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Aula 5 - Coeficientes de Rigidez II PDF
Aula 5 - Coeficientes de Rigidez II PDF
ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: ENG2033 – TEORIA DAS ESTRUTURAS II
Prof. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
Introdução
Vimos na aula anterior como calcular os coeficientes de rigidez de uma barra de pórtico plano
a partir de suas funções de forma. Naquele cálculo chegamos a uma matriz de rigidez que
possuía 6 graus de liberdade, isto é, 36 termos, dos quais alguns eram nulos em decorrência
de terem sido desconsiderados os efeitos de segunda ordem, o que implica no
desacoplamento dos deslocamentos axiais e transversais da barra.
Nesta aula veremos quais daqueles coeficientes de rigidez são mais importantes nas análises
que faremos e também como encontrar os esforços de engastamento perfeito, isto é, esforços
que surgem nos engastes ideais.
A determinação das funções de forma do elemento de pórtico e o uso do PDV é a maneira mais
formal de obter os coeficientes de rigidez de uma barra de pórtico. No entanto, esses
coeficientes também podem ser obtidos de outras formas, por exemplo, a partir da equação da
linha elástica. Cabe aqui uma ressalva: apesar de matematicamente mais simples, o uso da
elástica para determinar os coeficientes de rigidez não é um procedimento geral, pois a forma
da elástica depende das condições do contorno do problema.
Seja a viga de comprimento L engastada nas duas extremidades mostrada na Figura 1(a).
Desejamos calcular a linha elástica dessa viga quando apoio B sofre uma rotação θ no sentido
anti-horário (positivo).
Como visto anteriormente, queremos calcular a equação da linha elástica das duas estruturas
para determinar a partir dessa equação os coeficientes de rigidez que empregaremos nas
análises pelo Método dos Deslocamentos. A Teoria Clássica de Vigas nos diz que a linha
elástica de uma viga é dada pela equação (1), na qual substituímos a equação do momento
fletor em uma seção qualquer da viga, dada pela equação (2).
݀ଶ )ݔ(ܯ ݕ
= (1)
݀ ݔଶ ܫܧ
݀ݕ ݔଶ
ܫܧ = ܸ − ܯ ݔ+ ܥ0
݀ݔ 2
ݔଷ ݔଶ
ܸ = ݕܫܧ − ܯ + ܥ0 ݔ+ ܥ1
6 2
Aplicando as condições de contorno (ݕ0) = 0 obtemos ܥଵ = 0. Por outro lado, se aplicarmos
as condições de contorno ݕᇱ (0) = 0 encontraremos ܥ = 0. Assim, a equação fica reduzida a
dois termos, que ficam determinados após aplicarmos as duas outras condições de contorno:
Para = )ܮ(ݕ0:
6ߠܫܧ
ܨ௬ = 0 ܸ ܣ− ܸ = ܤ0 ܸ= ܤ
ܮ2
Assim, os termos que nos interessam são dados pela equação (3):
2ߠܫܧ 4ߠܫܧ
ܭ = e ܭ = (3)
ܮ ܮ
A função que descreve o momento fletor nessa viga é dada pela equação (4):
ݔଷ
ܸ = ݕܫܧ + ܥ0 ݔ+ ܥ1
6
Aplicando as condições de contorno (ݕ0) = 0 obtemos ܥଵ = 0. Assim, a equação fica reduzida
a dois termos, que ficam determinados após aplicarmos as outras condições de contorno:
Para = )ܮ(ݕ0:
ܮ3 ܮ2
ܸܣ + ܥ0 = ܮ0 ܥ0 = −ܸܣ
6 6
3ߠܫܧ
ܨ௬ = 0 ܸ ܣ− ܸ = ܤ0 ܸ= ܤ
ܮ2
3ߠܫܧ 3ߠܫܧ
ܯ = 0 ܸ ܮ ܣ− = ܤܯ0 2 ܮ− = ܤܯ0 = ܤܯ
ܮ ܮ
3ߠܫܧ
ܯ = (5)
ܮ
Além dos coeficientes de rigidez, precisamos também dos esforços de engastamento perfeito
para aplicar o método dos deslocamentos na análise de estruturas reticuladas. Esses esforços
são aqueles obtidos em barras biengastadas ou em barras engastadas-apoiadas para
diferentes tipos de carregamento externo. Uma tabela com os momentos de engastamento
perfeito pode ser encontrada em Pinheiro et al. (2010).
Caso 1 Caso 2
Caso 3 Caso 4
Caso 5 Caso 6
Caso 7 Caso 8
Bibliografia
Martha, L. F., Métodos básicos de análise estrutural. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010.