Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. ÓRGÃOS PÚBLICOS
1.1 DESCENTRA LIZA ÇÃ O
em favor de uma outra pessoa. É o que acontece, por exemplo, quando se cria uma autarquia,
A descentralização exige a edição de uma lei para criar a pessoa que irá receber as
competências, como é o caso das autarquias, ou então para autorizar a criação daquela entidade.
A fundação pública e a empresa pública têm sua criação autorizada por lei. De todo modo, existirá
a necessidade de, em algum momento, se ter uma lei, seja para criar ou mesmo para autorizar a
Administração Indireta não recebe o nome de controle hierárquico, por subordinação, e sim
controle finalístico, por vinculação, tutela administrativa (não se confunde com autotutela) ou
supervisão ministerial.
O controle é por vinculação por uma razão singela. As entidades que foram criadas estão
porque o papel da Administração Direta é de apenas verificar se aquela entidade está cumprindo
P or sua vez, a supervisão ministerial passa uma ideia que haverá uma supervisão para
apenas uma preocupação com os atos praticados frente aos fins que justificaram a criação
daquela entidade.
Antigamente, até o início da década de 90, era muito comum ouvir que o alcance do
controle finalístico é delimitado por lei, seja pela lei que autoriza a criação da entidade da
Administração Indireta, seja pela lei que eventualmente crie esta entidade.
EXEMPLO: A lei que cria uma autarquia deve estabelecer em que casos a Administração
Direta irá controlá-la. Ao esclarecer, por exemplo, se o recurso hierárquico impróprio deve existir
ou não e em que casos, o Ministro de Estado poderá exercer o controle sobre a autarquia.
Isso é diferente do controle hierárquico, que se destaca por ser automático e o mais
uma autarquia, empresa pública, ou outra entidade da administração indireta, eles optam por um
controle de menor intensidade, como se quisesse prestigiar a entidade criada, dando a ela mais
competências.
Assim, o ideal é que a lei que cria ou autoriza a criação deste tipo de entidade não avance
de modo a sufocá-la, ampliando o controle que a Administração Direta irá exercer sobre seus
Há, porém, um problema. Atualmente, já não dá mais para repetir o discurso segundo o
qual a lei delimitará o alcance do controle finalístico, porque não é só a lei que faz isso. A EC
Indireta poderá ser ampliada e por consequência, o controle poderá ser diminuído. O constituinte
A lei cria uma autarquia e a entidade pode celebrar um contrato com a Administração
Hoje, a lei não só faz a calibragem do controle finalístico, como também eventuais
contratos de gestão, que nada tem de contrato, pois, apesar de ter sido este o nome dado pelo
Administração Direta e a entidade que celebra este contrato possuem o mesmo objetivo, há um
transferência de competências que encontramos em uma Federação como a do Brasil e isso pode
Esta repartição originária de competências não existe em um Estado Unitário, somente em uma
que deriva do texto constitucional. Trata-se da transferência de competências que tem como
competências a um Território.
uma descentralização.
acaba desempenhando todas as funções que são próprias da Administração Direta e isso não é
comum na descentralização.
Normalmente, quando se cria uma autarquia é para que ela desempenhe uma função
descentralização tem como objetivo permitir que uma atividade seja realizada por uma pessoa
uma outra pessoa que se implementa por meio de um negócio jurídico, leia-se, por meio de um
serviço público, contrato de permissão de serviço publico). Neste caso a titularidade do serviço
permanece com o P oder P úblico, com a Administração Direta, mas a execução será para a outra
a uma outra pessoa jurídica da titularidade e da execução do serviço público. Trata-se de uma
serviço. Em segundo lugar, a transferência se dá por meio de uma lei e não por meio de um
descentralização administrativa.