todos os seres humanos possuem).
Conhecendo nossos direitos também conhecemos os direitos dos outros
e passamos a respeita-los mais. Como professor buscaremos fazer com que
todos possam respeitar os direitos de todos e devemos propor atividades que
influenciem esta situação.
Conteúdo – Futebol e Futsal
1º Pratica Social – Levar os alunos na quadra e entregar a bola de futsal
e uma de futebol e observar como eles se organizam;
2º Problematização – Questionamento: Porque vocês jogaram futsal com
aquelas regras, aquela organização e não de outras formas? Porque não
misturaram meninas e meninos? Vocês conhecem todas as regras do futsal? O
que vocês sabem mais sobreo o Futsal? Por que você joga futsal? São vários
questionamentos possíveis de serem feitos. Aproveitar para focar em algum
problema acontecido. Escolha dos times, eventual xingamentos, exageros nos
lances, a própria vitória e derrota também deverá ser utilizada.
O sonho de ser jogador de futebol; Os efeitos da pratica de futsal para a
qualidade de vida; Os salários milionários dos jogadores de futebol;
3º Instrumentalização
Vídeo sobre o sonho de ser um jogador de futebol.
https://www.youtube.com/watch?v=d1zXgDxKmeo parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=r_bq2RdJRas parte 2

Atividade: Futsal cego


Material: 1 bola de futsal; 10 vendas
Desenvolvimento: Duas equipes, todos em duplas, e um com olhos
vendados. Será uma partida de futebol sem goleiros, onde somente o aluno com
venda nos olhos poderá realizar o gol. A função de seu companheiro será de
guiá-lo para finalizar ao gol, sempre de mãos dadas. A venda deverá passar por
todos depois que seu companheiro já tenha feito um gol.

Atividade: Futpar -

Material: Bola de futsal.


Disposição: Duplas de mãos dadas.
Desenvolvimento: É um jogo de futebol normal. Porém, cada equipe é
formada por duplas (ou trios) que devem permanecer de mãos dadas. Jogamos
sem goleiros e ampliamos ao máximo as dimensões do campo (ou quadra).
Dependendo do número de participantes usamos mais de uma bola,
simultaneamente. A cada gol estimulamos novas parcerias, o que propicia um
constante desafio de “boa convivência”. Brotto (2003, p. 121)
Há variações nesta atividade: poderá juntar um menino e uma menina
para dar as mãos e só ameninas chutam para o gol.
Objetivos:
* Estimular a cooperação;
* Propiciar parcerias;
* Desenvolver habilidades motoras, tais como: correr, driblar, saltar,
desvencilhar-se.
Atividade: Futrio
Material: Bola de futsal ou uma bola de borracha macia
Disposição: Alunos em trio, dois de frente segurando as mãos e um aluno
no meio dos dois.
Desenvolvimento: É um jogo de futebol normal. Porém, cada equipe é
formada por trios que devem permanecer de mãos dadas e o que estiver no meio
não poderá sair dali, todos deverão correr juntos.
Poderemos ampliar ao máximo as dimensões do campo (ou quadra).
Dependendo do número de participantes usamos mais de uma bola,
simultaneamente. A cada gol estimulamos novas parcerias, o que propicia um
constante desafio de “boa convivência”.

Atividade: Golf com os pés


Material: 5 bolas, 7 arcos
Distribuição do material no espaço: Os arcos serão distribuídos no espaço
que tiver disponível, lugares longes entre si.
Desenvolvimento: Divide se toda a turma em 5 equipes em números iguais.
Cada equipe com uma bola. É importante numerar a bola para que ao chutarem
essa bola, ela não se misture com as demais. A equipe numerada 1 começa
fazendo um chute que deverá colocar a bola o mais próximo possível do primeiro
arco. O objetivo é colocar a bola dentro do arco com menos chutes possível.
Após o chute da equipe 1, é a vez da equipe 2, assim sucessivamente até todas
as equipes chutarem. Ao terminar é a vez da equipe 1 dar o segundo chute, e
assim sucessivamente. É importante que estejam todos inscritos e o professor
acompanhar para que todos possam fazer o chute, também marcar a quantidade
de chutes foram dados para que a bola entre no arco. No final, ganha-se quem
conseguir colocar a bola em todos os arco com menos chutes.

