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PROVA DE CRIMES EM ESPÉCIE

Aluna: Ana Flavia Cerrato RA: 1811314

1) Nos termos do art. 29, José deverá responder pelo crime de roubo e não
de furto (segundo a teoria monista). As circunstâncias (portar arma e
ameaçar) são objetivas, ou seja, José tinha conhecimento.
Em relação ao pedido de descartar o inciso I do art. 157 § 2º - A, é
irrelevante pois, o STF decidiu ser dispensável a realização de perícia e
da apreensão da arma de fogo, bastando apenas a declaração da
vítima.
José praticou contra duas vítimas, havendo sim concurso formal, o STJ
entende que, se tratando de uma ação, e atingindo o patrimônio de duas
pessoas distintas, configura concurso formal, conforme art. 70 do CP.

2) É o aborto praticado em face dos comprovados riscos de que o feto


nasça com graves anomalias (psíquicas ou físicas) genéticas. Esse
aborto só será permitido, se os médicos atestarem que o feto é
verdadeiramente inviável (inviabilidade como pessoa), é anencéfalo ou
também nas hipóteses do art. 128, inciso I e II, do CP.

3) Ele irá responder pelo crime de roubo, conforme art. 157, §2º-A, inciso I.
cominado com o art. 71, pois ele cometeu dois crimes no mesmo modus
operandi. E pelo art. 158 §2º.

4)

5) Com o cancelamento da súmula 174 do STJ, em que entendia o


aumento da pena no roubo praticado com arma de brinquedo, não é
mais valido o aumento pois não há potencial lesivo na conduta de quem
porta um brinquedo e o código penal é bem claro ao dizer “arma de
fogo”.

6) 1. Sim, houve pois, segundo a súmula 582 do STF, é consumado o


crime de roubo mesmo que por curto tempo e com perseguição
imediata. 2. A arma sem munição é apenas um meio relativamente
ineficaz, pois o agente pode a qualquer momento colocar projéteis e
disparar contra a vítima, ou seja, configura causa de aumento. 3. A
apreensão não é imprescindível para que seja reconhecido majorante,
desde que tenha elementos que provem, nesse caso será uma
majorante. 4. Houve concurso formal de crime, segundo o STJ, assim
como prevê o art. 70, pois houve o ataque ao patrimônio de diversas
vitimas. 5. Conforme prevê o art. 157 §2º inciso II, a pena será
aumentada em 1/3 até metade, em caso de comprovado o concurso de
duas pessoas, devendo ser fundamentado idoneamente. Conforme
indica o art. 68, paragrafo único, como porta também arma de fogo, o
juiz deverá aplicar somente a majorante em relação a arma de fogo, pois
seu aumento é maior, sendo em 2/3 fixo.
7) A) Deverá haver um único aumento, baseado numa das causas
constatadas, e se houver mais de uma circunstância, as demais podem
ser consideradas como circunstâncias judiciais, com base no art. 59,
para estabelecer a pena-base. B) O aumento deverá ser proporcional ao
número de causas presentes, ou seja, se todas estiverem presente
deverá aumentar na metade. C) A existência de mais de uma causa de
aumento por si só não significa a elevação necessária da pena. O juiz,
se assim entender, ainda que presentes várias causas de aumento,
poderá aplicar o aumento de apenas 1/3, pois o que está em jogo é a
gravidade do meio empregado, e não o número de incisos do §2º que
estão configurados.

8) A denuncia do MP é correta quanto ao roubo e ao §2º, inciso II do art.


157, de acordo com a jurisprudência o roubo é considerado consumado
no momento em que o agente obtêm posse do bem, mesmo que
pretenda devolver. Porém a denuncia no art. 157, §2, inciso I é incabível
pois eles usaram arma branca, ou seja, o correto seria usar o art. 157,
inciso VII. É também necessário a denuncia pelo art. 146.

9) O agente cometeu o crime de furto conforme art. 155, o crime de


falsificação de documento particular conforme art. 298, e o crime de
estelionato conforme art. 171. Em decorrência de ter cometido 3 crimes,
aplica-se o princípio da consunção, que é quando o crime fim abrange o
crime meio, para ele alcançar o objetivo ele cometeu dois crimes
anteriores, porém esses dois crimes são de pena menores, sendo
assim, ele responderá apenas pelo crime de estelionato.

