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No uso da faculdade conferida pela alínea a)do n." 2 do C) O principio d a equidade intcrgeracional, de acordo
artigo 203O d a Constituiçiio, o Governo decreta o seguinte: com o qual a actual geração deve respeitar
DE CABO VERDE - 8 DE AGOSTO DE 2005
Artigo 9"
2. Entende-se por pescaria o conjunto ou conjunto de
espécies biológicas tratadas unitariamente para efeitos de
Subordinayão do aproveitamento dos recursos gestão, consewaç3o e aproveitamento, eni virtude das suas
haliêuticos n Planos de Gest5o características e das operaçãcs que lhe são inerentes.
A política de aproveitamento e conservaqão dos recursos Artigo 12"
haliêuticos ser&desenvolvida crn instrumentos de gestáo Divulgaçko dos PIanos de Gestão
plurianuais, denominados Planos de Gestão dos recursos
de Pesca, adiante designado por Planos de Gestão. Após a aprovação, os Planos de gestão são objecto de
ampla divulgação, sendo livre a sua consulta.
Artigo 10"
Artigo 13"
Processo de elaboração e aprovaç50
Regras provisórias de gestiÍo dos recursos lialiêuticos
1. Os Planos de Gestão são elaborados pelo seiviço Enquanto ngo forem aprovados Planos do Gestão, o
central do Ministério responsável pelo sector das pescas, aproveitamento desses recursos obedecerá a normas e
cabendo a sua aprovação ao Conselho de Ministros. princípios de gestão provisórios, definidos em consonância
com o nlvel do conhecimento disponível sobre os mesmos e
2. Ao organismo ou seiviço responsável pela investigação
com o grau de capacidade e de planificaqãodo departamento
a nível das pescas compete realizar estudos e fornecer
responsável pelo sector.
infoimações sobre o estado dos recursos e recomendações
com vista a sua exploração sustentável.
Dos órgãos consultivos em matéria do pesca
3. Serão associadas 5 elaboração dos Planos de GestCio
a s entidades e instituições públicas e privadas cujas Artigo 14"
actividades tenham incidência no sector das pescas. Conselho Nacional das Pescas
4. Quando a s circunstâncias o aconselharem, poderão L. O Conselho Nacional das Pescas, adiante designado
ser também ouvidas as instituições que superintendem o abreviadamente Conselho, ó o órgáo consultivo em matéria
sector das pescas nos países da região a que pertence Cabo de pescas e compete-lhe designadamente assessorar o
Verde, na perspectiva da harmonização dos flanos de Governo n a definição e execuçiio da política para o sector
Gestão Nacionais com os desses países. das pescas.
5. Os Planos de Gestão serão revistos anualmente e 2. Integra o membro do Governo responsável pela área
poderão ser alterados consoante a evolução das pescarias. das pescas que o preside, representantes do serviço central
que tem a seu cargo a área das pescas, do seiviço ou
Artigo 11' organismo de investigaçso a nível das pescas, das
Conteúdo dos Planos de Gestão organizações de profissionais de pesca e personalidades de
reconhecida m6rito e competência nessa área.
1.Os Planos de Gestilo conterão, designadamente:
Artigo 15"
a) A identificaqão e caracterização das principais Competências, organização e funcionamento
pescarias;
As cornpeténcias, organização e funcionamento do
b ) A identificação e aprovação dos objectivos de gestão Conselho serão reguladas por Decreto Regulamentar.
por pescaria; CAPITULO I11
c)A definição para cada pescaria o volume de capturas Do regime de acesso aos recursos hafiêuticos
ou de esforço de pesca óptimo;
d )A indicação das medidas de gestão e aproveitamento Da ntribuiçno das Iicenças de pesca
a adoptar por pescaria;
SubsecçSo I
e )A definição de um programa de autorização de pesca Dos princlpios gerais
relativo as principais pescarias e das actividades
Artigo 16"
que poderão ser efectuadas pelos navios de pesca
nacionais e pelos navios estrangeiros; Exercício das diversas modalidades de pesca
f l A definição de critérios de atribuição das Iicenças 1. O exercício de qualquer modalidade de pesca nas
de pesca; águas sob jurisdição nacional está sujeito a licença, nos
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termos deste diploma e respectivos regulamentos excepto regulamentos, devendo a embarcação de pesc;. ern,nome
para a pesca amadora realizada a partir das margens e da qual a licença está passada:
por pescadores filiados ein clubes e ou associações.
a ) Manter a licença permanentemente a bordo e
2. A licença é e m i t i d a a favor d a embarcação apresenta-Io as autoridades de fiscalização das
representada pelo seu armador e haverá um para cada pescas sempre que iiecessário;
embarcação e ainda, caso se justifique, para o proprietário
h ) Manter um diario de bordo de pesca, onde serão
das artes de pesca.
registadas, designadamente, a s oper.aqões de
3. Todas as embarcações de pesca autorizadas a operar pesca incluindo o transbordo, e as capturas
a qualquer titulo nas águas marítimas de Cabo Verde efectuadas, no total e por espécie;
ficam obrigadas a respeitar a s normas e princípios c ) Fornecer os elementos estatísticos sobre as capturas
condicionadores das actividades da pesca c conexas efectuadas e quaisquer outras informações
referidas no presente Decreto-lei e demais regulamentos. d e s t i n a d a s ao registo e nos t e r m o s a
regulamentar;
Pesca amadora
1.Nas hipóteses a que se refere a parte final do a r t ~ g o
Serão definidas em diploma próprio, a s medidas anterior a concessão d a licença fica condicionada à
necessárias para a implementação do sistema de licença prestação de cauçâo pelo interessado, a depositar numa
de pesca amadora. conta a designar pelas autoridades competentes, e que se
Artigo 24" destina a garantir o respeito das obrigações previstas neste
diploma e demais legislação.