Atividade: Futbets
Material: Uma bola de borracha, dois cones.
Desenvolvimento: É igual jogar bets, o que muda é: ao invés de rebater
com uma bets/bastão os jogadores deverão chutar a bola e correr para fazer
seus pontos.
Atividade: Meninas e meninos jogando juntos e separados.
Material: 1 bola de futsal
Desenvolvimento: forma se duas equipes de futsal com oito jogadores
cada equipe. Sendo quatro meninas e quatro meninos da mesma equipe, do
outro lado a mesma coisa quatro meninos e quatro meninas. Os meninos ficarão
somente de um lado da quadra e as meninas só poderão ficar do outro lado,
jogando entre si, não se misturam. Uma equipe defende e assim que tiver a
posse da bola passará para o outro lado da quadra para o seu time tentar fazer
o gol. Também do outro lado terá atacantes e defensores, que assim que tiver a
posse da bola consequentemente passará para sua equipe para tentar fazer o
gol. Dado um tempo inverte as posições, o lado que estava atacando passa a
defender, e o lado que estava defendendo passa a atacar.

Atividade: Entrando no gol com bola e tudo


Material: 1 Bola de Futsal
Desenvolvimento: Duas equipes jogando o futsal naturalmente, a
diferença é que a bola e os jogadores deverão estar dentro da área para fazer o
gol, não terá goleiro e os jogadores adversários de linha não poderão entrar na
área para defender. Para valer o gol, a bola deve estar no ar e tem que estar
pelo menos dois jogadores em contato direto com a bola. Quanto mais jogadores
estiver tocando na bola, mas pontos valem. Ex: 2 jogadores vale apenas 1 gol,
3 jogadores tocando na bola vale 3 gols, 4 jogadores vale 4 gols, assim
sucessivamente.

Atividade: Futsal Jogos de inversão


Essas atividades enfatizam a noção de interdependência, por meio da
aproximação e troca de jogadores que começam em times diferentes. Os jogos
de inversão se dividem em quatro tipos:
Rodízio: os jogadores mudam de lado de acordo com situações pré-
estabelecidas, como por exemplo: após a cobrança de escanteio (futsal); Quem
cobra o escanteio muda de time.
Inversão do goleador: o jogador que marca o gol passa para o outro time.
Inversão do placar: o ponto conseguido é marcado para o outro time.
Inversão total: tanto o jogador que fez o ponto, como o ponto conseguido passa
para o outro time.
Nesta atividade utilizaremos a inversão do goleador. O jogador que marca
o gol passa para o outro time. O jogo só acaba quando todos os jogadores
mudarem de time.
Para apoio neste modulo buscaremos o Livro Didático de Educação Física
do Paraná e o texto “O futebol para além das quatro linhas”. Os alunos farão
pesquisas relacionadas ao futebol sugeridas no Livro e produzirão um texto com
o tema. “o futebol que temos, é o futebol que queremos?”
4º Catarse/Avaliação – Esta poderá ser dialogando com os alunos sobre
como é praticar o futsal de forma a vivenciar novas experiências.
5º Pratica Social Final – Os alunos deverão organizar um jogo de acordo
com o que eles vivenciaram nas práticas.
Módulo 3
Conteúdo: VOLEI
Período previsto: 2º Bimestre Previsão de aulas: 6
Objetivo: Propor momentos de reflexão sobre as práticas do esporte na
escola; Resgatar o prazer do jogo e da participação na Educação Física;
Ideias chaves a reter: Cooperação, múltiplas experiências; conhecimento
básicos de técnicas, táticas, regras básicas do voleibol.

