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1. RECEITAS PÚBLICAS............................................................................................................4
2. CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS..................................................................4
3. PRINCIPAIS FONTES DE ARRECADAÇÃO DE RECEITAS PÚBLICAS.........................6
3.1. Imposto sobre rendimento de pessoas singulares - IRPS.......................................................6
3.1.1. Incidência real.................................................................................................................6
3.1.2.Rendimentos do trabalho dependente...............................................................................6
3.1.3.Incidência pessoal.............................................................................................................7
3.1.4.Taxas.................................................................................................................................8
3.2.Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC).................................................9
3.2.1.Incidência objectiva..........................................................................................................9
3.2.2.Isenções..........................................................................................................................10
3.2.3.Taxa geral.......................................................................................................................10
2.3.IVA - IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO.................................................11
3.3.1.Características do IVA em Moçambique........................................................................11
3.3.2.Incidência.......................................................................................................................11
3.3.3.Taxas...............................................................................................................................11
3.4.Impostos Autárquicos em Moçambique...............................................................................11
3.5.SISA......................................................................................................................................13
3.5.1.Incidência Real...............................................................................................................13
3.5.2.Incidência subjectiva......................................................................................................13
3.5.3.Taxas...............................................................................................................................14
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................15
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INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento e crescimento económico que se tem registado nos últimos anos em
Moçambique, faz com que haja sempre uma crescente preocupação por parte do Governo em
modernizar e actualizar o seu papel como responsável na administração financeira da coisa
pública. A informação prestada pelos gestores e contabilistas públicos sobre o Nível de execução
orçamental das receitas públicas é preponderante para o país, partindo da ideia de que os recursos
são escassos e a administração pública tem como objectivo principal a prestação de serviços
sociais ao público.
Segundo ANDRADE ﴾2002:27), a contabilidade pública é uma ciência que regista, controla e
estuda os actos e factos administrativos e económicos operados no património público duma
entidade, possibilitando a geração de informações, variações e resultados sobre a composição
deste, auferidos por sua administração e pelos usuários.
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1. RECEITAS PÚBLICAS
Receitas públicas são os recursos previstos em legislação e arrecadados pelo poder público com a
finalidade de realizar gastos que atenda as necessidades ou demandas da sociedade.
Em outras palavras, as receitas públicas são todo e qualquer recurso obtido pelo Estado para
atender os gastos públicos indispensáveis às necessidades da população.
As Receitas Públicas representam os recursos que o governo obtém por meio da atividade de
tributação, mas é importante ressaltar que essa atividade não é a única forma do governo obter
recursos para financiar suas atividades. O governo também possui patrimônio e pode obter receita
por meio dele, quando vende, privatiza, faz concessões, alienações, etc.
2.1 Receitas derivadas: são aquelas que derivam do poder de polícia do Estado em tributar a
população (receita tributária - impostos, taxas e contribuições de melhoria). São obtidas pelo
poder público por meio da soberania estatal, ou seja, o Estado é investido de autoridade para
determinar que os cidadãos e empresas destinem parte de sua renda para o financiamento das
atividades governamentais. Decorrem de norma constitucional ou legal e, por isso, são
arrecadadas de forma impositiva. São obtidas junto aos contribuintes sem nenhuma
contraprestação específica, como no caso de impostos, ou com alguma contraprestação, mas de
caráter obrigatório, independentemente do uso do serviço, como no caso das taxas.
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Receitas originárias: são aquelas que decorrem do patrimônio do Estado. O governo também
aufere recursos com privatizações, alienações, concessões, etc. São originadas da cobrança de
serviços prestados pelo Estado, decorrentes da exploração de atividades econômicas pela
Administração Pública. São receitas como as da iniciativa privada, que têm uma origem real num
bem ou serviço vendido, faturados sob a forma de preços públicos ou tarifas, sem nenhuma
imposição - paga quem deseja o serviço ou o bem.
Um detalhamento da estrutura da codificação da natureza de receita merece especial atenção que é
o nível da categoria econômica, utilizado para medir o impacto das decisões do governo na
economia. De acordo com essa categoria, as receitas se classificam em:
Receitas correntes: são arrecadadas dentro do exercício, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de
dezembro, e aumentam as disponibilidades financeiras do Estado. Essas receitas constituem
instrumento para financiar os programas e ações correspondentes às políticas públicas. Os tributos
arrecadados pelo governo, tais como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto de Renda (IR), são alguns exemplos dessas receitas.
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futuro e/ou extinguem um direito de natureza financeira. Esses recursos têm caráter financeiro e
são contabilizados como receita financeira.
Taxas
Mais-valias.
1 - O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – IRPS, é um imposto directo que
incide sobre o valor global anual dos rendimentos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos.
2- Os rendimentos a que se refere o número anterior provêm das categorias seguintes, depois de
feitas as correspondentes deduções e abatimentos:
a) As remunerações dos membros dos órgãos estatutários das pessoas colectivas e entidades
equiparadas.
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b) As importâncias que os empresários individuais escriturem como remuneração do seu
trabalho ou do prestado pelas pessoas que façam parte do respectivo agregado familiar;
c) Os abonos para falhas devidos a quem no seu trabalho tenha de movimentar numerário, na
parte em que exceda 5% da remuneração mensal fixa;
3.1.3.Incidência pessoal
1 - Ficam sujeitas a IRPS as pessoas singulares que residam em território moçambicano e as que,
nele não residindo, aqui obtenham rendimentos.
