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Veloso
Aula de 07/04/2020
Jus Possesiones:
é o direito DE posse, ou seja, é o poder sobre a coisa e, a
possibilidade de sua defesa por intermédio dos interditos (interdito
proibitório, de manutenção da posse ou de reintegração de posse).
Trata-se de conceito que se relaciona diretamente com a posse direta
e indireta. Ao possuidor direto é conferido o direito de posse.
Não, pois nesses casos, de acordo com a jurisprudência do STJ, o que estará
caracterizado é apenas uma espécie de detenção. Neste sentido, vejamos a
decisão do STJ: “ADMINISTRATIVO. OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA POR
PARTICULARES. JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. MERA DETENÇÃO.
CONSTRUÇÃO. BENFEITORIAS. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A ocupação
de área pública, sem autorização expressa e legítima do titular do domínio, é mera
detenção, que não gera os direitos, entre eles o de retenção, garantidos ao
possuidor de boa-fé pelo Código Civil. Precedentes do STJ. 2."Posse é o direito
reconhecido a quem se comporta como proprietário. Posse e propriedade,
portanto, são institutos que caminham juntos, não havendo de se reconhecer a
posse a quem, por proibição legal, não possa ser proprietário ou não possa gozar
de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. A ocupação de área pública,
quando irregular, não pode ser reconhecida como posse, mas como mera
detenção. Se o direito de retenção ou de indenização pelas acessões realizadas
depende da configuração da posse, não se pode, ante a consideração da
inexistência desta, admitir o surgimento daqueles direitos, do que resulta na
inexistência do dever de se indenizar as benfeitorias úteis e necessárias" (...) 6.
Recurso Especial provido”. REsp 900.159/RJ, DJe 27/02/2012
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16 – O detentor poderá valer-se das ações possessórias para defender a sua
posse?
O detentor exerce sobre o bem uma posse que não é própria, mas uma posse
em nome de outrem. Logo, como não tem posse, não lhe assiste o direito de
invocar, em nome próprio, as ações possessórias.
Alguns autores dizem que a posse deve convalescer (passar de injusta para
justa), ou ter purgados os vícios (devem cessar os vícios), para gerar usucapião.
Porém, isso não é bem assim. As posses violenta e clandestina (injustas em
decorrência dos vícios e que se mantêm como injustas por sua causa original), na
verdade, somente nascem quando cessam os ilícitos. Enquanto perdurarem esses
vícios teremos simples detenção. O que se exige é que durante o prazo necessário
à usucapião não haja atos violentos ou clandestinos, embora a posse seja injusta,
porque a sua causa original é ilícita. Prova intuitiva e maior disso é que, se alguém
invadir com violência uma gleba de terras e, cessada a reação do esbulhado
(deixar de resistir), permanecer por mais quinze anos sem ser molestado (posse
mansa, pacífica, pública, contínua e com animus domini), terá usucapião, apesar
da injustiça original de sua posse. Nessa linha, a posse injusta, que possui seu
vício na origem, com a consumação dos requisitos da usucapião, passa a ser
posse justa (e não quando cessados os vícios), pois a prescrição aquisitiva é
modo originário de adquirir a propriedade, sanando qualquer vício que a
acompanhe.
Não. A ação de imissão de posse não é uma ação possessória, pois quem ajuíza
essa ação é o sujeito (proprietário) que quer entrar na posse pela primeira vez; o
autor tem que provar a titularidade (direito de propriedade) sobre o bem, portanto,
esse procedimento está inserido no chamado jus possidendi.
Muito Obrigada!!!