Compreendendo o esporte em
Cooperação

Figura: Interação de alguns valores relacionados à cooperação (CARRERAS, et.


al, 2006)

1º Pratica Social - Levar os alunos na quadra e entregar a bola e a rede


de vôlei e observar como eles se organizam;
2º Problematização Questionamento: Por qual motivo o vôlei foi
inventado? Por que vocês jogaram vôlei e marcaram 25 pontos? Tem como jogar
sem ser tão competitivo?
3º Instrumentalização
Atividade: VOLENÇOL
Material: 1 Rede de vôlei, 1 bola, 2 lençóis
Desenvolvimento: Na quadra de voleibol as duas equipes procuram
lançar a bola para o outro lado, com o auxílio de lençóis. BROTTO (2003,p.107)
O esporte foi inventado com um intuito de provocar nas pessoas a
diversão, o lazer. Como por exemplo o voleibol foi criado para os idosos, já os
outros esportes haviam muito contato e os idosos não podiam participar.
No entanto os esportes em si tem se tornado objeto de lucro de empresas
e desunião de uma sociedade, ou de um determinado grupo. A diversão e o lazer
estão cada vez mais distante, justo porque a competição fez dos grandes
objetivos do esporte ficarem obsoletos, sem valor.
Nosso grande objetivo, da Educação Física é tentar resgatar o prazer do
jogo, do lúdico, da diversão para que conseguirmos dar novos rumos à pratica
esportiva.

Atividade: Voleibol com rede humana


Material: 1 bola de vôlei
Desenvolvimento: Três equipes, não necessariamente com o mesmo
número de integrantes. Uma das equipes fará a vez da rede e as outras duas se
posicionarão na quadra. Cada vez que passar a bola para o outro lado, realizar
um rodízio. Caso a bola vá fora ou a rede tocar na mesma, aquele que cometeu
a infração vem para a rede e o 1º da rede ocupa seu lugar, e assim
sucessivamente. Se os alunos tiverem dificuldade em jogar com as regras
normais, vá adaptando o jogo: arremessando a bola, realizando o 3º passe para
a posição 06, assim todos tocarão na bola. Se o objetivo do jogo for ensinar a
manchete, vale só amortecer a bola com os dois braços, não importando se a
bola der um quique. Assim também com o toque.
*As normas são flexíveis e devem ser adaptadas conforme o nível de
desenvolvimento motor da turma.
Obs.: (Retirado da produção didática pedagógica de PAULA LUÍZA SCHÄFER
KARPINSKI – PDE 2008)
Terry Orlick (1989) dividiu os jogos cooperativos em diferentes categorias,
pois sempre é necessário adequar os jogos aos grupos que se propõem a jogar:
Jogos cooperativos sem perdedores: todos os participantes formam um único
grande time. São jogos plenamente cooperativos. Jogos de resultado coletivo:
permitem a existência de duas ou mais equipes. Havendo um forte traço de
cooperação dentro de cada equipe e entre as equipes, também. O principal
objetivo é realizar metas comuns. Jogos de inversão: enfatizam a noção de
interdependência, por meio da aproximação e troca de jogadores que começam
em times diferentes.
Atividade: Voleibol Gigante Cooperativo
Organização: Igual ao voleibol gigante. 9 jogadores para cada lado, toda
bola é segurada e jogada para o companheiro de equipe, tendo que dar no
máximo 3 passes antes de lança-la para o outro lado.

Desenvolvimento: Sempre que a bola for para o outro lado e for ponto,
o jogador que fizer ponto irá para o outro lado. O jogo termina quando todos os
jogadores das duas equipes tiverem mudado de lado.

Visualização

Figura 1: voleibol gigante cooperativo

saque
9 1
saque

Fonte: Silva (2014)

4º Catarse/Avaliação Os alunos deverão repensar em suas práticas.


5º Pratica Social Final – Os alunos deverão organizar um jogo como o
objetivo de cooperação.
Módulo 4
Conteúdo: BEISEBOL
Período previsto: 2º Bimestre Previsão de aulas: 6
Objetivo: Diminuir competição acirrada entre os alunos. Melhorias na
coordenação motora, óculo manual; tempo de reação, tomada de decisão.
Ideias chaves a reter: Conceituar o Beisebol; Regras básicas; o beisebol
como componente do currículo.

