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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA

CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO- CENFLE


CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: ESTAGIO SUPERVISIONADO – MESP
DOCENTE: ISABEL LINHARES
DICENTE: FLAVIANY ANDRÉ DAVI
TURNO: MANHÃ, 8º PERÍODO

FICHAMENTO DO ARTIGO PEGAGOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES:


QUAL É O PAPEL DO EDUCADOR?

“ Libâneo ainda aborda o que vem a ser pedagogia, diferenciando o trabalho pedagógico
do trabalho docente, desmitificando que o pedagogo necessariamente precise
trabalhar numa escola, exercendo a docência. Ele reafirma que a escola de hoje
necessita, sim, de bons pedagogos escolares que tenham como premissa a arte de
educar.” Pag. 36
Compreender que a formação acadêmica do professor não está direcionada apenas ao
ambiente escolar, mas deve também está preparada para exercer em espaços não
escolares, em que ocorre a mesma educação, mas de uma maneira diferenciada e
adaptada a cada situação.
“A educação não formal destaca os processos educativos que têm uma intencionalidade
na ação, pois prevê troca de conhecimento, envolve um processo interativo de ensino e
aprendizagem e corrobora com a construção de aprendizagens de saberes coletivos, que,
por sua vez, não têm a formalidade do ensino regular, mas o pedagogo pode e deve
atuar co mo um agente educativo nos diferentes espaços em que ela funciona: Clubes,
Centros Co-munitários, ONGs, Organização Não-Governamental, Museus, etc.” pág.
36-37
A profissão de pedagogo, exige uma certa flexibilidade da parte do profissional, pois ele
deve está capacitado para assumir papeis diferentes em cada organização, atendendo ao
contexto em que cada uma pede. Assim, como suas práticas pedagogias, também devem
está articuladas e moldadas para diversas funcionabilidades.
“O aluno circense tem uma grande vantagem, pois tem contato direto com diferentes
culturas. Aprende curiosidades sobre regionalismos, conhece cidades, estados e regiões
bem diferentes do nosso país, o que permite uma formação multicultural e contato com
a diversidade. Entretanto, há também um lado negativo, pois nem sempre a inserção
desse aluno na escola formal é fácil. O tempo que eles ficam nas cidades pode variar e
isso impacta na continuidade do ensino. O projeto de lei supracitado tem como premissa
garantir um dos pilares da Constituição Federal de 1988, o direito de todo indivíduo à
educação, facilitando o acesso dos itinerantes nas escolas formais, auxiliando também o
processo adaptativo desses alunos.” Pag. 39
Assim como o caso desses alunos, os professores também podem passar por essas
mudanças durantes toda sua vida profissional, quando trabalha por contratos. Dessa
forma, ela tem o desafio de lidar com diferentes realidades no seu ambiente de trabalho,
e com alunos como o circense, que precisam de um acompanhamento detalhado de
ensino, facilitando a junção do conhecimento já adquirido e trabalhando de forma
especifica as metodologias que mais fazem sentido pra ele.
“ O papel do pedagogo é algo novo no circo e pode servir como um mediador,
aplicando uma espécie de reforço escolar e oferecendo suporte pedagógico aos
estudantes. Relatos de pedagogos que atuam no circo demonstram que este profissional
pode estabelecer ligação entre o conteúdo formal da escola e a bagagem cultural que os
alunos trazem, contribuindo com a melhoria da qualidade do ensino.” Pág 39
O maior obstáculo do pedagogo nesse caso, é compreender todo o histórico do
estudante, assim como trabalhar suas dificuldades, de forma com que ele esteja
preparado para facilitar o trabalho de outro pedagogo. Mas, nesse caso, ele tem a opção
de fazer que o próprio ambiente que o circense vive seja sua principal escola, ensinando
ele a observar o que pode aprender com tudo que ele faz.
“Partindo desse contexto, o museu é um espaço em que vão coexistir diferentes
profissionais da educação. O educador no museu pode ser um historiador, um pedagogo,
um cientista social, ou até mesmo estagiários de graduação em pedagogia, história e
outras licenciaturas, que assumem a função de conduzir a visita de alunos e do público
em geral para leva-los ao conhecimento das dependências dessa instituição, bem como
refletir sobre exposições em geral.” Pág. 40
Diante disso, entendemos que o profissional deve buscar ter um conhecido amplo sobre
assuntos específicos, como história e geografia. Em cada setor de trabalho, ele deve
desenvolver uma habilidade que o espaço demanda, e de acordo com o público que irá
mediar, adaptar sua fala para a compreensão do contexto de cada objeto.
“Antigamente, o museu carregava consigo o estereótipo de “lugar onde se encontra
coisa velha/antiga”, hoje essa perspectiva vem gradativamente sofrendo alterações e há
museus específicos para diferentes áreas (Museu da Energia, Museu da Língua
Portuguesa, museus de arte, museu de anatomia, museu de ciências e tecnologia, e
outras tantas especificidades. Enfim, uma vasta gama para a atuação de diferentes
profissionais da educação).” Pág. 40
Além de desenvolver um papel informativo, nessa posição o pedagogo também pode
desmitificar muitos conceitos sobre diversos assuntos, tornando-os mais atrativos e
interessantes. Fazer o estudando se interessar por história é um desafio, então o
profissional deve proporcionar um ambiente bem descontraído para o aluno, afim de
que ele venha aprender bastante durante essa visita.
“O pedagogo, por sua vez, é um dos profissionais que podem trabalhar no museu e,
além de oferecer orientação aos visitantes, é o responsável pela ligação entre a educação
formal (escola) e a educação não formal, ainda que dentro do próprio museu, já que