10) A existência do homicídio qualificado-privilegiado é possível quando


existe uma combinação de uma qualificadora objetiva (forma como o
crime foi cometido) e uma privilegiadora objetiva (relevante valor social,
relevante valor moral, domínio de violenta emoção ou injusta provocação
da vítima). Não será crime hediondo, os tribunais entendem que a
hediondez é incompatível com o privilégio.

11) Os grupos de extermínio é entendido por: reunião de pessoas,


matadores, justiceiros ou não, que atuam na ausência do poder publico
tendo como finalidade matança generalizada, chacina de pessoas
etiquetadas como marginais ou perigosas, e deverá conter 3 ou mais
pessoas.

E milícia privada é o grupo de pessoas armadas, tendo como finalidade


devolver a segurança retirada das comunidades mais carentes,
restaurando paz, ignorando o monopólio estatal, usando-se de violência
ou grave ameaça, e exige no mínimo quatro pessoas.

12) Entende-se que, o portador de HIV, sabendo que tem a doença e a


oculta, transmitindo a sua parceira, responde pelo crime de lesão
corporal gravíssima.
13) A pessoa transexual só será vítima de feminicidio caso tenha feito a
cirurgia de redesignação de gênero, pois só serão consideradas
mulheres, quem o direito reconhece como tal.

14)Conforme o art. 73 e art. 20 que fala sobre erro na execução e erro


sobre a pessoa, deverá responder pelo art. 121 §2, inciso IV. O
homicídio será doloso, com qualificadora.

15) O induzimento ao suicídio, tanto quanto o seu auxilio, será aplicado o


art. 122, com pena de reclusão de 6 meses a 2 anos.

16) ANULADA.

17) Existem duas hipóteses: 1. o agente responde por tentativa de


homicídio contra a gestante em concurso com o aborto violento do art.
125 do CP 2. o agente responde, para uma corrente, apenas pelo delito
de aborto violento do art. 125 do CP, mas para outra corrente, responde
pelo citado aborto violento em concurso com o crime de
constrangimento ilegal, por força do §2º do art. 146 do CP, que ressalva
expressamente a cumulativa aplicação da pena correspondente a
violência.

18) Deverá responder por aborto qualificado consumado, o crime será


preterdoloso (o agente pratica uma conduta dolosa, menos grave, porém
obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido, na forma
culposa).

19)A tipicidade da conduta será injuria qualificada por preconceito, se


enquadrando no art. 140,  §3º, pois foi feito xingamentos a ele e não o
impediu de algo.

20) Configura, conforme a Lei 9.605/98, a empresa não poderá ser vitima
de calunia. A autocalúnia será punida quando o agente assumir crime
inexistente, perante as autoridades, ou responsabilidade de delito não
cometido, será punido nos termos do art. 341.

21) O art. 145 prevê a ação penal dos crimes contra a honra, que fala:
somente se procedem mediante queixa, salvo quando, no caso de injuria
real, ou seja, com violência resulta em lesão corporal. Procede-se
mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput
do art. 141, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II
do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140.

22) O aparelho de vigilância eletrônica por si só não impede o furto,


segundo súmula 567 do STJ, sendo assim, Solange será enquadrada
pelo crime de furto.

23) Não se pode confundir a conduta de bagatela, com o furto de pequeno


valor. A primeira não constitui crime, porque é injustificável a imposição
de pena se o bem jurídico não sofreu efetivo dano. Já o segundo é
crime, porque ainda que de valor pequeno, provocou modificação
sensível no patrimônio da vítima.

24) Conforme explica a súmula 567 do STJ, o aparelho de vigilância


eletrônica não impede o furto, ele apenas ameniza a situação, mas nada
garante que o furto não irá ocorrer, sendo assim, não se torna crime
impossível.

25) Celso não será isento da pena, conforme art. 182, inciso III. E
responderá somente mediante representação, e o ato praticado contra o
primo foi de danos.

26) A regra é que o crime de estelionato é de ação penal pública


condicionada à representação, nem sequer podendo ser instaurado
inquérito policial sem esta “condição de procedibilidade”, conforme exige
o art. 5º., § 4º., do CPP; não pode ser instaurado de ofício, muito menos
por requisição do MP, salvo, neste último caso, se a requisição estiver
acompanhada da representação da vítima (ou de seu representante
legal, ou sucessores). Salvo com exceções, conforme art. 171.

27) O STF, entendeu que, somente coisa móvel será objeto material do
delito. Porém alguns autores entendem que receptação a lei não
distingue sobre a natureza das coisas, e sendo assim existe sim
receptação de coisa produto de ato infracional.

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