1º Pratica Social - Levar os alunos na quadra e entregar a bola e o taco


de beisebol e observar como eles se organizam;
2º Problematização Questionamento: como se joga beisebol? O que
vocês sabem sobre esta modalidade? Quem foram os primeiros inventores do
beisebol? Como termina o jogo? Tem como jogar sem ser tão competitivo?
Vamos jogar beisebol?
3º Instrumentalização

Atividade: vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=R8_vY5mVOIY

Atividade: Pesquisa na WEB

Os alunos farão uma pesquisa na WEB e trarão para a aula suas


pesquisas relacionadas ao Beisebol.

Atividade: Beisebol com os pés

Material: 5 cones, 1 bola.


Desenvolvimento: Distribua os cones de maneira que eles fiquem formando um
semi círculo na quadra começando próximo da linha da quadra de futsal onde
ficará uma equipe, esses cones serão utilizados para determinar os pontos dos
corredores em cada chute e corrida. Na quadra, divida a turma em dois grupos
iguais. Um grupo ficará distribuído na quadra, enquanto outro grupo ficará atrás
da linha demarcatória da quadra de futsal. O grupo escolhe um aluno para chutar
a bola e começar o jogo.
O aluno chuta a bola o mais distante possível e sai correndo por detrás
dos cones tentando circular todos os cones ou ir o mais longe possível. Ao
passar pelo primeiro cone, o alunos faz 1 ponto, ao passar pelo segundo cone o
aluno faz 2 pontos, assim sucessivamente. O objetivo é fazer o maior número de
pontos em um único chute.
A outra equipe deverá correr o mais rápido possível e resgatar a bola e
lançar para um aluno (capitão) da sua equipe que ficará próximo da linha final.
Quando a bola chegar no capitão, o aluno que chutou a bola deverá parar
de correr. A soma dos pontos é feita apenas até o local (cone) que ele chegou.
Caso ele esteja no meio do caminho, ou seja entre um cone e outro, ele perde
todos os pontos que ele mesmo conquistou.
Todos deverão chutar. O professor soma a pontuação obtida por todos de
uma equipe e anota. Em seguida alternam, a equipe que chutava, passa a
resgatar a bola.

Figura 2: Beisebol com os pés

3 pontos

4 pontos 2 pontos

5 pontos 1 ponto
chute

Fonte: Silva (2014)


Atividade: Jogando bets
Material: 2 bets (bastão) 1 bola de tênis, 2 garrafinha de agua vazia
no mínimo.
Desenvolvimento: Jogo de bets

Atividade: Beisebol com arcos


Material: 7 arcos; 1 bastão; 1 bola de borracha
Desenvolvimento: Em duplas. Cada dupla receberá um nº
representando a identificação da base. Ao redor do espaço de jogo, distribuem-
se arcos que serão as bases. Todos os participantes se posicionarão em duplas
nas bases, com exceção de uma dupla que ficará no centro. A dupla do centro
terá um bastão e uma bola. Um irá arremessar a bola e o outro rebater. O
rebatedor nesse momento grita o número de uma base. Quem estiver na base
citada terá que ir buscar a bola e tentar entrar em uma nova base antes de outra
dupla. Os outros precisam trocar rapidamente de base. A dupla que ficar sem
base dá início a uma nova rodada.
Figura 3: Beisebol com arcos

Fonte: Silva (2014)

Atividade: Beisebol adaptado.