Concessiio de Iicença a embarcaçães de pesca
estrangeiras afretiidas por pessoas singulares nacionais 2. A caução será restituída após a expiração do prazo cia
Iicença e de quitação passada a favor do interessado pelo
1. A concessão de licença a embarcações de pesca departamento responsável pelas pescas.
estrangeiras afretadas por pessoas singulares ou colectivas
Artigo 30"
nacionais é da competência do membro do Governo
responsável pelas pescas. Acordos internacionais de pesca
As embarcações de pesca estrangeiras só poderão ser 0 s direitos de pesca e outras eventuais contrapartidas,
autorizadas a operar na águas marítimas de Cabo Verde será0 fixados respectivamente, por acordo com os armadores
no quadro de acordos internacionais com o Estado da ou os seus representantes ou por decisão do membro do
bandeira ou matrícula ou com as organizações que os Governo conzpetente, consoante se trate de embarca~ões
representem, salvo em casos excepcionais devidamente operando no quadro de acordos interiiacionaiç de P P C ~
autorizados pelo Menitriro do Governo responsável pelas da auto~t-aç5oespecial a que se refere a paite t::iakfrc
pescas. nytigo '19'.
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Sho C X ~ I ~ P S S ~ I ~ I]'~t.o~bidos:
~.II~P
CAPITULO V
Interrífpão de uso c transporte de explosivos ou
sulist3ncias tóxicas
Fiscalização e Regime Salacionat6rio
É expressamente proibido:
l i ) Deter a bordo dos navios de pesca materiais ou 1.,iA fiscalizac30 do cumprimexlto das disposiqòos ierzilis
substáncias mencionadas n a alínea anterior relativas ao exercício da prsca e actividades coneans t.
nsse_gurada por:
1. Está tambéin sujeita a autor-izaç8o do Bfembro da c ) Cornand:iiltcs e oficiais dos navios de fiscaliza~5o
Governo r e s p o n s a v e l p e l a s p e s c a s a c r i a ç ã o d e das pescas e os comandantes c!e aviões de
estabelecimentos de cultur-as marinhas e tratamento de f~scaliza~5.0;
pmoduios da pesca, sem prejuízo de outras exigcncias legais cl) Os agentes que tc^rl.iamcompetência gera! piii-a a
e regulamentares aplickeis, espccidiiiente as respeitmtes coi-ist.ataç5o d a s infracçkjes no Rùlblln d a
a utilizaq60 do domínio publico marítimo, quando couber.
lepslaciio geral \i.qente
2. Coiisiitui eslabelecimenio dc culturas marinhas
2 0 s ngcntes de fiscnlizaq80 cslarao nn po5.w de
qualquer instrilnçrio constsuícla 110 inw ou à beira das 5-wns
m x i t r m a s de Cabo Verde tendo por fim a crinyão e ct documentos cle identificayão apropriados, emiiirlos prlns
e::pIoraqão industrial de animais maririlios e que, ou entldatles compeienies, que d ~ v c r ã oapresen1:tr wm!Jrr,
ao ~~izclodas opernqòcs de iiscalizuciio.
r-iccessiiauma ocupaçfto bastante prolongada do domin~o
púbIico ou bem, no caso de uma instalação em propi-ieclade
privada, e alimentada pelas águas do mar ou ;íguas
provenientes das zonas maiiiimas tais como definidas no Poderes cios ngen'tes cle fiscaiiznqiio
arligo 1"do presente Decl-eto-Lei.
i. Aos agentes referidos no artigo nn~ecedenteS ~ O
3, Constitui estabelecimento de tratamento de produtos atribu~clos,nos termos legais, os poderes necessanos ao
de pesca qualquer instalação onde produtos da pesca são exercicio d a s s u a s funções, conipetindo - l h e s ,
desembarcados, preparados, refrigerados, congelados, designadamente, adoptar as providências adequadas
transformados, embalados, acondicionados vivos ou não e destinadas a evitar o desaparecimento dos vest-igios das
vendidos a posso ou a retalho; infracções que tenham constatado, ou que se frustrem a s
possibilidades de aplicação, após decisão final, das penas
4. Serão definidas por regulamento as condições previstas neste diploma.
relativas à criação e funcionamento dos estabelecimentos
de culturas marinhas. 2. No exercício da respectiva competência, os agentes
de Fiscalização podcráo, designadamente:
pescn de 111odo n n5o poderem ser utilizados para pescar arte ;d r pesca e sc cnpturas qvrJsc I -
quando trnilsitem liclo rcfci-idoiA<l;.A~o
~iiui'itiiiici. ;i13Or<~o.