2 - Existindo agregado familiar, o imposto é devido pelo conjunto dos rendimentos das pessoas
que o constituem, considerando-se como sujeitos passivos aquelas a quem incumbe a sua
direcção.
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4 - Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se dependentes:
Os filhos, adoptados e enteados, menores não emancipados;
Os filhos, adoptados e enteados, maiores, que, não tendo mais de 25 anos nem auferindo
anualmente rendimentos superiores ao salário mínimo nacional, tenham frequentado no
ano a que o imposto respeita o 11ª ou 12ª classes, estabelecimento de ensino médio ou
superior ou cumprido serviço militar obrigatório;
Os filhos, adoptados e enteados, maiores, inaptos para o trabalho e para angariar meios de
subsistência, quando não aufiram rendimentos superiores ao salário mínimo nacional mais
elevado;
Os menores sob tutela desde que não aufiram quaisquer rendimentos.
3.1.4.Taxas
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2- As percentagens indicadas na coluna B representam taxas marginais, sendo cada uma delas
válida dentro dos limites do correspondente escalão de rendimento. As importâncias da coluna
C destinam-se a permitir o cálculo prático do imposto, cuja colecta será obtida aplicando à
totalidade do rendimento colectável a taxa máxima que lhe corresponda, segundo a coluna B,
deduzindo-se depois a parcela indicada na coluna C.
O imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas – IRPC, é um imposto directo que incide
sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos, no período de
tributação, pelos respectivos sujeitos passivos, nos termos deste código.
3.2.1.Incidência objectiva
a) O lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das
empresas públicas e das demais pessoas colectivas ou entidades referidas nas alíneas a) e b) do nº
1 do artigo 2 que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola;
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d) Os rendimentos das diversas categorias, considerados para efeitos de IRPS, auferidos por
entidades mencionadas na alínea anterior que não possuam estabelecimento estável em território
moçambicano ou que, possuindo-o, não lhe sejam imputáveis.
2. Para efeitos do disposto no número anterior, o lucro consiste na diferença entre os valores
do património líquido no fim e no início do período de tributação, com as correcções
estabelecidas neste código.
3. São componentes do lucro imputável ao estabelecimento estável para efeitos da alínea c)
do nº 1, os rendimentos de qualquer natureza obtidos por seu intermédio, assim como os demais
rendimentos obtidos em território moçambicano provenientes de actividades idênticas ou
similares às realizadas através desse estabelecimento estável de que sejam titulares as entidades aí
referidas.
4. Para efeitos do disposto neste Código, são consideradas de natureza comercial, industrial
ou agrícola, todas as actividades que consistam na realização de operações económicas de
carácter empresarial, incluindo as prestações de serviços.
3.2.2.Isenções
3.2.3.Taxa geral
1. A taxa do IRPC é de 32%, excepto nos casos previstos nos números seguintes.
2. As actividades agrícolas e pecuária beneficiam até 31 de Dezembro de 2015, de uma taxa
reduzida de 10%.
3. Os contribuintes abrangidos pelo nº 2 deste artigo, que desenvolvam outras actividades, devem
discriminar nas declarações, os lucros tributáveis das actividades sujeitas às distintas taxas.
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4. Os encargos não devidamente documentados e as despesas de carácter confidencial ou ilícito
são tributados autonomamente, à taxa de 35%, sem prejuízo do disposto na alínea g) do nº 1 do
artigo 36.
3.3.2.Incidência
3.3.3.Taxas
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Tipo de imposto Incidência Data de pagamento
Imposto pessoal autárquico Pessoas nacionais e É pago em dinheiro de uma só
(IPA) estrangeiras que tenham entre vez de 2 de Janeiro a 31 de
18 e 60 anos de idade. Dezembro de cada ano.
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Imposto autárquico Proprietário dos veículos De Janeiro a Março de cada
sobre veículos passíveis de imposto, quer ano ou quando começar o uso
sejam pessoas singulares quer e fruição do veiculo.
colectivas, de direito público
ou privado em nome dos quais
os mesmos se encontrem
matriculados ou registados.
3.5.SISA
3.5.1.Incidência Real
2. Para efeitos de incidência deste imposto consideram-se bens imóveis. os 'prédios urbanos
situados em território nacional.
3.5.2.Incidência subjectiva
A Sisa é devida pelas pessoas, singulares ou colectivas. a quem se transmitem os direitos sobre
prédios urbanos, sem prejuízo do disposto nas alíneas seguintes:
a) Nos, contratos para pessoa a nomear. o imposto é devido pelo contraente originário sem
prejuízo de os prédios urbanos se considerarem novamente transmitidos para a pessoa nomeada
se esta não tiver sido identificada ou sempre que a transmissão para o contraente originário tenha
beneficiado de isenção;
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b) Nas situações das alíneas b) e c) do n° 4 do artigo 1. O imposto é devido pelo primitivo'
promitente adquirente e por cada um dos sucessivos promitentes adquirentes, não lhes sendo
aplicável qualquer isenção ou redução de taxa.
3.5.3.Taxas
A taxa da Sisa é de 2% e aplica-se sobre o valor determinado nos termos do Capítulo II!
CONCLUSÃO
O fenómeno supracitado deve ser acompanhado também pela revisão e actualização constante do
sistema fiscal nacional como forma de captar a abranger as entidades económicas que vem
surgindo dia pós dia, devido a dinâmica e constante crescimento dos mercados. Um sistema fiscal
sempre actualizado contribui um grande meio para o progresso económico dos países.
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BIBLIOGRAFIA
CATARINO, João Ricardo. Finanças Públicas e Direito Financeiro. Almeida editora, Coimbra,
2012.
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