Material: 1 bastão, 1 bolinha de tênis ou bola de borracha, 5 arcos
Organização: Na quadra distribua os 5 arcos de maneira que eles formem
um círculo, o primeiro arco deve estar a mais ou menos 8 metros do rebatedor
que ficará numa posição próximo à parede da quadra, os outros espalhados em
círculo à frente do rebatedor. Escolhe um aluno para iniciar o jogo rebatendo e
outro para iniciar o jogo lançando. Na parede atrás do rebatedor é desenhado
com giz um quadrado que servirá de alvo para o lançador que ficará na frente do
rebatedor 10 metros, este terá direito de 3 lançamentos, caso seja longe do
rebatedor e fora do quadrado o lançador perderá o direito de lançar e sua equipe
pontuar, sendo que outro lançador entrará no seu lugar, assim sucessivamente,
todos terão o direito de lançar e rebater. O mesmo acontece com o rebatedor,
terá direito de 3 rebatidas, caso erre as tentativas também dará direito a outros
rebatedores, até passar por todos os alunos.
Desenvolvimento: Divida a sala em equipes 6 jogadores, uma equipe
ficará com um bastão e será a rebatedora, a outra terá uma bola de tênis ou de
borracha e será a lançadora. A equipe que começar rebatendo deve escolher 5
alunos para ficar dentro dos arcos distribuídos na quadra e 1 para rebater. A
equipe que lançará a bola terá que espalhar seus componentes na quadra para
resgatar a bola o mais rápido possível. O rebatedor rebaterá a bola deixará o
bastão no chão e sairá correndo até o primeiro arco, o aluno da sua equipe que
estará no primeiro arco deverá correr para o segundo e assim todos deverão
mudar suas posições, o ultimo de do arco passará para o primeiro arco ou ficará
para ser o rebatedor. Cada arco que o rebatedor correr vale 1 ponto. Quando a
equipe resgatar a bola deverá lançar até o aluno base que ficará perto da do
primeiro arco. Ele recebe a bola e entra dentro do arco, impedindo que a outra
equipe continue pontuando. Consequentemente o aluno que ficou fora do arco
será impedido de rebater. O professor irá anotando os pontos de cada rebatedor.
Após todos terem rebatidos, troca de posições, rebatedores e lançadores.
Figura 4: Beisebol Adaptado

LANÇADOR

B3

B2
B4
Bola lançada

Capitão

B1

B5

REBATEDOR

Informação: B1, B2, B3, B4, B5 = Bases


Fonte: Silva (2014)

Atividade: Ajudando os Amigos


Material: Saquinhos de areia ou feijão.
Disposição: Cada participante com um saquinho em cima da cabeça
mantendo o equilíbrio, todos devem passear pelo espaço destinado para o jogo.
Desenvolvimento: Quando um saquinho cair, a pessoa que não
conseguiu equilibrá-lo deve ficar “congelada”. Outra pessoa então deve tentar
pegar o saquinho ajudando seu amigo a “descongelar-se” e seguir no jogo.
Quando abaixar para pegar o saquinho do amigo, se o seu cair, também estará
“congelado”.
Objetivos:
* Estimular a cooperação;
* Reforçar o trabalho em equipe;
* Aprimorar o equilíbrio.
A UNESCO reconhece que:
é necessário reconhecer alguns valores essenciais para a paz e
a convivência ecológica entre as pessoas: respeitar a vida,
rejeitar a violência, ser generoso, escutar para compreender,
preservar o planeta, redescobrir a solidariedade. Esses e outros
valores como: união, amor, colaboração, bondade, paz,
responsabilidade, organização, inclusão ética, são trabalhados
através das VIVÊNCIAS COOPERATIVAS.

Neste se sentido faz se necessário as atividades cooperativas na escola


e principalmente na Educação Física para que nossos jovens educandos
possam sentir esses valores, e que sejam repassados e vivenciados
individualmente para atingir objetivos coletivos.

4º Catarse/Avaliação Os alunos deverão montar um painel com


explicações sobre o beisebol.
5º Pratica Social Final – Os alunos deverão organizar um jogo como o
objetivo de cooperação.
Módulo 5
Conteúdo: HANDEBOL
Período previsto: 2º Bimestre Previsão de aulas: 6
Objetivo: Identificar princípios cooperativos no handebol,
Ideias chaves a reter: Formas diferenciadas do handebol, habilidades motoras,
fundamentos do jogo.