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e)Visítar quaisquer locais em que tiverem razões para consultado antes de qualquer decisão referida..io n h e r o
pensar que se encontre pescado ilegalmente anterior.
capturado;
4. As capturas permanecerão a bordo n a medida em
f) Inspeccionar a produção de q u a i s q u e r que a s condições de conservação o permitirem. Se ta1 não
estabelecimentos de tratamento de pescado e for possível, são aplicáveis as disposiçties do artigo 77'
quaisquer documentos relativos à s capturas que
Artigo 50"
por eles transitem;
Operações de fiscalização
g ) Inspeccionar os documentos de sociedades ou
empresas de pesca relativos i s capturas As operações de fiscalização serão conduzidas de forma
realizadas ou t r a n s b o r d a d a s pelas s u a s a evitar interferências desnecessárias nas actividades
embarcações; e normais das embarcações de pesca.
Das sanções
n ) A violação do disposto no artigo 45" sobre a
arrumação das artes de pesca ou das normas Artigo 56"
regulamentares adoptadas para a sua execução;
Sanp5es acessórias
o) A realização de campanhas de pesca experimental
ou de investigação sem autorização; As infracções a esta lei e aos seus regulamentos, são
punidas com coima e acessoriamente, com:
p ) A inobservância das disposições relativas ao acesso
de embarcações de pesca nacionais a s águas a ) Perda a favor do Estado do pescado, artes e
maritimas de terceiros Estados; embarcações de pesca ou do valor equivalente a
estes últimos;
q ) O transbordo de capturas sem autorização;
O 1Suspensão e revogação da licença de pesca;
r) A utilização de uma embarcação de pesca para um
tipo.de operação diferente daquela para a qual c) Suspensão provisória ou definitiva do patrocinio do
foi licenciada; E s t a d o a operações d e pesca em á g u a s
maritimas de terceiros Estados.
s) A destruição ou dissimulação de provas de infracções
Artigo 57"
previstas neste diploma.
Exercicio ilegal da pesca industrial por ernliarcaçãa
2. A tentativa e a negligência s5o punidas. nacional
3. As Contra-ordenações previstas no número 1 são O exercício da pesca industi-ial por embarcação nacional
puníveis para embarcações nacionais com coima de não devidamente licenciada é punido com coirna de
500.000.00 a2.000.000.00 e de 1.000.000.00 a9.000.000.00 500.000$00 a 10.000.000$00 e n a perda do pescado
consoante tenham sido praticadas por pessoa singular OU encontrado a bordo, podendo em caso de reincidência ser
colectiva respectivanzente. decretada, cumulativamente, a perda das artes de pesca e
outros instrumentos utilizados na prática da infrac~ão.
4. As Contra-ordenações previstas no número 1 são
puniveis para embarcações estrangeiras com coima de Artigo 58"
1-000-000.00 a 5.000.000.00 e de 3.oo@.ooo.*o a
Exercicio ilegal da pesca industrial por em,,arcaçóes
20.000.000.00consoantetenham sido praticadas por pessoa
singular ou colectiva respectivamente para embarcações
-
estranreiras
1.No caso de reincidência, o montante das coimas é Presunção da origem ilicita d o pescado
elevado para o dobro, sendo também decretadas, se couber, O pescado encontrado a bordo de embarcação utilizada
a perda do pescado e d a s a r t e s de pesca e outros n a prática da contra-ordenação de pesca, presume-se, até
instrumentos utilizados n a pratica d a infracção. prova do contrário, ter sido obtido através da referida
2. Para efeitos deste diploma, há reincidência quando o infracção.
agente condenado por m a infracção de pesca, comete nova Artigo 67"
infracção dessa natureza.
Força probatória do auto de noticias
Artigo 62"
Ao auto de notícia, aplica-se o previsto n a lei.
Suspensão e revogação da Zicençn de pesca
2, A aplic .ção das coiiilas previstas neste diploma e seus Artigo 75"
replanientos cabe:
Restituiçiio d a s objectos apr+eendldos
a ) Ao Director - Geral clas Pescas por contra-
ordenacães a punir coin coima att. 5.000.000$00; Transitada em julgado a decisão de arquivanlerito do
auto ou a decisão absolutória, a entidade competente
D Ao Membro do Goveino responsável pelo Sector das determinará n restitui+o dos bens apreendidos e bem
Pescas por contra-ordenações a punir com coirna as siri^ de caução, caso couber.
superior a 5.000.000$00.
Artigo 76"
3. A aplicacão das sancões accssól.ias é da competéilcia
do Membl-o do Governo responsável pelas pescas. Pagamelito clas coirnas
4. O montante das coimas reverte para Estado. Quando o processo conclua pela aplicação de coimas ao
Infractor., este dever5 proceder 30pagamento das lilesmas
no prazo de duns semanas a contar do trânsito eun julgado
Bcccbimento rio auto cIe noticia da decisão que ns aplicou.