pode ter como intuito mediar discussões, possibilitar trocas de experiências, despertar
debates e reflexões sobre diferentes assuntos, ampliando o cabedal cultural de quem
visita esse espaço.” Pág. 41
Se o professor espera um bom salário e boas condições de trabalho, talvez encontre
muitas surpresas em decorrer de sua carreira. Em alguns casos, a profissão exige
vocação e uma constante formação que permita com que ele consiga atuar em diversos
meios.
“ Como as ONGs não visam lucro, o papel do pedagogo dentro dessas instituições ou
fundações acaba sendo de caráter social, com o objetivo de promover melhorias para a
vida da comunidade assistida. Assim, o papel de conscientização é bem explorado, de
acordo com o perfil da organização, que pode ser ambiental, social, educacional,
responsabilidade social, etc.” pág. 42
Em um ambiente social, o profissional deve trazer ações que promovam o bem comum,
de acordo com as necessidades que cada local pede. Ele precisa estudar o contexto e
problemática a ser resolvida, com práticas que ofereçam bem-estar e possibilidades de
qualidade de vida pra aquele determinado público.
“Desse modo, são vastas as atribuições que esse profissional pode ter. No início, quando
o pedagogo foi introduzido em empresas, este profissional tinha seu campo de atuação
delimitado ao setor de RH, investindo na contratação, fazendo entrevistas ou
selecionando candidatos de acordo com o perfil da empresa. Hoje, mais do que atuação
no recrutamento, o pedagogo empresarial atua como elemento central na organização
empresarial, sendo responsável, muitas vezes, por capacitações e treinamentos,
motivação na empresa, divulgação do produto, gestão da qualidade, dinâmicas de grupo,
entre outras ações. “ Pág. 43
Através do aprendizado adquirido na academia, o pedagogo também está preparado para
realizar atividades administrativas, organizar tarefas em grupos, ou oferecer sugestões
que possibilitem a construção de projetos que podem auxiliar no crescimento da
empresa, na produção de artigos, entre outros.
“A pedagogia empresarial é uma área que está crescendo e, a formação do pedagogo
com disciplinas relacionadas à didática, à prática de ensino e docência de um modo
geral, pode contribuir com a função comunicativa desse profissional na empresa. O
pedagogo necessita ser um bom comunicador, oferecendo orientações claras e precisas a
todos os funcionários e sendo um elemento integrador de todo o grupo.” Pág 43
Na organização de funções de funcionários, ou no acompanhamento do
desenvolvimento da empresa, o pedagogo pode articular diversas maneiras a contribuir
com produtividade de um todo. A capacidade gestora do pedagogo, também pode ser
explorada em diversos ambientes do trabalho.
“Atualmente, vários hospitais contam com o trabalho da pedagogia hospitalar.
Contudo, há variações no desempenho das funções que cada pedagogo pode assumir
nesse espaço não escolar. O pedagogo no hospital acompanhará o aluno (criança ou
adolescente) nos momentos de internação, reabilitação e recreação, podendo novamente
desempenhar o papel de “ponte” entre a educação formal (escola) e a necessidade
transitória de ausência escolar, para que seja garantida a continuidade do ano letivo,
primando pelo não prejuízo pedagógico.” Pág. 45
Na pedagogia hospitalar, o profissional garante as crianças a continuidade do ensino
para que ela não seja prejudicada durante esse tempo, e constrói um ambiente escolar
informal para o aluno, para que ele não se afaste desse ensino. Assim como dá suporte a
sua reabilitação e constante acompanhamento as suas atividades cotidianas.
“ Quando acessamos a mídia (virtual, impressa ou televisiva) as reportagens sobre a
situação carcerária no Brasil remetem nos a presídios superlotados, a rebeliões, ao custo
altíssimo para manutenção desses locais, a condições muitas vezes sub-humanas.
Esporadicamente ouve se abordar sobre o processo de reabilitação do presidiário ou
sobre o processo educativo/formativo que ele recebe e/ou que pode receber nesses
espaços do cárcere. Dessa forma, supõe se que poucos sejam os projetos formativos, de
cunho pedagógico, existentes em presídios e instituições correcionais. Em alguns
momentos, é mais frequente observar os próprios presos aprendendo com outros presos,
em virtude da ausência e/ou pouca disponibilidade de programas que invistam na
reabilitação e na ressocialização” . Pág. 46
Nos presídios, os cárceres tem a oportunidade de receber auxilio a educação, com ações
que visam levar atividades que possibilitem uma aproximação a escola e deem
oportunidades de formação profissional auxiliando na reabilitação desses indivíduos.
Mas, essas ações ainda pouco são disponibilizadas no Brasil, sendo de total relevância
para facilitar sua reintegração na sociedade.
“O pedagogo, como agente social, pode trabalhar com ações educativas nesses
espaços, contribuindo com seu compromisso moral e ético, e poderá servir de inspiração
pa-ra os infratores e criminosos, para a mudança de vida, com o objetivo maior de
reinserção e ressocialização do detentos. Outro aspecto a ser considerado é que o
pedagogo pode atuar como tutor de EAD de cursos profissionalizantes, servindo de base
para a profissionalização do interno, facilitando seu (re)ingresso no mercado de
trabalho.” Pág. 47
Compreendemos dessa forma, que o educador é um dos profissionais mais flexíveis do
mercado de trabalho, e preenche diversas funções importantes para o funcionamento de
qualquer instituição formal ou não formal. Pois, em todos os lugares a educação é
necessária e está inevitavelmente presente e se bem trabalhada pode trazer grandes
vantagens para diversas finalidades.

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