1º Pratica Social - Levar os alunos na quadra e entregar a bola de


handebol e observar como eles se organizam;
2º Problematização Questionamento: Por que vocês jogaram handebol
desta maneira? Porque vocês não tentaram jogar com outras regras? Tem como
jogar sem ser tão competitivo?
3º Instrumentalização

VOCÊ SABIA QUE:

Os Jogos Cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva


valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada, na
sociedade moderna, mais especificamente, na cultura ocidental.
(BROTTO, 2001, p. 45).

Atividade: Handpar

Material: Bola de handebol ou bola de borracha


Disposição: Duplas de mãos dadas.
Desenvolvimento: É um jogo de handebol normal. Porém, cada equipe
é formada por duplas que devem permanecer de mãos dadas. Jogamos sem
goleiros e ampliamos ao máximo as dimensões do campo (ou quadra).
Dependendo do número de participantes usamos mais de uma bola,
simultaneamente. A cada gol estimulamos novas parcerias, o que propicia um
constante desafio de “boa convivência”.
Há variações nesta atividade: poderá juntar um menino e uma menina
para dar as mãos e só as meninas arremessam para o gol.
Objetivos:
* Estimular a cooperação;
* Propiciar parcerias;
* Desenvolver habilidades motoras, tais como: correr, driblar, saltar,
desvencilhar-se.
Obs.: Atividades foram adaptadas de Brotto (2003, p. 121)

Atividade: Handetrio

Material: 1 Bola de handebol ou bola de borracha macia


Disposição: Alunos em trio, dois de frente segurando as mãos e um aluno
no meio dos dois.
Desenvolvimento: É um jogo de handebol normal. Porém, cada equipe
é formada por trios que devem permanecer de mãos dadas e o que estiver no
meio não poderá sair dali, todos deverão correr juntos.
Poderemos ampliar ou diminuir as dimensões do campo (ou quadra).
Dependendo do número de participantes podemos usar mais de uma bola,
simultaneamente. A cada gol estimulamos novas parcerias, o que propicia um
constante desafio de “boa convivência”.
Obs.: Atividades adaptadas de Brotto (2003, p. 121)

Atividade: Handebalde
Material: 1 Bola, 2 baldes. Poderá ser usado 2 arcos no lugar do balde
Disposição: Duas equipes com seis ou mais integrantes, cada equipe
tem um representante segurando um balde, que pode correr pela linha lateral
(direita e esquerda), sem entrar na quadra.
Desenvolvimento: Os integrantes da equipe devem passar a bola entre
si, tentando jogar a bola dentro do balde. O jogador, de posse da bola, pode
passá-la ou tentar acertar o balde, porém não pode andar segurando a bola. A
outra equipe procura interceptar a bola (sem contato pessoal) e tenta acertar o
seu balde. Cada vez que um jogador acerta o balde, converte ponto.
Variação: o mesmo jogo mas ao fazer ponto o aluno deverá jogar um
dado. Se cair número ímpar, o ponto vale 1, 3 e 5 pontos a favor... se tirar
números pares, o ponto vale 2, 4 e 6 pontos contra a sua equipe.
Objetivos:
* Estimular a cooperação;
* Reforçar o trabalho em equipe;
*Desenvolver habilidades motoras, tais como: correr, passar, rebater, lançar, etc.
Soler (2003, p.111)

Atividade: - “Confraternização dos Esportes”


Organização: Necessita-se vendar os olhos de todos. O professor dirá o
nome do esporte no ouvido de cada participante. Após, espalham-se pela
quadra.

Execução: Ao sinal, os alunos de igual esporte deverão se encontrar,


somente chamando o esporte escolhido. Quando dois se encontrarem, devem
se abraçar ou dar as mãos e procurar outro colega do grupo. Depois que todos
se encontraram (todos os grupos), deve-se realizar uma grande confraternização
com todos se abraçando.

OBS: Estas atividades estão baseadas nos livros de Brotto (1997; 2002) e Soler
(2003), citados nas referências bibliográficas.

Atividade: Correndo com arcos


Material: 10 arcos
Desenvolvimento: Em duplas, depois em trios, e até em quarteto. Os
alunos deverão se deslocar dentro do arco até um ponto determinado pelo
professor.

Atividade: Se juntando no arco


Material: 15 arcos
Disposição: Espalhe os 15 arcos na quadra.
Desenvolvimento: Após espalhar os arcos no chão, os alunos são
convidados a circularem entre eles, como a dança das dadeiras. Ao sinal do
professor cada aluno procura um arco para entrar. Ninguém poderá ficar fora.
Mesmo que já tenha alguém dentro do arco, poderá entrar. O professor vai
tirando os arcos na medida que a atividade vai se desenvolvendo, mas nenhum
aluno deverá ficar de fora. Sempre ao sinal do professor os alunos entram no
arco. Ao diminuir os arcos os alunos terão que se apertar para caber no arco.

Atividade: Saltando os arcos


Material: 2 ou 3 arcos
Desenvolvimento: Ao formar se duas colunas, um aluno deverá ficar à
frente de cada uma. Este aluno joga rolando o arco por frente da coluna e os
alunos deverão pular este arco para que o arco chegue no final da coluna.

Atividade: Empurrando o arco em conjunto


Material: 1 arco para cada aluno
Desenvolvimento: A atividade consiste em empurrar o arco rodando até
determinado ponto e ir trocando com os colegas sem deixar o arco deitar. Quanto
menos arcos cair mais bem entrosada está a turma.

Atividade: Pulando corda


Material: 20 cordas individuais 1 corda coletiva
Desenvolvimento: Pulando sozinho parado e se deslocando utilizando
vários recursos: Pulando com um pé só, pulando com os dois pés e se
deslocando; pulando e andando; pulando e saltitando. Pulando em duplas;
pulando em duplas e andando. Pulando corda coletiva; pular duas cordas; pular
corda e receber uma bola.

Atividade: Jogo da velha com bola


Material: 15 arcos, 2 bolas, 2 jogos de coletes
Desenvolvimento: O professor espalha na quadra os arcos de maneira
que eles fiquem alinhados de três em três juntos.
É formada duas equipes, e escolhida um capitão para cada uma das
equipes. Este capitão ficará no meio recebendo e passando a bola para os
componentes da sua equipe, sem ninguém interferir.
Quando um aluno da equipe recebe a bola do capitão, ele irá quicando
esta bola até chegar dentro de um arco. Assim que chegar no arco ele ficará lá
dentro e devolverá a bola para o seu capitão. O capitão por sua vez repassa a
bola para outro componente da sua equipe, ele irá quicando até um arco que
estiver livre e devolve a bola para seu capitão. Quando uma equipe consegue
completar três arcos livres, um próximo do outro fazendo uma sequência, esta
equipe faz 1 ponto.
Para não deixar a equipe adversária fazer ponto, alguém deve preencher
um arco antes de completar três jogadores nos arcos em sequência.

Figura 5: Jogo da velha com bola

CAPITÃO

CAPITÃO

Fonte: Silva (2014)


Atividade: Pontuar dentro do arco
Material: 10 arcos, 1 bola
Desenvolvimento: O professor espalha os arcos pela quadra. Será
dividido duas equipes. Estas equipes terão que passar a bola para os seus
componentes sem correr com ela na mão. Qualquer aluno poderá entrar dentro
do arco para fazer ponto, ou seja, o aluno entra no arco, recebe a bola, faz o
ponto, repassa a bola e sai do arco, continuando o jogo. A outra equipe tenta
tomar a bola para que eles possam fazer o ponto. A equipe adversária poderá
evitar que outra equipe faça o ponto colocando o pé dentro deste arco antes dela
receber a bola. Quem fizer 10 pontos primeiro vence o jogo.

Atividade: Jogando frisbee


Material: 15 frisbee
Desenvolvimento: Em duplas, distante entre de mais ou menos 10
metros, parados cada dupla com um frisbee, lançando o frisbee para o outro. O
lançador tentará jogar o melhor possível e o recebedor tentará pega-lo no ar.
Variações: Os dois da dupla deverão se deslocar e lançar o frisbee.
* Fazer o jogo do “bobinho” lançando o frisbee.
* Jogar com duas equipes tocando o frisbee até chegar em um ponto demarcado
pelo professor.
Frisbee. “Poderá ser usado pratinho de comida para cachorro”
Figura 6: Frisbee

Fonte: Silva (2014)


Atividade: Estafeta
Material: 12 cones, 16 arcos, 12 bolinhas de tênis

Distribuição do material na quadra: coloca se os arcos no chão


enfileirados de maneira que fique em duas colunas de 6 arcos, cada arco com
um cone dentro. Outro arco é colocado 5 metros à frente da coluna sem cone, e
outro arco atrás da coluna, 5 metros sem cones e com as bolinhas dentro.

Desenvolvimento: Duas equipes de 6 participantes, cada participante


dentro de um arco da coluna cada um com um cone na mão.

Ao sinal do professor, o ultimo aluno corre até o arco do final da coluna,


pega uma bolinha, coloca a dentro do cone, e corre até sua coluna. Entra no arco
e entrega o cone com a bolinha para o seu companheiro, no caso o penúltimo,
pegando o cone vazio dele, este entrega para o próximo e recebe o cone vazio
até chegar no primeiro da coluna. Ao chegar no primeiro, ele correrá até o arco
da frente deixando a bolinha dentro daquele arco, e correndo até o arco atrás da
coluna, pegando a bolinha colocando dentro do arco e levando para o último da
coluna. Enquanto e ele corre até o arco todos da coluna mudam para o arco da
frente.

Atividade: Queimada com cones


Material: 14 cones, 1 bola

Distribuição do material na quadra: Utilizando a quadra do vôlei, o


professor distribui 7 cones para cada lado da quadra.

Desenvolvimento: Duas equipes de 8 alunos cada. 6 alunos cuidarão


dos cones, enquanto dois alunos ficam fora da quadra como capitão. Os alunos
deverão proteger seus cones com os pés ou as mão, enquanto os capitães
deverá acertar os cones. Cada acerto do cone é retirado um cone do jogo e um
aluno para ser capitão e ajudar no ataque aos cones. Observação: sempre deve
ter mais cones do que alunos protegendo.
Figura 7: Queimada com cones

Quadra de volei

Fonte: Silva (2014)

4º Catarse/Avaliação – Esta poderá ser dialogando com os alunos sobre


competir e cooperar e como é praticar atividades de forma a vivenciar novas
experiências.
5º Pratica Social Final – Os alunos deverão organizar um jogo de
handebol de acordo com o que eles vivenciaram nas práticas pautando na
cooperação.
De acordo com Terry Orlick (1989), não ensinamos nossas crianças a
terem prazer em buscar conhecimento, nós as ensinamos a se esforçarem para
conseguir notas altas. Da mesma forma não as ensinamos a gostar de esportes,
nós as ensinamos a vencer jogos.

VOCÊ CONSEGUE MUDAR O QUE DISSE TERRY ORLIK ?


OBSERVE QUE VOCÊ PODERÁ ESTAR COMO A FIGURA ABAIXO!!
https://www.google.com.br/search?q=cavalo+amarrado+na+cadeira

O que estamos esperando pra mudar o conceito sobre Educação Física


na escola? Afinal, como mostra a figura acima, estamos amarrados no nada.
Apenas ouse um pouco.
Para saber mais

Acesso aos sites:


http://www.tiobill.com.br/
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https://www.google.com.br/search?q=cavalo+amarrado+na+cadeira PESQUISADA
EM 30/10/14
http://www.scielo.br/img/revistas/ep/v37n4/a10fig1.jpg pesquisada em 24/11/14

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